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Apostila de estudos EPCAr

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Força Aérea Brasileira
EPCAR
Cadetes do Ar
A apostila preparatória é elaborada antes da publicação do Edital Oficial com 
base no Edital anterior, para que o aluno antecipe seus estudos.
MA016-2017
DADOS DA OBRA
Título da obra: Força Aérea Brasileira - EPCAR
Cargo: Cadetes do Ar
(Baseado no Edital: Portaria DEPENS Nº275-T/de 2, de maio de 2016)
• Língua portuguesa
• Matemática
• Língua Inglesa
Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza
Produção Editorial/Revisão
Elaine Cristina
Igor de Oliveira
Suelen Domenica Pereira
Capa
Rosa Thaina dos Santos
Editoração Eletrônica
Marlene Moreno
Gerente de Projetos 
Bruno Fernandes
APRESENTAÇÃO
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Ex: AB026-17
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SUMÁRIO
Língua Portuguesa
1.1 ESTUDO DE TEXTO .....................................................................................................................................................................................................01
1.1.1 Intelecção de textos literários e não literários, verbais e não verbais ........................................................................................01
1.2 GRAMÁTICA ...................................................................................................................................................................................................................01
1.2.1 Fonologia: Fonemas, encontros consonantais e vocálicos, dígrafos, divisão silábica, acentuação gráfica e ortografia 
de acordo com a nova ortografia..........................................................................................................................................................................08
1.2.2 Morfologia: Estrutura das palavras, formação de palavras, classes de palavras: classificação, flexão e emprego 
(substantivo, adjetivo, artigo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição). .........................20
1.2.3 Sintaxe: Análise sintática da oração, análise sintática do período, pontuação, regência e concordância, estudo da 
crase e colocação pronominal. ...............................................................................................................................................................................59
1.3 SEMÂNTICA E ESTILÍSTICA ......................................................................................................................................................................................72
1.3.1 Variedades linguísticas. ...................................................................................................................................................................................72
1.3.2 Sinonímia e antonímia, hiponímia e hiperonímia, polissemia, ambiguidade. ........................................................................72
1.3.3 Denotação e conotação, figuras de linguagem, funções da linguagem e vícios da linguagem. ...................................72
1.3.4 Versificação. ..........................................................................................................................................................................................................72
Matemática
2.1 Conjuntos dos números naturais; sistema de numeração; e bases. .....................................................................................................01
2.2 Operações com números naturais. .....................................................................................................................................................................01
2.3 Divisibilidade: múltiplos e divisores, números primos e fatoração completa. .................................................................................01
2.4 Conjunto dos números racionais: números fracionários, operações e operações inversas no conjunto dos racionais. ...........01
2.5 Razões: número racional absoluto e razões especiais (velocidade e densidade)...........................................................................01
2.6 Proporções: propriedades, porcentagem, números proporcionais, regra de três, juros e câmbio. .......................................01
2.7 Ampliação numérica: conjunto dos inteiros relativos, conjunto dos racionais relativos. Operações diretas e inversas em 
inteiros relativos e em racionais relativos. ...............................................................................................................................................................01
2.8 Equações e inequações do primeiro grau: resolução de inequações do primeiro grau com uma variável no conjunto 
dos números racionais relativos. .................................................................................................................................................................................01
IE/EA CPCAR 2017 Portaria DEPENS nº 275-T/DE-2 de 9 de maio de 2016. 38 .....................................................................................01
2.9 Números Reais, números racionais e números irracionais: operações diretas e inversas no conjunto dos números reais, 
cálculo com radicais, transformação de radicais e casos deracionalização. .............................................................................................01
2.10 Cálculo literal em Reais: expressões equivalentes, reduções, fatoração, equações, inequações e sistemas de equações 
simultâneas em Reais. ......................................................................................................................................................................................................01
2.11 Polinômio numa variável: operações. Noção intuitiva do conceito de “zeros” de um polinômio. ......................................01
2.12 Equações do segundo grau: resolução das equações incompletas e das equações completas. Fórmula de resolução. 
Simplificação no caso de ser “a = l” e “b é par”. Relações entre coeficientes e raízes. Forma (S,P) de uma equação do 2° 
grau. Composição de uma equação do 2° grau, conhecidas as raízes. .....................................................................................................44
2.13 Equações biquadradas e equações irracionais. ...........................................................................................................................................44
2.14 Sistemas simples do 2° grau: problemas do segundo grau. .................................................................................................................442.15 Funções: conceito de função, domínio e conjunto imagem e funções definidas por equações. .........................................52
2.16 Coordenadas cartesianas no plano. Gráfico das funções definidas por equações. ....................................................................52
2.17 Função: afim, linear e constante, gráfico e propriedades dessas funções. Conceito de declividade. Gráficos de inequa-
ções do primeiro grau com duas variáveis. Interseção de regiões do plano. .........................................................................................52
2.18 Função trinômio do segundo grau: estudo da função trinômio do segundo grau e construção dos respectivos gráfi-
cos. Propriedade do gráfico da função trinômio do segundo grau. Inequação do segundo grau. ..............................................52
2.19 Introdução à geometria dedutiva: elementos fundamentais: ponto, reta, semi-reta, segmento, ........................................72
plano, semiplano, ângulo e congruência. Estudo dos polígonos em geral, dos triângulos e quadriláteros em particular. 72
2.20 Estudo da circunferência: disco, círculo, arcos e cordas. Propriedades. Medidas de ângulos e de arcos. ........................72
2.21 Transformações geométricas elementares: translação, rotação e simetria.....................................................................................72
2.22 Razão e proporção de segmentos: feixe de paralelas. Teorema de Tales........................................................................................72
2.23 Semelhança de triângulos e de polígonos. Razões trigonométricas de ângulos agudos. ......................................................81
2.24 Relações métricas no triângulo retângulo: teorema de Pitágoras. Projeção ortogonal. ..........................................................81
SUMÁRIO
2.25 Relações métricas num triângulo qualquer: lei dos co-senos e senos. ............................................................................................81
2.26 Relações métricas no círculo. ..............................................................................................................................................................................81
2.27 Razões trigonométricas: razões trigonométricas dos ângulos 30, 45 e 60 graus. Relações entre as razões trigonomé-
tricas. Emprego das tábuas trigonométricas. Problemas de aplicação. .....................................................................................................81
2.28 Polígonos regulares: relações métricas nos polígonos regulares. ................................................................................................... 109
2.29 Áreas de regiões planas: relações métricas entre áreas de figuras planas. ................................................................................. 116
2.30 Medidas de volume, de capacidade, de massa, de comprimento e de área. ............................................................................. 116
2.31 Noções de Estatística: gráficos de barras, de colunas, de setores e de linhas; distribuição de frequências, população e 
variável; variáveis discretas, variáveis contínuas, variáveis qualitativas, média, mediana e moda; dispersão de dados; desvio 
e desvio padrão. ............................................................................................................................................................................................................... 121
2.32 Contagem e Probabilidade: princípio fundamental da contagem; e, Probabilidade. ............................................................. 136
Língua Inglesa
3.1 COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS. ........................................................................................................................................01
3.2 ESTRUTURAS GRAMATICAIS. ................................................................................................................................................................................01
3.2.1 Substantivos: gênero, número, contáveis e incontáveis. ......................................................................................................................01
3.2.2 Pronomes: pessoal, oblíquo, possessivo, reflexivo, demonstrativo, indefinido e interrogativo. .........................................01
3.2.3 Adjetivos: grau comparativo de superioridade. ........................................................................................................................................01
3.2.4 Preposições: tempo e lugar. 3.2.5 Conjunções. ........................................................................................................................................01
3.2.6 Advérbios: tempo, lugar, modo e frequência. ...........................................................................................................................................01
3.2.7 Numerais. 3.2.8 Artigos: definidos e indefinidos. .....................................................................................................................................01
3.2.9 Verbos: regulares e irregulares, (be, there be), modos, tempos (presente simples, passado simples e presente contí-
nuo), modal (can / can’t), demostrando habilidade, permissão e possibilidade. .................................................................................01
3.2.10 Caso possessivo. ..................................................................................................................................................................................................01
3.2.11 Question tag e respostas curtas .....................................................................................................................................................................01
LÍNGUA PORTUGUESA
1.1 ESTUDO DE TEXTO .....................................................................................................................................................................................................01
1.1.1 Intelecção de textos literários e não literários, verbais e não verbais ........................................................................................01
1.2 GRAMÁTICA ...................................................................................................................................................................................................................01
1.2.1 Fonologia: Fonemas, encontros consonantais e vocálicos, dígrafos, divisão silábica, acentuação gráfica e ortografia 
de acordo com a nova ortografia..........................................................................................................................................................................08
1.2.2 Morfologia: Estrutura das palavras, formação de palavras, classes de palavras: classificação, flexão e emprego 
(substantivo, adjetivo, artigo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição). .........................20
1.2.3 Sintaxe: Análise sintática da oração, análise sintática do período, pontuação, regência e concordância, estudo da 
crase e colocação pronominal. ...............................................................................................................................................................................59
1.3 SEMÂNTICA E ESTILÍSTICA ......................................................................................................................................................................................72
1.3.1 Variedades linguísticas. ...................................................................................................................................................................................72
1.3.2 Sinonímia e antonímia, hiponímia e hiperonímia, polissemia, ambiguidade. ........................................................................721.3.3 Denotação e conotação, figuras de linguagem, funções da linguagem e vícios da linguagem. ...................................72
1.3.4 Versificação. ..........................................................................................................................................................................................................72
1
LÍNGUA PORTUGUESA
1.1 ESTUDO DE TEXTO
1.1.1 INTELECÇÃO DE TEXTOS 
LITERÁRIOS E NÃO LITERÁRIOS,
VERBAIS E NÃO VERBAIS
É muito comum, entre os candidatos a um cargo pú-
blico, a preocupação com a interpretação de textos. Isso 
acontece porque lhes faltam informações específicas a 
respeito desta tarefa constante em provas relacionadas a 
concursos públicos. 
Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão aju-
dar no momento de responder às questões relacionadas 
a textos.
 
