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Força Aérea Brasileira EPCAR Cadetes do Ar A apostila preparatória é elaborada antes da publicação do Edital Oficial com base no Edital anterior, para que o aluno antecipe seus estudos. MA016-2017 DADOS DA OBRA Título da obra: Força Aérea Brasileira - EPCAR Cargo: Cadetes do Ar (Baseado no Edital: Portaria DEPENS Nº275-T/de 2, de maio de 2016) • Língua portuguesa • Matemática • Língua Inglesa Gestão de Conteúdos Emanuela Amaral de Souza Produção Editorial/Revisão Elaine Cristina Igor de Oliveira Suelen Domenica Pereira Capa Rosa Thaina dos Santos Editoração Eletrônica Marlene Moreno Gerente de Projetos Bruno Fernandes APRESENTAÇÃO CURSO ONLINE PARABÉNS! ESTE É O PASSAPORTE PARA SUA APROVAÇÃO. A Nova Concursos tem um único propósito: mudar a vida das pessoas. Vamos ajudar você a alcançar o tão desejado cargo público. Nossos livros são elaborados por professores que atuam na área de Concursos Públicos. Assim a matéria é organizada de forma que otimize o tempo do candidato. 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Ex: AB026-17 PASSO 3 Pronto! Você já pode acessar os conteúdos online. SUMÁRIO Língua Portuguesa 1.1 ESTUDO DE TEXTO .....................................................................................................................................................................................................01 1.1.1 Intelecção de textos literários e não literários, verbais e não verbais ........................................................................................01 1.2 GRAMÁTICA ...................................................................................................................................................................................................................01 1.2.1 Fonologia: Fonemas, encontros consonantais e vocálicos, dígrafos, divisão silábica, acentuação gráfica e ortografia de acordo com a nova ortografia..........................................................................................................................................................................08 1.2.2 Morfologia: Estrutura das palavras, formação de palavras, classes de palavras: classificação, flexão e emprego (substantivo, adjetivo, artigo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição). .........................20 1.2.3 Sintaxe: Análise sintática da oração, análise sintática do período, pontuação, regência e concordância, estudo da crase e colocação pronominal. ...............................................................................................................................................................................59 1.3 SEMÂNTICA E ESTILÍSTICA ......................................................................................................................................................................................72 1.3.1 Variedades linguísticas. ...................................................................................................................................................................................72 1.3.2 Sinonímia e antonímia, hiponímia e hiperonímia, polissemia, ambiguidade. ........................................................................72 1.3.3 Denotação e conotação, figuras de linguagem, funções da linguagem e vícios da linguagem. ...................................72 1.3.4 Versificação. ..........................................................................................................................................................................................................72 Matemática 2.1 Conjuntos dos números naturais; sistema de numeração; e bases. .....................................................................................................01 2.2 Operações com números naturais. .....................................................................................................................................................................01 2.3 Divisibilidade: múltiplos e divisores, números primos e fatoração completa. .................................................................................01 2.4 Conjunto dos números racionais: números fracionários, operações e operações inversas no conjunto dos racionais. ...........01 2.5 Razões: número racional absoluto e razões especiais (velocidade e densidade)...........................................................................01 2.6 Proporções: propriedades, porcentagem, números proporcionais, regra de três, juros e câmbio. .......................................01 2.7 Ampliação numérica: conjunto dos inteiros relativos, conjunto dos racionais relativos. Operações diretas e inversas em inteiros relativos e em racionais relativos. ...............................................................................................................................................................01 2.8 Equações e inequações do primeiro grau: resolução de inequações do primeiro grau com uma variável no conjunto dos números racionais relativos. .................................................................................................................................................................................01 IE/EA CPCAR 2017 Portaria DEPENS nº 275-T/DE-2 de 9 de maio de 2016. 38 .....................................................................................01 2.9 Números Reais, números racionais e números irracionais: operações diretas e inversas no conjunto dos números reais, cálculo com radicais, transformação de radicais e casos deracionalização. .............................................................................................01 2.10 Cálculo literal em Reais: expressões equivalentes, reduções, fatoração, equações, inequações e sistemas de equações simultâneas em Reais. ......................................................................................................................................................................................................01 2.11 Polinômio numa variável: operações. Noção intuitiva do conceito de “zeros” de um polinômio. ......................................01 2.12 Equações do segundo grau: resolução das equações incompletas e das equações completas. Fórmula de resolução. Simplificação no caso de ser “a = l” e “b é par”. Relações entre coeficientes e raízes. Forma (S,P) de uma equação do 2° grau. Composição de uma equação do 2° grau, conhecidas as raízes. .....................................................................................................44 2.13 Equações biquadradas e equações irracionais. ...........................................................................................................................................44 2.14 Sistemas simples do 2° grau: problemas do segundo grau. .................................................................................................................442.15 Funções: conceito de função, domínio e conjunto imagem e funções definidas por equações. .........................................52 2.16 Coordenadas cartesianas no plano. Gráfico das funções definidas por equações. ....................................................................52 2.17 Função: afim, linear e constante, gráfico e propriedades dessas funções. Conceito de declividade. Gráficos de inequa- ções do primeiro grau com duas variáveis. Interseção de regiões do plano. .........................................................................................52 2.18 Função trinômio do segundo grau: estudo da função trinômio do segundo grau e construção dos respectivos gráfi- cos. Propriedade do gráfico da função trinômio do segundo grau. Inequação do segundo grau. ..............................................52 2.19 Introdução à geometria dedutiva: elementos fundamentais: ponto, reta, semi-reta, segmento, ........................................72 plano, semiplano, ângulo e congruência. Estudo dos polígonos em geral, dos triângulos e quadriláteros em particular. 72 2.20 Estudo da circunferência: disco, círculo, arcos e cordas. Propriedades. Medidas de ângulos e de arcos. ........................72 2.21 Transformações geométricas elementares: translação, rotação e simetria.....................................................................................72 2.22 Razão e proporção de segmentos: feixe de paralelas. Teorema de Tales........................................................................................72 2.23 Semelhança de triângulos e de polígonos. Razões trigonométricas de ângulos agudos. ......................................................81 2.24 Relações métricas no triângulo retângulo: teorema de Pitágoras. Projeção ortogonal. ..........................................................81 SUMÁRIO 2.25 Relações métricas num triângulo qualquer: lei dos co-senos e senos. ............................................................................................81 2.26 Relações métricas no círculo. ..............................................................................................................................................................................81 2.27 Razões trigonométricas: razões trigonométricas dos ângulos 30, 45 e 60 graus. Relações entre as razões trigonomé- tricas. Emprego das tábuas trigonométricas. Problemas de aplicação. .....................................................................................................81 2.28 Polígonos regulares: relações métricas nos polígonos regulares. ................................................................................................... 