Buscar

Roteiro: clínicas 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Karenn Cruz. - Medicina UNIT 
. ​ROTEIRO: CLÍNICAS 2 ​ . 
 
1. PULMÃO 
 
● Anatomia 
 
➥Limites internos do pulmão: 
Anterior superior:​ 3-4 cm acima da clavícula (fossa supraclavicular) 
Anterior inferior: ​na linha hemiclavicular,​ 6° costela ​(perto do processo xifóide) 
Lateral:​ na linha médio axilar, a nível a ​8° costela 
Posterior superior: ​T1 
Posterior inferior:​ na linha médio escapular​, 10° costela = T10 
 
O ​lobo superior anteriormente​ do pulmão direito termina na cartilagem da ​4° costela 
O ​lobo médio anteriormente​ termina na cartilagem da​ 6° costela​ (direito) 
 
➥Limites da pleura: 
Anterior:​ ​7-8° costela 
Posterior:​ ​12° costela 
 
Fissura oblíqua​: parte da ​5° espaço intercostal​ (6° costela) anteriormente até a ​T3​ posteriormente. 
Fissura horizontal​:​ 3°espaço intercostal​ (4° costela), funde-se a oblíqua na linha axilar média na ​5° costela​. 
 
➥Limites externos do pulmão: 
Superior: C7-T1 
Inferior: rebordo costal 
 
Pontos de referência: 
Espaços intercostais 
Costelas 
Linha hemiclavicular 
Linha axilar anterior​, média e inferior 
Linha medioesternal 
Linhas escapulares 
Linha medioespinhal 
Linha paraesternal 
Esterno 
Incisura supraesternal 
Ângulo de louis 
Karenn Cruz. - Medicina UNIT 
Processo xifoide: 6° costela 
Mamilo: na maioria das vezes está na 4º costela 
 
PS: para palpar as costelas anteriormente, usa-se como referência o ângulo de louis. Ao mover os dedos 
lateralmente encontra-se a 2° costela e abaixo o 2° espaço intercostal. 
 
P2: a asa inferior da escápula está no nível da sétima costela ou espaço intercostal 
 
 
 
 
● Avaliação geral 
 
Dilatação das narinas 
Sofrimento 
Respiração pela boca 
Os lábios formam uma bolsa ao respirar ? 
Sons audíveis a respiração 
Estado da pele 
Karenn Cruz. - Medicina UNIT 
Cianose 
Baqueteamento 
Estado de consciência 
Postura 
Pescoço (tá usando músculo acessório) 
Biótipo 
1. Normolíneo 
2. Longilíneo 
3. Brevilíneo 
 
● Inspeção estática 
PACIENTE SEM CAMISA SENTADO OU EM PÉ 
 
Abaulamento 
Retração 
Sons 
Postura do paciente 
Uso de musculatura acessória ex. pescoço. 
Anomalias congênitas e adquiridas 
Forma do tórax 
 
 
- ​Chato​: reduzido diâmetro anteroposterior. Escapulas e clavículas sobressaem. Mais comum nos longilíneos. 
Costelas aumentam a inclinação anterior( os espaços intercostais diminuem), ângulo de Louis mais 
proeminente 
 
- ​Em tonel/ globuloso ou em barril​: Maior diâmetro anteroposterior. Enfisema pulmonar. Idosos. 
Horizontalizacao dos arcos costais 
 
- ​Infundibiliforme (pectus excavatum)​: Depressão no terço inferior do esterno. Raquitismo. 
 
- ​Cariniforme (pectus carinatum)​: Saliencia ao nível do esterno. Asma. 
Karenn Cruz. - Medicina UNIT 
 
- ​Em sino ou piriforme​: Porção inferior alargada. Hepatoesplenomegalia e ascite. 
 
- ​Cifótico​: encurvamento posterior da coluna. Má postura. Lesão de vértebras. 
 
- ​Escoliótico​: Assimétrico devido ao desvio lateral. Anomalia congênita. 
 
- ​Instável​: uma parede torácica se move paradoxalmente para dentro durante a inspiração. 
- ​Cifoescoliótico​ apresenta, além da cifose, um desvio da coluna para o lado (escoliose). 
 
