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U1psicologia aplicada a saúde 1

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Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
PSICOLOGIA APLICADA À 
SAÚDE 
Sou Flávia Andressa Farnocchi Marucci, psicóloga formada pela 
Universidade Federal de São Carlos. Possuo Mestrado em Psicologia 
pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São 
Paulo (USP) e Especialização em Psicologia Hospitalar pelo Conselho 
Federal de Psicologia. Atualmente, atuo como psicóloga assistente 
do Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento 
do Hospital das Clínicas (HCFMRP-USP), preceptora do Programa 
de Aprimoramento Profissional em Psicologia Clínica e Hospitalar e 
supervisora do Programa de Residência Multiprofissional (HCFMRP-
USP). Possuo experiência em Psicologia da Saúde e Análise do 
comportamento.
E-mail: flaviamarucci@gmail.com 
Claretiano – Centro Universitário
Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000
cead@claretiano.edu.br
Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006
www.claretianobt.com.br
Flávia Andressa Farnocchi Marucci 
Batatais
Claretiano
2015
PSICOLOGIA APLICADA À 
SAÚDE 
© Ação Educacional Claretiana, 2015 – Batatais (SP)
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer forma 
e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na web), ou o 
arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do autor e da Ação 
Educacional Claretiana.
CORPO TÉCNICO EDITORIAL DO MATERIAL DIDÁTICO MEDIACIONAL
Coordenador de Material Didático Mediacional: J. Alves
Preparação: Aline de Fátima Guedes • Camila Maria Nardi Matos • Carolina de Andrade Baviera • Cátia 
Aparecida Ribeiro • Dandara Louise Vieira Matavelli • Elaine Aparecida de Lima Moraes • Josiane Marchiori 
Martins • Lidiane Maria Magalini • Luciana A. Mani Adami • Luciana dos Santos Sançana de Melo • Patrícia 
Alves Veronez Montera • Raquel Baptista Meneses Frata • Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli • Simone 
Rodrigues de Oliveira
Revisão: Cecília Beatriz Alves Teixeira • Eduardo Henrique Marinheiro • Felipe Aleixo • Filipi Andrade de Deus 
Silveira • Juliana Biggi • Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz • Rafael Antonio Morotti • Rodrigo Ferreira Daverni 
• Sônia Galindo Melo • Talita Cristina Bartolomeu • Vanessa Vergani Machado
Projeto gráfico, diagramação e capa: Bruno do Carmo Bulgareli • Eduardo de Oliveira Azevedo • Joice Cristina 
Micai • Lúcia Maria de Sousa Ferrão • Luis Antônio Guimarães Toloi • Raphael Fantacini de Oliveira • Tamires 
Botta Murakami de Souza 
Videoaula: Fernanda Ferreira Alves • José Lucas Viccari de Oliveira • Marilene Baviera • Renan de Omote 
Cardoso
Bibliotecária: Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11
DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
INFORMAÇÕES GERAIS
Cursos: Graduação
Título: Psicologia Aplicada à Saúde 
Versão: dez./2015
Formato: 15x21 cm
Páginas: 122 páginas
 
616.0019 M353p 
 
 Marucci, Flávia Andressa Farnocchi 
 Psicologia aplicada à saúde / Flávia Andressa Farnocchi Marucci – Batatais, 
 SP : Claretiano, 2015. 
 122 p. 
 
 ISBN: 978-85-8377-418-1 
 1. Psicologia da saúde. 2. Processo saúde-doença. 3. Modelo biopsicossocial. 
 4. Enfrentamento. 5. Interdisciplinariedade. I. Psicologia aplicada à saúde. 
 
 
 
 
 
 CDD 616.0019 
SUMÁRIO
CONTEúDO INTRODUTóRIO
1. GLOSSáRIO DE CONCEITOS ............................................................................ 11
2. EsquEma dos ConCEitos-ChavE ............................................................... 16
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRáFICAS ..................................................................... 17
4. E-REFERÊnCia .................................................................................................. 18
unidadE 1 – FUNDAMENTOS DA PSICOLOGIA DA SAúDE 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 21
2. CONTEúDO BáSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 21
2.1. A CIÊNCIA PSICOLóGICA ........................................................................ 21
2.2. AS PRINCIPAIS TEORIAS PSICOLóGICAS ............................................... 24
2.3. A PSICOLOGIA DA SAúDE ....................................................................... 33
3. CONTEúDOS DIGITAIS INTEGRADORES ......................................................... 44
3.1. PSICOLOGIA DA SAúDE ........................................................................... 44
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 45
5. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 47
6. E-REFERÊnCias ................................................................................................ 47
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRáFICAS ..................................................................... 48
unidadE 2 – VARIáVEIS PSICOLóGICAS NA DETERMINAÇÃO DA 
SAúDE
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 51
2. CONTEúDO BáSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 52
2.1. SAúDE E COMPORTAMENTO ................................................................. 52
2.2. PREVENÇÃO DE DOENÇAS ..................................................................... 56
2.3. ADESÃO AO TRATAMENTO ..................................................................... 60
2.4. TEORIAS DE COMPORTAMENTO E SAúDE ........................................... 63
2.5. PERSONALIDADE E SAúDE ..................................................................... 67
3. CONTEúDOS DIGITAIS INTEGRADORES ......................................................... 69
3.1. SAúDE E COMPORTAMENTO ................................................................. 69
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 70
5. E-REFERÊnCias ................................................................................................ 73
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRáFICAS ..................................................................... 73
unidadE 3 – ESTRESSE E DOENÇA 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 77
2. CONTEúDO BáSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 77
2.1. ESTRESSE ................................................................................................. 77
2.2. MODELOS DE ESTRESSE E DOENÇA ...................................................... 85
2.3. ENFRENTAMENTO .................................................................................. 87
2.4. ESTRESSE RELACIONADO COM O TRABALHO ...................................... 92
3. CONTEúDOS DIGITAIS INTEGRADORES ......................................................... 96
3.1. ESTRESSE E ENFRENTAMENTO ............................................................... 96
3.2. ESTRESSE NO PROFISSIONAL DE SAúDE ............................................... 97
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 97
5. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 99
6. E-REFERÊnCia .................................................................................................. 100
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRáFICAS .....................................................................100
unidadE 4 – RElação EquipE intERdisCiplinaR-paCiEntE
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 103
2. CONTEúDO BáSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 104
2.1. O TRABALHO EM EQUIPES DE SAúDE ................................................... 104
2.2. RELAÇÃO PROFISSIONAL DE SAúDE E PACIENTE ................................. 109
2.3. VARIáVEIS QUE ATUAM NA PROMOÇÃO DE SAúDE ............................ 113
3. CONTEúDOS DIGITAIS INTEGRADORES ......................................................... 118
3.1. RELAÇÃO EQUIPE DE SAúDE E PACIENTE ............................................. 118
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 119
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 121
6. E-REFERÊnCias ................................................................................................ 122
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRáFICAS ..................................................................... 122
7
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
Conteúdo 
Fundamentos da Psicologia da Saúde. Fatores evolutivos 
e saúde. História de vida na determinação da saúde/doença. 
Variáveis psicossociais do tratamento. Estresse e doença: me-
canismos fisiológicos e enfrentamento. Adoecimento no traba-
lho. Psicossomática. Relação equipe interdisciplinar-paciente.
Bibliografia Básica
BOCK, A. M. B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. L. T. Psicologias: uma introdução ao estudo 
de Psicologia. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 1999.
DAVIDOFF, L. Introdução à psicologia. 3. ed. São Paulo: Makron Books, 2001.
FRIEDMAN, H.; SCHUSTACK, M. W. Teorias da personalidade. São Paulo: Harbra, 1996.
Bibliografia Complementar
DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Porto 
Alegre: Artmed, 2000.
DALLY, P.; HARRINGTON, H. Psicologia e psiquiatria na enfermagem. São Paulo: EPU, 
1996.
FIGLIE, N. B.; BORDIN S.; LARENJEIRA, R. Aconselhamento em dependência química. 
São Paulo: Roca, 2010.
HOLMES, D. Psicologia dos transtornos mentais. 2. ed. Tradução de Sandra Costa. 
Porto Alegre: 1997.
MELLO FILHO, J. Psicossomática hoje. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
ORLANDO, I. J. O relacionamento dinâmico enfermeiro-paciente. São Paulo: EPU, 1997. 
8 © PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
É importante saber: ––––––––––––––––––––––––––––––––
Esta obra está dividida, para fins didáticos, em duas partes:
Conteúdo Básico de Referência (CBR): é o referencial teórico e prático que 
deverá ser assimilado para aquisição das competências, habilidades e atitudes 
necessárias à prática profissional. Portanto, no CBR, estão condensados os 
principais conceitos, os princípios, os postulados, as teses, as regras, os 
procedimentos e o fundamento ontológico (o que é?) e etiológico (qual sua 
origem?) referentes a um campo de saber.