109 2.29 Áreas de regiões planas: relações métricas entre áreas de figuras planas. ................................................................................. 116 2.30 Medidas de volume, de capacidade, de massa, de comprimento e de área. ............................................................................. 116 2.31 Noções de Estatística: gráficos de barras, de colunas, de setores e de linhas; distribuição de frequências, população e variável; variáveis discretas, variáveis contínuas, variáveis qualitativas, média, mediana e moda; dispersão de dados; desvio e desvio padrão. ............................................................................................................................................................................................................... 121 2.32 Contagem e Probabilidade: princípio fundamental da contagem; e, Probabilidade. ............................................................. 136 Língua Inglesa 3.1 COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS. ........................................................................................................................................01 3.2 ESTRUTURAS GRAMATICAIS. ................................................................................................................................................................................01 3.2.1 Substantivos: gênero, número, contáveis e incontáveis. ......................................................................................................................01 3.2.2 Pronomes: pessoal, oblíquo, possessivo, reflexivo, demonstrativo, indefinido e interrogativo. .........................................01 3.2.3 Adjetivos: grau comparativo de superioridade. ........................................................................................................................................01 3.2.4 Preposições: tempo e lugar. 3.2.5 Conjunções. ........................................................................................................................................01 3.2.6 Advérbios: tempo, lugar, modo e frequência. ...........................................................................................................................................01 3.2.7 Numerais. 3.2.8 Artigos: definidos e indefinidos. .....................................................................................................................................01 3.2.9 Verbos: regulares e irregulares, (be, there be), modos, tempos (presente simples, passado simples e presente contí- nuo), modal (can / can’t), demostrando habilidade, permissão e possibilidade. .................................................................................01 3.2.10 Caso possessivo. ..................................................................................................................................................................................................01 3.2.11 Question tag e respostas curtas .....................................................................................................................................................................01 LÍNGUA PORTUGUESA 1.1 ESTUDO DE TEXTO .....................................................................................................................................................................................................01 1.1.1 Intelecção de textos literários e não literários, verbais e não verbais ........................................................................................01 1.2 GRAMÁTICA ...................................................................................................................................................................................................................01 1.2.1 Fonologia: Fonemas, encontros consonantais e vocálicos, dígrafos, divisão silábica, acentuação gráfica e ortografia de acordo com a nova ortografia..........................................................................................................................................................................08 1.2.2 Morfologia: Estrutura das palavras, formação de palavras, classes de palavras: classificação, flexão e emprego (substantivo, adjetivo, artigo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição). .........................20 1.2.3 Sintaxe: Análise sintática da oração, análise sintática do período, pontuação, regência e concordância, estudo da crase e colocação pronominal. ...............................................................................................................................................................................59 1.3 SEMÂNTICA E ESTILÍSTICA ......................................................................................................................................................................................72 1.3.1 Variedades linguísticas. ...................................................................................................................................................................................72 1.3.2 Sinonímia e antonímia, hiponímia e hiperonímia, polissemia, ambiguidade. ........................................................................721.3.3 Denotação e conotação, figuras de linguagem, funções da linguagem e vícios da linguagem. ...................................72 1.3.4 Versificação. ..........................................................................................................................................................................................................72 1 LÍNGUA PORTUGUESA 1.1 ESTUDO DE TEXTO 1.1.1 INTELECÇÃO DE TEXTOS LITERÁRIOS E NÃO LITERÁRIOS, VERBAIS E NÃO VERBAIS É muito comum, entre os candidatos a um cargo pú- blico, a preocupação com a interpretação de textos. Isso acontece porque lhes faltam informações específicas a respeito desta tarefa constante em provas relacionadas a concursos públicos. Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão aju- dar no momento de responder às questões relacionadas a textos. Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacio- nadas entre si, formando um todo significativo capaz de produzir interação comunicativa (capacidade de codificar e decodificar ). Contexto – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma certa informação que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando con- dições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome de contexto. Nota-se que o relacionamento entre as frases é tão grande que, se uma frase for retirada de seu contexto original e analisada se- paradamente, poderá ter um significado diferente daquele inicial. Intertexto - comumente, os textos apresentam refe- rências diretas ou indiretas a outros autores através de ci- tações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. Interpretação de texto - o primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a identificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou explicações, que levem ao esclarecimento das questões apresentadas na prova. Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a: 1. Identificar – é reconhecer os elementos fundamen- tais de uma argumentação, de um processo, de uma época (neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo). 2. Comparar – é descobrir as relações de semelhança ou de diferenças entre as situações do texto. 3. Comentar - é relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade, opinando a respeito. 4. Resumir – é concentrar as ideias centrais e/ou secun- dárias em um só parágrafo. 5. Parafrasear – é reescrever o texto com outras pala- vras. Condições básicas para interpretar Fazem-se necessários: a) Conhecimento histórico–literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), leitura e prática; b) Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) e semântico; Observação – na semântica (significado das palavras) incluem-se: homônimos e parônimos, denotação e cono- tação, sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de lingua- gem, entre outros. c) Capacidade de observação e de síntese e d) Capacidade de raciocínio. Interpretar X compreender Interpretar significa - explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir. - Através do texto, infere-se que... - É possível deduzir que... - O autor permite concluir que... - Qual é a intenção do autor ao afirmar que... Compreender significa - intelecção, entendimento, atenção ao que realmente está escrito. - o texto diz que... - é sugerido pelo autor que... - de acordo com o texto, é correta ou errada a afirmação... - o narrador afirma... Erros de interpretação É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de interpretação. Os mais frequentes são: a) Extrapolação (viagem) Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela imaginação. b) Redução É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de ideias, o que pode ser insuficiente para o total do entendi- mento do tema desenvolvido. c) Contradição Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do can- didato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, conse- quentemente, errando a questão. Observação - Muitos pensam que há a ótica do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de concurso, o que deve ser levado em consideração é o que o autor diz e nada mais. Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relacionam palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de 2 LÍNGUA PORTUGUESA um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um pro- nome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vai dizer e o que já foi dito. OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia -a-dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele do seu antecedente. Não se pode esquecer também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor semântico, por isso a necessidade de adequação ao ante- cedente. Os pronomes relativos são muito importantes na in- terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, a saber: que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente, mas depende das condições da frase. qual (neutro) idem ao anterior. quem (pessoa) cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois o objeto possuído. como (modo) onde (lugar) quando (tempo) quanto (montante) exemplo: Falou tudo QUANTO queria (correto) Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria aparecer o demonstrativo O ). Dicas para melhorar a interpretação de textos - Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto; - Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura; - Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo menos duas vezes; - Inferir; - Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; - Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor; - Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor compreensão; - Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão; - O autor defende ideias e você deve percebê-las; Segundo Fiorin: -Pressupostos – informações implícitas decorrentes necessariamente de palavras ou expressões contidas na frase. - Subentendidos – insinuações não marcadas clara- mente na linguagem. - Pressupostos – verdadeiros ou admitidos como tal. - Subentendidos – de responsabilidade do ouvinte. - Falante não pode negar que tenha querido transmitir a informação expressa pelo pressuposto, mas pode negar que tenha desejado transmitir a informação expressa pelo subentendido. - Negação da informação não nega o pressuposto. - Pressuposto não verdadeiro – informação explícita absurda. - Principais marcadores de pressupostos: a) adjetivos; b) verbos; c) advérbios; d) orações adjetivas; e) conjunções. QUESTÕES (Agente Estadual de Trânsito – DETRAN - SP – Vu- nesp/2013) O uso da bicicleta no Brasil A utilização da bicicleta como meio de locomoção no Brasil ainda conta com poucos adeptos, em comparação com países como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos quais a bicicleta é um dos principais veículos nas ruas. Ape- sar disso, cada vez mais pessoas começam a acreditar que a bicicleta é, numa comparação entre todos os meios de transporte, um dos que oferecem mais vantagens. A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicle- tas e a outros veículos que, por lei, devem andar na via e jamais na calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são todos consideradosveículos, com direito de circulação pe- las ruas e prioridade sobre os automotores. Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à bicicleta no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade, pois as bikes não emitem gases nocivos ao ambiente, não consomem petróleo e produzem muito menos sucata de metais, plásticos e borracha; a diminuição dos congestio- namentos por excesso de veículos motorizados, que atin- gem principalmente as grandes cidades; o favorecimento da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito bom; e a economia no combustível, na manutenção, no seguro e, claro, nos impostos. No Brasil, está sendo implantado o sistema de com- partilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por exemplo, o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da Prefeitu- ra, em parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA, com quase um ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São Paulo, Santos, Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo país aderirem a esse sistema, mais duas capitais já estão com o projeto pronto em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do compartilhamento é semelhante em todas as cidades. Em Porto Alegre, os usuários devem fazer um cadastro pelo site. O valor do passe mensal é R$10 e o do passe diário, R$5, podendo-se utilizar o sistema durante todo o dia, das 6h às 22h, nas duas modalidades. Em todas as cidades que já aderiram ao projeto, as bicicletas estão espalhadas em pontos estratégicos. A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção não está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda não sabem que a bicicleta já é considerada um meio de transporte, ou desconhecem as leis que abrangem a bike. Na confusão de um trânsito caótico numa cidade grande, 3 LÍNGUA PORTUGUESA carros, motocicletas, ônibus e, agora, bicicletas, misturam- se, causando, muitas vezes, discussões e acidentes que po- deriam ser evitados. Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. A verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles estão totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. Por isso é tão importante usar capacete e outros itens de segurança. A maior parte dos motoristas de carros, ônibus, motocicletas e caminhões desconhece as leis que abran- gem os direitos dos ciclistas. Mas muitos ciclistas também ignoram seus direitos e deveres. Alguém que resolve in- tegrar a bike ao seu estilo de vida e usá-la como meio de locomoção precisa compreender que deverá gastar com alguns apetrechos necessários para poder trafegar. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, as bicicletas devem, obrigatoriamente, ser equipadas com campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais, além de espelho retrovisor do lado esquerdo. (Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. Adaptado) 01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como meio de locomoção nas metrópoles brasileiras (A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra devido à falta de regulamentação. (B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido incentivado em várias cidades. (C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela maioria dos moradores. (D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com os demais meios de transporte. (E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade arriscada e pouco salutar. 02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos objetivos centrais do texto é (A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do ciclista. (B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta é mais seguro do que dirigir um carro. (C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bi- cicleta no Brasil. (D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como meio de locomoção se consolidou no Brasil. (E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista deve dar prioridade ao pedestre. (Oficial Estadual de Trânsito - DETRAN-SP - Vunesp 2013) Leia o texto para responder às questões de 3 a 5 Propensão à ira de trânsito Dirigir um carro é estressante, além de inerentemente perigoso. Mesmo que o indivíduo seja o motorista mais se- guro do mundo, existem muitas variáveis de risco no trân- sito, como clima, acidentes de trânsito e obras nas ruas. E com relação a todas as outras pessoas nas ruas? Algumas não são apenas maus motoristas, sem condições de dirigir, mas também se engajam num comportamento de risco – algumas até agem especificamente para irritar o outro mo- torista ou impedir que este chegue onde precisa. Essa é a evolução de pensamento que alguém poderá ter antes de passar para a ira de trânsito de fato, levando um motorista a tomar decisões irracionais. Dirigir pode ser uma experiência arriscada e emocio- nante. Para muitos de nós, os carros são a extensão de nossa personalidade e podem ser o bem mais valioso que possuímos. Dirigir pode ser a expressão de liberdade para alguns, mas também é uma atividade que tende a aumen- tar os níveis de estresse, mesmo que não tenhamos cons- ciência disso no momento. Dirigir é também uma atividade comunitária. Uma vez que entra no trânsito, você se junta a uma comunidade de outros motoristas, todos com seus objetivos, medos e habilidades ao volante. Os psicólogos Leon James e Diane Nahl dizem que um dos fatores da ira de trânsito é a ten- dência de nos concentrarmos em nós mesmos, descartan- do o aspecto comunitário do ato de dirigir. Como perito do Congresso em Psicologia do Trânsito, o Dr. James acredita que a causa principal da ira de trânsi- to não são os congestionamentos ou mais motoristas nas ruas, e sim como nossa cultura visualiza a direção agressi- va. As crianças aprendem que as regras normais em relação ao comportamento e à civilidade não se aplicam quando dirigimos um carro. Elas podem ver seus pais envolvidos em comportamentos de disputa ao volante, mudando de faixa continuamente ou dirigindo em alta velocidade, sem- pre com pressa para chegar ao destino. Para complicar as coisas, por vários anos psicólogos sugeriam que o melhor meio para aliviar a raiva era des- carregar a frustração. Estudos mostram, no entanto, que a descarga de frustrações não ajuda a aliviar a raiva. Em uma situação de ira de trânsito, a descarga de frustrações pode transformar um incidente em uma violenta briga. Com isso em mente, não é surpresa que brigas vio- lentas aconteçam algumas vezes. A maioria das pessoas está predisposta a apresentar um comportamento irracio- nal quando dirige. Dr. James vai ainda além e afirma que a maior parte das pessoas fica emocionalmente incapacitada quando dirige. O que deve ser feito, dizem os psicólogos, é estar ciente de seu estado emocional e fazer as escolhas corretas, mesmo quando estiver tentado a agir só com a emoção. (Jonathan Strickland. Disponível em: http://carros.hsw. uol.com.br/furia-no-transito1 .htm. Acesso em: 01.08.2013. Adaptado) 3-) Tomando por base as informações contidas no tex- to, é correto afirmar que (A) os comportamentos de disputa ao volante aconte- cem à medida que os motoristas se envolvem em decisões conscientes. (B) segundo psicólogos, as brigas no trânsito são cau- sadas pela constante preocupação dos motoristas com o aspecto comunitário do ato de dirigir. (C) para Dr. James, o grande número de carros nas ruas é o principal motivo que provoca, nos motoristas, uma di- reção agressiva. 