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SDE0097 – Fisiologia Humana Aula 4 – Sistema motor somático e autônomo Fisiologia Humana Sistema nervoso motor somático e autônomo AULA 4: Sistema motor somático e autônomo Ramos ou divisões do SNP Sistema Nervoso Voluntário (somático) Ações conscientes: andar, falar, pensar, movimentar um braço etc. Sistema Nervoso Autônomo (visceral) Ações inconscientes: controle da digestão, batimentos cardíacos, movimento das vísceras etc. Simpático Parassimpático Fisiologia Humana Sistema nervoso motor somático AULA 4: Sistema motor somático e autônomo Ou sistema nervoso da vida de relação que garante ao organismo a sua atuação no meio ambiente externo através do controle sobre atividade da musculatura esquelética. Esse controla o sistema músculo esquelético através de um único motoneurônio, cujo corpo celular encontra-se nos núcleos motores da medula e do tronco encefálico. SNC Corpos celulares dentro do SNC Axônios controlando a musculatura esquelética Fisiologia Humana Sistema nervoso motor autônomo ou visceral AULA 4: Sistema motor somático e autônomo Sistema nervoso da vida vegetativa que garante ao organismo o controle sobre o meio ambiente interno, regulando a atividade dos órgãos viscerais (glândulas, músculos liso e cardíaco). Os órgãos viscerais são inervados por uma cadeia de dois neurônios: um neurônio pré- ganglionar, cujo corpo fica localizado dentro do SNC e outro, neurônio pós-ganglionar, cujo corpo celular fica localizado dentro de um gânglio autonômico. Fisiologia Humana Sistema nervoso autônomo ou autonômico (SNA) AULA 4: Sistema motor somático e autônomo Principal função é a manutenção da homeostasia, isto é, equilíbrio interno. As duas principais divisões do SNA são: • Simpático • Parassimpático Existe uma terceira divisão chamada de entérica que regula o funcionamento do sistema digestivo. Porém seu controle é compartilhado pelas divisões simpática e parassimpática. Para saber mais: http://www.eaulas.usp.br/portal/video.action?idItem=2102 Fisiologia Humana Comparação Somático X Autônomo AULA 4: Sistema motor somático e autônomo Fisiologia Humana Ativação simpático X parassimpático AULA 4: Sistema motor somático e autônomo O simpático é recrutado sempre que o organismo encontra-se em uma situação de emergência como lutar ou fugir, ou seja, quando tem que se gastar energia. Já a atividade parassimpática causa efeitos antagônicos sobre um mesmo órgão inervado pelo simpático e está relacionado às funções de economia e obtenção de energia (repouso e digestão). De qualquer maneira, um determinado estado do organismo é uma consequência do balanço entre as atividades simpáticas e parassimpáticas que se integram e se complementam. Fisiologia Humana AULA 4: Sistema motor somático e autônomo Comparação simpático X parassimpático Fisiologia Humana AULA 4: Sistema motor somático e autônomo Junção neuromuscular autonômica Não formam sinapses típicas iguais à do músculo estriado esquelético. Os terminais pré-sinápticos se ramificam diversas vezes e possuem varicosidades que liberam os neurotransmissores. Fisiologia Humana Comparações entre simpático e parassimpático AULA 4: Sistema motor somático e autônomo Sistema Nervoso Autônomo Simpático Parassimpático Fibra pré-ganglionar curta longa Fibra pós-ganglionar longa curta Origem dos nervos Região torácica e lombar da medula (somente nervos raquidianos) Região cervical (nervos cranianos) e região sacral da medula (nervos raquidianos) Mediador químico Fibras pré-ganglionares: Acetilcolina Fibras pós-ganglionares: Adrenalina Fibras pré-ganglionares: Acetilcolina Fibras pós-ganglionares: Acetilcolina Fisiologia Humana Comparação simpático X parassimpático AULA 4: Sistema motor somático e autônomo Sistema Nervoso Autônomo Simpático Parassimpático Fibra pré- ganglionar curta longa Fibra pós- ganglionar longa curta Origem dos nervos Região torácica e lombar da medula (somente nervos raquidianos) Região cervical (nervos cranianos) e região sacral da medula (nervos raquidianos) Mediador químico Fibras pré- ganglionares: Acetilcolina Fibras pós- ganglionares: Adrenalina Fibras pré-ganglionares: Acetilcolina Fibras pós-ganglionares: Acetilcolina Fisiologia Humana Características anatômicas do Entérico AULA 4: Sistema motor somático e autônomo • Corpos dos neurônios localizados nos plexos intramurais da parede do intestino (submucosa e mioentérico); • Alguns neurônios atuam como quimiorreceptores e mecanorreceptores; • Os nervos do simpático e parassimpático terminam em neurônios entéricos. Fisiologia Humana Características anatômicas do simpático