Conteúdo Digital Integrador (CDI): são conteúdos preexistentes, previamente 
selecionados nas Bibliotecas Virtuais Universitárias conveniadas ou 
disponibilizados em sites acadêmicos confiáveis. São chamados “Conteúdos 
Digitais Integradores” porque são imprescindíveis para o aprofundamento do 
Conteúdo Básico de Referência. Juntos, não apenas privilegiam a convergência 
de mídias (vídeos complementares) e a leitura de “navegação” (hipertexto), 
como também garantem a abrangência, a densidade e a profundidade dos 
temas estudados. Portanto, são conteúdos de estudo obrigatórios, para efeito 
de avaliação. 
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
9© PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
 1. INTRODUÇÃO
Seja bem-vindo ao estudo de Psicologia Aplicada à Saúde 
na modalidade a distância. Neste conteúdo, apresentaremos uma 
introdução ao estudo da Psicologia da Saúde, dando ênfase à sua 
aplicabilidade aos profissionais de saúde que lidam diariamente 
com pacientes, e que exercem, portanto, um papel importante 
no estabelecimento de relações interpessoais que sejam capazes 
de promover saúde e qualidade de vida. 
Talvez você possa estar se perguntando: Por que estudar 
psicologia? Porque a prática dos profissionais que lidam com a 
saúde está intimamente relacionada ao cuidado e relacionamento 
com o paciente, e, logo, compreendê-lo pode facilitar seu 
trabalho, como também melhorar a sua qualidade de vida. Além 
disso, a compreensão do que é saúde hoje destaca que, além 
de fatores biológicos e sociais, ela é determinada, também, por 
fatores psicológicos, que estudaremos também nesta obra. 
Apesar de as áreas que lidam com a saúde já terem 
desenvolvido seu próprio corpo de conhecimento, o diálogo 
com outras ciências pode promover a compreensão de outros 
fenômenos e abrir novas possibilidades. No último século, a 
Psicologia vem dialogando com as ciências da saúde, a fim de 
ampliar a visão do ser humano, considerando-o para além de seu 
corpo biológico. 
A Psicologia pode auxiliar na reflexão sobre o processo 
saúde-doença, na compreensão do homem como ser integral, 
na discussão sobre os limites da atuação profissional e na 
problematização de discursos científico-hegemônicos, buscando 
a construção de uma relação de vínculo profissional-paciente 
que gere novos discursos e, com isso, construa novas práticas 
profissionais e de saúde. 
10 © PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
A Psicologia Aplicada à Saúde tem como objetivo 
apresentar como a psicologia compreende o ser humano e 
sua relação com os processos de saúde e doença; possibilitar 
a compreensão das variáveis que interferem na formação de 
sintomas e nos comportamentos de saúde; e abrir espaço para a 
discussão da relação entre o profissional de saúde e o paciente. 
Para isso, dividimos o conteúdo em quatro unidades de estudo.
Na Unidade 1, você será apresentado à ciência da psicologia 
e conhecerá algumas das abordagens teóricas mais importantes, 
o behaviorismo, a gestalt e a psicanálise. Esta breve introdução 
servirá de base para a compreensão da psicologia da saúde, 
que será discutida com maior detalhamento. Ainda nesta 
unidade, será discutido o conceito de saúde, segundo alguns 
modelos históricos e de acordo com o modelo biopsicossocial. 
Também serão apresentados os fatores que contribuíram para 
o surgimento de uma psicologia da saúde e as perspectivas de 
trabalho e pesquisa neste campo. 
Na Unidade 2, vamos nos dedicar ao estudo das variáveis 
psicológicas e comportamentais que podem influenciar e 
determinar a saúde do indivíduo. Discutiremos como padrões 
de comportamento podem trazer benefícios e prejuízos à saúde 
e a diferença entre prevenção primária, secundária e terciária. 
Também será apresentado o conceito de adesão ao tratamento 
e os fatores que interferem neste comportamento. Estudaremos 
sobre o modelo trasteórico, que descreve 5 estágios de prontidão 
para mudança e a associação entre alguns tipos de personalidade 
e o surgimento de doenças.
O próximo tema a ser estudado será o mecanismo 
fisiológico do estresse e as estratégias de enfrentamento. Este 
assunto será abordado na Unidade 3, que pretende apresentar 
11© PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
os modelos de interação entre estresse e saúde, os efeitos do 
estresse no organismo, e os estilos de enfrentamento (focado 
na emoção ou nos problemas). Também será discutido sobre 
o estresse relacionado ao trabalho e Síndrome de Burnout em 
profissionais de saúde.
Em nossa última unidade, o assunto principal será a 
relação do profissional de saúde com o paciente. Para isso, serão 
apresentados os conceitos de equipes inter, multi e transdiciplinar 
em saúde. Abordaremos variáveis facilitadoras da construção de 
uma relação de ajuda com o paciente e sobre a importância daempatia, da autonomia, da informação, do suporte social e da 
espiritualidade na promoção de saúde. 
Então, preparados? Vamos começar! 
1. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS
O Glossário de Conceitos permite uma consulta rápida 
e precisa das definições conceituais, possibilitando um bom 
domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de 
conhecimento dos temas tratados.
1) Adesão ao tratamento: disposição do paciente a seguir 
o regime de tratamento receitado e conseguir fazê-lo. 
2) Autonomia: independência, liberdade ou autossufi-
ciência. Capacidade de gerenciar a própria vida.
3) Behaviorismo: teoria psicológica que considera o 
comportamento como objeto de estudo da psicologia. 
Nesta abordagem, o comportamento é compreendido 
na interação entre o organismo e o ambiente. 
12 © PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
4) Biofeedback: sistema que proporciona informações 
auditivas ou visíveis com relação a estados fisiológicos 
involuntários. 
5) Modelo Biopsicossocial: forma de compreender a 
saúde como sendo determinada por compomentes 
biológicos, psicológicos e sociais.
6) Comunicação médico e paciente: interação social 
entre equipe de saúde e paciente na qual há trocas de 
informação. 
7) Comportamento: interação do indivíduo com o seu 
ambiente.
8) Contexto biológico: são os aspectos do nosso corpo que 
influenciam a saúde e a doença: nossa conformação 
genética e nosso sistema nervoso, imunológico e 
endócrino.
9) Contexto psicológico: fatores psicológicos como o 
pensamento, a percepção, a motivação, a emoção, 
a aprendizagem, a atenção, a memória, os quais 
acarretam implicações para a saúde.
10) Contexto social: a forma como nos relacionamos com 
os outros e com o nosso ambiente também influencia 
em nossa saúde.
11) Desamparo aprendido: resignação passiva e desani-
mada de uma pessoa diante do estresse persistente e 
incontrolável.
12) Despersonalização: refere-se à perda de idealismo no 
local de trabalho, desencadeando atitudes negativas 
para com aqueles que recebem o serviço ou a atenção 
do empregado.
13© PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
13) Doenças crônicas: é uma doença que persiste por 
períodos superiores a seis meses e não se resolve em 
um curto espaço de tempo.
14) Empatia: é a capacidade de compreender a emoção do outro. 
É uma resposta afetiva apropriada à situação de outra 
pessoa, e não à sua própria situação. Capacidade de 
compreender a perspectiva psicológica das outras 
pessoas e experimentar reações emocionais por meio 
da observação da experiência alheia.
15) Enfrentamento: conjunto de estratégias, cognitivas 
e comportamentais, utilizadas pelos indivíduos para 
lidar com uma ameaça iminente. Este se processa 
mediante a mobilização de recursos naturais, com fins 
de administração de situações estressoras, consistindo 
de interação entre o organismo e o ambiente.
16) Enfrentamento focalizado na emoção: estratégia de 
enfrentamento em que a pessoa tenta controlar a 
resposta emocional ao estressor.
17) Enfrentamento focalizado no problema: estratégia 
de enfrentamento para lidar diretamente com o 
estressor, na qual são reduzidas as demandas do 
estressor ou aumentados os recursos para atender a 
essas demandas.
18) Equipe interdisciplinar: consiste no estabelecimento 
de associação intencional de duas ou mais áreas do 
saber, para alcançar um conhecimento mais amplo e 
diversificado.
19) Equipe multidisciplinar: são equipes formadas por 
vários profissionais de diferentes áreas, que buscam 
abranger os diferentes aspectos de uma mesma 
14 © PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
situação, sem haver uma relação entre si, cada um 
dentro de seu saber.
