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Ativação de Linfócitos Luciano Sampaio Guimarães - Medicina UFPE 144 A imunidade adaptativa envolve linfócitos B e T; A memória imunológica depende dos linfócitos T, como a resposta vacinal é T-independente, gera uma imunidade menos duradoura e, por isso, precisa repetir a dose; Principais Características das Respostas Imunológicas Adquiridas Especificidade: há um reconhecimento específico, formação de clones de linfócitos específicos para aquele antígeno que estimulou sua ativação (ao contrário da inata, que reconhece PAMPs e DAMPs) Especialização: a resposta é direcionada ao patógeno que desencadeia a reação imune Os linfócitos são virgens, neutros, não funcionais, no repouso. Ao serem estimulados pela presença de um antígeno, transformam-se em células efetoras. Na infecção secundária, há células de memória e efetoras pré-ativadas, fazendo com que a produção de anticorpos seja mais intensa e mais rápida. Diversidade: há maior quantidade de linfócitos específicos para cada agente (antígeno) Expansão Clonal: amplificação da resposta mediante produção de clones de mesma especificidade (do linfócito com reconhecimento específico ao antígeno que o estimulou) Autolimitação e Homeostasia: a resposta é equilibrada (há contenção da RI), evitando danos causados pela própria resposta imune quando exacerbada Tolerância a antígenos próprios Linfócitos autorreativos que forem produzidos sofrerão apoptose. A falha nessa eliminação é a etiologia de uma doença autoimune. Fases da Resposta Imune Adquirida Reconhecimento do antígeno As APCs apresentam os antígenos fragmentados por meio do MHC aos linfócitos T virgens (CELULAR) Os linfócitos B virgens reconhecerão o antígeno mediante suas imunoglobulinas de superfície (HUMORAL) As proteínas sempre serão antígenos T-dependentes, enquanto que ácidos nucleicos e polissacarídeos não precisarão de apresentação ao T, sendo T-independentes (são reconhecidos pelos anticorpos dos linf. B) Ativação dos Linfócitos Expansão Clonal Proliferação e divisão, diferenciação em células efetoras (plasmócitos, Th, Th1, Th2, T CD8, céls. de memória) Eliminação do antígeno: contração da resposta imune, mas permanência de células da memória Ativação de Linfócitos T Ocorre em órgãos linfoides secundários (linfonodos, baço), regiões ricas em linfócitos T e em moléculas de quimiotaxia; É onde os linf. T virgens reconhecem os antígenos, estimulando sua proliferação e diferenciação em células efetoras e de memória. As células T efetoras partem, então, ao local da infecção para exercer suas funções OBS: os linfonodos capturam antígenos do epitélio e do tecido conectivo; o baço captura antígenos do sangue Funções Linfócitos T CD4: mediante secreção de citocinas, ativam macrófagos, linfócitos B e outras células, causam inflamação Linfócitos T CD8: ativam macrófagos, estimulam lise das células infectadas/tumorais Células T de Memória (CD4 ou CD8): têm vida longa, funcionalmente inativas. Necessitam de sinal de IL-7 para continuarem vivas. Reconhecimento e Coestimulação de um Antígeno Para iniciar as respostas das células T, vários receptores precisam reconhecer os receptores das APCs: TCR reconhece o antígeno peptídico ligado ao MHC; Correceptor CD4 ou CD8 reconhecem moléculas do MHC (CD4 → MHC classe II | CD8 → MHC classe I) Esses dois reconhecimentos produzem o 1º sinal para ativação das células T As células T CD4 (MHC II) reconhecem os antígenos ingeridos a partir de organismos extracelulares; As células T CD8 (MHC I) reconhecem os peptídeos derivados de antígenos citosólicos/nucleares; O TCR αβ heterodímero reconhece antígenos, mas não é capaz de transmitir sinais bioquímicos para o interior da célula, por isso é associado com um complexo de proteínas de sinalização (dentre elas, CD3) Moléculas de Adesão: a molécula de adesão mais importante são as proteínas integrinas Coestimulação: a ativação total dos linf. T depende da coestimulação; os coestimuladores B7 das APCs são recebidos pelos receptores CD28 das céls. T; Na ausência dessa coestimulação, os estímulos são insuficientes Mecanismos de Morte: (1) mediada por granzima/perforina; (2) mediada por Fas e FasL Ativação de Linfócitos B Fases da Resposta Humoral Reconhecimento do antígeno Os linfócitos B virgens expressam IgM e IgD ligados a membrana A imunidade humoral pode acompanhar a rápida proliferação de microrganismos; Resposta T-dependente Antígenos necessariamente proteicos Envolve apresentação de antígenos para linfócitos T Plasmócitos de vida longa Resposta mais potente (na T-dependente): Troca de Isótipo Maturação da afinidade: exposição repetida a um antígeno proteico, faz com que seja produzida maior qtd. de anticorpos contra ele, gera produção de anticorpos com maior capacidade de neutralizar Resposta T-independente Os antígenos podem ser de qualquer natureza química (polissacarídeos, ácidos nucleicos, lipídeos) Em geral, restrita à produção de IgM Geram plasmócitos de vida curta Respostas Humorais (Primárias e Secundárias) Primária: linf. B são ativados de modo a proliferar e diferenciar em plasmócitos secretores de anticorpos e em células de memória. Secundária: as células de memória são ativadas, produzindo quantidades cada vez maiores de anticorpos, frequentemente com troca de isótipo e maturação da afinidade. Encontradas principalmente para antígenos proteicos, porque essas mudanças nas células B são estimuladas pelas células T auxiliares. Principais Funções das Classes de Anticorpos IgM: ativação do sistema complemento IgG (IgG1, IgG3): opsonização/fagocitose, ativação do SC, imunidade neonatal (passa pela placenta) IgE, IgG4: imunidade contra helmintos, desgranulação de mastócitos IgA: imunidade de mucosa
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