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INFLAMAÇÃO AGUDA E CRÔNICA Profa. Arieli Gavioli INFLAMAÇÃO - Resposta do sistema imune frente a infecções e lesões teciduais por meio do recrutamento de leucócitos e proteínas plasmáticas com o objetivo de neutralização, destruição e eliminação da causa e reparo tecidual. Vaso Sítio do Processo Inflamatório • CÉLULAS INTRAVASCULARES • MATRIZ DO TECIDO CONJUNTIVO • CÉLULAS DO TECIDO CONJUNTIVO • AGENTES BIOLÓGICOS; • QUÍMICOS; • FÍSICOS; • REAÇÕES AUTO-IMUNES OU IMUNOMEDIADAS Etiologia INFLAMAÇÃO AGUDA • É uma resposta inicial e imediata a um agente agressor. • Tem duração curta: minutos, horas ou alguns dias. • Característica: EXSUDAÇÃO de líquidos e proteínas plasmáticas e emigração de leucócitos polimorfonucleares (neutrófilos). • Inflamação de duração prolongada (semanas ou meses) • Normalmente se segue à uma inflamação aguda mas pode iniciar de modo insidioso e assintomático. • A característica e a presença de linfócitos, macrófagos e PROLIFERAÇÃO celular. INFLAMAÇÃO CRÔNICA EVENTOS DA INFLAMAÇÃO AGUDA 1. Eventos vasculares (alterações de calibre e de permeabilidade) 2. Eventos celulares (migração de leucócitos) INFLAMAÇÃO AGUDA ALTERAÇÕES VASCULARES • VASOCONSTRICÇÃO ARTERIOLAR dura alguns segundos e é seguida da: - VASODILATAÇÃO: abertura de novos leitos capilares na área inflamada levando a um aumento do fluxo sanguíneo - hiperemia (responsável pelo rubor e calor do foco inflamatório). Aumento do fluxo sanguíneo Permeabilidade Vascular Alterações estruturais da microvasculatura que permitem que as proteínas plasmáticas e leucócitos deixem a circulação ALTERAÇÕES DA PERMEABILIDADE • A vasodilatação leva a uma maior lentidão da corrente circulatória. • Extravasamento inicial de água, eletrólitos, proteínas de baixo peso molecular (Transudato transitório). • Aumento de viscosidade do sangue (hemoconcentração). • Atuação de mediadores químicos – aumento de permeabilidade vascular • Liberação de água, eletrólitos, proteínas de baixo e alto peso molecular, células - formação do exsudato. • EDEMA – (tumor) Edema Pulmonar Inflamatório Edema Pulmonar não Inflamatório EXSUDATO O exsudato é a marca da inflamação aguda Mecanismos de Aumento da Permeabilidade 1. Formação de lacunas endoteliais nas vênulas 2. Reorganização do citoesqueleto 3. Transcitose aumentada 4. Lesão endotelial direta 5. Extravasamento prolongado tardio 6. Lesão endotelial mediada por leucócitos 7. Extravasamento de novos vasos 1. FORMAÇÃO DE LACUNAS ENDOTELIAIS NAS VÊNULAS • Mecanismo mais comum • Ação de mediadores químicos (histamina, bradicinina, leucotrienos) • Ocorre rapidamente, sendo reversível • “resposta transitória imediata” Mecanismos de Aumento da Permeabilidade • As lacunas intercelulares são atribuidas à contração (total) das células endoteliais, causando separação das junções intercelulares • Ou, formadas por canais transcitoplasmáticos intracelulares 2. REORGANIZAÇÃO DO CITOESQUELETO (RETRAÇÃO ENDOTELIAL) • Por ação de mediadores químicos as células endoteliais se retraem uma das outras (mecanismo ainda discutível) Mecanismos de Aumento da Permeabilidade 3. TRANSCIT0SE AUMENTADA • Canais formados por vesículas e vacúolos interconectados, muitos localizados junto às junções intercelulares • Por ação de mediadores químicos 4. LESÃO ENDOTELIAL DIRETA • Resultando em necrose e desprendimento das células endoteliais • Encontrado em lesões necrosantes devido a uma lesão direta do endotélio pelo agente nocivo (Ex: queimaduras ou infecções bacterianas líticas) Mecanismos de aumento da Permeabilidade 5. EXTRAVASAMENTO PROLONGADO