AULA 4: Sistema motor somático e autônomo • Cadeia simpática paravertebral localizada entre T1 a L2; • Vínculo com S.N.C e órgãos periféricos; • Via eferente com dois neurônios; • Sinapses nos gânglios autônomos; • Corpos celulares no corno lateral da medula espinal. Fisiologia Humana Características anatômicas do parassimpático AULA 4: Sistema motor somático e autônomo • Localização no tronco encefálico – nervos cranianos III (oculomotor), VII (facial), IX(Glossofaríngeo) e X (Vago)] e S2 a S4. • Vínculo com S.N.C e órgãos periféricos; • Via eferente com dois neurônios; • Sinapses nos gânglios autônomos; • Corpos celulares no corno lateral da medula espinal. Fisiologia Humana Inervação e controle AULA 4: Sistema motor somático e autônomo Nem todos os órgãos são duplamente inervados pelo simpático e parassimpático. A medula da glândula suprarrenal e a maior parte dos vasos sanguíneos são inervados somente pelo ramo simpático. Ambas as divisões produzem um controle coordenado dos órgãos, isto é, atuam em conjunto. Esse controle pode ser do tipo antagônico, sinérgico ou mesmo exclusiva (no caso de Inervação única). Fisiologia Humana Inervação e controle AULA 4: Sistema motor somático e autônomo Em alguns órgãos, tem produção de efeitos opostos. Ex: mm. Liso do intestino, bexiga e no coração. Em outros predomina só um sistema. Ex: vasos sanguíneos, glândulas sudoríparas (simpático) e músculo ciliar do olho(parassimpático); No dia a dia agem do modo continuo. Fisiologia Humana Neurotransmissores e receptores AULA 4: Sistema motor somático e autônomo Os principais neurotransmissores do SNA são: 1 – Acetilcolina - Age nos receptores nicotínicos e muscarínicos. 2 – Norepinefrina - Age nos receptores muscarínicos. Fisiologia Humana Receptores autonômicos do simpático – noradrenalina e adrenalina AULA 4: Sistema motor somático e autônomo Fisiologia Humana AULA 4: Sistema motor somático e autônomo Receptores autonômicos do parassimpático – Acetilcolina Fisiologia Humana Resumo das ações: Fisiologia Humana Alterações do Sistema autonômico AULA 4: Sistema motor somático e autônomo Hiperidrose localizada congênita. Aumento da atividade simpática sobre as glândulas sudoríparas. Fisiologia Humana Incontinência urinária por destruição do cone medular AULA 4: Sistema motor somático e autônomo • Caracteriza-se por paralisia da atividade reflexa e voluntária. • Não há consciência sobre a repleção da bexiga. • Iniciação da micção é impossível. • Tônus do músculo detrusor abolido: incontinência por transbordamento. Fisiologia Humana Sistema motor somático AULA 4: Sistema motor somático e autônomo Controla os padrões básicos dos movimentos voluntários. O controle da motricidade permite aos seres: • Manter o corpo em posição apesar da gravidade. • Busca de alimento. • Fugir de predadores. • Confecção de utensílios e instrumentos. • Expressões faciais – vida em sociedade. Fisiologia Humana Classificação dos movimentos AULA 4: Sistema motor somático e autônomoMOVIMENTOS REFLEXOS (baixa complexidade) – Evocados por estímulos específicos (defesa) – são esteriotipados e inatos. Ex. Reflexo de retirada. MOVIMENTOS RÍTMICOS (média complexidade) – Geração de contrações esteriotipadas e alternadas da musculatura. Ex. locomoção. MOVIMENTOS VOLUNTÁRIOS (alta complexidade) – Planejamento e estratégia – Amplamente modulado pela aprendizagem. Fisiologia Humana Elementos de operação do sistema motor somático AULA 4: Sistema motor somático e autônomo Efetuadores – Músculos estriados esqueléticos – sistema somático. Realizam os movimentos. Ordenadores – motoneurônios da medula e do tronco encefálico. Comandam os efetuadores. Controladores – zelam pela execução correta dos comandos. Núcleos da base e cerebelo. Planejadores – responsáveis pela sequência de comandos que produzem os movimentos voluntários complexos. Córtex motor. Fisiologia Humana Efetores – músculos São células excitáveis assim como os neurônios. São células musculares ou fibras musculares. Cada fibra é uma célula multinucleada (fusão de células embrionárias). Fisiologia Humana Unidade motora Motoneurônio + fibras musculares por ele inervadas. Fisiologia Humana Organização da fibra muscular AULA 4: Sistema motor somático e autônomo Cada fibra muscular contém muitos feixes de miofibrilas. As miofibrilas estão paralelas ao eixo maior da fibra muscular e consistem no arranjo repetitivo de sarcômeros. Formato cilíndrico e percorrem longitudinalmente à fibra muscular, preenchendo quase que inteiramente o seu interior (sarcoplasma). Fisiologia Humana AULA 4: Sistema motor somático e autônomo Contração muscular