● Inspeção dinâmica 
 
➧Frequência respiratória (NUNCA PEDIR PARA RESPIRAR NORMALMENTE, MELHOR TOMAR O PULSO 
RADIAL E OBSERVAR AS RESPIRAÇÕES, 30s) 
 
Normopnéia: 12-20 
Bradipneia: lenta 
Taquipneia: rápida 
Hiperpneia: profundidade aumentada 
Hipopneia: superficial 
Ortopnéia: dificuldade de respirar na posição deitada. 
Trepopneia: mais confortável respirar em decúbito lateral. 
Platipneia: dificuldade de respirar em pé 
 
➧Tipo respiratório: 
 
Torácica/costal​: maior movimento da parte superior do tórax, maior atividade dos músculos intercostais 
Diafragmática/ abdominal:​ movimento maior da parte inferior do tórax, ampla expansão do diafragma 
Costo-abdominal/ mista:​ movimentos em mesma intensidade das partes superior e inferior do tórax 
 
➧Ritmo respiratório: 
 
Normalmente a inspiração dura quase o mesmo tempo que a inspiração, sucedendo-se 2 movimentos com a 
mesma amplitude, intercalados por uma leve pausa. 
 
Cheyne-Stokes​: respiração mais profunda 
 
Respiração de Biot​: Amplitude variável seguida de apneia, quase sempre esse tipo de respiração indica grave 
comprometimento cerebral 
 
Respiração de Kussmal​: Principal causa: Acidose, principalmente a diabética. Compõe-se de quatro fases: 
1. Inspiração ruidosas, gradativamente mais amplas, alternadas com inspirações rápidas e de pequena 
amplitude. 
2. Apneia em inspiração 
3. Expirações ruidosas, gradativamente mais profundas, alternadas com inspirações rápidas e de pequena 
amplitude. 
 4. Apneia em expiração. 
 
Karenn Cruz. - Medicina UNIT 
Respiração suspirosa: Tensão emocional e ansiedade. Apresenta períodos de amplitude crescente dos 
movimentos inspiratórios seguidas por breves e rápidas expirações. Outras vezes, os movimentos 
respiratórios normais são interrompidos por “suspiros” isolados ou agrupados. 
 
➧Tiragem 
Durante a inspiração os espaços intercostais deprimem-se ligeiramente, devido ao aumento da pressão 
negativa na cavidade pleural durante a inspiração. 
Pode ser difusa ou localizada. 
 
● Palpação 
 
DESCRIÇÃO NORMAL 
Sensibilidade e mobilidade presentes e normais. Ausência de tumorações, deformidades, vibrações ou pontos 
dolorosos. Frêmito toracovocal e expansibilidade normais. 
 
Lesões superficiais 
Dor 
Deformidades 
Enfisema 
Elasticidade 
Expansibilidade 
Pulsações 
Massas 
Temperatura (com o dorso da mão) 
 
● Expansibilidade 
 
Ao posicionar as mãos, pede ao paciente para inspirar profundamente. 
➥POSTERIOR 
➧Parte superior: ambas as mãos espalmadas, os polegares apoiam-se na coluna vertebral e os outros dedos 
nas fossas supraclaviculares. 
 
➧Bases: mãos na parede torácica posterior com os polegares mediamente no nível de T9/10 (use como 
referência o ângulo inferior da escápula). Deslize as mãos mediamente no dorso para manter uma pequena 
dobra de pele entre os polegares. Solicite que o paciente inspire profundamente, os polegares devem se 
afastar simetricamente. 
 