TARDIO • Inicia após um retardo de 2 a 12 h, dura várias horas ou mesmo dias (Ex: queimadura solar) • Possível lesão celular retardada - apoptose 6. LESÃO ENDOTELIAL MEDIADA POR LEUCÓCITOS • Os leucócitos aderem ao endotélio liberando espécies tóxicas de oxigênio e enzimas proteolíticas que causam lesão e desprendimento endotelial, resultando aumento da permeabilidade Mecanismos de Aumento da Permeabilidade 7. EXTRAVASAMENTO DE NOVOS VASOS SANGUÍNEOS • Durante a reparação as células endoteliais proliferam-se e formam novos vasos sanguíneos, (angiogênese) • Os brotos vasculares permanecem permeáveis até que as células endoteliais se diferenciem e formem junções intercelulares EVENTOS CELULARES -EMIGRAÇÃO DE LEUCÓCITOS • Consiste na emigração dos leucócitos da microcirculação e seu acúmulo no foco de lesão • Ingerir agentes ofensivos • Destruição de bactérias • Degradação do tecido necrótico • Degradação de corpos estranhos • Podem prolongar a inflamação • Podem induzir lesão tecidual por liberação de enzimas, mediadores químicos e radicais tóxicos de oxigênio Funções dos Leucócitos Etapas da Emigração de Leucócitos • Na luz do vaso: marginação, rolagem e aderência • Transmigração através do endotélio (também chamada de diapedese) • Migração nos tecidos intersticiais em direção a um estímulo quimiotático) EMIGRAÇÃO Emigração EMIGRAÇÃO DE LEUCÓCITOS DIAPEDESE • A medida que a estase se desenvolve observa-se uma orientação periférica dos leucócitos (principalmente neutrófilos) ao longo do endotélio vascular - MARGINAÇÃO LEUCOCITÁRIA • Os leucócitos ADEREM ao endotélio e pouco depois MIGRAM através da parede vascular para o interstício. EMIGRAÇÃO LEUCOCITÁRIA • Após migrarem para fora dos vasos os leucócitos são atraídos para o campo inflamatório por um mecanismo de QUIMIOTAXIA. No campo inflamatório os leucócitos-neutrófilos iniciam o processo de FAGOCITOSE, auxiliados pelos macrófagos dos tecidos. MEDIADORES QUÍMICOS • Os processos vasculares, aumento da permeabilidade, migração leucocitária, quimiotaxia e fagocitose: ocorrem por ação de substâncias químicas produzidas pelo organismo localmente ou provenientes da circulação chamados MEDIADORES QUÍMICOS. EXSUDATO : Conceito • Exsudato é o fluído inflamatório extravascular com alta concentração de proteínas, além de detritos celulares, com densidade acima de 1020. • Depende de alteração da permeabilidade vascular. EXSUDATO TRANSUDATO : Conceito • Transudato é o fluído de baixo conteúdo proteico com densidade menor de 1012. • Resulta de alteração da pressão hidrostática. • A permeabilidade vascular é normal. Líquidos Cavitários Resumo - ETAPAS DA INFLAMAÇÃO • Agressão (lesão inicial). • Reação vascular (vasoconstricção e vasodilatação). • Transtornos da permeabilidade vascular (exsudação). • Reação dos leucócitos (exsudação leucocitária + quimiotaxia + fagocitose). ETAPAS DA INFLAMAÇÃO • Proliferação de tecido conjuntivo vascular local. • Reparação/Cicatrização. AS CÉLULAS DA REAÇÃO INFLAMATÓRIA - Polimorfonucleares - Monócitos - Linfócitos - Plasmócitos • Células mesenquimais: fibroblastos, endotélios capilares, células do sistema retículo-histiocitário. LEUCÓCITOS: AGREGAÇÃO • Os leucócitos se acumulam no foco inflamatório seguindo uma sequência cronológica característica: a) os neutrófilos b) os monócitos c) os linfócitos e plasmócitos. LEUCÓCITOS: FUNÇÃO • NEUTRÓFILOS: surgem no estado inicial de quase todas as reações inflamatórias agudas, especialmente nas infecções bacterianas que produzem pus. - desaparecem rapidamente e fazem a fagocitose. LEUCÓCITOS: FUNÇÃO • MONÓCITOS: são mais resistentes e podem sobreviver