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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
	LICENCIATURA EM PEDAGOGIA	
RONILDE VIANNA
“Aspectos filosóficos, sociológicos, políticos e pedagógicos Educação Infantil”.
 
 SÃO MATEUS-ES
2018
RONILDE VIANNA
“Aspectos filosóficos, sociológicos, políticos e pedagógicos Educação Infantil”.
Trabalho apresentado ao Curso Licenciatura em Pedagogia da UNOPAR - Universidade Pitágoras Unopar, para as disciplinas de [Sociologia da Educação, Legislação Educacional, Teorias e Práticas do Currículo, Filosofia da Educação, Práticas Pedagógicas em Pedagogia: Condições de Aprendizagem na Educação Infantil e Ed. Cultura Brasileira.
 Prof. Marcio Gutuzo Saviani, Natália GomesdosSantoMarClair Moro Nascimento, Marcia Bastos de Almeida, Patricia Alzira Proscêncio, Luciane Batistela Bianchini, Renata de S. F. Bastos de Almeida
SÃO MATEUS-ES 2018
INTRODUÇÃO
 Durante muito tempo, o cuidado e a educação das crianças pequenas eram vistas como tarefas da família, principalmente das mães e de outras mulheres. Depois do desmame, a criança era percebida como um pequeno adulto, quando já alcançava certo grau de independência, passava a ajudar os adultos nas atividades cotidianas e a aprender o básico para sua inserção social. Não se considerava a identidade pessoal da criança.Nos anos 90, ocorreu uma ampliação sobre a concepção de criança. Agora procura-se entender a criança como um ser sócio-histórico, onde a aprendizagem se dá pelas interações entre a criança e seu entorno social. Essa perspectiva sócio-interacionista enfatiza a criança como sujeito social, que faz parte de uma cultura concreta (OLIVEIRA,2002). Não se pode perder de vista, que o conceito de infância construído pela humanidade ocasionou uma padronização da criança, como se esta fosse um ser universal, sem características próprias de cada sociedade e de cada contexto histórico. A Educação infantil sofreu grandes transformações nos últimos tempos. O processo de aquisição de uma nova identidade para as instituições que trabalham com crianças foi longo e difícil. Durante esse processo surge uma nova concepção de criança, totalmente diferente da visão tradicional. Se por séculos a criança era vista como um ser sem importância, quase invisível, hoje ela é considerada em todas as suas especificidades, com identidade pessoal e histórica.
DESENVOLVIMENTO
 Até o século XII não havia uma concepção de infância, os estudos mostram que este período da vida ficou encoberto. Até mesmo, as representações gráficas relacionadas à iconografia que ilustrava as crianças, com suas particularidades, não eram conhecidas. Áries (1981) ressalta que "na sociedade medieval a criança a partir do momento em que passava a agir sem solicitude de sua mãe, ingressava na sociedade dos adultos e não se distinguia mais destes". (p.156). Ou seja, as crianças eram representadas como adultos em miniatura, sendo vestidas e expostas aos mesmos costumes dos adultos. Elas não tinham um tratamento diferenciado, nem um mundo próprio, não existia neste período, o chamado sentimento de infância. Ao se estudar o tema infância na Roma Antiga, observa-se que o nascimento de uma criança “não era apenas um fato biológico”, mas também um fato de aceitação paterna. Isso porque quando o pai elevava a criança do chão o mesmo estava aceitando criá-la, sendo este um ato de adoção. De acordo com Veyne (1989) durante este período da história a contracepção, o aborto, o abandono e morte de crianças eram atitudes corriqueiras e consideradas legítimas, sendo estes abandonados raramente sobreviviam. Áries (1981) aponta que a relação criança/infância foi se transformando a partir da difusão de novos pensamentos e condutas da Igreja Católica. Estas novas condutas fizeram com que surgissem novos modelos familiares que ressaltavam a importância do laço de sangue. Sendo que no século XVIII a Igreja Católica passou a acusar quem matasse crianças de praticar bruxaria. Desta forma no século X e XI o matrimônio e o ato de procriar passaram a ser considerados sagrados. A infância passa a ser reconhecida, de acordo com Heywood (2004) a partir do discurso cristão do “culto ao menino Jesus” e do “massacre dos inocentes” praticado por Herodes. Segundo o autor, passa a se difundir a idéia