➥ANTERIOR 
fique de frente para o paciente e coloque os polegares ao longo da borda costal e do processo xifoide, as 
palmas da mão tocam a parte ântero-lateral do tórax, observe os polegares. 
Karenn Cruz. - Medicina UNIT 
 
 
● Frêmito toracovocal 
 
Vibrações da fala palpáveis 
Deve-se fazer o paciente falar as palavras 33 e com a mão toda sentir a vibração de maneira homóloga 
 
➥ANTERIOR: 
Fossas supraclaviculares e espaços intercostais anteriores alternados começando da clavícula. De cima pra 
baixo comparando 
 
➥POSTERIOR: 
Primeiramente nas fossas supraclaviculares, onde a posição da mão se assemelha a uma pinça. Em seguida 
com a mão na posição horizontal abaixo do trapézio (1 pegada em cada lado de forma homóloga), depois 
segue com a mão na vertical (2 pegadas) e termina com a mão na horizontal abaixo do ângulo inferior da 
escápula. 
 
 
Quantas pegadas ? Qual a posição da mão? 
EXAMINADOR ATRÁS DO PACIENTE, VAI PARA O LADO APENAS NA ÚLTIMA. 
 
● Percussão 
 
Karenn Cruz. - Medicina UNIT 
O examinador coloca o dedo médio da mão com firmeza em um espaço intercostal, a palma e os outros 
dedos afastado do tórax. A ponta do dedo médio da mão direita aplica uma pancada rápida na Falange 
terminaldo dedo esquerdo, o movimento vem do punho. percute cada lado separado 
 
➥POSTERIOR (14) 
Inicia-se de cima para baixo, médico atrás e a esquerda. 
Locais: 
Acima, entre e abaixo das escápulas nos espaços intercostais 
 
Paciente: 
Sentado, com a cabeça inclinada para frente e braços cruzados 
sobre o tórax. 
 
 
➥ANTERIOR (12) 
Locais: 
Fossas supraclaviculares, axilas e espaços intercostais anteriores. 
Sempre comparando. 
Macicez pode ser encontrada do 3° ao 5° espaço intercostal à esquerda do Esterno (coração) 
 
➥LATERAL 
? 
Paciente: 
Levantar braços acima da cabeça 
 
 
DESCRIÇÃO NORMAL 
Som claro pulmonar por toda a projeção dos pulmões no tórax. Macicez hepática e cardíaca (na área do 
croação). Espaço de Traub livre. 
 
SONS: 
- ​​Som Claro Pulmonar ou sonoridade pulmonar​​ = nas 
áreas de projeções dos pulmões (+ evidente na região 
infraclavicular, axilar e infraescapular) 
 
- ​​Som Timpânico​ = no espaço de Traube (6°-11°EI) 
(pneumatórax) 
 
Karenn Cruz. - Medicina UNIT 
- ​​Som Submaciço​​ = na região inferior do esterno 
 
- ​​Som maciço​ = na região inframamária direita e região 
precordial 
 
Causas ligadas à parede torácica, reduzem a nitidez dos 
sons, fazendo com que ele se torne submaciço ou mesmo 
maciço: 
● OBESIDADE 
● MASSAS MUSCULARES HIPERTRÓFIADAS 
● EDEMA 
 
Apenas uma pequena parte do coração entra em contato 
com a parede do tórax, nessa área encontramos o som 
maçico. Parte de sua parede anterior, que corresponde ao 
ventrículo esquerdo, está recoberta por uma lingueta pulmonar o que irá resultar em um som submaciço. 
 
PONTOS DE REFERÊNCIA PARA DESCREVER: 
L. Hemiclavicular: região anterior 
L. Axilar média: região lateral 
L. Subescapular: região posterior 
 
 
 
● Ausculta 
 
De início, o examinador coloca-se atrás do paciente, que não deve forçar a cabeça nem dobrar 
excessivamente o tronco. O paciente deve estar com o tórax despido e respirar pausada e profundamente, 
com a boca entreaberta, sem fazer ruído 
 
➥AUSCULTA POSTERIOR: 
Cabeça inclinada para frente, braços cruzados sobre o tórax 
10 pegadas, sendo 2 laterais (uma de cada lado) 
 
➥AUSCULTA ANTERIOR 
Ombros para trás 
Fossas 1 pegada 
Lingular superior com medial 
Karenn Cruz. - Medicina UNIT 
Lingular inferior com lateral 
Cerca de 10 pegadas 
 
➥AUSCULTA LATERAL 
braços acima da cabeça 
 
 
➧Tipos de sons normais: 
 
TRAQUEAL​: região da traqueia, pescoço e ​esternal 
● Inspiratório – é constituído de um ruído soproso, mais ou menos rude, e breve, logo após haverá um 
intervalo silencioso o qual separa a inspiração da expiração. 
● Expiratório – um pouco mais forte e prolongado. 
 
