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DIREITO TRIBUTÁRIO II - Caso Concreto 6

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Caso Concreto 6 
Em dificuldade para saldar seus débitos, inclusive tributários, a sociedade comercial 
Irmãos Tavares & Cia. Ltda., decidiu cerrar suas portas sumariamente, deixando de 
dar baixa regular em seus registros e obrigações comerciais e fiscais. Tomando 
conhecimento do fato, fiscais da Receita Federal verificaram não ter sido recolhido 
o Imposto de Renda dos dois últimos exercícios, tendo em consequência procedido 
ao lançamento. Notificada regularmente a empresa, na pessoa de seu sócio-
gerente, deixou de defender-se administrativamente, correndo o processo 
administrativo-fiscal à revelia e culminando com a inscrição do crédito tributário 
em dívida ativa e imediato ajuizamento da execução fiscal. Alertado por seu antigo 
contador, o sócio-gerente aliena vários bens sociais. 
Pergunta-se: 
a) São válidos esses atos de alienação? Em que circunstâncias? 
No que tange à letra a, a resposta deverá fundar-se no art. 185 e seu parágrafo do 
CTN, que estabelece a presunção de fraude à execução dos atos de alienação e 
oneração de bens do sujeito passivo da obrigação tributária, praticados após a 
inscrição do respectivo crédito em dívida ativa, salvo se remanescerem bens ou 
rendas suficientes para garantir a execução fiscal. Assim, os atos do sócio-gerente 
alienando bens sociais são nulos de pleno direito, a não ser que haja reservado 
outros bens sociais bastantes para assegurar a execução. 
b) Pode a Fazenda Pública requerer a falência da sociedade? 
O entendimento do STJ é no sentido de que a Fazenda Pública NÃO tem 
legitimidade para requerer a falência de uma empresa com débitos tributários, já 
que a Fazenda Pública detém um regime especial de cobrança regulado pela Lei n. 
6.830/80 – a execução fiscal. 
 
Além disso, é sabido que o crédito tributário não se sujeita ao juízo da falência (art. 
187, do CTN), tanto que a execução fiscal sequer é suspensa em razão da falência 
(art. 6º, § 7º, da LEF). Por esta razão, entende-se que não cabe o pedido de falência 
feito pela Fazenda Pública. De resto, este é o teor do Enunciado 56 da Jornada de 
Direito Comercial: A Fazenda Pública não possui legitimidade ou interesse de agir 
para requerer a falência de devedor tributário. 
c) É possível ao fisco determinar à instituição bancária que lhe forneça os dados das 
movimentações da sociedade e do sócio gerente para buscar identificar as 
irregularidades, independente de autorização judicial? 
Sim. É possível ao fisco determinar à instituição bancária que lhe forneça os dados 
das movimentações da sociedade e do sócio gerente para buscar identificar as 
irregularidades, independente de autorização judicial pois o STF decidiu no sentido 
de que a autoridade fiscal não se submete a reserva de jurisdição do § 4 do art. 5º 
da lei complementar 105/2001. 
Questão objetiva : 
Em processo de falência, a ordem de preferência do crédito tributário constituído 
antes da decretação da falência de determinado contribuinte que deve também 
créditos trabalhistas anteriores à quebra, equivalentes a vinte mil reais; créditos 
trabalhistas anteriores à quebra, cedidos a terceiros, equivalentes a quinze mil reais; 
crédito garantido com hipoteca até o limite do valor do bem gravado; remuneração 
devida ao administrador judicial equivalente a cinco mil reais, corresponderá ao 
D (X) quarto pagamento.

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