de que a criança é um mediador do céu e da terra, e que destes vêm falas de sabedoria. Foi neste cenário, que se emerge o sentimento de infância. Foi somente no século XVIII com o surgimento do sentimento de infância, que a concepção de infância se efetivou. A partir daí elas passam, do ponto de vista biológico, a ser tratadas com particularidades, a serem percebidas na sua singularidade por possuírem sentimentos próprios. Esta concepção de indivíduo fez com que a criança se tornasse alvo do controle familiar, bem como, do meio ao qual estava inserida. Tal fato favoreceu o surgimento da instituição escolar. A criança começou a ser reconhecida como um indivíduo social, inserida dentro da coletividade, onde a família demonstrava preocupação e interesse por saúde e educação. Nesse momento a sociedade passa percebê-la como indivíduo pertencente à sociedade, que tem “vez”, tem "voz", tem sua forma de vivê-la, que influencia e por ela também é influenciada. A partir disso, Gagnebin (1997) afirma que se procurou garantir na infância um local excepcional e único a fim de proporcionar felicidade e contato com a natureza, e deste modo era obrigação do adulto, reconhecer, primar e defender por esta. Nas concepções atuais, elas são consideradas como ser histórico-social, condicionadas por vários fatores, seja eles sociais, econômicos, culturais, ou até mesmo político. Partindo desse pressuposto cria-se uma visão romanceada da infância, como um momento repleto de encanto e ludicidade, com várias outras propriedades inexistentes em determinados contextos sociais. Consideramos necessário enfatizar que ao se tratar da evolução histórica dos conceitos de infância e criança alguns autores utilizam estas expressões como sinônimos, entretanto, gostaríamos de ressaltar que temos ciência da diferença entre as concepções de infância e criança, sendo a primeira compreendida, em síntese, como uma etapa da vida da pessoa e, a segunda, como sujeito histórico, social e cultural. As palavras de Heywood (2004) esclarecem o que queremos dizer ao estabelecer diferença entre os termos em discussão, o autor define infância como uma “abstração que se refere à determinada etapa da vida, diferentemente do grupo de pessoas sugerido pela palavra crianças” (p.22). A educação infantil dialoga com a concepção de criança como parte do processo de formação e aprendizado, por isso, é importante que ela seja introduzida na escola desde a educação básica, para aprender as questões iniciais e fazer parte do processo de socialização.
 Para ser mais exato, a infância é a fase em que a criança deve brincar, explorar, conhecer, questionar e absorver o conhecimento, sendo tanto os pais quanto os educadores peças importantes nessa transmissão, para que o ambiente social que ela convive seja estimulante ao desenvolvimento cognitivo. Podemos compreender que na Base Nacional Comum Curricular a infância é evidenciada como primeira etapa da educação de um indivíduo, sendo por isso de extrema importância para a formação intelectual, ética e moral deste ser humano.
 Sendo assim, as áreas de conhecimento mais variadas devem ser adaptadas ao suprimento intelectual desta infância, sendo responsabilidade da família, mas também da educação fornecida pelo governo. Podemosobservar que as formas de ver as crianças vem se complementando a cada reflexão e cada novo discurso oficial,nos quais verificamos que a visão se amplia em busca de melhor compreende-las para melhor expressar ,ou até mesmo,traduzir de forma mais peculiar possível o que de fato a criança é.Nessas metamorfoses conceituais o parecer 020/2009 que trata da revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, ao referir –se á concepção de criança,enfatiza que ela é o sujeito histórico e de direitos que se desenvolve nas interações,e relações e práticas cotidianas a ela disponibilizadas,sujeito histórico e de direitos que nas interações,relações e práticas cotidianas que vivencia,constrói sua identidade própria e coletiva,brinca ,imagina,fantasia deseja,aprende,observa,experimenta,narra e constrói sentimentos sobre a natureza e sociedade,produzindo cultura. As orientações gerais para o ensino fundamental de nove anos reconhece as crianças como seres íntegros que aprendem a ser e a conviver consigo mesmas.
