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Representação Temática -Classificação

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Prévia do material em texto

RepResentação temática- 
classificação
Prof.a Miriam de Cassia do Carmo Mascarenhas Mattos
Indaial – 2019
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Prof.a Miriam de Cassia do Carmo Mascarenhas Mattos
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
M444r
 Mattos, Miriam de Cassia do Carmo Mascarenhas
 Representação temática - classificação. / Miriam de Cassia do Carmo 
Mascarenhas Mattos. – Indaial: UNIASSELVI, 2019.
 182 p.; il.
 ISBN 978-85-515-0328-7
1. Classificação - Livros. - Brasil. II. Centro Universitário Leonardo Da 
Vinci.
CDD 025.43
III
apResentação
A representação temática, também conhecida como classificação, 
juntamente com a representação descritiva, ou catalogação, fazem parte das 
disciplinas técnicas da área de biblioteconomia, do campo da organização 
da informação e do conhecimento. Estas, somadas ao processo de indexação, 
formam as linguagens documentárias, ou seja, linguagens construídas 
artificialmente que possibilitam a recuperação da informação e o acesso do 
acervo por parte dos usuários.
Recuperação 
da informação
catalogação indexaçãoclassificação
FIGURA 1 – LINGUAGENS DOCUMENTÁRIAS
FONTE: A autora
Para Guimarães e Sales (2010, p. 3), a análise documentária é 
uma “operação de decomposição (análise) e representação do conteúdo 
informacional dos documentos. Pressupõe um conjunto sistemático e 
sequencial de procedimentos que podem ser explicitados”, sendo, portanto, 
crucial em relação à questão da explicitação dos procedimentos e para 
a contribuição interdisciplinar de áreas como a Linguística e a Lógica, 
“necessitando, para tal, de um conjunto de ferramentas, denominadas 
linguagens documentais”.
O objetivo principal da análise documentária é “expressar o conteúdo 
de documentos sob formas destinadas a facilitar a recuperação da informação 
através de uma operação semântica. A análise, embora não obedeça a 
nenhuma regra precisa, varia em função de cada organismo e do analista” — 
pessoa que executa a operação (DIAS; NAVES, 2007, p. 6).
Nesse processo são importantes algumas considerações apontadas 
por Guinchat e Menou (1994, p. 121), como:
IV
• conhecer o conteúdo para informar os usuários;
• operar escolhas para eliminar ou conservar um documento;
• armazenar os documentos;
• armazenar para recuperar facilmente os documentos.
Os entendimentos dos conceitos acerca das análises documentárias 
divergem um pouco de acordo com a corrente teórica. Vejamos algumas de 
suas diferenças: 
• Corrente francesa: a análise documentária é um macrouniverso no qual 
a indexação está inserida. A indexação é, então, o resultado da fase de 
representação, fase final da análise documentária, em que se utilizam as 
linguagens documentárias para a geração de produtos documentários.
• Corrente espanhola: a análise documentária comporta dois níveis de 
divisão: 
ᵒ o da forma: análise descritiva ou bibliográfica — o tratamento físico da 
informação ligado com o suporte; 
ᵒ o do conteúdo: tratamento temático da informação, e destina-se à 
representação condensada do assunto intrínseco ou extrínseco tratado 
em um determinado documento.
• Corrente inglesa: a análise documentária e a indexação compreendem 
processos idênticos, incluindo a análise de assuntos como etapa inicial da 
indexação. Indexação, entendendo-a como um processo.
Segundo os estudos de Guimarães e Sales (2010), as correntes teóricas 
demonstram ter mais influências, no contexto brasileiro, em configurações 
enquanto: geração de produtos (corrente norte-americana), na concepção 
instrumental (corrente inglesa) e no processo propriamente dito (corrente 
francesa).
Dadas as explicações iniciais necessárias para o entendimento do 
conteúdo e dinâmica da disciplina, observamos que nosso foco neste livro 
didático será a representação temática, ou seja, a classificação. 
Na primeira unidade, veremos os aspectos históricos da classificação 
do conhecimento, perpassando a longa jornada até a utilização dos processos 
de classificação atuais. Nesta etapa apresentaremos alguns conceitos do 
conteúdo, bem como abordagens iniciais da representação temática. 
Nas segunda e terceira unidades, apresentaremos as duas principais 
formas de classificação mais utilizadas em todo o mundo, a Classificação 
Decimal de Dewey (CDD) e a Classificação Decimal Universal (CDU). Estas 
serão aprofundadas para que você consiga diferenciá-las, bem como utilizar 
suas ferramentas de forma completa.
Prova 
Questão 2
V
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
É importante observar que é somente com a prática que você 
realmente aprenderá os recursos dos instrumentos de classificação. Para isso 
é recomendado que além dos exercícios propostos ao longo da disciplina, 
seu primeiro estágio obrigatório tenha como foco aspectos técnicos dos 
processos de linguagens documentárias. Seja nos sistemas de classificação 
e catalogação da informação. Isso mostrará a realidade profissional bem 
como sua importância para a recuperação da informação. 
Bons estudos!
Prof.ª Miriam Mattos
NOTA
VI
VII
UNIDADE 1 – HISTÓRIA DA CLASSIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO ............................... 1
TÓPICO 1 – REPRESENTAÇÃO TEMÁTICA NO CONTEXTO DA BIBLIOTECONOMIA ....... 3
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
2 CONCEITOS DE CLASSIFICAÇÃO ................................................................................................ 5
2.1 CLASSIFICAÇÃO BIBLIOGRAFICA ........................................................................................... 7
2.2 NOTAÇÃO ....................................................................................................................................... 8
2.3 ALGUMAS DICAS DE CLASSIFICAÇÃO ................................................................................. 9
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 11
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................12
TÓPICO 2 – HISTÓRIA DAS CLASSIFICAÇÕES: FILOSÓFICAS ............................................. 13
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 13
2 DA ORALIDADE À ESCRITA ......................................................................................................... 13
2.1 OS SUPORTES DA ESCRITA ......................................................................................................... 15
3 CLASSIFICAÇÃO NA ANTIGUIDADE ......................................................................................... 17
3.1 CLASSIFICAÇÃO DE ARISTÓTELES .......................................................................................... 21
3.2 CLASSIFICAÇÃO SÉCULO IV ...................................................................................................... 22
3.3 CLASSIFICAÇÃO DE CASSIDORO ............................................................................................. 23
3.4 CLASSIFICAÇÃO NA ERA MEDIEVAL ..................................................................................... 23
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 25
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 26
TÓPICO 3 – HISTÓRIA DAS CLASSIFICAÇÕES: BIBLIOGRÁFICAS ..................................... 27
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 27
2 KONRAD VON GESNER ................................................................................................................... 28
3 GABRIEL NAUDÉ ................................................................................................................................ 29
4 MANUEL DE LIBRAIRE ET DE L´AMATEURDESLIVRES ....................................................... 30
5 FRANCIS BACON E AUGUSTO COMTE ...................................................................................... 31
6 AUGUSTO COMTE ............................................................................................................................. 31
7 MÉTODOS DE CLASSIFICAÇÃO MODERNOS ......................................................................... 32
7.1 LCC – LIBRARY OF CONGRESS – 1897 ..................................................................................... 32
7.2 CLASSIFICAÇÃO DE BROWN – SUBJECT CLASSIFICATION – 1906 .................................. 34
7.3 A CONTRIBUIÇÃO DE BLISS PARA A CLASSIFICAÇÃO .................................................... 35
7.4 CLASSIFICAÇÃO DE RANGANATHAN .................................................................................. 36
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 39
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 43
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 45
UNIDADE 2 – CLASSIFICAÇÃO DECIMAL DE DEWEY ............................................................. 47
TÓPICO 1 – CONTEXTO HISTÓRICO DA CDD; ESTRUTURA E CARACTERISTICAS........ 49
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 49
2 HISTÓRICO ........................................................................................................................................... 49
sumáRio
VIII
3 CRONOLOGIA DAS EDIÇÕES ........................................................................................................ 53
4 ESTRUTURA DA CDD IMPRESSA ................................................................................................. 54
5 CARACTERÍSTICAS E ESTRUTURA DA VERSÃO ONLINE ................................................. 56
6 HIERARQUIA E NOTAÇÃO ............................................................................................................. 57
7 SÍNTESES ............................................................................................................................................... 61
8 ORDEM DE CITAÇÃO E PREFERÊNCIA ....................................................................................... 64
9 INDICE RELATIVO ............................................................................................................................ 65
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 68
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 69
TÓPICO 2 – TABELAS AUXILIARES .................................................................................................. 73
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 73
2 TABELA 1: SUBDIVISÕES PADRÃO/COMUM ............................................................................ 74
3 TABELA 2: SUBDIVISÃO DE TRATAMENTO GEOGRÁFICO, PERÍODOS 
 HISTÓRICOS E BIOGRAFIAS ......................................................................................................... 77
4 TABELAS 3A, 3B E 3C – SUBDIVISÃO DE ARTES E LITERATURAS ESPECÍFICAS ........ 78
4.1 TABELA 3-A (AUTORES INDIVIDUAIS) ................................................................................... 79
4.2 TABELAS 3-B: OBRAS DE/SOBRE MAIS DE UM AUTOR ...................................................... 80
4.2.1 Miscelânea ............................................................................................................................... 81
4.3 TABELAS 3-C DETALHES DA TABELA 3-B E DO 808/809 ...................................................... 81
5 TABELA 4 – SUBDIVISÃO DE LÍNGUAS E FAMÍLIAS LINGUÍSTICAS ............................. 82
6 TABELA 5 – SUBDIVISÃO DE ETNIAS E GRUPOS ÉTNICOS .............................................. 83
7 TABELA 6 – LÍNGUAS ...................................................................................................................... 84
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 86
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 87
TÓPICO 3 – TABELAS PRINCIPAIS E ESQUEMAS ....................................................................... 89
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 89
2 PONTUAÇÃO NOS ESQUEMAS ..................................................................................................... 90
