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Karenn Cruz. - Medicina UNIT . ROTEIRO: CLÍNICAS 2 . 1. PULMÃO ● Anatomia ➥Limites internos do pulmão: Anterior superior: 3-4 cm acima da clavícula (fossa supraclavicular) Anterior inferior: na linha hemiclavicular, 6° costela (perto do processo xifóide) Lateral: na linha médio axilar, a nível a 8° costela Posterior superior: T1 Posterior inferior: na linha médio escapular, 10° costela = T10 O lobo superior anteriormente do pulmão direito termina na cartilagem da 4° costela O lobo médio anteriormente termina na cartilagem da 6° costela (direito) ➥Limites da pleura: Anterior: 7-8° costela Posterior: 12° costela Fissura oblíqua: parte da 5° espaço intercostal (6° costela) anteriormente até a T3 posteriormente. Fissura horizontal: 3°espaço intercostal (4° costela), funde-se a oblíqua na linha axilar média na 5° costela. ➥Limites externos do pulmão: Superior: C7-T1 Inferior: rebordo costal Pontos de referência: Espaços intercostais Costelas Linha hemiclavicular Linha axilar anterior, média e inferior Linha medioesternal Linhas escapulares Linha medioespinhal Linha paraesternal Esterno Incisura supraesternal Ângulo de louis Karenn Cruz. - Medicina UNIT Processo xifoide: 6° costela Mamilo: na maioria das vezes está na 4º costela PS: para palpar as costelas anteriormente, usa-se como referência o ângulo de louis. Ao mover os dedos lateralmente encontra-se a 2° costela e abaixo o 2° espaço intercostal. P2: a asa inferior da escápula está no nível da sétima costela ou espaço intercostal ● Avaliação geral Dilatação das narinas Sofrimento Respiração pela boca Os lábios formam uma bolsa ao respirar ? Sons audíveis a respiração Estado da pele Karenn Cruz. - Medicina UNIT Cianose Baqueteamento Estado de consciência Postura Pescoço (tá usando músculo acessório) Biótipo 1. Normolíneo 2. Longilíneo 3. Brevilíneo ● Inspeção estática PACIENTE SEM CAMISA SENTADO OU EM PÉ Abaulamento Retração Sons Postura do paciente Uso de musculatura acessória ex. pescoço. Anomalias congênitas e adquiridas Forma do tórax - Chato: reduzido diâmetro anteroposterior. Escapulas e clavículas sobressaem. Mais comum nos longilíneos. Costelas aumentam a inclinação anterior( os espaços intercostais diminuem), ângulo de Louis mais proeminente - Em tonel/ globuloso ou em barril: Maior diâmetro anteroposterior. Enfisema pulmonar. Idosos. Horizontalizacao dos arcos costais - Infundibiliforme (pectus excavatum): Depressão no terço inferior do esterno. Raquitismo. - Cariniforme (pectus carinatum): Saliencia ao nível do esterno. Asma. Karenn Cruz. - Medicina UNIT - Em sino ou piriforme: Porção inferior alargada. Hepatoesplenomegalia e ascite. - Cifótico: encurvamento posterior da coluna. Má postura. Lesão de vértebras. - Escoliótico: Assimétrico devido ao desvio lateral. Anomalia congênita. - Instável: uma parede torácica se move paradoxalmente para dentro durante a inspiração. - Cifoescoliótico apresenta, além da cifose, um desvio da coluna para o lado (escoliose). ● Inspeção dinâmica ➧Frequência respiratória (NUNCA PEDIR PARA RESPIRAR NORMALMENTE, MELHOR TOMAR O PULSO RADIAL E OBSERVAR AS RESPIRAÇÕES, 30s) Normopnéia: 12-20 Bradipneia: lenta Taquipneia: rápida Hiperpneia: profundidade aumentada Hipopneia: superficial Ortopnéia: dificuldade de respirar na posição deitada. Trepopneia: mais confortável respirar em decúbito lateral. Platipneia: dificuldade de respirar em pé ➧Tipo respiratório: Torácica/costal: maior movimento da parte superior do tórax, maior atividade dos músculos intercostais Diafragmática/ abdominal: movimento maior da parte inferior do tórax, ampla expansão do diafragma Costo-abdominal/ mista: movimentos em mesma intensidade das partes superior e inferior do tórax ➧Ritmo respiratório: Normalmente a inspiração dura quase o mesmo tempo que a inspiração, sucedendo-se 2 movimentos com a mesma amplitude, intercalados por uma leve pausa. Cheyne-Stokes: respiração mais profunda Respiração de Biot: Amplitude variável seguida de apneia, quase sempre esse tipo de respiração indica grave comprometimento cerebral Respiração de Kussmal: Principal causa: Acidose, principalmente a diabética. Compõe-se de quatro fases: 1. Inspiração ruidosas, gradativamente mais amplas, alternadas com inspirações rápidas e de pequena amplitude. 