SOM BRONQUICO​: Corresponde ao som traqueal audível nas regiões dos brônquios de maior calibre, sendo 
auscultado nas ​proximidades do esterno​. Muito se assemelha aos componentes do som traqueal, 
diferenciando-se apenas por possuir uma ​expiração menos intensa​. 
 
MURMÚRIO VESICULAR​: Os ruídos ouvidos na ​maior parte do tórax são produzidos pela turbulência do ar 
circulante ao se chocar com as saliências das bifurcações brônquicas, ao passar por cavidades de tamanhos 
diferentes, tais como dos bronquíolos para os alvéolos ou vice-versa. 
 ● INSPIRAÇÃO – maior tonalidade, mais intenso e de maior duração. 
● EXPIRAÇÃO – menor tonalidade, menos intenso e de menor duração. 
 
Ausculta-se o murmúrio em quase toda a região do tórax, com exceção apenas das regiões esternal superior, 
interescapulovertebral direita e no nível da 3° e 4° vertebras dorsais. Nestas áreas, ouve-se o som 
broncovesicular. O murmúrio vesicular não é homogêneo, sendo mais forte nas regiões anterossuperior, nas 
axilas e nas regiões infraescapulares. ​Sofre variações em sua intensidade na dependência da amplitude dos 
Karenn Cruz. - Medicina UNIT 
movimentos respiratórios e da espessura da parede torácica, sendo débil nas pessoas musculosas ou 
obesas. 
 
SOM BRONCOVESICULAR​: A intensidade e a duração da inspiração e expiração têm igual magnitude, 
ambas um pouco mais forte do que o murmúrio vesicular mais sem alcançar a intensidade do som brônquico. 
É auscultado nas regiões esternal superior, interescapulovertebral direita e no nível da 3° e 4° vertebras 
dorsais. 
 
 
➧Tipos de sons anormais 
 
ESTERTORES FINOS – ​são agudos e de duração curta, ouvidos nas áreas pulmonares influenciadas pela 
força gravitacional. 
 
ESTERTORES GROSSOS – ​tem frequência menor que os finos e possuem maior duração, sofrem alteração 
nítida com a tosse e podem ser ouvidos por todo o tórax. 
 
RONCOS: São constituídos por sons graves e de baixa frequência. Aparecem na inspiração e na expiração 
mas predominam na expiração. Originam-se do estreitamento dos ductos brônquicos, o qual ocorre vibrações 
brônquicas, seja por espasmo ou edema da parede ou achado de secreção aderida a ela, como ocorre na 
asma brônquica, nas bronquites, nas bronquiectasias e nas obstruções localizadas. ​São fugazes, mutáveis, 
surgindo e desaparecendo em curto período de tempo. 
 
​SIBILOS: ​São sons agudos formados por alta frequência e que se originam de vibrações das paredes 
broquioalveolares e de seu conteúdo gasoso, aparecendo na inspiração e na expiração. Em geral são 
múltiplos e disseminados por todo o tórax, quando provocados por enfermidades que comprometem a árvore 
brônquica, como acontece na asma. Quando os sibilos são localizados em determinada região, indicam 
semiobstrução por neoplasia ou corpo estranho. 
 
ESTRIDOR: ​São originados devido uma semiobstrução da laringe ou da traqueia, quando a respiração é 
calma e pouco profunda, sua intensidade é pequena, mas, na respiração forçada, o aumento do fluxo de ar 
provoca significativa intensidade desse som. 
 
SOPROS: ​Quando auscultamos certas regiões do tórax – 7° vertebra cervical no dorso, traqueia, região 
interescapular – observamos a presença de um sopro brando mais audível na expiração do que na 
inspiração. Essa é uma verificação normal. 
 