2.1 INDICAÇÃO DE NOTAS NOS ESQUEMAS ............................................................................. 90
2.2 PRINCÍPIOS PARA A ESCOLHA NOTACIONAL: REGRAS BÁSICAS ................................ 90
3 CLASSE 000 – GENERALIDADES .................................................................................................... 94
3.1 SUMÁRIO DA CLASSE 000 (VERSÃO IMPRESSA) ................................................................. 94
4 CLASSES 100 – 200 – 300 ..................................................................................................................... 97
5 CLASSE 400 – LÍNGUAS ...................................................................................................................98
5.1 DICIONÁRIOS ................................................................................................................................. 98
5.1.1 Dicionários bilíngues ............................................................................................................. 99
6 CLASSE 500 – 600 – 700 ........................................................................................................................ 99
7 CLASSE 800 – LITERATURA (BELAS ARTES) E RETÓRICA .................................................... 102
8 CLASSE 900 – GEOGRAFIA, HISTÓRIA E DISCIPLINAS AUXILIARES .............................. 105
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 107
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 114
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 116
UNIDADE 3 – CLASSIFICAÇÃO DECIMAL UNIVERSAL .......................................................... 117
TÓPICO 1 – HISTÓRICO, PRINCÍPIOS E ESTRUTURA .............................................................. 119
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 119
2 HISTÓRICO .......................................................................................................................................... 119
3 INSTRUMENTOS DE CONTROLE BIBLIOGRÁFICO ............................................................... 121
4 EDIÇÕES DA CDU .............................................................................................................................. 123
5 CDU NO BRASIL ................................................................................................................................. 124
IX
6 EDIÇÃO ONLINE EM PORTUGUÊS .............................................................................................. 126
7 PRINCÍPIOS DA CDU ........................................................................................................................ 128
8 ESTRUTURA DA CDU........................................................................................................................ 131
8.1 INDICE .............................................................................................................................................. 132
8.2 TABELAS SISTEMATICAS ........................................................................................................... 133
8.3 FUNÇÃO DO PONTO DECIMAL ............................................................................................... 134
8.4 REDUÇÃO OU USO SIMPLIFICADO DA NOTAÇÃO ............................................................ 134
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 135
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 136
TÓPICO 2 – TABELAS AUXILIARES .................................................................................................. 137
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 137
2 TABELAS AUXILIARES ..................................................................................................................... 137
2.1 SINAIS E FUNÇOES ...................................................................................................................... 138
3 SUBDIVISOES AUXILIARES ............................................................................................................ 139
3.1 AUXILIARES COMUNS DE LÍNGUA – TABELA 1C ............................................................... 140
3.1.1 Ordem de citação .................................................................................................................... 141
3.1.2 Documentos multilíngues ..................................................................................................... 141
3.2 (0...) AUXILIARES COMUNS DE FORMA – TABELA 1D ....................................................... 142
3.2.1 Forma interna e forma externa ............................................................................................. 142
3.3 ORDEM DE CITAÇÃO ................................................................................................................... 142
3.4 (1/9) AUXILIARES COMUNS DE LUGAR – TABELA 1E ......................................................... 143
3.4.1 Ordem de citação .................................................................................................................... 143
3.4.2 Mais subdivisões ..................................................................................................................... 144
3.5 (=...) AUXILIARES COMUNS DE GRUPOS HUMANOS, ETNIAS E NACIONALIDADE – 
TABELA 1F ........................................................................................................................................ 144
3.5.1 Nota de aplicação .................................................................................................................... 145
3.5.2 Ordem de citação .................................................................................................................... 145
3.6 “...” AUXILIARES COMUNS DE TEMPO. TABELA 1G ........................................................... 145
3.6.1 Notação ................................................................................................................................... 146
3.6.2 Ordem de citação ................................................................................................................... 146
3.6.3 Datas ......................................................................................................................................... 146
3.6.4 Era cristã ou era comum e era pré-cristã ............................................................................ 147
3.6.5 Séculos, décadas ..................................................................................................................... 147
3.6.6 Períodos .................................................................................................................................... 147
3.6.7 Divisões de tempo menores .................................................................................................. 148
3.7 ESPECIFICAÇÃO DE ASSUNTO ATRAVÉS DE NOTAÇÕES QUE NÃO PERTENCEM A 
CDU .................................................................................................................................................... 148
3.7.1 * Asterisco ................................................................................................................................ 148
3.7.2 (A/Z) Especificação alfabética – Tabela 1h .......................................................................... 148
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 151
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 153
TÓPICO 3 – TABELAS PRINCIPAIS ................................................................................................... 155
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 155
2 TABELAS PRINCIPAIS .......................................................................................................................155
3 CLASSE 0 – GENERALIDADES ........................................................................................................ 157
4 CLASSE 1 – FILOSOFIA & CLASSE 2 – RELIGIÃO ..................................................................... 157
5 CLASSE 3 – CIÊNCIAS SOCIAIS ..................................................................................................... 158
6 CLASSE 5 E 6 – MATEMÁTICAS E CIÊNCIAS NATURAIS E CIÊNCIAS APLICADAS, 
MEDICINA, TECNOLOGIA .............................................................................................................. 160
7 CLASSE 7 – ARTES, RECREAÇÃO, DIVERSÕES, ESPORTES .................................................. 161
X
8 CLASSE 8 – LÍNGUA. LINGUÍSTICA. LITERATURA ................................................................ 162
9 CLASSE 9 – GEOGRAFIA, BIOGRAFIA E HISTÓRIA................................................................ 163
10 ORDEM DE CITAÇÃO ..................................................................................................................... 164
10.1 INTERCALAÇÃO ......................................................................................................................... 165
11 ORDEM DE ARQUIVAMENTO .................................................................................................... 165
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 167
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 176
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 178
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 179
1
UNIDADE 1
HISTÓRIA DA CLASSIFICAÇÃO DO 
CONHECIMENTO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• conhecer os conceitos iniciais e contextos da classificação bibliográfica;
• compreender o contexto histórico da classificação bibliográfica;
• diferenciar os tipos de classificação;
• utilizar os sistemas de classificação no âmbito profissional
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você 
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – REPRESENTAÇÃO TEMÁTICA NO CONTEXTO DA 
BIBLIOTECONOMIA 
TÓPICO 2 – HISTÓRIA DAS CLASSIFICAÇÕES: FILOSÓFICAS 
TÓPICO 3 – HISTÓRIA DAS CLASSIFICAÇÕES: BIBLIOGRÁFICAS
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
REPRESENTAÇÃO TEMÁTICA NO CONTEXTO DA 
BIBLIOTECONOMIA
1 INTRODUÇÃO
Ao chegarmos em uma biblioteca, vemos, nas lombadas dos livros e 
outros tipos de acervo, uma etiqueta com uma série de números e letras e outros 
símbolos, resultado de um processo de classifi cação. 
FIGURA 2 – LIVROS CLASSIFICADOS E CATÁLOGOS
FONTE: <https://bibliotecabauru.fi les.wordpress.com/2013/06/lombada.jpg>. Acesso em: 31 
maio 2019.
São estes dados que informam a que classe do conhecimento este acervo 
pertence, ou seja, sua representação temática, bem como a forma de organização 
desses materiais nas estantes das unidades de informação.
UNIDADE 1 | HISTÓRIA DA CLASSIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO
4
IMPORTANT
E
Quando falamos de acervo, logo pensamos em livros e textos escritos como 
revistas, artigos, entre outros, que, de fato, são a maioria entre os materiais utilizados em 
unidades de informação. Porém, quando falamos de acervo, temos que lembrar da existência 
de outros materiais, como: mapas, jogos, DVDs, partituras, discos e objetos em geral.
Somente através dos sistemas de classificação, somados a outras técnicas 
da biblioteconomia, que podemos de fato recuperar a informação presente em 
acervos. 
IMPORTANT
E
Materiais “organizados” nem sempre podem ser recuperados!
Os materiais podem até estar aparentemente “organizados” em estantes, 
por exemplo, por tamanho, por cor, por tipo de material etc., mas, somente será 
possível recuperar seus conteúdos se esta organização estiver relacionada à 
classificação e à catalogação, pois não classificamos o objeto em si, classificamos 
sua informação, seu conteúdo. Já pensou ter vários materiais de formato igual, 
mas com conteúdo diferentes? 
Contudo, antes de aprofundar o assunto, vejamos algumas considerações 
de Piedade (1983, p. 8) sobre classificação:
• O ser humano é, naturalmente, um classificador, executando esse 
processo de maneira inconsciente. 
• Classificação é um processo mental, habitual ao homem, pois 
vivemos automaticamente classificando coisas e ideias, a fim de 
compreendê-las e conhecê-las. 
