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DIREITO TRIBUTÁRIO II - Caso Concreto 7

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Caso Concreto 7 
João Guimarães é sócio da empresa Imobiliária Irmãos Guimarães Ltda. e recebe 
uma citação em execução fiscal em razão de ser sócio gerente desta. O fiscal pediu 
o redirecionamento da execução fiscal por haver identificado que o que levou ao 
não pagamento do tributo foi escrituração fiscal irregular atribuída ao sócio 
gerente, responsável por este ato de gestão. João, depois de garantido o juízo, 
oferece embargos alegando a indispensabilidade de incidente de desconsideração 
da personalidade jurídica para redirecionamento da execução fiscal com fulcro no 
art. 135 do CTN. É necessário o incidente de desconsideração da personalidade 
jurídica? 
O encontro nacional dos juízes de Fazenda Pública entenderam que não. Não se 
aplica o incidente de desconsideração do art. 135 do CTN. Neste caso estamos 
diante de uma responsabilidade de terceiros a responsabilidade não é 
originariamente da sociedade e do sócio. Embora o caso seja controverso e deve 
ser considerado o Enunciado 53 da Escola de Formação e Aperfeiçoamento de 
Magistrados. 
 
Questão objetiva: 
Determinado contribuinte, devedor de tributo, obtém parcelamento e vem 
efetuado o pagamento conforme deferido. Apesar disso, sofre processo de 
execução fiscal para a cobrança do referido tributo. Nos embargos de devedor, o 
executado poderá alegar: 
(X) d. a carência da execução fiscal, em face da suspensão da exigibilidade do 
crédito tributário. 
 
O parcelamento tributário é previsto no art. 151, VI do CTN como causa de 
suspensão do crédito tributário. Na verdade, diante de qualquer uma das hipóteses 
expressas nesse citado preceito, o que se suspenderá será a cobrança do crédito 
tributário, e não o próprio crédito. 
Enfim, se determinado contribuinte é devedor de tributo, porém, obtém seu 
parcelamento e vem efetuando o pagamento conforme deferido, não há base legal 
para que o sujeito ativo intente qualquer medida de cobrança, mormente ação de 
execução fiscal.

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