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Estudo dirigido - Elaboração de Projetos de Engenharia

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Universidade Estácio de Sá
Curso de Engenharia de Produção
Estudo dirigido em Elaboração de Projetos de Engenharia
Aluno: Franco Michel Cardoso
Matrícula: 2014.084.451-07
Brasília
2018.2
Esta matéria visa contemplar alguns tipos de projetos pelo prisma da criação de novos produtos, bem como trazer à tona suas características e elucidar suas metodologias. 
O objetivo deste documento é orientar todas as ações e grama
 Com as mudanças causadas pela evolução natural do homem e da natureza, da introdução e melhoria da Gestão da Qualidade, do desenvolvimento e da fabricação de novos produtos, dos processos de fabricação assim como a “revolução” causada pela internet, que trouxe mais condutividade aos processos, aos produtos e à gestão de projetos, onde a cada nova indústria a concorrência se torna mais complexa.
As novas tecnologias de software e hardware, aposentaram as antigas pranchetas de desenho e as réguas de cálculo, a introdução dos sistemas CAD e CAM causaram impacto positivo no mercado, trouxeram uma nova realidade para as indústrias e para os clientes finais.
A gestão de projetos também proporcionou uma nova realidade à concepção de produtos além do continente das indústrias matriz assim como às empresas que precisam de uma rápida evolução na introdução de novos produtos de forma mais eficiente, rápida e eficaz.
Sabemos que os pioneiros, que introduzem novos produtos antecipadamente no mercado, possuem vantagem estratégica sobre seus concorrentes, o que traz maior valor à marca e aos seus rendimentos econômicos.
Competências e habilidades do profissional
Muitas são as abordagens para as competências e habilidades do engenheiro de produção desde as competências organizacionais, baseadas em recursos, que considera as competências distintivas das empresas correspondentes aos ativos tangíveis (como canais de distribuição) e intangíveis (como o potencial dos seus recursos humanos).
O Engenheiro de Produção está capacitado a trabalhar em diversos ramos, como: Produção, projetos, administração, finanças, entre outros; Atuação como um canal de integração entre os sistemas técnicos (engenharias) e a área administrativa da empresa, o que facilita a criação, produção e administração de novos produtos e serviços.
A evolução do Projeto
Desde a antiguidade os artesões se preocupavam com seus produtos, e novas formas de desenvolvimento foram sendo adotadas seguindo a qualidade e os fornecedores da época, criando artefatos de guerra e utensílios domésticos para o dia a dia, conforme as habilidades específicas de cada artesão e a forma de uso para cada atividade.
Houve um grande avanço relacionado a produção com a Revolução Industrial, no século XVIII, onde a tecnologia da época criou novas máquinas e a produção em massa surgiu, podendo a indústria produzir melhor e com repetição suficiente. Assim, o design de produtos tomou nova forma com essas máquinas e equipamentos.
Hoje, vemos uma realidade onde produtos são projetados e produzidos em diferentes países e continentes, chamado de globalização, onde uma infinidade de informação técnica e específica e locacional está intrínseca no produto final até a entrega deste produto, em outra localização geográfica diferente de onde foi produzida e/ou projetada, causando assim impactos pertinentes em projetos, riscos, qualidade, logística de distribuição entre outros tantos fatores.
Projetar é uma atividade complexa e não trivial e, dependendo da sua concepção, podem surgir projetos mal desenvolvidos ou de baixa qualidade, não levando em conta muitos aspectos técnicos, de mercado, de estilo, forma e função que possam levar o projeto do produto ao fracasso.
A natureza da atividade de projeto
Para a National Science Foundation (MILES & MOORE, 1994), as definições sobre projeto são: Um processo de tomada de decisão; uma atividade de resolução de problemas; um processo de planejamento e busca; um processo de Satisfação de Restrições.
Perspectivas coletivas do projeto
Aspectos básicos presentes nos processos coletivos do PRP (Processo de Realização do Projeto):
Organização: as organizações das atividades referentes ao projeto são definidas pela percepção da estrutura do objeto que se forma (o projeto do produto);
Contextos (ou universo de competências): os ambientes de especialização técnica, com seus jargões e símbolos próprios, modelos e metáforas para a representação de soluções abstratas. Os atributos que são captados por cada participante podem (e serão) diferentes, e respectivamente ligadas à especialização de cada membro da equipe de projeto.
Condicionantes: restrições e especificações do projeto que servem para limitar ou balizar os diversos constituintes do projeto. Algumas vezes, as restrições são conflitantes e precisam ser trabalhadas pela equipe para prover soluções de acordo com o requerido.
Discurso: linguagem própria dos participantes do projeto para que seja uniforme entre a equipe e suas diferentes especializações. Similar à Gestão de Comunicação, uma das 10 áreas de gerenciamento de projetos indicadas pelo PMI.
Perspectiva individual do projeto
Nem todos os projetos são simples ou possuem uma solução ótima ou ideal, às vezes, várias soluções boas podem ser encontradas que podem divergir em aplicação, porém surtem o mesmo efeito. É importante lembrar que, em um projeto, podem existir condicionantes conflitantes como: desempenho x custo; conforto x custos; características x benefícios.
