Buscar

Cópia de Pesquisa Temática - 6° semestre_Liga_Mazé (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI
 COMUNICAÇÃO NO CONTEXTO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS
São Paulo
2019
DIANINE NUNES DA SILVA
KAUÃ MARTINS
LETÍCIA DA SILVA ZANOTELLI
LUIZA DE ALMEIDA TRIPOLONI
RHAINA FERNANDA GOMES DE ARAÚJO
 RUI BISMAQUE BASTOS BOMFIM
VITOR VIEGAS DOS SANTOS
COMUNICAÇÃO NO CONTEXTO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS
Trabalho apresentado como exigência parcial para a disciplina Práticas de Relações Públicas no terceiro setor, do curso Relações Públicas da Universidade Anhembi Morumbi, sob a orientação da Profa. Dra. Cecilia Peruzzo
 São Paulo
2019
SUMÁRIO
1. A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO
A comunicação foi desenvolvida de maneira intuitiva e é estudado diariamente quais são os impactos nas relações humanas. Através da comunicação é realizado o compartilhamento de ideias, informações, modos comportamentais e as outras diversidades de expressões dos seres. Por meio de pesquisas, já é possível afirmar os benefícios da comunicação para todos em sociedade, não excluindo os obstáculos que são enfrentados e rejeitando qualquer tipo de censura. Diálogos são realizados por vários meios, tantos tecnológicos quantos físicos. Um aspecto que impactou nas mudanças da comunicação foi a invenção da internet em 1969¹ em meio à guerra fria (1947 – 1991). Hoje já são inúmeros os modos de comunicação que dão suporte para o avanço da globalização. [1: Disponível em<https://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u34809.shtml>Acesso 15 de nov de 2019. ]
	Após a consciência humana da capacidade que as relações podem ter, quando unidas em prol dos mesmos interesses, grandes revoluções ocorreram. A opinião pública já foi estudada por diversos autores da área da comunicação, e um aspecto que todos compreendem é a força que ela possui diante das instituições públicas. Com os meios midiáticos, abriu-se espaço para a sociedade ter voz, e cada vez mais evoluímos nesse crescente, onde a comunicação da mídia não está concentrada apenas nas grandes empresas, e sim de maneira mais homogênea dentro do país. 
	Há necessidade de controle do enorme fluxo de informações que os veículos de comunicação transmitem, pois mesmo com os inúmeros benefícios da facilidade na troca de informações, pesquisas apontam os enormes números de divulgação das famosas “fake news”. O número de países que começaram campanhas de desinformação aumentou de 28 para 48 entre 2017 e 2018. Em 2019, o número chegou a 70², gerando impactos diretos na população e na política.[2: Disponível em<https://www.consumidormoderno.com.br/2019/10/01/estudo-compartilhamento-fake-news-redes-sociais/>Acesso 15 de nov de 2019.]
1.1 COMUNICAÇÃO PÚBLICA	Comment by Mazé Rosolino: ESTÁ CORRETO ABRIR UM ESPAÇO PARA A COMUNICAÇAO PUBLICA DESDE QUE TIVESSE A COMUNICAÇÃO POPULAR OU COMUNITÁRIA COMO CONTEUDO DO TITULO DO CAPÍTULO.AI SIM ABORDAR A COMUNICAÇÃO GOVOVERNAMENTAL FARIA SENTIDO. DO JEITO QUE ESTÁ ELA FICA DESCONTEXTUALIZADA.
A comunicação pública surge em meio a necessidade de o governo ter a obrigação de se manter transparente e sincero perante a sociedade, disponibilizando suas informações dos três poderes e economia. Pode ser entendida como aquela que é praticada em um espaço público democratizado, envolvendo todos os cidadãos, lembrando dos seus direitos civis, políticos e sociais.  