• Com o desenvolvimento da oralidade e da escrita, esse ser adquiriu 
o poder de representar através de sons e símbolos, coisas, ideias e 
sentimentos.
Assim, podemos afirmar que os sistemas de classificação envolvem: 
TÓPICO 1 | REPRESENTAÇÃO TEMÁTICA NO CONTEXTO DA BIBLIOTECONOMIA
5
Estrutura Ordem Método
FIGURA 3 – CRITÉRIOS PARA A CLASSIFICAÇÃO
FONTE: A autora
Durante muitos séculos a arrumação dos livros de uma biblioteca foi feita 
apenas com intituito de preservá-los para posteridade. Segundo Barbosa (1969), o 
conceito moderno de biblioteca como um organismo vivo veio do século XIX, com 
a disseminação das universidades, e, consequentemente, com o surgimento das 
bibliotecas universitárias públicas. Até então as coleções tinham sido arrumadas 
por sistemas ou filosóficos ou por práticas, mas, com a adoção do sistema de livre 
acesso, os bibliotecários sentiram cada vez mais a necessidade de uma arrumação 
sistemática, algo que reunisse os livros pelos assuntos que encerram, a fim de 
melhor interesses dos usuários. Ainda, assim, surgiram os grandes sistemas de 
classificação, como a CDD e CDU, assuntos que serão aprofundados nas Unidades 
2 e 3 deste livro didático.
IMPORTANT
E
Podemos considerar que a classificação é a tarefa mais importante de uma 
biblioteca, pois constitui o meio pelo qual o acervo poderá ser recuperado e utilizado, 
fazendo surgir novos conhecimentos.
2 CONCEITOS DE CLASSIFICAÇÃO
Classificar é a ação de reunir em classe. É um instrumento para organizar 
um conjunto de elementos. Organizar itens de uma Unidade de Informação pela 
semelhança, tamanho, cor, ordem alfabética, assunto etc.
A palavra classificar tem sua origem do latim, classis, que se 
designavam os grupos dos povos romanos que eram divididos e 
classificados hierarquicamente aplicando suas diferenças, sejam elas 
sociais, culturais ou quaisquer outras. Ou seja, a classificação nada 
mais é que separar e agrupar as coisas (documentos) por grupos 
diferentes, mantendo certa ordem (SILVA; HERCULANO, 2012, p. 2).
O livro é um conjunto de ideias, teorias, experimentos acerca de um dado 
assunto/disciplina. É este assunto que classificamos, e não o suporte físico. Serve 
como base para organização sistemática dos registros produzidos/publicados 
pelo homem em catálogos e bibliografias. Por exemplo, um bom sistema de 
classificação deve permitir:
Prova 
Questão 4
UNIDADE 1 | HISTÓRIA DA CLASSIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO
6
• Localizá-los dentro da coleção.
• Retirá-los para consulta, com rapidez.
• Devolvê-los à coleção, sem dificuldade.
• Inserir novos livros aos já existentes, na coleção, sem que percam suas ordens 
lógicas.
• Inserir novos livros, de novos assuntos, sem quebrar a sequência do grupo.
O propósito da classificação em unidades de informação é organizar o 
conhecimento contido em qualquer tipo de documento. Na prática: reunir na 
estante (fisicamente) os itens bibliográficos de um mesmo assunto. Por isso, o 
assunto é a principal característica da atividade de classificaçãoe, para classificar, 
precisamos de um instrumento que nos ajude a separar os itens por assunto, ou 
melhor, que nos ajude a representar de forma padronizada os assuntos contidos 
nestes itens. 
Em uma biblioteca, o leitor pode procurar um livro pelo autor, título, 
série, tradutor ou editor, entretanto, na maioria das vezes, é pelo assunto que ele 
procura. Para acessar, ele tem três opções: 
• Procurar num catalogo, que pode ser em fichas, ou digital.
• Pedir ajuda ao bibliotecário ou auxiliar de Biblioteconomia.
• Ir diretamente às estantes. 
Qualquer que seja a forma que utilize, ele precisa encontrá-los reunidos, 
não só pelos assuntos semelhantes, como também pelos assuntos correlatos. É 
comum o usuário chegar à biblioteca sem mesmo saber definir exatamente o 
assunto que procura. Orientado para as estantes, fica admirado de encontrar 
outros livros de assuntos bem mais específicos à necessidade. Daí a necessidade 
de classificar os livros partindo de grandes áreas de conhecimento para áreas 
especializadas. Só a classificação sistemática permite a correlação de assunto. 
Ao longo do Tópico 2 veremos a história da classificação. Contudo, já 
podemos adiantar que existem dois tipos de classificação
•	 Classificações	filosóficas: criadas por filósofos, com o intuito de dar ordem às 
ciências ou às coisas — classificação dos seres.
•	 Classificações	 bibliográficas: desenvolvidas para estabelecer relações entre 
os documentos de uma coleção, em bibliotecas e centros de informação ou 
documentação, facilitando a localização — classificação dos saberes. 
No quadro a seguir podemos verificar os principais autores das 
classificações filosóficas e bibliográficas: 
em que há ligação ou relação entre uma coisa e outra
Prova 
Questão 9
prova 
questão 3
Prova
Questão 9
TÓPICO 1 | REPRESENTAÇÃO TEMÁTICA NO CONTEXTO DA BIBLIOTECONOMIA
7
FILOSOFICAS
Aristóteles (364-322 a.C.)
Porfírio (Sec. IV)
Cassidoro (468-575)
Bacon (1561-1626)
Comte (1798 – 1857)
BIBLIOGRÁFICAS
Calimacus (Pinaks (260 a 2040 a. C)
Gesner (1545)
G. Naudé, Brunet, Diderot e D’Alembert (fim do Sec. XVIII)
Melvin Dewey (1816-1914)
Bliss (1870-1955)
Ranganathan (1933)
CRG (1952) 
QUADRO 1 – AUTORES E SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÕES
FONTE: A autora
2.1 CLASSIFICAÇÃO BIBLIOGRAFICA
Podemos definir como classificação bibliográfica aquela aplicada aos 
livros e a outros tipos de acervo, como processo de reuni-los em grupos, segundo 
os assuntos que abrangem, enquadrá-los num sistema estabelecido, dando, ao 
mesmo tempo, um lugar certo na coleção, ou seja, uma localização relativa. 
Dadas essas informações iniciais, antes de aprofundarmos sobre os sistemas 
de classificação atuais, vamos resgatar o processo histórico das classificações. 
A classificação de livros é, nada mais nada menos, que a classificação dos 
conhecimentos humanos, adaptada à forma material do livro. De acordo com 
Barbosa (1969), o livro, por sua forma física, só pode estar num lugar na coleção. 
Então, quando ele tratar de vários assuntos, se escolherá um deles de acordo 
com a especialidade da biblioteca, ficando ao catálogo a função de relacionar. 
Contudo, o que significa um lugar certo na coleção ou uma localização relativa? 
Justamente aquela que permite:
• Que novos livros com novos assuntos sejam acrescentados, sem mudar a 
ordem lógica.
• Que novos livros sejam anexados a outros materiais que contenham mesmos 
assuntos.
• Que os livros troquem de prateleira, estantes ou salas sem perderem suas 
posições na coleção. 
A localização relativa só é conseguida através de uma arrumação ordinal, 
seja usando letras ou números. 
UNIDADE 1 | HISTÓRIA DA CLASSIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO
8
IMPORTANT
E
Deve-se a Melvil Dewey o uso dos números, na ordem decimal, para 
arrumação dos livros de uma coleção. Antes, os números, mesmo usados decimalmente, 
eram empregados apenas para localização fixa. Seu índice relativo foi idealizado com esse 
sentido: daí o nome de relativo, isto é, feito de tal modo que os usuários de uma biblioteca 
soubessem os diversos aspectos de um assunto e onde encontrá-los na coleção, recorrendo 
às estantes, aos catálogos ou a outras fontes bibliográficas (BARBOSA, 1969).
2.2 NOTAÇÃO 
Como podemos observar, o processo de classificação de livros implica 
em agrupar os assuntos, trocando o nome ou termo por sinais ou símbolos 
correspondentes. Daí diz-se que a classificação é uma linguagem artificial. A 
esses símbolos dá-se o nome de notação da classificação.
Para que vários livros com o mesmo símbolo sejam diferenciados, há a 
necessidade de acrescentar à notação da classificação a notação do autor. Para 
isso, existem tabelas especiais, sendo a mais usada a tabela de cuttes-sanborn. Ao 
conjunto das duas notações se dá o nome de número de chamada. Número de 
chamada é, assim, o símbolo que individualiza o livro dentro de uma coleção, pois 
numa biblioteca não pode haver dois livros com o mesmo número de chamada. 
A notação de uma classificação é fator importante para aceitação do 
sistema, já que precisa ser simples, facilmente memorizável, de modo a permitir 
expansões de novos assuntos. Podem existir:
• simples ou pura: quando há somente letras ou números; 
• mista: quando existem ambos simultaneamente. 
A notação é imprescindível a qualquer sistema por ser representação 
simbólica dos assuntos. Quanto mais simples e mais memorizável, mais facial a 
aceitação do sistema. Segundo Barbosa (1969, p. 33), “ao ter a feliz ideia de usar 
números decimais como símbolos de classificação, Dewey conseguiu, com tão 
simples dispositivo, uma vantagem tão grande sobre os processos até então em 
uso. Então, projetou seu sistema internacionalmente”. 