20) Equipe transdiciplinar: é a justaposição de diversas 
disciplinas para descrever uma nova forma de 
compreender os fenômenos.
21) Estresse: processo pelo qual percebemos e responde-
mos a eventos, chamados de estressores, que são per-
cebidos como danosos, ameaçadores ou desafiadores.
22) Esgotamento: estado de exaustão física e psicológica 
relacionada com o trabalho.
23) Exaustão: refere-se a sentimentos de ter seus recursos 
emocionais esgotados, com a correspondente perda 
de energia e sentimentos de fadiga.
24) Modelo biomédico: visão dominate no século 20, que 
sustenta que a doença sempre tem uma causa física. 
25) Modelo transteórico: teoria de estágios muito utilizada, 
sustenta que as pessoas passam por cinco estágios 
quando tentam mudar comportamentos relacionados 
com a saúde – pré-contemplação, contemplação, 
preparação, ação e manutenção. 
26) Mortalidade: morte; como medida de saúde, número 
de mortes devido a uma causa específica em determi-
nado grupo em certo momento. 
27) Personalidade: é o conjunto de características psicoló-
gicas que determinam os padrões de comportamento, 
de pensar e de sentir. 
28) Prevenção primária: esforços em favor da saúde para 
prevenir que doenças ou ferimentos ocorram.
15© PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
29) Prevenção secundária: ações adotadas para identificar 
e tratar a doença no estágio inicial.
30) Prevenção terciária: ações adotadas para conter os 
danos, uma vez que a doença progrediu além de seus 
estágios iniciais.
31) Prontidão para mudança: presença de motivação para 
realizar a modificação de um hábito ou comportamento.
32) Psicanálise: teoria psicológica desenvolvida por Freud 
que tem como objeto de estudo o inconsciente.
33) Psiconeuroimunologia: campo de pesquisa que 
enfatiza a interação entre processos psicológicos, 
neurais e imunológicos no estresse e na doença.
34) Psicossomática: ramo da medicina concentrado no 
diagnóstico e tratamento de doenças físicas causadas 
por processos psicológicos deficientes. 
35) Resiliência: qualidade de certas pessoas de se 
recuperarem de estressores ambientais. 
36) Síndrome de burnout: ou síndrome do esgotamento 
profissional, um distúrbio psíquico que tem como 
características o estado de tensão emocional e de 
estresse crônicos, provocados por condições de trabalho 
físicas, emocionais e psicológicas desgastantes.
37) Subjetividade: é composta de ideias, significados e 
emoções construídos pelo sujeito por meio de suas 
relações sociais, de suas vivências e de sua constituição 
biológica. É fonte de suas manifestações afetivas e 
comportamentais.
38) Suporte social: apoio de outras pessoas que transmite 
preocupação emocinal e auxílio material.
16 © PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
2. EsquEma dos ConCEitos-ChavE
Como você pode observar, o Esquema a seguir possibilita 
uma visão geral dos conceitos mais importantes deste estudo. 
Ao segui-lo, você poderá transitar entre um e outro conceito 
e descobrir o caminho para construir o seu conhecimento. 
Por exemplo, a psicologia aplicada à saúde tem como objetivo 
a compreensão dos determinates de saúde e doença. Nesse 
sentido, existem fatores que estão amplamente associados 
à promoção e à melhora da saúde, como o estabelecimento 
de uma relação de ajuda com o profissional de saúde, ter 
autonomia, empatia e informação, a presença de suporte social 
adequado e a espiritualidade. Em contrapartida, há inúmeras 
variáveis psicológicas que estão associadas ao aparecimento de 
doenças. Podemos categorizá-las como o efeito do estresse em 
nosso organismo e o efeito de padrões de comportamento não 
saudáveis. 
Entretanto, com o uso de estratégias de enfrentamento 
diante do estresse, podemos minimizar os seus efeitos 
prejudiciais. Da mesma forma, intervenções comportamentais 
podem modificar estilos de vida não saudáveis. Assim, podemos 
perceber que a determinação da saúde e da doença é passível de 
mudança e não se trata de uma condição estática. 
17© PSICOLOGIA APLICADA À SAúDE 
CONTEúDOINTRODUTóRIO
Figura 1 Esquema de Conceitos-chave de Psicologia Aplicada à Saúde.
3. REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOCK, A M. B.; FURTADO, O; TEIXEIRA, M. L. T. Psicologias: uma introdução ao estudo 
de Psicologia. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 1999.
MIYAZAKI, M. C.; DOMINGOS, N. A. M.; CABALLO, V. E. ; VALERIO, N. I. Psicologia 
da Saúde – intervenções em hospitais públicos. In: RANGÉ, B. (Org.). Psicoterapias 
cognitivo-comportamentais. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011. 
STRAUB, R. O. Psicologia da Saúde. Porto Alegre: Artes Médicas, 2005. 
18 © PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
4. E-REFERÊnCia
DICIONáRIO DE SIGNIFICADOS. Homepage. Disponível em: <http://www.significados.
com.br/>. Acesso em: 24 jul. 2015. 
19
UNIDADE 1
FUNDAMENTOS DA PSICOLOGIA DA 
SAÚDE 
Objetivos
•	 Compreender a psicologia como ciência.
•	 Analisar as principais abordagens teóricas da psicologia.
•	 Interpretar saúde em uma perspectiva biopsicossocial. 
•	 Analisar os fundamentos da psicologia da saúde e 
sua contribuição para a compreensão do processo 
saúde-doença. 
Conteúdos
•	 Fundamentos da Psicologia da Saúde.
•	 Psicossomática.
Orientações para o estudo da unidade
Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações 
a seguir:
1) Esta unidade compreende o estudo da psicologia 
da saúde. Os conceitos descritos a seguir serão 
fundamentais para a compreensão dos demais 
conteúdos abordados no restante da obra. 
20 © PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
UNIDADE 1 – FUNDAmENtos DA PsIcologIA DA sAúDE 
2) Nesta unidade serão apresentadas apenas algumas das 
abordagens teóricas da Psicologia; existem outras além 
das que serão citadas aqui, mas que não abordaremos 
por não ser este o objetivo de nosso estudo. Portanto, 
é importante que você pesquise e busque sempre por 
novos conhecimentos. 
3) Não deixe de recorrer aos materiais complementares 
descritos nos Conteúdos Digitais Integradores. 
21© PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
UNIDADE 1 – FUNDAmENtos DA PsIcologIA DA sAúDE 
1. INTRODUÇÃO
Nesta primeira unidade, iniciaremos o estudo da Psicologia 
da Saúde, que é o ramo da Psicologia que se destina a pesquisar 
e explicar os processos de saúde e doença. No entanto, antes 
de nos aprofundarmos nesta área específica da Psicologia, 
precisamos conhecer um pouco melhor essa ciência. 
Para isso, iniciaremos nosso estudo com uma introdução à 
Psicologia como ciência e seu objeto de estudo, além de algumas 
das principais abordagens teóricas. 
Você vai observar que o conceito de saúde se modificou 
consideravelmente nos últimos anos, e isso está estreitamente 
relacionado com o surgimento da Psicologia da Saúde. Nosso 
principal objetivo aqui é demonstrar que os aspectos psicológicos, 
assim como os biológicos e sociais, têm grande influência na 
determinação da saúde e da qualidade de vida. 
2. CONTEúDO BÁSICO DE REFERêNCIA
O Conteúdo Básico de Referência apresenta de forma 
sucinta os temas abordados nesta unidade. Para sua compreensão 
integral, é necessário o aprofundamento pelo estudo dos 
Conteúdos Digitais Integradores.
2.1. A CiênCiA PsiCológiCA 
O termo psicologia é utilizado em nosso cotidiano 
com sentidos diversos. Por exemplo, quando dizemos que 
determinada pessoa tem poder de persuasão ou convencimento, 
muitas vezes, falamos que ela utilizou "psicologia" para 
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UNIDADE 1 – FUNDAmENtos DA PsIcologIA DA sAúDE 
conseguir convencer. Ou quando encontramos alguém que 
nos faça sentir compreendidos ou que nos dê bons conselhos, 
muitas vezes, dizemos que tem “psicologia”. Essa psicologia, 
usada no cotidiano pelas pessoas em geral, é denominada de 
psicologia do senso comum. Trata-se do conhecimento que as 
pessoas tem, normalmente de forma superficial, da psicologia 
enquanto ciência, o que lhes permite explicar ou compreender 
seus problemas cotidianos de um ponto de vista psicológico. 
No entanto, vamos nos concentrar na Psicologia Científica.