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacio-
nadas entre si, formando um todo significativo capaz de 
produzir interação comunicativa (capacidade de codificar 
e decodificar ).
 
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. 
Em cada uma delas, há uma certa informação que a faz 
ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando con-
dições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. 
A essa interligação dá-se o nome de contexto. Nota-se que 
o relacionamento entre as frases é tão grande que, se uma 
frase for retirada de seu contexto original e analisada se-
paradamente, poderá ter um significado diferente daquele 
inicial.
 
Intertexto - comumente, os textos apresentam refe-
rências diretas ou indiretas a outros autores através de ci-
tações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. 
 
Interpretação de texto - o primeiro objetivo de uma 
interpretação de um texto é a identificação de sua ideia 
principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias, 
ou fundamentações, as argumentações, ou explicações, 
que levem ao esclarecimento das questões apresentadas 
na prova.
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a:
 
1. Identificar – é reconhecer os elementos fundamen-
tais de uma argumentação, de um processo, de uma época 
(neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais 
definem o tempo).
2. Comparar – é descobrir as relações de semelhança 
ou de diferenças entre as situações do texto.
3. Comentar - é relacionar o conteúdo apresentado 
com uma realidade, opinando a respeito. 
4. Resumir – é concentrar as ideias centrais e/ou secun-
dárias em um só parágrafo. 
5. Parafrasear – é reescrever o texto com outras pala-
vras.
Condições básicas para interpretar
 
Fazem-se necessários: 
a) Conhecimento histórico–literário (escolas e gêneros 
literários, estrutura do texto), leitura e prática;
b) Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do 
texto) e semântico; 
Observação – na semântica (significado das palavras) 
incluem-se: homônimos e parônimos, denotação e cono-
tação, sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de lingua-
gem, entre outros.
c) Capacidade de observação e de síntese e 
d) Capacidade de raciocínio.
 
