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Exame Físico do Abdome

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Exame Físico do Abdome
Divisão do abdome:
preparo do paciente:
Paciente deve estar de bexiga vazia;
Posição: decúbito dorsal, braços estendidos ao longo do corpo, exposição de toda área abdominal. Região posterior: posição sentada. 
Entrevistas: obtenção de dados. Questões sobre os hábitos relacionados ao funcionamento do trato digestório, sinais e sintomas a esse relacionados. Queixa atual? 
Anamnese: 
Distúrbios gastrointestinais 
Sintomas comuns:
Indigestão ou anorexia;
Náuseas, vômitos ou hematêmese;
Dor abdominal;
Disfagia e/ou odinofagia;
Alteração dos hábitos intestinais;
Conspiração ou diarreia;
Icterícia 
Outros sintomas:
Pirose;
Flatulência;
Plenitude abdominal.
Tipoas de dor abdomunal 
Visceral:
Quando órgãos abdominais ocos se contraem com uma força pouco usual e são distendidas ou estirados.
Órgãos sólidos como fígado por distensão as cápsulas hepáticas (hepatite alcoólica).
Dor de desenvolvimento lento, profunda, continua e de difícil localização.
Pode ser em queimação, em cólica ou surda e persistente.
Parental 
Origina-se no peritônio causado por inflação.
Dor de instalação rápida, que produz um desconforto agudo, mais intenso e bem localizado.
Piora com movimentos ou tosse.
Pacientes preferem ficar deitados quietos.
Referida ou reflexiva
Dor que ocorre em um local diferente da origem, com suprimento nervoso idêntico ou relacionado.
Pode aparecer com a intensificação de uma dor, parecendo irradiar-se a parte do ponto de origem.
Ex.: dor de origem pancreático pode ser referida para as costas/ IAM pode ser referida dor do abdome superior.
obtenção do histórico de saúde
Queixa principal: se o cliente tem um problema gastrointestinal.
Perguntar sobre: início, duração, localização, qualidade, frequência e intensidade de cada um.
“como está seu apetite?”
“onde começa a dor?”
 “qual a intensidade?”
“qual a sensação causada?” 
“como anda seu intestino?”
topografia 
O abdome é a região do tronco compreendida entre o diafragma, o músculo que separa o tórax, e a pelve.
Para realização do exame físico é necessário dividir topograficamente o abdome, não só para facilitar a descrição, mas também para localizar os órgãos e os pontos de referência relativos à dor ou a presença de massas.
A divisão em quatro quadrantes é um método simples e bastante utilizado.
Os quadrantes são obtidos traçando-se duas linhas imaginarias ou dois planos perpendiculares entre si, que se cruzam em nível da cicatriz umbilical.
- Linha vertical: plano sagital mediano
- Linha horizontal: transversal ou transumbilical.
Quadrante superior direito: encontra-se o lobo direito do fígado, vesícula biliar, o piloro, o duodeno, a cabeça do pâncreas, a flexura hepática do colón e parte dos cólons ascendentes e transverso;
Quadrante superior esquerdo: estão o lobo esquerdo do fígado, o estomago, o corpo do pâncreas, a flexura esplênica do colón e parte dos cólons transversos e descendentes;
Quadrante inferior direito: o ceco, o apêndice vermiforme e a parte do colón ascendente;
Quadrante inferior esquerdo: o colón descendente e parte do colón sigmoide.
O abdome pode ser dividido, também, em nove regiões quando se quer localizar mais precisamente um achado.
Essas regiões são estabelecidas ou limitantes por dois planos ou duas linhas horizontais (plano subcostal ou trans pilórico e plano tranas tubercular) e dois verticais que se cruzam (plano medioclavicular direito e esquerdo ou plenos pontos médios dos ligamentos inguinais).
planejamento do exame físico do abdome 
Preparo do ambiente: consultório ou leito (uso de biombo).
Preparo do material: balança antropométrica, fita métrica, canta, relógio, luva de procedimento...
É importante o examinador ter unhas aparadas e mãos aquecidas bem como aquecer o diafragma do estetoscópio. 
técnicas de exame do abdome 
Para um exame sistematizado do abdome utilizam-se as técnicas instrumentais, obedecendo à sequência:
Inspeção;
Ausculta;
Percussão;
Palpação.
A sequencia deve ser respeitada para evitar a obtenção de informações equivocadas:
- Sons intestinais alterados por palpação ou percussão anterior ou dificuldades em completar o exame devido ao desconforto ou aumento da dor. 
