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A AUTO-IMAGEM X A INDÚSTRIA DA BELEZA ESTÉTICA FACIAL CONCEITOS Imagem: representação mental que temos de um objeto.[1] Auto-imagem: expressa a percepção que a pessoa tem de si e de seu reflexo em comparação ao retorno de sentimentos, pensamentos ou ações em seus relacionamentos interpessoais. [2] Imagem pessoal: caracteriza-se pelo trabalho estético no indivíduo, envolvendo procedimentos de embelezamento facial e corporal.[1] http://princesaaosolhosdopai.com.br/ https://fr.depositphotos.com/137038852/stock-illustration-distorted-self-image.html https://imprensaaprendiz.wordpress.com/tag/corpo-perfeito/ IMAGEM PESSOAL E ESTÉTICA “A boa imagem pessoal cada vez mais abre vantagem nas relações sociais e humanas...entre a percepção da aparência e a avaliação da essência decorre um intervalo de tempo que favorece a beleza e sobre a qual se constrói a indústria da estética”.[2] Mencionam estudos que demonstraram como a atratividade interfere nas relações humanas 1. A percepção dos adultos sobre as crianças e a autopercepção delas é influenciada por sua aparência física; 2. Julgamentos da atratividade física influem na percepção de estudantes a respeito um dos outros e na relação entre estudantes e professores; 3. Belas crianças são mais populares do que seus pares menos atraentes; 4. Candidatos mais atraentes têm maior probabilidade de receber ofertas de empregos; 5. Indivíduos bonitos tem maior probabilidade de receber ajuda e menor probabilidade de receber pedidos de ajuda; 6. Quase todos os entrevistados apresentaram preferência por parceiros fisicamente mais atraentes. [3] ESTÉTICA (Grego- aisth): ideia do sentir, com os sentidos, com a rede de percepções [4]; Manifestação emocional que se coloca entre as impressões sensíveis e a razão [5]; ESTÉTICA Na antiguidade – filósofos gregos a partir de objetos belos, produzidos em suas percepções concebem a estética: Platão: proporção, harmonia e a união de ambas consistiam dos elementos universais da beleza; Aristóteles: ordem, simetria e definição. Nessa época estudava-se a estética juntamente com a moral e a lógica.[2] “O homem deve dar a si mesmo a forma de uma obra de arte, deve tornar-se em forma viva, em bela alma”.[5] ESTÉTICA A prática do culto ao corpo da sociedade contemporânea “teve seu início no pós-guerra com a explosão publicitária da difusão de hábitos relativos aos cuidados com o corpo e as práticas de higiene, beleza e esportistas, preconizadas por médicos e moralistas burgueses [6]. Estética x Autoestima e Autoimagem “A imposição de um padrão de beleza estereotipado como alicerce da autoestima diante da autoimagem produz um desastre no inconsciente do indivíduo, um grave adoecimento emocional”.[2] https://leonfreitaspersonal.wordpress.com/2015/06/17/padrao-de-beleza-e-imagem-corporal/ https://www.youtube.com/watch?v=lEbCue7lXnM A influência da imagem corporal no comportamento alimentar AUTOESTIMA “Diz respeito a maneira como o indivíduo elege suas metas, projeta suas expectativas, aceita a si mesmo e valoriza o outro.[2] “É um sentimento desenvolvido durante a vida dentro de nós, mesmos a partir de elogios, carinho, atenção e até mesmo de repreensão e crítica dos lugares onde passamos – meio familiar, escolar e social, entre outros... Entende-se autoestima, como um bem-estar, felicidade e uma avaliação positiva”.[7] Estética x autoestima x autoimagem https://www.mensagenscomamor.com/mensagem/201912 A INDÚSTRIA DA BELEZA MÍDIA x BELEZA “Através das mídias, outdoors, desfiles, novelas, é passada a ideia que rugas, flacidez, queda de cabelo, e outros fatores estéticos que acompanham o envelhecimento, devem ser combatidos com manutenção enérgica, com os cosméticos e todos os recursos que a indústria da estética e embelezamento oferece”.[2] “As diversas formas de metamorfoses faciais e corporais, vinculadas pela influência das novas tecnologias e dos modelos mediáticos...surge uma obediência excessiva às normas perfeitas para uma aparência padrão, que quando não cumpridas geram sentimentos de fracasso e mal estar”.[1] MÍDIA x BELEZA Com o poder de “criar desejos e reforçar imagens”, os meios de co- municação corroboram com a batalha pelo belo [8]. Super valorização da aparência: “seres anoréxicos e fúteis, quase inumanos apresentados como padrões de beleza e de sucesso” [8], que colocam em risco o equilíbrio psicológico do indivíduo ao considerar a busca da imagem pessoal essencial para caracterizar saúde e aceitação no mercado de trabalho [10]. A INDÚSTRIA DA BELEZA A beleza imposta pelas camadas mais ricas da população, perde seu limite quando apresenta uma indústria que permite a ultrapassagem do que era saudável/natural para algo construído, “corpos plásticos que nem sequer adoecem, envelhecem, e, quem sabe um dia, nem mais venham a morrer” [8]. Estudo realizado em 10 países: Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Itália, França, Portugal, Escócia, Brasil, Argentina e Japão – o que a beleza significa para as mulheres 1. As mulheres estão menos satisfeitas com sua beleza do que com todas as dimensões de sua vida, exceto sucesso financeiro; 2. Aparência física influencia a forma como se sentem com relação a si mesmas, a avaliação da beleza própria e dos outros; e 3. A maioria das participantes gostaria de sentir e ser percebida como bela. - Quase 48% das participante concordou com a frase: “quando me sinto menos bonita, me sinto pior em relação a mim mesma”. - 68% concordou que a mídia e os anúncios mostram que os ideais de beleza, em termos de aparência física, levam muitas mulheres a se esforçarem para alcançá-los”.