2. Apneia em inspiração 3. Expirações ruidosas, gradativamente mais profundas, alternadas com inspirações rápidas e de pequena amplitude. 4. Apneia em expiração. Karenn Cruz. - Medicina UNIT Respiração suspirosa: Tensão emocional e ansiedade. Apresenta períodos de amplitude crescente dos movimentos inspiratórios seguidas por breves e rápidas expirações. Outras vezes, os movimentos respiratórios normais são interrompidos por “suspiros” isolados ou agrupados. ➧Tiragem Durante a inspiração os espaços intercostais deprimem-se ligeiramente, devido ao aumento da pressão negativa na cavidade pleural durante a inspiração. Pode ser difusa ou localizada. ● Palpação DESCRIÇÃO NORMAL Sensibilidade e mobilidade presentes e normais. Ausência de tumorações, deformidades, vibrações ou pontos dolorosos. Frêmito toracovocal e expansibilidade normais. Lesões superficiais Dor Deformidades Enfisema Elasticidade Expansibilidade Pulsações Massas Temperatura (com o dorso da mão) ● Expansibilidade Ao posicionar as mãos, pede ao paciente para inspirar profundamente. ➥POSTERIOR ➧Parte superior: ambas as mãos espalmadas, os polegares apoiam-se na coluna vertebral e os outros dedos nas fossas supraclaviculares. ➧Bases: mãos na parede torácica posterior com os polegares mediamente no nível de T9/10 (use como referência o ângulo inferior da escápula). Deslize as mãos mediamente no dorso para manter uma pequena dobra de pele entre os polegares. Solicite que o paciente inspire profundamente, os polegares devem se afastar simetricamente. ➥ANTERIOR fique de frente para o paciente e coloque os polegares ao longo da borda costal e do processo xifoide, as palmas da mão tocam a parte ântero-lateral do tórax, observe os polegares. Karenn Cruz. - Medicina UNIT ● Frêmito toracovocal Vibrações da fala palpáveis Deve-se fazer o paciente falar as palavras 33 e com a mão toda sentir a vibração de maneira homóloga ➥ANTERIOR: Fossas supraclaviculares e espaços intercostais anteriores alternados começando da clavícula. De cima pra baixo comparando ➥POSTERIOR: Primeiramente nas fossas supraclaviculares, onde a posição da mão se assemelha a uma pinça. Em seguida com a mão na posição horizontal abaixo do trapézio (1 pegada em cada lado de forma homóloga), depois segue com a mão na vertical (2 pegadas) e termina com a mão na horizontal abaixo do ângulo inferior da escápula. Quantas pegadas ? Qual a posição da mão? EXAMINADOR ATRÁS DO PACIENTE, VAI PARA O LADO APENAS NA ÚLTIMA. ● Percussão Karenn Cruz. - Medicina UNIT O examinador coloca o dedo médio da mão com firmeza em um espaço intercostal, a palma e os outros dedos afastado do tórax. A ponta do dedo médio da mão direita aplica uma pancada rápida na Falange terminaldo dedo esquerdo, o movimento vem do punho. percute cada lado separado ➥POSTERIOR (14) Inicia-se de cima para baixo, médico atrás e a esquerda. Locais: Acima, entre e abaixo das escápulas nos espaços intercostais Paciente: Sentado, com a cabeça inclinada para frente e braços cruzados sobre o tórax. ➥ANTERIOR (12) Locais: Fossas supraclaviculares, axilas e espaços intercostais anteriores. Sempre comparando. Macicez pode ser encontrada do 3° ao 5° espaço intercostal à esquerda do Esterno (coração) ➥LATERAL ? Paciente: Levantar braços acima