- Recomenda-se solicitar ao paciente que aponte qualquer ponto ou área dolorosa ou sensível, o qual devera ser examinada por último.
- Durante todo o exame, deve-se acompanhar as relações do paciente manifestadas por sinais faciais de dor ou de desconforto.
inspeção
Inclui a observação de sua superfície quanto à forma e ao contorno, à simetria, a características de pele e à ocorrência de movimentos visíveis na parede.
A observação deve ser iniciada com o profissional posicionado em pé e à direita do paciente.
quanto ao contorno, o abdome pode apresentar-se:
Plano 
Globoso 
Escavado
Pendular (ptótico)
Suspendendo-se de ascite ou distensão abdominal ou, ainda, no acompanhamento da gestante, recomenda-se a medida da circunferência abdominal, utilizando-se a fita métrica e a linha da cicatriza umbilical como ponto de referência.
A forma do abdome pode, também, estar marcada pela presença de saliências ou de protrusões localizadas que, além de alterar a simetria, podem surgir a existência de massas, herniações ou visceromegallias. 
A cicatriz umbilical normalmente está localizada na linha média e é invertida, podendo apresentar-se plana, evertida ou com sinais de inflamação e hérnia.
A pele deve ser observada quanto à integridade e à presença de cicatrizes, as quais devem ser descritas em relação à localização e a características, assim como outras marcas anormais como manchas, trajetos venosos dilatados e estrias. 
Estrias 
- Rotura de fibras elásticas da derme
- Gravídicas/ Obesidade/ Ascite
Inicialmente: coloração rósea 
Posteriormente: coloração branca
Os movimentos na parede abdominal devidos ao peristaltismo, às vezes, são observados em pessoas muito magras.
Entretanto, quando aparecem ondas peristálticas com maios frequência e intensidade, podem indicar obstrução intestinal, e precisam ser comunicadas rapidamente. 
Movimentos:
Pulsações 
Aorta - em magros
Hipertrofia
Aneurismas 
Peristálticos
“ondas peristálticas”
Magros
Obstrução 
Ausculta
Avaliação dos ruídos intestinais, que ocorrem em consequência dos movimentos peristálticos e do deslocamento de ar e líquidos ao longo dos intestinos (daí a denominação de ruídos hidroaéreos), constitui a principal finalidade da ausculta abdominal.
Devido à sensibilidade do abdome ao toque, uma palpação deve preceder a percussão e a palpação.
Utilizando um estetoscópio com diafragma previamente aquecido, deve-se iniciar a ausculta abdominal pelo quadrante inferior direito, aplicando leve pressões e identificando a presença e a qualidade dos ruídos intestinais. 
Podem ser necessários até 5 minutos de ausculta continua antes que se possa determinar a ausência de ruídos hidroaéreos. 
A intensidade é descrita, em geral, em termos de:
Ruídos hipoativos: (distúrbios hidroeletrolíticos, pós-operatórios abdominais, íleo paralítico, peritonite, isquemia de cólon e obstrução intestinal).
Hiperativos: (ruídos altos e sonoros: hipermotilidade, diarreia, uso de laxantes, fase inicial da obstrução intestinal). 
Percussão
Auxilia na determinação do tamanho e da localização de vísceras sólidas e na avaliação da presença e distribuição de gases, líquidos e massas.
A percussão DIREITA é realizada utilizando-se um das mãos ou dedos, a fim de estimular diretamente a parede abdominal por meio de tapas.
Na percussão INDIRETA, coloca-se a mão não dominante estendida sobre o abdome e, com o dedo médio da mão dominante flexionando e usando como se fosse um martelo, percute-se um dedo da mão.
Inicia-se levemente a percussão no quadrante inferior direito, prosseguindo-se pelos demais quadrantes no sentido horário.
Os sons produzidos pela percussão são:
TIMPÂNICO: sons claros e de timbre baixo, semelhantes a batidas de tambor devido ao conteúdo da gases das vísceras ocas do trato gastrintestinal.Som timpânico:
Ar de dedos das vísceras
Mais nítido na área de projeção do fundo do estomago 
Hipertimpanismo= obstrução, volvo.
MACIÇOS: sons breves com timbre alto de macicez ou submacicez, são percebidos sobre órgãos sólidos como fígado, baço ou vísceras preenchidas por líquidos ou fezes (Útero gravídico, tumores, ascite e cistos).
Som submaciço
Quantidade de ar menor.
Superposição de uma víscera maciça sobre uma alça intestinal.