várias semanas. Provenientes do sangue. - podem multiplicar-se nos tecidose transformar-se em macrófagos mononucleares, bem como em células epitelióides e fibroblastos. - fazem a fagocitose. Macrófagos espumosos Célula Gigante • LINFÓCITOS: surgem tardiamente e podem persistir por meses. - produzem anticorpos • PLASMÓCITOS: produzem anticorpos - são mais comuns na periferia do foco inflamatório. LEUCÓCITOS: FUNÇÃO LEUCÓCITOS: FUNÇÃO • EOSINÓFILOS: mais comuns nas infecções parasitárias e alergias. - colaboram na reação Ag/Ac - significam o início da regressão da inflamação. TIPOS DE MACRÓFAGOS • Monócitos do sangue • Histiócitos do tecido conjuntivo • Células reticulares do baço, linfonodos e medula óssea • Células de Kupfer do fígado • Células da micróglia do SNC • Osteoclastos FAGOCITOSE: Conceito • É a incorporação de partículas microscópicas do próprio corpo ou estranhas, no citoplasma de células (fagócitos) fazendo sua degradação ou transformando-as em substâncias inócuas, mediante enzimas celulares e produtos metabólicos. FASES DA FAGOCITOSE • Reconhecimento e adesão • Ingestão • Destruição e/ou degradação FAGOCITOSE: Reconhecimento • Os microrganismos são RECONHECIDOS por: a) neutrófilos (micrófagos) b) macrófagos (Quando são revestidos por um fator natural do soro: as opsoninas-IgG e C3b) FAGOCITOSE : Adesão • As partículas opsononizadas aderem aos receptores específicos na superfície de macrófagos e macrófagos para IgG e C3b FAGOCITOSE: Ingestão • Pseudópodos: pela membrana citoplasmática da célula • A membrana limitante do vacúolo fagocítico se fusiona com a membrana limitante dos grânulos lisossomais dos leucócitos • Descarga do conteúdo dos grânulos com saída de enzimas hidrolíticas FAGOCITOSE: Destruição • POR MECANISMOS BACTERICIDAS DEPENDENTES DE OXIGÊNIO: sistema H202 • POR MECANISMOS BACTERICIDAS INDEPENDENTES DE OXIGÊNIO: íon hidrogênio; enzima lisozima; proteínas catiônicas ricas em arginina; lactoferrina Padrões Morfológicos da Inflamação INFLAMAÇÃO SEROSA INFLAMAÇÃO FIBRINOSA INFLAMAÇÃO FIBRINOSA Inflamação fibrinosa pericárdio EXSUDATO PURULENTO FLEGMÃO ABSCESSO EMPIEMA FLEGMÃO Abscessos pulmonares Abscesso Empiema Pericárdico MEDIADORES QUÍMICOS: Características 1) Originam-se no plasma e nas células; 2) Desenvolvem sua atividade biológica por meio da ligação a receptores específicos celulares; 3) São capazes de estimular a liberação de mediadores por parte das próprias células-alvo; 4) Atuam sobre um ou alguns tipos de células-alvo, apresentam alvos variados ou podem apresentar efeitos diferentes segundo os tipos de células e tecidos em contato; 5) Uma vez ativados e liberados a maioria dos mediadores tem uma curta duração. MEDIADORES QUÍMICOS 1) CELULARES: a) Pré-formados: Histamina, serotonina, enzimas lisossomais. b) Recém-formados: Prostaglandinas, leucotrienos, fator ativador plaquetário, citocinas, óxido nítrico. 2) PLASMÁTICOS: a) Por ativação do complemento C3a, C5a, C5b-9 b) Por ativação do fator de Hageman (fator XII): Sistema cinina (bradicinina) - Sistema da coagulação-fibrinólise. TIPOS DE MEDIADORES • AMINAS VASOATIVAS • PROTEASES PLASMÁTICAS • METABÓLITOS DO ÁCIDO ARAQUIDÔNICO • FATOR DE ATIVAÇÃO PLAQUETÁRIA • CITOCINAS • ÓXIDO NÍTRICO • COMPONENTES LISOSSÔMICOS DOS LEUCÓCITOS • RADICAIS LIVRES DERIVADOS DO OXIGÊNI0 • OUTROS MEDIADORES AMINAS VASOATIVAS1) HISTAMINA • Origem: mastócitos e basófilos • Ativação: agentes físicos (trauma, frio, calor), reações imunes, anafilatoxinas, proteínas liberadoras de histamina derivadas dos leucócitos, neuropeptídios, citocinas • Ação: vasodilatação arteriolar aumento da