Interpretar X compreender 
Interpretar significa
- explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.
- Através do texto, infere-se que...
- É possível deduzir que...
- O autor permite concluir que...
- Qual é a intenção do autor ao afirmar que...
Compreender significa
- intelecção, entendimento, atenção ao que realmente 
está escrito.
- o texto diz que...
- é sugerido pelo autor que...
- de acordo com o texto, é correta ou errada a afirmação...
- o narrador afirma...
Erros de interpretação
 
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência 
de erros de interpretação. Os mais frequentes são:
 
a) Extrapolação (viagem) 
Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias 
que não estão no texto, quer por conhecimento prévio do 
tema quer pela imaginação.
 
b) Redução 
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a 
um aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de 
ideias, o que pode ser insuficiente para o total do entendi-
mento do tema desenvolvido. 
 
c) Contradição 
Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do can-
didato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, conse-
quentemente, errando a questão.
 
Observação - Muitos pensam que há a ótica do escritor 
e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova 
de concurso, o que deve ser levado em consideração é o 
que o autor diz e nada mais.
 
Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que 
relacionam palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre 
si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de 
2
LÍNGUA PORTUGUESA
um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um pro-
nome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se 
vai dizer e o que já foi dito.
 OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia
-a-dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e 
do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do 
verbo; aquele do seu antecedente. Não se pode esquecer 
também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor 
semântico, por isso a necessidade de adequação ao ante-
cedente. 
Os pronomes relativos são muito importantes na in-
terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de 
coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que 
existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, 
a saber:
 
que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente, 
mas depende das condições da frase.
qual (neutro) idem ao anterior.
quem (pessoa)
cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois 
o objeto possuído. 
como (modo)
onde (lugar)
quando (tempo)
quanto (montante) 
exemplo:
Falou tudo QUANTO queria (correto)
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria 
aparecer o demonstrativo O ).
 
