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AULA Nº 6 - ENFERMAGEM EM CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO E ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO Prezado aluno, Sou a Professora Poly, Enfermeira graduada pela Universidade de Brasília (UnB) e Mestre pela Universidade de São Paulo (USP) na linha de Gestão em Serviços de Saúde. Tese de mestrado apresentada na XXIII Conferência Internacional da Federação Européia de Informática médica (MIE-2011) em Oslo- Noruega. Atuei como enfermeira no Hospital Israelita Albert Einstein em São Paulo, e por 5 anos na Rede SARAH de Hospitais de Reabilitação em Brasília. Atualmente sou Enfermeira da área de Informática e Gestão de negócios na Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH/HUB) e Professora Universitária na área da Enfermagem. Irei acompanhá-lo nesse momento de estudo a respeito das temáticas: Central de material e Esterilização e Enfermagem em Centro Cirúrgico. Irei dividir os dois temas em dois títulos principais, e logo em seguida cada título em subtítulos. É importante você se assegurar que está preparado para iniciarmos o nosso estudo, e que nada venha a te interromper durante seu raciocínio. Portanto, procure um local adequado e um ambiente em que você esteja confortável para se concentrar. O material a seguir foi elaborado com as mais atualizadas referências na área e especialmente para a sua aprovação! Tentarei ser sucinta na teoria introdutória bem como no comentário das questões, trazendo assim o que de fato é atual e informações importantes para sua aprovação. Você verá que eu sempre estarei incluindo imagens, tópicos em quadros e algumas palavras sublinhadas, então fique de fato atento a essas observações que serão um diferencial no seu estudo. Todos os tópicos dos subtítulos foram os tópicos cobrados no seu edital. Para os casos em que não há questões comentadas a respeito do assunto eu coloquei uma teoria para direcioná-lo. Ok? TITULO DA AULA SUBTÍTULOS COM QUESTÕES COMENTADAS Sempre que ver a figura é porque o assunto é comumente cobrado em provas. Acrescentei em algumas questões, em especial as de cuidados de enfermagem em pós operatório o tópico “ Vamos diagnosticar? onde cito diagnósticos da NANDA para os casos em questão. E fique atento também quando verificar a figura que significa que vamos citar a legislação, ou seja, uma norma regulamentadora, uma norma do COFEN, e leis em geral. OK? Vamos começar? ENFERMAGEM EM CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO (CME) Estrutura Física O CME é uma unidade de apoio técnico destinada à recepção, expurgo, preparo, esterilização, guarda e distribuição dos materiais para as unidades de assistência à saúde. Ou seja, CME é uma Unidade de apoio técnico a todas as unidades assistências Limpeza Estocagem Desinfecção Recepção e Processamento Distribuição Esterilização Guarda Segundo a ANVISA uma Central de material de esterilização deve possuir uma cadeia de gestão. Na figura abaixo observamos a estrutura proposta pela ANVISA no que diz respeito a dimensão do serviço dentro de uma CME: De acordo com a Resolução de Diretoria Colegiada - RDC 50/2002, o CME é composto de: - área de lavagem e descontaminação; - área de preparo de materiais; - área de esterilização; - área de armazenamento e distribuição de materiais e roupas esterilizados. A área física do CME deve permitir o estabelecimento de um fluxo contínuo e unidirecional do artigo médico hospitalar, evitando o cruzamento de artigos sujos com os limpos e esterilizados, como também evitar que o trabalhador escalado para a área contaminada transite pelas áreas limpas e vice-versa (SOBECC,2009). Alunos fiquem atentos também quanto a classificação da ANVISA quanto as classes de CME: CME Classe I- é aquele que realiza o processamento de produtos para a saúde não-críticos, semicríticos e críticos de conformação não complexa, passíveis de processamento CME Classe II- é aquele que realiza o processamento de produtos para a saúde não-críticos, semicríticos e críticos de conformação complexa e não complexa, passíveis de processamento FIQUE LIGADO a única diferença da Classe I para a Classe II é que na Classe II ele também processa artigos de conformação complexa!! A RDC 307/2002 afirma que o CME deve existir quando houver: centro cirúrgico, centro obstétrico e/ou ambulatorial, hemodinâmica, emergência de alta complexidade e urgência. ATENÇÃO A unidade pode se localizar fora do Estabelecimento de Assistência à Saúde. O CME simplificado só pode existir como apoio técnico a procedimentos, que não exijam ambiente cirúrgico para sua realização, frequente em unidades básicas de saúde. 1. (HU-UFGD/EBSERH/Instituto AOCP/2014) No Centro de Material e Esterilização, o conjunto de medidas comportamentais dos profissionais de saúde visando à prevenção de contaminação cruzada entre o ambiente sujo e o ambiente limpo, na ausência de barreiras físicas, é chamado de a) barreira técnica. b) procedimento operacional. c) área semi-crítica. d) comportamento crítico. e) padrão de área COMENTÁRIOS: Na RDC 15 de 2012, no Art. 4º para efeito deste Regulamento Técnico são adotadas as seguintes definições: I - barreira técnica: conjunto de medidas comportamentais dos profissionais de saúde visando à prevenção de contaminação cruzada entre o ambiente sujo e o ambiente limpo, na ausência de barreiras físicas; Portanto, gabarito letra A. Vamos fazer o seguinte, O Art.4 da RDC 15 de 2012 é um assunto muito cobrado em prova, em algumas situações a resposta é a própria definição na íntegra, como foi o caso dessa questão da AOCP. Então vou colocar logo abaixo uma tabela com todas as 29 definições existentes nesse artigo. Fique Ligado!! RDC Nº 15, DE 15 DE MARÇO DE 2012 Definições do Art.4 I- barreira técnica conjunto de medidas comportamentais dos profissionais de saúde visando à prevenção de contaminação cruzada entre o ambiente sujo e o ambiente limpo, na ausência de barreiras físicas; II- carga de maior desafio carga utilizada na qualificação de desempenho dos equipamentos, cujo desafio represente o pior cenário na rotina do serviço; III- centro de material e esterilização - CME unidade funcional destinada ao processamento de produtos para saúde dos serviços de saúde; IV - centro de material e esterilização de funcionamento centralizado unidade de processamento de produtos para saúde que atende a mais de um serviço de saúde do mesmo gestor; IV - centro de material e esterilização de funcionamento centralizado unidade de processamento de produtos para saúde que atende a mais de um serviço de saúde do mesmo gestor; V - consultório individualizado serviço de atendimento individualizado funcionalmente independente de um serviço de saúde; VI - controle de qualidade do processamento dos produtos para saúde avaliação sistemática e documentada da estrutura e do processo de trabalho e avaliação dos resultados de todas as etapas do processamento de produtos para saúde; VI - controle de qualidade do processamento dos produtos para saúde avaliação sistemática e documentada da estrutura e do processo de trabalho e avaliação dos resultados de todas as etapas do processamento de produtos para saúde; VII - data limite de uso do produto esterilizado prazo estabelecido em cada instituição, baseado em um plano de avaliação da integridade das embalagens, fundamentado na resistência das embalagens, eventos relacionados ao seu manuseio (estocagem em gavetas, empilhamento de pacotes, dobras das embalagens), condições de umidade e temperatura, segurança da selagem e rotatividade do estoque armazenado; VIII - desinfecção de alto nível processo físico ou químico que destrói a maioria dos microrganismos de artigos semicríticos, inclusive micobactérias e fungos, exceto um número elevado de esporos bacterianos; IX - desinfecção de nível intermediário processo físico ou químico que destróimicrorganismos patogênicos na forma vegetativa, micobactérias, a maioria dos vírus e dos fungos, de objetos inanimados e superfícies; X - detergentes produto destinado a limpeza de artigos e superfícies por meio da diminuição da tensão superficial, composto por grupo de substâncias sintéticas, orgânicas, líquidas ou pós solúveis em água que contêm agentes umectantes e emulsificantes que suspendem a sujidade e evitam a formação de compostos insolúveis ou espuma no instrumento ou na superfície; XI - embalagem para esterilização de produtos para saúde invólucro que permite a entrada e saída do ar e do agente esterilizante e impede a entrada de microorganismos: XII - lavadora ultrassônica equipamento automatizado de limpeza que utiliza o princípio da cavitação, em que ondas de energia acústica propagadas em solução aquosa rompem os elos que fixam a partícula de sujidade à superfície do produto; XIII - limpeza remoção de sujidades orgânicas e inorgânicas, redução da carga microbiana presente nos produtos para saúde, utilizando água, detergentes, produtos e acessórios de limpeza, por meio de ação mecânica (manual ou automatizada), atuando em superfícies internas (lúmen) e externas, de forma a tornar o produto seguro para manuseio e preparado para desinfecção ou esterilização; XIV - pré-limpeza remoção da sujidade visível presente nos produtos para saúde; XV - produtos para saúde críticos são produtos para a saúde utilizados em procedimentos invasivos com penetração de pele e mucosas adjacentes, tecidos subepteliais, e sistema vascular, incluindo também todos os produtos para saúde que estejam diretamente conectados com esses sistemas; XVI - produtos para saúde semi-críticos produtos que entram em contato com pele não íntegra ou mucosas íntegras colonizadas; XVII - produtos para saúde não-críticos produtos que entram em contato com pele íntegra ou não entram em contato com o paciente; XVIII - produtos para saúde passíveis de processamento produto para saúde fabricado a partir de matérias primas e conformação estrutural, que permitem repetidos processos de limpeza, preparo e desinfecção ou esterilização, até que percam a sua eficácia e funcionalidade; XIX - produto para saúde crítico de conformação complexa produtos para saúde que possuam lúmem inferior a cinco milímetros ou com fundo cego, espaços internos inacessíveis para a fricção direta, reentrâncias ou válvulas; XX - produto para saúde de conformação não complexa produtos para saúde cujas superfícies internas e externas podem ser atingidas por escovação durante o processo de limpeza e tenham diâmetros superiores a cinco milímetros nas estruturas tubulares; XXI - processamento de produto para saúde conjunto de ações relacionadas à pré-limpeza, recepção, limpeza, secagem, avaliação da integridade e da funcionalidade, preparo, desinfecção ou esterilização, armazenamento e distribuição para as unidades consumidoras; XXII - qualificação da instalação evidência documentada, fornecida pelo fabricante ou distribuidor, de que o equipamento foi entregue e instalado de acordo com as suas especificações; XXIII - qualificação de operação evidência documentada, fornecida pelo fabricante ou distribuidor, de que o equipamento, após a qualificação da instalação, opera dentro dos parâmetros originais de fabricação; XXIV - qualificação de desempenho evidência documentada de que o equipamento, após as qualificações de instalação e operação, apresenta desempenho consistente por no mínimo 03 ciclos sucessivos do processo, com parâmetros idênticos, utilizando-se pelo menos a carga de maior desafio, determinada pelo serviço de saúde; XXV - rastreabilidade capacidade de traçar o histórico do processamento do produto para saúde e da sua utilização por meio de informações previamente registradas; XXVI - resíduos de serviços de saúde são todos aqueles resultantes de atividades exercidas nos serviços de saúde, públicos ou privados, que por suas características, necessitam de processos diferenciados em seu manejo, exigindo ou não tratamento prévio à sua disposição final; XXVII - representante legal pessoa física investida de poderes legais para praticar atos em nome da pessoa jurídica; XXVIII - responsável técnico – RT profissional de nível superior legalmente habilitado, que assume perante a vigilância sanitária a responsabilidade técnica pelo serviço de saúde ou pela empresa processadora, conforme legislação vigente; XXIX - unidades satélites são unidades dos serviços de saúde que realizam uma ou mais etapas do processamento de produtos para saúde, localizadas fora da estrutura física do CME e subordinadas a este em relação aos procedimentos operacionais. 2. (Conjunto Hospitalar Sorocaba-CHS/CETRO/2014) Em relação aos conhecimentos de enfermagem na Central de Material e Esterilização (CME) e a RDC nº 15/2012, analise as assertivas abaixo. I. Na sala de desinfecção química, o enxágue dos materiais deve ser realizado com água que atenda aos padrões de potabilidade definidos em normatização específica. II. O CME deve realizar a monitorização dos parâmetros indicadores de efetividade dos desinfetantes para artigo semicrítico, como concentração, pH ou outros, no mínimo uma vez por semana. III. É proibido o uso de autoclave gravitacional de capacidade superior a 100 litros. IV. É permitido alteração dos parâmetros estabelecidos na qualificação de operação e de desempenho de qualquer ciclo dos equipamentos de esterilização sob supervisão técnica. V. O monitoramento do processo de esterilização com indicadores físicos deve ser registrado a cada ciclo de esterilização. É correto o que se afirma em a) II e IV, apenas. b) I, III e V, apenas. c) II, IV e V, apenas. d) I e V, apenas. e) II e V, apenas. COMENTÁRIOS: Vou comentar cada questão para chegarmos à assertiva CORRETA: I- Verifique que o artigo da RDC nº 15 está na íntegra: Art. 87 Na sala de desinfecção química o enxágue dos produtos para saúde deve ser realizado com água que atenda aos padrões de potabilidade definidos em normatização específica. CORRETO II- Art 90 da RDC nº 15 diz O CME deve realizar a monitorização dos parâmetros indicadores de efetividade dos desinfetantes para artigo semicrítico, como concentração, pH ou outros, no mínimo 1 vez ao dia, antes do inicio das atividades. INCORRETO III- Art. 91 na íntegra é: É proibido o uso de autoclave gravitacional de capacidade superior a 100 litros. CORRETO IV-Segundo o Art. 94 Não é permitido à alteração dos parâmetros estabelecidos na qualificação de operação e de desempenho de qualquer ciclo dos equipamentos de esterilização. Verifique a a norma não especifica se pode com a supervisão técnica, e veta a permissão. Portanto, INCORRETO V- Isso mesmo! Olha o Art. 97: O monitoramento do processo de esterilização com indicadores físicos deve ser registrado a cada ciclo de esterilização. CORRETO Gabarito letra B. Essa questão era a própria documentação da norma. Portanto indico que após a realização dessa aula leiam novamente toda a norma para que fixe ainda mais o conteúdo. 3. (Prefeitura de Várzea Alegre – CE/URCA/2014) De acordo com as orientações gerais para a Central de Esterilização do Ministério da Saúde, todo processo de desinfecção e esterilização deve ser precedido pela limpeza e secagem rigorosas dos artigos. Do conceito de Desinfecção e esterilização de artigos todos estão correto, EXCETO: a) Considera se um artigo estéril quando a probabilidade de sobrevivência dos microorganismo contaminantes é menor do que 1:1000.000. b) Desinfecção de nível intermediário possui ação bactericida e virucida, inclusive contra o bacilo da tuberculose, mas não destrói esporos. c) O método e o tipo de desinfecção deve ser escolhido de acordo com o Artigo. d) A esterilização só pode ser feita por meio de processo físico. COMENTÁRIOS: a) Convencionalmente considera-se um artigoestéril quando a probabilidade de sobrevivência dos microorganismos contaminantes é menor do que 1:1.000.000. A exposição de um artigo a um agente esterilizante, não garante a segurança do processo, uma vez que esta depende de limpeza eficaz (Brasil 2001). CORRETO b) Processo físico ou químico que destrói microrganismos patogênicos na forma vegetativa, micobactérias, a maioria dos vírus e dos fungos, de objetos inanimados e superfícies inclusive o bacilo da tuberculose. CORRETO c) Isso mesmo! O método e o tipo de desinfecção deve ser escolhido de acordo com o Artigo. CORRETO d) esse item é a exceção e portanto o item INCORRETO, veja porque: Segue abaixo alguns dos métodos de esterilização. O método químico será explicitada melhor em outra questão. Porém guarde que existem os métodos físicos, químicos e físico-químicos de esterilização! MÉTODOS FÍSICOS Esterilização por vapor O vapor quente sob pressão é o método mais usado para esterilização de materiais médico-hospitalares do tipo crítico. É não tóxico, de baixo custo e esporicida. Por esses motivos, deve ser usado para todos os itens que não sejam sensíveis ao calor e à umidade. O calor úmido destrói os micro-organismos por coagulação e desnaturação irreversíveis de suas enzimas e proteínas estruturais. Este tipo de processo é realizado em autoclaves. As autoclaves podem ser divididas segundo os tipos abaixo: Gravitacional - O vapor é injetado forçando a saída do ar. A fase de secagem é limitada uma vez que não possui capacidade para completa remoção do vapor. Sua desvantagem é que pode apresentar umidade ao final pela dificuldade de remoção do ar. As autoclaves verticais são mais indicadas para laboratórios. Na venturi, o ar é removido através de uma bomba. A fase de secagem é limitada uma vez que não possui capacidade para completa remoção do vapor. Sua desvantagem é que pode apresentar umidade pelas próprias limitações de remoção do ar do equipamento. Alto vácuo - Introduz vapor na câmara interna sob alta pressão com ambiente em vácuo. É mais seguro que o gravitacional devido a alta capacidade de sucção do ar realizada pela bomba de vácuo. Esterilização por calor seco Este método é reservado somente aos materiais sensíveis ao calor úmido. Guarda suas vantagens na capacidade de penetração do calor e na não corrosão dos metais e dos instrumentos cortantes, sendo porém um método que exige maior tempo de exposição para alcançar seus objetivos, por oxidação dos componentes celulares. Abaixo, alguns exemplos de temperatura e respectivo tempo de exposição necessário: Temperatura Tempo 171°C 60 minutos 160°C 120 minutos 149°C 150 minutos 141°C 180 minutos 121°C 12 horas MÉTODOS FÍSICO-QUÍMICOS De forma geral, os métodos físico-químicos são processos realizados com baixas temperaturas. A esterilização a baixa temperatura é requerida para materiais termo sensíveis e/ou sensíveis à umidade. O método ideal não existe e todas as tecnologias têm limitações. Óxido de etileno É quase que exclusivamente utilizado para esterilização de equipamentos que não podem ser autoclavados. A efetividade do processo depende da concentração do gás, da temperatura, da umidade e do tempo de exposição. Age por alcalinização de proteínas, DNA e RNA. As desvantagens para sua aplicação são o tempo necessário para efetivar o processo, o custo operacional e os possíveis riscos aos pacientes e aos profissionais envolvidos. Apresenta potencial carcinogênico e mutagênico, genotoxicidade, podendo alterar sistema reprodutor e nervoso e, ainda, causar sensibilização aos profissionais envolvidos no processo, devendo haver supervisão médica constante nos mesmos. Radiação ionizante Método extremamente caro de esterilização, tendo sido usado para tecidos destinados a transplantes, drogas, entre outros. Para outros artigos, perde para o óxido de etileno, justamente devido a seu custo. As vantagens do processo estão em permitir aos produtos serem tratados na sua embalagem de transporte e também no fato dos prestadores de serviço possuírem irradiadores de grande porte, onde pallets inteiros são processados ao mesmo tempo sem a necessidade de desconfigurar a carga, e os produtos não necessitam retornar ao fabricante