permeabilidade vascular 2) SEROTONINA • Origem: plaquetas • Ativação: contato com colágeno, trombina, ADP e complexos Ag/Ac PROTEASES PLASMÁTICAS 1) SISTEMA DO COMPLEMENTO • Sistema de 20 proteínas plasmáticas que atua na imunidade para a defesa contra agentes microbianos e culmina com a lise de micróbios. Os componentes do complemento presentes no plasma sob a forma inativa são numerados de C1 a C9. • Modo de ação: C3a, C5a, C4a: permeabilidade vascular e vasodilatação por meio da liberação de histamina dos mastócitos. C3b: fagocitose - C5a: adesão, quimitaxia para neutrófilos, monócitos, eosinófilos. 2) SISTEMA CININA • Ativação: fator Hageman (XII) • Modo de ação: libera Bradicinina que aumenta a permeabilidade vascular. • A bradicinina é rapidamente inativada pela quinase, tendo curta duração. PROTEASES PLASMÁTICAS 3) O SISTEMA DA COAGULAÇÃO • Ativação: fator Hageman • Modo de ação: converte fibrinogênio em fibrina por meio da ativação da trombina. Nesta conversão são formados Fibrinopeptídios que agem: • na permeabilidade vascular e • quimitoaxia para neutrófilos. PROTEASES PLASMÁTICAS METABÓLITOS DO ÁCIDO ARAQUIDÔNICO 1) PROSTAGLANDINAS • Modo de formação: a partir do ácido araquidônico pela via da ciclooxigenase. (Bloqueio p/ aspirina ) • Tipos de prostaglandinas formadas: PGE, PGD, PGF, PGL 2 • Modo de ação: vasodilatação e potencializa formação do edema 2) LEUCOTRIENOS • Modo de formação: a partir do ácido araquidônico pela via da lipo-oxigenase (enzima presente nos neutrófilos) • Principal produto: 5-HETE • Modo de ação: quimiotaxia METABÓLITOS DO ÁCIDO ARAQUIDÔNICO 5-Hydroxyeicosatetraenoic acid FATOR DE ATIVAÇÃO PLAQUETÁRIA • Origem: fosfolipídios da membrana por ativação das fosfolipases • Modo de ação: vasoconstricção aumento da permeabilidade vascular (100 a 10.000 x mais potente que a histamina); aumento da adesão leucocitária ao endotélio; quimiotaxia CITOCINAS • Tipos: Interleucina 1 (IL 1) e Fator de necrose tumoral (TNF). • Ativação: de macrófagos por ação de produtos bacterianos, complexos imunes, toxinas, lesões físicas, outras citocinas. MODO DE AÇÃO: • Reações da fase aguda: febre, +sono, - apetite • Efeitos endoteliais: + aderência leucocitária, + síntese de PGl, atividade pró-coagulante • Efeitos fibroblásticos: + proliferação e colágeno, + colagenase e protease ÓXIDO NÍTRICO • ORIGEM: gás solúvel de radical livre produzido por células endoteliais, macrófagos e neurônios centrais específicos, sintetizado a partir da L-arginina, do oxigênio molecular e NADPH • TEMPO DE ACÃO: alguns segundos • AÇÃO: citotóxico para micróbios RADICAIS LIVRES • ORIGEM: liberados por leucócitos • ATIVAÇÃO: agentes quimiotáticos, imunocomplexos • MODO DE AÇÃO: • aumento da permeabilidade vascular • inativação de antiproteases. DESENLACE DA INFLAMAÇÃO AGUDA (1) RESOLUÇÃO COMPLETA (2) CURA POR SUBSTITUIÇÃO POR TECIDO CONJUNTIVO (FIBROSE) (3) FORMAÇÃO DE TECIDO DE GRANULAÇÃO (4) PROGRESSÃO PARA A INFLAMAÇÃO CRÔNICA Inflamação Crônica Inflamação Crônica - Processo caracterizado pela duração prolongada na qual a inflamação ativa, destruição tecidual e tentativas de reparação estão ocorrendo simultaneamente. - Os sinais cardeais são pouco evidentes ou ausentes – Ocorre após infecção aguda – Resposta a lesões teciduais prolongadas – Recrutamento e ativação de monócitos e linfócitos – Angiogênese e fibrose A inflamação crônica ocorre quando: - não é possível resolver a resposta inflamatória aguda por: a) persistência do agente agressor b) interferência no processo normal de cura Inflamação crônica - A inflamação crônica segue sempre após a fase exsudativa (que pode