	Ao enfatizar o papel da comunicação pública, é importante a complexidade do tema, e suas características: 
Ela implica várias vertentes e significações, podendo-se entendê-la, basicamente, segundo estas quatro concepções básicas: comunicação estatal; comunicação da sociedade civil organizada que atua na esfera pública em defesa da coletividade; comunicação institucional dos órgãos públicos, para promoção de imagem, dos serviços e das realizações do governo; e comunicação política, com foco mais nos partidos políticos e nas eleições. (KUNSCH,2012 p. 17) 
	Considerando os quatro conceitos que Kunsch delimita com o intuito de compreender a comunicação pública, abordamos alguns aspectos específicos de cada conceito. A comunicação estatal está voltada para o relacionamento do Estado-nação com a sociedade. A comunicação da sociedade civil que luta pelos seus direitos como cidadãos, impulsionando o Estado por meio da opinião pública. Comunicação institucional dos órgãos públicos, que visam além da troca de informações com a sociedade, mas busca criar reputação, incluindo respeito e credibilidade perante aos civis.  Comunicação política, abordada de diversas maneiras, mas em suma a principal característica é auxílio na divulgação dos partidos políticos e movimentos pela luta de interesses. Concluindo as definições com este conceito, é amplo e envolve a comunicação de interesse pública, praticada por todos os setores e sociedade em geral. 
	É imprescindível que os órgãos públicos deem a oportunidade de os civis monitorarem e serem informados de todos as mudanças e ações internas, pois é um direito constitucional e moral da sociedade. E para isso é relevante entender a necessidade de ter uma comunicação estruturada, para auxiliar na facilidade da compreensão dos cidadãos, como a educá-los sobre a convivência e organização pública. 
1.2 A COMUNICAÇÃO NO CONTEXTO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS	Comment by Mazé Rosolino: 1.2 A COMUNICAÇÃO POPULAR OU COMUNITÁRIA (PERUZZO) . INICIA COM COMUNICAÇAO PÚBLICA
Dada a importância da comunicação, no terceiro setor também não é diferente. Seu papel de transferir significados de pessoas para pessoas é fundamental para atender as necessidades dos movimentos sociais, partindo de estratégias para se manter ativo com recursos e com perspectiva de durabilidade a longo prazo. Tais movimentos, agem como ramificações da sociedade criados para dar voz e a atender grupos que são socialmente prejudicados. 
Citação: Movimentos sociais populares são articulações da sociedade civil constituídas por segmentos da população que se reconhecem como portadores de direitos, mas que ainda não são efetivados na prática. Esses movimentos se organizam na própria dinâmica de ação e tendem a se institucionalizar como forma de consolidação e legitimação social. (Peruzzo, 2004 pg35) Não tenho certeza da página.
Peruzzo completa que esses movimentos ajudam essa parcela da sociedade a conseguirem que seus direitos sejam vistos e respeitados. Para isso, a comunicação tem uma atuação importante na construção de estratégias para dar dando volume a esses movimentos os fazendo crescer e atingir cada vez mais pessoas. Além disso, explica-se as articulações, pois sem elas os movimentos não poderiam se organizar de forma concreta e efetiva, mantendo-se vivos em meio a um cenário, estrutural, que os não beneficia. 
O contato é muito importante para que esses grupos entendam suas necessidades e partilhem do mesmo consenso para conseguirem iniciar algum tipo de mobilização popular de forma organizada e efetiva. A forma autônoma que os movimentos utilizam para comunicar e se comunicar, hoje, são muito eficazes e não necessariamente precisam da grande mídia. Com internet, redes sociais, blogs, sites entre outros meios facilitadores de comunicação que atingem um número significativo de pessoas os movimentos conseguem se articular adquirindo espaço e ganhando visibilidade.