 Percussão Piparote:
É utilizada para pesquisar ascite: com uma das mãos o examinador golpea o abdome com piparotes, enquanto a outra mão espalma a região contralateral, captando ondas líquidas que se chocam com a parede abdominal.
Punho-percussão e Percussão com a borda da mão: são utilizados com o objetivo de buscar sensação dolorosa nos rins. Os golpes são dados na área de projeção desse órgão e nas regiões lombares. Na percussão com a borda da mão, os dedos ficam estendidos e unidos, golpea-se a região desejada com a borda ulnar.
PALPAÇÃO
É realizada por meio de palpação superficial e profunda que auxiliam na determinação do tamanho, forma, posição e sensibilidade da maioria dos órgãos abdominais além da identificação de massas e acúmulo de fluídos.
Os quadrantes devem ser palpados no sentido horário, reservando-se para o final do exame aquelas áreas previamente mencionadas como dolorosas ou sensíveis.
 A palpação SUPERFICIAL é iniciada mantendo-se os dedos de uma das mãos estendidos e fechados entre si, e com a palma da mão e o antebraço em plano horizontal; pressiona-se de forma delicada a superfície abdominal.
 O profissional vai identificando grosseiramente:
massas ou órgãos superficiais
áreas de sensibilidade dolorosa
além de reconhecer a contratura muscular reflexa.
Quando percebida a resistência muscular, é necessário distinguir a defesa voluntária e a contratura muscular involuntária, característica da resposta inflamatória do peritônio (abdome em tábua).
A palpação PROFUNDA é usada para delimitar mais precisamente os órgãos abdominais e detectar massas menos evidentes.
Com o paciente respirando pela boca, a parede abdominal é deprimida em profundidade a cada expiração, procurando-se perceber (a respeito da presença de massa:
Tamanho
Formato
Consistência
Localização
Sensibilidade
Mobilidade com a respiração
Em pacientes obesos, a palpação profunda pode ser facilitada usando-se as duas mãos, uma sobre a outra.
São considerados normais os achados de um abdome liso, de consistência macia, não tenso, não doloroso e sem órgãos aumentados ou massas.
Em pacientes obesos, a palpação profunda pode ser facilitada usando-se as duas mãos, uma sobre a outra.
São considerados normais os achados de um abdome liso, de consistência macia, não tenso, não doloroso e sem órgãos aumentados ou massas.
Sinal de Murphy
Deve ser pesquisado quando a dor ou a sensibilidade no QSD sugiram colecistite.
Comprimir o ponto cístico e pedir para o paciente inspirar.
Dor súbita= sinal de Murphy.
Indicativo de colecistite aguda. 
Sinal de Mc Burney
Palpação e compressão progressiva do ponto apendicular = dor.
A descompressão brusca dolorosa, quando ocorre no ponto de McBumey (ponto médio entre a cicatriz umbilical e crista ilíaca), é conhecida como sinal de McBurney e indicativo de apendicite aguda.
Sinal de Blumberg
Descompressão brusca da região apendicular gera dor intensa.
Pode ser aplicado em qualquer área do abdome.
Sinal de Rosving
Palpação profunda e contínua do quadrante inferior esquerdo= dor intensa no quadrante inferior direito.
EXAME FÍSICO
Palpação profunda
Palpação do fígado
Expiração= mão do examinador ajusta-se à parede abdominal
Inspiração=Mão do examinador comprime e é movimentada para cima, buscando a borda hepática
Técnica bimanual
Mãos em garra 
Palpação profunda 
Palpação do baço 
Técnica bimanual semelhante à palpação do fígado
Cuidado= risco de ruptura do baço
Exame do reto e ânus
Inspeção
Integridade
Fissuras
Abscessos
Hemorróidas
Prolapsos
Palpação
Toque retal
Realizar movimento giratório: paredes laterais e anterior.
Verificar ponta da luva após o exame
Termos Técnicos
• Aparelho Gastrintestinal:
Disfagia – Dificuldade para engolir
Odinofagia – Dor à deglutição
Pirose – Sensação de queimação na região retroesternal
Hematêmese – Vômito com sangue
Eructação – Arrotar. Ligação com aerofagia
Dispepsia – Dor ou desconforto epigástrico 
Anorexia – Perda do apetite
Melena – Fezes negras
Hematoquezia – Sangue vivo nas fezes
Enterorragia – Sangramento anal
Esteatorréia – Aumento no volume das fezes e fezes
gordurosas
Icterícia – Coloração Amarelada da pele e mucosas

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