Para denominarmos de “científico” um conjunto de 
conhecimento, é necessário que este tenha um objeto de 
estudo específico, uma linguagem rigorosa, métodos e 
técnicas específicos, processo cumulativo do conhecimento e 
objetividade (BOCK et al., 1999). É isso que faz da ciência uma 
forma de conhecimento que supera em muito o conhecimento 
espontâneo do senso comum. A Psicologia enquanto ciência é 
relativamente jovem, seu início é datado no final do século 19, 
embora já existisse há muito tempo na Filosofia, como uma 
preocupação e necessidade de compreensão do ser humano. 
Por ser uma ciência muito nova, a Psicologia não teve 
tempo ainda de apresentar teorias definitivas, o que faz com que 
ela seja caracterizada por uma diversidade de objetos de estudo. 
Contudo, essa diversidade de objetos se justifica pelo fato de 
os fenômenos psicológicos serem tão diversos e complexos, 
que não podem ser acessíveis ao mesmo nível de observação 
e, portanto, não podem ser sujeitos aos mesmos padrões de 
descrição, medida, controle e interpretação (BOCK et al., 1999; 
FIGUEIREDO; SANTI, 2004). 
A Psicologia é um ramo das Ciências Humanas, e, portanto, 
tudo que diz respeito ao homem poderia ser seu objeto de 
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unidadE 1 – FundamEntos da psiColoGia da saÚdE 
estudo, tal como o seu comportamento, a sua consciência ou 
a sua cognição. Isso nos permite dizer que talvez não exista 
apenas uma ciência psicológica, mas várias psicologias em 
desenvolvimento (BOCK et al., 1999). Tal assunto ficará mais claro 
no próximo tópico desta unidade, no qual estudaremos algumas 
das teorias psicológicas mais importantes, e, provavelmente, você 
perceberá que a compreensão do ser humano é estabelecida de 
forma distinta dentro de cada teoria. 
De forma geral, podemos dizer que a matéria-prima da 
psicologia é o homem, o humano em todas as suas expressões, 
as visíveis (comportamento) e as invisíveis (sentimentos), as 
singulares (porque somos o que somos) e as genéricas (porque 
somos todos assim) (FIGUEIREDO; SANTI, 2004). E tudo isso pode 
ser compreendido no termo subjetividade:
A subjetividade é formada de ideias, significados e 
emoções construídos pelo sujeito segundo as relações sociais, 
de suas vivências e de sua constituição biológica, é fonte de suas 
manifestações afetivas e comportamentais (BOCK et al., 1999).
Em resumo, a subjetividade é a maneira de sentir, pensar 
e fazer de cada um; é o que constitui o nosso modo de ser. 
Entretanto, a síntese que a subjetividade representa não é inata 
ao indivíduo; ela é construída a partir do contato com o mundo 
social e cultural, ou seja, das relações que o sujeito estabelece 
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UNIDADE 1 – FUNDAmENtos DA PsIcologIA DA sAúDE 
com o seu ambiente. Assim, com o estudo da subjetividade, a 
Psicologia contribui para a compreensão da totalidade da vida 
humana (FIGUEIREDO; SANTI, 2004).
2.2. As PrinCiPAis teoriAs PsiCológiCAs 
Como já foi mencionado, a Psicologia é composta 
por diferentes teorias que buscaram, ao longo de seu 
desenvolvimento, compreender e explicar a conduta humana. 
Essas abordagens psicológicas foram influenciadas por escolas 
filosóficas e movimentos científicos que direcionaram a forma 
de pensar o mundo na época de sua criação. 
As teorias da Psicologia mais importantes são: o 
Behaviorismo; a Gestalt; e a Psicanálise. Para facilitar sua 
compreensão, serão apresentadas as principais características 
de cada uma delas.
Behaviorismo 
O termo “behaviorismo” foi inaugurado pelo americano 
John B.Watson em 1913. No entanto, foi baseado nos estudos 
de Skinner (1945) que o behaviorismo ganhou grande destaque 
e se tornou uma das abordagens psicológicas mais utilizadas em 
vários países. Skinner cunhou o termo “behaviorismo radical” 
para designar a filosofiada ciência do comportamento. O termo 
inglês “behavior” significa “comportamento” e, por isso, o 
behaviorismo também é chamado de Teoria Comportamental, 
Análise Experimental do Comportamento ou Análise do 
Comportamento (FIGUEIREDO; SANTI, 2004).
Para o behaviorismo, o objeto de estudo da Psicologia é o 
comportamento. Contudo, o comportamento não é entendido 
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unidadE 1 – FundamEntos da psiColoGia da saÚdE 
como uma ação isolada, mas sim como uma interação entre 
o organismo e o seu ambiente. Ou seja, comportamento é a 
interação entre as ações do indivíduo (respostas) e o ambiente 
que o cerca (estímulos) (MOREIRA; MEDEIROS, 2007).
A Análise do Comportamento descreve dois tipos: o 
comportamento respondente e o operante. O primeiro é 
caracterizado por respostas do organismo que são eliciadas 
(produzidas) por estímulos do ambiente. São interações do 
tipo estímulo-resposta, nas quais certos eventos ambientais 
confiavelmente eliciam certas respostas do organismo que 
independem de aprendizagem (MOREIRA; MEDEIROS, 2007). 
Por exemplo, quando alguma luz forte incide em nossos olhos, 
nossas pupilas são contraídas imediatamente, ou quando 
entramos em um ambiente muito quente, começamos a 
transpirar excessivamente.
Nosso organismo já nasce com alguns comportamentos 
respondentes, por isso, dizemos que as respostas reflexas são 
instintivos. Esses comportamentos têm um importante valor 
de sobrevivência, pois são a preparação mínima do indivíduo 
para reagir aos estímulos ambientais, tais como o reflexo de 
sucção na amamentação, o reflexo de retirar a mão diante de um 
estímulo doloroso, entre outros (BOCK et al., 1999). No entanto, 
aprendemos novas relações de estímulo resposta ao longo de 
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UNIDADE 1 – FUNDAmENtos DA PsIcologIA DA sAúDE 
nossa vida. São os chamados comportamentos respondentes 
condicionados (aprendidos), que são adquiridos a partir do 
pareamento de estímulos eliciadores de respostas com outros 
estímulos novos (neutros). Isso leva o organismo a responder 
a estímulos que antes não respondia. O comportamento 
respondente é muito importante para a compreensão das 
emoções humanas, pois todas as reações do organismo 
relacionadas à manifestação de emoção são comportamentos 
reflexos, é por meio da aprendizagem de novos respondentes 
que aprendemos a ter medo de algumas coisas, ou a chorar 
quando ouvimos uma determinada música. 
O segundo tipo, ou seja, o comportamento operante, é o tipo 
de comportamento que abarca a maioria dos comportamentos 
dos organismos, ou seja, a maior parte de nossas interações 
com o ambiente. Nesse tipo de comportamento, uma resposta 
emitida pelo organismo produz uma alteração no ambiente, 
consequências no ambiente, e o comportamento é afetado 
(controlado) por essas consequências. Por exemplo, se você vai 
até uma torneira e utiliza suas mãos para girá-la até sair água, 
você produziu uma mudança em seu ambiente, antes não tinha 
água e agora tem. A consequência de seu comportamento (a 
presença de água) influencia a ocorrência futura da mesma 
resposta, pois sempre que precisar de água, girará a torneira da 
mesma forma, já que aprendeu que, assim, consegue obter a 
água que precisa. O comportamento operante é assim chamado 
porque ele "opera" sobre o ambiente para modificá-lo (MOREIRA; 
MEDEIROS, 2007). 
É importante entendê-lo para compreendermos como 
aprendemos nossas habilidades e conhecimento e até mesmo 
como aprendemos a ser quem somos (o que chamamos de 
personalidade ou padrão de comportamento). A maior parte de 
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UNIDADE 1 – FUNDAmENtos DA PsIcologIA DA sAúDE 
nossos comportamentos produz consequências no ambiente, as 
quais influenciam a ocorrência futura do mesmo comportamento. 
As consequências produzidas pelo comportamento ocorrem tão 
naturalmente no nosso dia a dia que nem nos damos conta de 
que elas estão presentes. 
Os comportamentos são mantidos ou deixam de ocorrer 
em função de suas consequências. Por exemplo, se uma criança 
apresenta um comportamento de birra porque deseja receber 
um doce, a consequência oferecida ao seu comportamento 
influenciará a probabilidade de, no futuro, essa criança voltar a 
fazer birra. Se os pais cederem ao seu comportamento dando-
lhe o doce, há um aumento na chance de ela se comportar da 
mesma forma na próxima situação em que desejar algo. Em 
contrapartida, se a consequência apresentada for ignorar ou punir 
o comportamento da criança, esta provavelmente não utilizará a 
mesma estratégia na próxima vez que quiser ganhar um doce. 
