Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR NORTE-RS DEPARTAMENTO DE AGRONOMIA DISCIPLINA DE AGROCLIMATOLOGIA MATERIAL DIDÁTICO PROF. FELIPE GUSTAVO PILAU FREDERICO WESTPHALEN, 2010. UNIDADE 1 - INTRODUÇÃO À CLIMATOLOGIA AGRÍCOLA 1.1 - Importância do tempo e do clima para os vegetais e animais. � Meteorologia – estudo fenômenos físicos da atmosfera “valores instantâneos” (TEMPO) Um dos ramos expoentes é a Previsão do Tempo. � Climatologia – médias (longos períodos). A descrição estatística em termos de valores médios sequenciais – CLIMA) – Normais Climatológicas: 30 anos de dados coletados. Meteorologia possui ramos específicos – Agrometeorologia/Agroclimatologia (condições atmosféricas e suas conseqüências/condições atmosféricas médias e suas influências). � Condições médias – viabilidade de uma atividade agrícola na região � Condições instantâneas – potencial produtivo de uma cultura. Ambiente e Sistema: Ambiente é tudo que envolve e interage um sistema: agricultura (solo, atmosfera e água fazem parte do ambiente) Sistema: plantas, animais, microorganismos, etc. Em agricultura – sistema tecnológico artificial desenvolvido pelo homem com objetivo de obter alimentos . Condicionantes climáticos: Fatores e Elementos do Clima: Fatores (fixo), condicionantes dos elementos: latitude, longitude, altitude, continentalidade/oceanidade, tipo de corrente oceânica. Radiação solar pode ser tomada como um fator (condicionante). Elementos (variáveis) – caracterizam o estado da atmosfera: radiação solar, temperatura do ar, umidade do ar, pressão atmosférica, velocidade e direção do vento, precipitações. Sistema Agrícola (agricultura): interação com o ambiente é o determinante do potencial produtivo – plantas geneticamente iguais, num mesmo estádio de desenvolvimento “aumento dos riscos”. Radiação Solar: Disponibilidade regional de energia e água determina o potencial de produtividade agrícola. Radiação, temperatura e umidade afetam diretamente o crescimento e desenvolvimento dos vegetais. Produção de biomassa tem relação direta com radiação solar (modelos agroclimáticos podem estimar o potencial produtivo – subsídio à previsão de safras). Temperatura do Ar: Duração das fases e do ciclo de desenvolvimento dos vegetais e insetos condicionados pela temperatura do ar – graus-dia, número de horas de frio. Fotoperíodo – número máximo de horas de brilho solar possível – influencia direta em algumas espécies – passagem do período vegetativo ao reprodutivo. Temperatura e molhamento foliar (orvalho) – surgimento de doenças - essenciais a germinação de esporos e penetração dos fungos no tecido vegetal. Vento e chuva: atuam como agentes de dispersão, carregando os esporos – vento (condição adversa) causam lesões nos tecidos vegetais favorecendo a incidência dos patógenos – SISTEMAS DE ALERTA FITOSSANITÁRIOS. Disponibilidade hídrica (balanço hídrico “chuva + evapotranspiração”) – planejamento da atividade agrícola (períodos de excedente e deficiência hídrica – semeadura/plantio, desenvolvimento, colheita, trafegabilidade, irrigação, etc. � ESCALA TEMPORAL DOS FENÔMENOS ATMOSFÉRICOS Macro-escala – latitude, longitude, altitude, continentalidade/oceanidade Meso-escala – topografia, exposição do terreno, grau de inclinação do terreno, Micro-escala – tipo de cobertura do solo que determina o balanço de energia local. 