4 LÍNGUA PORTUGUESA (D) o ato de dirigir um carro envolve uma série de ex- periências e atividades não só individuais como também sociais. (E) dirigir mal pode estar associado à falta de controle das emoções positivas por parte dos motoristas. 4. A ira de trânsito A) aprimora uma atitude de reconhecimento de regras. (B) implica tomada de decisões sem racionalidade. (C) conduz a um comportamento coerente. (D) resulta do comportamento essencialmente comu- nitário dos motoristas. (E) decorrede imperícia na condução de um veículo. 5. De acordo com o perito Dr. James, (A) os congestionamentos representam o principal fa- tor para a ira no trânsito. (B) a cultura dos motoristas é fator determinante para o aumento de suas frustrações. (C) o motorista, ao dirigir, deve ser individualista em suas ações, a fim de expressar sua liberdade e garantir que outros motoristas não o irritem. (D) a principal causa da direção agressiva é o desco- nhecimento das regras de trânsito. (E) o comportamento dos pais ao dirigirem com ira contradiz o aprendizado das crianças em relação às regras de civilidade. (TRF 3ª região/2014) Para responder às questões de números 6 e 7 considere o texto abaixo. Toda ficção científica, de Metrópolis ao Senhor dos anéis, baseia-se, essencialmente, no que está acontecen- do no mundo no momento em que o filme foi feito. Não no futuro ou numa galáxia distante, muitos e muitos anos atrás, mas agora mesmo, no presente, simbolizado em pro- jeções que nos confortam e tranquilizam ao nos oferecer uma adequada distância de tempo e espaço. Na ficção científica, a sociedade se permite sonhar seus piores problemas: desumanização, superpopulação, totali- tarismo, loucura, fome, epidemias. Não se imita a realida- de, mas imagina-se, sonha-se, cria-se outra realidade onde possamos colocar e resolver no plano da imaginação tudo o que nos incomoda no cotidiano. O elemento essencial para guiar a lógica interna do gênero, cuja quebra implica o fim da magia, é a ciência. Por isso, tecnologia é essen- cial ao gênero. Parte do poder desse tipo de magia cine- matográfica está em concretizar, diante dos nossos olhos, objetos possíveis, mas inexistentes: carros voadores, robôs inteligentes. Como parte dessas coisas imaginadas acaba se tornando realidade, o gênero reforça a sensação de que estamos vendo na tela projeções das nossas possibilidades coletivas futuras. (Adaptado de: BAHIANA, Ana Maria. Como ver um fil- me. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012. formato ebook.) 6-) Considere: I. Segundo o texto, na ficção científica abordam-se, com distanciamento de tempo e espaço, questões con- troversas e moralmente incômodas da sociedade atual, de modo que a solução oferecida pela fantasia possa ser apli- cada para resolver os problemas da realidade. II. Parte do poder de convencimento da ficção cientí- fica deriva do fato de serem apresentados ao espectador objetos imaginários que, embora não existam na vida real, estão, de algum modo, conectados à realidade. III. A ficção científica extrapola os limites da realidade, mas baseia-se naquilo que, pelo menos em teoria, acredi- ta-se que seja possível. Está correto o que se afirma APENAS em (A) III. (B) I e II. (C) I e III. (D) II e III. (E) II. 7-) Sem prejuízo para o sentido original e a correção gramatical, o termo sonhar, em ... a sociedade se permite sonhar seus piores problemas... (2o parágrafo), pode ser substituído por: (A) descansar. (B) desprezar. (C) esquecer. (D) fugir. (E) imaginar. (TRF 3ª região/2014) Atenção: Para responder às ques- tões de números 8 a 10 considere o texto abaixo. Texto I O canto das sereias é uma imagem que remonta às mais luminosas fontes da mitologia e da literatura gregas. As versões da fábula variam, mas o sentido geral da trama é comum. As sereias eram criaturas sobre-humanas. Ninfas de extraordinária beleza, viviam sozinhas numa ilha do Medi- terrâneo, mas tinham o dom de chamar a si os navegantes, graças ao irresistível poder de sedução do seu canto. Atraí- dos por aquela melodia divina, os navios batiam nos recifes submersos da beira-mar e naufragavam. As sereias então devoravam impiedosamente os tripulantes. Doce o caminho, amargo o fim. Como escapar com vida do canto das sereias? A literatura grega registra duas soluções vitoriosas. Uma delas foi a saída encontrada por Orfeu, o incomparável gênio da música e da poesia. Quando a embarcação na qual ele navegava entrou inadvertidamente no raio de ação das sereias, ele conse- guiu impedir a tripulação de perder a cabeça tocando uma música ainda mais sublime do que aquela que vinha da ilha. O navio atravessou incólume a zona de perigo. A outra solução foi a de Ulisses. Sua principal arma para vencer as sereias foi o reconhecimento franco e cora- joso da sua fraqueza e da sua falibilidade − a aceitação dos seus inescapáveis limites humanos. Ulisses sabia que ele e seus homens não teriam firmeza para resistir ao apelo das sereias. Por isso, no momento em que a embarcação se aproximou da ilha, mandou que todos os tripulantes tapassem os ouvidos com cera e orde- nou que o amarrassem ao mastro central do navio. O sur- preendente é que Ulisses não tapou com cera os próprios ouvidos − ele quis ouvir. Quando chegou a hora, Ulisses foi seduzido pelas sereias e fez de tudo para convencer os 5 LÍNGUA PORTUGUESA tripulantes a deixarem-no livre para ir juntar-se a elas. Seus subordinados, contudo, cumpriram fielmente a ordem de não soltá-lo até que estivessem longe da zona de perigo. Orfeu escapou das sereias como divindade; Ulisses, como mortal. Ao se aproximar das sereias, a escolha diante do herói era clara: a falsa promessa de gratificação ime- diata, de um lado, e o bem permanente do seu projeto de vida − prosseguir viagem, retornar a Ítaca, reconquistar Penélope −, do outro. A verdadeira vitória de Ulisses foi contra ele mesmo. Foi contra a fraqueza, o oportunismo suicida e a surdez delirante que ele soube reconhecer em sua própria alma. (Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Auto-engano. São Paulo, Cia. das Letras, 1997. Formato eBOOK) 8-) Há no texto (A) comparação entre os meios que Orfeu e Ulisses usam para enfrentar o desafio que se apresenta a eles. (B) rivalidade entre o mortal Ulisses e o divino Orfeu, cujo talento musical causava inveja ao primeiro. (C) juízo de valor a respeito das atitudes das sereias em relação aos navegantes e elogio à astúcia de Orfeu. (D) crítica à forma pouco original com que Orfeu deci- de enganar as sereias e elogio à astúcia de Ulisses. (E) censura à atitude arriscada de Ulisses, cuja ousadia quase lhe custou seu projeto de vida. 9-) Depreende-se do texto que as sereias atingiam seus objetivos por meio de (A) intolerância. (B) dissimulação. (C) lisura. (D) observação. (E) condescendência. 10-) O navio atravessou incólume a zona de perigo. (4o parágrafo). Mantém-se o sentido original do texto substi- tuindo-se o elemento grifado por (A) insolente. (B) inatingível. (C) intacto. (D) inativo. (E) impalpável. GABARITO 1- B 2-A 3-D 4-B 5-E 6- D 7-E 8-A 9-B 10-C Sabemos que a “matéria-prima” da literatura são as pa- lavras. No entanto, é necessário fazer uma distinção entre a linguagem literária e a linguagem não literária, isto é, aque- la que não caracteriza a literatura. Embora um médico faça suas prescrições em determi- nado idioma, as palavras utilizadas por ele não podem ser consideradas literárias porque se tratam de um vocabulá- rio especializado e de um contexto de uso específico. Ago- ra, quando analisamos a literatura, vemos que o escritor dispensa um cuidado diferente com a linguagem escrita, e que os leitores dispensam uma atenção diferenciada ao que foi produzido. Outra diferença importante é com relação ao trata- mento do conteúdo: ao passo que, nos textos não literários (jornalísticos, científicos, históricos, etc.) as palavras servem para veicular uma série de informações, o texto literário funciona de maneira a chamar a atenção para a própria língua (FARACO & MOURA, 1999) no sentido de explorar vários aspectos como a sonoridade, a estrutura sintática e o sentido das palavras. Veja abaixo alguns exemplos de expressões na lingua- gem não literária ou “corriqueira” e um exemplode uso da mesma expressão, porém, de acordo com alguns escrito- res, na linguagem literária: Linguagem não literária: 1- Anoitece. 2- Teus cabelos loiros brilham. 