da cabeça DESCRIÇÃO NORMAL Som claro pulmonar por toda a projeção dos pulmões no tórax. Macicez hepática e cardíaca (na área do croação). Espaço de Traub livre. SONS: - Som Claro Pulmonar ou sonoridade pulmonar = nas áreas de projeções dos pulmões (+ evidente na região infraclavicular, axilar e infraescapular) - Som Timpânico = no espaço de Traube (6°-11°EI) (pneumatórax) Karenn Cruz. - Medicina UNIT - Som Submaciço = na região inferior do esterno - Som maciço = na região inframamária direita e região precordial Causas ligadas à parede torácica, reduzem a nitidez dos sons, fazendo com que ele se torne submaciço ou mesmo maciço: ● OBESIDADE ● MASSAS MUSCULARES HIPERTRÓFIADAS ● EDEMA Apenas uma pequena parte do coração entra em contato com a parede do tórax, nessa área encontramos o som maçico. Parte de sua parede anterior, que corresponde ao ventrículo esquerdo, está recoberta por uma lingueta pulmonar o que irá resultar em um som submaciço. PONTOS DE REFERÊNCIA PARA DESCREVER: L. Hemiclavicular: região anterior L. Axilar média: região lateral L. Subescapular: região posterior ● Ausculta De início, o examinador coloca-se atrás do paciente, que não deve forçar a cabeça nem dobrar excessivamente o tronco. O paciente deve estar com o tórax despido e respirar pausada e profundamente, com a boca entreaberta, sem fazer ruído ➥AUSCULTA POSTERIOR: Cabeça inclinada para frente, braços cruzados sobre o tórax 10 pegadas, sendo 2 laterais (uma de cada lado) ➥AUSCULTA ANTERIOR Ombros para trás Fossas 1 pegada Lingular superior com medial Karenn Cruz. - Medicina UNIT Lingular inferior com lateral Cerca de 10 pegadas ➥AUSCULTA LATERAL braços acima da cabeça ➧Tipos de sons normais: TRAQUEAL: região da traqueia, pescoço e esternal ● Inspiratório – é constituído de um ruído soproso, mais ou menos rude, e breve, logo após haverá um intervalo silencioso o qual separa a inspiração da expiração. ● Expiratório – um pouco mais forte e prolongado. SOM BRONQUICO: Corresponde ao som traqueal audível nas regiões dos brônquios de maior calibre, sendo auscultado nas proximidades do esterno. Muito se assemelha aos componentes do som traqueal, diferenciando-se apenas por possuir uma expiração menos intensa. MURMÚRIO VESICULAR: Os ruídos ouvidos na maior parte do tórax são produzidos pela turbulência do ar circulante ao se chocar com as saliências das bifurcações brônquicas, ao passar por cavidades de tamanhos diferentes, tais como dos bronquíolos para os alvéolos ou vice-versa. ● INSPIRAÇÃO – maior tonalidade, mais intenso e de maior duração. ● EXPIRAÇÃO – menor tonalidade, menos intenso e de menor duração. Ausculta-se o murmúrio em quase toda a região do tórax, com exceção apenas das regiões esternal superior, interescapulovertebral direita e no nível da 3° e 4° vertebras dorsais. Nestas áreas, ouve-se o som broncovesicular. O murmúrio vesicular não é homogêneo, sendo mais forte nas regiões anterossuperior, nas axilas e nas regiões infraescapulares. Sofre variações em sua intensidade na dependência da amplitude dos Karenn Cruz. - Medicina UNIT movimentos respiratórios e da espessura da parede torácica, sendo débil nas pessoas musculosas ou obesas. SOM BRONCOVESICULAR: A intensidade e a duração da inspiração e expiração têm igual magnitude, ambas um pouco mais forte do que o murmúrio vesicular mais sem alcançar a intensidade do som brônquico. É auscultado nas regiões esternal superior, interescapulovertebral direita e no nível da 3° e 4° vertebras dorsais. ➧Tipos de sons anormais ESTERTORES FINOS – são agudos e de duração curta, ouvidos nas áreas pulmonares influenciadas pela força gravitacional. ESTERTORES GROSSOS – tem frequência menor que os finos e possuem maior duração, sofrem alteração nítida com a tosse e podem ser ouvidos por todo o