serfugaz e não identificada) - A inflamação crônica não é estereotipada como a aguda, sendo que os sinais cardeais estão ausentes ou pouco evidentes - A inflamação aguda é basicamente exsudativa e a inflamação crônica é uma reação celular proliferativa - Proliferam células como: fibroblastos, macrófagos, células endoteliais, etc. Inflamação Crônica Hepatite Características – Recrutamento contínuo de monócitos pela ação de estímulos quimiotáticos: C5a, fator de crescimento derivado das plaquetas, fragmentos de degradação de colágeno e fibronectina. – Existência de grande quantidade de macrófagos no local da lesão Inflamação crônica Características: – Produção de grande quantidade de radicais livres que acabam sendo tóxicos para células. – Produção de citocinas que estimulam a proliferação de fibroblastos (IL-1), depósito de colágeno e angiogênese. – Liberação de TNF-α e IL-1 que estimulam a migração e ativação de linfócito. Inflamação Crônica OS MACRÓFAGOS SÃO ATIVADOS : • ↑DE TAMANHO • ↑ AS ENZIMAS LISOSSOMAIS • ↑ A ATIVAÇÃO METABÓLICA • ↑ A FAGOCITOSE E A CAPACIDADE DE MATAR MICRORGANISMOS INFLAMAÇÃO CRÔNICA: CÉLULA CENTRAL MACRÓFAGO IL-6 – Promove maturação e ativação de neutrófilos, –> maturação de macrófagos –> diferenciação / manutenção de linfócitos T, citotóxicos, Linfócitos B e células Natural Killer. • Citocinas (INF-γ -> linfócitos T) • Endotoxinas Bacterianas • Fatores Quimiotáticos para Óxido Nítrico • Proteínas da MEC (Fibronectina) QUEM PROMOVE A ATIVAÇÃO DOS MACRÓFAGOS ? O QUE FAZEM OS MACRÓFAGOS ATIVADOS ? • Destruição Tecidual e do Agente Causal • Proliferação Vascular • Fibrose • Proteínas da MEC (Fibronectina) INFLAMAÇÃO CRÔNICA:TIPOS • INESPECÍFICA – Fibrose- tecido de granulação • ESPECÍFICA – Granulomas INFLAMAÇÃO CRÔNICA INESPECÍFICA- TECIDO DE GRANULAÇÃO O TECIDO DE GRANULAÇÃO • Logo no início da inflamação a proliferação de fibroblastos e células endoteliais vasculares formando pequenos vasos sanguíneos constituem o TECIDO DE GRANULAÇÃO. • Os vasos se formam por brotamentos de vasos pré- existentes (angiogênese). GRANULOMAS • É uma forma especial de inflamação crônica na qual predomina a proliferação de um tipo especial de macrófago ativado com aspecto de célula epitelial modificada (epitelióide). • Granuloma é um acúmulo microscópico de macrófagos que se transformam em células semelhantes à epiteliais, cercadas por um colar de leucócitos mononucleares, principalmente linfócitos. As células epitelióides podem se fundir e formar células gigantes • Produção de granuloma: – Agregação microscópica de macrófagos ativados e diferenciados em células epitelióides. – Possibilidade de formação de células gigantes com aproximadamente 20 núcleos. – Células circundadas por leucócitos mononucleares. – Deposição de fibroblastos e tecido conjuntivo. GRANULOMAS TECIDO DE GRANULAÇÃO INFLAMAÇÕES GRANULOMATOSAS BACTERIANAS: Tuberculose, Lepra, Sífilis FÚNGICAS: Doença da arranhadura do gato (Sporothrix sp.) PARASITÁRIA: Esquistossomose CORPOS: Estranhos TUBERCULOSE: Granuloma=Tubérculo: presença de necrose caseosa central, com acúmulo de macrófagos, células gigantes de Langhans e coroa linfocitária FÚNGICA: Criptococose e Paracoccidioidomicose METAIS E POEIRAS INORGÂNICAS: Silicose, berilose DESCONHECIDA: Sarcoidose INFLAMAÇÕES GRANULOMATOSAS SilicoseParacoccidioidomicose Sarcoidose REPARAÇÃO TECIDUAL ESTÍMULO LESIVO INFLAMAÇÃO MORTE CELULAR APOPTOSE PREPARO PARA A REPLICAÇÃO REPARO TIPOS DE REPARO REGENERAÇÃO: Substituição pelo mesmo tipo de célula perdida. CICATRIZAÇÃO: Substituição por tecido conjuntivo – Fibroplasia ou Fibrose (Exceção no cérebro – gliose) Processos básicos que ocorrem na reparação tecidual (na cicatrização ou na regeneração): - MIGRAÇÃO PROLIFERAÇÃO E DIFERENCIAÇÃO - INTERAÇÃO CÉLULA-MATRIZ EXTRACELULAR ETAPAS DA REPARAÇÃO TECIDUAL • Processo Inflamatório Agudo. • Regeneração do Parênquima. • Migração e proliferação de células parênquimatosas e estromais. • Síntese de Matriz Extracelular (MEC). • Remodelação do Tecido Conjuntivo. MECANISMOS ENVOLVIDOS NAS ETAPAS DE REPARAÇÃO INTERAÇÕES CÉLULA-CÉLULA • Limitações de substrato no microambiente • ↑ de inibidores de crescimento m (TGF-β) • ↑ de receptores de Fatores de crescimento MECANISMOS ENVOLVIDOS NAS ETAPAS DE REPARAÇÃO INTERAÇÕES CÉLULA – MATRIZ EXTRACELULAR • Efeitos : Migração; proliferação e diferenciação • Exemplos (MEC + recptores celulares): - colágeno tipo I: crescimento endotelial - colágeno tipo IV: formação do tubo capilar - fibronectina: migração de fibroblastos e céls. endoteliais - laminina: crescimento endotelial SÍNTESE DE MATRIZ EXTRACELULAR - COLÁGENO REPARO TECIDUAL NA PRÁTICA Regeneração e Fibroplasia ocorrem juntos, mas pode haver predominância de um desses processos!!!! TIPO DE TECIDO QUANTO A CAPACIDADE REPLICATIVA • TIPO E INTENSIDADE DA LESÃO E DURAÇÃO DO PROCESSO INFLAMATÓRIO • INTEGRIDADE DA MEMBRANA BASAL: orientação do crescimento CIRROSE HEPÁTICA – INFLAMAÇÃO CRÔNICA E TENTATIVA DE REPARO CICATRIZAÇÃO: TIPOS • 1º INTENÇÃO • 2º INTENÇÃO - Colagenização no Desenvolvimento da Cicatriz : - deposição em 3 a 5 dias, com duração de semanas - PDGF (fator de crescimento derivado de plaquetas), FGF (fator de crescimento de fibroblasto), TGF-β, IL-1 e IL-4 – produzidos por fibroblastos - degradação de colágeno e outras proteínas da MEC - metaloproteinases Metaloproteinases • Produção: fibroblastos, macrófagos, neutrófilos, celulas epiteliais • Estímulo: PDGF, FGF, IL-1, TNF-α • Inibição: Inibidor tecidual de metaloproteinas, TGF- β Exemplos: - Colagenases intersticiais – colágeno I, II e III - Gelatinases – Colágeno IV e fibronectina - Estromelisinas – proteoglicanos, fibronectina, colágeno amorfo e laminina Fatores de Crescimento na Cicatrização • Quimiotaxia de monócitos: PDGF, FGF, TGF-β • Migração de fibroblastos: PDGF, FGF, TGF-β, TNF, EGF • Proliferação de fibroblastos: PDGF, EGF, FGF, TNF • Angiogênese: VEGF, FGF • Síntese de colágeno: PDGF, TNF, TGF-β • Secreção de colágeno: PDGF, FGF, TGF-β, TNF, EGF Resistência da cicatriz • 1º semana – 10% • 4 semanas – aumento rápido • 3 meses – desaceleração • 70 a 80% da força de estiramento da pele normal COMO IDENTIFICAR AS CÉLULAS INFLAMATÓRIAS CRÔNICAS? Linfócitos: núcleo redondo, denso e pequeno. Citoplasma muito escasso (quase não visível). Plasmócitos: núcleo redondo e excêntrico. Citoplasma nitidamente basófilo (roxo). A célula como todo tem formato ovalado. O aspecto em "roda de carroça" da cromatina nuclear é visto em poucas células, e só com objetiva de imersão. Podem ser bi- ou trinucleados (incomum). Macrófagos: núcleo redondo ou ovalado, de cromatina mais frouxa que os anteriores. Citoplasma róseo abundante, podendo conter elementos fagocitados. Forma celular variável de arredondada a alongada. São maiores que os plasmócitos. Fibroblastos: núcleo ovalado ou alongado, volumoso, cromatina frouxa. Citoplasma escasso, às vezes de difícil identificação, podendo formar prolongamentos saindo dos polos nucleares. Este aspecto é o dos fibroblastos jovens, em fase de síntese de colágeno. Os fibrócitos (não demonstrados aqui) têm núcleo comprido em forma de vírgula e cromatina densa (não produzem mais colágeno).
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