Prova 
Questão 7
Prova 
Questão 5
Prova 
Questão 5
Prova
Questão 9
TÓPICO 1 | REPRESENTAÇÃO TEMÁTICA NO CONTEXTO DA BIBLIOTECONOMIA
9
IMPORTANT
E
A notação CDD é a única considerada essencialmente pura, pois só emprega 
números, tem a grande vantagem de ser altamente memorizável e não apresenta problemas 
linguísticos.
Para conservar o caráter flexível, isto é, permitir a inserção de novos 
assuntos, todos os sistemas deixam vazios para futuras expansões e, quando essa 
medida não se torna suficiente, alguns adotam o recurso do uso dos números na 
ordem decimal. 
Podemos afirmar que, apesar de tais cuidados, os sistemas nem sempre são 
100% eficientes, pois todos têm suas limitações. A ciência e a tecnologia progridem 
aceleradamente, criando técnicas e novos produtos; as ciências se desdobram e 
nova terminologia aparece, fazendo com que a maior parte dos sistemas, por mais 
que se atualizem, e novas edições ou suplementos não cheguem nunca a satisfazer 
plenamente as exigências dos usuários. Segundo Barbosa (1969, p. 34), “somente 
os sistemas chamados analíticos sintéticos, como a CDU e a Classificação dos dois 
pontos, são capazes de atender a essas necessidades, embora, em muitos casos, as 
notações se tornem demasiadamente longas”.
2.3 ALGUMAS DICAS DE CLASSIFICAÇÃO 
O importante a ser considerado no processo de classificação é o perfeito 
entendimento, por parte de quem está classificando, do sentido que o autor quis 
dar ao seu trabalho. Para isso é recomendado a leitura técnica do livro. Há livros 
de assuntos gerais, fáceis de classificar, mas há outros de difícil interpretação, 
cujo texto exigirá mais do classificador. 
NOTA
Nem sempre o título corresponde ao assunto.
Prova 
Questão 1
Prova
Questão 1
UNIDADE 1 | HISTÓRIA DA CLASSIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO
10
Segundo (MERRILL, 1958 apud BARBOSA, 1969, p. 18-19), no livro 
intitulado Código para classificadores, aconselha-se:
a) O livro deve ser classificado onde é mais procurado.
b) Classificar o livro primeiro pelo assunto e depois pela forma de 
apresentação ou local, exceto em literatura,caso em que a forma 
tem preferência.
c) Classificar pelo assunto principal, segundo a finalidade do livro e a 
intenção do autor ao escrevê-lo.
d) Quando o livro tratar de vários assuntos ou das relações entre dois 
ou mais, deve ser determinada a relação entre eles e classificar 
obedecendo às seguintes regras: 
• quando, em dois assuntos, um deve exercer influência; 
• no caso de dois ou mais assuntos que forem subdivisões de assunto 
maior, classificar pelo assunto maior;
• quando ocorrerem dois assuntos distintos ligados por conjunção, 
classifica pelo primeiro deles, a não ser que o outro seja de maior 
interesse para a biblioteca; 
• para dois assuntos em que um seja a causa ou agente de outro 
classificar pelo assunto resultante ou derivado.
e) Quando um livro tratar da história de um assunto deve ser 
classificado no assunto, mesmo que esse não comporte subdivisão 
para história.
f) Quando um livro tratar dos métodos de investigação, deve ser 
classificado com o assunto investigado, e não com o método 
empregado para a pesquisa.
g) Se o livro tratar de assunto referente a um país ou a uma pessoa, 
classificar com o assunto tratado mais especificamente.
h) Se o livro tratar das origens de costumes, instituições ou crenças, 
classificar sob os costumes, instituições etc., e não sob aquelas 
origens. 
11
Neste	tópico,	você	aprendeu	que:
• Podemos considerar que a classificação é a tarefa mais importante de uma 
biblioteca, pois constitui o meio pelo qual o acervo poderá ser recuperado e 
utilizado, fazendo surgir novos conhecimentos.
• Classificar é a ação de reunir em classe. É um instrumento para organizar um 
conjunto de elementos. Organizar itens de uma Unidade de Informação pela 
semelhança, tamanho, cor, ordem alfabética, assunto etc.
• Um bom sistema de classificação de livros deve permitir: localizar elementos 
dentro da coleção; retirá-los para consulta, com rapidez; devolvê-los à coleção, 
sem dificuldade e inserir novos objetos aos já existentes na coleção, sem 
que percam suas ordens lógicas. Por fim, inserir novos elementos, de novos 
assuntos, sem quebrar a sequência do grupo.
• O propósito da classificação em unidades de informação é organizar o 
conhecimento contido em qualquer tipo de documento. Na prática: reunir na 
estante (fisicamente) os itens bibliográficos de um mesmo assunto. 
• O assunto é a principal característica da atividade de classificação e, para 
classificar, precisamos de um instrumento que nos ajude a separar os itens 
por assunto, ou melhor, que nos ajude a representar de forma padronizada os 
assuntos contidos nestes itens. 
• Existem dois tipos de classificação: as filosóficas — criadas por filósofos, com 
o intuito de dar ordem às ciências ou às coisas — classificação dos seres. E as 
classificações bibliográficas — desenvolvidas para estabelecer relações entre 
os documentos de uma coleção, em bibliotecas e centros de informação ou 
documentação, facilitando a localização— classificação dos saberes. 
• Para que vários livros com o mesmo símbolo sejam diferenciados, há 
necessidade de acrescentar-se à notação da classificação a notação do autor.
RESUMO DO TÓPICO 1
12
1 Qual o propósito da classificação em unidades de informação?
2 O que um bom sistema de classificação deve permitir?
AUTOATIVIDADE
Localizar elementos dentro da coleção;
retirá-los para consulta, com rapidez;
devolvê-los à coleção, sem dificuldade e inserir novos objetos aos já existentes na coleção, sem que percam suas ordens lógicas. 
Por fim, inserir novos elementos, de novos assuntos, sem quebrar a sequência do grupo.
 Organizar o conhecimento contido em qualquer tipo de documento na prática: reunir na estante (fisicamente) os itens bibliográficos de um mesmo assunto.
13
TÓPICO 2
HISTÓRIA DAS CLASSIFICAÇÕES: FILOSÓFICAS
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
A arte de classifi car constitui-se em algo inerente para a existência 
humana, assim sendo, é possível afi rmar que classifi car é uma 
atividade muito antiga; porém a aquisição de base teórica se deu 
recentemente. Essa foi a força propulsora para a condição de ciência 
(BEZERRA et al., 2013, p. 3).
Para falar da história das classifi cações é importante retomarmos alguns 
marcos que dão base para esse processo. Estamos falando das origens da escrita, 
bem como das suas formas. Temas que abordaremos brevemente agora. 
2 DA ORALIDADE À ESCRITA 
Durante muito tempo, a oralidade foi a única forma de comunicação e 
transmissão de conhecimento. O ser humano descobriu que não bastava a memória 
para armazenar e passar sua cultura para seus descendentes, pois na oralidade 
fatos podem ser alterados. “Desde a pré-história, o homem de neandertal aprendeu 
a pintar nas paredes das grutas, passou pelas artes e a escrita foi se aperfeiçoando 
até o nosso alfabeto contemporâneo” (NASCIMENTO; PINTO; VALE, 2013, p. 1). 
É importante ponderar que, cada um desses momentos, traduziram, e traduzem, 
um momento histórico e sociocultural de uma nação.
FIGURA 4 – DESENHOS EM CAVERNAS
FONTE: <https://blogdamaricalegari.com.br/2016/08/11/a-arte-no-periodo-paleolitico-
superior/>. Acesso em: 31 maio 2019.
UNIDADE 1 | HISTÓRIA DA CLASSIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO
14
IMPORTANT
E
A habilidade para o desenho surgiu no período de 30.000 a 25.000 a.C. Os 
homens na idade da pedra usavam argila úmida e com os dedos retratavam, nas cavernas, 
acontecimentos do dia a dia como a caça, animais correndo, saltando e enfrentando 
caçadores. Graças a essas pinturas o homem contemporâneo pôde conhecer a sua origem.
 A invenção da escrita marca o fi m da pré-história. Ela nasce da necessidade 
de organização social. As primeiras tentativas de criação de sistemas de escrita 
aconteceram por volta de 4000 a.C. Os sistemas mais rudimentares apareceram 
muito antes que os primeiros alfabetos ganhassem forma.
FIGURA 5 – EVOLUÇÃO DA ESCRITA
FONTE: <https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/origem-escrita.htm>. Acesso em: 
31 maio 2019.
Não podemos atribuir o surgimento da escrita a uma única sociedade. 
Em épocas bastante próximas, civilizações americanas, os egípcios, chineses e 
mesopotâmicos começaram a desenvolver seus sistemas de representação gráfi ca.
Após escrever nas paredes das cavernas, a humanidade passa para as 
tábuas de argila com a escrita cuneiforme: “A escrita cuneiforme tira o seu nome 
[...] do aspecto exterior dos sinais em formas de cunhas [...]. A página era [...] 
cozida no forno, como uma telha comum” (MARTINS, 1998 apud NASCIMENTO; 
PINTO; VALE, 2013, p. 2).