tórax. RONCOS: São constituídos por sons graves e de baixa frequência. Aparecem na inspiração e na expiração mas predominam na expiração. Originam-se do estreitamento dos ductos brônquicos, o qual ocorre vibrações brônquicas, seja por espasmo ou edema da parede ou achado de secreção aderida a ela, como ocorre na asma brônquica, nas bronquites, nas bronquiectasias e nas obstruções localizadas. São fugazes, mutáveis, surgindo e desaparecendo em curto período de tempo. SIBILOS: São sons agudos formados por alta frequência e que se originam de vibrações das paredes broquioalveolares e de seu conteúdo gasoso, aparecendo na inspiração e na expiração. Em geral são múltiplos e disseminados por todo o tórax, quando provocados por enfermidades que comprometem a árvore brônquica, como acontece na asma. Quando os sibilos são localizados em determinada região, indicam semiobstrução por neoplasia ou corpo estranho. ESTRIDOR: São originados devido uma semiobstrução da laringe ou da traqueia, quando a respiração é calma e pouco profunda, sua intensidade é pequena, mas, na respiração forçada, o aumento do fluxo de ar provoca significativa intensidade desse som. SOPROS: Quando auscultamos certas regiões do tórax – 7° vertebra cervical no dorso, traqueia, região interescapular – observamos a presença de um sopro brando mais audível na expiração do que na inspiração. Essa é uma verificação normal. ATRITO PLEURAL: Representa um som de duração maior e frequência baixa, de tonalidade grave, o que o torna difícil distingui-lo dos estertores. Em condições normais os folhetos viscerais e parietal da pleura deslizam um sobre o outro, durante os movimentos respiratórios, sem produzir qualquer ruído. Nos casos de Karenn Cruz. - Medicina UNIT pleurite, por se recobrirem de exsudato, passam a produzir um ruído irregular, descontínuo, mais intenso na inspiração, com frequência comparada ao ranger de couro atritado. 1. CORAÇÃO ● Anatomia O coração está situado no mediastino à esquerda da linha média, logo acima do diafragma e aninhado entre as margens medial e inferior dos pulmões. Localiza-se atrás do esterno e contíguo da terceira a sexta cartilagens costais. A área do tórax situada sobre o coração chama-se precórdio. É dividido em duas metade direita e esquerda: ·Os átrios: recebem sangue das veias. ·Os ventrículos: impulsionam o sangue para o interior das artérias aorta e pulmonar. O coração possui a forma de uma pirâmide quadrangular, e é orientado como se esta pirâmide tivesse caído para um dos lados de forma que a sua base se orienta para a parede posterior do tórax,e seu ápice aponta para a parede torácica anterior (frente, baixo e esquerda) no 5º espaço intercostal na linha hemiclavicular. A base do coração, localizada no 2º espaço intercostal direito e esquerdo, é formada pelos átrios, que se situam trás e acima dos ventrículos. O átrio esquerdo não pode ser examinado diretamente por ser a estrutura mais posterior do coração e se localizar à esquerda e atrás do átrio direito. Este situa-se à direita e um pouco mais anterior que o esquerdo. O coração possui cinco faces: base (posterior), diafragmática (inferior) formada principalmente pelo ventrículo esquerdo e em parte pelo ventrículo direito, esternocostal (anterior) formada pelo VD, e superfícies pulmonares direita (VD) e esquerda (VE). Ele também possui várias margens: direita, esquerda, superior e inferior: Na face anterior do tórax, devem-se utilizar duas coordenadas visando à localização de qualquer ponto de interesse. Linha medioesternal, dividindo a face anterior em duas metades, e a linha hemiclavicular/medioclavicular direita e esquerda. No sentido das abcissas, podem-se utilizar os espaços intercostais como referência. Limites do coração na caixa torácica: Esquerdo: 2º-6º espaço