Se a consequência aumentar a probabilidade de ocorrência do 
comportamento, então dizemos que a resposta foi reforçada (a 
consequência é então chamada de Reforço). No entanto, se a 
probabilidade do comportamento for diminuída, dizemos que 
resposta foi punida (punição) (MOREIRA; MEDEIROS, 2007).
A análise do comportamento é bastante abrangente no 
estudo da psicologia da saúde e é muito aplicada na modificação 
de comportamentos não saudáveis, na aprendizagem de 
comportamentos de saúde e na adesão ao tratamento. 
Gestalt
Gestalt é um termo alemão sem tradução para o português. 
O significado mais próximo seria “forma” ou “configuração”, por 
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UNIDADE 1 – FUNDAmENtos DA PsIcologIA DA sAúDE 
isso a Gestalt é conhecida como “psicologia da forma” (BOCK et 
al., 1999). 
Essa teoria psicológica foi iniciada com base nos estudos 
de Max Wertheimer (1880-1943), Wolfgang Köhler (1887-1967) 
e Kurt Koffka (1886-1941), que fundamentados na Psicofísica, 
investigaram a percepção e a sensação do movimento. Eles 
estavam preocupados em compreender quais os processos 
psicológicos envolvidos na ilusão de ótica, quando o estímulo 
físico é percebido pelo sujeito como uma forma diferente da que 
ele tem na realidade (FIGUEIREDO; SANTI, 2004). 
Para a Gestalt, o objeto de estudo da psicologia também 
é o comportamento, assim como para os behavioristas. No 
entanto, essas abordagens se diferem na forma como estudam 
o comportamento. A Gestalt considera que o estudo do 
comportamento de maneira isolada de um contexto mais amplo 
pode dificultar sua compreensão ao psicólogo. Na visão dos 
gestaltistas, o comportamento deveria ser estudado nos seus 
aspectos mais globais, levando em consideração as condições 
que alteram a percepção do estímulo (BOCK et al., 1999).
A percepção é o ponto de partida e também um dos temas 
centrais dessa teoria. Para os gestaltistas, entre o estímulo 
que o ambiente fornece e a resposta do indivíduo, encontra-
se o processo de percepção. O que o indivíduo percebe e 
como percebe são dados importantes para a compreensão do 
comportamento humano. Nesse sentido, a Gestalt insere o 
conceito de figura/fundo, no qual temos a tendência de organizar 
nossas percepções no objeto observado (a figura) e o segundo o 
plano contra o qual ela se destaca (o fundo). Quanto mais clara 
estiver a forma, mais clara será a separação entre figura e fundo. 
Como exemplo, observe as imagens apresentadas na Figura 1. O 
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UNIDADE 1 – FUNDAmENtos DA PsIcologIA DA sAúDE 
que consegue ver? Qual figura emerge e qual fundo permanece? 
Consegue perceber o dinamismo entre figura que ora emerge e 
ora vai para o fundo? 
Figura 1 Exemplos de figura/fundo.
Na primeira imagem, é possível observar a figura de um 
cálice ou a face duas pessoas; na segunda, podemos observar a 
figura de uma dama com chapéu ou a face de uma senhora. 
A Gestalt encontra nesses fenômenos da percepção as 
condições para a compreensão do comportamento humano. 
A maneira como percebemos um determinado estímulo 
desencadeará nosso comportamento. Muitas vezes, os nossos 
comportamentos guardam relação estreita com os estímulos 
físicos,e outras, eles são completamente diferentes do esperado 
porque "entendemos" o ambiente de uma maneira diferente da 
sua realidade (BOCK et al., 1999).
A Gestalt apresenta o conceito de “boa forma”, que 
implica na apresentação em aspectos básicos do elemento 
que objetivamos compreender, de forma que permitam 
a sua decodificação, ou seja, sua percepção total. Se nos 
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UNIDADE 1 – FUNDAmENtos DA PsIcologIA DA sAúDE 
elementos percebidos não há equilíbrio, simetria, estabilidade 
e simplicidade, não alcançaremos a boa forma (FIGUEIREDO; 
SANTI, 2004). 
O comportamento é determinado pela percepção do 
estímulo e, portanto, estará submetido à lei da boa forma. O 
conjunto de estímulos determinantes do comportamento é 
denominado meio ambiental. São conhecidos dois tipos de 
meio, o meio geográfico, que é o meio enquanto tal, o meio 
físico em termos objetivos, e o meio comportamental, que é o 
meio resultante da interação do indivíduo com o meio físico e 
implica a interpretação desse meio por intermédio das forças 
que regem a percepção (BOCK et al., 1999).
Psicanálise
A última teoria psicológica que estudaremos é a Psicanálise, 
abordagem bastante conhecida que foi desenvolvida por 
Sigmund Freud (1856-1939), um médico vienense que mudou 
totalmente o modo de pensar a vida psíquica. 
O termo psicanálise é usado para se referir a uma teoria 
e a um método de investigação, além da prática profissional; 
enquanto teoria se caracteriza por um conjunto de conhecimentos 
sistematizados sobre o funcionamento da vida psíquica. Como 
método de investigação, a psicanálise caracteriza-se pelo 
método interpretativo, que busca o significado oculto daquilo 
que é manifesto por meio de ações e palavras ou pelas realizações 
imaginárias, como os sonhos, os delírios, as associações livres, os 
atos falhos (FIGUEIREDO; SANTI, 2004). 
Freud, em seu livro A interpretação dos sonhos, apresentou 
a primeira concepção sobre a estrutura e o funcionamento da 
personalidade. Essa teoria se refere à existência de três sistemas 
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UNIDADE 1 – FUNDAmENtos DA PsIcologIA DA sAúDE 
psíquicos: o inconsciente, o pré-consciente e o consciente (BOCK 
et al., 1999):
•	 O inconsciente é o conjunto dos conteúdos não 
presentes no campo da consciência. É formado por 
conteúdos reprimidos pela ação de censuras internas. 
•	 O pré-consciente é o sistema onde permanecem 
aqueles conteúdos acessíveis à consciência, que podem 
ser acessados a qualquer momento.
•	 O consciente é o sistema do aparelho psíquico que 
recebe ao mesmo tempo as informações do mundo 
exterior e as do mundo interior. Destaca-se a percepção, 
a atenção e o raciocínio.
Um ponto de destaque nas obras de Freud é a atenção 
dada ao estudo da sexualidade humana. Ele descrevia que 
a maioria dos pensamentos e desejos reprimidos por seus 
pacientes referiam-se a conflitos de ordem sexual, localizados 
nos primeiros anos de vida, ou seja, que na vida infantil 
estavam as experiências de caráter traumático, reprimidas, que 
se configuravam como origem dos sintomas das neuroses. 
Posteriormente, Freud remodela a teoria do aparelho 
psíquico e introduz os conceitos de id, ego e superego para 
referir-se aos três sistemas da personalidade. O id constitui 
o reservatório da energia psíquica, onde estariam as pulsões 
de vida e de morte. É regido pelo princípio do prazer. O ego 
é o sistema que estabelece o equilíbrio entre as exigências 
do id, da realidade e do superego. É regido pelo princípio da 
realidade e suas funções básicas são a percepção, a memória, 
os sentimentos e o pensamento. O superego origina-se a partir 
da internalização das proibições, dos limites e da autoridade. 
Seu conteúdo refere-se a exigências sociais e culturais (BOCK 
et al., 1999).
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UNIDADE 1 – FUNDAmENtos DA PsIcologIA DA sAúDE 
Outro ponto importante da teoria freudiana são os 
mecanismos de defesa. Freud observou que diante da 
percepção de um acontecimento doloroso ou desorganizador, as 
pessoas podem suprimir a realidade para evitar o sofrimento. 
Esses mecanismos são processos realizados pelo ego e são 
inconscientes, ou seja, ocorrem de forma independente da 
vontade do indivíduo. Veja na Tabela 1 alguns exemplos de 
mecanismos de defesa:
Tabela 1: Mecanismos de defesa do Ego. 
Mecanismos de Defesa
Recalque O indivíduo "não vê" o que ocorre. Existe a 
supressão de uma parte da realidade. Por 
suprimir a percepção do que está acontecendo, 
é considerado o mais radical dos mecanismos 
de defesa. Os demais referem-se a apenas 
deformações da realidade.
Formação reativa O ego procura afastar o desejo que vai em 
determinada direção, e, para isto, o indivíduo 
adota uma atitude oposta a este desejo.
Regressão O indivíduo retorna a etapas anteriores de seu 
desenvolvimento, é uma passagem para modos 
de expressão mais primitivos.
Projeção O indivíduo localiza (projeta) algo de si no mundo 
externo e não percebe aquilo que foi projetado 
como algo seu que considera indesejável. É um 
mecanismo de uso frequente e observável na 
vida cotidiana.