3- Uma nuvem cobriu parte do céu. ... Linguagem literária: 1- A mão da noite embrulha os horizontes. (Alvarenga Peixoto) 2- Os clarins de ouro dos teus cabelos cantam na luz! (Mário Quintana) 3- um sujo de nuvem emporcalhou o luar em sua nas- cença. (José Cândido de Carvalho) Como distinguir, na prática, a linguagem literária da não literária? - A linguagem literária é conotativa, utiliza figuras (pa- lavras de sentido figurado), em que as palavras adquirem sentidos mais amplos do que geralmente possuem. - Na linguagem literária há uma preocupação com a escolha e a disposição das palavras, que acabam dando vida e beleza a um texto. - Na linguagem literária é muito importante a maneira original de apresentar o tema escolhido. - A linguagem não literária é objetiva, denotativa, preocupa-se em transmitir o conteúdo, utiliza a palavra em seu sentido próprio, utilitário, sem preocupação artística. Geralmente, recorre à ordem direta (sujeito, verbo, com- plementos). Leia com atenção os textos a seguir e compare as lin- guagens utilizadas neles. Texto A Amor (ô). [Do lat. amore.] S. m. 1. Sentimento que pre- dispõe alguém a desejar o bem de outrem, ou de alguma coisa: amor ao próximo; amor ao patrimônio artístico de sua terra. 2. Sentimento de dedicação absoluta de um ser a outro ser ou a uma coisa; devoção, culto; adoração: amor à Pátria; amor a uma causa. 3. Inclinação ditada por laços de família: amor filial; amor conjugal. 4. Inclinação forte por pessoa de outro sexo, geralmente de caráter sexual, mas que apresenta grande variedade e comportamentos e rea- ções. Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. Novo Dicionário da Língua Portuguesa, Nova Fronteira. 6 LÍNGUA PORTUGUESA Texto B Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; é dor que desatina sem doer. Luís de Camões. Lírica, Cultrix. Você deve ter notado que os textos tratam do mesmo assunto, porém os autores utilizam linguagens diferentes. No texto A, o autor preocupou-se em definir “amor”, usando uma linguagem objetiva, científica, sem preocupa- ção artística. No texto B, o autor trata do mesmo assunto, mas com preocupação literária, artística. De fato, o poeta entra no campo subjetivo, com sua maneira própria de se expres- sar, utiliza comparações (compara amor com fogo, ferida, contentamento e dor) e serve-se ainda de contrastes que acabam dando graça e força expressiva ao poema (con- tentamento descontente, dor sem doer, ferida que não se sente, fogo que não se vê). Questões 1-) Leia o trecho do poema abaixo. O Poeta da Roça Sou fio das mata, cantô da mão grosa Trabaio na roça, de inverno e de estio A minha chupana é tapada de barro Só fumo cigarro de paia de mio. Patativa do Assaré A respeito dele, é possível afirmar que (A) não pode ser considerado literário, visto que a lin- guagem aí utilizada não está adequada à norma culta for- mal. (B) não pode ser considerado literário, pois nele não se percebe a preservação do patrimônio cultural brasileiro. (C) não é um texto consagrado pela crítica literária. (D) trata-se de um texto literário, porque, no processo criativo da Literatura, o trabalho com a linguagem pode aparecer de várias formas: cômica, lúdica, erótica, popular etc (E) a pobreza vocabular – palavras erradas – não permi- te que o consideremos um texto literário. Leia os fragmentos abaixo para responder às questões que seguem: TEXTO I O açúcar O branco açúcar que adoçará meu café nesta manhã de Ipanema não foi produzido por mim nem surgiu dentro do açucareiro por milagre. Vejo-o puro e afável ao paladar como beijo de moça, água na pele, flor que se dissolve na boca. Mas este açúcar não foi feito por mim. Este açúcar veio da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira, dono da mercearia. Este açúcar veio de uma usina de açúcar em Pernambuco ou no Estado do Rio e tampouco o fez o dono da usina. Este açúcar era cana e veio dos canaviais extensos que não nascem por acaso no regaço do vale. Em lugares distantes, onde não há hospital nem escola, homens que não sabem ler e morrem de fome aos 27 anos plantaram e colheram a cana que viraria açúcar. Em usinas escuras, homens de vida amarga e dura produziram este açúcar branco e puro com que adoço meu café esta manhã em Ipanema. fonte: “O açúcar” (Ferreira Gullar. Toda poesia. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1980, pp.227-228) TEXTO II A cana-de-açúcar Originária da Ásia, a cana-de-açúcar foi introduzida no Brasil pelos colonizadores portugueses no século XVI. A re- gião que durante séculos foi a grande produtora de cana- de-açúcar no Brasil é a Zona da Mata nordestina, onde os férteis solos de massapé, além da menor distância em re- lação ao mercado europeu, propiciaram condições favorá- veis a esse cultivo. Atualmente, o maior produtor nacional de cana-de-açúcar é São Paulo, seguido de Pernambuco, Alagoas, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Além de produzir o açúcar, que em parte é exportado e em parte abastece o mercado interno, a cana serve também para a produção de álcool, importante nos dias atuais como fonte de energia e de bebidas. A imensa expansão dos canaviais no Brasil, especialmente em São Paulo, está ligada ao uso do álcool como combustível. 2-) Para que um texto seja literário: a) basta somente a correção gramatical; isto é, a ex- pressão verbal segundo as leis lógicas ou naturais. b) deve prescindir daquilo que não tenha correspon- dência na realidade palpável e externa. c) deve fugir do inexato, daquilo que confunda a capa- cidade de compreensão do leitor. d) deve assemelhar-se a uma ação de desnudamento. O escritor revela, ao escrever, o mundo, e, em especial, re- vela o Homem aos outros homens. e) deve revelar diretamente as coisas do mundo: senti- mentos, ideias, ações. 7 LÍNGUA PORTUGUESA 3-) Ainda com relação ao textos I e II, assinale a opção incorreta a) No texto I, em lugar de apenas informar sobre o real, ou de produzi-lo, a expressão literária é utilizada principal- mente como um meio de refletir e recriar a realidade. b) No texto II, de expressão não literária, o autor infor- ma o leitor sobre a origem da cana-de-açúcar, os lugares onde é produzida, como teve início seu cultivo no Brasil, etc. c) O texto I parte de uma palavra do domínio comum – açúcar – e vai ampliando seu potencial significativo, explo- rando recursos formais para estabelecer um paralelo entre o açúcar – branco, doce, puro – e a vida do trabalhador que o produz – dura, amarga, triste. d) No texto I, a expressão literária desconstrói hábitos de linguagem, baseando sua recriação no aproveitamento de novas formas de dizer. e) O texto II não é literário porque, diferentemente do literário, parte de um aspecto da realidade, e não da ima- ginação. Gabarito 1-) D 2-) D – Esta alternativa está correta, pois ela remete ao caráter reflexivo do autor de um texto literário, ao passo em que ele revela às pessoas o “seu mundo” de maneira peculiar. 3-) E – o texto I também fala da realidade, mas com um cunho diferente do texto II. No primeiro há uma colocação diferenciada por parte do autor em que o objetivo não é unicamente passar informação, existem outros “motivado- res” por trás desta escrita. Linguagem Verbal e Não Verbal Linguagem é a capacidade que possuímos de expres- sar nossos pensamentos, ideias, opiniões e sentimentos. Está relacionada a fenômenos comunicativos; onde há co- municação, há linguagem. Podemos usar inúmeros tipos de linguagens para estabelecermosatos de comunicação, tais como: sinais, símbolos, sons, gestos e regras com sinais convencionais (linguagem escrita e linguagem mímica, por exemplo). Num sentido mais genérico, a linguagem pode ser classificada como qualquer sistema de sinais que se va- lem os indivíduos para comunicar-se. A linguagem pode ser: - Verbal: aquela que faz uso das palavras para comu- nicar algo. As figuras acima nos comunicam sua mensagem atra- vés da linguagem verbal (usa palavras para transmitir a in- formação). - Não Verbal: aquela que utiliza outros métodos de comunicação, que não são as palavras. Dentre elas estão a linguagem de sinais, as placas e sinais de trânsito, a lingua- gem corporal, uma figura, a expressão facial, um gesto, etc. Essas figuras fazem uso apenas de imagens para co- municar o que representam. A Língua é um instrumento de comunicação, sendo composta por regras gramaticais que possibilitam que de- terminado grupo de falantes consiga produzir enunciados que lhes permitam comunicar-se e compreender-se. Por exemplo: falantes da língua portuguesa. A língua possui um caráter social: pertence a todo um conjunto de pessoas, as quais podem agir sobre ela. Cada membro da comunidade pode optar por esta ou aquela forma de expressão. Por outro lado, não é possível criar uma língua particular e exigir que outros falantes a com- preendam. Dessa forma, cada indivíduo pode usar de ma- neira particular a língua comunitária, originando a fala. A fala está sempre condicionada pelas regras socialmente estabelecidas da língua, mas é suficientemente ampla para permitir um exercício criativo da comunicação. Um indiví- duo pode pronunciar um enunciado da seguinte maneira: A família de Regina era paupérrima. Outro, no entanto, pode optar por: A família de Regina era muito pobre. As diferenças e semelhanças constatadas devem-se às diversas manifestações da fala de cada um. Note, além disso, que essas manifestações devem obedecer às regras gerais da língua portuguesa, para não correrem o risco de produzir enunciados incompreensíveis como: Família a paupérrima de era Regina. Não devemos confundir