intercostal Karenn Cruz. - Medicina UNIT Direito: 2º-5° ‘’ câmara predominante na parte anterior: VD: borda esternal esquerda e o 3º, 4º e 5º espaços intercostais. ● ps: tronco pulmonar n pulsa porque tem baixa pressão ● ciclo cardíaco As fases sistólica e diastólica do ciclo cardíaco podem ser divididas da seguinte maneira: • Sístole o Período de contração isovolumétrica o Período de ejeção ventricular • ejeção rápida • ejeção lenta • protodiástole de Wiggers Diástole o Período de relaxamento isovolumétrico o Período de enchimento ventricular • rápido • lento o Período de contração atrial As valvas tricúspide e mitral são frequentemente denominadas valvas atrioventriculares em função de suas posições. As valvas aórtica e pulmonar são chamadas valvas semilunares, Karenn Cruz. - Medicina UNIT ● Bulhas cardíacas O fechamento das valvas cardíacas origina as bulhas cardíacas (B1 e B2), derivadas das vibrações geradas nas válvulas. Durante a sístole o ventrículo esquerdo começa a se contrair e a pressão ventricular supera rapidamente a pressão atrial esquerda, fechando, assim, a valva mitral. O fechamento da valva mitral produz a primeira bulha cardíaca (B1). B1 também tem dois componentes, um som mitral mais precoce e um componente tricúspide mais tardio e coincide com o ictus e o pulso carotídeo. + grave + duradouro = tum A pressão ventricular começa a cair à medida que o ventrículo esquerdo ejeta a maior parte do sangue em seu interior. Quando a pressão ventricular esquerda cai abaixo da pressão aórtica, ocorre o fechamento da valva aórtica. O fechamento da valva aórtica produz a segunda bulha cardíaca (B2), iniciando uma nova diástole. É possível auscultar dois componentes distintos, o primeiro derivado do fechamento da valva aórtica do lado esquerdo (A2) e o segundo do fechamento no lado direito da valva pulmonar (P2). Após a abertura da valva mitral, verifica-se um período de enchimento ventricular rápido, com fluxo de sangue do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo, no início da diástole. Em crianças e adultos jovens pode surgir uma terceira bulha cardíaca, B3. A quarta bulha cardíaca (B4) assinala a contração atrial. Ela precede imediatamente a B1 do batimento cardíaco seguinte e também reflete uma alteração patológica na complacência ventricular Variáveis da ausculta da primeira e segunda bulhas cardíacas: Intensidade - A avaliação da intensidade das bulhas obedece a critérios que padecem de grau significativo de subjetividade. Importante, no entanto, tentar caracterizar um ruÌdo cardÌaco como apresentando uma intensidade normal (normofonético), reduzida (hipofonético) ou aumentada (hiperfonético) ● Sons anormais 1. sopros Eles são atribuídos à turbulência do fluxo sanguíneo, diminuição da viscosidade, passagem do sangue por uma zona estreita ou dilatada. SISTÓLICO Karenn Cruz. - Medicina UNIT Ejeção: após a 1º bulha (contração isovolumétrica) e termina antes da 2º bulha. Regurgitação: audível desde o início da sístole, aparece com a 1º bulha e termina imediatamente com a 2º. DIASTÓLICO Ocorrem nas estenoses atrioventriculares (mitral) e na insuficiência das valvas aórtica e pulmonar Mais grave e menor frequência. 2. estalidos Som agudo; Pode ser sistólico ou diastólico Alta frequência É o som da abertura da valva atrioventricular (patológico) 3. cliques Som da abertura da valva semilunar (patológico) Alta frequência 4. atrito pericárdico Provocado pelo roçar dos folhetos pericárdicos. Maior frequência, áspero - situação no ciclo cardíaco - localização (ápice/ borda esternal esquerda) - irradiação - intensidade - timbre e tonalidade - mutabilidade ● Inspeção Posicionamento do paciente: O paciente deve permanecer em decúbito dorsal, na maior parte do exame cardíaco abaulamento pulsações Karenn Cruz. - Medicina