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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DA BIOQUÍMICA AULA 04 SDE3895 – Fundamentos da Bioquímica Prof.: Fernanda Rocha Proteínas DEFINIÇÃO São polímeros (cadeia) não ramificados de aminoácidos unidos entre si por meio de ligações peptídicas. SDE3895 – Fundamentos da Bioquímica Prof.: Fernanda Rocha Proteína CLASSIFICAÇÃO DOS PEPTÍDEOS A cadeia resultante das reações entre os aminoácidos é chamada de peptídeo. Dipeptídeos – quando se tem dois resíduos de aa na cadeia Tripeptídeos – quando se tem três resíduos de aa na cadeia Oligopeptídeos – cadeia com até 10 resíduos de aa Polipeptídeos – cadeia com mais de 10 resíduos de aa Proteína – cadeia com mais de 50 resíduos de aa SDE3895 – Fundamentos da Bioquímica Prof.: Fernanda Rocha Proteína Características - As proteínas são as macromoléculas mais abundantes que ocorrem em uma célula. - São responsáveis pela maioria das reações biológicas importantes para a sobrevivência de qualquer espécie. - contêm uma ou mais cadeias polipeptídicas. - O comprimento das cadeias das proteínas podem variar consideravelmente (proteína do citocromo C de humanos apresenta 106 resíduos de aminoácidos enquanto que a titina humana apresenta 26.926 resíduos). - Os 20 aminoácidos principais quase nunca ocorrem em quantidades iguais em uma proteína. - Cada proteína apresenta um número e uma sequência de aminoácidos distintos. SDE3895 – Fundamentos da Bioquímica Prof.: Fernanda Rocha Proteína Características A cadeia polipeptídica pode ser dividida entre a cadeia principal e as cadeias laterais (grupos R) ligados aos carbonos alfa. Grupos laterais Cadeia principal SDE3895 – Fundamentos da Bioquímica Prof.: Fernanda Rocha Proteína ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS As proteínas são classificadas quanto ao nível de organização da sua cadeia em: estrutura primária, secundária, terciária e quaternária. SDE3895 – Fundamentos da Bioquímica Prof.: Fernanda Rocha Proteína ESTRUTURA PRIMÁRIA • É a sequência de aminoácidos em uma proteína. • A sequência é fundamental para o seu funcionamento, pois se uma proteína tiver apenas um aminoácido alterado, isso poderá modificar ou anular a sua função. • Muitas doenças genéticas resultam de proteínas com sequências anormais de aminoácidos, logo, a compreensão da estrutura primária é muito importante. SDE3895 – Fundamentos da Bioquímica Prof.: Fernanda Rocha Proteína ESTRUTURA PRIMÁRIA • determina como ela se enovela em uma estrutura tridimensional única e determina também a função da proteína. • A sequência de aminoácidos de uma determinada proteína não é absolutamente fixa. • Muitas destas variações na sequência dos aminoácidos não produzem efeito na função da proteína. • A maioria das proteínas contêm regiões críticas, essenciais às suas funções e cuja sequência é, portanto, extremamente conservada. SDE3895 – Fundamentos da Bioquímica Prof.: Fernanda Rocha Proteína ESTRUTURA SECUNDÁRIA • Refere-se aos arranjos espaciais dos polipeptídeos, sem levar em consideração a conformação das suas cadeias laterais. • É definida pela ligação de um aminoácido ao outro por meio de ligações muito fracas chamadas ligações de hidrogênio (ver na próxima imagem). • Essas interações permitem que a molécula dobre adotando uma forma tridimensional, graças à possibilidade de rotação das ligações entre os carbonos α dos aminoácidos e os seus grupos amino e carboxílico. SDE3895 – Fundamentos da Bioquímica Prof.: Fernanda Rocha Proteína ESTRUTURA SECUNDÁRIA α-hélice β pregueadas SDE3895 – Fundamentos da Bioquímica Prof.: Fernanda Rocha Proteína ESTRUTURA SECUNDÁRIA Existem alguns tipos de estruturas secundárias que são particularmente estáveis e ocorrem frequentemente em proteínas. As mais conhecidas são a estrutura em α-hélice e as folhas-β pregueadas. SDE3895 – Fundamentos da Bioquímica Prof.: Fernanda Rocha Proteína ESTRUTURA TERCIÁRIA Descreve a estrutura tridimensional de um polipeptídeo, ou seja, é o resultado da interação e do enovelamento das α-hélices e das folhas β pregueadas de uma estrutura secundária. α-hélice β pregueadas SDE3895 – Fundamentos da Bioquímica Prof.: Fernanda Rocha Proteína ESTRUTURA TERCIÁRIA - As interações ocorrem entre os grupos R dos aminoácidos. - As interações mais comum que estabilizam a estrutura terciária de uma proteína são: ligações de hidrogênio, ligações iônicas, interações hidrofóbicas e pontes dissulfeto. - A cisteína é um aminoácido que possui em seu radical um átomo de enxofre livre, os átomos de enxofre possuem grande afinidade entre si estabilizando ligações covalentes muito fortes chamadas de pontes dissulfeto. Essa ligação é tão forte quanto a própria ligação peptídica e também muito estável e dá