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mastambém podem servir para repelir insetos predadores. Seja como for, essas cores influenciam nossos sentimentosnessa época doano. . 6 parte Ol.def iniçh s À esquerda:Enquantoa maior parte dos animais não possui nossavisãode todasas cores, aLguns insetos podem ver ultravioleta, uma parte doespectroeletromagnéticoque o oLho humanonão pode ver. Isso lhes permite perceber cores que nuncapoderemos exper imentar. Abaixo:A cor atende a diversos propósitos no reinoanimaL. A "coloração publicitária- atrai a atenção de parceiros potenciaisou de co labo rado res. como flores e abe lhas. A "coloração protetora- pe rmite que o animal se confunda com ofundo.algumas vezes auxiliado por "s e me lhança protetora": o bicho -fo lha, por e xemplo. mime tiza o amb iente tanto na cor como na forma . A "coloração protetora de advert ê ncia- atua como um sinal de " Mantenha distãncia!" para os predadores. de folhas afetam a maneira como a luz é dispersada: folhas ásperas cortam a luz com sombra; folhas lisas a refletem mais diretamen te. Ao con trário de uma pintura . um jardim atravessa um processo regular de mudanças . Até mesmo a hora do dia produz grande impacto. As flores se abrem e se fecham em horas diferentes. A luz do sol fica mais quente dura nte o dia e atravessa períodos de dramáticas mudanças de cor no nascer e no pôr-do-sol. alterando completamente a aparência e a atmosfera do jardim. Ge rtrude Je kyll (18·B- 1932), uma das maiores paisagistas britânicas, foi influenciada pelas idéias prevalentes sobre a teoria da cor. Ela estudara pintura . mas voltou-se para o desenho de jardins quando sua visão começou a falhar. (Embora a cor seja da maior importância, o jardim também empenha outros sentidos). Alguns de seus esquemas foram planejados para explorar nossa percepção da cor. De seus próprios jardins em Munstead \Yood, no Surrey, ela escreveu: "O Jardim Cinza é chamado assim porque a maior parte de suas plantas tem folhagem cinza... as flores são brancas, lilases, roxas e cor-de-rosa ... Talvez o Jard im Cinza tenh a sua melhor aparência se for alcançado por meio das divisas laranja. Aqui o olho fica cheio e saturado com a coloração vermelho fort e e amarelo. Isto [faz] com que o olho fique avidamente desejoso da cor complementar, assim... voltando-se repentinamente para olhar para o Jardim Cinza, o efeito é surpreendentemente - até espantosamente - luminoso e refrescante." capitulo 01 . o conblto d~ cor 17 SEIS! PROCURA OA COR Uma forma importante de compreender o conceito da linguagem da cor é c mpará-la com o modo pelo qual compreendemos outros idiomas.Todas as teorias da cor são, em algum sentido, teorias de linguagem,e o modo pelo qual "falamos", "ouvimos" ou "lemos" as ~ res nos diz bastante sobre nossa compreensão do mundo. foi at ribuído - por planejadores urbanos, místicos, decoradores de interi or, grupos religiosos e assim por diant e. Algumas vezes sabemos qual valor está send o invocado, em virtude do contexto. Ninguém interpreta um carro vermelho como um sinal para parar. N a realidade, o verme lho do carro tend e a impl icar velocidade e pode r. Se escrevo sobre um céu azul, você provavelmente verá uma imagem de céu em sua mente, e pode ter a expecrariva de que vou descrever uma cena feliz. M as se eu disser "ficou azul de raiva", desencadeia -se outra reação. As pessoas freqüentemente escolhem as cores em virtude de associações pessoais, enquanto ilustrado res, desenhistas e arquitetos normalmente não o fazem. Independente disso, aquele edifício é cinzento, ou prateado, ou cor- de-rosa por alguma razão; a cor da roupa daquela mulh er é preta por alguma razão, ou até mesmo muitas . Se você com preender quais são essas razões - e que combinações de signos estão envolvidas - seu próprio uso da cor se tornará mais sofisticado. A semiótica pretende ser um modo objetivo e científico de ver a lingu agem