Dicas para melhorar a interpretação de textos
- Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do 
assunto;
- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa 
a leitura;
- Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto 
pelo menos duas vezes;
- Inferir;
- Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
- Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do 
autor;
- Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor 
compreensão;
- Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada 
questão;
- O autor defende ideias e você deve percebê-las;
Segundo Fiorin:
-Pressupostos – informações implícitas decorrentes 
necessariamente de palavras ou expressões contidas na 
frase. 
- Subentendidos – insinuações não marcadas clara-
mente na linguagem. 
- Pressupostos – verdadeiros ou admitidos como tal. 
- Subentendidos – de responsabilidade do ouvinte. 
- Falante não pode negar que tenha querido transmitir 
a informação expressa pelo pressuposto, mas pode negar 
que tenha desejado transmitir a informação expressa pelo 
subentendido. 
- Negação da informação não nega o pressuposto. 
- Pressuposto não verdadeiro – informação explícita 
absurda. 
- Principais marcadores de pressupostos: a) adjetivos; 
b) verbos; c) advérbios; d) orações adjetivas; e) conjunções. 
QUESTÕES
(Agente Estadual de Trânsito – DETRAN - SP – Vu-
nesp/2013) 
O uso da bicicleta no Brasil
A utilização da bicicleta como meio de locomoção no 
Brasil ainda conta com poucos adeptos, em comparação 
com países como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos 
quais a bicicleta é um dos principais veículos nas ruas. Ape-
sar disso, cada vez mais pessoas começam a acreditar que 
a bicicleta é, numa comparação entre todos os meios de 
transporte, um dos que oferecem mais vantagens. 
A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicle-
tas e a outros veículos que, por lei, devem andar na via e 
jamais na calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são 
todos consideradosveículos, com direito de circulação pe-
las ruas e prioridade sobre os automotores.
Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à 
bicicleta no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade, 
pois as bikes não emitem gases nocivos ao ambiente, não 
consomem petróleo e produzem muito menos sucata de 
metais, plásticos e borracha; a diminuição dos congestio-
namentos por excesso de veículos motorizados, que atin-
gem principalmente as grandes cidades; o favorecimento 
da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito bom; e 
a economia no combustível, na manutenção, no seguro e, 
claro, nos impostos.
No Brasil, está sendo implantado o sistema de com-
partilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por exemplo, 
o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da Prefeitu-
ra, em parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA, com 
quase um ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São 
Paulo, Santos, Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo 
país aderirem a esse sistema, mais duas capitais já estão 
com o projeto pronto em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do 
compartilhamento é semelhante em todas as cidades. Em 
Porto Alegre, os usuários devem fazer um cadastro pelo 
site. O valor do passe mensal é R$10 e o do passe diário, 
R$5, podendo-se utilizar o sistema durante todo o dia, das 
6h às 22h, nas duas modalidades. Em todas as cidades que 
já aderiram ao projeto, as bicicletas estão espalhadas em 
pontos estratégicos.
A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção 
não está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda 
não sabem que a bicicleta já é considerada um meio de 
transporte, ou desconhecem as leis que abrangem a bike. 
Na confusão de um trânsito caótico numa cidade grande, 
3
LÍNGUA PORTUGUESA
carros, motocicletas, ônibus e, agora, bicicletas, misturam-
se, causando, muitas vezes, discussões e acidentes que po-
deriam ser evitados. 
Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. 
A verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles 
estão totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. 
Por isso é tão importante usar capacete e outros itens de 
segurança. A maior parte dos motoristas de carros, ônibus, 
motocicletas e caminhões desconhece as leis que abran-
gem os direitos dos ciclistas. Mas muitos ciclistas também 
ignoram seus direitos e deveres. Alguém que resolve in-
tegrar a bike ao seu estilo de vida e usá-la como meio de 
locomoção precisa compreender que deverá gastar com 
alguns apetrechos necessários para poder trafegar. De 
acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, as bicicletas 
devem, obrigatoriamente, ser equipadas com campainha, 
sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais, 
além de espelho retrovisor do lado esquerdo.
(Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. 
Adaptado)
01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como 
meio de locomoção nas metrópoles brasileiras 
(A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra 
devido à falta de regulamentação.
(B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido 
incentivado em várias cidades.
(C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela 
maioria dos moradores.
(D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com 
os demais meios de transporte.
(E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade 
arriscada e pouco salutar.
02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos 
objetivos centrais do texto é
(A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do 
ciclista.
(B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta 
é mais seguro do que dirigir um carro.
(C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bi-
cicleta no Brasil.
(D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como 
meio de locomoção se consolidou no Brasil.
(E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista 
deve dar prioridade ao pedestre.
(Oficial Estadual de Trânsito - DETRAN-SP - Vunesp 