inicial para serem reembalados. Nesta condição, podem ser despachados diretamente para o consumidor final reduzindo substancialmente os custos de logística. Esse item foi bem fácil. Gabarito letra E. 4. (HUPAA-UFAL/EBSERH/IDECAN/2014) Em relação à esterilização pelo óxido de etileno, assinale a afirmativa INCORRETA. a) É um método químico de esterilização. b) Utiliza o Bacillus subtilis como indicador biológico. c) A aeração é uma das etapas deste processo de esterilização. d) O gás óxido de etileno pode causar irritação na pele e nas mucosas. e) Necessita de adição de estabilizantes como o dióxido de cloro ou hidroclorofluorocarboneto. COMENTÁRIOS: Essa é uma questão interessante e complexa. Vamos aos itens: a) O Item está INCORRETO porque esse método é considerado físico químico. Observe a tabela abaixo para você gravar: MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO ALTERNATIVAS Métodos físicos vapor saturado/autoclaves calor seco Raios Gama/Cobalto Métodos químicos Glutaraldeído Formaldeído Ácido peracético Métodos físico químicos Esterilizadoras a Óxido de Etileno (ETO) Plasma de Peróxido de Hidrogênio Plasma de gases (vapor de ácido peracético e peróxido de hidrogênio; oxigênio, hidrogênio e gás argonio) Vapor de Formaldeído b) Isso mesmo para esse processo o Bacillus subtilis é considerado como indicador biológico. Item CORRETO c) Etapas do processo de estrilização com óxido de etileno são: Carregamento da Câmara Aquecimento da Câmara Programação do Ciclo de Esterilização Remoção do Ar por Alto Vácuo e Injeção de N2 Umidificação Injeção do Gás Óxido de Etileno Tempo de Exposição Remoção do Gás por Alto Vácuo e Injeção de N2 Aeração Portanto letra c) CORRETO d)- O óxido de etileno C2H4O é um gás incolor à temperatura ambiente, é altamente inflamável. Em sua forma líquida é miscível com água, solventes orgânicos comuns, borracha e plástico. Para que possa ser utilizado o óxido de etileno é misturado com gases inertes, que o torna não-inflamável e não-explosivo. O óxido de etileno é irritante da pele e mucosas, provoca distúrbios genéticos e neurológicos. É um método, portanto, que apresenta riscos ocupacionais. Item CORRETO. e)- os clorofluorocarbonados são usados como estabilizadores em combinação com o Óxido de Etileno e a Agência de Proteção Ambiental Americana baniu a produção dos clorofluorocarbonados. As alternativas menos prejudiciais ao ambiente são: - 8,5% de Óxido de Etileno e 91,% de Dóxido de Carbono - Msitura de Óxido de Etileno com hidroclorofluorocarbonados - 100% de Óxido de Etileno. Item CORRETO. Portanto gabarito letra A. Recursos Humanos e materiais Vou deixar aqui na íntegra a Seção II da RDC n° 15 de 2012 com os seus devidos artigos. São apenas 3 artigos. Por isso leia com atenção: Art. 27 Todas as etapas do processamento de produtos para saúde devem ser realizadas por profissionais para os quais estas atividades estejam regulamentadas pelos seus conselhos de classe. Art. 28 O CME e a empresa processadora devem possuir um Profissional Responsável de nível superior, para a coordenação de todas as atividades relacionadas ao processamento de produtos para a saúde, de acordo com competências profissionais definidas em legislação especifica. Parágrafo único. O responsável pelo CME Classe II deve atuar exclusivamente nesta unidade durante sua jornada de trabalho. Art. 29 Os profissionais da CME e da empresa processadora devem receber capacitação específica e periódica nos seguintes temas: I - classificação de produtos para saúde; II - conceitos básicos de microbiologia; III - transporte dos produtos contaminados; IV - processo de limpeza, desinfecção, preparo, inspeção, acondicionamento,embalagens, esterilização, funcionamento dos equipamentos existentes; V - monitoramento de processos por indicadores químicos, biológicos e físicos; VI - rastreabilidade, armazenamento e distribuição dos produtos para saúde; VII - manutenção da esterilidade do produto. A Resolução do COFEN nº 293/04 fixa e estabelece parâmetros para o Dimensionamento do Quadro de Profissionais de Enfermagem nas Unidades Assistenciais das Instituições de Saúde e Assemelhados e para o dimensionamento de pessoal de Enfermagem (Enfermeiros,Técnicos e Auxiliares ) e em uma Central de Material, deve se considerar os serviços: Expurgo, Preparo, Esterilização, Distribuição e Arsenal, levando em conta a JST e todas as particularidades da Instituição . Classificação dos artigos médico-hospitalares Vamos retomar o assunto sobre classificação dos artigos médicos hospitalares, esse assunto já foi mencionado do quadro de definições da RDC nº 15, lembra? Então, como esse assunto é muito cobrado em provas de concurso iremos retomá-lo com as questões comentadas. Esta classificação é realizada conforme o grau de contato do artigo com o organismo humano e indicados métodos com capacidade progressiva de descontaminação e processamento a fim de sua utilização seja realizada com segurança. De acordo com a definição clássica de Spaulding os artigos médico- hospitalares didaticamente podem ser classificados em: CRÍTICOS SEMI CRÍTICOS NÃO CRÍTICOS Dica do dia: mentalize o quadro abaixo e certamente essa questão poderá te levar à aprovação: Vamos como esse tema é cobrado em algumas questões: 5. (HUPES-UFBA/EBSERH/IADES/2014) De acordo com o grau de risco de aquisição de infecções, os artigos hospitalares são classificados em críticos, semicríticos e não críticos. A esse respeito, assinale a alternativa que indica artigos críticos. a) Inaladores e termômetros. b) Máscaras de ambu e PVC. c) Cânula endotraqueal e comadres. d) Endoscópio do trato digestivo e artroscópio. e) Instrumental cirúrgico e tubos de látex. COMENTÁRIO: Vou deixar alguns exemplos porque sei que dessa forma na hora da prova você irá lembrar das imagens de cada classificação. Veja: ARTIGOS CRÍTICOS ARTIGOS SEMI CRÍTICOS ARTIGOS NÃO CRÍTICOS Portanto conforme foi mencionado anteriormente, segundo a classificação de Spaulding os artigos críticos são instrumental cirúrgico e tubos de látex. Gabarito letra E. 6. (HUAC-UFCG/COMPROV/2014) Sobre os requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para saúde, assinale a alternativa INCORRETA: a) Produtos para saúde classificados como semicríticos devem ser submetidos, no mínimo, ao processo de desinfecção de alto nível, após a limpeza b) São considerados produtos para saúde semicríticos: produtos que entram em contato com pele não íntegra ou mucosas íntegras colonizadas c) O monitoramento do processo de esterilização com indicadores físicos deve ser registrado a cada ciclo de esterilização d) Produtos para saúde utilizados na assistência ventilatória e inaloterapia, poderão ser submetidos à desinfecção por métodos de imersão química líquida com a utilização de saneantes a base de aldeídos e) As leitoras de indicadores biológicos e as seladoras térmicas devem ser calibradas, no mínimo, anualmente COMENTÁRIOS: e b)- Segundo a ANVISA Artigo semi-crítico é aquele que entra em contato com a pele não íntegra ou com mucosa. Requer desinfecção de alto nível ou esterilização para uso. Exemplos: equipamentos de terapia respiratória e de anestesia, endoscopia. ITENS CORRETOS. c)- Isso mesmo, é o artigo da RDC na íntegra. d)- Fique atento a esse item porque essa foi uma inovação da RDC n° 15 de 2012. Art. 13 Parágrafo único. Produtos para saúde utilizados na assistência ventilatória e inaloterapia, NÃO poderão ser submetidos à desinfecção por métodos de imersão química líquida com a utilização de saneantes à base de aldeídos. Portanto, INCORRETO e) As leitoras de indicadores biológicos e as seladoras térmicas devem ser calibradas, no mínimo, anualmente. ITEM CORRETO. E pode ser cobrado em prova utilizando outra freqüência, por isso lembre-se que é ANUALMENTE! Gabarito letra D. Processamento do material O fluxo no CME deve ser prático e contínuo, por isso a equipe e o material deverão seguir um fluxograma unidirecional, ou seja, a direção é de uma região contaminada para uma limpa. A estrutura física dos Estabelecimentos de Assistência à Saúde e as legislações sanitárias são questões de extrema importância e podem ser designadas como elementos essenciais para a dinâmica de funcionamento do CME, pois uma planta física adequada proporcionará um fluxo unilateral, que é exigido pelas leis sanitárias. 7. (HU-UFMS/ EBSERH/Instituto AOCP/2014) No que se refere ao fluxo do material no interior da Central de Material Esterilização (CME), assinale a alternativa que corresponda à sequência correta recomendada. a) Acondicionamento – Limpeza – Seleção – Esterilização – Distribuição. b) Limpeza – Seleção – Esterilização – Acondicionamento – Distribuição. c) Seleção – Acondicionamento – Limpeza – Esterilização – Distribuição. d) Limpeza – Seleção – Acondicionamento – Esterilização – Distribuição. e) Seleção – Limpeza – Acondicionamento – Esterilização – Distribuição. COMENTÁRIO: Segundo a figura acima que representa a orientação da SOBECC de 2009. Teremos: o seguinte fluxo: Recepção (Seleção entre artigos sujos, roupas ou artigos limpos0 Limpeza e secagem dos artigos sujos Acondicionamento Esterilização Distribuição Essa foi fácil. Gabarito letra E! Inspeção, Preparo e Acondicionamento dos produtos para saúde. Os materiais enviados para processamento na Central de Materiais e Esterilização (CME) da instituição devem ser passíveis de limpeza e desinfecção ou esterilização. È imprescindível que seja feita uma avaliação dessas condições para proceder ao processamento do artigo. Artigos que possuam em suas características componentes que não possam ser submetidos às etapas do reprocessamento devem ser recusados pelo setor. Exemplos desses artigos: • Artigos com componentes em madeira (ex. instrumentais cirúrgicos, espátulas, palitos entre outros); • Artigos que não possuam registro no Ministério da Saúde na classe de artigo médico hospitalar (ex. luvas cortadas, pedaços de plástico, tampas diversas). Veja abaixo os artigos da RDc n° 15 e as orientações sobre esse processo de inspeção, preparo e acondicionamento dos produtos: Art. 76 A limpeza dos produtos para saúde, seja manual ou automatizada, deve ser avaliada por meio da inspeção visual, com o auxílio de lentes intensificadoras de imagem, de no mínimo oito vezes de aumento, complementada, quando indicado, por testes químicos disponíveis no mercado. Art. 77 O CME e a empresa processadora devem utilizar embalagens que garantam a manutenção da esterilidade do conteúdo, bem como a sua transferência sob técnica asséptica. Art. 78 As embalagens utilizadas para a esterilização de produtos para saúde devem estar regularizadas junto à Anvisa, para uso especifico em esterilização. Art. 79 Não é permitido o uso de embalagens de papel kraft, papel toalha, papel manilha, papel jornal e lâminas de alumínio, assim como as embalagens tipo envelope de plástico transparente não destinadas ao uso em equipamentos de esterilização. Art. 80 A selagem de embalagens tipo envelope deve ser feita por termoseladora ou conforme orientação do fabricante. Art. 81 Não é permitido o uso de caixas metálicas sem furos para esterilização de produtos para saúde. Art. 82 O CME que utiliza embalagem de tecido de algodão, deve possuir um plano contendo critérios de aquisição e substituição do arsenal de embalagem de tecido mantendo os registros desta movimentação. Parágrafo único. Não é permitido o uso de embalagens de tecido de algodão reparadas com remendos ou cerzidas e sempre que for evidenciada a presença de perfurações, rasgos, desgaste do tecido ou comprometimentoda função de barreira, a embalagem deve ter sua utilização suspensa. Art. 83 É obrigatória a identificação nas embalagens dos produtos para saúde submetidos à esterilização por meio de rótulos ou etiquetas. Art. 84 O rótulo dos produtos para saúde processados deve ser capaz de se manter legível e afixado nas embalagens durante a esterilização, transporte, armazenamento, distribuição e até o momento do uso. Art. 85 O rótulo de identificação da embalagem deve conter: I - nome do produto; II - número do lote; III - data da esterilização; IV - data limite de uso; V - método de esterilização; VI - nome do responsável pelo preparo. Monitorização e validação do processo de esterilização Monitorar o processo requer etapas, são elas: Qualificação operacional no momento da instalação Controle rotineiro do equipamento Checagem da função do equipamento após consertos, reformas, grandes mudanças no tipo de carga e/ou embalagens. Todos os procedimentos executados, bem como as condições dos ciclos, disposição das cargas, tipos de artigos e embalagens, devem fazer parte de um relatório. Ao término do processo deverão ser feitas recomendações com os relatórios checados pelo Controle de Infecção Hospitalar da Instituição. O controle rotineiro das cargas e dos esterilizadores são de vital importância para a qualidade do processamento. Este controle será feito por: Novamente coloco a RDC n° 15 com os seus respectivos artigos agora a respeito da monitorização do processo de esterilização dos artigos, para dessa forma revisarmos a legislação vigente sobre o assunto: Art. 96 O monitoramento do processo de esterilização deve ser realizado em cada carga em pacote teste desafio com integradores químicos (classes 5 ou 6), segundo rotina definida pelo próprio CME ou pela empresa processadora. Art. 97 O monitoramento do processo de esterilização com indicadores físicos deve ser registrado a cada ciclo de esterilização. Art. 98 No monitoramento do processo de esterilização dos produtos para saúde implantáveis deve ser adicionado um indicador biológico, a cada carga. Parágrafo único. A carga só deve ser liberada para utilização após leitura negativa do indicador biológico. Art. 99 O monitoramento do processo de esterilização com indicador biológico deve ser feito diariamente, em pacote desafio disponível comercialmente ou construído pelo CME ou pela empresa processadora, que deve ser posicionado no ponto de maior desafio ao processo de esterilização, definido durante os estudos térmicos na qualificação de desempenho do equipamento de esterilização. Art. 100 A área de monitoramento do processamento de produtos para saúde deve dispor de sistema para guarda dos registros dos monitoramentos Outros Conceito importantes Outro tema que cai bastante em provas de concurso são os conceitos. Portanto fiquem atentos. Entendamos inicialmente que o CME constitui um ambiente de trabalho que apresenta riscos ocupacionais, que expõem os profissionais da saúde a fluidos corpóreos veiculadores de microorganismos, substâncias orgânicas e inorgânicas contaminadas. Por isso, há a importância da utilização de equipamentos de proteção individual (EPI). O uso de EPI neste setor diminui o risco de contato direto da pele e mucosas com qualquer material contaminado e os produtos químicos necessários ao processo. Os conceitos abaixo são os mais cobrados sobre esse tema. Observe os sublinhados para entender a diferença entre os conceitos: Limpeza é a remoção mecânica de sujidade em objetos inanimados ou superfícies, imprescindível antes da execução de processos de desinfecção e/ou esterilização. Assepsia: é o conjunto de medidas que utilizamos para impedir a penetração de microorganismos num ambiente que logicamente não os tem, logo um ambiente asséptico é aquele que está livre de infecção. Antissepsia: é o conjunto de medidas propostas para inibir o crescimento de microorganismos ou removê-los de um determinado ambiente, podendo ou não destruí-los e para tal fim utilizamos antissépticos ou desinfetantes. Portanto, é a destruição de micro-organismos existentes nas camadas superficiais ou profundas da pele, mediante a aplicação de um agente germicida de baixa causticidade, hipoalergenico e passível de ser aplicado em tecido vivo. Os detergentes sintéticos não-iônicos praticamente são destituídos de ação germicida. Sabões e detergentes sintéticos aniônicos exercem ação bactericida contra microorganismos muito frágeis como o Pneumococo, porém, são inativos para Stafilococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e outras bactérias Gram negativas. Consequentemente, sabões e detergentes sintéticos (não iônicos e aniônicos) devem ser classificados como degermantes, e não como antissépticos. Degermação: Vem do inglês degermation, ou desinquimação, e significa a diminuição do número de microorganismos patogênicos ou não, após a escovação da pele com água e sabão. Ou seja, É a remoção de detritos e impurezas depositados sobre a pele (superficiais). Sabões e detergentes sintéticos, graças a sua propriedade de umidificação, penetração, emulsificação e dispersão, removem mecanicamente a maior parte da flora microbiana existente nas camadas superficiais da pele, também chamada flora transitória. Fumigação: é a dispersão sob forma de partículas, de agentes desinfectantes como gases, líquidos ou sólidos. Desinfecção é processo físico ou químico que elimina a maioria dos microrganismos patogênicos de objetos inanimados e superfícies, com exceção de esporos bacterianos, podendo ser de baixo, médio ou alto nível. Desinfecção de baixo nível: processo físico ou químico que elimina bactérias vegetativas, alguns vírus e fungos, de objetos inanimados e superfícies, sem atividade contra micobactérias ou esporos bacterianos. Desinfecção de médio nível: processo físico ou químico que elimina bactérias vegetativas, micobactérias, maioria dos vírus e fungos, de objetos inanimados e superfícies. Desinfecção de alto nível: processo físico ou químico que destrói todos os microrganismos de objetos inanimados e superfícies, exceto um número elevado de esporos bacterianos. Esterilização: é processo de destruição de todas as formas de vida microbiana (bactérias nas formas vegetativas e esporuladas, fungos e vírus) mediante a aplicação de agentes físicos e ou químicos, Toda esterilização deve ser precedida de lavagem e enxaguadura do artigo para remoção de detritos. Esterilizantes: são meios físicos (calor, filtração, radiações, etc) capazes de matar os esporos e a forma vegetativa, isto é, destruir todas as formas microscópicas de vida. Germicidas: são meios químicos utilizados para destruir todas as formas microscópicas de vida e são designados pelos sufixos "cida" ou "lise", como por exemplo, bactericida, fungicida, virucida, bacteriólise etc. Na rotina, os termos antissépticos, desinfetantes e germicidas são empregados como sinônimos, fazendo que não haja diferenças absolutas entre desinfetantes e antissépticos. Entretanto, caracterizamos como antisséptico quando a empregamos em tecidos vivo e desinfetante quando a utilizamos em objetos inanimados. Veja como esse assunto é comumente cobrado em questões: 8. (CAIPIMES/FUMUSA/2014) As funções primárias das embalagens são permitir a esterilização do conteúdo, mantê-los esterilizados até que sejam utilizados; e permitir a retirada asséptica do material, protegendo-o de possíveis adversidades. Considerando as características de uma embalagem ideal, analise as afirmativas abaixo, dê valores verdadeiro (V) ou falso (F) e assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo. ( ) Deve permitir adequada penetração e remoção do agente esterilizante. ( ) Apresentar bom custo-benefício. ( ) Deve ter alta memória, facilitando a abertura dos pacotes. ( ) Deve ser apropriada ao método de esterilização escolhido. a) V – V – V – V b) V – V – F – V c) V – F – F – V d) F – V – F – V COMENTÁRIOS: Para responder vou retornar a teoria.OK? A embalagem do material a ser esterilizado constitui vital importância durante e após o processo de esterilização para garantir a qualidade e a longevidade da esterilidade do produto. Na escolha da embalagem mais adequada ao material a ser processado, devemos observar as seguintes recomendações: A embalagem deve ser apropriada para o material. Deve ser apropriada para o método de esterilização. Deve proporcionar selagem adequada. Deve proporcionar barreira microbiana. Deve ser compatível às condições físicas do processo de esterilização. Deve ser resistente as condições físicas do processo de esterilização. Deve permitir adequada remoção do ar. Deve permitir a penetração do agente esterilizante Deve permitir a remoção do agente esterilizante Deve proteger o conteúdo do pacote de danos físicos Deve resistir a rasgos Deve ser livre de furos Deve ser livre de ingredientes tóxico. Deve ser isento de particulado. Deve ser usada de acordo com as instruções escritas do fabricante. Deve apresentar custo-benefício positivo. As embalagens mais comuns no mercado e geralmente adequadas à maioria dos materiais-hospitalares são o papel grua cirúrgico, o tecido-não-tecido (SMS) e os containeres metálicos. O campo de algodão também pode ser utilizado, desde que respeitadas às características segundo normas ABNT NBR 13546 (o campo duplo tem a finalidade de proteger e acondicionar materiais) e NBR 14028 (confecção de campo duplo). É possível limpar o material sem esterilizá-lo; mas é impossível esterilizar um material sem antes limpá-lo corretamente. Portanto, gabarito letra B. Apenas o item que diz que a embalagem deve ter alta memória, facilitando a abertura dos pacotes é incorreto. 