Nesse caso, algumas soluções atendem mais a um fator que a outro. Por isso, vemos as necessidades de reuniões de definição do projeto do produto correta conforme as especificações e da estratégia da empresa, junto ao mercado, seus concorrentes, seus custos, sua qualidade, suas entregas etc.
A busca de soluções é o que almeja o Processo de Realização do Projeto com os métodos cognitivos de decomposição, associação e prototipagem, desenvolvimento em 3D e realidade virtual, máquinas CNC (entre outros). E, para finalizar, o planejamento e controle do projeto fornece ao projetista condição para verificar o progresso do trabalho, que além da vivência pessoal, tem a vivência técnica/acadêmica.
Tipos de Projetos
Quanto à complexidade:
Projeto Incremental – modificação de componentes ou de partes do produto, porém procurando-se manter o conceito original do projeto. Esses projetos podem se sobrepor em determinados momentos.
Projeto complexo – a esse tipo são relacionadas muitas informações e existe o envolvimento de muitas pessoas, como nas indústrias navais, de construção, automobilística etc.
Projeto Criativo – nesse, geralmente, existe uma baixa estruturação envolvendo processos tecnológicos pouco complexos; 
Projeto Intensivo – são aqueles que envolvem um grande esforço humano e tecnológico, modelos matemáticos complexos, problemas estruturados e de grande complexidade como na indústria aeronáutica.
Quanto os tipos de problemas que o projeto busca resolver:
Projeto original – voltado para a criação e o desenvolvimento de um novo produto (inédito);
Projeto adaptativo – é um tipo onde produtos recebem uma configuração semelhante a produtos já existentes, podendo ser realizados através de mecanismos de associação;
Projeto variante – a criação de um novo produto pode ser realizada através da alteração de dimensões e formas de outros produtos já existentes, desta forma criando variáveis desses produtos.
Classificação para projeto de produtos industriais de base mecânica, identificando as seguintes modalidades de atividades:
Projeto por seleção – esse tipo engloba a escolha de um ou mais itens de um catálogo, de forma que quanto mais itens esse catálogo possuir, mais complexa será a escolha;
Projeto por configuração – parecido com o anterior, porém os componentes do produto já estão projetados (como alguns componentes de veículos que são compatíveis com vários modelos). O problema é a compatibilidade dos componentes (já projetados) com as especificações e características do novo projeto;
Projeto paramétrico– pode-se apresentar a definição de valores para variáveis previamente selecionadas – ou parâmetros – para que seja atendido um objetivo desejado.
Outros tipos de projetos:
Projetos de sistemas: Os resultados são produtos de desenvolvimento de código, rotinas ou programas de computador.
Projetos de mapeamento de processos: os resultados são a definição de novos processos, os desenhos, a descrição dos processos organizacionais, assim como sua documentação.
Projetos de infraestrutura: os resultados são novas instalações, ou modificações e eventuais melhorias, nas instalações existentes, com todo o contingente envolvido neste tipo de mudança, como: equipamentos, plantas, redes (elétrica, hidráulica, dados e telefonia etc.).
Metodologia dos projetos
Metodologia de Hubka (1987): Baseada na hierarquia das atividades relacionadas ao projeto, onde os processos técnicos – uma das etapas da progressão do projeto – estão no nível mais alto, divididos em: Operações de projeto – definição da estrutura funcional do objeto; Operações básicas – métodos que serão utilizados para as operações de projeto; Atividades elementares – documentação do projeto; Operações elementares – tarefas pontuais, organização, dimensionamento e/ou projeto de peças etc.
Esse modelo é constituído das etapas: 1. Definição do problema e decomposição (análise); 2. Identificação dos princípios de solução e dos componentes principais; 3. Solução de subproblemas e formulação da estrutura preliminar; 4. Consolidação das soluções parciais em um conceito do produto (síntese); 5. Detalhamento da estrutura do produto.
Modelo de Ulrich & Eppinger: Aborda: marketing, projeto e manufatura. Possui cinco etapas para a realização de um projeto: 
1. Desenvolvimento do conceito do produto com as estratégias de marketing – demandas e necessidades de mercado, geração de conceitos e estimativa de custos; 
2. Desenvolvimento dos sistemas do produto com a definição do design do produto, análise do mix de produtos e a contratação dos fornecedores; 
3. Projeto detalhado com a especificação completa dos materiais, sua geometria, tolerâncias e geração da documentação do produto; 
4. Testes e melhorias onde são feitos testes, protótipos e melhorias, nessa etapa podem ser identificadas as falhas e necessidades de acertos nas especificações do projeto; 
5. Preparação para a produção onde prepara-se os testes de produção para adequação da linha às necessidades de produção ou também chamado de “preparação para a produção” e “produção-piloto”, que é o setup da linha de produção da indústria onde o bem irá ser produzido. É uma fase importante, pois qualquer falha poderá acarretar na perda de qualidade, nos engasgos e nos atrasos na produção.
Conclusão
O projeto é o princípio de uma atividade técnica do engenheiro. Sua execução exige coordenação e supervisão pelo profissional habilitado em questão, nunca se desviando do relatório ou memorial técnico-descritivo, que nada mais é, que a conclusão da atividade profissional.

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