1.2 - ORGANIZAÇÕES NACIONAIS E MUNDIAIS LIGADAS A METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA. WMO/ONU – WORLD METEOROLOGICAL ORGANIZATION (OMM – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE METEOROLOGIA) Estabeleceu padronização para as medidas das variáveis meteorológicas (horários, organização das estações), possui 188 membros (países), que integram a base de dados meteorológicos mundial. INMET – INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA (www.ibge.gov.br) Rede de estações meteorológicas no Brasil 1.4 – Objetivos Dentre todas as atividade a agricultura é a que tem maior dependência das condições de tempo e do clima. Afetam atividades desde o preparo do solo até a colheita, transporte, preparo, armazenamento. Condições adversas levam a enormes prejuízos econômicos. Como são muitas vezes imprevisíveis a médio e longo prazo (secas prolongadas, chuvas excessivas, vendavais, granizo, etc.), fazem da agricultura uma atividade de alto risco. Segundo Smith (1975) a “Meteorologia Agrícola” tem por objetivo colocar a ciência da Meteorologia a serviço da Agricultura”. Para isso é imprescindível conhecimento para se analisar e entender as relações entre o ambiente e as atividades agrícolas, buscando maximizar a exploração econômico dos recursos naturais, porém consciente da necessidade de preservação. 1.5 Perspectivas Necessidade de maximizar a produção com redução dos riscos (zoneamentos – ecologia agrícola). Tomada de decisão diretamente relacionada às condições de tempo e clima. Necessidade de prever o potencial produtivo com antecedência (mercado financeiro) – modelagem agrometeorológica para previsão de safra. UNIDADE 2 - RELAÇÕES TERRA-SOL E SUAS INFLUÊNCIAS SOBRE OS VEGETAIS E ANIMAIS Coordenadas geográficas (latitude e longitude) IMPORTANTE: LONGITUDE LESTE: (+) Positiva LONGITUDE OESTE (-) Negativa LATITUDE NORTE: (+) Positiva LATITUDE SUL: (-) Negativa Longitude - Meridianos Latitude - Paralelos Movimento de rotação e translação da terra e suas conseqüências Posição relativa Terra-Sol: � Circunferência Elíptica: � Periélio: 147.000.000 km (03 Janeiro) / Afélio: 152.000.000km (04 Julho) Inclinação de eixo terrestre... Declinação Solar � Ângulo formado entre uma linha imaginária ligando o centro da Terra ao centro do sol, com o plano do Equador. Ao longo do ano, a declinação varia entre -23o27´ (solstício de verão) e +23o27´ (solstício de inverno). Cálculo da Declinação Onde: NDA é o número do dia do ano Ângulo Zenital A irradiância solar varia de acordo com o ângulo de incidência dos raios solares. O ângulo formado entre a Zênite local e os raios solares, denomina-se ÂNGULO ZENITAL (Z). Quanto maior Z, menor a irradiância solar. A lei do Cosseno de Lambert mostra essa relação entre a irradiância solar e Z da seguinte forma: Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 1 1 32 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 2 2 33 61 92 122 153 183 214 245 275 306 336 3 3 34 62 93 123 154 184 215 246 276 307 337 4 4 35 63 94 124 155 185 216 247 277 308 338 5 5 36 64 95 125 156 186 217 248 278 309 339 6 6 37 65 96 126 157 187 218 249 279 310 340 7 7 38 66 97 127 158 188 219 250 280 311 341 8 8 39 67 98 128 159 189 220 251 281 312 342 9 9 40 68 99 129 160 190 221 252 282 313 343 10 10 41 69 100 130 161 191 222 253 283 314 344 11 11 42 70 101 131 162 192 223 254 284 315 345 12 12 43 71 102 132 163 193 224 255 285 316 346 13 13 44 72 103 133 164 194 225 256 286 317 347 14 14 45 73 104 134 165 195 226 257 287 318 348 15 15 46 74 105 135 166 196 227 258 288 319 349 16 16 47 75 106 136 167 197 228 259 289 320 350 17 17 48 76 107 137 168 198 229 260 290 321 351 18 18 49 77 108 138 169 199 230 261 291 322 352 19 19 50 78 109 139 170 200 231 262 292 323 353 20 20 51 79 110 140 171 201 232 263 293 324 354 21 21 52 80 111 141 172 202 233 264 294 325 355 22 22 53 81 112 142 173 203 234 265 295 326 356 23 23 54 82 113 143 174 204 235 266 296 327357 24 24 55 83 114 144 175 205 236 267 297 328 358 25 25 56 84 115 145 176 206 237 268 298 329 359 26 26 57 85 116 146 177 207 238 269 299 330 360 27 27 58 86 117 147 178 208 239 270 300 331 361 28 28 59 87 118 148 179 209 240 271 301 332 362 29 29 88 119 149 180 210 241 272 302 333 363 30 30 89 120 150 181 211 242 273 303 334 364 31 31 90 151 212 243 304 365 ( ) − = 365 8036045,23 NDAsenδ Fotoperíodo Intervalo entre o nascer e o pôr-do-sol em um dado dia, também denominado de duração do dia: Cálculo do Fotoperíodo (N) � N = hora do pôr-do-sol – hora do nascer-do-sol � Considerando a trajetória simétrica do sol em relação ao meio-dia, podemos admitir que: � N = 2 * hn/15 � Ao nascer, o ângulo zenital é 90 e cos90 = 0. Assim, UNIDADE 3 – ATMOSFERA A atmosfera da Terra é uma fina camada de gases que circunda o nosso planeta. Possui, no total, 480 quilômetros de espessura. * Diâmetro equatorial ~ 12.742 km � Maior parte da atmosfera (~80%), situada até 16 quilômetros de altura. � Atua como sede dos fenômenos meteorológicos. � Distribuição homogênea. � Forte interação com a Radiação Solar. Composição da atmosfera terrestre Matriz básica (% em vol. de ar seco): N2 (~78%), O2 (~21%) e outros gases (~1%) Outros componentes com concentrações variáveis (muito baixas): CO2, O3, CH4, N2O, CFCs, VAPOR D’ÁGUA (até ~ 4%) Apesar da Matriz Básica ser fundamental para a manutenção da vida na superfície terrestre, a concentração dos componentes variáveis apresenta importância física e biológica. Importância Física – no balanço de radiação da Terra, retendo parte das ondas de calor emitidas pela superfície e na atenuação da radiação proveniente do Sol Importância Biológica – suprindo matéria prima para o processo da fotossíntese (CO2) e regulando o processo de transpiração das plantas Gases de Efeito Estufa – fontes, concentração, tempo de residência e poder de aquecimento em relação ao CO2 GÁS FONTES DE EMISSÃO naturais antropogênicas CONCENTRAÇÃO 1750 atual TEMPO DE RESIDÊNCIA NA ATMOSFERA PODER DE AQUECIM. CO2 →Respiração →queima combustíveis fósseis → Decomposição de →mudanças na vegetação material orgânico → queima de biomassa → fabricação de cimento 280 ppmv 370 ppmv 50 - 200 anos 1 CH4 →mat. orgânica em →combustíveis fósseis decomposição →fermentação entérica (pântanos, lagos →arrozais inundados e oceanos ) →dejetos animais →esgotos 700 ppbv 1800 ppb 12 - 17 anos 21 N2O →oceanos , solos →fertilizantes tropicais e →indústria :nylon, ac.nítrico temperados →queima de biomassa e (bactérias) de combustíveis fósseis →modificação do uso do solo →conversão catalítica (carros) 275 ppbv 310 ppbv 120 anos 310 CFCs →propelentes, solventes, refrigeração, espumas 0 ordem de pptv 13 - 102 anos acima de 10.000 GÁS FONTES DE EMISSÃO naturais antropogênicas CONCENTRAÇÃO 1750 atual TEMPO DE RESIDÊNCIA NA ATMOSFERA PODER DE AQUECIM. CO2 →Respiração →queima combustíveis fósseis → Decomposição de →mudanças na vegetação material orgânico → queima de biomassa → fabricação de cimento 280 ppmv 370 ppmv 50 - 200 anos 1 CH4 →mat. orgânica em →combustíveis fósseis decomposição →fermentação entérica (pântanos, lagos →arrozais inundados e oceanos ) →dejetos animais →esgotos 700 ppbv 1800 ppb 12 - 17 anos 21 N2O →oceanos , solos →fertilizantes tropicais e →indústria :nylon, ac.nítrico temperados →queima de biomassa e (bactérias) de combustíveis fósseis →modificação do uso do solo →conversão catalítica (carros) 275 ppbv 310 ppbv 120 anos 310 CFCs →propelentes, solventes, refrigeração, espumas 0 ordem de pptv 13 - 102 anos acima de 10.000 GÁS FONTES DE EMISSÃO naturais antropogênicas CONCENTRAÇÃO 1750 atual TEMPO DE RESIDÊNCIA NA ATMOSFERA PODER DE AQUECIM. CO2 →Respiração →queima combustíveis fósseis → Decomposição de →mudanças na vegetação material orgânico → queima de biomassa → fabricação de cimento 280 ppmv 370 ppmv 50 - 200 anos 1 CH4 →mat. orgânica em →combustíveis fósseis decomposição →fermentação entérica (pântanos, lagos →arrozais inundados e oceanos ) →dejetos animais →esgotos 700 ppbv 1800 ppb 12 - 17 anos 21 N2O →oceanos , solos →fertilizantes tropicais e →indústria :nylon, ac.nítrico temperados →queima de biomassa e (bactérias) de combustíveis fósseis →modificação do uso do solo →conversão catalítica (carros) 275 ppbv 310 ppbv 120 anos 310 CFCs →propelentes, solventes, refrigeração, espumas 0 ordem de pptv 13 - 102 anos acima de 10.000 Gases de Efeito Estufa – fontes, concentração, tempo de residência e poder de aquecimento em relação ao CO2 Estrutura da Atmosfera A