TÓPICO 2 | HISTÓRIA DAS CLASSIFICAÇÕES: FILOSÓFICAS
15
FIGURA 6 – ESCRITA CUNEIFORME
FONTE: <http://expurgacao.art.br/pictogramas-vs-escrita-cuneiforme/>. Acesso em: 31 maio 2019.
 A escrita cuneiforme surgiu na Babilônia, em meados do quarto milênio 
a.C. Criada pelos sumérios, era produzida com o auxílio de objetos em formato 
de cunha. A escrita cuneiforme é uma das mais antigas do mundo, apareceu mais 
ou menos na mesma época dos hieróglifos, foi criada por volta de 3.500 a.C. 
2.1 OS SUPORTES DA ESCRITA
Como vimos no tópico anterior, com o passar dos tempos, a escrita precisou 
mudar, bem como seus suportes. Eram necessários materiais que pudessem ser 
melhor armazenados e transportados. Mesmo nesses suportes antigos, já existiam 
indícios de formas de classifi cação, como veremos adiante. Destacamos aqui, de 
forma breve, os três principais suportes históricos da escrita.
 O papiro tem sua origem na África por volta de 3700 a.C. Era produzido 
de uma planta nativa das margens do Rio Nilo, a Arundinária.
FONTE: <http://letraslivroseafi ns.blogspot.com/2007/04/papiro-origem-o-papiro-um-produto-
de.html>. Acesso em: 31 maio 2019.
FIGURA 7 – PAPIRO
UNIDADE 1 | HISTÓRIA DA CLASSIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO
16
O pergaminho foi o principalsuporte da escrita durante a Idade Média. 
Desenvolvido a partir do couro de animais jovens reaproveitados. Da palavra 
pergaminho surge o papel.
FONTE: <https://noosfero.ufba.br/artes-visuais-2012/curiosidades/diferenca-entre-papiro-e-
pergaminho>. Acesso em: 31 maio 2019.
FONTE: <http://tipografos.net/tecnologias/papel.html>. Acesso em: 31 maio 2019.
FIGURA 8 – PERGAMINHO
FIGURA 9 - TIPÓGRAFO CHINÊS
O papel, inventado pelos chineses — 105 d.C. — de cânhamo de algodão, 
depois de bambu e amoreira. Chegou à Espanha em 1150, onde se instalou um 
moinho de papel trazido pelos árabes. Assim, surge o papel de fibras vegetais.
Nos dias atuais, a fabricação do papel tem como base a celulose como sua 
principal substância. Sua composição de fibras vegetais, carboidratos, amido e 
lignina utiliza de processos químicos que reduzem o teor de lignina, melhorando 
a qualidade.
TÓPICO 2 | HISTÓRIA DAS CLASSIFICAÇÕES: FILOSÓFICAS
17
3 CLASSIFICAÇÃO NA ANTIGUIDADE
Segundo Piedade (1983), no que se refere à classificação na antiguidade, 
existem registros históricos de pseudoclassificações do século VI a.C. na Assíria, 
onde, na Biblioteca de Assurbanipal, quando a informação ainda era gravada em 
tabletes de argila, havia uma divisão bem simples entre aqueles destinados às 
ciências da terra e os das ciências do céu. 
Em 1975 foi encontrada uma das primeiras bibliotecas da Antiguidade, a 
biblioteca de Ebla, na Síria. Datada do terceiro milênio a.C., continha 15 
mil tabuletas de argila, algumas com 30 cm de comprimento, que traziam 
textos administrativos extremamente precisos, tratados históricos, 
comunicados oficiais, listas de cidades conquistadas, disposições legais, 
além de textos literários e científicos organizados de acordo com o tema 
nas estantes de madeira. Os primeiros dicionários bilíngues (sumério-
eblaense) surgem em Ebla como resultado dos estudos filológicos ali 
realizados por volta de 2500 a.C. (PIEDADE, 1983, p. 65).
As escavações ainda revelaram uma sala adjacente onde eram feitos os 
documentos, bem como eram organizados, como podemos observar na ilustração 
a seguir: 
FIGURA 10 – BIBLIOTECA DE EBLA, NA SÍRIA
FONTE: <https://frontispicio.wordpress.com/2016/03/07/as-bibliotecas-da-antiguidade/>. 
Acesso em: 31 maio 2019.
Datam de 1.300 a.C. os tabletes com as primeiras informações 
bibliográficas de descrição física, encontrados em escavações hitita. 
Esses tabletes identificavam o número do tablete em uma série, o título 
e, muitas vezes, o escriba. As informações são encontradas outra vez 
nas escavações da biblioteca do rei assírio, Assurbanipal, em Nínive, 
datando de 650 a.C. Encontraram-se cerca de 20 mil tabletes, que 
registravam o título, o número do tablete ou volume, as primeiras 
palavras do tablete seguinte, o nome do possuidor original, o nome do 
escriba e um selo, indicando tratar-se de propriedade real. Presume-se 
UNIDADE 1 | HISTÓRIA DA CLASSIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO
18
haver, nesta época, um embrião de catálogo. Existiu, certamente, um 
catálogo, inscrito nas paredes de um templo no Egito, mas datado dos 
séculos III e II a.C. (MEY, 1995, p. 12).
No mesmo período, a civilização grega desenvolveu as bibliotecas mais famosas 
da Antiguidade: Alexandria e Pérgamo. Calímacus, um dos sábios de Alexandria, 
elaborou seus pínakes [tabulas], cerca de 250 a.C., onde registrava o número de linhas 
de cada obra e suas palavras iniciais, assim como dados bibliográficos sobre os autores. 
Vejamos como alguns assuntos eram classificação no modelo de Pínakes: 
• Poetas: épicos, cômicos, trágicos, ditirambos.
• Legisladores. 
• Filósofos, Geométricos, Matemáticos. 
• Historiadores. 
• Oradores. 
• Escritores de tópicos diversos.
IMPORTANT
E
BIBLIOTECA DE ALEXANDRIA
A Biblioteca de Alexandria, no Egito, foi uma das maiores bibliotecas do mundo antigo. Era o 
maior centro de conhecimento do planeta, guardando um saber sem igual. Foi fundada no 
início do século III a.C. Estima-se que a Biblioteca tenha armazenado mais de 400.000 rolos 
de papiro, podendo ter chegado a 1.000.000 nos seus 700 anos de existência.
Vinham sábios de todo o mundo para Alexandria para debate e estudo dos mais variados 
temas. Este clima de tolerância para com as outras culturas não voltaria a ser visto durante 
mais de 1500 anos.
FIGURA – UMA DAS PROJEÇÕES DA BIBLIOTECA DE ALEXANDRIA
FONTE: <https://frontispicio.wordpress.com/2016/03/07/as-bibliotecas-da-antiguidade/>. 
Acesso em: 31 maio 2019.
TÓPICO 2 | HISTÓRIA DAS CLASSIFICAÇÕES: FILOSÓFICAS
19
Em 391 d.C., a Biblioteca foi completamente destruída por um bispo cristão. Com a 
destruição deste grande centro de conhecimento a humanidade entrou em um período de 
enclausuramento e entesouramento do saber pela igreja e seus sacerdotes. Período que se 
estendeu pelos 1.000 anos seguintes.
FONTE: <http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,ERT343729-17770,00.html>. 
Acesso em: 31 maio 2019.
FONTE: <https://www.archsearchapp.com.br/single-post/2014/10/30/Arch-Hoje-Arch-
Curiosidades-Biblioteca-de-Alexandria>. Acesso em: 31 maio 2019.
FONTE: <https://liberdade-cultural.blogspot.com/2010/07/biblioteca-de-alexandria.html>. 
Acesso em: 31 maio 2019.
FIGURA – DESTRUIÇÃO DA BIBLIOTECA DE ALEXANDRIA
FIGURA – NOVA ALEXANDRIA
FIGURA – NOVA ALEXANDRIA 2
Em 2012 a biblioteca de Alexandria foi reinaugurada com uma estrutura incomum. A 
construção principal da Biblioteca Alexandrina, como agora é ofi cialmente chamada, parece 
um gigantesco cilindro inclinado. O telhado de vidro e alumínio tem quase o tamanho de 
dois campos de futebol. Ele é provido de claraboias, voltadas para o norte, que iluminam a 
sala de leitura principal.
UNIDADE 1 | HISTÓRIA DA CLASSIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO
20
Os espaços públicos principais fi cam no enorme cilindro com o topo truncado, cuja parte 
inferior desce abaixo do nível do mar. A superfície inclinada e brilhante do telhado começa 
no subsolo e chega a 30 metros de altura. Olhando, quando a luz do Sol refl ete na superfície 
metálica, a construção parece o Sol quando nasce no horizonte (RESENDE, 2017). 
A ampla fachada do cilindro central, de granito cinza, tem letras de alfabetos antigos 
e modernos. Dispostas em fi leiras, as letras representam apropriadamente as bases 
fundamentais do conhecimento. A maior parte do interior do cilindro é ocupada por uma 
sala de leitura aberta, com o piso em vários níveis. No subsolo há espaço sufi ciente para oiyo 
milhões de volumes. Há também espaços reservados para exposições, salas de conferências, 
biblioteca para cegos e um planetário — uma estrutura esférica, à parte, que lembra um 
satélite. Esse prédio moderníssimo inclui ainda sistemas sofi sticados de computadores e de 
combate a incêndios (RESENDE, 2017). 