Citação: A mídia praticamente não divulga o fenômeno do Fórum Social Mundial, nem as mobilizações internas nos países e os fóruns temáticos e regionais, e, quando o faz, trata-os de forma tão parcial e fragmentada, que impede a compreensão de forma integral. (Peruzzo, 2004 pg36)
	A Grande mídia não é muito positiva quando se trata de movimentos sociais e mobilizações sociais. Os movimentos no Brasil, são marginalizados e expostos como organizações de tumulto e bagunça, o que não é verídico. São feitos vários fóruns, reuniões, assembleias entre outras ações organizadas para tratar dos direitos da população, mas não é exposto assim paraa grande massa. Por meio da comunicação, os movimentos conseguem aparecer e mostrar a verdadeira proposta, explicar o porquê estão ali e o que precisam. Isso os permite ter uma melhor reputação e a chamar a atenção de organizações privamos que podem ajudar esses grupos de alguma forma mais rápida do que o estado. Explica-se que os movimentos optam pelo empoderamento do seu contexto utilizando seus próprios meios alternativos de comunicação.
HISTÓRIA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS NO BRASIL E SEU PAPEL NO TERCEIRO SETOR	Comment by Mazé Rosolino: AQUI SERIA O CAPITULO 1 E A COMUNICAÇÃO NO CONTEXTO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS? NÃO SE FAZ REFERENCIA ALGUMA SOBRE ESSE ASSUNTO.
	Movimento Social é a designação que se refere a um grupo de pessoas que busca combater conflito de interesses públicos, exclusão política, e luta em prol da democracia e defesa de classe, com propósito de enxergar mudanças na sociedade.
	O objetivo dos grupos atrelados aos movimentos sociais está associado a busca de representação política, refletindo um determinado interesse ou parcela da sociedade. Dessa forma sua função está sempre relacionada ao ato de produzir pressão ao setor político, de forma direta ou indireta.
 	No Brasil, dado o cenário político o conceito de movimento social tornou-se mais relevante durante o regime militar, momento em que a população estava insatisfeita com o atual governo de Jânio Quadros e seu vice João Goulart, por conta de transformações econômicas e sociais.
	Após este período de opressão os movimentos se expandiram e se intensificaram, auxiliando na formulação da nova república direcionada para o viés social e discutindo novos temas.
	Um histórico que inclui mais de vinte anos de regime autoritário, é justificativa para a imaturidade democrática existente em território brasileiro e a consequente falta de participação dos grupos sociais nos assuntos de interesse público, que por sua vez, contribui para uma performance sofrível no País na área social, no qual os índices de pobreza e corrupção tem sido elevado e o baixo índice de desenvolvimento humano.
	
1.4 RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS RELAÇÕES DAS INSTITUIÇÕES PRIVADAS COM O TERCEIRO SETOR	Comment by Mazé Rosolino: OK FICA ASSIM MESMO
	Muitas empresas privadas são incentivadas pelo Governo através de isenções fiscais e ajuda monetária para a criação de instituições ou apoio a empresas direcionadas ao terceiro setor. 
		O conceito de responsabilidade social dessa forma inclui-se dentro de uma gestão empresarial, que envolve a iniciativa privada com a área social. Algumas entidades aproveitam-se destas parcerias com instituições do terceiro setor para agregar a marca a instituições sociais com benfeitorias para ambas às partes, evidenciando sua imagem. 
	Ainda assim a responsabilidade social envolvendo o terceiro setor exige que haja o comprometimento para que dê fato surjam novas ideias, projetos, trabalhos e parcerias em prol de uma causa, ação ou mobilização. Para isso as empresas devem ter a promover essas práticas à sociedade.
	Segundo Solomon (1977) citado por Guimarães (2013, p. 30), a responsabilidade social vem num contexto de preocupação das empresas privadas com os meios em que está inserida.