resistência à estrutura terciária da molécula proteica. SDE3895 – Fundamentos da Bioquímica Prof.: Fernanda Rocha Proteína ESTRUTURA QUATERNÁRIA - É a união de duas ou mais cadeias polipeptídicas com estrutura terciária. - Cada cadeia que forma a proteína é chamada de subunidade. - Quando uma proteína apresenta quatro cadeias polipeptídicas, pode-se dizer que ela possui quatro subunidades. SDE3895 – Fundamentos da Bioquímica Prof.: Fernanda Rocha Proteína CLASSIFICAÇÃO DA PROTEÍNAS 1) Quanto ao Número de Cadeias Polipeptídicas - Proteínas Monoméricas - Formadas por apenas uma cadeia polipeptídica. - Proteínas Oligoméricas - Formadas por mais de uma cadeia polipeptídica; São as proteínas de estrutura e função mais complexas. SDE3895 – Fundamentos da Bioquímica Prof.: Fernanda Rocha Proteína CLASSIFICAÇÃO DA PROTEÍNAS 2) Quanto à Forma Proteínas Fibrosas - Na sua maioria, as proteínas fibrosas são insolúveis nos solventes aquosos. - Possuem pesos moleculares muito elevados. - As proteínas fibrosas apresentam cadeias polipeptídicas arranjadas em longos filamentos ou folhas que dão força e/ou flexibilidade nas estruturas nas quais elas ocorrem - Exemplos: queratina do cabelo, o colágeno do tecido conjuntivo a actina e a miosina dos tecidos musculares. SDE3895 – Fundamentos da Bioquímica Prof.: Fernanda Rocha Proteína CLASSIFICAÇÃO DA PROTEÍNAS 2) Quanto à Forma Proteínas Globulares - as cadeias polipeptídicas se dobram umas sobre as outras, gerando uma forma mais compacta, esférica, com estrutura espacial mais complexa. - São geralmente solúveis nos solventes aquosos e os seus pesos moleculares situam-se entre 10.000 e vários milhões. - Exemplos: as enzimas, proteínas transportadoras, proteínas motoras, hormônios, anticorpos. SDE3895 – Fundamentos da Bioquímica Prof.: Fernanda Rocha Proteína CLASSIFICAÇÃO DA PROTEÍNAS 2) Quanto à Forma Fibrosa Globular SDE3895 – Fundamentos da Bioquímica Prof.: Fernanda Rocha Proteína FUNÇÃO DAS PROTEÍNAS Elas exercem funções diversas, como: - Estrutura (colágeno, queratina); - Transporte (hemoglobina, albumina); - Defesa (Imunoglobulinas); - Sinalização (receptores de hormônios); - Catálise enzimática (enzimas hepáticas); - Movimento (contração muscular); - Combustíveis (gliconeogênese). SDE3895 – Fundamentos da Bioquímica Prof.: Fernanda Rocha Proteína FUNÇÃO DAS PROTEÍNAS Devido as proteínas exercerem umagrande variedade de funções na célula, estas podem ser divididas em dois grandes grupos: - Dinâmicas - Transporte, defesa, catálise de reações, controle do metabolismo e contração, por exemplo; - Estruturais - Proteínas como o colágeno e elastina, por exemplo, que promovem a sustentação estrutural da célula e dos tecidos. SDE3895 – Fundamentos da Bioquímica Prof.: Fernanda Rocha Proteína DESNATURAÇÃO DAS PROTEÍNAS Proteína Nativa – é a forma como a proteína é encontrada na natureza e é nessa conformação que ela desempenha as suas funções. Proteína Desnaturada – é quando uma proteína perde essa conformação a ponto de perder sua atividade funcional, ou seja, altera ou destrói a estrutura espacial das proteínas, mantendo somente a estrutura primária. SDE3895 – Fundamentos da Bioquímica Prof.: Fernanda Rocha Proteína DESNATURAÇÃO DAS PROTEÍNAS SDE3895 – Fundamentos da Bioquímica Prof.: Fernanda Rocha Proteína DESNATURAÇÃO DAS PROTEÍNAS Parte da estrutura da proteína é formada por ligações fracas, existem muitos fatores que podem afetar a sua estrutura ocasionando a desnaturação, tais como: - Altas temperaturas; - Mudança de pH; - Detergentes; SDE3895 – Fundamentos da Bioquímica Prof.: Fernanda Rocha Proteína DESNATURAÇÃO DAS PROTEÍNAS Altas Temperaturas Alterações elevadas na temperatura podem desfazer as ligações de hidrogênio na molécula proteica. A temperatura capaz de desfazer as ligações pode variar em cada proteína, entretanto, a maioria são desnaturadas em temperaturas acima de 50°C. SDE3895 – Fundamentos da Bioquímica Prof.: Fernanda Rocha Proteína DESNATURAÇÃO DAS PROTEÍNAS Mudanças de pH Quanto maior for a alteração do pH, mais severo será o grau de desnaturação que a proteína pode desenvolver. Geralmente, para se desnaturar uma proteína, usa-se ou uma base ou um ácido muito forte, o qual será responsável por desfazer as interações moleculares estabelecidas na estrutura tridimensional da molécula proteica. SDE3895 – Fundamentos da Bioquímica Prof.: Fernanda Rocha Proteína DESNATURAÇÃO DAS PROTEÍNAS Detergentes São agentes químicos especializados em quebrar pontes dissulfeto, ou seja, as ligações mais importantes que determinam a estrutura terciária de uma proteína. Portanto, uma proteína, uma vez desnaturada, mesmo que seja renaturada, dificilmente terá sua função recuperada.
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