Fisiologia Humana Contração muscular Fisiologia Humana AULA 4: Sistema motor somático e autônomo Tipos de fibras musculares • Motoneurônios ou neurônios motores: – Inferiores – medula e tronco encefálico – Comandam diretamente a contração muscular dos músculos do corpo, pescoço e cabeça. • No corno ventral da medula espinhal. – Superiores – córtex cerebral – planejam e regulam os movimentos. Fisiologia Humana AULA 4: Sistema motor somático e autônomo Ordenadores – motoneurônios Fisiologia Humana AULA 4: Sistema motor somático e autônomo Intumescências da medula – maior número de neurônios α γ β Fisiologia Humana AULA 4: Sistema motor somático e autônomo Motoneurônios e tipos de unidade motora São três tipos de motoneurônios de acordo com a unidade motora: • Motoneurônios Gama – pequeno corpo celular – são os primeiros a serem recrutados em um movimento. Inervam as fibras resistentes a fadiga. • Motoneurônios beta – médio corpo celular – são recrutados logo em seguida, aumentando a força de contração. • Motoneurônios alfa – corpo celular grande – são os últimos a serem recrutados. Inervam as fibras rápidas fadigáveis. • Podem ser inibitórios ou excitatórios. • Comunicam os neurônios do corno dorsal (sensoriais) com os neurônios motores do corno ventral. Fisiologia Humana AULA 4: Sistema motor somático e autônomo Interneurônios da medula espinhal • São importantes para obtenção do desempenho de todos os níveis hierárquicos do controle motor: efetuadores; controladores; planejadores... • São importantes para correção dos erros de comando e de execução dos movimentos. • Estão localizados nos músculos e tendões. – Fusos musculares; – Tendões. Fisiologia Humana AULA 4: Sistema motor somático e autônomo Propriocepção • Detectam variações do comprimento da fibra muscular. • São formados pelas fibras (5 a 10) musculares envoltas em uma cápsula conjuntiva (fibras intrafusais). • Se contraem por ordem dos motoneurônios γ (gama). • A informação sensorial é levada à medula por um neurônio sensorial do tipo Ia ou II (grande diâmetro e mielinizadas). Fisiologia Humana AULA 4: Sistema motor somático e autônomo Fuso muscular • Sensores de estiramento: Quando há alongamento do músculo, os fusos aumentam o disparo de potenciais de ação. • Sensores de encurtamento: Quando ocorre contração muscular, os fusos entram em “silêncio”, isto é, param de produzir potenciais de ação. Fisiologia Humana AULA 4: Sistema motor somático e autônomo Fuso muscular • Localizados nos tendões dos músculos. • São formados por fibras de colágeno entrelaçadas nas fibras aferentes do tipo IB (grande diâmetro e mielinizadas). • Detectam a tensão sobre o músculo – força de contração. Fisiologia Humana AULA 4: Sistema motor somático e autônomo Órgão tendinoso de Golgi • Movimentos mais simples – automáticos, esterotipados em resposta a um estímulo sensorial. • Estão sempre em ação e constituem mecanismos reguladores de aspectos da motricidade. – Controlam o comprimento dos músculos durante o ajuste postural. – Controlam a tensão muscular (força). Tabela 11.3 Classificações dos principais reflexos Quanto ao estímulo de orígem Quanto ao principal tipo de músculo envolvido Quanto à natureza da estimulação Quanto ao circuito neural Reflexos miotáticos ou de estiramento -Mandibular -Patelar -Bicipital -Aquileu -Outros De origem muscular Extensores Profundos Monossinápticos Reflexos miotáticos inversos De origem tendinosa Flexores Profundos Dissinápticos Reflexos de retirada -Do membro superior -Do membro inferior -Outros De origem cutânea Flexores Superficiais Multissinápticos Fisiologia Humana AULA 4: Sistema motor somático e autônomo Reflexos e classificação • O mais simples – quase todos são extensores. Importantes para a postura. Contração de um músculo em resposta ao seu próprio estiramento. • Criança que pula do muro para o chão – estiramento dos flexores das pernas. Fisiologia Humana AULA 4: Sistema motor somático e autônomo Reflexo Miotático • Relaxamento do músculo submetido a uma força contrátil forte. • Envolve sinapses inibitórias e excitatórias. • Função protetora? Fisiologia Humana AULA 4: Sistema motor somático e autônomo Reflexo miotático inverso Reflexo flexor de retirada • Normalmente em resposta a um estímulo nociceptivo. • Função protetora. Fisiologia Humana AULA 4: Sistema motor somático e autônomo • Manutenção postural durante o reflexo. Fisiologia Humana AULA 4: Sistema motor somático e autônomo Reflexo de extensão cruzada VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? 1. Introdução ao sistema endócrino.
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