2013) Leia o texto para responder às questões de 3 a 5 
Propensão à ira de trânsito
Dirigir um carro é estressante, além de inerentemente 
perigoso. Mesmo que o indivíduo seja o motorista mais se-
guro do mundo, existem muitas variáveis de risco no trân-
sito, como clima, acidentes de trânsito e obras nas ruas. E 
com relação a todas as outras pessoas nas ruas? Algumas 
não são apenas maus motoristas, sem condições de dirigir, 
mas também se engajam num comportamento de risco – 
algumas até agem especificamente para irritar o outro mo-
torista ou impedir que este chegue onde precisa.
Essa é a evolução de pensamento que alguém poderá 
ter antes de passar para a ira de trânsito de fato, levando 
um motorista a tomar decisões irracionais.
Dirigir pode ser uma experiência arriscada e emocio-
nante. Para muitos de nós, os carros são a extensão de 
nossa personalidade e podem ser o bem mais valioso que 
possuímos. Dirigir pode ser a expressão de liberdade para 
alguns, mas também é uma atividade que tende a aumen-
tar os níveis de estresse, mesmo que não tenhamos cons-
ciência disso no momento.
Dirigir é também uma atividade comunitária. Uma vez 
que entra no trânsito, você se junta a uma comunidade 
de outros motoristas, todos com seus objetivos, medos e 
habilidades ao volante. Os psicólogos Leon James e Diane 
Nahl dizem que um dos fatores da ira de trânsito é a ten-
dência de nos concentrarmos em nós mesmos, descartan-
do o aspecto comunitário do ato de dirigir.
Como perito do Congresso em Psicologia do Trânsito, 
o Dr. James acredita que a causa principal da ira de trânsi-
to não são os congestionamentos ou mais motoristas nas 
ruas, e sim como nossa cultura visualiza a direção agressi-
va. As crianças aprendem que as regras normais em relação 
ao comportamento e à civilidade não se aplicam quando 
dirigimos um carro. Elas podem ver seus pais envolvidos 
em comportamentos de disputa ao volante, mudando de 
faixa continuamente ou dirigindo em alta velocidade, sem-
pre com pressa para chegar ao destino.
Para complicar as coisas, por vários anos psicólogos 
sugeriam que o melhor meio para aliviar a raiva era des-
carregar a frustração. Estudos mostram, no entanto, que a 
descarga de frustrações não ajuda a aliviar a raiva. Em uma 
situação de ira de trânsito, a descarga de frustrações pode 
transformar um incidente em uma violenta briga.
Com isso em mente, não é surpresa que brigas vio-
lentas aconteçam algumas vezes. A maioria das pessoas 
está predisposta a apresentar um comportamento irracio-
nal quando dirige. Dr. James vai ainda além e afirma que a 
maior parte das pessoas fica emocionalmente incapacitada 
quando dirige. O que deve ser feito, dizem os psicólogos, 
é estar ciente de seu estado emocional e fazer as escolhas 
corretas, mesmo quando estiver tentado a agir só com a 
emoção.
(Jonathan Strickland. Disponível em: http://carros.hsw.
uol.com.br/furia-no-transito1 .htm. Acesso em: 01.08.2013. 
Adaptado)
3-) Tomando por base as informações contidas no tex-
to, é correto afirmar que
(A) os comportamentos de disputa ao volante aconte-
cem à medida que os motoristas se envolvem em decisões 
conscientes.
(B) segundo psicólogos, as brigas no trânsito são cau-
sadas pela constante preocupação dos motoristas com o 
aspecto comunitário do ato de dirigir.
(C) para Dr. James, o grande número de carros nas ruas 
é o principal motivo que provoca, nos motoristas, uma di-
reção agressiva.
4
LÍNGUA PORTUGUESA
(D) o ato de dirigir um carro envolve uma série de ex-
periências e atividades não só individuais como também 
sociais.
(E) dirigir mal pode estar associado à falta de controle 
das emoções positivas por parte dos motoristas. 
4. A ira de trânsito
A) aprimora uma atitude de reconhecimento de regras.
(B) implica tomada de decisões sem racionalidade.
(C) conduz a um comportamento coerente.
(D) resulta do comportamento essencialmente comu-
nitário dos motoristas.
(E) decorrede imperícia na condução de um veículo.
5. De acordo com o perito Dr. James,
(A) os congestionamentos representam o principal fa-
tor para a ira no trânsito.
(B) a cultura dos motoristas é fator determinante para 
o aumento de suas frustrações.
(C) o motorista, ao dirigir, deve ser individualista em 
suas ações, a fim de expressar sua liberdade e garantir que 
outros motoristas não o irritem.
(D) a principal causa da direção agressiva é o desco-
nhecimento das regras de trânsito.
(E) o comportamento dos pais ao dirigirem com ira 
contradiz o aprendizado das crianças em relação às regras 
de civilidade.
(TRF 3ª região/2014) Para responder às questões de 
números 6 e 7 considere o texto abaixo. 
Toda ficção científica, de Metrópolis ao Senhor dos 
anéis, baseia-se, essencialmente, no que está acontecen-
do no mundo no momento em que o filme foi feito. Não 
no futuro ou numa galáxia distante, muitos e muitos anos 
atrás, mas agora mesmo, no presente, simbolizado em pro-
jeções que nos confortam e tranquilizam ao nos oferecer 
uma adequada distância de tempo e espaço.
Na ficção científica, a sociedade se permite sonhar seus 
piores problemas: desumanização, superpopulação, totali-
tarismo, loucura, fome, epidemias. Não se imita a realida-
de, mas imagina-se, sonha-se, cria-se outra realidade onde 
possamos colocar e resolver no plano da imaginação tudo 
o que nos incomoda no cotidiano. O elemento essencial 
para guiar a lógica interna do gênero, cuja quebra implica 
o fim da magia, é a ciência. Por isso, tecnologia é essen-
cial ao gênero. Parte do poder desse tipo de magia cine-
matográfica está em concretizar, diante dos nossos olhos, 
objetos possíveis, mas inexistentes: carros voadores, robôs 
inteligentes. Como parte dessas coisas imaginadas acaba 
se tornando realidade, o gênero reforça a sensação de que 
estamos vendo na tela projeções das nossas possibilidades 
coletivas futuras.
(Adaptado de: BAHIANA, Ana Maria. Como ver um fil-
me. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012. formato ebook.)
6-) Considere:
I. Segundo o texto, na ficção científica abordam-se, 
com distanciamento de tempo e espaço, questões con-