BIBLIOTECA DE PÉRGAMO
A Biblioteca de Pérgamo foi fundada por Atalo I (241-197 a.C.), rei de da cidade de Pérgamo 
(no Noroeste da atual Turquia), como resposta ao enorme sucesso da Biblioteca de 
Alexandria. A rivalidade entre as duas leva o Egito a cortar o fornecimento de Papiro. Tal fato 
ocasionou a procura de alternativas, sendo apreciadas as peles de animais, que eram mais 
resistentes e duráveis. Mas eram um recurso caro e escasso, o que levou ao desenvolvimento 
de tecnologias para a sua otimização e reutilização, dando origem a um novo suporte, o 
pergamena, ou pergaminho.
FONTE: <http://magisterandre.blogspot.com/2012/04/biblioteca-de-pergamo.html>. 
Acesso em: 31 maio 2019.
FIGURA – RUINAS BIBLIOTECA DE PÉRGAMO
Em 30 a.C., Marco Aurélio ofereceu o espólio da biblioteca de Pérgamo à Cleópatra do Egito, 
contribuindo para enriquecer ainda mais a sua rival.
Fisicamente, a biblioteca compreendia uma grande sala de leitura, com cerca de 180 m2, 
muito bem ventilada, com prateleiras em todos os lados e uma estátua de Atena no centro. 
Calcula-seque uma sala desse tamanho abrigaria, no máximo, cerca de 17.000 rolos. Os 
textos, escritos em papiro e em pergaminho — a palavra "pergaminho", aliás, deriva de 
"Pérgamo" — a partir do século II, fi cavam enrolados nas prateleiras.
TÓPICO 2 | HISTÓRIA DAS CLASSIFICAÇÕES: FILOSÓFICAS
21
3.1 CLASSIFICAÇÃO DE ARISTÓTELES
 A primeira tentativa de classifi cação do conhecimento de que se tem 
notícia foi desenvolvida por Aristóteles, que vigorou por, aproximadamente, 2000 
anos (entre 300 a.C. e 1600 d.C.). Teria, o grande estagirita, mantido organizada 
por assunto, de acordo com sua própria divisão do conhecimento, uma biblioteca 
(termo aqui assumido em seu sentido metonímico e histórico de quase-sinônimo 
de coleção de documentos) constituída de exemplares de suas próprias obras, de 
seus mestres, de seus contemporâneos, e de escritores do passado a cujos textos 
tivera acesso (SILVA, 2010). 
FIGURA 11 – ARISTÓTELES
FONTE: <https://www.todamateria.com.br/aristoteles/>. Acesso em: 31 maio 2019.
Essa classifi cação dividia a ciência em três partes: 
•	 Teórica: objetivando o conhecimento de si (matemática, física e metafísica).
• Prática: buscando o conhecimento como um guia de conduta, cujo propósito é 
a ação (ética, política, economia e retórica).
• Produtiva: tendo como propósito a criação de um produto (poesia e artes).
Presume-se que o objetivo de Aristóteles, nessa obra, foi de classifi car e 
analisar dez tipos de predicados ou gêneros do ser, ou seja, quais são as dez categorias 
que todos objetos no mundo poderiam ser classifi cados. Suas categorias são:
• Substância.
• Quantidade.
• Qualidade.
• Lugar.
• Tempo.
• Estado.
• Hábito.
• Ação.
• Paixão.
Prova
Questão 2
UNIDADE 1 | HISTÓRIA DA CLASSIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO
22
Algumas vezes, as categorias são também chamadas de classes.
Para Aristóteles as palavras sem combinação, umas com as outras, 
signifi cam por si mesmas uma das seguintes coisas: o que (substância), o quanto 
(quantidade), o como (qualidade), com o que se relaciona (relação), onde está 
(lugar), quando (tempo), como está (estado), em que circunstância (hábito), 
atividade (ação) e passividade (paixão). Dizendo de modo elementar, são exemplos 
de substância, homem, cavalo; de quantidade, de dois côvados de largura, ou 
de três côvados de largura; de qualidade, branco, gramatical; de relação, dobro, 
metade, maior; de lugar, no Liceu, no Mercado; de tempo, ontem, o ano passado; 
de estado, deitado, sentado; de hábito, calçado, armado; de ação, corta, queima; 
de paixão, é cortado, é queimado. 
3.2 CLASSIFICAÇÃO SÉCULO IV
Foi no século IV que o fi lósofo grego Porfírio desenvolveu uma classifi cação 
do conhecimento baseada no princípio da oposição, a classifi cação dicotômica. 
Para cada ramo do conhecimento havia outro de oposição. 
FIGURA 12 - ARVORE DE PORFÍRIO
FONTE: <https://educacao.uol.com.br/biografi as/porfi rio.htm>. Acesso em: 31 maio 2019.
Prova
Questão 2
TÓPICO 2 | HISTÓRIA DAS CLASSIFICAÇÕES: FILOSÓFICAS
23
3.3 CLASSIFICAÇÃO DE CASSIDORO
Segundo Barbosa (1969), a árvore de porfírio é uma tênue demonstração 
da técnica da classifi cação, partindo de assuntos gerais para específi cos. Contudo, 
fi cou na história como a demonstração desse princípio. Martius Capella (439 D. 
C), na sua obra Satyricon, dividiu as artes liberais em sete grupos: gramática, 
dialética, retórica, geometria, astronomia, música e aritmética. Um século mais 
tarde, Cassiodoro usou a mesma divisão para artes liberais, reunindo-as em dois 
grandes grupos que fi caram conhecidos como Trivium e Quatrivium (chamadas as 
sete artes liberais). 
3.4 CLASSIFICAÇÃO NA ERA MEDIEVAL
Foi no século VI que São Bento ensinou seus monges, em Monte Cassino, a 
copiarem manuscritos. Por alguns séculos, os mosteiros passaram a ser os únicos 
preservadores, copistas e classifi cadores e catalogadores de livros, embora seu 
objetivo não era de estudo. O livro neste período era um símbolo de poder.
FIGURA 13 – MONGE COPISTA
FONTE: <https://pt.wikipedia.org/wiki/William_Blades>. Acesso em: 31 maio 2019.
As classifi cações nesse período eram feitas dividindo pelo suporte dos 
materiais, tamanho e ordem alfabética. Segundo Piedade (1983), o processo de 
ordenação dos livros torna-se mais diversifi cado, ordenando-os por tamanho, 
ordem alfabética dos autores e em ordem cronológica. 
Prova
Questão 2
Prova 
Questão 2
UNIDADE 1 | HISTÓRIA DA CLASSIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO
24
DICAS
Para ilustrar esse período, sugerimos a leitura do livro e/ou assistir ao fi lme O 
nome da Rosa. Nele podemos observar a prioridade na conservação dos materiais e não a 
difusão do saber e do conhecimento. 
Os acervos eram fechados e privativos. Seus espaços físicos eram de uma construção 
hermética para difi cultar o acesso aos que lá não trabalhavam, aqueles curiosos. Constituía-
se em um depósito de documentos que eram retirados quando necessários para consulta 
dos mantenedores da ordem. Era preciso servir ao domínio do conhecimento pelo alto clero 
ou realeza.
FIGURA – FILME O NOME DA ROSA
FONTE: <http://www.adorocinema.com/fi lmes/fi lme-2402/>. Acesso em: 31 maio 2019.
A classifi cação, como prática consciente, nasce da necessidade de organizar um conjunto 
de coisas, de acordo com critérios, sejam eles simples como cores, tamanhos, formatos ou 
mais elaborados como o conteúdo. Foi também no século VIII o surgimento das primeiras 
listas de obras de bibliotecas medievais, provavelmente um inventário do acervo, contendo 
apenas título e, por vezes, nome do autor, mas sem ordem visível (talvez ordem das obras 
nas estantes). 
Observamos que, neste período, possuir um livro era um privilégio de poucos. Sua circulação 
e seu preparo eram envoltos em obstáculos que difi cultavam o acesso. Um dos fatores que 
contribuíram para essa inacessibilidade era o fator econômico. O livro custava caro. Outro 
era o tipo de material usado no preparo, bem como a difi culdade em fazer cópias. Por esses 
e por outros motivos, nesse período eram predominantes as bibliotecas particulares.
Os reis, os príncipes de sangue, os grandes senhores, os homens do saber eram praticamente 
os únicos que possuíam bibliotecas com importância signifi cativa. Esses donos de bibliotecas 
as consideravam verdadeiros tesouros e toda biblioteca possuía um alto valor de mercado 
que chegava a representar não só um capital intelectual, como também um capital fi nanceiro, 
que serviria de herança posteriormente.
Segundo Piedade (1983), nesse período, o processo de ordenação dos livros torna-se 
mais diversifi cado, ordenando-os por tamanho, ordem alfabética dos autores e em ordem 
cronológica. 
25
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste	tópico,	você	aprendeu	que:
• A história da classificação perpassa a história dos registros humanos desde 
os primeiros desenhos nas cavernas, a escrita cuneiforme até à invenção da 
escrita, que marca o fim da pré-história. 
• Entre os principais suportes da escrita, além dos tabletes de argila, usou-se o 
Papiro, que teve sua origem na África por volta de 3700 a.C. Era produzido de 
uma planta nativa das margens do Rio Nilo, a Arundinária. O pergaminho foi 
o principal suporte da escrita durante a idade média para, enfim, surgir o papel 
— inventado pelos chineses — em 105 d.C. 