ATRITO PLEURAL: ​Representa um som de duração maior e frequência baixa, de tonalidade grave, o que o 
torna difícil distingui-lo dos estertores. Em condições normais os folhetos viscerais e parietal da pleura 
deslizam um sobre o outro, durante os movimentos respiratórios, sem produzir qualquer ruído. Nos casos de 
Karenn Cruz. - Medicina UNIT 
pleurite, por se recobrirem de exsudato, passam a produzir um ruído irregular, descontínuo, mais intenso na 
inspiração, com frequência comparada ao ranger de couro atritado. 
 
 
 
1. CORAÇÃO 
 
● Anatomia 
O coração está situado no mediastino à esquerda da linha média, 
logo acima do diafragma e aninhado entre as margens medial e 
inferior dos pulmões. Localiza-se atrás do esterno e contíguo da 
terceira a sexta cartilagens costais​. A área do tórax situada sobre o 
coração chama-se precórdio. É dividido em duas metade direita e 
esquerda: 
·Os átrios: recebem sangue das veias. 
·Os ventrículos: impulsionam o sangue para o interior das artérias 
aorta e pulmonar. 
O coração possui a forma de uma pirâmide quadrangular, e é orientado como se esta pirâmide tivesse caído 
para um dos lados de forma que a sua base se orienta para a parede posterior do ​tórax​,e seu ápice aponta 
para a parede torácica anterior (frente, baixo e esquerda) no ​5º espaço intercostal na linha hemiclavicular. 
A ​base do coração, localizada no ​2º espaço intercostal direito e esquerdo​, é formada pelos átrios, que se 
situam trás e acima dos ventrículos. O átrio esquerdo não pode ser examinado diretamente por ser a estrutura 
mais posterior do coração e se localizar à esquerda e atrás do átrio direito. Este situa-se à direita e um pouco 
mais anterior que o esquerdo. 
O coração possui cinco faces: base (posterior), diafragmática (inferior) ​f​ormada principalmente pelo 
ventrículo esquerdo e em parte pelo ventrículo direito​, ​esternocostal ​(anterior) formada pelo VD, e 
superfícies ​pulmonares​ ​direita ​(VD) e ​esquerda ​(VE). 
Ele também possui várias margens: direita, esquerda, superior e inferior: 
Na face anterior do tórax, devem-se utilizar duas coordenadas visando à localização de qualquer ponto de 
interesse. ​Linha medioesternal, ​​ dividindo a face anterior em duas metades, e a linha 
h​emiclavicular/medioclavicular ​direita e esquerda. No sentido das abcissas, podem-se utilizar os espaços 
intercostais como referência. 
 
Limites do coração na caixa torácica: 
Esquerdo: 2º-6º espaço intercostal 
Karenn Cruz. - Medicina UNIT 
Direito: 2º-5° ‘’ 
 
 
câmara predominante na parte anterior: VD: borda esternal esquerda e o 3º, 4º e 5º espaços intercostais. 
 
● ps: tronco pulmonar n pulsa porque tem baixa pressão 
 
● ciclo cardíaco 
 
As fases sistólica e diastólica do ciclo cardíaco 
podem ser 
divididas da seguinte maneira: 
• ​Sístole 
o Período de contração isovolumétrica 
o Período de ejeção ventricular 
 • ejeção rápida 
 • ejeção lenta 
 • protodiástole de Wiggers 
 
Diástole 
o Período de relaxamento isovolumétrico 
o Período de enchimento ventricular 
 • rápido 
 • lento 
o Período de contração atrial 
 
 
 
 
 
As valvas tricúspide e mitral são frequentemente denominadas valvas atrioventriculares em função de suas 
posições. As valvas aórtica e pulmonar são chamadas valvas semilunares, 
Karenn Cruz. - Medicina UNIT 
 
● Bulhas cardíacas 
O fechamento das valvas cardíacas origina as bulhas cardíacas (B1 e B2), derivadas das vibrações geradas 
nas válvulas. 
 