“A responsabilidade social não é um fardo adicional sobre a empresa, mas uma parte integrante das suas preocupações essenciais, servir as necessidades e ser justo não apenas para com os seus investidores ou proprietários, mas também para com aqueles que trabalham, compram, vendem, vivem perto ou são de qualquer outro modo afectados pela actividades que são exigidas e recompensados pelo sistema de mercado livre” (SOLOMON, 1997 apud GUIMARÃES, 2013, p.30)
	Atualmente empresas colocam-se à disposição das entidades sociais recursos e estruturas a fim de aumentar a eficiência de projetos sociais. A participação direta das empresas nas comunidades acaba ampliando-se através das organizações sociais. Ao gerar impactos diretos na comunidade, a empresa encontra a possibilidade de desenvolver projetos com os quais se identifica e acredita, além de acompanhar o processo e mensurar resultados obtidos pelo mesmo. Ainda que, de fato, a responsabilidade social não esteja envolvida com resultados palpáveis, está diretamente relacionada a imagem, princípios, sustentabilidade, preocupação e bem-estar da social em geral, ou seja, são resultados intangíveis. 
1.5 RELAÇÕES PÚBLICAS DOS ÓRGÃOS DO GORVENO COM O TERCEIRO SETOR
Para que a relação entre a administração pública e o terceiro setor ocorra de forma correta, o relacionamento entre essas é mediado e conduzido pelas áreas de comunicação que estão presentes dentro das associações e do Governo. As estratégias neste cenário cumprem a função de compreender ou amenizar os problemas sociais. Essa mediação é realizada por profissionais de Relações Públicas, que auxiliam na visibilidade e reputação no terceiro setor. 
Na comunicação pública a principal função do profissional de comunicação, está relacionada a realização de negociações, acordos, mediação de conflitos, e melhorias das ações de interesse público em prol da imagem governamental.
Deste modo o profissional deve agir de forma que garanta a efetividade das ações realizadas de acordo com o planejamento, entendendo o ambiente social, consolidando a imagem de transparência e relacionamentos sustentáveis. Na comunicação governamental o Relações Públicas é quem cria canais de relacionamento com os públicos para que identifique sua necessidade e repasse ao governo, o qual possui a obrigação de executar as necessidades do povo. A abertura destes canais nesta esfera é fundamental para ouvir a sociedade e facilitar a participação popular.
“No que tange à comunicação dos órgãos públicos com o terceiro setor, a democracia, a transparência e uma metodologia de ação alicerçada em princípios que conduzam ao desenvolvimento “integral multifacetário e dialético”7 da pessoa se revestem de importância fundamental para a transformação social, o que reduziria os riscos de cooptação sempre presentes das relações com o Estado.” (PERUZZO, 2007, p.5).
As relações públicas governamentais ao se relacionarem com o terceiro setor, analisam os contrapontos entre as partes buscando uma aproximação para maior debate. Dessa forma atuam amenizando diferenças e de maneira participativas em ações e iniciativas de responsabilidade social entre os três setores.
1.6 ANÁLISE DAS ALIANÇAS INTERSETORIAIS 
	Para compreender a temática de alianças intersetoriais é importante entendermos a representatividade dos poderes de cada setor. O primeiro setor constituído pelo Poder Público, já o segundo setor composto pelas empresas privadas, e o terceiro setor formado por entidades sociais, igrejas, partidos políticos, e outras entidades sem fins lucrativos. As organizações da sociedade civil estão aprimorando as ações em parceria, contudo é importante aderir essa pratica adotando novos papéis sociais.
	No caso do governo, a afirmação fica clara, pois, seu papel precisa ser reinventado e estrategicamente pensando em benefício do bem-estar social, que esteja voltado para a formulação de políticas públicas e o engajamento de outros setores da sociedade na execução das políticas. 
	As alianças intersetoriais podem ser executadas em dois ou três setores para parcerias públicas e privadas, assim envolvendo sociedade civil, Estado e terceiro setor. Porém, segundo Austin, (apud FISCHER,2002, p.19-20), ‘’essas colaborações emergentes não são fáceis de serem gerenciadas e construídas. Apresentam desafios significantes para os parceiros’’. O mesmo autor assinala que ‘’a dificuldade é maior porque os três setores [...] têm relativamente menor experiência em estabelecer alianças solidas e estratégicas uns com os outros.’’ E ressalta ainda que ‘’o desenvolvimento sustentável e a democracia ressonante requerem não apenas setores vigorosos, mas também a capacidade de combinar as competências de cada setor para colaborações poderosas em prol do benefício social.’’