língua com escrita, pois são dois meios de comunicação distintos. A escrita represen- ta um estágio posterior de uma língua. A língua falada é mais espontânea, abrange a comunicação linguística em toda sua totalidade. Além disso, é acompanhada pelo tom de voz, algumas vezes por mímicas, incluindo-se fisiono- mias. A língua escrita não é apenas a representação da lín- gua falada, mas sim um sistema mais disciplinado e rígido, uma vez que não conta com o jogo fisionômico, as mímicas 8 LÍNGUA PORTUGUESA e o tom de voz do falante. No Brasil, por exemplo, todos falam a língua portuguesa, mas existem usos diferentes da língua devido a diversos fatores. Dentre eles, destacam-se: - Fatores Regionais: é possível notar a diferença do português falado por um habitante da região nordeste e outro da região sudeste do Brasil. Dentro de uma mesma região, também há variações no uso da língua. No estado do Rio Grande do Sul, por exemplo, há diferenças entre a língua utilizada por um cidadão que vive na capital e aque- la utilizada por um cidadão do interior do estado. - Fatores Culturais: o grau de escolarização e a for- mação cultural de um indivíduo também são fatores que colaboram para os diferentes usos da língua. Uma pessoa escolarizada utiliza a língua de uma maneira diferente da pessoa que não teve acesso à escola. - Fatores Contextuais: nosso modo de falar varia de acordo com a situação em que nos encontramos: quando conversamos com nossos amigos, não usamos os termos que usaríamos se estivéssemos discursando em uma sole- nidade de formatura. - Fatores Profissionais: o exercício de algumas ativi- dades requer o domínio de certas formas de língua chama- das línguas técnicas. Abundantes em termos específicos, essas formas têm uso praticamente restrito ao intercâmbio técnico de engenheiros, químicos, profissionais da área de direito e da informática, biólogos, médicos, linguistas e ou- tros especialistas. - Fatores Naturais: o uso da língua pelos falantes sofre influência de fatores naturais, como idade e sexo. Uma criança não utiliza a língua da mesma maneira que um adulto, daí falar-se em linguagem infantil e linguagem adulta. Fala É a utilização oral da língua pelo indivíduo. É um ato individual, pois cada indivíduo, para a manifestação da fala, pode escolher os elementos da língua que lhe convém, conforme seu gosto e sua necessidade, de acordo com a situação, o contexto, sua personalidade, o ambiente socio- cultural em que vive, etc. Desse modo, dentro da unidade da língua, há uma grande diversificação nos mais variados níveis da fala. Cada indivíduo, além de conhecer o que fala, conhece também o que os outros falam; é por isso que somos capazes de dialogar com pessoas dos mais variados graus de cultura, embora nem sempre a linguagem delas seja exatamente como a nossa. Devido ao caráter individual da fala, é possível observar alguns níveis: - Nível Coloquial-Popular: é a fala que a maioria das pessoas utiliza no seu dia a dia, principalmente em situa- ções informais. Esse nível da fala é mais espontâneo, ao utilizá-lo, não nos preocupamos em saber se falamos de acordo ou não com as regras formais estabelecidas pela língua. - Nível Formal-Culto: é o nível da fala normalmente utilizado pelas pessoas em situações formais. Caracteriza- se por um cuidado maior com o vocabulário e pela obe- diência às regras gramaticais estabelecidas pela língua. Signo É um elemento representativo que apresenta dois as- pectos: o significado e o significante. Ao escutar a palavra “cachorro”, reconhecemos a sequência de sons que formam essa palavra. Esses sons se identificam com a lembrança deles que está em nossa memória. Essa lembrança constitui uma real imagem sonora, armazenada em nosso cérebro que é o significante do signo “cachorro”. Quando escuta- mos essa palavra, logo pensamos em um animal irracional de quatro patas, com pelos, olhos, orelhas, etc. Esse concei- to que nos vem à mente é o significado do signo “cachorro” e também se encontra armazenado em nossa memória. Ao empregar os signos que formam a nossa língua, devemos obedecer às regras gramaticais convencionadas pela própria língua. Desse modo, por exemplo, é possível colocar o artigo indefinido “um” diante do signo “cachor- ro”, formando a sequência “um cachorro”, o mesmo não seria possível se quiséssemos colocar o artigo “uma” diante do signo “cachorro”. A sequência “uma cachorro” contraria uma regra de concordância da língua portuguesa, o que faz com que essa sentença seja rejeitada. Os signos que constituem a língua obedecem a padrões determinados de organização. O conhecimento de uma língua engloba tanto a identificação de seus signos, como também o uso adequado de suas regras combinatórias. Signo: elemento representativo que possui duas par- tes indissolúveis: significado e significante. Significado (é o conceito, a ideia transmitida pelo signo, a parte abstrata do signo) + Significante (é a imagem sonora, a forma, a parte concreta do signo, suas letras e seus fonemas). Língua: conjunto de sinais baseado em palavras que obedecem às regras gramaticais. Fala: uso individual da língua, aberto à criatividade e ao desenvolvimento da liberdade de expressão e com- preensão. 1.2 GRAMÁTICA 1.2.1 FONOLOGIA: FONEMAS, ENCONTROS CONSONANTAIS E VOCÁLICOS, DÍGRAFOS, DIVISÃO SILÁBICA, ACENTUAÇÃO GRÁFICA E ORTOGRAFIA DE ACORDO COM A NOVA ORTOGRAFIA. Letra e Fonema Letra é o sinal gráfico da escrita. Exemplos: pipoca (tem 6 letras); hoje (tem 4 letras). Fonema é o menor elemento sonoro capaz de esta- belecer uma distinção de significado entre palavras. Veja,nos exemplos, os fonemas que marcam a distinção entre os pares de palavras: bar – mar tela – vela sela – sala 9 LÍNGUA PORTUGUESA Não confunda os fonemas com as letras. Fonema é um elemento acústico e a letra é um sinal gráfico que repre- senta o fonema. Nem sempre o número de fonemas de uma palavra corresponde ao número de letras que usamos para escrevê-la. Na palavra chuva, por exemplo, temos quatro fonemas, isto é, quatro unidades sonoras [xuva] e cinco letras. Certos fonemas podem ser representados por diferen- tes letras. É o caso do fonema /s/, que pode ser representa- do por: s (pensar) – ss (passado) – x (trouxe) – ç (caçar) – sc (nascer) – xc (excelente) – c (cinto) – sç (desço) Às vezes, a letra “x” pode representar mais de um fone- ma, como na palavra táxi. Nesse caso, o “x” representa dois sons, pois lemos “táksi”. Portanto, a palavra táxi tem quatro letras e cinco fonemas. Em certas palavras, algumas letras não representam nenhum fonema, como a letra h, por exemplo, em pala- vras como hora, hoje, etc., ou como as letras m e n quando são usadas apenas para indicar a nasalização de uma vogal, como em canto, tinta, etc. Classificação dos Fonemas Os fonemas classificam-se em vogais, semivogais e con- soantes. Vogais: são fonemas resultantes das vibrações das cordas vocais e em cuja produção a corrente de ar passa livremente na cavidade bucal. As vogais podem ser orais e nasais. Orais: quando a corrente de ar passa apenas pela cavi- dade bucal. São elas: a, é, ê, i, ó, ô, u. Exemplos: já, pé, vê, ali, pó, dor, uva. Nasais: quando a corrente de ar passa pela cavidade bucal e nasal. A nasalidade pode ser indicada pelo til (~) ou pelas letras n e m. Exemplos: mãe, venda, lindo, pomba, nunca. Observação: As vogais ainda podem ser tônicas ou áto- nas, dependendo da intensidade com que são pronuncia- das. A vogal tônica é pronunciada com maior intensidade: café, bola, vidro. A vogal átona é pronunciada com menor intensidade: café, bola, vidro. Semivogais: são os fonemas /i/ e /u/ quando, juntos de uma vogal, formam com ela uma mesma sílaba. Obser- ve, por exemplo, a palavra papai. Ela é formada de duas sílabas: pa-pai. Na sílaba pai, o fonema vocálico /i/ não é tão forte quanto o fonema vocálico /a/; nesse caso, o /i/ é semivogal. Consoantes: são os fonemas em que a corrente de ar, emitida para sua produção, teve de forçar passagem na boca, onde determinado movimento articulatório lhe criou embaraço. Exemplos: gato, pena, lado. Encontro Vocálicos - Ditongos: é o encontro de uma vogal e uma semi- vogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba. Exemplos: pai (vogal + semivogal = ditongo decrescente); ginásio (semi- vogal + vogal = ditongo crescente). - Tritongos: é o encontro de uma semivogal com uma vogal e outra semivogal numa mesma sílaba. Exemplo: Pa- raguai. - Hiatos: é a sequência de duas vogais numa mesma palavra mas que pertencem a sílabas diferentes, pois nunca há mais de uma vogal numa sílaba. Exemplos: saída (sa-í- da), juiz (ju-iz) Encontro Consonantais Ocorre quando há um grupo de consoantes sem vogal intermediária. Exemplos: flor, grade, digno. Dígrafos Grupo de duas letras que representa apenas um fone- ma. Exemplos: passo (ss = fonema /s/), nascimento (sc = fonema /s/), queijo (qu = fonema /k/) Os dígrafos podem ser consonantais e vocálicos. - Consonantais: ch (chuva), sc (nascer), ss (osso), sç (desça), lh (filho), xc (excelente), qu (quente), nh (vinho), rr (ferro), gu (guerra) - Vocálicos: am, an (tampa, canto), em, en (tempo, ven- to), im, in (limpo, cinto), om, on (comprar, tonto), um, un (tumba, mundo) Atenção: nos dígrafos, as duas letras representam um só fonema; nos encontros consonantais, cada letra repre- senta um fonema. Observe de acordo com os exemplos que o número de letras e fonemas não precisam ter a mesma quantidade. - Chuva: tem 5 letras e 4 fonemas, já que o “ch” tem um único som. - Hipopótamo: tem 