e, por meio dela, a cultura . Foi essencial à onda inicial do estruturalismo na filosofia européia, no início do século X:X, antes que suas grandes idéias des abassem no pós- estru turalismo e em seu disparatado colega de categoria, o pós-modern ism o. A figura mais importante do desenvolvimento da serni ótica - ou semiologia, como a denom inam os franceses - foi o lingüista suíço Ferdina nd de Saussure (1857- 1913), cujo trabalho , resumido no Curso de li1lgiiística geral,originou os conceitos-chave de sig1lo, significante e significado. A sign ificação era anteriormente considera da em term os de linguagem e objetos (as coisas a que a linguagem se referia). M as o que acontecia se a coisa não era um objeto, mas um sentimento, uma teoria ou uma cor? Saussure redefiniu a relação entre linguagem e objetos criando esse conceito do signo semiótico . Um significante pode ser uma palavra, uma sente nça, uma imagem, um som ou mesmo uma cor. O significado é o que quer que seja a que se refere o significante. Um signo é a combinação dos dois. Se peço a um amigo "encontre-me na min ha casa", "minha casa" é um significante e a minh a casa real é o significado. Eu poderia fazer um signo diferente comunicando o conceito de "minha casa" a meu amigo ficando em pé e apontando para ela ou desenhando-a num papel. Saussure nos diz que os signos são arb itrários. Nã o importa se você chama uma batata de "cebola". Não há nada intrinsicamente bararal a respeito da palavra batata . Se todas as partes que se comunicam concordarem com o sistema de signo s, elas se entende rão. Aplicando essa idéia à cor, se decidirmos que a signi ficação particular de uma cor (ver p. 2 0 ) é tão arbitrária quanto as letras que formam seu nome, começaremos a perceber que todos os valores contidos nas cores são meramente aqueles que lhes atr ibuímos . O sinal vermelbo do semáforo significa "pare" porque é isto que conco rdamos que sign ifica. Trata-se de uma compreensão muito diferen te das teorias propostas por tera peutas e psicólogos da c';,r (v,,·p. 4/J) , que acreditam que as cores carregam significados universais intrínsecos. Uma vez estabelecidos, os significados arbitrários das cores persistem . O verme lho "significa" simultaneamente tudo o que lhe - : re ta: Este sinalda mão significa ou " perf eito" na Américado e e na Grã· Bretanha, mas em ospaísesé umgestovuLgar. erpretaçãodascorestambém variar de culturaparacultura. exemplo. em muitos lugares do e o branco é corde lutoe tem . çõesnegativas, masparaos 5 daqueLa regiãorepresenta la e consciência maiselevada. -escuroé popular le algumas zes patrióticoInoOcidente. mas nta baixa casta na índia. e na tem conotações políticas é associadoaoKuomintang. - esq uerda: Usandopalavrasou . um sinal de trânsito precisa r mensage ns claramente em 5 tempo do que levaria para r e assimilar uma descrição de significado. Nessecontexto. as 5 têm conotações precisas: o Lhe dizoque fazer. overmeLho não fazer, o amarelo manda ar ate nção. capítulo 01. o contexto da cor 19 PSICoLO GIA DA COR Como as cores nos fazem sentir? Sabemos que elas podem afetar nossas emoções,mas a questão é se isso ocorre puramente como resultado dos significados levados pe os signos,ou se há uma ligação mais profunda entre cores e estados mentais.As cores podem os estimular,não por provocar uma associação,mas atuando dire tamente em algum aspecto de ossos corpos ou cérebros? A maior parte dos cientistas suge riria que mesmo respostas emocionais ou subconscientes à cor têm alguma base na associação ling üfsrica. .\Ia outros defen dem que certos signi ficados "naturais" da co r exis tem , e nos afetam independentemente de condicionamento social e cultural. O psicanalista Ca rlJung (18i5- 1961), numa frase famosa, afirmo u que "as cores são a língua nativa do subconsciente". Enquant o os símbo los da co r podem diferir entre culturas e religiões, como vimos, muitos sig nificados da