	Fischer (2002, p.159) afirma que‘’tanto as forças do contexto externo quanto as do contexto interno convergiram no sentido de estimular as organizações a se abrirem para um relacionamento corporativo que extrapola as finalidades de cada uma delas’’. 
	Portanto, é perceptível que há desgastes e conflitos no estabelecimento da relação de parceria entre os setores. Contudo, é viável explanar que apesar de todas as adversidades, a superação deve se tornar efetiva para que a ação social aconteça. E a superação se torna efetiva, pelos seguintes fatores: 
Reconhecimento do talento de cada setor
Entendimento de suas limitações setoriais
Respeitando sua própria cultura
Estabelecendo relação ética 
Construção da cidadania através da confiança
	 Atualmente é perceptível enxergar que as ações sociais desenvolvidas pelas empresas estão muitas vezes contempladas como missão, fazendo parte de sua cultura organizacional. Algumas empresas incentivam seus funcionários até disponibilizando horas de trabalho para eles atuarem voluntariamente ou mesmo oferecendo certificados, prêmios, bolsas de estudo como forma de valorização. Outras incentivam, mas não disponibilizam horários, porque o fato de atuar voluntariamente também deve ser visto como exercício de cidadania e de doação do indivíduo para sociedade.
	Além do incentivo ao trabalho voluntario, é possível identificar que há uma diversidade ações por parte das empresas, que vão de doações para entidade voltadas as mais diferentes causas até criação de fundações e institutos próprios, de ações dirigidas ao público interno até aquelas direcionadas à comunidade. 
	O governo desenvolve programas no âmbito federal, estadual, municipal, ligados à saúde, à educação, ao meio ambiente e outras temáticas com objetivos sociais. Como a relação entre os setores nem sempre ocorre de forma harmoniosa, é preciso que na aliança todos os envolvidos se sintam responsáveis em âmbito geral, visando o bem da causa social. Considerar que as barreiras na relação entre os setores, mas ter ciência que a parceria é essencial para o atendimento das necessidades, e no processo de construção social.
	Nas organizações de diversos setores, as Relações Públicas têm a responsabilidade de nortear a divulgação da ação social, transmitindo seriedade de propósitos, com uma postura ética, sem estardalhaços, de forma de garantir confiança àqueles que se ligam direta ou indiretamente à causa. É evidente que as Relações Públicas não se restringem a atuação operacional de divulgação, pois sua estratégia inclui assessoria às organizações na definição de sua própria política de responsabilidade social.
	Dissertar sobre alianças intersetoriais exige avaliação dos pontos fortes e fracos de cada setor, pois como abordamos, é fundamental reconhecer os aspectos limitantes de cada setor, em busca de pensamento estratégico limita-los ou neutraliza-los. 
	Em busca dos Direitos Humanos, o terceiro setor - constituído por organizações sem fins lucrativos que atuam na execução de atividades de utilidade pública para o desenvolvimento político, econômico, social e cultural - vem se desenvolvendo e conquistando um papel cada vez maior. 
	Como um agente de transformação, impulsiona o crescimento e o progresso da sociedade através do fortalecimento dos espaços de participação e na formulação de políticas públicas. Isso, graças à persistência de grupos sociais que trabalham incansavelmente pela criação de novos valores e atitudes, ações essas que conseguem reunir forças, motivar e impactar para assim iniciar novas reflexões. Por outro lado, ingerências e limitações políticas e de interesses, atrapalham a realização de trabalhos e a disseminação de algumas causas nobres e solidárias, que não ganham voz necessária e, portanto, não têm o alcance que merecem. “Os movimentos sociais brasileiros estão construindo algo de “novo” expressando interesses coletivos que trazem em seu interior um esforço pela autonomia e por um “quefazer” democrático, num novo espaço de ação política, e contribuindo assim, para a elaboração de outros valores.” Assim, os movimentos sociais – talvez o elemento do terceiro setor que melhor represente o debate por direitos - surgem para dar força à participação popular por meio da atuação voluntária em busca da reestruturação da identidade cultural. 