UNIT retração pectus escavatum ictus turgência jugular desvio da área cardíaca Resumo à inspeção: Ausência de abaulamentos, retrações e movimentos visíveis na região precordial. Ictus cordis visível ou não (depende). Ausência de estase jugular, desvio de área cardíaca. ● palpação Ápice, borda esquerda, base e borda direita dor artéria carotídea frêmito • Localização: referências são os focos de ausculta. • Situação no ciclo cardíaco: diferenciando-se pela coincidência ou não com o pulso carotídeo. • Intensidade: batimentos e movimentos palpáveis bulhas: Para palpar B1 e B2 apoie a mão direita, exercendo pressão firme, na parede torácica. Use os dedos indicador e médio esquerdos para palpar a artéria carótida no terço inferior do pescoço. Identifique B1, que precede o impulso ascendente carotídeo, e B2, que ocorre pouco depois do impulso ascendente carotídeo. abaulamento e retração ICTUS: 5º espaço intercostal na linha hemiclavicular. localiza o ictus com a palma da mão direita na região do 5º EI na linha hemiclavicular, aos poucos vai retirando os dedos que não o delimitam. Ao final restará um ou dois dedos. ● localização: 4-5º EI na linha hemiclavicular ou há 2cm de distância ● extensão: é medida por meio de quantas polpas digitais são necessárias para cobri-lo, calculando-se, em seguida, a quantos centímetros isso corresponde. ● intensidade: Propulsivo ou não propulsivo ? Karenn Cruz. - Medicina UNIT ● mobilidade: Primeiro, marca-se o local do choque com o paciente em decúbito dorsal. Em seguida, o paciente adota os dois decúbitos laterais (direito e esquerdo), e o examinador marca o local do ictus nessas posições. ● amplitude: em geral, ela é pequena, e sua sensação tátil corresponde à de uma batida brusca. ● duração Sequência da palpação: Ictus, borda esquerda, foco pulmonar e foco aórtico, margem direita Sequência de palpação do precórdio: 1) Começar pelo ápice; 2) Mover-se em direção a borda esquerda do esterno; 3) Mover-se em direção a base; 4) Descer até a borda direitado esterno; 5) Seguir para o epigástrio; Resumo à palpação: Ictus cordis palpável no 5º espaço intercostal na linha hemiclavicular esquerda, extensão com 2 polpas digitais (3 cm), propulsivo, móvel, de frequência (50-100 rpm), simétrico com o pulso carotídeo. Ausência de frêmito cardiovascular, batimentos e movimentos palpáveis. ● percussão A macicez cardíaca pode ocupar uma grande área. Começando bem à esquerda no tórax, percuta-o desde o som claro atimpânico até a macicez cardíaca do 3o, 4o, 5o e, possivelmente, 6o espaços intercostais; ● ausculta Regras da ausculta: ambiente silencioso, paciente desnudo, uso do receptor corretor, adequada iluminação Observe a localização anatômica das bulhas auscultadas no que se refere a espaços intercostais e sua distância às linhas medioesternal, hemiclavicular ou axilar. A linha medioesternal constitui o ponto zero mais Karenn Cruz. - Medicina UNIT confiável para a medida, mas alguns médicos acreditam que a linha hemiclavicular seja melhor no caso de pacientes de tamanhos e dimensões diferentes A palpação da artéria carótida durante a ausculta é muito útil na determinação do momento de ocorrência da bulha ou do sopro. Como o impulso ascendente carotídeo sempre ocorre na sístole, imediatamente após B1, as bulhas ou sopros que coincidam com ele são sistólicos; as bulhas ou sopros que ocorrem depois do impulso ascendente carotídeo são diastólicos. FOCOS DE AUSCULTA: OBS: Os focos de ausculta não correspondem às localizações anatômicas das valvas (região do terço inferior do esterno) que lhes emprestam os nomes. · Foco mitral: 4º ou 5º espaço intercostal esquerdo da linha hemiclavicular, correspondendo ao ictis cordis. · Foco pulmonar: 2º espaço intercostal esquerdo junto ao esterno/ paraesternal. · Foco aórtico: 2º espaço intercostal direito junto ao esterno · Foco aórtico acessório ( Ponto de Erb): 3º espaço intercostal junto ao esterno. · Foco tricúspide: base do apêndice xifóide ligeiramente a esquerda. 