Durante a sístole o ventrículo esquerdo começa a se contrair e a pressão ventricular supera 
rapidamente a pressão atrial esquerda, fechando, assim, a valva mitral. ​O fechamento da valva mitral 
produz a primeira bulha cardíaca (B1). 
B1 também tem dois componentes, um som mitral mais precoce e um componente tricúspide mais tardio e 
coincide com o ictus e o pulso carotídeo. 
+ grave + duradouro = tum 
 
A pressão ventricular começa a cair à medida que o ventrículo esquerdo ejeta a maior parte do sangue em 
seu interior. Quando a pressão ventricular esquerda cai abaixo da pressão aórtica, ocorre o fechamento da 
valva aórtica. ​O fechamento da valva aórtica produz a segunda bulha cardíaca (B2)​, iniciando uma nova 
diástole. 
É possível auscultar dois componentes distintos, o primeiro derivado do fechamento da valva aórtica do lado 
esquerdo (A2) e o segundo do fechamento no lado direito da valva pulmonar (P2). 
 
 
Após a abertura da valva mitral, verifica-se um ​período de enchimento ventricular rápido, com fluxo de 
sangue do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo, no início da diástole. Em crianças e adultos jovens pode 
surgir uma terceira bulha cardíaca,​ B3. 
 
 
A quarta bulha cardíaca (​B4) assinala a ​contração atrial​. Ela precede imediatamente a B1 do batimento 
cardíaco seguinte e também reflete uma alteração patológica na complacência ventricular 
 
Variáveis da ausculta da primeira e segunda bulhas cardíacas: 
Intensidade - A avaliação da intensidade das bulhas obedece a critérios que padecem de grau significativo de 
subjetividade. Importante, no entanto, tentar caracterizar um ruÌdo cardÌaco como apresentando uma 
intensidade normal ​(normofonético),​ reduzida ​(hipofonético)​ ou aumentada ​(hiperfonético) 
 
● Sons anormais 
 
1. sopros 
 
Eles são atribuídos à turbulência do fluxo sanguíneo, diminuição da viscosidade, passagem do sangue por 
uma zona estreita ou dilatada. 
SISTÓLICO 
Karenn Cruz. - Medicina UNIT 
Ejeção: após a 1º bulha (contração isovolumétrica) e termina antes da 2º bulha. 
Regurgitação: audível desde o início da sístole, aparece com a 1º bulha e termina imediatamente com a 2º. 
 
DIASTÓLICO 
Ocorrem nas ​estenoses atrioventriculares (mitral) e na insuficiência das valvas aórtica e pulmonar 
Mais grave e menor frequência. 
 
 
 
2. estalidos 
Som agudo; 
Pode ser sistólico ou diastólico 
Alta frequência 
É o som da abertura da valva atrioventricular (patológico) 
3. cliques 
Som da abertura da valva semilunar (patológico) 
Alta frequência 
4. atrito pericárdico 
Provocado pelo roçar dos folhetos pericárdicos. 
Maior frequência, áspero 
- situação no ciclo cardíaco 
- localização (ápice/ borda esternal esquerda) 
- irradiação 
- intensidade 
- timbre e tonalidade 
- mutabilidade 
 
● Inspeção 
 
Posicionamento do paciente: O paciente deve permanecer em decúbito dorsal, na maior parte do exame 
cardíaco 
 
abaulamento 
pulsações 
Karenn Cruz. - Medicina UNIT 
retração 
pectus escavatum 
ictus 
turgência jugular 
desvio da área cardíaca 
 
Resumo à inspeção: 
Ausência de abaulamentos, retrações e movimentos visíveis na região precordial. Ictus cordis visível ou não 
(depende). Ausência de estase jugular, desvio de área cardíaca. 
 