9. (HUCAM-UFES/EBSERH/Instituto AOCP/2014) O processo físico ou químico que destrói a maioria dos micro-organismos de artigos semicríticos, inclusive micobactérias e fungos, exceto um número elevado de esporos bacterianos é chamado de a) esterilização. b) assepsia. c) descontaminação. d) desinfecção de alto nível. e) limpeza terminal. COMENTÁRIO Vamos retomar o conceito, pois dessa forma você não vai esquecer: Desinfecção de alto nível: processo físico ou químico que destrói todos os microrganismos de objetos inanimados e superfícies, exceto um número elevado de esporos bacterianos. Gabarito letra D. 10. (UFRN/COMPERVE/2012) Diversos tipos de microrganismos comportam-se de maneira diferente diante dos processos de desinfecção e esterilização. Alguns apresentam-se mais resistentes que outros. A opção que apresenta os microrganismos em ordem crescente de resistência à desinfecção e à esterilização é: a) Esporos bacterianos, Fungos e Bactérias vegetativas. b) Micobactérias, Prions e Fungos. c) Prions, Micobactérias e Esporos bacterianos. d) Micobactérias, Esporos bacterianos e Prions. COMENTÁRIO: No geral temos a seguinte ordem crescente considerando a resistência: Vírus lipídicos, bactérias vegetativas, fungos, vírus não lipídicos, Mycobacterias, Esporos bacterianos e príons. Portanto gabarito letra D. Micobactérias Esporos bacterianos Prions 11. (HC-UFPE/EBSERH/IDECAN/2014) A infecção nosocomial pode ser compreendida como uma infecção clínica, de forma ativa, que ocorre em pacientes internados, e não estava presente nesse indivíduo antes de se internar, ou seja, antes de ser admitido em um ambiente hospitalar. Os métodos para diminuir esta infecção são: assepsia, desinfecção e esterilização. A esterilização consiste em a) limpeza ao final das cirurgias. b) processo de destruição de parte dos micro-organismos, não incluindo os esporos. c) evitar a transmissão de infecção altamente contagiosa, que pode se disseminar através do ar ou vias de contato. d) ser o único meio de destruição dos micro-organismos em todas as formas que podem ser feitas por vapor, radiação e gás de óxido de etileno. e) ser o único meio técnico que se tem para diminuir as infecções nosocomiais. Dependem, exclusivamente, da consciência do profissional de saúde em todas as áreas. COMENTÁRIOS: Vamos apenas retomar o conceito acima descrito de esterilização que conseguimos responder a questão: Esterilização: é processo de destruição de todas as formas de vida microbiana (bactérias nas formas vegetativas e esporuladas, fungos e vírus) mediante a aplicação de agentes físicos e ou químicos, Toda esterilização deve ser precedida de lavagem e enxaguadura do artigo para remoção de detritos. a)- a esterilização vai muito além de apenas realizar a limpeza b)- não destrói apenas parte dos micro organismos c)- a disseminação de infecção pelo ar não é evitada pela esterilização. Fique atento aos detalhes da questão! d)- de fato é o único meio de destruição de todas as formas de vida microbiana! CORRETO e)- para diminuir as infecções nosocomiais podemos ter diversos meios técnicos dentre eles o cuidado da equipe de enfermagem por exemplo através da lavagem das mãos. Gabarito letra D. 12. (HC-FMB–UNESP/CAIPIMES/2013/RP) Escolha a frase correta sobre a desinfecção. a) Consiste em um processo de eliminação de microorganismos presentes em superfícies e produtos para saúde, porém não destrói todas as formas de vida microbiana, principalmente os esporos. b) É o processo que utiliza agentes químicos, físicos ou físico-químicos para destruir todas as formas de vida microbiana e aplica-se especificamente a objetos inanimados. c) É a remoção de sujidade de um material, preparando-o para a esterilização. d) É a remoção completa de micro-organismos, sendo o processo que mantém materiais e líquidos livres de pirogênios. COMENTÁRIO: Item A. Desinfecção consiste em um processo de eliminação de microorganismos presentes em superfícies e produtos para saúde, porém não destrói todas as formas de vida microbiana, principalmente os esporos. Itens B e D. Esterilização é o processo que utiliza agentes químicos, físicos ou físico-químicos para destruir todas as formas de vida microbiana e aplica-se especificamente a objetos inanimados. Item C. Limpeza é a remoção de sujidade de um material, preparando-o para a desinfecção ou esterilização. Gabarito letra A. 13. (CISMEPAR-PR/AOCP/2011/RP) Em relação aos tipos de produtos químicos utilizados em limpeza de superfícies fixas, relacione as colunas e, a seguir, assinale a alternativa com a sequência correta. 1. Produtos tensoativos e detergentes. 2. Produtos alvejantes. 3. Produtos desincrustantes e enzimáticos. 4. Produtos desinfetantes. ( ) Geralmente à base de cloro, buscam, além de algum efeito desinfetante, o clareamento de determinados pisos. ( ) Tem em sua formulação enzimas que facilitam a remoção de sujidades. São mais utilizados para a limpeza de artigos e não de superfícies, pois os objetos precisam nele ficar submersos por um período de tempo. ( ) Utilizados na presença de matéria orgânica visível em qualquer superfície e em locais e instalações que possam constituir risco de contaminação para pacientes e funcionários, devido presença frequente de descarga de excreta, secreção ou exsudação de material orgânico. ( ) São os produtos que contêm necessariamente em sua formulação substâncias que têm a finalidade de limpar através da redução da tensão superficial (umectação), dispersão e suspensão da sujeira. a) 2 – 3 – 1 – 4. b) 2 – 3 – 4 – 1. c) 3 – 4 – 1 – 2. d) 4 – 2 – 3 – 1. e) 1 – 3 – 4 – 2. COMENTÁRIOS: Segundo disposições da Anvisa, os tipos de produtos químicos utilizados em limpeza de superfícies fixas são os seguintes:[1: Anvisa (disponível em http://www.ccih.med.br/Caderno%20E.pdf).] 1. Produtos tensoativos e detergentes são os produtos que contêm necessariamente em sua formulação substâncias que têm a finalidade de limpar através da redução da tensão superficial (umectação), dispersão e suspensão da sujeira. 2. Produtos alvejantes geralmente à base de cloro, buscam, além de algum efeito desinfetante, o clareamento de determinados pisos. 3.Produtos desincrustantes e enzimáticos tem em suaformulação enzimas que facilitam a remoção de sujidades. São mais utilizados para a limpeza de artigos e não de superfícies, pois os objetos precisam nele ficar submersos por um período de tempo. 4. Produtos desinfetantes - utilizados na presença de matéria orgânica visível em qualquer superfície e em locais e instalações que possam constituir risco de contaminação para pacientes e funcionários, devido presença frequente de descarga de excreta, secreção ou exsudação de material orgânico. Gabarito letra B. 14. (Instituto INES/AOCP/2012/RP) Sobre os desinfetantes hospitalares, assinale a alternativa correta. a) Quaternários de Amônia são responsáveis pela inativação do sistema enzimático e perda de metabólitos essenciais pela parede celular. b) Fenólicos são responsáveis pela inativação de enzimas produtoras de energia, desnaturação de proteínas celulares e ruptura de membrana celular. c) Compostos inorgânicos liberadores de sódio ativo são responsáveis pela inibição de reação enzimática básica da célula, desnaturação de proteína e inativação de ácidos nucleicos. d) O álcool induz à desnaturação de proteínas e à inibição da produção do metabolismo essencial para a rápida divisão celular. e) Compostos inorgânicos liberadores de potássio ativo induzem à desnaturação de proteínas e à inibição da produção do metabolismo essencial para a rápida divisão celular. COMENTÁRIO: Vamos descrever, no quadro abaixo, os principais desinfetantes hospitalares. Princípios Ativos Utilizados nos Desinfetantes Hospitalares: Álcool (etílico e Isopropílico) mecanismo de ação: induz à desnaturação de proteínas e à inibição da produção do metabolismo essencial para a rápida divisão celular; espectro de ação: são bactericidas, tuberculocidas, fungicidas e virulicidas; mas não são esporicidas; concentração de uso: álcool etílico a 70% em peso; indicação de uso: desinfecção de nível intermediário de artigos e superfícies com tempo de exposição de 10 minutos na concentração indicada. Ex.: ampolas de vidros, termômetros retal e oral, estetoscópios, superfícies externas de equipamentos metálicos, camas, macas, colchões, bancadas etc. Fenólicos mecanismo de ação: inativação do sistema enzimático e perda de metabólitos essenciais pela parede celular; espectro de ação: bactericida, fungicida, virulicida (HIV) e tuberculicida; concentração: são encontradas em concentrações de 1 a 7%; sendo a de 5% a mais utilizada; uso: desinfecção de superfícies e artigos metálicos e de vidro em nível médio, ou intermediário e baixo, com tempo de exposição de 10 minutos para superfícies e de 30 minutos para artigos, na concentração indicada pelo fabricante; atenção: não são recomendados para artigos que entram em contato com o trato respiratório, alimentos, berçário, nem com objetos de látex, acrílico e borrachas. Pelo efeito residual são ativos na presença de matéria orgânica. Quaternários de Amônia são indicados para desinfecção de superfícies em berçários e unidades de manuseio de alimentos: mecanismos de ação: inativação de enzimas produtoras de energia, desnaturação de proteínas celulares e ruptura de membrana celular; espectro de ação: fungicida, bactericida, virulicida; concentração de uso: recomendada pelo fabricante; indicação: desinfecção de baixo nível: tempo de exposição de 30 minutos, na concentração indicada pelo fabricante. Compostos inorgânicos liberadores de cloro ativo (Hipoclorito de sódio/cálcio/lítio) promove desinfecção de nível médio. mecanismos de ação: inibição de reação enzimática básica da célula, desnaturação de proteína e inativação de ácidos nucléicos; expectro de ação: virulicida, bactericida, microbactericida e esporicida para um grande número de esporos; concentração de uso: 0,02 a 1%, dependendo da indicação de uso; indicação: desinfecção de lactários, cozinhas, depósitos de água, material de inaloterapia e oxigenoterapia na concentração de 0,02% e tempo de contato de 60 min. Desinfecção de superfície de unidade de diálise, hemodiálise, banco de sangue, laboratórios na concentração de 1% por 10 minutos; observação: o uso é limitado pela presença de matéria orgânica, capacidade corrosiva e descolorante, não devendo ser usado em metais e mármore. Solução de Iodo espectro de ação: bactericida, tuberculicida, fungicida, virulicida, não esporicida; concentração de uso: álcool iodado a 0,5% e tempo de contato de 10 minutos; indicação: na desinfecção de nível intermediário. Ampolas de vidro, estetoscópio, otoscópio, superfícies externas de equipamentos, partes metálicas de incubadora etc; recomendações: após o tempo de contato, removê-lo friccionando álcool, para evitar os efeitos corrosivos do iodo. As soluções devem ser acondicionados em frascos escuros, fechados e guardados em locais frescos; efeito residual de 2 a 4 horas; ação neutralizada pela presença de matéria orgânica. Glutaraldeído promove desinfecção de alto nível; mecanismos de ação: altera o DNA, RNA e síntese protéica; espectro de ação: bactericida, fungicida, microbactericida e esporicida; concentração: 2% por 30 minutos; indicação: endoscópios de fibra ótica de alto risco (enxaguar com água estéril); artigos não descartáveis, metálicos ou corrosivos por hipoclorito; instrumental termo-sensível; equipamentos de aspiração etc.; recomendações: materiais demasiadamente porosos como os de látex podem reter o glutaraldeído, caso não haja bom enxágue. Apresenta atividade germicida em presença de matéria orgânica, entretanto, materiais colocados no glutaraldeído sem limpeza prévia apresentam impregnação de sangue e secreções pela formação de precipitados, dificultando a limpeza de maneira especial. O produto deve ser manipulado em local arejado e com uso de EPI. Itens A e B. Os termos estão invertidos. Os quaternários de amônia são responsáveis pela inativação de enzimas produtoras de energia, desnaturação de proteínas celulares e ruptura de membrana celular. De outra forma, os fenólicos induzem a inativação do sistema enzimático e perda de metabólitos essenciais pela parede celular. A situação apresentada no item C não é relatada na literatura. Logo, este item está incorreto. Itens D e E. O álcool, e não os compostos inorgânicos liberadores de potássio ativo, induz à desnaturação de proteínas e à inibição da produção do metabolismo essencial para a rápida divisão celular. Gabarito letra D. 15. (Prefeitura de Vassouras-RJ/FUNCAB/2012/RP) O glutaraldeído é utilizado na concentração de 2% por um período de exposição de 30 minutos, em metais, borrachas e em materiais, como endoscópios, para: a) limpeza. b) esterilização. c) desinfecção. d) antissepsia. e) contaminação. COMENTÁRIOS: FIQUE LIGADO: Segundo a ANVISA, “o glutaraldeído é o agente mais utilizado na desinfecção, na concentração de 2% e por um período de exposição de 30 minutos” . Não danifica metais, borracha, lentes e outros materiais, podendo ser utilizado na desinfecção de endoscópios e aparelhos com lentes. O enxágue do material pode ser feito em água corrente potável, a secagem com uma compressa ou toalha macia, ou com ar comprimido, acondicionado em recipiente desinfetado e guardado até o próximo uso. Ao manipular o glutaraldeído, o funcionário deve usar luva de borracha, óculos e máscara. O uso mais difundido do glutaraldeído é na desinfecção de artigos semicríticos e instrumentos sensíveis ao calor. Não deve ser usado na limpeza de superfícies pelo seu teor tóxico e fator econômico. Gabarito letra C. 16. (Prefeitura de Mage-RJ/FUNCAB/2012/RP) Formulações que têm em sua composição substâncias microbicidas e apresentam efeito letal para micro-organismos não esporulados são denominadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA): a) desinfetantes. b) detergentes. c) esterilizantes. d) algicidas. e) inseticidas. COMENTÁRIOS: Conforme comentários das questões anteriores. Gabarito letra A. 17.(Prefeitura de Ibiporã-PR/AOCP/2011/RP) Sobre o processo de Esterilização de materiais, assinale a alternativa correta. a) O vapor saturado sob pressão é um dos métodos mais usados para esterilização de materiais médico-hospitalares do tipo crítico. É não tóxico, de baixo custo e esporicida. b) A esterilização em estufa é indicada para materiais termossensíveis, é um método que utiliza o calor seco para eliminar todos os microorganismos contidos nos materiais, exceto os esporos bacterianos. c) A esterilização por calor seco é a primeira escolha, tratando-se de esterilização por calor. Esta preferência se justifica por preservar a estrutura dos instrumentos metálicos e de corte. d) Os artigos termossensíveis devem sofrer autoclavagem, bem como os óleos, que permitem a penetração do vapor para um processo eficiente de esterilização. e) Todos os artigos críticos devem passar por processo de esterilização de vapor sob pressão, pois a autoclavação é o único meio seguro de esterilização. COMENTÁRIOS: Os processos de esterilização por calor úmido (autoclaves) e calor seco (estufas) são os mais cobrados em provas de concursos. Vapor quente sob pressão é o método mais usado para esterilização de materiais médico-hospitalares do tipo crítico. É não tóxico, de baixo custo e esporicida. Por esses motivos, deve ser usado para todos os itens que não sejam sensíveis ao calor e à umidade. O calor úmido destrói os microorganismos por coagulação e desnaturação irreversíveis de suas enzimas e proteínas estruturais. Este tipo de processo é realizado em autoclaves. Calor úmido Como vantagens do calor úmido, é possível considerar o rápido aquecimento e a penetração do calor em artigos têxteis e a destruição de esporos microbianos em um curto período de exposição. Ele também é um processo econômico, de fácil controle de qualidade e não deixa resíduos tóxicos nos materiais submetidos ao processo de esterilização. Em relação às desvantagens do calor úmido, podemos citar o efeito deletério sobre alguns materiais, particularmente aqueles que são intolerantes ao calor (produtos termossensíveis). Dependendo do material utilizado na fabricação dos artigos, o calor úmido poderá promover um efeito de corrosão e podem também ocorrer danos em fibras ópticas. Outra limitação é a não esterilização de óleos e pós, por serem impermeáveis ao vapor, os quais devem ser esterilizados por calor seco ou radiação. Esterilização pelo calor seco é feita em estufas elétricas equipadas com termostato e ventilador, a fim de promover um aquecimento mais rápido, controlado e uniforme dentro da câmara. A circulação de ar quente e o aquecimento dos materiais se faz de forma lenta e irregular, requerendo longos períodos de exposição e temperatura mais elevada do que o vapor saturado sob pressão para se alcançar a esterilização. Este processo deve se restringir a artigos que não possam ser esterilizados pelo vapor saturado sob pressão, pelo dano que a umidade pode lhes causar ou quando são impermeáveis, como vaselina, óleos e pós. As estufas são usadas para esterilizar materiais secos, como vidraria, principalmente as de precisão, seringas, agulhas, pós, instrumentos cortantes, gases vaselinadas, gases furacinadas, óleos, vaselina, etc. Atualmente, a indicação para a esterilização por meio de calor seco é a esterilização de óleos e pós. Todavia, para a maioria dos serviços de saúde no Brasil, esses produtos são facilmente adquiridos já esterilizados. A ANVISA não recomenda a utilização de estufas em serviços de saúde. Vamos aos itens? Item A. Correto. O vapor saturado sob pressão é um dos métodos mais usados para esterilização de materiais médico-hospitalares do tipo crítico. É não tóxico, de baixo custo e esporicida. Item B. Incorreto. A esterilização em estufa não é indicada para materiais termossensíveis, é um método que utiliza o calor seco para eliminar todos os microorganismos contidos nos materiais, inclusive os esporos bacterianos. Item C. Incorreto. A esterilização por calor úmido (autoclave) é a primeira escolha, tratando-se de esterilização por calor. A Anvisa não recomenda a utilização de estufas em serviços de saúde. Item D. Incorreto. Os artigos termossensíveis não devem sofrer autoclavagem, bem como os óleos, que não permitem a penetração do vapor para um processo eficiente de esterilização. Os artigos termossensíveis (sensíveis à alta temperatura) podem ser processados por métodos químico-líquidos (Ex.: aldeídos e ácido paracético), por radiação ionizante, por feixe de elétrons etc.