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AS DIFERENTES MANIFESTAÇÕES CORPORAIS RELACIONADAS AOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA PRÁTICA PEDAGÓGICA

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
 
 
 
 
 
 
PEDRO FLORES ENDRINGER DE LIMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
AS DIFERENTES MANIFESTAÇÕES CORPORAIS RELACIONADAS AOS 
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA PRÁTICA PEDAGÓGICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MACAÉ 
2019
2 
 
A disciplina de educação física, como parte integrante do processo 
educacional, tem o compromisso de estar articulada com o projeto político 
pedagógico da escola e comprometida com uma transformação social que 
ultrapasse os limites da mesma. 
 
 Educação Física é um elemento essencial para o desenvolvimento humano e 
social, a partir de uma perspectiva de educação continuada que promove melhorias 
no conhecimento corporal e nos domínios cognitivo, afetivo e motor de crianças, 
jovens, adultos e idosos. É um conjunto de atividades complexo, pois demanda 
aplicação do conhecimento científico do corpo e movimento humano, princípios, 
valores, atitudes, compreensão comportamental e sociocultural daqueles envolvidos 
no desenvolvimento de suas atividades planejadas e estruturadas. 
 
 Enquanto prática pedagógica, a Educação Física, tem o compromisso de 
garantir a participação, a inclusão de todos os alunos nas aulas, independente de 
suas possibilidades e limitações corporais, propiciando assim a vivência destes 
alunos nas diferentes manifestações da cultura corporal experiências estas que vão 
contribuir significativamente na formação do aluno/cidadão. 
 
 A importância dessa inclusão é o modo de como introduzir pessoas que ainda 
não foram incluídas, de alguma maneira, nas atividades que envolvem a Cultura 
Corporal do Movimento nas escolas, através da Educação Física, e também 
reintroduzir aquelas que de algum modo, em alguma(s) atividade(s) foram excluídas 
por não terem obtido resultados e serem “taxados” de menos habilidosos. 
 
 É necessário compreender a participação e valorização de cada aluno, para 
isso, os professores devem ter uma análise particular de cada um, entender quais 
são as limitações, as dificuldades, bem como, as qualidades e capacidades de cada 
um deles nas diversas atividades aplicadas. 
 
 Uma das grandes dificuldades encontradas no desenvolvimento do trabalho 
pedagógico na escola nas aulas de Educação Física, é a falta de um programa que 
aponte o mínimo necessário a ser trabalhado nos diferentes conteúdos em cada 
segmento escolar. 
3 
 
 Muitas vezes esta ação pedagógica se dá de forma individualizada, 
desarticulada e descomprometida, dos demais colegas da área até mesmo daqueles 
que atuam na mesma escola. No entanto, algumas vezes este mesmo profissional 
fica de mãos atadas em função das precárias condições de trabalho que lhe é 
oferecida, limitando-se a trabalhar de acordo com as possibilidades da estrutura 
física e materiais específicos existentes em sua escola para desenvolver as 
atividades. 
 
 A educação física tem a preocupação de promover, através de sua prática, 
uma educação física higienista, a qual assumia responsabilidade de desenvolver, a 
promoção e a conservação da saúde do corpo por meio de exercícios físicos. A 
formação de corpos saudáveis, dóceis, submissos, era a grande contribuição que a 
educação física se propunha, atendendo desta forma, os interesses defendidos na 
época. 
 
 Neste período a educação física, vista como essencialmente prática, esteve 
fortemente atrelada a “GINÁSTICA”, através dos métodos europeus e calistênico. A 
única exigência que se fazia para ministrar estas aulas era que seu instrutor fosse 
ao menos um ex praticante da mesma. Muitos eram os militares que atuavam como 
instrutores que, nesta perspectiva, era o modelo a ser seguido, copiado, e os cinco 
movimentos eram reproduzidos pelos alunos. Ao aluno cabia apenas o papel de 
obedecer as ordens, executar, não tendo a possibilidade sequer de questionar. 
 
 Até a promulgação das leis e diretrizes de base de 1961, houve um amplo 
debate sobre o sistema de ensino brasileiro. Nessa lei, ficou determinada a 
obrigatoriedade da Educação Física para as escolas primárias e de ensino médio. 
Sendo assim, o esporte passou a ocupar um lugar cada vez maior durante as aulas. 
O processo de esportivização da Educação Física Escolar iniciou com a introdução 
do Método Desportivo Generalizado, que significou uma contraposição aos antigos 
métodos de ginástica tradicional e uma tentativa de incorporar o esporte, já que era 
uma instituição bastante independente, adequando-o ao objetivo e práticas 
pedagógicas, 
 
4 
 
 Em meados de 1964, a educação física assume o papel de suporte ideológico 
a ideia é a de promover o País através da competição. Neste sentido através de sua 
prática na escola, passa a se preocupar com a formação de atletas, atendendo 
assim, mais uma vez as exigências, ou seja, os interesses da classe dominante da 
época. 
 