troversas e moralmente incômodas da sociedade atual, de 
modo que a solução oferecida pela fantasia possa ser apli-
cada para resolver os problemas da realidade.
II. Parte do poder de convencimento da ficção cientí-
fica deriva do fato de serem apresentados ao espectador 
objetos imaginários que, embora não existam na vida real, 
estão, de algum modo, conectados à realidade.
III. A ficção científica extrapola os limites da realidade, 
mas baseia-se naquilo que, pelo menos em teoria, acredi-
ta-se que seja possível.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) III.
(B) I e II.
(C) I e III.
(D) II e III.
(E) II.
7-) Sem prejuízo para o sentido original e a correção 
gramatical, o termo sonhar, em ... a sociedade se permite 
sonhar seus piores problemas... (2o parágrafo), pode ser 
substituído por:
(A) descansar.
(B) desprezar.
(C) esquecer.
(D) fugir.
(E) imaginar.
(TRF 3ª região/2014) Atenção: Para responder às ques-
tões de números 8 a 10 considere o texto abaixo.
Texto I
O canto das sereias é uma imagem que remonta às 
mais luminosas fontes da mitologia e da literatura gregas. 
As versões da fábula variam, mas o sentido geral da trama 
é comum.
As sereias eram criaturas sobre-humanas. Ninfas de 
extraordinária beleza, viviam sozinhas numa ilha do Medi-
terrâneo, mas tinham o dom de chamar a si os navegantes, 
graças ao irresistível poder de sedução do seu canto. Atraí-
dos por aquela melodia divina, os navios batiam nos recifes 
submersos da beira-mar e naufragavam. As sereias então 
devoravam impiedosamente os tripulantes.
Doce o caminho, amargo o fim. Como escapar com 
vida do canto das sereias? A literatura grega registra duas 
soluções vitoriosas. Uma delas foi a saída encontrada por 
Orfeu, o incomparável gênio da música e da poesia.
Quando a embarcação na qual ele navegava entrou 
inadvertidamente no raio de ação das sereias, ele conse-
guiu impedir a tripulação de perder a cabeça tocando uma 
música ainda mais sublime do que aquela que vinha da 
ilha. O navio atravessou incólume a zona de perigo.
A outra solução foi a de Ulisses. Sua principal arma 
para vencer as sereias foi o reconhecimento franco e cora-
joso da sua fraqueza e da sua falibilidade − a aceitação dos 
seus inescapáveis limites humanos.
Ulisses sabia que ele e seus homens não teriam firmeza 
para resistir ao apelo das sereias. Por isso, no momento 
em que a embarcação se aproximou da ilha, mandou que 
todos os tripulantes tapassem os ouvidos com cera e orde-
nou que o amarrassem ao mastro central do navio. O sur-
preendente é que Ulisses não tapou com cera os próprios 
ouvidos − ele quis ouvir. Quando chegou a hora, Ulisses 
foi seduzido pelas sereias e fez de tudo para convencer os 
5
LÍNGUA PORTUGUESA
tripulantes a deixarem-no livre para ir juntar-se a elas. Seus 
subordinados, contudo, cumpriram fielmente a ordem de 
não soltá-lo até que estivessem longe da zona de perigo.
Orfeu escapou das sereias como divindade; Ulisses, 
como mortal. Ao se aproximar das sereias, a escolha diante 
do herói era clara: a falsa promessa de gratificação ime-
diata, de um lado, e o bem permanente do seu projeto de 
vida − prosseguir viagem, retornar a Ítaca, reconquistar 
Penélope −, do outro. A verdadeira vitória de Ulisses foi 
contra ele mesmo. Foi contra a fraqueza, o oportunismo 
suicida e a surdez delirante que ele soube reconhecer em 
sua própria alma.
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Auto-engano. São 
Paulo, Cia. das Letras, 1997. Formato eBOOK)
8-) Há no texto
(A) comparação entre os meios que Orfeu e Ulisses 
usam para enfrentar o desafio que se apresenta a eles.
(B) rivalidade entre o mortal Ulisses e o divino Orfeu, 
cujo talento musical causava inveja ao primeiro.
(C) juízo de valor a respeito das atitudes das sereias em 
relação aos navegantes e elogio à astúcia de Orfeu.
(D) crítica à forma pouco original com que Orfeu deci-
de enganar as sereias e elogio à astúcia de Ulisses.
(E) censura à atitude arriscada de Ulisses, cuja ousadia 
quase lhe custou seu projeto de vida.
9-) Depreende-se do texto que as sereias atingiam 
seus objetivos por meio de
(A) intolerância.
(B) dissimulação.
(C) lisura.
(D) observação.
(E) condescendência.
10-) O navio atravessou incólume a zona de perigo. (4o 
parágrafo). Mantém-se o sentido original do texto substi-
tuindo-se o elemento grifado por
(A) insolente.
(B) inatingível.
(C) intacto.
(D) inativo.
(E) impalpável.
GABARITO
1- B 2-A 3-D 4-B 5-E
6- D 7-E 8-A 9-B 10-C
Sabemos que a “matéria-prima” da literatura são as pa-
lavras. No entanto, é necessário fazer uma distinção entre a 
linguagem literária e a linguagem não literária, isto é, aque-
la que não caracteriza a literatura.
Embora um médico faça suas prescrições em determi-
nado idioma, as palavras utilizadas por ele não podem ser 
consideradas literárias porque se tratam de um vocabulá-
rio especializado e de um contexto de uso específico. Ago-
ra, quando analisamos a literatura, vemos que o escritor 
dispensa um cuidado diferente com a linguagem escrita, 
e que os leitores dispensam uma atenção diferenciada ao 
que foi produzido.
Outra diferença importante é com relação ao trata-
mento do conteúdo: ao passo que, nos textos não literários 
(jornalísticos, científicos, históricos, etc.) as palavras servem 
para veicular uma série de informações, o texto literário 
funciona de maneira a chamar a atenção para a própria 
língua (FARACO & MOURA, 1999) no sentido de explorar 
vários aspectos como a sonoridade, a estrutura sintática e 
o sentido das palavras.
Veja abaixo alguns exemplos de expressões na lingua-
gem não literária ou “corriqueira” e um exemplode uso da 
mesma expressão, porém, de acordo com alguns escrito-
res, na linguagem literária:
Linguagem não literária: 
1- Anoitece. 
2- Teus cabelos loiros brilham. 
3- Uma nuvem cobriu parte do céu. ... 
 Linguagem literária:
 1- A mão da noite embrulha os horizontes. (Alvarenga 
Peixoto)
2- Os clarins de ouro dos teus cabelos cantam na luz! 
(Mário Quintana)
3- um sujo de nuvem emporcalhou o luar em sua nas-
cença. (José Cândido de Carvalho)
 