[2: ] Item E. Incorreto. Nem todos os artigos críticos devem passar por processo de esterilização de vapor sob pressão (autoclavação). Existem outros métodos eficazes de esterilização. Gabarito letra A. Classificação de instrumentos cirúrgicos Vou citar logo abaixo a classificação dos instrumentos cirúrgicos. É um tema cobrado em provas específicas e particularmente quando o edital indica esse tema. Portanto leia atentamente. Instrumentos de diérese Por diérese entendemos serem as manobras cirúrgicas que dividem os tecidos. Intrumentos de hemostasia A hemostasia temporária pode ser executada, no decorrer da cirurgia, com instrumentos prensores, dotados de travas, denominados pinças hemostáticas. Prendem a estremidade do vaso seccionado até que a hemostasia definitiva seja feita, geralmente por ligadura feita com fios. Na medida do possível, devem pinçar apenas o vaso, com um mínimo de tecido adjacente. Também levam os nomes dos seus criadores; sendo muito semelhantes entre si, diferindo em pequenos detalhes. São diferenciadas, quase sempre, pelo desenho e ranhuras da parte interna de seus ramos prensores. Instrumentos auxiliares Instrumental auxiliarsão não interfere diretamente na ação, apenas cria condições proprícias para a atuação de outros instrumentos. Inclui as PINÇAS DE DISSECÇÃO, com e sem dente, cuja função é imobilizá-los para que sejam seccionados ou suturados. Instrumentos de síntese Estes instrumentos são os responsáveis pelas manobras de fechamento da ferida cirúrgica, através da aplicação de suturas. Para isto são utilizadas AGULHAS e pinças especiais para conduzi-las denominadas PORTA-AGULHAS. Embora haja porta agulhas muito delicados para a preensão de agulhas pequenas, uma característica destes instrumentos é a robustez da sua parte prensora, bastante diferenciada das pinças hemostáticas. São fundamentais para a confecção das suturas, uma vez que a maioria das agulhas é curva e os espaços cirúrgicos são exíguos. Instrumentos especiais Nesta categoria estão instrumentos que são ou foram desenvolvidos para manobras específicas em certos órgãos ou tecidos. Sua diversidade é enorme e podemos exemplificar isto citando o instrumental usado nas cirurgias ortopédicas. Alguns deles, contudo, estão presentes em praticamente todas as caixas de instrumental ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO CENTRO CIRÚRGICO O Centro cirúrgico é um setor do hospital onde se realizam intervenções cirúrgicas visando atender a resolução de intercorrências cirúrgicas por meio da ação de uma equipe integrada. Nele são realizadas técnicas estéreis para garantir a segurança do cliente quanto ao controle de infecção. Características e objetivos do centro cirúrgico “A finalidade do CC é realizar procedimentos cirúrgicos, devolvendo o paciente com melhor condição física e sem risco de infecção. Ele também pode servir para a formação de recursos humanos e para desenvolver pesquisas científicas e o para a evolução de novas técnicas cirúrgicas (POSSARI, 2006)” É comum nas provas de concurso verificarmos conceitos de teoristas como POSSARI. Fique atento também aos conceitos e indicações Resolução de Diretoria Colegiada Nº 50 (RDC 50) e no Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar (MBAH). Organização do Centro Cirúrgico O Centro Cirúrgico de um Estabelecimento Assistencial de Saúde é o setormais importante e de mais complexidade do hospital. A organização e funcionalidade de um CC vão depender de um bom planejamento físico e dos projetos complementares como: elétrico, hidráulico, sanitário, fluido/mecânico, climatização, incêndio e luminotécnico. Os materiais de construção e de acabamento devem ser de primeira qualidade para suportar a higienização e ter durabilidade, pois uma reforma requer muito tempo e um CC não deve parar, pois dele depende o salvamento de vidas. Por ser um complexo sistema que integra um hospital, o centro cirúrgico requer suporte adequado técnico-administrativo no que concerne à equipamentos, normas e rotinas, recursos operacionais e humanos, que promovam a prevenção e controle dos riscos e protejam ética e legalmente as equipes multidisciplinares e a instituição. Dependências Básicas Um Centro Cirúrgico deve dispor das seguintes dependências: Vestiários Masculinos e Femininos: Devem oferecer acesso externo ( por fora das instalações do Centro Cirúrgico) e interno ( pelo corredor cirúrgico). É importante que eles disponham de sanitários e chuveiros ( para uso das equipes) e armários ( para a guarda de uniformes, roupas e outros pertences). Posto de Enfermagem: Local destinado à chefia e à secretaria, que exercem o controle administrativo da unidade. Copa: Área reservada ao pessoal do centro cirúrgico, para lanches rápidos. Sala de Estar: Deve ficar localizada próximo aos vestiários e à copa, sempre que possível, servindo de área de descanso para a equipe do centro cirúrgico. Área de baldeação ou troca-macas: Localizada à entrada do Centro Cirúrgico, onde se dá a transferência do paciente da maca em que veio para a maca privativa do centro. Área de baldeação ou troca-macas: Localizada à entrada do Centro Cirúrgico, onde se dá a transferência do paciente da maca em que veio para a maca privativa do centro. Sala de material cirúrgico ou de estocagem de material esterilizado: Destina-se à recepção, guarda e redistribuição de todo o material limpo e esterilizado a ser usado no Centro Cirúrgico. Poderá, eventualmente, contar com uma autoclave de esterilização rápida, para emergências. Lavabos: Destinados à lavagem e anti-sepsia das mãos e ante-braços, antes da operação. Por isso, devem ser equipados com recipientes para Antissépticos e torneiras que possam ser manobradas sem o uso das mãos. Sala de Expurgo: Local equipado com tanque para o despejo de sangue, secreções e outros líquidos provenientes da operação. Na sala de expurgo também de depositam, inicialmente, instrumentos, roupas usadas e outros materiais, para posterior lavagem. É considerada, portanto, área suja. Sala de material de limpeza: Área para a reserva de materiais e de utensílios usados na limpeza do Centro Cirúrgico. Sala de equipamento: área usada para guardar aparelhos como os de anestesia, bisturi elétrico, aspiradores, focos portáteis, suportes de soro, mesas auxiliares e materiais que, eventualmente, não estejam em uso. O aparelho de raio X móvel poderá também ser guardado nessa sala, caso não haja local específico para ele. Rouparia: Local destinado à guarda da roupa limpa não-estéril. Muitas vezes é representada apenas por um armário. Sala de Operação(S.O): Dependência do Centro Cirúrgicodestinada à realização das intervenções cirúrgicas. Por isso, o trânsito a ela é restrito e a limpeza é feita com o máximo rigor, pois deve ser a área mais limpa do centro. Comumente, tem a forma retangular. Sala de guarda de medicamentos e materiais estéreis descartáveis: Local onde se armazenam materiais descartáveis como seringas e agulhas, equipos de soro, fios de sutura, frasco de soro, entre outros. Localização do Centro Cirúrgico O centro cirúrgico deve estar localizado em área de fácil acesso para pacientes críticos e próximo às áreas de suporte. As salas cirúrgicas devem ser de fácil limpeza e, se possível, sem janelas. O desenho das salas cirúrgicas devem possibilitar: Exclusão de contaminação externa ao centro cirúrgico para as salas, evitando o trânsito de muitas pessoas; Separação de áreas limpas das contaminadas. O centro cirúrgico é dividido em três áreas: 1. Irrestrita:Os profissionais podem circular com roupas comuns, que são permitidas, como o corredor que dá acesso ao exterior, vestiário e secretaria, incluindo pacientes. 2. Semi-restrita: O tráfego é limitado a pessoas do próprio setor. O corpo e a cabeça devem estar cobertos, para não intervir nas rotinas de controle e manutenção da assepsia da área restrita, como expurgo, sala de estar e sala de preparo de material. 3.Restrita: Máscara são exigidas, além da roupa privativa de centro cirúrgico. As técnicas de assepsia devem ser rigorosamente controladas e utilizadas, evitando contaminação do meio, como salas cirúrgicas, sala de recuperação pós-anestésica e corredor interno. As atividades básicas do centro cirúrgico, segundo o Ministério da Saúde, são a realização de procedimentos cirúrgicos e endoscópicos e define as seguintes sub-atividades: recepcionar e transferir pacientes; assegurar a execução de procedimentos pré-anestésicos e executar procedimentos anestésicos nos pacientes; realizar a correta escovação das mãos; executar cirurgias e endoscopias em regime de rotina ou em situações de urgência; realizar relatório médico e de enfermagem e registro das cirurgias e endoscopias realizadas; proporcionar cuidados pós-anestésicos; garantir apoio diagnóstico necessário e retirar órgãos para transplantes. Terminologia Cirúrgica A nomenclatura ou terminologia cirúrgica é o conjunto de termos usados para indicar o procedimento cirúrgico. O nome da cirurgia é composto pela raiz que identifica a parte do corpo a ser submetida à cirurgia, somada ao prefixo ou ao sufixo. Alguns exemplos de raiz: angio (vasos sangüíneos), flebo (veia), traqueo (traquéia), rino (nariz), oto (ouvido), oftalmo (olhos), hister(o) (útero), laparo (parede abdominal), orqui (testículo), etc. Prefixo/raiz Nome Significado Ex (externo, fora) + oftalmo (olho) Exoftalmia Projeção acentuada do globo ocular Circun (so redor) + cisão (separação) Circuncisão ou postectomia Excisão do prepúcio Os sufixos mais utilizados na composição da terminologia cirúrgica são: Sufixo Significado do sufixo Significado da palavra Tomia Incisão, corte Laparotomia: abertura da cavidade abdominal Stomia Comunicar um órgão tubular ou oco com o exterior Colostomia: abertura cirúrgica na parede abdominal para comunicar uma porção do cólon com o exterior Ectomia Retirar parcial ou totalmente um órgão Esplenectomia: retirada do baço Plastia Reparação Plástica Rinoplastia: correção do nariz Ráfia Sutura Herniorrafia: sutura para correção da hérnia Pexia Fixação Nefropexia: elevação e fixação do rim Scopia Visualização da cavidade através de aparelhos especiais Laparoscopia: visualização da cavidade abdominal Além desses termos, existem as denominações com o nome do cirurgião que introduziu a técnica cirúrgica (Billroth: tipo de cirurgia gástrica) ou, ainda, o uso de alguns termos específicos (exerese: remoção de um órgão ou tecido). O paciente cirúrgico recebe assistência da enfermagem nos períodos pré, trans e pós-operatório. O período pré-operatório abrange desde o momento pela decisão cirúrgica até a transferência do cliente para a mesa cirúrgica; a partir desse momento inicia- se o trans e intra- operatório, que termina com a saída do cliente do centro cirúrgico; o pós operatório vai desde o momento da recepção do cliente que retornou da cirurgia até a alta médica. O período pré-operatório divide-se em mediato e imediato: no pré-operatório mediato o cliente é submetido a exames que auxiliam na confirmação do diagnóstico e que auxiliarão o planejamento cirúrgico, o tratamento clínico para diminuir os sintomas e as precauções necessárias para evitar complicações pós operatórias, ou seja, abrange o períododesde a indicação para a cirurgia até o dia anterior à mesma; o período imediato corresponde às 24 horas anteriores à cirurgia e tem por objetivo preparar o cliente para o ato cirúrgico mediante os seguintes procedimentos: jejum, limpeza intestinal, esvaziamento vesical, preparo da pele e aplicação de medicação pré-anestésica. Técnica asséptica e Paramentação cirúrgica Técnica asséptica A técnica asséptica permite a criação de ambientes esterilizados, com o objetivo de evitar o risco de infecções. Saiba mais. ATENÇÃO TÉCNICA DE ASSEPSIA X TÉCNICA ASSÉPTICA As técnicas de assepsia são procedimentos destinados à criação de um ambiente esterilizado ou asséptico (sem germes), principalmente por meio de esterilização, para proteger os doentes das infecções. LEMBRANDO NOVAMENTE A esterilização asséptica é diferente da anti-sepsia, que consiste na eliminação dos microorganismos mediante recurso a agentes químicos apropriados (os anti-sépticos), para impedir a sepsia (infecção). A técnica asséptica é necessária sempre que exista qualquer processo que, potencialmente, implique risco de infecção. O doente pode ser contaminado através de quatro mecanismos diferentes: por outras pessoas, pelos instrumentos, por si próprio e pelo ar. Para evitar as infecções, a assepsia é utilizada durante as intervenções cirúrgicas no bloco operatório e também nas pequenas intervenções cirúrgicas, tais como a introdução de um cateter urinário ou a sutura de uma ferida. A técnica asséptica é igualmente necessária no tratamento de doentes imunodeprimidos (ex. leucémicos) e naqueles cujas defesas naturais contra a infecção se encontram reduzidas. Todas as pessoas que vão estar em contato mais direto com doentes dentro de um bloco operatório têm de desinfectar previamente as mãos e usar luvas e batas esterilizadas, bem como máscaras, toucas/barretes e botas descartáveis. Os instrumentos são esterilizados numa autoclave antes da sua utilização e colocados num carrinho revestido com material esterilizado. A pele da zona do corpo que vai ser sujeita a intervenção cirúrgica é desinfectada com soluções anti-sépticas de iodo, enquanto a pele das regiões mais próximas é coberta por panos esterilizados. Além disto, antes das intervenções cirúrgicas ao intestino, obtém-se a evacuação das fezes administrando laxantes e, por vezes, clisteres, a fim de diminuir os riscos de infecção. O lúmen intestinal é um território colonizado por múltiplos microoganismos e, por isso, potencialmente infectante. Durante a intervenção cirúrgica, os instrumentos ou qualquer equipamento eventualmente contaminados são retirados do bloco operatório. Num bloco operatório é importante manter o ar e sala impecavelmente limpos. As janelas ficam fechadas e o ar passa através de um sistema de ventilação especial que o purifica, mantendo-se também os níveis ideais de umidade, contrários à multiplicação microbiana. Paramentação cirúrgica Historicamente, o objetivo primário das barreiras de proteção em sala operatória sempre se dirigiu para a proteção dos pacientes à exposição de microrganismos presentes e liberados pelos trabalhadores. É o vestuário especifico de acordo com os procedimentos realizado no Centro Cirúrgico. Tradicionalmente, inclui o uniforme privativo (calça e blusa), propé ou sapato privativo, gorro, máscara, avental cirúrgico e luva cirúrgica. Ressalta que a utilização do uniforme privativo deve ser restrita ao ambiente do Centro Cirúrgico, com o objetivo de proteção dos profissionais envolvidos no cuidado ao paciente em tal unidade critica. As roupas da rua nunca devem ser usadas em áreas semi-restritas ou restritas do centro cirúrgico. Deve haver um ponto de demarcação entre as áreas de circulação sem restrição e semi-restritas que ninguém pode ir, a menos que esteja adequadamente paramentado, sendo que este deve incluir gorro ou capuz, propés e máscara facial. Uma forma de facilitar o atendimento em casos de emergência e proporcionar o acesso a áreas restritas com maior rapidez e conseqüentemente diminuir a morbidade e mortalidade na instituição. Preparo da equipe Principais recomendações para prevenção do ISC Minimizar o tempo de internação pré-operatório; Tratar as infecções existentes previamente ao ato cirúrgico: Realizar a tricotomia apenas quando o pelo prejudicar a técnica cirúrgica. A tricotomia deve ser realizada, o mais próximo da cirurgia, não ultrapassando o prazo de duas horas, antes da mesma; Dar banho com água e sabão antes da cirurgia. Não há dados que demonstrem a necessidade do uso do anti-séptico no banho; Preparar o campo operatório, friccionando a região a ser operada com solução degermante PVP-I ou clorhexedina, seguindo-se a aplicação de solução anti-séptica alcoólica de PVP-I ou clorhexedina. Utilizar campos cirúrgicos estéreis; Preparar a equipe com paramentação adequada, incluindo gorro, máscara a avental estéril, o uso de protetor ocular está indicado para proteção contra respingos em mucosa ocular; Lavar as mãos com solução anti-séptica degermante (PVP-I ou clorhexedina) durante cinco minutos antes da primeira cirurgia e, por dois a três minutos, entre cirurgias; Usar luvas estéreis durante o ato cirúrgico, trocando-as quando perfuradas; Processo de Paramentação A paramentação da equipe cirúrgica exige a realização de procedimentos específicos, executados em passos padronizados e com observação rigorosas dos princípios científicos. Estes procedimentos são: degermação das mãos, vestir avental e roupa esterilizados, e calçar luvas esterilizadas. Degermação das mãos e antebraços Este procedimento se justifica por que a pele, normalmente, é habitada por duas populações bacterianas, ou seja, a flora residente e a transitória. A flora residente é constituída pro microrganismos capazes de sobreviverem e se multiplicarem na superfície cutânea e folículos pilosos, sendo portanto de difícil remoção. Os estafilococos coagulase negativa, corynebactéria (difteróides e corniformes), acinelobactéria e outros são microrganismos comumente encontrados na flora residente. A transitória, também conhecida como flora de contaminação, é composta por microrganismos diversos e de virulência variadas. Estes microrganismos nem sempre estão presentes na superfície da pele da maioria das pessoas e são removidos mais facilmente., algumas bactérias Gram-negativas (como, por exemplo, E. coli) têm condições mínimas de sobrevivência sobre a pele. A degermação das mãos e antebraços da equipe cirúrgica deve promover a eliminação da flora transitória e redução da flora residente e, ainda, o retardamento da recolonização da flora residente pelo efeito residual. Sabe se que, após a realização de tal procedimento, estes microrganismos Lavagem básica das mãos É o simples ato de lavar as mãos com água e sabão, visando a remoção de bactérias transitórias e algumas residentes, suor, oleosidade e sujidade da pele. O objetivo da lavagem de mãos é reduzir a transmissão de microrganismos pelas mãos, prevenindo infecções. Materiais e equipamentos necessários - Pias com pedal ou torneira - Água - Dispensadores de sabão líquido e anti-sépticos - Porta papel toalha e papel toalha. Este procedimento deve tornar-se um hábito e ser realizado da seguinte maneira: - fique em posição confortável, sem tocar na pia: abra a torneira, de preferência com a mão dominante ou com uso de papel; - mantenha se possível, a água em temperatura agradável, já que a água quente ou muito fria resseca a pele; - use, de preferência 2ml de sabão líquido e ensaboe as mãos por aproximadamente 15 segundos, em todas as suas faces, espaços interdigitais, articulações, unhas e extremidades dos dedos; - enxágüe as mãos, retirando totalmente a espuma e resíduos de sabão; - enxugue-as com papel-toalha;- feche a torneira utilizando o papel-toalha descartável, sem encostar na pia ou na torneira. Antes de qualquer procedimento cirúrgico, o profissional deve remover todas as jóias, inclusive alianças. As unhas devem ser aparadas, nãodevem conter esmalte nem ser postiças, a fim de evitar o aumento de carga de bactérias nas mãos, em especial as gram-positivas. Técnica de escovação A remoção mecânica dos detritos pode ser realizada por escovação ou fricção: • as escovas devem ser macias e descartáveis ou convenientemente esterilizadas, e de uso individual; • molhar as mãos e antebraços com água corrente. A torneira deve ser acionada por pé ou cotovelo, e não manualmente; • aplicar a solução anti-séptica sobre a palma da mão, espalhar com movimentos de fricção ou escovação, iniciando pelas extremidades dos dedos, com especial atenção sobre os leitos subungueais e espaços interdigitais. O processo deve continuar pelas faces das mãos e antebraços; • o processo todo deve durar rigorosamente cinco minutos para a primeira