Racionalização O indivíduo constrói uma argumentação 
intelectualmente convincente e aceitável, que 
justifica os estados "deformados" da consciência.
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unidadE 1 – FundamEntos da psiColoGia da saÚdE 
2.3. A PsiCologiA dA sAúde
A Psicologia da Saúde é uma área da psicologia que aplica 
princípios e pesquisas psicológicas para melhoria, tratamento 
e prevenção de doenças. Inclui como variáveis de interesse 
as condições sociais (como disponibilidade de serviços de 
saúde), os fatores biológicos (como longevidade da família e as 
vulnerabilidades hereditárias a certas doenças) e até mesmo os 
traços de personalidade ou padrões de comportamentos (como 
extroversão e sociabilidade) (STRAUB, 2005).
Psicologia da saúde foi definida, pela Associação Americana 
de Psicologia, como: 
Ela abrange o ensino e a prática de qualquer tipo de 
fenômeno de saúde e de interações entre pessoas, como as 
relações profissionais-pacientes, as relações humanas dentro 
de uma instituição de saúde, a questão das doenças agudas e 
crônicas, o papel das reações adaptativas ao adoecer, a perda, a 
morte e os recursos terapêuticos (MIYAZAKI et al, 2011).
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UNIDADE 1 – FUNDAmENtos DA PsIcologIA DA sAúDE 
O que é Saúde
Para compreender melhor como trabalha a psicologia da 
saúde, é necessário entender o que é saúde. Por muito tempo 
prevaleceu o modelo biomédico de saúde no qual, saúde era 
definida como ausência de doenças. tal definição se concentrava 
apenas na ausência de um estado negativo, no entanto, a maioria 
de nós concordaria que a saúde envolve muito mais e não se 
limita ao nosso bem-estar físico. 
A interação entre fatores biológicos, psicológicos e sociais 
é atualmente considerada fundamental na compreensão do 
contínuo saúde-doença (miYaZaKi et al, 2011). 
Pensando nisso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) 
(2015) propôs a definição de saúde como "um estado de completo 
bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência 
de doenças ou enfermidades", como era a definição anterior de 
saúde. Essa definição afirma que a saúde é um estado positivo e 
multidimensional que envolve três domínios: saúde física, saúde 
psicológica e saúde social. 
•	 Saúde física: implica em ter um corpo saudável e livre 
de doenças, com um bom desempenho dos sistemas 
do nosso corpo e a capacidade de resistir a ferimentos 
físicos. Ela também envolve hábitos relacionados com o 
estilo de vida que aumentem a saúde física. 
•	 saúde psicológica: significa ser capaz de pensar de 
forma clara, ter uma boa autoestima e um senso geral 
de bem-estar. Inclui acriatividade, as habilidades de 
resolução de problemas e a estabilidade emocional.
•	 saúde social: envolve ter habilidades interpessoais, 
relacionamentos significativos com amigos e família 
e apoio social em épocas de crise. Está relacionada 
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UNIDADE 1 – FUNDAmENtos DA PsIcologIA DA sAúDE 
também com fatores socioculturais em saúde, como 
o status socioeconômico, a educação, a cultura e o 
gênero. 
Cada campo da saúde é influenciado pelos outros dois 
domínios. Por exemplo, uma pessoa emocionalmente segura 
de si, que tem boas habilidades de resolução de problemas 
(saúde psicológica), provavelmente terá mais facilidade para 
manter relacionamentos sociais sadios (saúde social) do que 
uma pessoa depressiva que tem dificuldade para se concentrar 
no problema em questão. da mesma forma, a saúde física fraca 
apresenta desafios especiais, tanto para a autoestima quanto 
para relacionamentos com a sua família e seus amigos. 
No entanto, a saúde nem sempre foi compreendida dessa 
forma. Até a primeira parte do século 20, a medicina apoiava-se 
na fisiologia e na anatomia na busca por uma compreensão mais 
profunda da saúde e da doença. Esse era o modelo biomédico 
de saúde, que sustentava que a doença sempre tinha causas 
biológicas. Esse modelo tornou-se aceito de forma ampla durante 
o século 19 e representou a visão dominante na medicina até 
recentemente (MIYAZAKI et al, 2011). 
Segundo (STRAUB, 2005, p. 8):
O modelo biomédico pressupõe que a doença é o resultado de 
um patógeno (vírus, bactéria ou algum outro microrganismo 
que invade o corpo), e não faz menção às variáveis psicológicas, 
sociais ou comportamentais na doença. Neste sentido, 
este modelo é reducionista, considerando que fenômenos 
complexos, como a saúde ou a doença, são derivados de um 
único fator primário. De acordo com este padrão, a saúde nada 
mais é do que a ausência de doenças. Dessa forma, aqueles 
que trabalham apoiados nesta perspectiva concentram-se em 
investigar as causas das doenças físicas em vez daqueles fatores 
que promovem a vitalidade física, psicológica e social.
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UNIDADE 1 – FUNDAmENtos DA PsIcologIA DA sAúDE 
O modelo biomédico avançou o tratamento de saúde 
de maneira significativa, entretanto, foi incapaz de explicar 
transtornos que não apresentavam causa física observável. 
O pensamento de que determinadas doenças poderiam ser 
provocadas por conflitos psicológicos foi desenvolvida durante a 
década de 1940 pelo trabalho do psicanalista Franz Alexander. 
Ele trabalhava com pacientes com artrite reumática, e, quando 
a equipe médica não encontrava agentes infecciosos ou outras 
causas diretas para a doença, alexander ficava desconfiado 
pela possibilidade de que fatores psicológicos pudessem estar 
envolvidos. Ele desenvolveu então o modelo do conflito nuclear, 
no qual defendia que a presença de determinados conflitos 
inconscientes poderia levar à presença de reclamações físicas. 
segundo esse modelo, “cada doença física é o resultado de 
um conflito psicológico fundamental ou nuclear”. alexander 
acreditava que indivíduos com "personalidade reumática", 
que tendem a reprimir a raiva e são incapazes de expressar as 
emoções, seriam mais propensos a desenvolver artrite (STRAUB, 
2005, p. 9).
a partir desses estudos, um grande número de transtornos 
físicos foram descritos como presumivelmente causados por 
conflitos psicológicos, surgindo, assim, a medicina psicossomática 
(psico = mente; soma = corpo), um movimento reformista dentro 
da medicina que buscava estudar o diagnóstico e o tratamento 
de doenças físicas supostamente causadas por processos 
deficientes na mente (stRauB, 2005). 
a medicina psicossomática apresentou um importante 
avanço para a compreensão da saúde, quando comparada 
ao modelo biomédico, no entanto, foi questionada pela 
categorização aparentemente arbitrária de algumas doenças 
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como sendo de natureza completamente física e outra 
completamente psicológica. Sua metodologia de pesquisa 
era fundamentada principalmente em estudos de caso de 
pacientes individuais, o que fez surgirem críticas em relação à 
sua confiabilidade, além disso, a medicina psicossomática, assim 
como o modelo biomédico, apoiava-se no reducionismo, de que 
um único problema psicológico seria suficiente para desencadear 
a doença (MELLO,1995; STRAUB, 2005). 
Atualmente, a compreensão dos processos de saúde- 
-doença evoluiu, de forma a serem compreendidos como 
o resultado da interação de múltiplos fatores, incluindo as 
condições biológicas, o ambiente e os aspectos psicológicos. 
Essa tendência contemporânea de ver a doença e a saúde como 
algo multifatorial é resultado da aproximação entre a medicina e 
a psicologia (MIYAZAKI et al, 2011).
Um outro exemplo dessa aproximação é a medicina 
comportamental, que foi concebida com base nos princípios 
do behaviorismo. Esse campo começou a explorar o papel 
do condicionamento respondente e operante na saúde e na 
doença. Um de seus principais resultados foi a pesquisa de Neal 
miller, que utilizou técnicas de condicionamento operante para 
ensinar animais e humanos a adquirirem controle sobre certas 
funções corporais. Ele demonstrou que as pessoas podem 
adquirir algum nível de controle sobre a sua pressão sanguínea 
e relaxar a frequência cardíaca quando estiveram cientes desses 
estados. Essa técnica recebeu o nome de biofeedback, e é 
muito utilizada até hoje na recuperação de diversas patologias 
(STRAUB, 2005). 