atmosfera pode ser dividida de acordo com suas características físicas e químicas Variação da temperatura e da pressão atmosférica nas diferentes camadas da atmosfera. � Pressão atmosférica � Temperatura Na Troposfera há diminui devido à rarefação do ar e à redução da pressão. Aumentos de temperatura em altitudes maiores estão relacionadas a efeitos físico-químicos - na estratosfera o aumento se deve à absorção da radiação solar ultravioleta pelas moléculas de ozônio). Absorção da radiação solar Espectro teórico da radiação solar antes da interação com a atmosfera, com a proporção de cada faixa de comprimento de onda Absorção de Energia Radiante pelos Componentes Atmosféricos em Diferentes Comprimentos de Onda Absorção de Energia Radiante pelos Componentes Atmosféricos em Diferentes Comprimentos de Onda Efeitos da Atmosfera sobre o Balanço de Energia Radiante Ao atravessar a atmosfera a radiação solar interage com seus constituintes, resultando em modificações na quantidade, na qualidade e na direção dos raios solares, devido aos processos de absorção e difusão da radiação solar Radiação solar: direta e difusa Constituintes atmosféricos (aerossóis, partículas de poeira e gotículas de água, nuvens, nevoeiros, etc.) mudama direção dos raios solares. Tal processo gera a radiação multi-direcional, denominada de difusa. Parte dessa radiação retorna ao espaço sideral. Quanto maior a espessura da camada da atmosfera a ser atravessada pela radiação solar, maior a difusão. Movimentos Atmosféricos Forças atuantes sofre as massas de ar: forças primárias Forças atuantes sofre as massas de ar: forças secundárias A associação das 5 forças caracteriza o deslocamento das massas de ar, ou circulação geral da atmosfera. Formação das Zonas de Convergência Ciclones e Anticiclones Os ciclones e anticiclones formados na atmosfera conferem mudanças na direção dos ventos predominantes Circulação Atmosférica na América do Sul A circulação geral da atmosfera é modificada por uma séries de fatores ao longo do ano, tendo grande variação temporal e espacial. Na América do Sul, além dos ciclones e anticiclones, um fenômeno bastante conhecido, é a variação da circulação no sentido zonal (leste – oeste), conhecido como El Niño Oscilação Sul ENOS) que provoca alterações no padrão de circulação geral da atmosfera, fazendo com que haja mudanças também nos padrões climáticos normalmente observados. Simplificadamente, conhece-se esse fenômeno com El-Niño/La-Niña. UNIDADE 4 - ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS Organização e Padronização das Observações Meteorológicas � Criada em 1950, WMO tornou-se uma agencia das Nações Unidas especializada em meteorologia (clima e tempo), hidrologia e ciências geofísicas. � Como tempo, clima e o ciclo hidrológico basicamente não apresentam barreiras nacionais, uma cooperação internacional em escala global é essencial para o desenvolvimento da meteorologia e hidrologia. É a WMO que estabelece o quadro para a cooperação internacional. � Importância: contribuição substancial para reforçar o desenvolvimento econômico e bem-estar social de todos os setores da sociedade, em áreas como a segurança alimentar, recursos hídricos e transporte. Procedimentos e padronização das observações � A observação de superfície consiste de procedimentos sistemáticos e padronizados, visando à obtenção de informações qualitativas e quantitativas referentes aos parâmetros meteorológicos, capazes de caracterizar plenamente o estado instantâneo da atmosfera. � Padrão: ORGANIZAÇÃO METEOROLÓGICA MUNDIAL (OMM/ONU), incluindo: tipos de equipamentos usados, técnicas de calibração, aferição, ajuste, manuseio e procedimentos observacionais (horário). � Obtenção dos dados: mediante leituras ou registros contínuos; identificados pelo próprio observador (a quantidade, altura e o tipo de nuvens, a visibilidade, etc.). Alguns são estimulados ou derivados dos primeiros (a temperatura do ponto