Como distinguir, na prática, a linguagem literária da 
não literária?
- A linguagem literária é conotativa, utiliza figuras (pa-
lavras de sentido figurado), em que as palavras adquirem 
sentidos mais amplos do que geralmente possuem.
- Na linguagem literária há uma preocupação com a 
escolha e a disposição das palavras, que acabam dando 
vida e beleza a um texto.
- Na linguagem literária é muito importante a maneira 
original de apresentar o tema escolhido.
- A linguagem não literária é objetiva, denotativa, 
preocupa-se em transmitir o conteúdo, utiliza a palavra em 
seu sentido próprio, utilitário, sem preocupação artística. 
Geralmente, recorre à ordem direta (sujeito, verbo, com-
plementos).
Leia com atenção os textos a seguir e compare as lin-
guagens utilizadas neles.
Texto A
Amor (ô). [Do lat. amore.] S. m. 1. Sentimento que pre-
dispõe alguém a desejar o bem de outrem, ou de alguma 
coisa: amor ao próximo; amor ao patrimônio artístico de 
sua terra. 2. Sentimento de dedicação absoluta de um ser 
a outro ser ou a uma coisa; devoção, culto; adoração: amor 
à Pátria; amor a uma causa. 3. Inclinação ditada por laços 
de família: amor filial; amor conjugal. 4. Inclinação forte por 
pessoa de outro sexo, geralmente de caráter sexual, mas 
que apresenta grande variedade e comportamentos e rea-
ções.
Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. Novo Dicionário 
da Língua Portuguesa, Nova Fronteira.
6
LÍNGUA PORTUGUESA
Texto B
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
é dor que desatina sem doer.
 Luís de Camões. Lírica, Cultrix.
Você deve ter notado que os textos tratam do mesmo 
assunto, porém os autores utilizam linguagens diferentes.
No texto A, o autor preocupou-se em definir “amor”, 
usando uma linguagem objetiva, científica, sem preocupa-
ção artística.
No texto B, o autor trata do mesmo assunto, mas com 
preocupação literária, artística. De fato, o poeta entra no 
campo subjetivo, com sua maneira própria de se expres-
sar, utiliza comparações (compara amor com fogo, ferida, 
contentamento e dor) e serve-se ainda de contrastes que 
acabam dando graça e força expressiva ao poema (con-
tentamento descontente, dor sem doer, ferida que não se 
sente, fogo que não se vê).
Questões
1-) Leia o trecho do poema abaixo. 
O Poeta da Roça 
Sou fio das mata, cantô da mão grosa 
Trabaio na roça, de inverno e de estio 
A minha chupana é tapada de barro 
Só fumo cigarro de paia de mio. 
 Patativa do Assaré 
A respeito dele, é possível afirmar que 
(A) não pode ser considerado literário, visto que a lin-
guagem aí utilizada não está adequada à norma culta for-
mal. 
(B) não pode ser considerado literário, pois nele não 
se percebe a preservação do patrimônio cultural brasileiro. 
(C) não é um texto consagrado pela crítica literária. 
(D) trata-se de um texto literário, porque, no processo 
criativo da Literatura, o trabalho com a linguagem pode 
aparecer de várias formas: cômica, lúdica, erótica, popular 
etc 
(E) a pobreza vocabular – palavras erradas – não permi-
te que o consideremos um texto literário. 
Leia os fragmentos abaixo para responder às questões 
que seguem:
TEXTO I
O açúcar
O branco açúcar que adoçará meu café
nesta manhã de Ipanema
não foi produzido por mim
nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.
Vejo-o puro
e afável ao paladar
como beijo de moça, água
na pele, flor
que se dissolve na boca. Mas este açúcar
não foi feito por mim.
Este açúcar veio
da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira, 
dono da mercearia.
Este açúcar veio
de uma usina de açúcar em Pernambuco
ou no Estado do Rio
e tampouco o fez o dono da usina.
Este açúcar era cana
e veio dos canaviais extensos
que não nascem por acaso
no regaço do vale.
Em lugares distantes, onde não há hospital
nem escola,
homens que não sabem ler e morrem de fome
aos 27 anos
plantaram e colheram a cana
que viraria açúcar.
Em usinas escuras,
homens de vida amarga
e dura
produziram este açúcar
branco e puro
com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.
fonte: “O açúcar” (Ferreira Gullar. Toda poesia. Rio de 
Janeiro, Civilização Brasileira, 1980, pp.227-228)
TEXTO II
A cana-de-açúcar
Originária da Ásia, a cana-de-açúcar foi introduzida no 
Brasil pelos colonizadores portugueses no século XVI. A re-
gião que durante séculos foi a grande produtora de cana-
de-açúcar no Brasil é a Zona da Mata nordestina, onde os 
férteis solos de massapé, além da menor distância em re-
lação ao mercado europeu, propiciaram condições favorá-
veis a esse cultivo. Atualmente, o maior produtor nacional 
de cana-de-açúcar é São Paulo, seguido de Pernambuco, 
Alagoas, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Além de produzir 
o açúcar, que em parte é exportado e em parte abastece o 
mercado interno, a cana serve também para a produção de 
álcool, importante nos dias atuais como fonte de energia 
e de bebidas. A imensa expansão dos canaviais no Brasil, 
especialmente em São Paulo, está ligada ao uso do álcool 
como combustível.
2-) Para que um texto seja literário:
a) basta somente a correção gramatical; isto é, a ex-
pressão verbal segundo as leis lógicas ou naturais.
b) deve prescindir daquilo que não tenha correspon-
dência na realidade palpável e externa.
c) deve fugir do inexato, daquilo que confunda a capa-
cidade de compreensão do leitor.
d) deve assemelhar-se a uma ação de desnudamento. 
O escritor revela, ao escrever, o mundo, e, em especial, re-
vela o Homem aos outros homens.
e) deve revelar diretamente as coisas do mundo: senti-
mentos, ideias, ações.
7
LÍNGUA PORTUGUESA
3-) Ainda com relação ao textos I e II, assinale a opção 
incorreta
a) No texto I, em lugar de apenas informar sobre o real, 
ou de produzi-lo, a expressão literária é utilizada principal-
mente como um meio de refletir e recriar a realidade.
b) No texto II, de expressão não literária, o autor infor-
ma o leitor sobre a origem da cana-de-açúcar, os lugares 
onde é produzida, como teve início seu cultivo no Brasil, 
etc.
c) O texto I parte de uma palavra do domínio comum – 
açúcar – e vai ampliando seu potencial significativo, explo-
rando recursos formais para estabelecer um paralelo entre 
o açúcar – branco, doce, puro – e a vida do trabalhador que 
o produz – dura, amarga, triste.
d) No texto I, a expressão literária desconstrói hábitos 
de linguagem, baseando sua recriação no aproveitamento 
de novas formas de dizer.
e) O texto II não é literário porque, diferentemente do 
literário, parte de um aspecto da realidade, e não da ima-
ginação.
Gabarito
1-) D
2-) D – Esta alternativa está correta, pois ela remete ao 
caráter reflexivo do autor de um texto literário, ao passo 
em que ele revela às pessoas o “seu mundo” de maneira 
peculiar.
3-) E – o texto I também fala da realidade, mas com um 
cunho diferente do texto II. No primeiro há uma colocação 
diferenciada por parte do autor em que o objetivo não é 
unicamente passar informação, existem outros “motivado-
res” por trás desta escrita.
Linguagem Verbal e Não Verbal
Linguagem é a capacidade que possuímos de expres-
sar nossos pensamentos, ideias, opiniões e sentimentos. 
Está relacionada a fenômenos comunicativos; onde há co-
municação, há linguagem. Podemos usar inúmeros tipos 
de linguagens para estabelecermosatos de comunicação, 
tais como: sinais, símbolos, sons, gestos e regras com sinais 
convencionais (linguagem escrita e linguagem mímica, por 
exemplo). Num sentido mais genérico, a linguagem pode 
ser classificada como qualquer sistema de sinais que se va-
lem os indivíduos para comunicar-se. 
A linguagem pode ser:
- Verbal: aquela que faz uso das palavras para comu-
nicar algo.
 