● palpação 
 
Ápice, borda esquerda, base e borda direita 
dor 
artéria carotídea 
frêmito 
•​ Localização: referências são os focos de ausculta. 
• Situação no ciclo cardíaco: diferenciando-se pela coincidência ou não com o pulso carotídeo. 
• Intensidade: 
batimentos e movimentos palpáveis 
bulhas: Para palpar B1 e B2 apoie a mão direita, exercendo pressão firme, na parede torácica. Use os dedos 
indicador e médio esquerdos para palpar a artéria carótida no terço inferior do pescoço. Identifique B1, que 
precede o impulso ascendente carotídeo, e B2, que ocorre pouco depois do impulso ascendente carotídeo. 
abaulamento e retração 
ICTUS​: 5º espaço intercostal na linha hemiclavicular. 
 
localiza o ictus com a palma da mão direita na região do 5º EI na linha hemiclavicular, aos poucos vai 
retirando os dedos que não o delimitam. Ao final restará um ou dois dedos. 
● localização: 4-5º EI na linha hemiclavicular ou há 2cm de distância 
● extensão: é medida por meio de quantas polpas digitais são necessárias para cobri-lo, calculando-se, em 
seguida, a quantos centímetros isso corresponde. 
● intensidade: Propulsivo ou não propulsivo ? 
Karenn Cruz. - Medicina UNIT 
● mobilidade: Primeiro, marca-se o local do choque com o paciente em decúbito dorsal. Em seguida, o 
paciente adota os dois decúbitos laterais (direito e esquerdo), e o examinador marca o local do ictus 
nessas posições. 
● amplitude: em geral, ela é pequena, e sua sensação tátil corresponde à de uma batida brusca. 
● duração 
 
Sequência da palpação: 
Ictus, borda esquerda, foco pulmonar e foco aórtico, margem direita 
 
Sequência de palpação do precórdio: 
1) Começar pelo ápice; 
2) Mover-se em direção a borda esquerda do esterno; 
3) Mover-se em direção a base; 
4) Descer até a borda direitado esterno; 
5) Seguir para o epigástrio; 
 
Resumo à palpação: 
Ictus cordis palpável no 5º espaço intercostal na linha hemiclavicular esquerda, extensão com 2 polpas digitais 
(3 cm), propulsivo, móvel, de frequência (50-100 rpm), simétrico com o pulso carotídeo. Ausência de frêmito 
cardiovascular, batimentos e movimentos palpáveis. 
 
● percussão 
A macicez cardíaca pode ocupar uma grande área. Começando bem à esquerda no tórax, percuta-o desde o 
som claro atimpânico até a macicez cardíaca do 3o, 4o, 5o e, possivelmente, 6o espaços intercostais; 
● ausculta 
 
Regras da ausculta: ambiente silencioso, paciente desnudo, uso do receptor corretor, adequada iluminação 
 
Observe a localização anatômica das bulhas auscultadas no que se refere a espaços intercostais e sua 
distância às linhas medioesternal, hemiclavicular ou axilar. A linha medioesternal constitui o ponto zero mais 
Karenn Cruz. - Medicina UNIT 
confiável para a medida, mas alguns médicos acreditam que a linha hemiclavicular seja melhor no caso de 
pacientes de tamanhos e dimensões diferentes 
 
A palpação da artéria carótida durante a ausculta é muito útil na determinação do momento de ocorrência da 
bulha ou do sopro. Como o impulso ascendente carotídeo sempre ocorre na sístole, imediatamente após B1, 
as bulhas ou sopros que coincidam com ele são sistólicos; as bulhas ou sopros que ocorrem depois do 
impulso ascendente carotídeo são diastólicos. 
 
FOCOS DE AUSCULTA: 
 
OBS: Os focos de ausculta não correspondem às localizações anatômicas das valvas (região do terço inferior 
do esterno) que lhes emprestam os nomes. 
· Foco mitral: 4º ou 5º espaço intercostal esquerdo da linha hemiclavicular, correspondendo ao ​ictis cordis. 
· Foco pulmonar: 2º espaço intercostal esquerdo junto ao esterno/ paraesternal. 
· Foco aórtico: 2º espaço intercostal direito junto ao esterno 
· Foco aórtico acessório ( Ponto de Erb): 3º espaço intercostal junto ao esterno. 
· Foco tricúspide: base do apêndice xifóide ligeiramente a esquerda. 5° EI na linha paraesternal 
Siga a seguinte rotina: 
(1) registre a frequência e o ritmo; 
(2) identifique B1 e B2; 
(3) analise B1 e B2 separadamente; 
(4) busque por sons extras do coração; e 
(5) procure por sopros. 
 