	O que tem tido como consequência bons resultados a partir de manifestações e pressões públicas, com seus vários pontos fortes: disponibilidade, perseverança, solidariedade, amor ao próximo, empatia, boa vontade, compaixão. Sem contar os objetivos de fortalecimento da democracia, conquista da cidadania e inclusão social. 
	É possível analisar que nas alianças intersetoriais estão presentes diversos obstáculos como as carências de recursos financeiros e materiais, gestão administrativa não profissionalizada, resistência à avaliação, falta de metas quantitativas e monitoramento de resultados e contratação de pessoas sem qualificação técnica para exercício de suas funções são alguns dos problemas. Muitos dos envolvidos não possuem formação para diagnosticar e programar um planejamento básico em que se possa trabalhar. Ou seja, alcançar a autonomia institucional, torna-se ainda mais difícil.
	Operar com uma equipe reduzida e instável também impede que um bom trabalho seja feito, e por consequência, um bom conteúdo seja produzido e disseminado para, dessa forma, a identidade e o propósito do movimento sejam explorados de maneira correta e efetiva. O uso restrito dos veículos de comunicação e a falta de um discurso forte e coerente também são um impeditivo importante já que atrapalham o impacto de um número maior de pessoas por esses grupos.
	A dificuldade de expandir o conteúdo, por exemplo, é gigantesca. Por isso, a participação e o comprometimento dos cidadãos são fundamentais nessa busca por melhorias. “Participar ou não de um processo de mobilização social é um ato de escolha”. Por isso se diz convocar, porque a participação é um ato de liberdade. As pessoas são chamadas, mas participar ou não é uma decisão de cada um. 
	“Essa decisão depende essencialmente das pessoas se verem ou não como responsáveis e como capazes de provocar e construir mudanças”. Sendo assim, a comunicação possui um papel importantíssimo para impactar e sensibilizar um número considerável de pessoas. Sem contar a tecnologia e os diversos meios e técnicas, que estão à disposição para ajudar na quebra da dificuldade de expansão.
 
1.6.1 As Relações Públicas e as alianças setoriais 
4
REFERÊNCIAS
MATOS, Heloiza. Comunicação pública: interlocuções, interlocutores e perspectivas. 2012 Disponível em < http://www3.eca.usp.br/biblioteca/publicacoes/e-book/comunica-o-p-blica-interlocu-es-interlocutores-e-perspectivas>. Acesso em 27 out. 2019. (p 17.) 
GUIMARÃES, M. N. A gestão e a construção de um ambiente de confiança para a tomada de decisão. (Dissertação. Trabalho Final de Mestrado Profissional Para obtenção do grau de Mestre em Teologia). São Leopoldo: EST/PPG, Escola Superior de Teologia, 2013. Disponível em:<http://dspace.est.edu.br:8080/xmlui/handle/BR-SlFE/430>. Acesso em: 24 out. 2019.
PERUZZO, Cecília M.K. Relações Públicas no Terceiro Setor: tipologia da comunicação e conceitos de público. São Paulo. 2007.
FISCHER, Rosa Maria. O desafio da colaboração; práticas de responsabilidade social entre empresas e terceiro setor. São Paulo: Gente, 2002
TORO, J. Bernardo; WERNECK, N.M.D. Mobilização social: um modo de construir a democracia e a participação. UNICEF- Brasil, 1996. Disponível em: <http://cedoc.fac.unb.br/images/docs/mobilizacao-social-bernardo-toro-e-nisia-maria-duarte-w erneck.pdf>
PERUZZO, Cecília M.KK. Comunicação nos movimentos populares: a participação na construção da cidadania. 3 eds. São Paulo: Vozes, 2004. 342 p. (p.148)

Outros materiais