cirurgia e três minutos entre dois procedimentos; • enxaguar em água corrente a partir das mãos par ao cotovelo. A torneira deve ser fechada com o cotovelo ou por outro profissional, mas não com as mãos; • durante todo o processo, as mãos devem estar sempre acima do nível dos cotovelos; • enxugar com toalha ou compressa esterilizada, obedecendo à direção das mãos para os cotovelos, com movimentos compressivos e não de esfregão. Paramentação cirúrgica e EPI’s A paramentação corresponde à troca das vestes rotineiras por vestimentas adequadas antes do ato cirúrgico. Indicação: todas as pessoas envolvidas no trabalho do centro cirúrgico, principalmente dentro das salas de operação, devem usar roupas apropriadas. A importância da paramentação é proteger a área a ser operada da flora liberada pela equipe cirúrgica e esta da exposição às secreções dos pacientes. A troca de roupa (pelo pijama cirúrgico, gorro e propés) deverá ser feita no vestiário, que corresponde à zona de proteção do Centro Cirúrgico, sendo seguida da colocação do avental e das luvas estéreis após a escovação das mãos e entrada na sala cirúrgica, propriamente dita. • Uniforme privativo O uso de uniforme privativo feito de tecido com porosidade de 7 a 10. O fechamento das calças nos tornozelos pode reduzir a dispersão de bactérias. • Aventais cirúrgicos Os aventais convencionais devem ser confeccionados em material resistente à penetração de líquidos e microrganismos e ao desgaste e à deformação. Devem possuir uma única camada de tecido, geralmente algodão ou brim. Os aventais devem se confeccionados em tamanhos adequados, garantindo o fechamento completo, conforto e total cobertura a partir do pescoço e membros. Na altura dos punhos, devem possuir tramas resistentes ao desgaste. Periodicamente devem ser inspecionados à integridade e durabilidade. Aventais impermeáveis descartáveis representam outra opção. A colocação do avental deve ser feita de maneira cuidadosa a fim de evitar a contaminação do mesmo. Este deve ser segurado com ambas as mãos, as quais serão introduzidas simultaneamente através das mangas. • Máscara cirúrgica O uso correto da máscara cirúrgica evita ou reduz a eliminação de microrganismos no ambiente e protege o profissional contra respingos de secreções oriundas do paciente. Apresentam vida útil de 2 horas. Deve ser usada por todos na sala de operação e cobrir boca e nariz e estar junto a face. São preferíveis as máscaras com dupla gaze de algodão ou de polipropileno ou poliéster Paramentação com roupas estéreis As roupas estéreis são utilizadas para prevenir a contaminação do campo operatório mediante contato direto do corpo do cirurgião com o do paciente. Todas as pessoas que entram em campo operatório, bem como aquelas que manipulam os materiais e instrumentais estéreis, como é o caso do instrumentador cirúrgico, devem usar aventais e luvas estéreis. Os profissionais devem utilizar jaleco quando fora de áreas restritas. A permissão do uso de uniformes dentro e fora do bloco só foi permitido aos cirurgiões e enfermeiros, sendo que estes no momento que vai assumir o plantão trocam a roupa que veio da rua e veste o uniforme que é de uso restrito no ambiente hospitalar. Instrumentação cirúrgica A Instrumentação Cirúrgica é uma das áreas importantes para o sucesso de uma cirurgia. Centro Cirúrgico é definido como um lugar especial dentro do hospital, convenientemente preparado segundo um conjunto de requisitos que o tornam apto à prática da cirurgia. Equipe Cirúrgica Médico Cirurgião ˉ Anestesista ˉ Enfermeira ˉ Técnico de Enfermagem ˉ Instrumentador Cirúrgico OBS:A enfermeira pode ser A instrumentadora, ou mesmo o Técnico desde que capacitado. Circulação de sala operatória A circulação da sala cirúrgica é o procedimento desenvolvido pela equipe de enfermagem, durante todo o procedimento cirúrgico, com o objetivo de garantir condições funcionais e técnicas para o adequado andamento do procedimento cirúrgico, oferecendo segurança ao paciente. Esta atividade é responsabilidade da equipe de enfermagem podendo ser realizada pelo enfermeiro, pelo técnico ou pelo auxiliar de enfermagem. Geralmente o enfermeiro responsável pelo centro cirúrgico é quem designa o profissional responsável por montar e circular a sala cirúrgica. O instrumentador pode auxiliar nesta montagem, pois conhece os materiais e equipamentos utilizados pela sua equipe cirúrgica, agilizando e prevendo as necessidades de cada procedimento cirúrgico. São recomendações importantes para o circulante da sala cirúrgica Lavar as mãos; Receber o paciente, apresentar-se e conferir sua identificação com o seu prontuário; Conferir os exames realizados pelo paciente; Realizar a monitorização do paciente; Auxiliar o médico anestesista na indução anestésica; Auxiliar a equipe cirúrgica a paramentar-se; Ligar os equipamentos cirúrgicos; Posicionar o foco cirúrgico; Aproximar o hamper próximo a equipe cirúrgica; Realizar a contagem do número de compressas utilizadas nos procedimentos cirúrgicos com abertura da cavidade abdominal; Manter a sala cirúrgica em ordem; Estar atento as solicitações da equipe cirúrgica; Encaminhar o paciente para a sala de recuperação pós-anestésica; Reorganizar a sala cirúrgica. Tempos Cirúrgicos São procedimentos ou manobras consecutivas realizadas pelo cirurgião, desde o início até o término da cirurgia. Você se lembra dos tipos de instrumentos cirúrgicos? A terminologia se relaciona com os tempos cirúrgicos. De um modo geral as intervenções cirúrgicas são realizadas em quatro (4) tempos básicos. DIÉRESE HEMOSTASIA CIRURGIA PROPRIAMENTE DITA SÍNTESE Obs: Algumas vezes apenas um tempo cirúrgico pode estar presente, como por exemplo, na abertura de um abscesso ou na sutura de um corte ocasionado acidentalmente. Vamos ver cada tempo cirúrgico? Diérese: (Dividir, cortar, separar) Separação dos planos anatômicos ou tecidos para possibilitar a abordagem de um órgão ou região (cavitária ou superfície), é o rompimento da continuidade dos tecidos. Pode ser classificada em: Mecânica pode ser: Punção – Drenar coleções de líquidos ou coletar fragmentos de tecidos, (agulhas, trocaters) Secção – Dividir ou cortar tecidos com uso de material cortante (bisturi, tesouras, lâminas) = Segmentação de tecidos Divulsão – Afastamento dos tecidos nos planos anatômicos sem cortá-los (afastadores, tesouras com ponta romba) Curetagem – Raspagem da superfície do órgão (cureta) Dilatação – Processo para se aumentar o diâmetro de estruturas físicas anatômicas (dilatadores específicos) Descolamento – Separação dos tecidos de um espaço anatômico (pinças descoladoras, descoladores específicos) Física pode ser: Térmica – Realizada com uso do calor, cuja fonte é a energia elétrica (bisturi elétrico) Crioterapia – Resfriamento brusco e intenso da área a ser realizada a cirurgia (nitrogênio líquido) Laser – realiza-se por meio de um feixe de radiação, ondas luminosas de raios infravermelhos concentrados e de alta potência. Há vários sistemas laser, mas, o mais utilizado na cirurgia é o laser deCO2, que pode ser facilmente absorvido pela água existente no tecido humano. Hemostasia: (hemo=sangue; stasis=deter) – Processo pelo qual se previne, detém ou impede o sangramento. Pode ser feito por meio de: Pinçamento de vasos Ligadura de vasos Eletrocoagulação Compressão Hemostasia prévia, preventiva ou pré-operatória: Medicamentosa = baseada nos exames laboratoriais Cirúrgica = interromper em caráter provisório o fluxo de sangue para a ferida cirúrgica para prevenir ou diminuir a perda sanguínea (garrote pneumático, faixa de smarch) Hemostasia temporária – Feita durante a intervenção cirúrgica para deter ou impedir temporariamente o fluxo de sangue no local da cirurgia (compressão por instrumentais – pinças, aplicação de medicações, uso de hemostáticos) Hemostasia definitiva – Obliteração do vaso sanguíneo em caráter permanente (sutura, bisturi – eletrocoagulação, laqueadura, uso de hemostáticos) Cirurgia propriamente dita ou Exérese – Tempo cirúrgico fundamental, onde efetivamente é realizado o tratamento cirúrgico - momento em que o cirurgião realiza a intervenção cirúrgica no órgão ou tecido desejado, visando o diagnóstico, o controle ou a resolução da intercorrência, reconstituindo a área, procurando deixá-la da forma mais fisiológica possível. Síntese cirúrgica (junção, união) – aproximar ou coaptar bordas de uma lesão, com a finalidade de estabelecer a contigüidade do processo de cicatrização, é a união dos tecidos. O resultado da síntese será mais fisiológico quanto mais anatômica for a dierese (separação). Pode ser classificada em: Cruenta : Coaptação, aproximação, união dos tecidos realizada por meio de sutura permanente ou removível. São utilizados instrumentos apropriados : agulhas de sutura, fios de sutura etc... Incruenta : Aproximação dos tecidos, a união das bordas, é feita por meio de gesso, adesivo ou atadura. Imediata : Coaptação ou união das bordas da incisão é feita imediatamente após o término da cirurgia. Mediata : Aproximação dos tecidos, das bordas é feita após algum tempo de incisão ( algum tempo depois da lesão). Completa : Coaptação, aproximação, união dos tecidos é feita em toda a dimensão/extensão da incisão cirúrgica. Incompleta : Aproximação dos tecidos não ocorre em toda a extensão da lesão, mantem-se uma pequena abertura para a colocação de um dreno. O processo mais comum de síntese é a sutura. Veja os Tipos de suturas: TIPO DE SUTURAS Temporária – quando há necessidade de remover os fios cirúrgicos da ferida após fechamento ou aderência dos bordos desta. Definitiva ou permanente – quando os fios cirúrgicos não precisam ser removidos, pois, permanecem encapsulados no interior dos tecidos. Resumindo: DIÉRESE MECÂNICA Punção Secção Divulsão Curetagem Dilatação Descolamento FÍSICA Térmica Crioterapia Laser HEMOSTASIA HEMOSTASIA PRÉVIA, PREVENTIVA OU PRÉ-OPERATÓRIA HEMOSTASIA TEMPORÁRIA HEMOSTASIA DEFINITIVA CIRURGIA PROPRIAMENTE DITA SÍNTESE CRUENTA INCRUENTA IMEDIATA MEDIATA COMPLETA INCOMPLETA Responsabilidades durante a cirurgia, controle de espécimes e membros amputados Há cirurgias em que são retirados órgãos, ou parte deles, para serem encaminhados para exames anátomo-patológico e até mesmo amputações de membros. O circulante , deve conhecer a rotina do hospital para o encaminhamento de peças e membros amputados para os locais apropriados.Procedimentos gerais com espécimes e membros amputados Colocar o espécime em recipiente de vidro ou saco apropriado, contendo solução de formol a 10%. Identificar o invólucro com os seguintes itens: número do quarto, leito, categoria do paciente, tipo de peça, nome do cirurgião, nome do hospital. Pedir ao cirurgião para preencher a requisição do exame anátomo-patológico. Fazer anotação no prontuário do paciente em relação a peça que foi retirada. Encaminhar a peça e a requisição de exame para a enfermeira responsável pelo C.C ou para serviço de anatomia patológica; Fazer o registro do envio da peça em livro próprio. Para o caso de membros amputados: Incineração ou enterro, conforme exigência legal. Autorização de amputação. O auxiliar de enfermagem que circula a sala cirúrgica deve: Após amputação do membro providenciar um saco plástico. Identificar invólucro colocando os seguintes itens: Nome- número de registro hospitalar Número quarto leito Tipo de peça Nome do cirurgião Nome do hospital Verificar com a família se a mesma irá providenciar . Encaminhar a peça e o atestado de óbito parcial para a enfermeira responsável. Anexar a ultima via do atestado de óbito parcial ao prontuário do paciente, fazendo anotações pertinentes Registrar o envio da peça em livro próprio. Fontes de contaminação em centro cirúrgico O número de microrganismos presentes no tecido a ser operado determinará o potencial de contaminação da ferida cirúrgica. De acordo com a Portaria nº 2.616/98, de 12/5/98, do Ministério da Saúde, as cirurgias são classificadas em: Classificação das cirurgias segundo o Ministério da Saúde Limpas realizadas em tecidos estéreis ou de fácil descontaminação, na ausência de processo infeccioso local, sem penetração nos tratos digestório, respiratório ou urinário, em condições ideais de sala de cirurgia. Exemplo: cirurgia de ovário; Exemplo: cirurgia de ovário; Potencialmente contaminadas realizadas em tecidos de difícil descontaminação, na ausência de supuração local, com penetração nos tratos digestório, respiratório ou urinário sem contaminação significativa. Exemplo: redução de fratura exposta; Contaminadas realizadas em tecidos recentemente traumatizados e abertos, de difícil descontaminação, com processo inflamatório mas sem supuração. Exemplo: apendicite supurada; Infectadas realizadas em tecido com supuração local, tecido necrótico, feridas traumáticas sujas. Exemplo: cirurgia do reto e ânus com pus Anestesia e analgesia ATENÇÃO ANESTESIA X ANALGESIA Definição e objetivos da anestesia e analgesia: A anestesia é caracterizada pela perda da sensibilidade dolorosa com perda da consciência e certo grau de amnésia . Enquanto que a analgesia caracteriza-se pela perda da sensibilidade dolorosa com preservação do estado de consciência. Objetivos do ato anestésico: Suprimir a sensibilidade dolorosa durante a cirurgia Propiciar condições ideais para a ação da equipe cirúrgica. 18. (REDE SARAH DE HOSPITAIS DE REABILITAÇÃO/PROCESSO DE SELEÇÃO PÚBLICA/2011) Em relação à anestesia geral e às anestesias regionais espinhais, pode-se afirmar que: I- A agulha utilizada na punção do espaço subaracnóideo tem um calibre bem grosso para poder instalar um cateter para controle da dor pós-operatória. II- Para atingir um dos objetivos da anestesia geral, que é o relaxamento muscular, o anestesista pode fazer uso de medicamentos tais como a succinilcolina, pancurônio, rocurônio, atracúrio e vecurônio. III- No espaço peridural, o anestésico atinge estruturas diversas como vasos, gorduras e nervos mistos. IV- O nível da punção para a raquianestesia é sempre abaixo da lombar 1. V- A principal ação dos fármacos tiopental, diazepam, midazolam, etomidato e propofol é garantir analgesia. a)- As afirmativas I, II e III estão corretas. b)- As afirmativas II, III e IV estão corretas. c)- As afirmativas I, III e V estão corretas d)- As afirmativas II, III e V estão corretas. e)- As afirmativas I, IV e V estão corretas. COMENTÁRIOS: A diminuição do calibre das agulhas possuem a vantagem da redução da incidência de cefaleia pós-punção da dura-máter. No entanto, o risco de deformação e a consequente possibilidadede fratura devem ser avaliados em relação as vantagens do uso de agulhas de fino calibre. Item INCORRETO Todas as medicações citadas na questão são bloqueadores neuromusculares aminoesteróides e dessa forma agem como relaxante muscular. CORRETO Vamos a teoria: Para você não cair nessa questão precisamos entender que o Espaço peridural (ou epidural): separa os componentes osteoligamentares raquidianos da dura-máter, meninge mais externa. É este espaço que se busca para administração da anestesia peridural. Esse espaço é composto por gordura, um importante plexo venoso, artérias, linfáticos e expançoes fibrosas, principalmente na porção anterior, os quais participam da sustentação da dura-máter. Portanto Item CORRETO Isso mesmo! O paciente é deitado em uma mesa, na qual geralmente recebe uma sedação venosa. Então, deitado em decúbito lateral e curvado para frente, uma fina agulha é introduzida nas suas costas, no intervalo entre as últimas vértebras lombares (L3/L4; L4/L5), até o canal medular, no espaço onde circula o líquor e onde será injetado o anestésico. Portanto é sempre abaixo da L1. A principal ação de cada fármaco é a seguinte: Tipental: é da família dos barbitúricos, e é sedativo hipnótico Diazepam e Midazolam: são benzodiazepinicos usado com ação princial de relaxamento muscular, sedativos e ansiolíticos Etomidato: é um anestésico hipnótico utilizado como efeito também amnésico. Não possui ação anlgésica. Propofol: também é um anestésico hipnótico e sedativo. E também não possui efeito analgésico! Item INCORRETO Gabarito letra B. Vou colocar um pouco mais de teoria para complementar a questão. Vamos lá! A anestesia peridural (ou epidural) é um tipo de anestesia aplicada no espaço peridural da coluna vertebral, sem perfurar a duramáter (membrana que envolve o cérebro e a coluna) e, portanto, sem atingir o líquor (líquido que banha o cérebro e a medula espinhal). Ela mantém a pessoa acordada, mas torna insensível a parte inferior do corpo, normalmente até o umbigo. A anestesia peridural pode também ser aplicada a nível torácico, produzindo efeitos anestésicos em outras regiões do corpo. Ela pode ser utilizada em cirurgias de pequeno porte nas partes anestesiadas, como em cirurgias dos pés, pernas, períneo e também em partos vaginais, por exemplo, quando é muito usada. O local de aplicação da anestesia, a técnica a ser utilizada, a dosagem de anestésico e o tipo de agulha utilizada devem ser escolhidos de acordo com as condições do paciente e do tipo de procedimento cirúrgico a ser realizado. Diferentemente da raquianestesia, trata-se de anestesiar apenas as fibras nervosas que conduzem a dor, embora possa acontecer de o anestésico impedir a movimentação das pernas. Geralmente é associada a uma sedação para evitar o desconforto da cirurgia. Quando aplicado, o anestésico sofre dispersão em direção cefálica, caudal e transversal, esta última dependendo da permeabilidade dos orifícios pelos quais passam os nervos raquidianos que saem do canal vertebral. Há uma relação direta dose-efeito, logo a concentração e o volume de anestésicos estão diretamente relacionadas ao número de metâmeros bloqueados. Vamos diagnosticar? Risco para função respiratória alterada Risco para Trauma: esta relacionado ao risco acentuado de lesão tecidual acidenta Percepção sensorial visual prejudicada: diz respeito a mudança na quantidade ou no padrão dos estímulos que estão sendo recebidos, acompanhada por uma resposta diminuída, exagerada, distorcida ou prejudicada a tais estímulos Risco para infecção: é um estado em que o indivíduo apresenta o risco de ser invadido por um agente oportunista ou patogênico * Diagnósticos estabelecidos a partir do NANDA, North American Nursing Diagnosis Association Cuidados de enfermagem pré-operatório No setor de internação - A lavagem das mãos é, isoladamente a medida mais importante na prevenção das infecções hospitalares, devendo ser realizadas antes e após a manipulação de qualquer paciente. - O banho pré-operatório tem como objetivo eliminar detritos depositados sobre a pele e conseqüentemente reduzir a sua colonização, porém ele não deve ser realizado muito próximo a cirurgia pois a fricção e a água tépida removem as células superficiais e aumentam a ascensão das bactérias dos reservatórios mais profundos para a superfície. - Realizar tricotomia apenas quando estritamente necessária devendo restringi-la aos casos em que os pêlos impeçam a visualização do campo ou dificultem a colocação de curativo; realizá-la no máx 2h antes da cirurgia. No Pré-operatório imediato Neste período do pré-operatório, assistência prestada pela equipe interdisciplinar continua voltada ao preparo físico e emocional do paciente para cirurgia. Do ponto de vista emocional, sabe-se que a proximidade do ato cirúrgico pode contribuir para aumentar a ansiedade do paciente. Por esta causa, toda a equipe deve estar alerta para esclarecer-lhe um ou outro aspecto que por ventura, não esteja claro, e detectar sinais e sintomas de alterações físicas decorrentes. Entre estas podem-se citar: taquicardia, hipertensão, hipertermia, sudorese e insônia. Este momento do pré-operatório não é propício ao ensino, pois o paciente não está receptivo para tal. Além da atuação na avaliação e preparo emocional, é a competência do enfermeiro planejar, implementar e avaliar as ações de assistência para o preparo