10 letras e 9 fonemas, já que o “h” não tem som. - Galinha: tem 7 letras e 6 fonemas, já que o “nh” tem um único som. - Pássaro: tem 7 letras e 6 fonemas, já que o “ss” só tem um único som. - Nascimento: 10 letras e 8 fonemas, já que não se pro- nuncia o “s” e o “en” tem um único som. - Exceção: 7 letras e 6 fonemas, já que não tem som o “x”. - Táxi: 4 letras e 5 fonemas, já que o “x” tem som de “ks”. - Guitarra: 8 letras e 6 fonemas, já que o “gu” tem um único som e o “rr” também tem um único som. - Queijo: 6 letras e 5 fonemas, já que o “qu” tem um único som. Repare que através do exemplo a mudança de apenas uma letra ou fonema gera novas palavras: C a v a l o / C a v a d o / C a l a d o / C o l a d o / S o l a d o. 10 LÍNGUA PORTUGUESA Exercícios 01. A palavra que apresenta tantos fonemas quantas são as letras que a compõem é: a) importância b) milhares c) sequer d) técnica e) adolescente 02. Em qual das palavras abaixo a letra x apresenta não um, mas dois fonemas? a) exemplo b) complexo c) próximos d) executivo e) luxo 03. Qual palavra possui dois dígrafos? a) fechar b) sombra c) ninharia d) correndo e) pêssego 04. Indique a alternativa cuja sequência de vocábulos apresenta, na mesma ordem, o seguinte: ditongo, hiato, hiato, ditongo. a) jamais / Deus / luar / daí b) joias / fluir / jesuíta / fogaréu c) ódio / saguão / leal / poeira d) quais / fugiu / caiu / história 05. Os vocabulários passarinho e querida possuem: a) 6 e 8 fonemas respectivamente; b)10 e 7 fonemas respectivamente; c) 9 e 6 fonemas respectivamente; d) 8 e 6 fonemas respectivamente; e) 7 e 6 fonemas respectivamente. 06. Quantos fonemas existem na palavra paralelepípe- do: a) 7 b) 12 c) 11 d) 14 e) 15 07. Os vocábulos pequenino e drama apresentam, res- pectivamente: a) 4 e 2 fonemas b) 9 e 5 fonemas c) 8 e 5 fonemas d) 7 e 7 fonemas e) 8 e 4 fonemas 08. O “I” não é semivogal em: a) Papai b) Azuis c) Médio d) Rainha e) Herói 09. Assinale a alternativa que apresenta apenas hiatos: a) muito, faísca, balaústre. b) guerreiro, gratuito, intuito. c) fluido, fortuito, Piauí. d) tua, lua, nua. e) n.d.a. 10. Em qual dos itens abaixo todas as palavras apresen- tam ditongo crescente: a) Lei, Foice, Roubo b) Muito, Alemão, Viu c) Linguiça, História, Área d) Herói, Jeito, Quilo e) Equestre, Tênue, Ribeirão Respostas: 01-D (Em d, a palavra possui 7 fonemas e 7 letras. Nas demais alternativas, tem-se: a) 10 fonemas / 11 letras; b) 7 fonemas / 8 letras; c) 5 fonemas / 6 letras; e) 9 fonemas / 11 letras). 02-B (a palavra complexo, o x equivale ao fonema /ks/). 03-D (Em d, há o dígrafo “rr” e o dígrafo nasal “en”). 04-B (Observe os encontros: oi, u - i, u - í e eu). 05-D / 06-D / 07-C / 08-D / 09-D / 10-C DIVISÃO SILÁBICA Sílaba A palavra amor está dividida em grupos de fonemas pronunciados separadamente: a - mor. A cada um des- ses grupos pronunciados numa só emissão de voz dá-se o nome de sílaba. Em nossa língua, o núcleo da sílaba é sempre uma vogal: não existe sílaba sem vogal e nunca há mais do que uma vogal em cada sílaba. Dessa forma, para sabermos o número de sílabas de uma palavra, deve- mos perceber quantas vogais tem essa palavra. Atenção: as letras i e u (mais raramente com as letras e e o) podem representar semivogais. Classificação das palavras quanto ao número de sí- labas - Monossílabas: possuem apenas uma sílaba. Exemplos: mãe, flor, lá, meu; - Dissílabas: possuem duas sílabas. Exemplos: ca-fé, i-ra, a-í, trans-por; - Trissílabas: possuem três sílabas. Exemplos: ci-ne-ma, pró-xi-mo, pers-pi-caz, O-da-ir; 11 LÍNGUA PORTUGUESA - Polissílabas: possuem quatro ou mais sílabas. Exem- plos: a-ve-ni-da, li-te-ra-tu-ra, a-mi-ga-vel-men-te, o-tor -ri-no-la-rin-go-lo-gis-ta.Divisão Silábica Na divisão silábica das palavras, cumpre observar as seguintes normas: - Não se separam os ditongos e tritongos. Exemplos: foi-ce, a-ve-ri-guou; - Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, gu, qu. Exem- plos: cha-ve, ba-ra-lho, ba-nha, fre-guês, quei-xa; - Não se separam os encontros consonantais que ini- ciam sílaba. Exemplos: psi-có-lo-go, re-fres-co; - Separam-se as vogais dos hiatos. Exemplos: ca-a-tin- ga, fi-el, sa-ú-de; - Separam-se as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç xc. Exemplos: car-ro, pas-sa-re-la, des-cer, nas-ço, ex-ce-len- te; - Separam-se os encontros consonantais das sílabas internas, excetuando-se aqueles em que a segunda con- soante é l ou r. Exemplos: ap-to, bis-ne-to, con-vic-ção, a-brir, a-pli-car. Acento Tônico Na emissão de uma palavra de duas ou mais sílabas, percebe-se que há uma sílaba de maior intensidade sonora do que as demais. calor - a sílaba lor é a de maior intensidade. faceiro - a sílaba cei é a de maior intensidade. sólido - a sílaba só é a de maior intensidade. Obs.: a presença da sílaba de maior intensidade nas palavras, em meio à sílabas de menor intensidade, é um dos elementos que dão melodia à frase. Classificação da sílaba quanto a intensidade -Tônica: é a sílaba pronunciada com maior intensidade. - Átona: é a sílaba pronunciada com menor intensida- de. - Subtônica: é a sílaba de intensidade intermediária. Ocorre, principalmente, nas palavras derivadas, correspon- dendo à tônica da palavra primitiva. Classificação das palavras quanto à posição da sí- laba tônica De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábu- los da língua portuguesa que contêm duas ou mais sílabas são classificados em: - Oxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a última. Exemplos: avó, urubu, parabéns - Paroxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a penúl- tima. Exemplos: dócil, suavemente, banana - Proparoxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a an- tepenúltima. Exemplos: máximo, parábola, íntimo Saiba que: - São palavras oxítonas, entre outras: cateter, mister, Nobel, novel, ruim, sutil, transistor, ureter. - São palavras paroxítonas, entre outras: avaro, aziago, boêmia, caracteres, cartomancia, celtibero, circuito, decano, filantropo, fluido, fortuito, gratuito, Hungria, ibero, impu- dico, inaudito, intuito, maquinaria, meteorito, misantropo, necropsia (alguns dicionários admitem também necrópsia), Normandia, pegada, policromo, pudico, quiromancia, rubri- ca, subido(a). - São palavras proparoxítonas, entre outras: aerólito, bávaro, bímano, crisântemo, ímprobo, ínterim, lêvedo, ôme- ga, pântano, trânsfuga. - As seguintes palavras, entre outras, admitem dupla tonicidade: acróbata/acrobata, hieróglifo/hieroglifo, Oceâ- nia/Oceania, ortoépia/ortoepia, projétil/projetil, réptil/reptil, zângão/zangão. Exercícios 1-Assinale o item em que a divisão silábica é incorreta: a) gra-tui-to; b) ad-vo-ga-do; c) tran-si-tó-rio; d) psi-co-lo-gi-a; e) in-ter-stí-cio. 2-Assinale o item em que a separação silábica é incor- reta: a) psi-có-ti-co; b) per-mis-si-vi-da-de; c) as-sem-ble-ia; d) ob-ten-ção; e) fa-mí-lia. 3-Assinale o item em que todos os vocábulos têm as sílabas corretamente separadas: a) al-dei-a, caa-tin-ga , tran-si-ção; b) pro-sse-gui-a, cus-tó-dia, trans-ver-sal; c) a-bsur-do, pra-ia, in-cons-ci-ên-cia; d) o-ccip-tal, gra-tui-to, ab-di-car; e) mis-té-rio, ap-ti-dão, sus-ce-tí-vel. 4-Assinale o item em que todas as sílabas estão corre- tamente separadas: a) a-p-ti-dão; b) so-li-tá-ri-o; c) col-me-ia; d) ar-mis-tí-cio; e) trans-a-tlân-ti-co. 5- Assinale o item em que a divisão silábica está errada: a) tran-sa-tlân-ti-co / de-sin-fe-tar; b) subs-ta-be-le-cer / de-su-ma-no; c) cis-an-di-no / sub-es-ti-mar; d) ab-di-ca-ção / a-bla-ti-vo; e) fri-is-si-mo / ma-ci-is-si-mo. 12 LÍNGUA PORTUGUESA 6- Existe erro de divisão silábica no item: a) mei-a / pa-ra-noi-a / ba-lai-o; b) oc-ci-pi-tal / ex-ces-so / pneu-má-ti-co; c) subs-tân-cia / pers-pec-ti-va / felds-pa-to; d) su-bli-nhar / su-blin-gual / a-brup-to; e) tran-sa-tlân-ti-co / trans-cen-der / tran-so-ce-â-ni- co. 7- A única alternativa correta quanto à divisão silábica é: a) ma-qui-na-ri-a / for-tui-to; b) tun-gs-tê-nio / ri-tmo; ; c) an-do-rin-ha / sub-o-fi-ci-al; d) bo-ê-mi-a / ab-scis-sa; e) coe-são / si-len-cio-so. 8- Indique a alternativa em que as palavras “sussurro”, ”iguaizinhos” e “gnomo”, estão corretamente divididas em sílabas: a) sus - su - rro, igu - ai - zi - nhos, g - no - mo; b) su - ssu - rro, i - guai - zi - nhos, gno - mo; c) sus - su - rro, i - guai - zi - nhos, gno - mo; d) su - ssur - ro, i - gu - ai - zi - nhos, gn - omo; e) sus - sur - ro, i - guai - zi - nhos, gno - mo. 9- Na expressão “A icterícia nada tem a ver com he- modiálise ou disenteria”, as palavras grifadas apresentam- se corretamente divididas em sílabas na alternativa: a) i-cte-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ria; b) ic-te-rí-ci-a, he-mo-diá-li-se, dis-en-te-ria; c) i-c-te-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ria; d) ic-te-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ri-a; e) ic-te-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ria. 10- Assinale a única opção em que há, um vocábulo cuja separação silábica não esta feita de acordo com a nor- ma ortográfica vigente: a) es-cor-re-gou / in-crí-veis; b) in-fân-cia / cres-ci-a; c) i-dei-a / lé-guas; d) des-o-be-de-ceu / cons-tru-í-da; e) vo-ou / sor-ri-em. Respostas: 1-E / 2-C / 3-E / 4-D / 5-C / 6-D / 7-A / 8-E / 9-E / 10-D ACENTUAÇÃO GRÁFICA A acentuação é um dos requisitos que perfazem as re- gras estabelecidas pela Gramática Normativa. Esta se com- põe de algumas particularidades, às quais devemos estar atentos, procurando estabelecer uma relação de familia- ridade e, consequentemente, colocando-as em prática na linguagem escrita. À medida que desenvolvemos o hábito da leitura e a prática de redigir, automaticamente aprimoramos essas competências, e logo nos adequamos à forma padrão. Regras básicas – Acentuação tônica A acentuação tônica implica na intensidade com que são pronunciadas as sílabas das palavras. Aquela que se dá de forma mais acentuada, conceitua-se como sílaba tônica. As demais, como são pronunciadas com menos intensida- de, são denominadas de átonas. De acordo com a tonicidade, as palavras são classifi- cadas como: Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a última sílaba. Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica recai na penúltima sílaba. Ex.: útil – tórax – táxi – leque – retrato – passível Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica está na antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada – câmara – tím- pano – médico – ônibus Como podemos observar, os vocábulos possuem mais de uma sílaba, mas em nossa língua existem aqueles com uma sílaba somente: são os chamados monossílabos que, quando pronunciados, apresentam certa diferenciação quanto à intensidade. Tal diferenciação só é percebida quando os pronun- ciamos em uma dada sequência de palavras. Assim como podemos observar no exemplo a seguir: “Sei que não vai dar em nada, Seus segredos sei de cor”. Os monossílabos classificam-se como tônicos; os de- mais, como átonos (que, em, de). Os acentos acento agudo (´) – Colocado sobre as letras «a», «i», «u» e sobre o «e» do grupo “em” - indica que estas letras representam as vogais tônicas de palavras como Amapá, caí, público, parabéns. Sobre as letras “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre aberto.Ex.: herói – médico – céu (di- tongos abertos) acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”, “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre fechado: Ex.: tâmara – Atlântico – pêssego – supôs acento grave (`) – indica a fusão da preposição“a” com artigos e pronomes. Ex.: à – às – àquelas – àqueles trema ( ¨ ) – De acordo com a nova regra, foi total- mente abolido das palavras. Há uma exceção: é utilizado em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros. Ex.: mülleriano (de Müller) til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vo- gais nasais. Ex.: coração – melão – órgão – ímã 13 LÍNGUA PORTUGUESA Regras fundamentais: Palavras oxítonas: Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”, “o”, “em”, seguidas ou não do plural(s): Pará – café(s) – ci- pó(s) – armazém(s) Essa regra também é aplicada aos seguintes casos: Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, se- guidos ou não de “s”. Ex.: pá – pé – dó – há Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, se- guidas de lo, la, los, las. Ex. respeitá-lo – percebê-lo – com- pô-lo Paroxítonas: Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em: - i, is : táxi – lápis – júri - us, um, uns : vírus – álbuns – fórum - l, n, r, x, ps : automóvel – elétron - cadáver – tórax – fórceps - ã, ãs, ão, ãos : ímã – ímãs – órfão – órgãos -- Dica da Zê!: Memorize a palavra LINURXÃO. Para quê? Repare que essa palavra apresenta as terminações das paroxítonas que são acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM = fórum), R, X, Ã, ÃO. Assim ficará mais fácil a memo- rização! -ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de “s”: água – pônei – mágoa – jóquei Regras especiais: Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (ditongos abertos), que antes eram acentuados, perderam o acento de acordo com a nova regra, mas desde que estejam em palavras paroxítonas. * Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são acentuados. Ex.: herói, céu, dói, escarcéu. Antes Agora assembléia assembleia idéia ideia geléia geleia jibóia jiboia apóia (verbo apoiar) apoia paranóico paranoico Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, acom- panhados ou não de “s”, haverá acento. Ex.: saída – faísca – baú – país – Luís Observação importante: Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando hiato quando vierem depois de ditongo: Ex.: Antes Agora bocaiúva bocaiuva feiúra feiura Sauípe Sauipe O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi abolido. Ex.: Antes Agora crêem creem lêem leem vôo voo enjôo enjoo - Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos que, no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais acento como antes: CRER, DAR, LER e VER. Repare: 1-) O menino crê em você Os meninos creem em você. 2-) Elza lê bem! Todas leem bem! 3-) Espero que ele dê o recado à sala. Esperamos que os garotos deem o recado! 4-) Rubens vê tudo! Eles veem tudo! * Cuidado! Há o verbo vir: Ele vem à tarde! Eles vêm à tarde! Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quan- do seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z. Ra-ul, ru -im, con-tri-bu-in-te, sa-ir, ju-iz Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se esti- verem seguidas do dígrafo nh. Ex: ra-i-nha, ven-to-i-nha. Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i” não serão mais acentuadas. Ex.: Antes Depois apazigúe (apaziguar) apazigue averigúe (averiguar) averigue argúi (arguir) argui Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa do plural de: ele tem – eles têm / ele vem – eles vêm (verbo vir) A regra prevalece também para os verbos conter, ob- ter, reter, deter, abster. ele contém – eles contêm ele obtém – eles obtêm ele retém – eles retêm ele convém – eles convêm Não se acentuam mais as palavras homógrafas que antes eram acentuadas para diferenciá-las de outras seme- lhantes (regra do acento diferencial). Apenas em algumas exceções, como: 14 LÍNGUA PORTUGUESA A forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do modo indicativo) ainda continua sen- do acentuada para diferenciar-se de pode (terceira pessoa do singular do presente do indicativo). Ex: Ela pode fazer isso agora. Elvis não pôde participar porque sua mão não deixou... O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da preposição por. - Quando, na frase, der para substituir o “por” por “co- locar”, estaremos trabalhando com um verbo, portanto: “pôr”; nos outros casos, “por” preposição. Ex: Faço isso por você. Posso pôr (colocar) meus livros aqui? Questões sobre Acentuação Gráfica 01. (TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO JUDICIÁRIA – VUNESP/2010) Assinale a alternativa em que as palavras são acentuadas graficamente pelos mesmos motivos que justificam, respectivamente, as acentuações de: década, relógios, suíços. (A) flexíveis, cartório, tênis. (B) inferência, provável, saída. (C) óbvio, após, países. (D) islâmico, cenário, propôs. (E) república, empresária, graúda. 02. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU- LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) Assinale a alternativa com as palavras acentuadas segundo as regras de acentuação, respectivamente, de intercâmbio e antropológico. (A) Distúrbio e acórdão. (B) Máquina e jiló. (C) Alvará e Vândalo. (D) Consciência e características. (E) Órgão e órfãs. 03. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ACRE – TÉCNICO EM MICROINFORMÁTICA - CESPE/2012) As pa- lavras “conteúdo”, “calúnia” e “injúria” são acentuadas de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica. ( ) CERTO ( ) ERRADO 04. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS – OFICIAL JUDICIÁRIO – FUNDEP/2010) Assinale a afirmativa em que se aplica a mesma regra de acentuação. A) tevê – pôde – vê B) únicas – histórias – saudáveis C) indivíduo – séria – noticiários D) diário – máximo – satélite 05. (ANATEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES- PE/2012) Nas palavras “análise” e “mínimos”, o emprego do acento gráfico tem justificativas gramaticais diferentes. (...) CERTO ( ) ERRADO 06. (ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES- PE/2012) Os vocábulos “indivíduo”, “diária” e “paciência” recebem acento gráfico com base na mesma regra de acentuação gráfica. (...) CERTO ( ) ERRADO 07. (BACEN – TÉCNICO DO BANCO CENTRAL – CES- GRANRIO/2010) As palavras que se acentuam pelas mes- mas regras de “conferência”, “razoável”, “países” e “será”, respectivamente, são a) trajetória, inútil, café e baú. b) exercício, balaústre, níveis e sofá. c) necessário, túnel, infindáveis e só. d) médio, nível, raízes e você. e) éter, hífen, propôs e saída. 08. (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011) São acen- tuados graficamente de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica os vocábulos A) também e coincidência. B) quilômetros e tivéssemos. C) jogá-la e incrível. D) Escócia e nós. E) correspondência e três. 09. (IBAMA – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES- PE/2012) As palavras “pó”, “só” e “céu” são acentuadas de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica. (...) CERTO ( ) ERRADO GABARITO 01. E 02. D 03. E 04. C 05. E 06. C 07. D 08. B 09. E RESOLUÇÃO 1-) Década = proparoxítona / relógios = paroxítona terminada em ditongo / suíços = regra do hiato (A) flexíveis e cartório = paroxítonas terminadas em ditongo / tênis = paroxítona terminada em “i” (seguida de “s”) (B) inferência = paroxítona terminada em ditongo / provável = paroxítona terminada em “l” / saída = regra do hiato (C) óbvio = paroxítona terminada em ditongo / após = oxítona terminada em “o” + “s” / países = regra do hiato (D) islâmico = proparoxítona /
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