• Na antiguidade, existem registros históricos de pseudoclassificações do século 
VI a.C. na Assíria, onde, na Biblioteca de Assurbanipal, quando a informação 
ainda era gravada em tabletes de argila, havia uma divisão bem simples entre 
aqueles destinados às ciências da terra e os das ciências do céu.
• Também na antiguidade, a civilização grega desenvolveu as bibliotecas 
importantes como Alexandria e Pérgamo. 
• A primeira tentativa de classificação do conhecimento de que se tem notícia foi 
desenvolvida por Aristóteles, que vigoroupor, aproximadamente, 2000 anos 
(entre 300 a.C. e 1600 d.C.). Ele organizava suas obras por assunto.
• Foi no século IV que o filósofo grego Porfírio desenvolveu uma classificação 
do conhecimento baseada no princípio da oposição, chamada de classificação 
dicotômica onde, para cada ramo do conhecimento, havia outro de oposição.
• Foi no século VI que São Bento ensinou seus monges, em Monte Cassino, a 
copiarem manuscritos. Por alguns séculos, os mosteiros passaram a ser os 
únicos preservadores, copistas e classificadores e catalogadores de livros, 
embora seu objetivo não era de estudo. As classificações nesse período eram 
feitas dividindo pelo suporte dos materiais e tamanho, ordem alfabética. 
26
1 Em relação à história da classificação na antiguidade, quem foi e qual a 
contribuição de Calímacus?
 
2 Como Aristóteles classificava e dividia a ciência?
AUTOATIVIDADE
 Era um dos sábios de Alexandria, elaborou seus Pínakes [tabulas], cerca de 250 a.C. Registrava o número de linhas de cada obra e suas palavras iniciais, assim como dados bibliográficos sobre os autores. 
Teórica: objetivando o conhecimento de si (matemática, física e metafísica). 
Prática: buscando o conhecimento como um guia de conduta, cujo propósito é a ação (ética, política, economia e retórica). 
Produtiva: tendo como propósito a criação de um produto (poesia e artes).
27
TÓPICO 3
HISTÓRIA DAS CLASSIFICAÇÕES: BIBLIOGRÁFICAS
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Antes de falarmos diretamente das classifi cações bibliográfi cas, 
lembramos da invenção que, de fato, infl uenciou a necessidade dos processos 
classifi catórios. Falamos da invenção da imprensa, pois quanto mais livros mais 
classifi cações.
Foi no Séc. XV que Gutemberg criou uma das maiores contribuições 
para o mundo moderno, que permitiu que os textos, antes manuscritos, fossem 
impressos a partir da elaboração dos tipos, letras móveis produzidas em cobre 
e alocadas em uma base de chumbo onde recebiam a tinta e eram prensadas no 
papel. 
FIGURA 14 – PRENSA MÓVEL
FONTE: <http://www.riodejaneiroaqui.com/portugues/museu-imprensa.html>. Acesso em: 31 
maio 2019.
 A invenção da imprensa na Alemanha, por volta de 1450, até a publicação 
da primeira Enciclopédia, de 1750 em diante, são marcos do início do período 
moderno, facilitando a interação entre diferentes conhecimentos e padronizando 
o conhecimento, permitindo que pessoas em diferentes lugares lessem os mesmos 
textos. 
28
UNIDADE 1 | HISTÓRIA DA CLASSIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO
Conforme Burke (2003), nesse momento da história, a classifi cação 
do conhecimento esteve apoiada no tripé intelectual: currículos, bibliotecas 
e enciclopédias. Para o autor, cada um desses elementos é um subsistema que 
faz parte de um sistema maior, que envolve a classifi cação do conhecimento, 
como algo que pode ser acumulado, melhorado e aperfeiçoado. A ideia de 
classifi cação do conhecimento, a partir da “árvore do conhecimento”, cede lugar 
aos subsistemas (currículos, bibliotecas e enciclopédias), porém, sempre visando, 
de alguma forma, representar a informação, para que a sociedade reconheça e 
utilize de maneira efi caz.
2 KONRAD VON GESNER
 Em 1545 Konrad Von Gesner publica a obra Bibliotheca Universalis, 
considerada a primeira classifi cação bibliográfi ca. Baseando-se no Trivium e 
Quadrivium, considerava a fi losofi a como sendo a totalidade do conhecimento, 
apresentando 21 subdivisões (PIEDADE, 1983). 
FIGURA 15 – KONRAD VON GESNER
FONTE: <https://www.nndb.com/people/643/000050493/>. Acesso em: 31 maio 2019.
Gessner foi um botânico e bibliófi lo, deu uma grande contribuição à 
história da classifi cação.
Baseando-se também no Trivium e Quatrivium de Cassidoro, organizou 
um catálogo que chamou de Bibliotheca Universalis (Zurique, 1545), 
em que registrou livros escritos em latim, grego e hebraico. Em um 
suplemento intitulado Pandectarium sive partitionum universalis, 
classifi cou os livros da Bibliotetheca por assuntos. 
Por ter sido a primeira tentativa de arrumação etódica dos livros. O 
sistema usado por Gessner é o considerado com o primeiro esquema 
de classifi cação bibliográfi ca. 
Convém lembrar que, na realidade, não era uma arrumação de 
assuntos para livros de uma coleção, mas sim para uma bibliografi a 
impressa, pois os séculos XVI e XVII foram pródigos em livreiros e 
bibliografi as (BARBOSA, 1969, p. 45). 
Prova
Questão 6
Prova
Questão 6
Prova 
Questão 6
TÓPICO 3 | HISTÓRIA DAS CLASSIFICAÇÕES: BIBLIOGRÁFICAS
29
3 GABRIEL NAUDÉ
 Em 1643 Gabriel Naudé publicou um catálogo bibliográfi co chamado 
Advispour Dresser Une Bibliothèque. Classifi cava as obras em 12 classes principais. 
Segundo Araújo (2018), para Naudé, a ordem regula a realidade natural e os 
objetos e as coisas deveriam ser organizados de modo a serem discernidos e 
separados a qualquer instante. Ou seja: 
A classifi cação mais efetiva é aquela que é imediatamente compreendida 
pelo fato de refl etir o compartilhamento de conhecimento 
correspondente aos ensinamentos das faculdades da universidade. As 
principais classes seriam, para Naudé, portanto: Teologia, Medicina, 
Direito, História, Filosofi a, Matemática, Humanidades, que seriam 
subdivididas em subclasses (ARAÚJO, 2018, p. 14).
Cabe àquele que estiver incumbido da biblioteca, de acordo com Naudé, 
conhecer bem as disciplinas supracitadas. 
FIGURA 16 – GABRIEL NAUDÉ
FONTE: <https://www.biblogtecarios.es/lauranovelle/gabriel-naude-cuando-ser-bibliotecario-se-
convirtio-en-profesion/>. Acesso em: 31 maio 2019.
Naudé recomenda a seguinte cautela ao proceder com a classifi cação em 
cada campo do conhecimento:
• A primeira, que os autores mais universais e mais antigos tenham 
sempre precedência. 
• A segunda, que os intérpretes e comentadores sejam colocados à 
parte e organizados segundo a ordem dos livros que explicam. 
• A terceira, que os tratados especiais acompanhem a ordem e o 
arranjo de seu conteúdo e assuntos nas artes e nas ciências.
• A quarta, que todos os livros de temática e assuntos semelhantes 
sejam ordenados e colocados exatamente no lugar destinado porque, 
assim agindo, a memória fi ca tão aliviada que será fácil encontrar, 
num átimo e numa biblioteca maior do que a de Ptolomeu, qualquer 
livro que se queira escolher ou desejar (NAUDÉ, 2016 apud ARAÚJO, 
2018, p. 14).
Prova 
questão 6
Prova 
Questão 6
Prova 
Questão 8
Prova 
Questão 9
30
UNIDADE 1 | HISTÓRIA DA CLASSIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO
Segundo Santos e Rodrigues (2013), alguns princípios da Biblioteconomia 
moderna foram escritos por Gabriel Naudé (1600-1653), que conceituou biblioteca 
tal como a conhecemos hoje, e trabalhou com a ideia da ordem bibliográfi ca, a 
qual permitiria o acesso e o compartilhamento do saber. Para isso, “[...] introduziu 
o empréstimo domiciliar, a encadernação para preservar, a estruturação dos 
catálogos de bibliotecas e o arranjo lógico de livros nas estantes” (MUKHERJEE, 
1966 apud SANTOS; RODRIGUES, 2013, p. 119). Introduziu também a ideia de 
que o bibliotecário é o especialista responsável pela organização do conhecimento 
e em fornecer informações bibliográfi cas, facilitando seu acesso e uso (SANTOS; 
RODRIGUES, 2013).
4 MANUEL DE LIBRAIRE ET DE L´AMATEURDESLIVRES
Também nesse período os livreiros de Paris elaboraram um sistema de 
classifi cação, e Jacques Charles Brunet aproveitou o sistema para preparar um 
outro, chamado Manuel de Libraire et de L´Amateurdes Livres, que classifi cava em 
cinco grandes áreas: teologia, jurisprudência, história, fi losofi a e literatura.
FIGURA 17 – MANUEL DE LIBRAIRE ET DE L´AMATEURDESLIVRES
FONTE: <https://fr.shopping.rakuten.com/off er/buy/1965425260/manuel-du-libraire-et-de-l-
amateur-des-livres-tome-iv-naas-rzac.html>. Acesso em: 31 maio 2019.
