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Câncer de mama

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Marcela Maria Lopes Costa - 14º Turma de Medicina UEMA 
Ginecologia 
Câncer de Mama 
 
1.0 EPIDEMIOLOGIA 
É o câncer ginecológico mais prevalente. O RJ e RS são 
os estados com maior prevalência. 
Fatores de risco 
• Idade e sexo 
• BRCA 1 e BRCA 2 – diagnóstico mais precoce 
(<50 anos) 
• Menarca precoce e menopausa tardia – CA de 
mama é hormônio dependente 
• TH no climatério 
• Nuliparidade 
• Obesidade – a gordura tem ateromatase, que 
faz conversão periférica de androgênio em 
estrona 
• ↑ densidade mamária na MMG em idade pós-
menopausa 
• Álcool. OBS: tabagismo tem relação somente 
com CA de colo uterino 
Os genes supressores tumorais: 
BRCA1 – relacionado com CA de ovário 
BRCA2 – relacionado com CA de mama masculino 
Pacientes que possuem mutação nesses genes, 
possuem 60-85% de lifetime risk 
É importante lembrar que a mastectomia após rastreio 
dos genes não é entendida como profilática, pois 
apenas reduz o risco de desenvolvimento do câncer. 
10% dos tumores de mama são genéticos. 
 
2.0 RASTREAMENTO 
• Autoexame: não se indica mais pois não reduz 
mortalidade. 
• Exame clínico: não há recomendação 
específica 
• Mamografia 
o 50-69 anos a cada 2 anos 
o Rastreio antes dos 50 anos não reduz 
mortalidade. Faz mamografia somente 
se encontrar alteração. 
o Grupo de alto risco deve ter o rastreio 
aos 35 anos a cada ano 
§ Histórico familiar de 1º grau 
antes dos 50 anos 
§ Familiar de 1º grau com CA de 
mama nas duas mamas - 
independente da idade 
§ Familiar de 1º grau com CA de 
ovário - independente da idade 
§ Câncer de mama masculino na 
família 
§ Achado em biópsia prévio com 
risco de câncer 
 
 
 
Marcela Maria Lopes Costa - 14º Turma de Medicina UEMA 
 
 
3.0 DIAGNÓSTICO 
Clínica: 
• Assintomático, tumor palpável unilateral 
endurecido e indolor. 
• Nódulo fixo em aspecto de pêssego 
• Achado mamográfico – EXAME DE 
RASTREAMENTO! 
• Derrame papilar – mais raramente. O mais 
característico é em “água de rocha”. 
 
A fim de fechar o diagnóstico é necessário fazer CORE 
BIOPSY (biópsia com agulha grossa) pois analisa 
Histologia e não somente citologia. 
 
 
 
4.0 TIPO HISTOLÓGICOS 
• A maioria são carcinomas ductais. 
• O carcinoma lobular possui mais tendência de 
bilateralidade e multicentridade. 
• Tumores filoides: tumor com maior tendência 
a recorrência local. Cerca de 20% desses 
tumores tornam-se malignos. 
• Doença de Paget: desordem eczematoide do 
mamilo e da aréola, geralmente unilateral e 
de evolução lenta. 
Definimos como in situ quando está restrito ao 
epitélio e não invade membrana basal. 
Mas existem outros tipos de CA de mama como o 
papilar, medular... mas menos frequentes. 
 
 
5.0 DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS 
• Esteatonecrose – pós trauma 
• Cicatriz radial – nódulo benigno que possui 
espículas 
• Tumor phyllodes – tumor benigno que causa 
grandes deformidades na mama 
 
6.0 TRATAMENTO 
 
 
 
 
Marcela Maria Lopes Costa - 14º Turma de Medicina UEMA 
O tratamento conservador de setorectomia + 
radioterapia possui a mesma taxa de recidiva de uma 
cirurgia radical. 
 
CIRURGIA RADICAL X CONSERVADORA 
• Relação tumor/mama – tentar manter o 
máximo de mama possível 
• Gestantes – não faz radioterapia. Mas se a 
gestação já for de 3º trimestre, podemos fazer 
a conservadora + radio após parto. 
• Doenças do colágeno – contraindicação de 
radioterapia. 
• Tumores multicêntricos – melhor fazer 
radical. 
• Radioterapia prévia – indica cirurgia radical. 
 
O câncer de mama é o mais fiel há teoria do linfonodo 
sentinela. Para identifica-lo podemos fazer injeção de 
Azul patente ou Radiofármaco e massageamos a 
mama por 7 min para identificar o linfono sentinela, 
o qual é dissecado e enviado para patologia e 
identificação se há metástases. 
Caso seja identificado metástases, é necessário de 
fazer dissecção de demais linfonodos. 
 
Novas perspectivas: Não fazer linfadenectomia se... 
1. Setoterectomia – a radio pega região da axila 
2. Tumores até 5cm 
3. Até 2 linfonodos positivos 
4. Primeira Intervenção 
 
Após a ressecção cirúrgica, mandamos a peça para 
patologia e IMUNOISTOQUÍMICA que identifica 
marcadores como: 
• RE 
• RP 
• Ki-67 – índice de proliferação do tumor 
• Her-2 (c-erb-B2) – também funciona como 
índice de proliferação. 
 
TRATAMENTO ADJUVANTE 
RADIOTERAPIA 
Sempre indicada em cirurgia conservadora 
Indicada em cirurgia radical quando: 
• Llimites comprometidos em pele e parede 
torácica ou+ 4 linfonodos acometidos. 
 
QUIMIOTERAPIA 
Tratamento sistêmico com uso de Antraciclinas e 
Taxanos. 
Fazemos quando: 
• Linfonodo sentinela + 
• Existem casos em que é feito mesmo quando 
axila negativa... mas isso depende de 
algoritmos específicos da oncologia. 
Quimioterapia neoadjuvante: 
• Tumores volumosos nos quais se pensa em 
reduzi-los e somente depois fazer uma 
cirurgia conservadora. 
• Mas também podemos fazer o teste da 
sensibilidade in vivo em casos de ressecção 
prévia. 
 
HORMONIOTERAPIA 
Marcela Maria Lopes Costa - 14º Turma de Medicina UEMA 
Trata-se de um medicamento para uso por 5 anos 
caso a paciente tenha em sua imunoistoquímica 
receptores de estrogênio e progesterona positivos. 
• Tamoxifeno 
• Inibidor de aromatase – pacientes pós 
menopausa. 
 
TRASTUZUMABE 
Usado para bloqueio HER-2 e diminui recidiva. 
 
7.0 FATORES PROGNÓSTICOS 
RECIDIVA LOCAL 
• Estado das margens 
• Grau nuclear 
• Tamanho do tumor 
• Tipo histológico 
 
RECIDIVA SISTÊMICA 
• Status axilar 
 
8.0 CASOS ESPECIAIS 
Carcinoma inflamatório 
Êmbolos tumorais que acabam saindo do tumor e 
indo para a pele, produzindo um sintoma de mastite. 
Deixando até um aspecto de casca de laranja. Tona 
necessário biópsia da pele. 
 
Sempre necessário fazer QT neoadjuvante e 
mastectomia. 
Possui prognóstico ruim. 
 
Carcinoma de paget 
Cancer de Aréola e mamilo desenvolvendo área 
descamativa e pruriginosa, sendo necessário fazer Dx 
diferencial com eczema. 
 
Tratado com setorectomia. 
 
Câncer de mama no homem 
• 1 : 135 
• Mais associado a mutação no BRCA 2 
• Sempre fazer cirurgia radical

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