do orvalho, a pressão ao nível do mar, etc.). Tipos de Estações Meteorológicas � Estações sinóticas: realizam observações em horários padronizados internacionalmente, para fins de previsão do tempo. O horário padrão é o Tempo Médio de Greenwich – TMG (00:00, 6:00, 12;00 e 18:00). Assim todas as observações são efetuadas ao mesmo tempo, independente da localização geográfica da estação. Quando reunidas em um mapa, todas as observações efetuadas no mesmo TMG denominam-se Carta Sinótica, que constitui um flash do estado atmosférico para toda a área coberta pelas estações. � Estações climatológicas: fins climatológicos. As principais medem os elementos meteorológicos necessários aos estudos climáticos (medida diária e ininterrupta de pelo menos 30 anos). � Estações agrometeorológicas: objetivam coletar dados meteorológicos de interesse às atividades agrícolas - realizam algumas observações não encontradas em outros tipos de estação; Ex: temperatura do solo, evaporação. Estação Meteorológica: os Sistemas de Coleta de Dados � Estações meteorológicas convencionais – estação que exige a presença diária do Observador Meteorológico para a coleta dos dados. Os equipamentos são normalmente de leitura direta como os termômetros, ou com sistema mecânico de registro. � Vantagens: Equipamentos mais robustos, menor necessidade de manutenção. � Desvantagem: necessidade de mão de obra diária (feriados, páscoa, natal, etc...), equipamentos de maior custo. � Estações meteorológicas automáticas – estação que tem coleta de dados totalmente automatizada. Sensores operam com princípios que permitam a emissão de sinais elétricos, que são captados por um sistema de aquisição de dados (datalogger), armazenamento, processo e envio informatizado dos dados. � Vantagem: dispensa mão de obra; registro contínuo dos elementos meteorológicos; aquisição, armazenamento e saída dos dados em intervalos definidos pelo usuário (ex: leitura a cada segundo e média a cada 15 minutos), equipamentos de menor preço. � Desvantagens: dependente de energia elétrica “painel solar”; exige calibração mais constante dos sensores. Estação Meteorológica Automática/Convencional: exigência para definição do local de instalação O local escolhido deve ser representativo da área, tomando-se as seguintes precauções: � evitar condições extremas de relevo; � área deve ser bem exposta aos ventos locais, tendo longos horizontes, especialmente no sentido leste-oeste; � deve ser ampla, plana, de fácil acesso, gramada (8 a 10cm de altura), deve ser cercada para evitar a entrada de animais (convencionais e automáticas). � evitar proximidade de maciços florestais, árvores isoladas e construções que possam projetar sombra na área da estação ou interferir nas condições atmosféricas; � afastada de cursos ou represamento de água (termorregulação ~ modificação do balanço de energia). Classificação quanto ao número de elementos meteorológicos observados. a) Estações de primeira classe: instrumentos para medir todos os elementos meteorológicos. Possibilita caracterização detalhada das condições meteorológicas do local. b) Estações de segunda classe: não são medidas a pressão atmosférica, velocidade e direção do vento, e irradiância solar global. Possibilita caracterização dos principais elementos para fins agrometeorológicos. c) Estações de terceira classe: estação termo-pluviométrica (temperatura máxima, mínima e chuva). De uso em propriedades agrícolas. Estação meteorológica convencional: equipamentos e instalação. Rede de Estação Meteorológicas no Brasil Usos dos dados meteorológicos “Agrometeorologia” Sistema de Informações Agrometeorológicas Operacionalizar técnicas desenvolvidas pela pesquisa em Agrometeorologia visando gerar informações que auxiliem no planejamento das atividades agrícolas. Exemplos: � Santa Catarina: EPAGRI / CIRAM � São Paulo: IAC / CIIAGRO � Brasil: Embrapa Informática Agropecuária & Cepagri-Unicamp / AGRITEMPO
Compartilhar