“O sistema de Brunet foi amplamenteusado na Europa, por mais de um 
século, principalmente no arranjo de bibliografi as, listas de livreiros e coleções 
particulares. Suas classes são representadas por números romanos, arábicos e por 
letras, tinha, portanto, notação mista” (BARBOSA, 1969, p. 49).
Prova 
Questão 6
Prova
Questão 6
TÓPICO 3 | HISTÓRIA DAS CLASSIFICAÇÕES: BIBLIOGRÁFICAS
31
5 FRANCIS BACON E AUGUSTO COMTE
Segundo Barbosa (1969) deve-se a Francis Bacon, na Chart of learning
(1905), a maior contribuição ao estudo dos modernos sistemas de classifi cação.
Em sua obra Advancement of learning, baseada, também, no Trivium e 
Quatrivium, de Cassidodoro, Bacon classifi cou as ciências segundo as faculdades 
intelectuais: da memória, imaginação, razão, originando, respectivamente, a 
história, poesia e fi losofi a. 
FIGURA 18 – FRANCIS BACON
FONTE: <https://www.todamateria.com.br/francis-bacon/>. Acesso em: 31 maio 2019.
6 AUGUSTO COMTE
Mas o estabelecimento do conceito moderno de hierarquia das ciências 
e o princípio da fi liação vêm de Augusto Comte, que adotou a ordem 
dos conhecimentos humanos como sendo uma ordem de generalidade 
decrescente e complexidade crescente. Suas séries começam com 
matemática, decrescendo para a astronomia, física, química, biologia e 
sociologia (BARBOSA, 1969, p. 47).
FIGURA 19 – AUGUSTO COMTE
FONTE: <https://novaescola.org.br/conteudo/186/auguste-comte-pensador-frances-pai-
positivismo>. Acesso em: 31 maio 2019.
Prova 
Questão 6
Prova
Questão 6
32
UNIDADE 1 | HISTÓRIA DA CLASSIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO
7 MÉTODOS DE CLASSIFICAÇÃO MODERNOS
Para que se possa entender os métodos de classificação modernos, que 
serão apresentados a seguir, fez-se necessário um levantamento dos métodos 
apresentados no subtópico anterior (antiguidade), métodos estes que serviram 
de base para muitas das classificações modernas. Os sistemas de classificação 
apresentados a seguir referem-se à modernidade.
7.1 LCC – LIBRARY OF CONGRESS – 1897 
 Criada em fins do século XIX, mais exatamente em 24 de abril de 1800, 
a Library of Congress, ou Biblioteca do Congresso (Estados Unidos - EUA), 
foi inaugurada com uma coleção de 3.000 volumes. Os livros, que antes eram 
ordenados por tamanho, em 1892 já estavam divididos em 18 classes, baseadas 
nas classificações de Francis Bacon, com adaptação de Diderot e d’Alembert 
(PEREIRA et al., 2009). 
Em 1815 fora adquirida a coleção de Thomas Jefferson, constituindo, assim, 
a nova biblioteca. Após a mudança de prédio, em 1897, os bibliotecários sentiram 
a necessidade de criar um sistema de classificação, que comportasse o crescente 
acervo. John Russel Young, então diretor da entidade, James Hanson e Charles 
Martel tomaram por guia a Classificação Expansiva de Cutter, “introduzindo 
grandes modificações, especialmente quanto à notação” (PIEDADE, 1977 apud 
PEREIRA et al., 2009, p. 7). 
Segundo Pereira et al. (2009, p. 6), cada classe foi entregue a diversos 
especialistas, derivando daí as pequenas diferenças que ocorrem de uma classe 
para outra. As classes são publicadas independentemente umas das outras, 
e cada uma tem seu próprio índice, sofrendo revisões e acréscimos, conforme 
a expansão do acervo, publicadas quadrimestralmente no L.C. Classification: 
Addition and changes. 
Em sua estrutura a ordem alfabética é frequentemente utilizada. Na 
notação, a classificação é mista, contendo letras maiúsculas e algarismos arábicos, 
de 1 a 9.999, precedidos por um ponto, os números-de-Cutter. Havia semelhança 
com as conhecidas Author marks, projetadas por Cutter.
Prova
Questão 8
Prova 
Questão 8
Prova 
Questão 9
Prova 
Questão 8
Prova 
Questão 8
TÓPICO 3 | HISTÓRIA DAS CLASSIFICAÇÕES: BIBLIOGRÁFICAS
33
FIGURA 20 – LIBRARY OF CONGRESS
FONTE: <https://jamesvachowski.com/2018/12/08/the-library-of-congress/>. Acesso em: 31 
maio 2019.
A Classificação da Library of Congress baseou-se em 21 classes 
principais, representadas de A-Z, exceto pelas letras I, O, N, X e Y, 
deixadas para futuras expansões, sendo igualmente adotada por 
diversas bibliotecas dos EUA e no mundo. O sistema da Biblioteca 
do Congresso tem a flexibilidade para classificar qualquer tipo de 
material, é muito detalhado, bastante enumerativo, porém recorrente 
à síntese, quando há aplicação das suas inúmeras tabelas auxiliares. É 
um esquema prático para aqueles que acreditam em soluções simples 
(PEREIRA et al., 2009, p. 7).
QUADRO 2 – CLASSIFICAÇÃO LIBRARY OF CONGRESS
FONTE: Valente (2003 apud SILVA; HERCULANO, 2012, p. 6)
34
UNIDADE 1 | HISTÓRIA DA CLASSIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO
7.2 CLASSIFICAÇÃO DE BROWN – SUBJECT 
CLASSIFICATION – 1906
Criado por James Duff Brown, bibliotecário, um dos primeiros a escrever 
livros de Biblioteconomia e criar o único sistema de classificação geral da 
Inglaterra. Esse sistema de classificação é como se cada assunto tivesse uma 
localização específica, seguindo a ordem de surgimento no Universo. Segundo 
Deus (2008 apud SILVA; HERCULANO, 2012, p. 7), “assim, primeiro surgiram a 
Matéria e a Força, que geraram a Vida, esta produziu a Razão, que deu origem ao 
Registro dos fatos”. É o modo de divisão que Brown utilizava em sua classificação. 
Atualmente é uma classificação em desuso.
FIGURA 21 – MÉTODO DE CLASSIFICAÇÃO DE BROWN
FONTE: Deus (2008 apud SILVA; HERCULANO, 2012, p. 7)
Segundo Pereira et al. (2009), James Duff Brown nasceu em Edimburgo, 
trabalhou para vários editores e livrarias de bibliotecas, logo começou a trabalhar 
como assistente na Biblioteca Mitchaell Glasgow. Depois se mudou para Londres 
para trabalhar na Biblioteca Pública Clerkernwell. 
Ele criou dois sistemas de classificação que não serviam para grandes 
coleções, por serem muito rígidos: Quinn-Brown Classification e Adjustable 
Classification. Posteriormente, idealizou um sistema de classificação intitulado 
de Subject Classification que teve sua primeira publicação em 1906, considerado, 
na época, um bom sistema de classificação, sendo usado em muitas bibliotecas 
inglesas por vários anos, introduzindo o livre acesso às estantes (BARBOSA, 
1969).
TÓPICO 3 | HISTÓRIA DAS CLASSIFICAÇÕES: BIBLIOGRÁFICAS
35
FIGURA 22 – JAMES DUFF BROWN
FONTE: <http://www.sonsofdewittcolony.org/brownjnoduff.htm>. Acesso em: 31 maio 2019.
Na época, o bibliotecário Brown chegou a ser reconhecido como 
Dewey da Inglaterra, pois tinha energia surpreendente, mostrava-
se comprometido e interessado em todos os aspectos da biblioteca 
e da biblioteconomia, foi um dos primeiros a escrever livros sobre 
biblioteconomia e o criador do único sistema de classificação do país. 
A partir desta posição, foi reconhecido e prestigiado no mundo das 
bibliotecas e da biblioteconomia, pois no final do século XIX e no início 
do XX na Inglaterra deu contribuição muito importante para a área da 
biblioteconomia (PEREIRA et al., 2009, p. 3).
De acordo com o Pereira et al. (2009), James Duff Brown se destacou por 
ter elaborado o sistema de classificação Subject Classification (Classificação de 
Assunto). Trouxe o desenvolvimento na biblioteconomia dando subsídio para a 
evolução de outros sistemas.
7.3 A CONTRIBUIÇÃO DE BLISS PARA A CLASSIFICAÇÃO 
Conhecida também como Classificação Bibliográfica, a classificação de 
Bliss teve como criador o bibliotecário do College of City of New York, 
Henry Evelyn Bliss. Antes de publicar o seu sistema de classificação, 
Bliss havia publicado outras obras:
• Organization of knowledge, 1927. 
• Organization of knowledge in libraries and the subject approach to books, 
1933, 2. ed., em 1939. 
• A system of bibliographic classification, 1935, 2. ed., em 1936 (BARBOSA, 
1969 apud PEREIRA et al., 2009, p. 4). 
36
UNIDADE 1 | HISTÓRIA DA CLASSIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO
FIGURA 23 – HENRY EVELYN BLISS
FONTE: <http://www.pensapedia.com/wiki/Charles_Henry_Bliss>.

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