 O desempenho dos alunos nesta perspectiva se dava pela repetição 
mecânica dos movimentos, os quais eram avaliados pelo número de acertos nas 
atividades propostas pelo professor. Este era centralizador de todas as ações 
realizadas pelos alunos e sua competência era medida pelo número de medalhas 
conquistadas por suas equipes. Em função disso, a educação física passa a estar 
fortemente atrelada ao esporte. 
 
 Nesta concepção, as aulas de educação física passam a ser seletivas e 
excludentes. Seletivas quando o professor prioriza apenas atividades direcionadas 
aos alunos mais habilidosos, uma vez que o objetivo central da época é a formação 
de equipes para competições, tornando assim as aulas de educação física, um 
espaço de treinamento para alguns alunos. 
 
Excludente quando esse mesmo professor ignora seus alunos com 
dificuldades motoras, não propiciando a estes, a vivência em diferentes atividades 
que possibilitasse a superação das limitações corporais dos mesmos. Estes alunos 
ficavam a margem do esquecimento, excluídos das aulas por não apresentarem 
habilidades específicas para determinados esportes contemplados pelo professor, 
que muitas vezes eram oferecidos de acordo com a sua habilidade e preferência. 
 
Na década de 70, ainda havia a função para a manutenção da ordem e do 
progresso. O governo investiu na Educação Física em função de diretrizes pautadas 
no nacionalismo, na integração social e na segurança nacional, pois visavam um 
exército forte saudável e a desmobilização das forças políticas oposicionistas. As 
atividades esportivas também eram importantes para a melhoria da força de trabalho 
com vista no “milagre econômico brasileiro”, nesse período os laços se firmavam 
com destaque no futebol, na Copa do Mundo de 1970. 
 
5 
 
Na década de 80, esse modelo começou a ser sentido e contestado: o Brasil 
não passou a ser um competidor de elite internacional e nem tão pouco aumentou o 
número de adeptos a atividades físicas. Iniciou-se uma crise de identidade no 
discurso da Educação Física, que originou uma mudança nas políticas educacionais: 
a Educação Física Escolar que priorizava o esporte nas 5ª e 8ª séries do primeiro 
grau, passou a dar origem de 1ª a 4ª séries e também à pré-escola. O enfoque 
passou a ser o desenvolvimento psicomotor do aluno, tirando da escola à função de 
promover os esportes de alto rendimento. 
 
A partir dos anos 2000, os debates, as publicações, os cursos de pós-
graduação, o aumento de livros e revistas entre outros, difundiram e argumentaram 
as novas tendências da Educação Física. As relações entre educação física e 
sociedade passaram a ser discutidas sobre teorias críticas da educação. Ocorreu 
uma mudança no enfoque, tanto aos objetivos e conteúdos, quanto aos 
pressupostos pedagógicosde ensino e aprendizagem. Ampliaram a visão para uma 
área biológica, enfatizaram e reavaliaram as dimensões psicológicas, sociais, 
cognitivas e afetivas, concebendo o aluno como ser humano integral. Abarcaram-se 
em objetivos educacionais mais amplos, sob a perspectiva de conteúdos 
diversificados e não mais apenas em esportes, em pressupostos pedagógicos mais 
humanos e ao não adestramento de seres humanos. 
 
Hoje as Diretrizes Curriculares que norteiam, definem os rumos, apontando 
caminhos a serem tomados pela Educação de nosso Estado, abordando, o contexto 
histórico de cada disciplina, a fundamentação teórico-metodológicas, os conteúdos 
estruturantes, o encaminhamento metodológico a ser adotado assim como a 
avaliação e a bibliografia que dá suporte teórico a esta proposta. 
 
De acordo com o MINISTÉRIO da EDUCAÇÃO, temos os seguintes 
referenciais como objetivos do ensino fundamental: Compreender a cidadania como 
participação social e política exercendo seu direito e respeitando o do outro; Ter uma 
postura crítica e transformadora nas diferentes situações sociais; Conhecer e 
valorizar a pluralidade sociocultural do país em que vive sem nenhum tipo de 
discriminação seja ela social, cultural, de crença, sexo ou outras características 
individuais ou coletivas; Desenvolver o conhecimento e o sentimento de confiança 
6 
 
em suas capacidades afetivas, físicas, cognitivas, éticas, estética, de inter-relação 
pessoal e de inserção social para buscar conhecimento e exercer sua cidadania; 
Conhecer e cuidar do próprio corpo; Utilizar diferentes formas de linguagem para se 
comunicar e se expressar. Saber ler e interpretar as diferentes fontes de informação. 
Questionar a realidade, a capacidade critica para formular e resolver os problemas. 
 