[3] Avelar; Veiga. 2013 https://www.youtube.com/watch?v=b55qYCMNWf4 Pretty hurts – A beleza machuca A INDÚSTRIA DA BELEZA “Para evitar sentimentos negativos, como a insatisfação e a baixa autoestima, as opções de embelezamento disponíveis no mercado compreendem: Cosméticos; Exercícios; Tratamentos estéticos; Dietas; e Cirurgias plásticas estéticas (CPEs)”.[3] A INDÚSTRIA DA BELEZA “Indústrias de cosméticos e de beleza incentivam ao embelezamento, à proteção solar da pele e aos cuidados do corpo e rosto, salientando acima de tudo o ‘sentir-se bem’, vendendo produtos e serviços direcionados a cada faixa etária e com valores acessíveis a todas as classes sociais... O número de salões de beleza, clínicas de estética, empresas de cosméticos e outros estabelecimentos desta área, cresce muito a cada ano, comprovando que o ser humano tem a necessidade de sentir-se belo”.[2] A ESTÉTICA NOS DIAS ATUAIS ABIHEPEC-2015: a indústria brasileira apresentou em 19 anos, um crescimento de R$ 4,9 bilhões em 1996 para R$ 43,2 bilhões em 2014. Aumento do acesso aos produtos das classes D e E, e novos integrantes da classe C; Aumento do crescimento da mulher no mercado de trabalho; Crescimento tecnológico e aumento da produtividade tornando os preços acessíveis; A ESTÉTICA NOS DIAS ATUAIS Lançamento de novos produtos conforme as necessidades do mercado; Aumento da expectativa de vida, e portanto, necessidade de conservar a impressão de juventude [11]. A ESTÉTICA NOS DIAS ATUAIS Crescimento de microempreendedores individuais no segmento da beleza no Brasil de 2010 a 2014: (ABIHEPEC-2015) 2010 2011 2012 2013 2014 01/2015 Cabelei-reiro 59.071 125.866 193.822 259.120 349.864 358.167 Prof. da beleza 13.238 36.842 66.762 100.250 122.696 124.288 A ESTÉTICA NOS DIAS ATUAIS SEBRAE: estudo demonstra que empreendimentos na área da beleza devem continuar a contribuir com crescimento de empresas nascentes nesse segmento [12]. SICPE: no Brasil, em agosto de 2015, o mercado de procedimentos estéticos registrou 36% de crescimento. Em contrapartida, houve uma redução no número de procedimentos como implante de prótese mamária e lipoaspiração: 41 mil/2013 – 10 mil/2014. ”.[3] ”.[13] “O bem aos demais fato de se tornar bela engloba a componente bem estar associada `ideia derecompensa social, trazendo consigo o sentimento de fazer através da sua beleza... Sem a indumentária dos cosméticos os seres humanos são praticamente todos idênticos, uns mais bonitos, outros um pouco menos, no entanto, todos apresentam características inatas iguais. A diferenciação só ocorre pelo consumo, que possibilita a modificação do natural para o ideal”.[1] Leitura sugerida: REFERÊNCIAS 1. Santos, G. M. G. Bem estar, autoestima e auto-conceito: o que sentem as mulheres que se maquilham? Lisboa: Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias – Escola de Psicologia e Ciências da vida. Dissertação. 2014. 2. Floriani, F. M.; Marcante, M. D. S.; Braggio, L. A. Autoestima e autoimagem: a relação com a estética. TCC. Univali. 3. Avelar, C. F. P.; Veiga, R. T. Como enterder a vaidade feminina utilizando a autoestima e a personalidade. Ver. De Adm. De Emp. SP. V.53,n.4. JUL/AGO, 2013. 4. Carmelo, L. (2000) A estética como desconotação praticada pela modernidade. www.bcc.cbi.pt/pag/carmelo-luis-estetica-modernidade.pdf , acesso em 18/02/2016. 5. Goulart, A. T. A dimensão estética em textos das literaturas brasileira e portuguesa. Disponível em www.puminas.br 6. Oliveira, A. M., Medeiros, C. M., Oliveira, K. R., Silva, M. R. F. & Wojeiechovisk, T. (2010) A beleza como fútil. Trabalho apresentado à disciplina de Leitura e interpretação de texto do Curso de tecnologia em Estética e Cosmética. OPET. Curitiba. REFERÊNCIAS 7. Barbosa, A. O.; Wolff, J.; Gois, T. N. Influência da estética na autoestima e bem estar do ser humano. TCC. UTP. 8. Schneider, A. P. (2009) Nutrição estética. SP: Editora Atheneu. 9. Dimenstein, G. (2005) A epidemia da beleza. SP: Folha de São Paulo. Caderno cotidiano, p.6. 10. Pujol, A. P. (2011) Nutrição aplicada à estética. RJ: Editora Rubio. 11. Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos-ABIHPEC. (2015) v.11/ ago. 12. SEBRAE (2013) Estética e beleza: estudo do mercado-salões de beleza.Carteira beleza & estética. Unidade de atendimento coletivo e serviços. Nov. 13. Perez, L. disponível em www.negocioestetica.com.br/tag/mercadoo-da-estetica/
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