físico do paciente de pré-operatório imediato. Principais ações de assistência Pré operatória - esvaziamento intestinal - modificação da dieta e jejum antes da cirurgia - higiene corporal e oral esvaziamento da bexiga - passagem da sonda nasogástrica - controle de sinais vitais - remoção de próteses dentarias e outros - medicação pré-anestésica - preparo da pele A evolução técnica e científica alcançada pela enfermagem, especialmente no que diz respeito a sistematização de assistência, despertou no enfermeiro do centro cirúrgico a necessidade de prestar assistência, mais direta ao paciente, no período pré-operatório. Isso fez com que este procurasse uma forma que tornasse possível viabilizar a sua necessidade. Para tanto, utilizou como estratégia “a visita pré-operatória de enfermagem” que, além de possibilitar-Ihe perceber o estado de apreensão apresentado pelo paciente e/ou família frente a cirurgia, propicia Ihe maior número de informações possíveis a respeitos destes, bem como facilita sua interação com o enfermeiro da Unidade de internação. Desta forma a visita pré-operatória ajuda a cerca de obter dados do paciente, detecta problemas ou alterações relacionadas aos aspectos biopsicosócio-espirituais do paciente e planeja a assistência de enfermagem a ser prestada no período preparatório. Vamos diagnosticar? Diante de todo o exposto vou colocar alguns diagnósticos da NANDA que podem se enquadrar a um paciente em cuidados pré operatórios. PORÉM Fique atento: cada paciente é um, e cada paciente precisa de um cuidado específico e integral. Portanto, os diagnósticos abaixo são diagnósticos gerais, porém cada caso deve ser analisado de acordo com todas as etapas propostas pelo Processo de enfermagem. Dor Aguda relacionado a agente lesivo evidenciado com relato verbal de dor Deambulação prejudicada relacionado a dor e evidenciado por capacidade prejudicada em andar Risco de infecção evidenciado por defesa primária inadequada Medo relacionado a estímulos fóbicos e evidenciado por relato de medo * Diagnósticos estabelecidos a partir do NANDA, North American Nursing Diagnosis Association 19. (REDE SARAH DE HOSPITAIS DE REABILITAÇÃO/PROCESSO DE SELEÇÃO PÚBLICA N° 2/2007) Um paciente de 56 anos de idade é admitido no serviço de emergência com queixa de náuseas, vários episódios eméticos e dor forte em quadrante superior direito do abdome. Apresenta temperatura de 38,5°C e os exames radiológicos revelam vesícula biliar aumentada. O paciente recebe diagnóstico de colecistite, com indicaçãocirúrgica. Após a administração de analgésico, qual a ação prioritária do(a) enfermeiro(a)? a) Avaliar hematócrito e a necessidade de orientação nutricional. b) Avaliar a presença de hipocalemia e desidratação. c) Avaliar gasometria venosa e ingesta hídrica. d) Avaliar coagulação sanguínea e solicitar consentimento do paciente para o procedimento cirúrgico. COMENTÁRIOS: No caso da letra a) podemos descartá-la porque trata-se de um quadro de emergência em que a orientação nutricional pode ser descartada nessa fase de pré operatório, e a pergunta se refere a ações prioritárias. Certamente a orientação nutricional virá na fase de pós operatório. b) Vou iniciar com os conceitos para entendermos porque essa é a questão correta: Hipocalemia é definida com um nível de potássio sérico inferior a 3,5 mEq/L (oummol/L). A hipocalemia leve (níveis maiores que 2,8mEq/L) pode ser assintomática ou causar adinamia e fraqueza; graus mais intensos de redução dos níveis séricos de potássio podem representar uma ameaça de morte, devido à ocorrência de arritmias cardíacas e morte súbita, em especial em pessoas com cardiopatias. Mas Poly porque avaliar a Hipocalemia e desidratação no pré operatório? Em especial estamos avaliando por que ele chegou com relato de episódios eméticos. E uma das principais causas de hipocalemia são perdas gastrointestinais. A desidratação também deve ser verificada como ação prioritária no pré operatório pois pode levar à hipotensão grave durante a indução anestésica e durante a cirurgia subseqüente. Em geral, o Pré-operatório de Colecistectomia não difere do de outras cirurgias abdominais, e a avaliação clínica completa e criteriosa é de fundamental importância, tanto no que se refere ao diagnóstico principal do motivo que levou a cirurgia em si, quanto a diagnósticos de doenças secundárias que possam influenciar ou prejudicar o resultado terapêutico (risco cirúrgico). Porém estamos diante de um quadro de emergência onde verificaremos as necessidades de acordo com as queixas e sintomas do paciente. Item CORRETO Fique atento em observar e relatar as seguintes complicações para todos os casos de pré operatório: Pulmonares “cianose, dispnéia, agitação”; Urinárias “infecção e retenção urinária”; Gastrointestinais “náuseas, vômitos, constipação intestinal, sede”; Vasculares “Cianoses e edemas”; Da ferida operatória “hemorragia, infecção e deiscência” A letra c) pode ser considerada incorreta pois a gasometria não é necessária como prioritária para o caso em questão. A gasometria arterial mede o pH e os níveis de oxigênio e gás carbônico no sangue de uma artéria. Esse exame é utilizado para verificar se os seus pulmões são capazes de mover o oxigênio dos alvéolos para o sangue e remover o dióxido de carbono do sangue. Logo, para a cirurgia de Colecistectomia, caso o paciente não apresente nenhum sinal ou sintoma de alterações na função pulmonar não é ação prioritária. INCORRETO d) Vamos falar um pouco sobre os testes de coagulação. Dos testes de coagulação disponíveis, os mais estudados para pacientes assintomáticos em pré-operatório são o tempo e a atividade da protrombina (TAP) e o tempo parcial de tromboplastina (PTT). O tempo de sangramento é um péssimo exame para avaliação de risco de complicações hemorrágicas, mesmo naqueles pacientes usuários de antiagregantes plaquetários como a aspirina, portanto seu uso não é mais indicado16. Em pacientes assintomáticos, os testes de coagulação podem revelar resultados anormais, sendo as porcentagens em torno de 1% em relação ao TAP e de até 16% em relação ao PTT. Em nenhum estudo, estas alterações se correlacionaram a risco aumentado de sangramento. Sendo assim, os testes de coagulação não são indicados como exames pré-operatórios de rotina em pacientes assintomáticos, exceto em pacientes com história de sangramento, fatores de risco ou diagnóstico de hepatopatia crônica, desnutrição ou uso de drogas, como antibiótico, que possam alterar os níveis dos fatores de coagulação19, 20,15. Portanto, item INCORRETO Gabarito letra B. 20. (REDE SARAH DE HOSPITAIS DE REABILITAÇÃO/PROCESSO DE SELEÇÃO PÚBLICA N° 2/2007) Um paciente de 57 anos, que trabalha na construção civil, será submetido à laminectomia em dois níveis. Qual dos seguintes resultados de exames laboratoriais deve ser comunicado imediatamente ao médico cirurgião deste paciente? a) Hematócrito 40 %. b) Potássio sérico 2,5 mEq/L c) Contagem de plaquetas 300 mil/mm3. d) Velocidade de hemossedimentação (VHS) de 10 mm na 1a hora. COMENTÁRIOS: Pra você entender a resposta vou inicialmente explicar no que consiste o procedimento de Laminectomia lombar: Durante uma laminectomia lombar, uma pequena incisão é feita na pele ao longo das vértebras lombares. Os músculos são separados e o osso fica exposto. A porção "laminada" da vértebra é lenta e cuidadosamente removida, retirando a pressão do nervo pinçado e da medula espinhal. O nervo é então gentilmente puxado para o lado e qualquer parte com hérnia do disco é removida. O nervo é então aliviado de toda a pressão e dor. Os músculo são novamente colocados no lugar e a incisão é fechada. Existem diversas complicações em potencial associadas a esse procedimento que devem ser discutidas com um médico antes da cirurgia. Distribuição do potássio corporal é no Espaço extracelular (10%): principalmente nos ossos e fluido. Valor normal [ K +] : 3,5 – 5,0 mEq/L e no Espaço intracelular (90%): principalmente nos músculos, mas também no fígado e eritrócitos. Valor normal [ K +] : 140 – 150 mEq/L O potássio sérico participa da regulação da função de enzimas intracelulares e da excitabilidade do tecido neuromuscular regulando os potenciais de membrana que, dependem de maneira crítica da relação entre a concentração de potássio intra e extracelular. Sendo assim, os mecanismos que regulam a concentração de potássio devem ser bastante precisos, e estamos falando de uma cirurgia que ocorrerá envolvendo o tecido neuromuscular. Para explicarmos a exclusão dos demais itens vejamos: a) O hematócrito é um exame de sangue que serve para avaliar a percentagem das células vermelhas do sangue, conhecidas por glóbulos vermelhos ou hemácias, no volume total de sangue, ajudando a identificar e diagnosticar alguns problemas como a anemia, por exemplo. Valores de referência do hematócrito Os valores de referência do hematócrito variam de laboratório, mas geralmente o valor normal do hematócrito é: Mulher: 35-45% Homem: 40-50% Portanto, item INCORRETO c) A determinação do número de plaquetas solicita-se em casos de doenças hemorrágicas ou doenças da medula óssea, como leucemia. Os valores de referência normais num adulto são entre 150.000 a 450.000 plaquetas por microlitro de sangue (mm³). Portanto os valores referenciados na questão são considerados normais. Item INCORRETO. d) Muitas proteínas concentram cargas positivas em um lado e negativas em outro (assimetria de cargas). A parte positiva destas proteínas tem o mesmo efeito sobre as hemácias. Diversas proteínas produzidas pelo corpo durante infecções ou inflamações (proteínas de fase ativa, principalmente o fribrinogênio) são assim. Portanto VHS é um jeito indireto de medir a presença inflamação ou infecção no corpo. O exame é dado em mm/h, geralmente medido em 1 hora e em 2 horas. Isso significa que o laboratório vai deixar o recipiente com o sangue (não-coagulado) parado. Após uma hora, será medido o tamanho, em milímetros (mm) da deposição de hemácias, e o mesmo será repetido na segunda hora. Os valores normais da Velocidade de Hemossedimentação são diferentes para homens e mulheres. Para homens: Após uma hora: até 8 mm Após duas horas: até 20 mm Para mulheres: Após uma hora: até 10 mm Após duas horas: até 25 mm Verifique que os valores de referência se referem após uma hora de exame e a questão se refere a primeira hora. Na primeira hora é comum encontrarmos valores acima dos valores de referência citados. Portanto item INCORRETO.Gabarito Letra B. Transporte do paciente O transporte do paciente da unidade de internação para o Centro irúrgico deve ser feito em maca, provida de colchonete confortável, grades laterais e rodas em perfeitas condições de funcionamento. Pode ser, ainda usada a cama berço, dependendo da idade e condições físicas do paciente. Este procedimento difere de hospital para hospital. Em alguns, fica sob responsabilidade da Unidade de internação e em outros, da unidade de Centro Cirúrgico. Independente da unidade que se responsabiliza por transportar o paciente da unidade de internação para o Centro Cirúrgico, é fundamental que a pessoa determinada para esta atividade receba treinamento específico. Ao transportá-lo alguns cuidados devem ser tornados: Preparar a maca ou cama berço com roupas limpas e do mesmo modo como se prepara a cama de um operado, ou seja enrolar juntos o lençol superior, o cobertor e a colcha no sentido longitudinal, deixando-os de um dos lados da maca. Colocar a camisola aberta e a toca para proteger os cabelos do paciente. Levar a maca a unidade de internação antes da cirurgia, dependendo do tipo de cirurgia ou da rotina da equipe cirúrgica.- Verificar se o paciente recebeu os cuidados do período préoperatório imediato e se o prontuário está completo, inclusive com as radiografias. Colocá-los a seguir, sob o colchão da maca. Conferir a identificação do paciente, a partir do “pedido de cirurgia”, apresenta-se a ele como funcionário do Centro Cirúrgico e responsável por transportá-lo para o referido setor; Verificar se foram retirados esmalte, adornos e próteses do paciente, e se este já esvaziou a bexiga, caso não esteja com sonda vesical. - Transportar o paciente, diretamente para a sala cirúrgica. A permanência deste no corredor, além de ser cansativa, propicia a escuta de conversas paralelas que contribuem para aumentar o medo e consequentemente, a insegurança. Cuidados de enfermagem no perioperatório Apesar de não estar no edital eu inclui esse tópico por observar as questões da REDE SARAH bastante críticas e não apenas conceituais. Verifiquemos atentamente cada questão e lembre-se, procure ao máximo o seu pensamento crítico e junte os conhecimentos teóricos para responder as questões. Vamos lá! 21. (REDE SARAH DE HOSPITAIS DE REABILITAÇÃO/PROCESSO DE SELEÇÃO PÚBLICA N° 2/2007. Na sala operatória, no procedimento de broncoscopia, o paciente apresenta uma resposta vasovagal durante a inserção do broncoscópio rígido. Qual sinal o(a) enfermeiro(a) espera encontrar? a) Pupilas dilatadas. b) Paciente com broncodilatação. c) Queda da frequência cardíaca. d) Decréscimo da secreção gástrica. COMENTÁRIOS: Inicialmente acho interessante entendermos de forma mais aprofundada sobre que é a resposta vasovagal citada na pergunta. O mecanismo vasovagal, também pode ser chamado de mecanismo neuromediado ou neurocardiogênico e é um mecanismo reflexo responsável pela maior parte dos eventos sincopais. Os episódios sincopais tendem a ser recorrentes na maioria casos e, muitas vezes, relacionados à posição ortostática prolongada. Situações como calor intenso, ambientes com grandes aglomerações, dor intensa, traumatismo, visão de sangue, punção venosa, ingestão de álcool, desidratação e situações de estresse podem também precipitá-los. Na questão do Sarah eles citaram o caso da resposta vasovagal durante a inserção do broncoscópio. Podemos, portanto avaliar que essa resposta foi causada por estimulação do nervo vago e consequentemente dos baroreceptores, o que acarretou em bradicardia. Falemos brevemente sobre os sinais que precedem a síncope. Apesar de não ser essa a questão da prova iremos aqui citá-los, pois muitas bancas podem utilizar desses sinais precedentes para tentar te confundir colocando-os como sintomas da resposta vasovagal e como opção de resposta da sua prova. Portanto fique atento aos sintomas que precedem a síncope vasovagal: palidez cutânea, náuseas, dor abdominal, fraqueza, sudorese, visão turva e tonteira, porém alguns indivíduos não apresentam nenhum tipo de pródromo precedendo o evento. Embora a síncope vasovagal seja a causa mais frequente de apresentação da perda transitória da consciência (PTC) envolvendo um arco reflexo há também outras alterações da função autonômica que é importante estarmos atentos para também não confundi-los com os sintomas propriamente ditos da resposta vasogaval. As alterações autonômicas são: hipotensão ortostática, taquicardia postural ortostática, disautonomias e hipersensibilidade do seio carotídeo através da realização de massagem do seio. Existe uma classificação das respostas durante a resposta vasovagal que foi inicialmente proposta por Sutton et al em 1992 e depois modificada no estudo VASIS II. São elas: Tipo I – Mista: A FC cai no momento da síncope, mas a resposta ventricular não cai abaixo de 40 bpm e se ocorrer esta queda não dura mais de 10 segundos. A queda da PA ocorre antes da redução da FC; Tipo II a – Cardioinibitória sem assistolia: A FC cai abaixo de 40 bpm por mais de 10 segundos, porém não ocorre assistolia superior a 3 seg de duração; Tipo II b – Cardioinibitória com assistolia: Ocorre assistolia com mais de 3 segundos de duração. A queda da PA ocorre simultaneamente ou antes da queda da FC; Tipo III – Vasodepressora: A PA tem uma redução > 50 mmHg do seu valor registrado antes da síncope, porém não ocorre queda reflexa da FC > 10% da FC máxima no momento da síncope. Verifique que em todas os tipos de classificação a FC sofre queda, mesmo no Tipo III em que não há queda reflexa da FC observamos que há queda da FC máxima no momento da síncope. Para melhor elucidação verifique na figura abaixo o quadro de queda da frequência cardíaca durante o quadro de síncope e resposta vasovagal: Portanto, gabarito letra C. Fique também ligado! O tratamento recomendado da síncope vasovagal e ortostática envolve realizar técnicas que ajudem a transportar sangue para o cérebro (Posição de choque (Ver Imagem abaixo): posicionando a pessoa no chão, com as pernas ligeiramente elevadas ou inclinar-se para a frente com a cabeça entre os joelhos, durante pelo menos, 10-15 minutos, de preferência em local fresco e tranquilo). Para as pessoas que sofrem com desmaios crônicos, a terapia deve concentrar-se em reconhecer quais são os gatilhos que promovem o seu aparecimento e aprender técnicas para os evitar. Ao primeiro sinal de alerta, como tonturas, náuseas ou pele fria e úmida, as manobras de contrapressão podem ser usadas para evitar o desmaio. No caso de ser causa por uma doença cardíaca, o tratamento pode envolver desde pacemakers a cardioversores desfibriladores implantáveis, dependendo da causa cardíaca precisa. Vamos diagnosticar? Para o caso em questão de um paciente submetido a broncoscopia e que evoluiu com uma resposta vasovagal alguns dos diagnósticos segundo a NANDA podem ser: Risco de choque caracterizado por hipotensão Débito cardíaco diminuído caracterizado por bradicardia Perfusão Tissular periférica alterada caracterizada por pulsação arterial diminuída Risco para lesão perioperatória de posicionamento: corresponde a estar em risco de lesões como resultado das condições ambientais encontradas no cenário perioperatório Risco para infecção: é um estado em que o indivíduo apresenta o risco de ser invadido por um agente oportunista ou patogênico Diagnósticos estabelecidos a partir do NANDA, North American Nursing Diagnosis Association Cuidados de enfermagem pós operatório Sala de recuperação pós anestésica 22. (REDE SARAH DE HOSPITAIS DE REABILITAÇÃO/PROCESSO DE SELEÇÃO PÚBLICA N° 2/2007) O(A) enfermeiro(a) assiste a um paciente em pós-operatório de craniotomia, que está com sonda vesical de demora. Na primeira hora de pós-operatório, o débito urinário foi de 1.500 ml. O mesmo volume foi mensurado na segunda hora. O(A) enfermeiro(a) deve suspeitar de: a) Síndrome de Cushing. b) Diabetes Mellitus. c) Crise adrenal. d) Diabetes Insípidus.COMENTÁRIOS: a) resposta ERRADA pois a A Síndrome de Cushing é uma doença provocada pela alta concentração no corpo de hormônio cortisol, conhecido também como o hormônio do estresse. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 50 mil pessoas vivem com essa doença atualmente. b) resposta também ERRADA já que Diabetes Mellitus é uma doença do metabolismo da glicose causada pela falta ou má absorção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas e cuja função é quebrar as moléculas de glicose para transformá-las em energia a fim de que seja aproveitada por todas as células. A ausência total ou parcial desse hormônio interfere não só na queima do açúcar como na sua transformação em outras substâncias (proteínas, músculos e gordura). c) Outra resposta ERRADA visto que A insuficiência adrenal aguda ocorre quando, rapidamente, as glândulas adrenais deixam de produzir seus hormônios característicos, que são a cortisona e/ou a aldosterona. Ao contrário do mencionado na questão O paciente apresenta quadro importante de fraqueza, náuseas, vômitos, tonturas, dor e desconforto abdominal, confusão mental, pressão arterial baixa (hipotensão arterial), febre, hipoglicemia, desidratação, choque circulatório e coma. Se o quadro não for identificado, o paciente corre risco de vida. d) Ficamos então com a letra d). Vejamos: O diabetes insipidus ocorre basicamente por 2 motivos: um problema no sistema nervoso central que impede a produção e liberação do ADH, mesmo em estados de desidratação; ou um problema nos rins que passam a não responder a presença do hormônio. Em ambos casos o resultado final é um excesso de perda de água pela urina, chamada de poliúria. Quando existe ADH mas o rim não responde ao mesmo, damos o nome de diabetes insipidus nefrogênico. Quando há falta de produção do ADH pelo sistema nervoso central, chamamos de diabetes insipidus central. O DI central ocorre por agressões ao eixo hipotálamo-hipófise que para de produzir o ADH necessário para evitar perdas de água excessiva na urina. Principais causas da Diabetes Insipidus – Cirurgia do sistema nervoso central com lesão acidental do hipotálamo ou hipófise. – Traumas – Tumores do sistema nervoso central – Auto-imune com produção de auto anticorpos contra as células produtoras de ADH – Genética. Algumas famílias apresentam falhas na produção de ADH por mutações genéticas. –Anorexia nervosa – Encefalopatia hipóxica. Lesão cerebral por hipoxemia (falta de oxigênio), normalmente secundária a períodos de parada cardíaca. Gabarito Letra D. 23. (REDE SARAH DE HOSPITAIS DE REABILITAÇÃO/PROCESSO DE SELEÇÃO PÚBLICA N° 2/2007) Uma paciente de 47 anos de idade foi submetida à colecistectomia. No terceiro dia de pós-operatório ela refere náuseas. Na reavaliação clínica tem ausculta pulmonar limpa, ausência de ruídos hidro-aéreos, sinal de Homan's negativo e ausência de sinais flogísticos na incisão cirúrgica. Os valores dos sinais vitais são: temperatura = 37,7°C, pulso = 100 batimentos/minuto, respiração = 24 incursões/minuto e pressão arterial = 110X70 mmHg. Qual é o diagnóstico de enfermagem prioritário? a) Risco elevado para diminuição do débito cardíaco. b) Risco elevado para infecção ferida operatória. c) Risco elevado para íleo paralítico. d) Risco elevado para diminuição da troca gasosa. COMENTÁRIOS: Oba! Temos aqui uma questão sobre Diagnósticos de enfermagem a)- Risco elevado para diminuição do débito cardíaco Na reavaliação clínica tem pulso = 100 batimentos/minuto pressão arterial = 110X70 mmHg. Portanto avaliação normal e diagnóstico incoerente. b)- Risco elevado para infecção ferida operatória. Essa ta fácil já que o paciente está com ausência de sinais flogísticos na incisão cirúrgica, ou seja, sem sinais de infecção. c)- Risco elevado para íleo paralítico. Item CORRETO já está com ausência de ruídos hidro-aéreos. Os ruídos hidroaéres são verifcados durante a ausculta abdominal: Ruídos hidroaéreos (auscultar 15-20 seg cada quadrante). São classificados em normais/presentes, diminuídos ou aumentados. Freqüência ampla variação: 05 a 34 ruídos/min. d)- Risco elevado para diminuição da troca gasosa. Não pode ser pois a na reavaliação clínica tem ausculta pulmonar limpa Gabarito letra C. Mas Poly me ajude quanto ao sinal de Homan's negativo!! Vamos lá: SINAL DE HOMAN’S O sinal de Homans é um sinal médico de desconforto ou dor na panturrilha após dorsiflexão passiva do pé. É causado por uma trombose das veias profundas da perna (trombose venosa profunda). Recebe este nome em homenagem ao médico americano John Homans. No Sinal de Homans, o examinador faz um movimento de dorsiflexão do pé para avaliação realizada no membro inferior. Em geral, quando a dor é positiva, o paciente refere dor na panturrilha. Contudo,é válido ressaltar que esse sinal não é diagnóstico definitivo de tromboflebite, pois a dor relatada também pode ser causada por estiramento muscular. 24. (REDE SARAH DE HOSPITAIS DE REABILITAÇÃO/PROCESSO DE SELEÇÃO PÚBLICA N° 2/2007) A embolia pulmonar pode ser uma complicação no período pós-operatório. Os sinais clínicos precoces de embolia pulmonar são: a) Agitação e taquicardia. b) Dor no peito e bradicardia. c) Febre baixa e hipotensão. d) Dor no peito localizada e hipertensão. COMENTÁRIOS: Embolia pulmonar é um bloqueio de uma ou mais artérias dos pulmões causada por gordura, ar, coágulo de sangue ou células cancerosas. Os sintomas de embolia pulmonar costumam variar, dependendo do número de bloqueios arteriais e quais partes do pulmão estão envolvidas. Os principais sintomas de embolia pulmonar são: Dor sob o esterno ou em um lado deste, que pode: Ser aguda ou penetrante Ser descrita como uma sensação de queimação, dor, entorpecimento ou peso Piorar quando o indivíduo respira fundo, tosse, come ou se curva Fazer com que o paciente se curve ou segure o próprio peito em reação à dor. Além disso, o paciente pode apresentar: Tosse repentina, expectorar sangue ou escarro sangrento Respiração rápida Frequência cardíaca alta (taquicardia) Deficiência respiratória iniciada repentinamente. Outros sintomas da embolia pulmonar que podem ocorrer: Ansiedade e agitação Coloração azulada da pele (cianose) Pele fria e úmida Tontura Dor na perna, vermelhidão e inchaço Tontura ou desmaio Baixa pressão sanguínea (hipotensão) Sudorese Respiração ofegante. a) CORRETO- agitação e taquicardia presentes b) não há bradicardia e sim taquicardia c) ao há presença de febre nos sinais e sintomas d) apesar da dor no peito ser correta, a hipertensão não é presente nesse quadro e sim a hipotensão Gabarito letra A. 25. (REDE SARAH DE HOSPITAIS DE REABILITAÇÃO/PROCESSO DE SELEÇÃO PÚBLICA N° 2/2007) Um paciente de 68 anos de idade foi recebido na enfermaria após a realização de ressecção transuretral de próstata devido à hiperplasia prostática benigna. Além da hematúria esperada, que sinais abaixo indicam a ocorrência de hemorragia pós-operatória? a) Hipotensão, taquicardia e hiperpnéia. b) Instabilidade da pressão arterial, bradicardia e hiperpnéia. c) Hipertensão, bradicardia e movimentos respiratórios irregulares. d) Hipertensão, pulsação cardíaca irregular e bradipnéia. COMENTÁRIOS: Uma complicação pós-operatória, que pode ocorrer em relação à perfusão tecidual, é a perda excessiva de sangue. No paciente pós-operatório isto pode ser consequência de uma doença preexistente (anemia, distúrbio de coagulação, uso de aspirina), da idade avançada, de hemorragia no intra- operatório ou de complicação pós-operatória. Os sinais e sintomas incluem hipotensão postural, taquicardia, taquipnéia/hiperpnéia, diminuição do débito urinário, pele fria e pegajosa e diminuição do nível de consciência. Os dados laboratoriais abrangem hemoglobina, hematócrito e provas de coagulação. Neste caso, o enfermeiro da UPO administrará volumes conforme prescrito (expansores de plasma; albumina; sanguetotal; papa de hemácias; PFC; crioprecipitado, se distúrbio de coagulação); minimizará a mobilização ou posicionamento do paciente para diminuir as necessidades de oxigênio; colocará o paciente em decúbito dorsal, com elevação dos membros inferiores, para aumentar a pré-carga. Excluindo os itens temos: a) Hipotensão, taquicardia e hiperpnéia. b) Instabilidade da pressão arterial, bradicardia e hiperpnéia. c) Hipertensão, bradicardia e movimentos respiratórios irregulares. d) Hipertensão, pulsação cardíaca irregular e bradipnéia Essa conseguiríamos responder por critério de exclusão! Gabarito letra A 26. (REDE SARAH DE HOSPITAIS DE REABILITAÇÃO/PROCESSO DE SELEÇÃO PÚBLICA N° 2/2007) O(A) enfermeiro(a) recebe uma paciente que se submeteu a cirurgia de troca de válvula mitral, com história de febre reumática, Diabetes Mellitus tipo 1, hipertensão arterial, anemia perniciosa e apendicectomia. Após a alta, a paciente irá submeter-se a extração dentária. Qual dos dados corresponde ao maior fator de risco para endocardite nesta paciente? a) Apendicectomia. b) Anemia perniciosa. c) Diabetes Mellitus. d) Troca de válvula cardíaca. COMENTÁRIOS: Sabe-se que os procedimentos dentários podem causar a passagem das bactérias para a corrente sanguínea. Estas bactérias, por sua vez, podem causar endocardite em pessoas predispostas. Algumas doenças periodontais, como gengivite e periodontite, também aumentam o risco de endocardite. Se a pessoa tem problema no coração e vai ser submetida a um procedimento dentário é necessário procurar um profissional especializado em atender pacientes especiais. Se a pessoa tem problema cardíaco, como alteração causada pela febre reumática, precisa manter a saúde bucal, pois o risco de desenvolver Endocardite Infecciosa é alto. Pessoas transplantadas cardíacas precisam manter a saúde bucal e precisam do atendimento de um cirurgião-dentista especializado, um profissional que entenda a interação dos medicamentos consumidos com os prescritos pelo dentista e ainda conheça a prevenção de problemas que podem ocorrer, pois os medicamentos ingeridos por um transplantado abaixam a imunidade. Pacientes que fazem uso de anticoagulantes podem ter problemas com sangramento, em alguns procedimentos dentários, como extração de dentes, cirurgias bucais e limpeza dentária, e pode ser de difícil controle. Por isso, o paciente em uso desse medicamento deve procurar atendimento odontológico especial, pois medidas locais devem ser adotadas para evitar hemorragias. Portanto, o procedimento que corresponde a maior risco para o paciente em questão é a Troca de válvula mitral Gabarito letra D. 27. (REDE SARAH DE HOSPITAIS DE REABILITAÇÃO/PROCESSO DE SELEÇÃO PÚBLICA/2011) Um paciente de 61 anos foi admitido na sala de emergência se queixando de intensa dor nos membros inferiores. Relatou que, há sete dias, havia sido submetido à cirurgia de colecistectomia, por via aberta. Após avaliação da equipe médica foi diagnosticado tromboembolismo venoso profundo e iniciada a terapia anticoagulante com heparina intravenosa. Devido ao risco de sangramento aumentado, o enfermeiro deve garantir que, nessa unidade, tenha o medicamento utilizado para neutralizar a ação da heparina. Qual é o medicamento correto? a) Vitamina K. b) Sulfato de protamina. c) Adrenalina. d) Noradrenalina. e) Varfarina. COMENTÁRIOS: As protaminas são proteínas de baixo peso molecular, com uma elevada proporção de arginina e são extraídas dos testículos de diversas espécies de salmão. As protaminas combinam-se com a heparina, formando complexos inativos destituídos de ação anticoagulante. Administrada isoladamente, a protamina pode apresentar um efeito anticoagulante. Tem como indicação a inativação da heparina em casos de hemorragias severas consecutivas à heparinoterapia; inativação da heparina após emprego de circulação extracorpórea e diálise. Vamos excluir as demais questões: a) VITAMINA K- O papel mais conhecido da vitamina K está relacionado com a sua ação no processo de coagulação sanguínea. Ela é fundamental para síntese hepática de proteínas envolvidas neste processo, como os fatores II (pró-trombina), VII, IX e X (fatores de coagulação) e as proteínas C, S e Z (inibidoras da coagulação). Portanto, dentre as opções a única correta é a Protamina c) ADRENALINA- Vasopressor; estimulador dos receptores a e b-adrenérgicos. Indicado para Parada cardíaca, FV/TV sem pulso, AESP, assistolia. Pode ser utilizada em infusão contínua como suporte hemodinâmico. Bradicardia com hipotensão sintomáticas que não responderam a atropina ou marcapasso d) NORADRENALINA- Vasopressor; ação predominantemente a-adrenérgica. Indicado para Tratamento do choque persistente a despeito de reposição volêmica adequada. e) VARFARINA- Anticoagulante oral; antagonista da vitamina K (fatores II, VII, IX, X). Indicada para prevenção primária e secundária da TVP; na prevenção do embolismo sistêmico em pacientes com prótese valvar cardíaca, fibrilação atrial crônica; na prevenção de AVE, IAM recorrente e em pacientes com IAM prévio e trombos intracardíacos. Gabarito letra B. 28. (REDE SARAH DE HOSPITAIS DE REABILITAÇÃO/PROCESSO DE SELEÇÃO PÚBLICA/2011) Para um paciente de 55 anos com dreno de tórax conectado a um sistema de aspiração contínua, para remoção de sangue da cavidade pleural, que necessita de mudança de decúbito, o enfermeiro deve assegurar que: a) O sistema de aspiração conectado ao frasco coletor do dreno seja desligado. b) O dreno de tórax seja clampado. c) A água estéril usada como nível do frasco coletor deve ser desprezada. d) O curativo seja trocado e) O frasco coletor do dreno de tórax esteja abaixo do nível do tórax. COMENTÁRIOS: Vamos primeiramente entender que a pergunta diz respeito ao momento da mudança de decúbito. Portanto fiquemos atentos a esses detalhes questionados. Portanto para o procedimento de mudança de decúbito dentre as opções citadas o item CORRETO é o posicionamento correto do dreno de tórax que deve obrigatoriamente estar abaixo do nível do tórax. Vamos descrever aqui demais cuidados com o dreno de tórax: Preencher o selo d´água com 300 ml de soro fisiológico 0,9%, ou 500 ml da mesma solução. ( ou seguir protocolo da sua instituição) Após-instalação do dreno, a mensuração dos débitos dos drenos deverá ser feita a cada 6 hora ou intervalos menores caso haja registros de débitos superiores a 100 ml/hora.( casos de conteúdo liquido ). A mensuração deverá ser feita colocando uma fita adesiva ao lado da graduação do frasco, onde o técnico de enfermagem deverá marcar com uma caneta o volume drenado marcando também a hora da conferência A troca do selo d´água deverá ser feita a cada 12h. Clampear o dreno para que não haja entrada de ar para a cavidade torácica e após a troca, lembrar sempre que o dreno deve ser desclampeado. Os curativos na inserção dos drenos devem ser trocados diariamente utilizando os produtos preconizados pelo Serviço de Infecção Hospitalar de cada instituição Colocar frasco de drenagem no piso, dentro de suporte, próximo ao leito do paciente, ou dependurá-lo na parte inferior do leito, evitando-se desconexões acidentais ou tombamento do frasco. "Ordenhar" ou massagear a tubulação na direção do frasco coletor de drenagem, de 2 em 2 horas ou conforme protocolo da instituição. Nunca elevar frasco de drenagem acima do tórax sem ser clampeado. Lavar as mãos, conforme após procedimento e sempre que houver necessidade de "ordenhar" tubulação. Gabarito letra E. 29. (REDE SARAH DE HOSPITAIS DE REABILITAÇÃO/PROCESSO DE SELEÇÃO PÚBLICA/2011) Na administração de medicamentos pela sonda nasoenteral, em um paciente no pós-operatório mediato de gastrectomia, o enfermeiro deve: a) Irrigar a sonda com solução salina isotônica. b) Reposicionar a sonda e fixá-la novamente. c) Checar o posicionamento da sonda d) Inserir a sonda por mais dois centímetros. e)Tracionar a sonda. COMENTÁRIOS: Vamos aoscuidados gerais de enfermagem com a sonda nasoenteral: Antes de se iniciar a administração da dieta, todos os testes de posicionamento da sonda devem ser rigorosamente feitos, para que não existam dúvidas quanto à presença dela no tubo digestivo. O método considerado padrão-ouro é o RX de abdômen ou fluoroscopia. No paciente com distúrbios neurológicos, inconsciente, idoso ou traqueostomizado, o risco de mau posicionamento do tubo de alimentação é maior. Testes de ph do líquido aspirado através da sonda com valores menores que 6 sugerem que a sonda se encontra no estômago, porém a presença de alimentos e medicamentos no tubo digestivo pode mascarar o teste. Quando não existe cooperação do paciente ou existe algum obstáculo nas primeiras porções do tubo digestivo, a sonda deverá ser introduzida com o fio-guia, tomando-se o cuidado de injetar 5 ml de vaselina líquida na luz da sonda, para que ele possa ser retirado com mais facilidade. Somente depois de confirmado o posicionamento no estômago, é que o fio-guia deverá ser retirado. Nunca se pode introduzir o fio-guia na sonda, depois de ela já se encontrar instalada no paciente. IMPORTANTE Com base na literatura e em manuais de boas práticas avaliou-se que o uso do “teste do copo” para confirmação do posicionamento da sonda não se caracteriza como método fidedigno para constatar o posicionamento de sonda GÁSTRICAS Outros cuidados de enfermagem: – posicionar o paciente sentado e ou, sendo acamado, manter cabeceira elevada por no mínimo 30 graus, (diminuindo riscos de aspirações de dieta, refluxos gástricos), e não deitar o paciente logo após ingesta alimentar e hídrica, lavar a sonda com água filtrada após administração de dietas (1 -2 seringas de 20 ml), medicamentos, mantendo sua permeabilidade, evitando obstruções por resíduos alimentares. Havendo obstruções, pode se realizar manobras para desobstrução, infiltrando água morna (ideal com seringa de 50 ml). Observação e detecção de anormalidades – obstrução, vazamentos, quebras dos conectores das extremidades proximais, Se (gastrostomia,) proteger a pele se houver contato com conteúdo gástrico, para evitar formação de lesões, inflamações, infecções. Gabarito letra C. 30. (REDE SARAH DE HOSPITAIS DE REABILITAÇÃO/PROCESSO DE SELEÇÃO PÚBLICA/2011) Um paciente de 34 anos realizou litotripsia para remoção de cálculos de ácido úrico localizados no ureter. O enfermeiro ensina ao paciente que a prevenção de formação de outros cálculos pode ser auxiliada pela ingesta hídrica adequada e uma dieta baseada em: a) Alto teor de vitamina C. b) Baixo teor de cálcio. c) Alto teor de fibra. d) Baixo teor de proteínas. e) Baixo teor de gorduras. COMENTÁRIOS: Cálculo renal ou litíase renal é a formação de cristais, “pedras” nos rins devido a presença não usual de substâncias na urina. As causas mais comuns de cálculo renal são: Excesso de cálcio na urina; Excesso de oxalato na urina; Os cálculos compostos de oxalato de cálcio correspondem a 80% dos casos; Excesso de ácido úrico na urina; Pouco citrato na urina; Mau funcionamento da glândula paratireóide (hiperparatireoidismo). Estudos mostram que a maior incidência ocorre em indivíduos com idade mais avançada e em homens mais do que nas mulheres. Há algum tempo os cálculos eram retirados por meio de cirurgia, atualmente o processo não é invasivo, são retirados por laser. A dieta é um fator importante tanto para a formação quanto para o tratamento dos sintomas da doença. Porém é indispensável que se previna o aparecimento de cálculos, pacientes relatam que as cólicas renais são muito fortes. Dietas ricas e proteína animal devem ser evitadas de forma geral, pois ela além de aumentar a excreção de ácido úrico, também aumenta a excreção de cálcio e diminui a excreção de citrato e todos esses fatores aumentam o risco de formação de cálculos. Gabarito letra D. 31. (REDE SARAH DE HOSPITAIS DE REABILITAÇÃO/PROCESSO DE SELEÇÃO PÚBLICA/2011) Uma paciente de 60 anos realizou uma biópsia renal, recebeu alta do serviço de recuperação pós-anestésica e foi encaminhada para unidade de internação. O enfermeiro sabe que a prioridade no cuidado desta paciente é: a) Usar precaução de contato nas próximas 48 horas. b) Manter a paciente em jejum até 8 horas, após o procedimento cirúrgico c) Monitorar o sangramento pós-operatório. d) Encorajar a paciente a deambular a cada 2 horas. e) Trocar o curativo compressivo do local da biópsia. COMENTÁRIOS: Essa questão está muito fácil. Vamos por exclusão? a) A precaução nesse caso é a precaução padrão, veja nas figuras a diferença entre ambas as precauções: b) O jejum é apenas no período pré operatório, e após observada a completa recuperação no que diz respeito a sonolência ou náuseas já podemos iniciar com uma dieta progressiva, inicialmente liquida para reposição hídrica. c) Basicamente a única complicação importante da biópsia renal é o sangramento. O rim é um órgão bastante vascularizado e é praticamente impossível não se acertar um vaso pequeno durante a punção com a agulha de biópsia. Como a biópsia é feita de modo percutâneo, não temos como comprimir a região sangrante e a única opção é esperar que o próprio sistema de coagulação do organismo interrompa a perda de sangue. Todos os pacientes sangram. Alguns em maior, outros em menor quantidade. Esses números são minimizados se a biópsia for bem indicada e o médico tiver experiência no procedimento. Porém, como qualquer procedimento médico invasivo, por mais que se faça tudo corretamente, existem sempre riscos inerentes ao próprio ato. Portanto esse cuidado de enfermagem é prioridade como menciona a questão. Item CORRETO. d) em especial pelo risco apresentado na questão anterior (de sangramento) é que para esse caso de pós operatório é indicado repouso, e não como refere a questão de deambular. d) o curativo em um biópsia renal é estéril, e portanto devemos evitar a troca nas primeiras 24hrs. Gabarito letra C. Paramos por aqui!! Espero que tenha aproveitado os conhecimentos e que eles te levem à aprovação! Bons estudos Poly Lista de Questões 1. (HU-UFGD/EBSERH/Instituto AOCP/2014) No Centro de Material e Esterilização, o conjunto de medidas comportamentais dos profissionais de saúde visando à prevenção de contaminação cruzada entre o ambiente sujo e o ambiente limpo, na ausência de barreiras físicas, é chamado de a) barreira técnica. b) procedimento operacional. c) área semi-crítica. d) comportamento crítico. e) padrão de área 2. (Conjunto Hospitalar Sorocaba-CHS/CETRO/2014) Em relação aos conhecimentos de enfermagem na Central de Material e Esterilização (CME) e a RDC nº 15/2012, analise as assertivas abaixo. I. Na sala de desinfecção química, o enxágue dos materiais deve ser realizado com água que atenda aos padrões de potabilidade definidos em normatização específica. II. O CME deve realizar a monitorização dos parâmetros indicadores de efetividade dos desinfetantes para artigo semicrítico, como concentração, pH ou outros, no mínimo uma vez por semana. III. É proibido o uso de autoclave gravitacional de capacidade superior a 100 litros. IV. É permitido alteração dos parâmetros estabelecidos na qualificação de operação e de desempenho de qualquer ciclo dos equipamentos de esterilização sob supervisão técnica. V. O monitoramento do processo de esterilização com indicadores físicos deve ser registrado a cada ciclo de esterilização. É correto o que se afirma em a) II e IV, apenas. b) I, III e V, apenas. c) II, IV e V, apenas. d) I e V, apenas. e) II e V, apenas. 