Identifique B1 e B2: Normalmente, você pode identificar B1 instantaneamente porque você ouve um par de 
sons bem próximos (“TUM-ta”) e B1 é o primeiro componente do par. Outras orientações para distinguir B1 de 
B2 são as seguintes: 
B1 é mais alto do que B2 no ápice; B2 é mais alto do que B1 na base. 
B1 coincide com a pulsação da artéria carótida 
B1 coincide com a onda R (a onda ascendente do complexo QRS) se o paciente estiver conectado a um 
monitor de ECG. 
Karenn Cruz. - Medicina UNIT 
RESUMO DO EXAME: 
Pescoço: Pulsos das carótidas são fortes e iguais bilateralmente. Sem sopros. 
Pulsações da veia jugular interna presentes quando em decúbito dorsal e desaparecem quando elevado a 
uma posição de 45 graus. 
Precórdio: Inspeção. Sem pulsações visíveis; sem abaulamentos. 
Palpação: Impulso apical no quinto EIC, na linha medioclavicular esquerda; nenhum frêmito. 
Ausculta: Frequência de 68 bpm, ritmo regular, B1 e B2 são nítidas e não estão diminuídas ou acentuadas, 
nenhuma B3 ou B4 ou outros sons extras, sem sopros. 
● patologias 
I​nsuficiência mitral​, uma doença da valvular do coração, é o escoamento anormal do ​sangue pela ​válvula 
mitral​, do ​ventrículo esquerdo​ no ​átrio esquerdo​ do ​coração​. 
À ausculta cardíaca a insuficiência mitral produz um ​sopro sistólico característico, de regurgitação, podendo 
preencher toda a sístole (holossistólico). É comum que a deficiência estrutural da valva resulte em hipofonese 
da 1a bulha. Digamos que ela não se fecha direito, provocando um som mais fraco que o normal. Vem a 
seguir o turbilhão regurgitante através da valva doente, que deixa um pouco de sangue refluir ao átrio durante 
a contração ventricular, provocando o sopro. 
Insuficiência aórtica (IA), é um transtorno da ​válvula aórtica caracterizado pelo retorno do ​sangue da ​aorta 
para o ​ventrículo esquerdo​ do ​coração​ durante a ​diástole ventricular​. 
Produz à ausculta cardíaca um sopro diastólico. 
Estenose mitral​ ​é o estreitamento do orifício mitral, que obstrui o fluxo sanguíneo do AE para o VE. [ 
Há hiperfonese de B1 e retardo da mesma, o componente pulmonar (P2) de B2 mostra-se acentuado, 
pode-se também auscultar o estalido de abertura da valva mitral. O​ sopro é o ruflar diastólico​, no ápice,. 
Estenose aórtica, ​é uma doença de curso progressivo caracterizada pela obstrução à passagem do fluxo 
sanguíneo da via de saída do ​ventrículo esquerdo​ do ​coração​ pela calcificação das estruturas valvares 
Ao auscultar (ouvir) o coração pode-se ouvir, durante a sístole, o sopro que atinge seu auge no meio da 
sístole, quando a pressão ventricular é máxima. Por isso é classificado como ​sopro mesosistólico​ de ejeção. 
A comunicação interatrial (CEA), é uma cardiopatia congênita caracterizada por uma abertura no ​septo 
interatrial​, que permite a passagem do sangue do átrio esquerdo (alta pressão) para o átrio direito (baixa 
pressão) 
A ausculta observa-se ​P2 hiperfonética e desdobrada (fixa), ​Sopro sistólico em foco pulmonar e em foco 
tricúspide. ​Sopro diastólico​ em foco tricúspide indica shunt de grande magnitude 
Comunicação interventricular (CIV) ​é uma abertura na parede (septo) que divide as duas câmaras inferiores 
do coração, conhecidas como ventrículos direito e esquerdo. O CIV é um defeito cardíaco congênito (presente 
no nascimento). VE P/ VD. 
A ausculta, observa-se um​ sopro sistólico

Continue navegando