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UNIDADE 1 – FUNDAmENtos DA PsIcologIA DA sAúDE 
O surgimento da Psicologia da Saúde
A Psicologia da Saúde foi criada com o objetivo de estudar, 
de forma científica, as causas e origens de determinadas doenças, 
principalmente as origens psicológicas, comportamentais e sociais 
da doença. Ela busca investigar por que as pessoas se envolvem 
em comportamentos que comprometem a saúde, como fumar 
e sexo inseguro, e como facilitar a prática de comportamentos 
que pode preservar, restabelecer ou promover a saúde, como ter 
uma alimentação saudável e praticar exercícios físicos. Também 
se preocupa com a prevenção e o tratamento de doenças, por 
meio de programas que auxiliem no processo de adaptação à 
enfermidade e estratégias para facilitar a adesão ao tratamento.
Alguns fatores contribuíram para o surgimento de um 
campo da Psicologia que se ocupasse exclusivamente de 
investigar e promover saúde. Segundo Straub (2005), são quatro 
tendências que desafiaram a medicina e a saúde pública e 
impulsionaram a criação da psicologia da saúde: 
•	 Aumento da expectativa de vida: com a melhoria 
dos serviços de saúde e os avanços da medicina, a 
expectativa de vida aumentou na maioria dos países. 
Com as pessoas vivendo mais, existe maior consciência 
publica das questões relacionadas com a saúde, 
incluindo a preocupação com as questões psicológicas. 
•	 Surgimento de transtornos relacionados ao estilo 
de vida: até o século 19, as pessoas morriam 
principalmente de doenças que eram causadas por falta 
de água potável, por alimentos contaminados, ou por 
infecções contraídas no contato com pessoas doentes. 
Não era incomum que centenas ou mesmo milhares de 
pessoas morressem em uma única epidemia de varíola, 
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febre amarela, difteria, gripe ou sarampo. Melhorias 
em higiene pessoal, nutrição e saúde pública (como 
tratamentos de esgotos) levaram a um declínio no 
número de mortes por doenças infecciosas. Porém, 
apenas após a descoberta da penicilina por Alexander 
Fleming, em 1928, a saúde pública deu um passo 
verdadeiramente decisivo. Isso levou a uma mudança 
no padrão das principaiscausas de morte, que, antes do 
século 20, eram transtornos agudos, como tuberculose, 
gripe e pneumonia, e atualmente está relacionado a 
doenças crônicas, nas quais a pessoa precisa tratar por 
muitos anos para prevenir mortes prematuras e manter 
a qualidade de vida (STRAUB, 2005). 
•	 Modificação no modelo biomédico: os questionamentos 
em relação ao reducionismo do modelo biomédico 
levaram à necessidade de pensar em saúde e doença 
de forma mais abrangente, como já foi discutido 
anteriormente. A medicina tradicional encontrou 
dificuldade para explicar por que o mesmo conjunto de 
fatores de risco algumas vezes desencadeia doenças e 
outras não. Isso induziu os pesquisadores a descobrir 
que fatores psicológicos, como a maneira como cada 
pessoa reage ao estresse, se combinam com fatores de 
risco físicos para determinar o risco à saúde do indivíduo 
(MIYAZAKI et al., 2011). 
•	 Aumento dos custos do atendimento em saúde: o 
crescente aumento nos custos dos serviços de saúde 
ajudou a focar a atenção na eficácia do custo de 
promover e manter a saúde. A ênfase da psicologia 
da saúde em modificar os comportamentos de risco 
das pessoas, antes que eles causem doenças, tem o 
40 © PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
UNIDADE 1 – FUNDAmENtos DA PsIcologIA DA sAúDE 
potencial de reduzir os custos com a saúde de forma 
expressiva (STRAUB, 2005). 
Perspectivas da Psicologia da Saúde
A Psicologia da Saúde desenvolveu alguns modelos 
ou perspectivas para orientar seu trabalho, objetivando 
compreender de forma mais ampla os processos de saúde e 
doença. Cada um desses modelos investiga de forma diferente a 
mesma coisa e se complementam para a compreensão total da 
saúde. 
O primeiro modelo é a perspectiva do curso de vida, que 
se concentra em investigar os aspectos da saúde e da doença 
relacionados com a idade e com os ciclos de vida. Essa perspectiva 
também examina as principais causas de morte que acometem 
certos grupos etários. Por exemplo, o uso de substâncias 
psicoativas é mais frequente em adolescentes, enquanto que 
as doenças crônicas afetam de forma mais significativa pessoas 
idosas. 
Outra perspectiva é a sociocultural, que se dedica a conhecer 
a forma como os como fatores sociais e culturais contribuem 
para a saúde e para a doença. O termo cultura é compreendido 
como comportamentos, valores e costumes persistentes que um 
grupo de pessoas desenvolveu ao longo dos anos e transmitiu à 
próxima geração. Em culturas ou etnias diferentes existe muita 
diversidade em relação à expectativa de vida e ao nível de 
saúde, e algumas dessas diferenças refletem uma variação no 
status socioeconômico. Por exemplo, se compararmos a saúde 
da população residente no interior do Estado de São Paulo com 
a saúde da população que vive em pequenas comunidades 
no interior da Amazônia, encontraremos grandes diferenças 
41© PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
UNIDADE 1 – FUNDAmENtos DA PsIcologIA DA sAúDE 
relacionadas a estruturas de saneamento básico e estilos de 
vida. Outro exemplo refere-se às religiões que pregam um estilo 
de vida mais saudável, sem uso de álcool ou alimentos à base de 
carne animal, hábitos normalmente associados à melhor saúde. 
Há também a perspectiva de gênero, que se concentra 
no estudo de problemas de saúde específicos de cada gênero. 
Homens e mulheres diferem no risco que apresentam para 
uma variedade de transtornos, como o índice de doenças 
cardiovasculares que, historicamente, tem sido maior em 
pacientes do sexo masculino, embora essa realidade esteja 
se modificando. Outro exemplo é a depressão, que acomete 
mulheres em uma frequência muito maior que homens. 
todas essas perspectivas se sobrepõem e todas veem a 
saúde e a doença como produtos da interação de fatores. Elas 
diferem apenas nos fatores que enfatizam e se complementam 
(stRauB, 2005). Essas perspectivas se agrupam na perspectiva 
biopsicossocial, que engloba todas as questões tratadas 
anteriormente.
a perspectiva biopsicossocial defende que variáveis 
biológicas, psicológicas e sociais agem em conjunto para 
determinar a saúde e a vulnerabilidade do indivíduo à doença. 
Dessa forma, a saúde e a doença devem ser explicadas em 
relação aos contextos biológico, psicológico e social. 
•	 O contexto biológico: são os aspectos do nosso corpo 
que influenciam a saúde e a doença: nossa conformação 
genética e nosso sistema nervoso, imunológico e 
endócrino. A biologia e o comportamento interagem 
de forma constante. Por exemplo: alguns indivíduos são 
mais vulneráveis a doenças relacionadas ao estresse 
porque reagem com agressividade aos problemas 
enfrentados. Uma das tarefas da psicologia da saúde 
42 © PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
UNIDADE 1 – FUNDAmENtos DA PsIcologIA DA sAúDE 
é explicar como essa influência mútua entre biologia e 
comportamento ocorre.
•	 O contexto psicológico: a psicologia da saúde preconiza 
que a saúde e a doença estão sujeitas às influências 
psicológicas. Por exemplo, um fator fundamental para 
determinar o quanto uma pessoa consegue lidar com 
uma experiência de vida estressante é a forma como 
o evento é avaliado e interpretado. Eventos avaliados 
como avassaladores, invasivos e fora do nosso controle 
nos custam mais do ponto de vista físico e psicológico 
do que os que são avaliados como desafios menores, 
temporários e superáveis. De fato, algumas evidências 
sugerem que, independentemente de um evento ser 
realmente experimentado ou simplesmente imaginado, 
a resposta do corpo ao estresse é, de modo aproximado, 
a mesma. Os psicólogos da saúde pensam que algumas 
pessoas podem ser cronicamente depressivas e mais 
vulneráveis a certos problemas de saúde porque 
revivem eventos difíceis muitas vezes em suas mentes, 
o que pode ser funcionalmente equivalente a passar 
repetidas vezes pelo evento real (STRAUB, 2005).
•	 O pensamento, a percepção, a motivação, a emoção, a 
aprendizagem, a atenção e a memória têm implicações 
para a saúde. Os fatores psicológicos também 
desempenham um importante papel no tratamento de 
condições crônicas. As intervenções psicológicas ajudam 
os pacientes a administrar sua tensão, diminuindo, 
assim, as reações negativas ao tratamento. Aqueles 
pacientes mais tranquilos em geral são mais capazes 
e mais motivados para seguir as instruções de seus 
médicos. Também auxiliam os pacientes a administrar 
o estresse da vida cotidiana, que parece exercer um 
43© PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
UNIDADE 1 – FUNDAmENtos DA PsIcologIA DA sAúDE 
efeito cumulativo sobre o sistema imunológico. Eventos 
negativos na vida, como a perda de um ente querido, 
o divórcio, a perda de emprego ou uma mudança, 
podem estar ligados à diminuição do funcionamento 
imunológico e à maior suscetibilidade a doenças 
(STRAUB, 2005). 