3. (Prefeitura de Várzea Alegre – CE/URCA/2014) De acordo com as orientações gerais para a Central de Esterilização do Ministério da Saúde, todo processo de desinfecção e esterilização deve ser precedido pela limpeza e secagem rigorosas dos artigos. Do conceito de Desinfecção e esterilização de artigos todos estão correto, EXCETO: a) Considera se umartigo estéril quando a probabilidade de sobrevivência dos microorganismo contaminantes é menor do que 1:1000.000. b) Desinfecção de nível intermediário possui ação bactericida e virucida, inclusive contra o bacilo da tuberculose, mas não destrói esporos. c) O método e o tipo de desinfecção deve ser escolhido de acordo com o Artigo. d) A esterilização só pode ser feita por meio de processo físico. 4. (HUPAA-UFAL/EBSERH/IDECAN/2014) Em relação à esterilização pelo óxido de etileno, assinale a afirmativa INCORRETA. a) É um método químico de esterilização. b) Utiliza o Bacillus subtilis como indicador biológico. c) A aeração é uma das etapas deste processo de esterilização. d) O gás óxido de etileno pode causar irritação na pele e nas mucosas. e) Necessita de adição de estabilizantes como o dióxido de cloro ou hidroclorofluorocarboneto. 5. (HUPES-UFBA/EBSERH/IADES/2014) De acordo com o grau de risco de aquisição de infecções, os artigos hospitalares são classificados em críticos, semicríticos e não críticos. A esse respeito, assinale a alternativa que indica artigos críticos. a) Inaladores e termômetros. b) Máscaras de ambu e PVC. c) Cânula endotraqueal e comadres. d) Endoscópio do trato digestivo e artroscópio. e) Instrumental cirúrgico e tubos de látex. 6. (HUAC-UFCG/COMPROV/2014) Sobre os requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para saúde, assinale a alternativa INCORRETA: a) Produtos para saúde classificados como semicríticos devem ser submetidos, no mínimo, ao processo de desinfecção de alto nível, após a limpeza b) São considerados produtos para saúde semicríticos: produtos que entram em contato com pele não íntegra ou mucosas íntegras colonizadas c) O monitoramento do processo de esterilização com indicadores físicos deve ser registrado a cada ciclo de esterilização d) Produtos para saúde utilizados na assistência ventilatória e inaloterapia, poderão ser submetidos à desinfecção por métodos de imersão química líquida com a utilização de saneantes a base de aldeídos e) As leitoras de indicadores biológicos e as seladoras térmicas devem ser calibradas, no mínimo, anualmente 7. (HU-UFMS/ EBSERH/Instituto AOCP/2014) No que se refere ao fluxo do material no interior da Central de Material Esterilização (CME), assinale a alternativa que corresponda à sequência correta recomendada. a) Acondicionamento – Limpeza – Seleção – Esterilização – Distribuição. b) Limpeza – Seleção – Esterilização – Acondicionamento – Distribuição. c) Seleção – Acondicionamento – Limpeza – Esterilização – Distribuição. d) Limpeza – Seleção – Acondicionamento – Esterilização – Distribuição. e) Seleção – Limpeza – Acondicionamento – Esterilização – Distribuição. 8. (CAIPIMES/FUMUSA/2014) As funções primárias das embalagens são permitir a esterilização do conteúdo, mantê-los esterilizados até que sejam utilizados; e permitir a retirada asséptica do material, protegendo-o de possíveis adversidades. Considerando as características de uma embalagem ideal, analise as afirmativas abaixo, dê valores verdadeiro (V) ou falso (F) e assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo. ( ) Deve permitir adequada penetração e remoção do agente esterilizante. ( ) Apresentar bom custo-benefício. ( ) Deve ter alta memória, facilitando a abertura dos pacotes. ( ) Deve ser apropriada ao método de esterilização escolhido. a) V – V – V – V b) V – V – F – V c) V – F – F – V d) F – V – F – V 9. (HUCAM-UFES/EBSERH/Instituto AOCP/2014) O processo físico ou químico que destrói a maioria dos micro-organismos de artigos semicríticos, inclusive micobactérias e fungos, exceto um número elevado de esporos bacterianos é chamado de a) esterilização. b) assepsia. c) descontaminação. d) desinfecção de alto nível. e) limpeza terminal. 10. (UFRN/COMPERVE/2012) Diversos tipos de microrganismos comportam-se de maneira diferente diante dos processos de desinfecção e esterilização. Alguns apresentam-se mais resistentes que outros. A opção que apresenta os microrganismos em ordem crescente de resistência à desinfecção e à esterilização é: a) Esporos bacterianos, Fungos e Bactérias vegetativas. b) Micobactérias, Prions e Fungos. c) Prions, Micobactérias e Esporos bacterianos. d) Micobactérias, Esporos bacterianos e Prions. 11. (HC-UFPE/EBSERH/IDECAN/2014) A infecção nosocomial pode ser compreendida como uma infecção clínica, de forma ativa, que ocorre em pacientes internados, e não estava presente nesse indivíduo antes de se internar, ou seja, antes de ser admitido em um ambiente hospitalar. Os métodos para diminuir esta infecção são: assepsia, desinfecção e esterilização. A esterilização consiste em a) limpeza ao final das cirurgias. b) processo de destruição de parte dos micro-organismos, não incluindo os esporos. c) evitar a transmissão de infecção altamente contagiosa, que pode se disseminar através do ar ou vias de contato. d) ser o único meio de destruição dos micro-organismos em todas as formas que podem ser feitas por vapor, radiação e gás de óxido de etileno. e) ser o único meio técnico que se tem para diminuir as infecções nosocomiais. Dependem, exclusivamente, da consciência do profissional de saúde em todas as áreas. 12. (HC-FMB–UNESP/CAIPIMES/2013/RP) Escolha a frase correta sobre a desinfecção. a) Consiste em um processo de eliminação de microorganismos presentes em superfícies e produtos para saúde, porém não destrói todas as formas de vida microbiana, principalmente os esporos. b) É o processo que utiliza agentes químicos, físicos ou físico-químicos para destruir todas as formas de vida microbiana e aplica-se especificamente a objetos inanimados. c) É a remoção de sujidade de um material, preparando-o para a esterilização. d) É a remoção completa de micro-organismos, sendo o processo que mantém materiais e líquidos livres de pirogênios. 13. (CISMEPAR-PR/AOCP/2011/RP) Em relação aos tipos de produtos químicos utilizados em limpeza de superfícies fixas, relacione as colunas e, a seguir, assinale a alternativa com a sequência correta. 1. Produtos tensoativos e detergentes. 2. Produtos alvejantes. 3. Produtos desincrustantes e enzimáticos. 4. Produtos desinfetantes. ( ) Geralmente à base de cloro, buscam, além de algum efeito desinfetante, o clareamento de determinados pisos. ( ) Tem em sua formulação enzimas que facilitam a remoção de sujidades. São mais utilizados para a limpeza de artigos e não de superfícies, pois os objetos precisam nele ficar submersos por um período de tempo. ( ) Utilizados na presença de matéria orgânica visível em qualquer superfície e em locais e instalações que possam constituir risco de contaminação para pacientes e funcionários, devido presença frequente de descarga de excreta, secreção ou exsudação de material orgânico. ( ) São os produtos que contêm necessariamente em sua formulação substâncias que têm a finalidade de limpar através da redução da tensão superficial (umectação), dispersão e suspensão da sujeira. a) 2 – 3 – 1 – 4. b) 2 – 3 – 4 – 1. c) 3 – 4 – 1 – 2. d) 4 – 2 – 3 – 1. e) 1 – 3 – 4 – 2. 14. (Instituto INES/AOCP/2012/RP) Sobre os desinfetantes hospitalares, assinale a alternativa correta. a) Quaternários de Amônia são responsáveis pela inativação do sistema enzimático e perda de metabólitos essenciais pela parede celular. b) Fenólicos são responsáveis pela inativação de enzimas produtoras de energia, desnaturação de proteínas celulares e ruptura de membrana celular. c) Compostos inorgânicos liberadores de sódio ativo são responsáveis pela inibição de reação enzimática básica da célula, desnaturação de proteína e inativação de ácidos nucleicos. d) O álcool induz à desnaturação de proteínas e à inibição da produção do metabolismo essencial para a rápida divisão celular. e) Compostos inorgânicos liberadores de potássio ativo induzem à desnaturação de proteínas e à inibição da produção do metabolismo essencial para a rápida divisão celular. 15. (Prefeitura deVassouras-RJ/FUNCAB/2012/RP) O glutaraldeído é utilizado na concentração de 2% por um período de exposição de 30 minutos, em metais, borrachas e em materiais, como endoscópios, para: a) limpeza. b) esterilização. c) desinfecção. d) antissepsia. e) contaminação. 16. (Prefeitura de Mage-RJ/FUNCAB/2012/RP) Formulações que têm em sua composição substâncias microbicidas e apresentam efeito letal para micro-organismos não esporulados são denominadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA): a) desinfetantes. b) detergentes. c) esterilizantes. d) algicidas. e) inseticidas. 17. (Prefeitura de Ibiporã-PR/AOCP/2011/RP) Sobre o processo de Esterilização de materiais, assinale a alternativa correta. a) O vapor saturado sob pressão é um dos métodos mais usados para esterilização de materiais médico-hospitalares do tipo crítico. É não tóxico, de baixo custo e esporicida. b) A esterilização em estufa é indicada para materiais termossensíveis, é um método que utiliza o calor seco para eliminar todos os microorganismos contidos nos materiais, exceto os esporos bacterianos. c) A esterilização por calor seco é a primeira escolha, tratando-se de esterilização por calor. Esta preferência se justifica por preservar a estrutura dos instrumentos metálicos e de corte. d) Os artigos termossensíveis devem sofrer autoclavagem, bem como os óleos, que permitem a penetração do vapor para um processo eficiente de esterilização. e) Todos os artigos críticos devem passar por processo de esterilização de vapor sob pressão, pois a autoclavação é o único meio seguro de esterilização. 18. (REDE SARAH DE HOSPITAIS DE REABILITAÇÃO/PROCESSO DE SELEÇÃO PÚBLICA/2011) Em relação à anestesia geral e às anestesias regionais espinhais, pode-se afirmar que: I- A agulha utilizada na punção do espaço subaracnóideo tem um calibre bem grosso para poder instalar um cateter para controle da dor pós-operatória. II- Para atingir um dos objetivos da anestesia geral, que é o relaxamento muscular, o anestesista pode fazer uso de medicamentos tais como a succinilcolina, pancurônio, rocurônio, atracúrio e vecurônio. III- No espaço peridural, o anestésico atinge estruturas diversas como vasos, gorduras e nervos mistos. IV- O nível da punção para a raquianestesia é sempre abaixo da lombar 1. V- A principal ação dos fármacos tiopental, diazepam, midazolam, etomidato e propofol é garantir analgesia. a)- As afirmativas I, II e III estão corretas. b)- As afirmativas II, III e IV estão corretas. c)- As afirmativas I, III e V estão corretas d)- As afirmativas II, III e V estão corretas. e)- As afirmativas I, IV e V estão corretas. 19. (REDE SARAH DE HOSPITAIS DE REABILITAÇÃO/PROCESSO DE SELEÇÃO PÚBLICA N° 2/2007) Um paciente de 56 anos de idade é admitido no serviço de emergência com queixa de náuseas, vários episódios eméticos e dor forte em quadrante superior direito do abdome. Apresenta temperatura de 38,5°C e os exames radiológicos revelam vesícula biliar aumentada. O paciente recebe diagnóstico de colecistite, com indicação cirúrgica. Após a administração de analgésico, qual a ação prioritária do(a) enfermeiro(a)? a) Avaliar hematócrito e a necessidade de orientação nutricional. b) Avaliar a presença de hipocalemia e desidratação. c) Avaliar gasometria venosa e ingesta hídrica. d) Avaliar coagulação sanguínea e solicitar consentimento do paciente para o procedimento cirúrgico. 20. (REDE SARAH DE HOSPITAIS DE REABILITAÇÃO/PROCESSO DE SELEÇÃO PÚBLICA N° 2/2007) Um paciente de 57 anos, que trabalha na construção civil, será submetido à laminectomia em dois níveis. Qual dos seguintes resultados de exames laboratoriais deve ser comunicado imediatamente ao médico cirurgião deste paciente? a) Hematócrito 40 %. b) Potássio sérico 2,5 mEq/L c) Contagem de plaquetas 300 mil/mm3. d) Velocidade de hemossedimentação (VHS) de 10 mm na 1a hora. 21. (REDE SARAH DE HOSPITAIS DE REABILITAÇÃO/PROCESSO DE SELEÇÃO PÚBLICA N° 2/2007. Na sala operatória, no procedimento de broncoscopia, o paciente apresenta uma resposta vasovagal durante a inserção do broncoscópio rígido. Qual sinal o(a) enfermeiro(a) espera encontrar? a) Pupilas dilatadas. b) Paciente com broncodilatação. c) Queda da frequência cardíaca. d) Decréscimo da secreção gástrica. 22. (REDE SARAH DE HOSPITAIS DE REABILITAÇÃO/PROCESSO DE SELEÇÃO PÚBLICA N° 2/2007) O(A) enfermeiro(a) assiste a um paciente em pós-operatório de craniotomia, que está com sonda vesical de demora. Na primeira hora de pós-operatório, o débito urinário foi de 1.500 ml. O mesmo volume foi mensurado na segunda hora. O(A) enfermeiro(a) deve suspeitar de: a) Síndrome de Cushing. b) Diabetes Mellitus. c) Crise adrenal. d) Diabetes Insípidus. 23. (REDE SARAH DE HOSPITAIS DE REABILITAÇÃO/PROCESSO DE SELEÇÃO PÚBLICA N° 2/2007) Uma paciente de 47 anos de idade foi submetida à colecistectomia. No terceiro dia de pós-operatório ela refere náuseas. Na reavaliação clínica tem ausculta pulmonar limpa, ausência de ruídos hidro-aéreos, sinal de Homan's negativo e ausência de sinais flogísticos na incisão cirúrgica. Os valores dos sinais vitais são: temperatura = 37,7°C, pulso = 100 batimentos/minuto, respiração = 24 incursões/minuto e pressão arterial = 110X70 mmHg. Qual é o diagnóstico de enfermagem prioritário? a) Risco elevado para diminuição do débito cardíaco. b) Risco elevado para infecção ferida operatória. c) Risco elevado para íleo paralítico. d) Risco elevado para diminuição da troca gasosa. 24. (REDE SARAH DE HOSPITAIS DE REABILITAÇÃO/PROCESSO DE SELEÇÃO PÚBLICA N° 2/2007) A embolia pulmonar pode ser uma complicação no período pós-operatório. Os sinais clínicos precoces de embolia pulmonar são: a) Agitação e taquicardia. b) Dor no peito e bradicardia. c) Febre baixa e hipotensão. d) Dor no peito localizada e hipertensão. 25. (REDE SARAH DE HOSPITAIS DE REABILITAÇÃO/PROCESSO DE SELEÇÃO PÚBLICA N° 2/2007) Um paciente de 68 anos de idade foi recebido na enfermaria após a realização de ressecção transuretral de próstata devido à hiperplasia prostática benigna. Além da hematúria esperada, que sinais abaixo indicam a ocorrência de hemorragia pós-operatória? a) Hipotensão, taquicardia e hiperpnéia. b) Instabilidade da pressão arterial, bradicardia e hiperpnéia. c) Hipertensão, bradicardia e movimentos respiratórios irregulares. d) Hipertensão, pulsação cardíaca irregular e bradipnéia. 26. (REDE SARAH DE HOSPITAIS DE REABILITAÇÃO/PROCESSO DE SELEÇÃO PÚBLICA N° 2/2007) O(A) enfermeiro(a) recebe uma paciente que se submeteu a cirurgia de troca de válvula mitral, com história de febre reumática, Diabetes Mellitus tipo 1, hipertensão arterial, anemia perniciosa e apendicectomia. Após a alta, a paciente irá submeter-se a extração dentária. Qual dos dados corresponde ao maior fator de risco para endocardite nesta paciente? a) Apendicectomia. b) Anemia perniciosa. c) Diabetes Mellitus. d) Troca de válvula cardíaca. 27. (REDE SARAH DE HOSPITAIS DE REABILITAÇÃO/PROCESSO DE SELEÇÃO PÚBLICA/2011) Um paciente de 61 anos foi admitido na sala de emergência se queixando de intensa dor nos membros inferiores. Relatou que, há sete dias, havia sido submetido à cirurgia de colecistectomia, por via aberta. Após avaliação da equipe médica foi diagnosticado tromboembolismo venoso profundo e iniciada a terapia anticoagulante com heparina intravenosa. Devido ao risco de sangramento aumentado, o enfermeiro deve garantir que, nessa unidade, tenha o medicamento utilizado para neutralizar a ação da heparina. Qual é o medicamento correto? a) Vitamina K. b) Sulfato de protamina. c) Adrenalina. d) Noradrenalina. e) Varfarina. 28. (REDE SARAH DE HOSPITAIS DE REABILITAÇÃO/PROCESSO DE SELEÇÃO PÚBLICA/2011) Para um paciente de 55 anos com dreno de tórax conectado a um sistema de aspiração contínua, para remoção de sangue da cavidade pleural, que necessita de mudança de decúbito, o enfermeiro deve assegurarque: a) O sistema de aspiração conectado ao frasco coletor do dreno seja desligado. b) O dreno de tórax seja clampado. c) A água estéril usada como nível do frasco coletor deve ser desprezada. d) O curativo seja trocado e) O frasco coletor do dreno de tórax esteja abaixo do nível do tórax. 29. (REDE SARAH DE HOSPITAIS DE REABILITAÇÃO/PROCESSO DE SELEÇÃO PÚBLICA/2011) Na administração de medicamentos pela sonda nasoenteral, em um paciente no pós-operatório mediato de gastrectomia, o enfermeiro deve: a) Irrigar a sonda com solução salina isotônica. b) Reposicionar a sonda e fixá-la novamente. c) Checar o posicionamento da sonda d) Inserir a sonda por mais dois centímetros. e)Tracionar a sonda. 30. (REDE SARAH DE HOSPITAIS DE REABILITAÇÃO/PROCESSO DE SELEÇÃO PÚBLICA/2011) Um paciente de 34 anos realizou litotripsia para remoção de cálculos de ácido úrico localizados no ureter. O enfermeiro ensina ao paciente que a prevenção de formação de outros cálculos pode ser auxiliada pela ingesta hídrica adequada e uma dieta baseada em: a) Alto teor de vitamina C. b) Baixo teor de cálcio. c) Alto teor de fibra. d) Baixo teor de proteínas. e) Baixo teor de gorduras. 31. (REDE SARAH DE HOSPITAIS DE REABILITAÇÃO/PROCESSO DE SELEÇÃO PÚBLICA/2011) Uma paciente de 60 anos realizou uma biópsia renal, recebeu alta do serviço de recuperação pós-anestésica e foi encaminhada para unidade de internação. O enfermeiro sabe que a prioridade no cuidado desta paciente é: a) Usar precaução de contato nas próximas 48 horas. b) Manter a paciente em jejum até 8 horas, após o procedimento cirúrgico c) Monitorar o sangramento pós-operatório. d) Encorajar a paciente a deambular a cada 2 horas. e) Trocar o curativo compressivo do local da biópsia. Gabarito 1. A 2. B 3. E 4. A 5. E 6. D 7. E 8. B 9. D 10. D 11. D 12. A 13. B 14. D 15. C 16. A 17. A 18. B 19. B 20. B 21. C 22. D 23. C 24. A 25. A 26. D 27. B 28. E 29. C 30. D 31. C