Além de jogos, esportes, ginástica e dança, outros temas cabem à educação 
física tratar, bem como os problemas sócio-políticos atuais, discussões e reflexões 
desses problemas se faz necessárias afim de que o aluno entenda a realidade social 
interpretando-a e explicando-a a partir dos seus interesses de classe social, cabe a 
escola promover ao aluno a preocupação o senso crítico da prática social. 
 
O jogo é um elemento da cultura e tem como características: o prazer, o 
caráter “não sério”, a liberdade, a separação dos fenômenos do cotidiano, as regras, 
o caráter fictício ou representativo, e sua limitação no tempo e no espaço, o prazer é 
fator integral do jogo, mas devemos destacar que o desprazer é o elemento que o 
caracteriza. 
 
Segundo o MINISTÉRIO da EDUCAÇÃO, são considerados esportes as 
práticas que têm um caráter oficial e competitivo, organizado em federações 
regionais, nacionais e internacionais e têm a função de organizar a atuação amadora 
e profissional. Necessitam de equipamentos sofisticados e certos campos como 
piscinas, bicicletas, ginásio etc. Apesar das variações entre esporte-trabalho e 
esporte-lazer, obras com conteúdos sociológicos observam o esporte tanto como 
preenchimento do tempo livre como também meio de sobrevivência. Os professores 
devem trabalhar os esportes durante as aulas, mas sob o aspecto lúdico, de 
sociabilização, do conhecimento corporal, baseando o respeito aos amigos, às 
regras e os caminhos encontrados para solucionar o problema e não o resultado em 
si. 
 
A dança é considerada uma expressão representativa, por meio da linguagem 
corporal é possível transmitir sentimentos, emoções ocorridas no nosso cotidiano. As 
primeiras danças foram às imitativas, onde os dançarinos imitavam situações que 
desejavam que se tornassem realidade, acreditavam que forças desconhecidas 
7 
 
impossibilitavam suas realizações. O homem foi dançarino instintivamente, ao 
contemplar a natureza, passou a imitá-la, deixando emergir de seu íntimo, emoções 
que se concretizavam em movimentos corpóreos expressivos. Havia uma 
necessidade particular do ser humano em dançar, mesmo com toda a luta pela 
sobrevivência, ele aos poucos se tornava artista, a partir dessa citação podemos 
notar que existe uma necessidade constante do ser humano em dançar, em se 
expressar e em mostrar sentimentos muitas vezes ocultos a linguagem verbal. 
 
Sendo assim, temos que criar situações incentivando e estimulando nossos 
alunos a se expressarem sem medo, pois por muitas vezes esses sentimentos são 
sufocados por essa sociedade neoliberal na qual vivemos, onde o que conta são as 
noções da boa educação que culturalmente nos foram ensinadas. A sociedade nos 
coloca limites, regras e obrigações desde que nascemos, modificando e moldando, 
cabe a nós professores libertar e incentivar o ser humano crítico, livre para tomar 
decisões e buscar melhora na sua qualidade de vida. 
 
Grande parte de profissionais que atuam nas escolas hoje, ainda são frutos 
da formação acadêmica em que a tendência tecnicista predominava. No entanto, 
muitas vezes, em função das precárias condições que os professores e alunos têm 
para a realização e vivência dos conteúdos, o professor contempla em suas aulas 
somente conteúdos possíveis de serem trabalhados de acordo com estas condições 
oferecidas. 
 
É preciso ter claro que não basta um documento que norteie a ação 
pedagógica nas escolas. É preciso assegurar sua aplicação junto aos alunos. São 
os professores, juntamente com todos os envolvidos no processo educacional que 
podem romper “velhos paradigmas”, refletindo sobre nossa atuação pedagógica e 
assegurando através desta, o direito aos alunos de ir muito além do que meramente 
vivenciar atividades em uma aula sem, contudo, refletir sobre o conhecimento 
produzido nela. 
 
 
 
 
8 
 
Referências Bibliográficas 
 
SANTOS, Cristiano Felix; Santana, Cristiano Ferreira; Trindade, Karolina Rios; Silva, 
Lucas Francisco da; Barbosa, Regiane Pereira dos Santos; Carvalho, Uala 
Bartolomeu, Antônio Rodrigues. Cultura Corporal do Movimento e a Inclusão nas 
Aulas de Educação Física. Revista Gestao Universitária, 2017. Disponível em: 
http://www.gestaouniversitaria.com.br/artigos/cultura-corporal-do-movimento-e-a-
inclusao-nas-aulas-de-educacao-fisica. Acesso em: 23/10/2019.

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