•	 O contexto social: a forma como cada pessoa se relaciona 
com a outra e com o ambiente também influencia em 
sua saúde. O gênero de cada um, por exemplo, implica 
determinado papel social que lhe dá um senso de ser 
mulher ou homem. Além disso, você é membro de 
determinada família, comunidade e nação, dessa forma, 
também tem certa identidade racial, cultural e étnica e 
vive dentro de uma classe socioeconômica específica. 
Cada um desses elementos do seu contexto social único 
influencia suas crenças e comportamentos – incluindo 
aqueles relacionados com a saúde (STRAUB, 2005).
Em resumo, a perspectiva biopsicossocial enfatiza as 
influências mútuas entre os contextos biológicos, psicológicos 
e sociais, que atuam em conjunto na determinação da saúde, 
como exemplificamos na Tabela 2:
Tabela 2 O modelo biopsicossocial de saúde e doença.
Biológico Psicológico Social
Vírus
Bactéria
Lesões
Genética
Comportamento 
Crenças 
Enfrentamento 
Estresse
Gênero 
Estado Civil 
Emprego 
Classe Social 
Etnia
44 © PSICOLOGIA APLICADAÀ SAÚDE 
UNIDADE 1 – FUNDAmENtos DA PsIcologIA DA sAúDE 
É com esta concepção de saúde e de psicologia da saúde 
que daremos seguimento aos nossos estudos. A compreensão 
desses termos é imprescindível para avançarmos em direção 
ao nosso próximo tópico, no qual discutiremos as variáveis 
psicológicas e comportamentais que atuam na determinação da 
saúde. Este é o assunto da nossa próxima unidade. 
3. CONTEúDOS DIGITAIS INTEGRADORES
Os Conteúdos Digitais Integradores são a condição 
necessária e indispensável para você compreender integralmente 
os conteúdos apresentados nesta unidade.
3.1. PsiCologiA dA sAúde
A psicologia da saúde foi desenvolvida a partir do conceito 
ampliado de saúde, com múltiplos determinantes. A evolução na 
forma de pensar saúde foi fundamental para o surgimento deste 
campo da psicologia. Contudo, foram os achados da psicologia 
um dos fatores que estimularam esta evolução no conceito de 
saúde. Dessa forma, devemos ter sempre em mente o conceito 
de ser biopsicossocial na determinação dos processos de saúde 
e doença. 
Os textos a seguir ajudarão você a ampliar o conhecimento 
sobre este tema. É muito importante que você acesse os links 
apresentados e consulte os materiais indicados. 
•	 GRILO, A.M.; PEDRO, H. Contributos da psicologia para 
as profissões da saúde. Disponível em: <http://www.
scielo.gpeari.mctes.pt/pdf/psd/v6n1/v6n1a05.pdf> 
Acesso em: 20 dez. 2013.
45© PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
UNIDADE 1 – FUNDAmENtos DA PsIcologIA DA sAúDE 
•	 DE MARCO, M. A. Do modelo biomédico ao modelo 
biopsicossocial: um projeto de educação permanente. 
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbem/
v30n1/v30n1a10.pdf> Acesso em: 20 dez. 2013.
•	 TEIXEIRA, J. A. C. Psicologia da saúde. Disponível 
em:<http://www.scielo.gpeari.mctes.pt/pdf/aps/
v22n3/v22n3a02.pdf>. Acesso em: 20 dez. 2013.
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para 
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em 
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos 
estudados para sanar as suas dúvidas.
1) Sobre a subjetividade, assinale a alternativa incorreta:
a) Ela é construída a partir do contato com mundo social e cultural. 
b) É composta de ideias, significados e emoções construídos pelo sujeito 
a partir de suas relações sociais, de suas vivências e de sua constituição 
biológica. 
c) Ela é inata ao indivíduo, ou seja, acompanha-o desde seu nascimento. 
d) É o que constitui o nosso modo de ser.
2) Sobre o behaviorismo, está correto o que se afirma em:
a) O comportamento não é entendido como uma ação isolada, mas sim 
como uma interação entre o organismo e o seu ambiente.
b) O comportamento respondente é uma resposta emitida pelo 
organismo que produz uma consequência no ambiente, e é afetado 
(controlado) por essas consequências. 
c) O comportamento operante é caracterizado por respostas do 
organismo que são eliciadas (produzidas) por estímulos do ambiente. 
d) Essa teoria se refere à existência de três sistemas psíquicos: o incons-
ciente, o pré-consciente e o consciente.
46 © PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
UNIDADE 1 – FUNDAmENtos DA PsIcologIA DA sAúDE 
3) São fatores que contribuíram para o surgimento da psicologia da saúde, 
exceto:
a) Surgimento de transtornos relacionados ao estilo de vida.
b) Modificação no modelo biomédico.
c) A escolha da psicanálise como abordagem teórica prevalente na área 
da Saúde. 
d) Aumento da expectativa de vida.
4) Em relação à definição de saúde, assinale a alternativa incorreta:
a) Saúde social envolve ter habilidades interpessoais, relacionamentos 
significativos com amigos e família e apoio social em épocas de crise.
b) Saúde física implica ter um corpo saudável e livre de doenças.
c) Considera a interação entre fatores biológicos, psicológicos e sociais.
d) Concentra sua definição na ausência de doenças ou condições 
negativas. 
5) Sobre as perspectivas em saúde da família, assinale a alternativa correta:
a) a perspectiva de gênero que se concentra em investigar os aspectos da 
saúde e da doença relacionados com a idade e ciclos de vida.
a) Homens e mulheres não devem ser diferentes no risco que apresen-
tam para transtornos e doenças.
b) A perspectiva sociocultural defende que variáveis biológicas, psicológi-
cas e sociais agem em conjunto para determinar a saúde e a vulnerabi-
lidade do indivíduo à doença.
c) Todas as perspectivas se sobrepõem e todas veem a saúde e a doença 
como produtos da interação de fatores.
Gabarito 
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões 
autoavaliativas propostas:
1) C
2) A
47© PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
UNIDADE 1 – FUNDAmENtos DA PsIcologIA DA sAúDE 
3) C
4) D
5) D
5. CONSIDERAÇÕES
Chegamos ao final da primeira unidade, na qual você 
teve a oportunidade de conhecer um pouco sobre a ciência 
da psicologia e algumas abordagens teóricas. Além disso, 
apresentamos a definição de saúde como determinada por 
variáveis biopsicossociais. Essa concepção de saúde é a base da 
Psicologia Aplicada à Saúde, que busca compreender os aspectos 
comportamentais envolvidos na preservação e promoção da 
saúde. 
Na próxima unidade, descreveremos, de forma mais 
detalhada, as variáveis psicológicas e comportamentais que 
interferem na saúde. 
Até lá!
6. E-REFERÊnCias
AMERICAN PSYCHOLOGICAL ASSOCIATION – APA. Public description of clinical health 
psychology. Disponível em: <www.apa.org/ed/graduate/specialize/health.aspx>. 
Acesso em: 12 jan. 2014. 
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAúDE – OMS. Constituição da Organização Mundial 
da Saúde. Diponível em: <http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/OMS-
Organiza%C3%A7%C3%A3o-Mundial-da-Sa%C3%BAde/constituicao-da-organizacao-
mundial-da-saude-omswho.html>. Acesso em: 27 jul. 2015.
48 © PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE 
UNIDADE 1 – FUNDAmENtos DA PsIcologIA DA sAúDE 
7. REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOCK, A M. B.; FURTADO, O; TEIXEIRA, M. L. T. Psicologias: uma introdução ao estudo 
de Psicologia. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 1999.
FIGUEIREDO, L. C.; SANTI, P. L. R. Psicologia: uma (nova) introdução. São Paulo: EDUC, 
2004.
MELLO FILHO, J. Psicossomática hoje. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
MIYAZAKI, M. C.; DOMINGOS, N. A. M.; CABALLO, V. E. Et al. Psicologia da Saúde. 
Intervenções em hospitais públicos. In: Bernard Rangé. (Org.). Psicoterapias Cognitivo-
Comportamentais. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011. 
MOREIRA, M. B.; MEDEIROS, C. A. Princípios básicos de análise do comportamento. 
Porto Alegre: Artmed, 2007.
STRAUB, R. O. Psicologia da Saúde. Porto Alegre: Artes Médicas, 2005.

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