 O conceito de competência, adotado pela BNCC, marca a discussão pedagógica e social das últimas décadas e pode ser inferido no texto da LDB, especialmente quando se estabelecem as finalidades Para garantir o desenvolvimento das competências específicas, cada componente curricular apresenta um conjunto respeitando as muitas possibilidades de organização do conhecimento escolar, as unidades temáticas definem um arranjo dos objetos de conhecimento ao longo do Ensino Fundamental adequado às especificidades dos diferentes componentes curriculares. de habilidades. Essas habilidades estão relacionadas a diferentes objetos de conhecimento – aqui entendidos como conteúdos, conceitos e processos –, que, por sua vez, são organizados em unidades temáticas. gerais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. Como primeira etapa da Educação Básica, a Educação Infantil é o início e o fundamento do processo educacional. A entrada na creche ou na pré-escola significa, na maioria das últimas décadas, vem se consolidando, na Educação Infantil, a concepção que vincula educar e cuidar, entendendo o cuidado como algo indissociável do processo educativo. Nesse contexto, as creches e pré-escolas, ao acolher as vivências e os conhecimentos construídos pelas crianças no ambiente da família e no contexto de sua comunidade, e articulá-los em suas propostas pedagógicas, têm o objetivo de ampliar o universo de experiências, conhecimentos e habilidades dessas crianças, diversificando e consolidando novas aprendizagens, atuando de maneira complementar à educação familiar – especialmente quando se trata da educação dos bebês e das crianças bem pequenas, que envolve aprendizagens muito próximas aos dois contextos (familiar e escolar), como a socialização, a autonomia e a comunicação tendo em vista os eixos estruturantes das práticas pedagógicas e as competências gerais da Educação Básica propostas pela BNCC, seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento asseguram, na Educação Infantil, as condições para que as crianças aprendam em situações nas quais possam desempenhar um papel ativo em ambientes que as convidem a vivenciar desafios e a sentirem-se provocadas a resolvê-los, nas quais possam construir significados sobre si, os outros e o mundo social e natural. As vezes, a primeira separação das crianças dos seus vínculos afetivos familiares para se incorporarem a uma situação de socialização Essa concepção de criança como ser que observa, questiona, levanta hipóteses, conclui, faz julgamentos e assimila valores e que constrói conhecimentos e se apropria do conhecimento sistematizado por meio da ação e nas interações com o mundo físico e social não deve resultar no confinamento dessas aprendizagens a um processo de desenvolvimento natural ou Parte do trabalho do educador é refletir, selecionar, organizar, planejar, mediar e monitorar o conjunto das práticas e interações, garantindo a pluralidade de situações que promovam o desenvolvimento pleno das crianças. Ainda, é preciso acompanhar tanto essas práticas quanto as aprendizagens das crianças, realizando a observação da trajetória de cada criança e de todo o grupo – suas conquistas, avanços, possibilidades e aprendizagens. Por meio de diversos registros, feitos em diferentes momentos tanto pelos professores quanto pelas crianças (como relatórios, portfólios, fotografias, desenhos e textos), é possível evidenciar a progressão ocorrida durante o período observado, sem intenção de seleção, promoção ou classificação de crianças em “aptas” e “não aptas”, “prontas” ou “não prontas”, “maduras” ou “imaturas”. Trata-se de reunir elementos para reorganizar tempos, espaços e situações que garantam os direitos de aprendizagem de todas as crianças. Ao contrário, impõe a necessidade de imprimir intencionalidade educativa às práticas pedagógicas na Educação Infantil, tanto na creche quanto na pré-escola. estruturada.
Conclusão
 Neste trabalho conclui-se que o conceito de infância repercute fortemente no papel da Educação Infantil, pois direciona todo o atendimento prestado à criança pequena. Dessa maneira, a Educação Infantil está intrisicamente ligada ao conceito de infância, tendo a sua evolução marcada pelas transformações sociais que originaram um novo olhar sobre a criança.A educação voltada para criança pequena só ganhou notoriedade quando esta passou a ser valorizada pela sociedade, se não houvesse uma mudança de postura em relação à visão que se tinha de criança, a Educação Infantil não teria mudado a sua forma de conduzir o trabalho docente, e não teria surgido um novo perfil de educador para essa etapa de ensino. Não seria cobrado dele especificidade no seu campo de atuação, e a criança permaneceria com um atendimento voltado apenas para questões físicas, tendo suas outras dimensões, como a cognitiva, a emocional e a social despercebidas.
REFERÊNCIAS:
ARIES, Philippe. História Social da Criança e da Família. Rio de Janeiro. LTC,1978.
BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR(BNCC):a etapa da educação infantil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998.
OLIVEIRA, Zilma Rams de Oliveira. Educação Infantil: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2005.

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