5° EI na linha paraesternal Siga a seguinte rotina: (1) registre a frequência e o ritmo; (2) identifique B1 e B2; (3) analise B1 e B2 separadamente; (4) busque por sons extras do coração; e (5) procure por sopros. Identifique B1 e B2: Normalmente, você pode identificar B1 instantaneamente porque você ouve um par de sons bem próximos (“TUM-ta”) e B1 é o primeiro componente do par. Outras orientações para distinguir B1 de B2 são as seguintes: B1 é mais alto do que B2 no ápice; B2 é mais alto do que B1 na base. B1 coincide com a pulsação da artéria carótida B1 coincide com a onda R (a onda ascendente do complexo QRS) se o paciente estiver conectado a um monitor de ECG. Karenn Cruz. - Medicina UNIT RESUMO DO EXAME: Pescoço: Pulsos das carótidas são fortes e iguais bilateralmente. Sem sopros. Pulsações da veia jugular interna presentes quando em decúbito dorsal e desaparecem quando elevado a uma posição de 45 graus. Precórdio: Inspeção. Sem pulsações visíveis; sem abaulamentos. Palpação: Impulso apical no quinto EIC, na linha medioclavicular esquerda; nenhum frêmito. Ausculta: Frequência de 68 bpm, ritmo regular, B1 e B2 são nítidas e não estão diminuídas ou acentuadas, nenhuma B3 ou B4 ou outros sons extras, sem sopros. ● patologias Insuficiência mitral, uma doença da valvular do coração, é o escoamento anormal do sangue pela válvula mitral, do ventrículo esquerdo no átrio esquerdo do coração. À ausculta cardíaca a insuficiência mitral produz um sopro sistólico característico, de regurgitação, podendo preencher toda a sístole (holossistólico). É comum que a deficiência estrutural da valva resulte em hipofonese da 1a bulha. Digamos que ela não se fecha direito, provocando um som mais fraco que o normal. Vem a seguir o turbilhão regurgitante através da valva doente, que deixa um pouco de sangue refluir ao átrio durante a contração ventricular, provocando o sopro. Insuficiência aórtica (IA), é um transtorno da válvula aórtica caracterizado pelo retorno do sangue da aorta para o ventrículo esquerdo do coração durante a diástole ventricular. Produz à ausculta cardíaca um sopro diastólico. Estenose mitral é o estreitamento do orifício mitral, que obstrui o fluxo sanguíneo do AE para o VE. [ Há hiperfonese de B1 e retardo da mesma, o componente pulmonar (P2) de B2 mostra-se acentuado, pode-se também auscultar o estalido de abertura da valva mitral. O sopro é o ruflar diastólico, no ápice,. Estenose aórtica, é uma doença de curso progressivo caracterizada pela obstrução à passagem do fluxo sanguíneo da via de saída do ventrículo esquerdo do coração pela calcificação das estruturas valvares Ao auscultar (ouvir) o coração pode-se ouvir, durante a sístole, o sopro que atinge seu auge no meio da sístole, quando a pressão ventricular é máxima. Por isso é classificado como sopro mesosistólico de ejeção. A comunicação interatrial (CEA), é uma cardiopatia congênita caracterizada por uma abertura no septo interatrial, que permite a passagem do sangue do átrio esquerdo (alta pressão) para o átrio direito (baixa pressão) A ausculta observa-se P2 hiperfonética e desdobrada (fixa), Sopro sistólico em foco pulmonar e em foco tricúspide. Sopro diastólico em foco tricúspide indica shunt de grande magnitude Comunicação interventricular (CIV) é uma abertura na parede (septo) que divide as duas câmaras inferiores do coração, conhecidas como ventrículos direito e esquerdo. O CIV é um defeito cardíaco congênito (presente no nascimento). VE P/ VD. A ausculta, observa-se um sopro sistólico
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