As figuras acima nos comunicam sua mensagem atra-
vés da linguagem verbal (usa palavras para transmitir a in-
formação).
- Não Verbal: aquela que utiliza outros métodos de 
comunicação, que não são as palavras. Dentre elas estão a 
linguagem de sinais, as placas e sinais de trânsito, a lingua-
gem corporal, uma figura, a expressão facial, um gesto, etc.
 
Essas figuras fazem uso apenas de imagens para co-
municar o que representam.
A Língua é um instrumento de comunicação, sendo 
composta por regras gramaticais que possibilitam que de-
terminado grupo de falantes consiga produzir enunciados 
que lhes permitam comunicar-se e compreender-se. Por 
exemplo: falantes da língua portuguesa.
A língua possui um caráter social: pertence a todo um 
conjunto de pessoas, as quais podem agir sobre ela. Cada 
membro da comunidade pode optar por esta ou aquela 
forma de expressão. Por outro lado, não é possível criar 
uma língua particular e exigir que outros falantes a com-
preendam. Dessa forma, cada indivíduo pode usar de ma-
neira particular a língua comunitária, originando a fala. A 
fala está sempre condicionada pelas regras socialmente 
estabelecidas da língua, mas é suficientemente ampla para 
permitir um exercício criativo da comunicação. Um indiví-
duo pode pronunciar um enunciado da seguinte maneira:
A família de Regina era paupérrima.
Outro, no entanto, pode optar por:
A família de Regina era muito pobre.
As diferenças e semelhanças constatadas devem-se 
às diversas manifestações da fala de cada um. Note, além 
disso, que essas manifestações devem obedecer às regras 
gerais da língua portuguesa, para não correrem o risco de 
produzir enunciados incompreensíveis como: 
Família a paupérrima de era Regina.
Não devemos confundir língua com escrita, pois são 
dois meios de comunicação distintos. A escrita represen-
ta um estágio posterior de uma língua. A língua falada 
é mais espontânea, abrange a comunicação linguística em 
toda sua totalidade. Além disso, é acompanhada pelo tom 
de voz, algumas vezes por mímicas, incluindo-se fisiono-
mias. A língua escrita não é apenas a representação da lín-
gua falada, mas sim um sistema mais disciplinado e rígido, 
uma vez que não conta com o jogo fisionômico, as mímicas 
8
LÍNGUA PORTUGUESA
e o tom de voz do falante. No Brasil, por exemplo, todos 
falam a língua portuguesa, mas existem usos diferentes da 
língua devido a diversos fatores. Dentre eles, destacam-se:
- Fatores Regionais: é possível notar a diferença do 
português falado por um habitante da região nordeste e 
outro da região sudeste do Brasil. Dentro de uma mesma 
região, também há variações no uso da língua. No estado 
do Rio Grande do Sul, por exemplo, há diferenças entre a 
língua utilizada por um cidadão que vive na capital e aque-
la utilizada por um cidadão do interior do estado.
- Fatores Culturais: o grau de escolarização e a for-
mação cultural de um indivíduo também são fatores que 
colaboram para os diferentes usos da língua. Uma pessoa 
escolarizada utiliza a língua de uma maneira diferente da 
pessoa que não teve acesso à escola.
- Fatores Contextuais: nosso modo de falar varia de 
acordo com a situação em que nos encontramos: quando 
conversamos com nossos amigos, não usamos os termos 
que usaríamos se estivéssemos discursando em uma sole-
nidade de formatura.
- Fatores Profissionais: o exercício de algumas ativi-
dades requer o domínio de certas formas de língua chama-
das línguas técnicas. Abundantes em termos específicos, 
essas formas têm uso praticamente restrito ao intercâmbio 
técnico de engenheiros, químicos, profissionais da área de 
direito e da informática, biólogos, médicos, linguistas e ou-
tros especialistas.
- Fatores Naturais: o uso da língua pelos falantes 
sofre influência de fatores naturais, como idade e sexo. 
Uma criança não utiliza a língua da mesma maneira que 
um adulto, daí falar-se em linguagem infantil e linguagem 
adulta. 
Fala
É a utilização oral da língua pelo indivíduo. É um ato 
individual, pois cada indivíduo, para a manifestação da fala, 
pode escolher os elementos da língua que lhe convém, 
conforme seu gosto e sua necessidade, de acordo com a 
situação, o contexto, sua personalidade, o ambiente socio-
cultural em que vive, etc. Desse modo, dentro da unidade 
da língua, há uma grande diversificação nos mais variados 
níveis da fala. Cada indivíduo, além de conhecer o que fala, 
conhece também o que os outros falam; é por isso que 
somos capazes de dialogar com pessoas dos mais variados 
graus de cultura, embora nem sempre a linguagem delas 
seja exatamente como a nossa. 
Devido ao caráter individual da fala, é possível observar 
alguns níveis:
- Nível Coloquial-Popular: é a fala que a maioria das 
pessoas utiliza no seu dia a dia, principalmente em situa-
ções informais. Esse nível da fala é mais espontâneo, ao 
utilizá-lo, não nos preocupamos em saber se falamos de 
acordo ou não com as regras formais estabelecidas pela 
língua.
- Nível Formal-Culto: é o nível da fala normalmente 
utilizado pelas pessoas em situações formais. Caracteriza-
se por um cuidado maior com o vocabulário e pela obe-
diência às regras gramaticais estabelecidas pela língua.
Signo
É um elemento representativo que apresenta dois as-
pectos: o significado e o significante. Ao escutar a palavra 
“cachorro”, reconhecemos a sequência de sons que formam 
essa palavra. Esses sons se identificam com a lembrança 
deles que está em nossa memória. Essa lembrança constitui 
uma real imagem sonora, armazenada em nosso cérebro 
que é o significante do signo “cachorro”. Quando escuta-
mos essa palavra, logo pensamos em um animal irracional 
de quatro patas, com pelos, olhos, orelhas, etc. Esse concei-
to que nos vem à mente é o significado do signo “cachorro” 
e também se encontra armazenado em nossa memória.
Ao empregar os signos que formam a nossa língua, 
devemos obedecer às regras gramaticais convencionadas 
pela própria língua. Desse modo, por exemplo, é possível 
colocar o artigo indefinido “um” diante do signo “cachor-
ro”, formando a sequência “um cachorro”, o mesmo não 
seria possível se quiséssemos colocar o artigo “uma” diante 
do signo “cachorro”. A sequência “uma cachorro” contraria 
uma regra de concordância da língua portuguesa, o que 
faz com que essa sentença seja rejeitada. Os signos que 
constituem a língua obedecem a padrões determinados 
de organização. O conhecimento de uma língua engloba 
tanto a identificação de seus signos, como também o uso 
adequado de suas regras combinatórias.
Signo: elemento representativo que possui duas par-
tes indissolúveis: significado e significante. Significado (é o 
conceito, a ideia transmitida pelo signo, a parte abstrata 
do signo) + Significante (é a imagem sonora, a forma, a 
parte concreta do signo, suas letras e seus fonemas).
Língua: conjunto de sinais baseado em palavras que 
obedecem às regras gramaticais.
Fala: uso individual da língua, aberto à criatividade 
e ao desenvolvimento da liberdade de expressão e com-
preensão.
1.2 GRAMÁTICA
1.2.1 FONOLOGIA: FONEMAS, 
ENCONTROS CONSONANTAIS E
 VOCÁLICOS, DÍGRAFOS, 
DIVISÃO SILÁBICA, ACENTUAÇÃO 
GRÁFICA E ORTOGRAFIA DE ACORDO COM A 
NOVA ORTOGRAFIA.
Letra e Fonema 
Letra é o sinal gráfico da escrita. Exemplos: pipoca 
(tem 6 letras); hoje (tem 4 letras).
Fonema é o menor elemento sonoro capaz de esta-
belecer uma distinção de significado entre palavras. Veja,nos exemplos, os fonemas que marcam a distinção entre 
os pares de palavras:
bar – mar tela – vela sela – sala
9
LÍNGUA PORTUGUESA
Não confunda os fonemas com as letras. Fonema é um 
elemento acústico e a letra é um sinal gráfico que repre-
senta o fonema. Nem sempre o número de fonemas de 
uma palavra corresponde ao número de letras que usamos 
para escrevê-la. Na palavra chuva, por exemplo, temos 
quatro fonemas, isto é, quatro unidades sonoras [xuva] e 
cinco letras.
Certos fonemas podem ser representados por diferen-
tes letras. É o caso do fonema /s/, que pode ser representa-
do por: s (pensar) – ss (passado) – x (trouxe) – ç (caçar) – sc 
(nascer) – xc (excelente) – c (cinto) – sç (desço)
Às vezes, a letra “x” pode representar mais de um fone-
ma, como na palavra táxi. Nesse caso, o “x” representa dois 
sons, pois lemos “táksi”. Portanto, a palavra táxi tem quatro 
letras e cinco fonemas.
Em certas palavras, algumas letras não representam 
nenhum fonema, como a letra h, por exemplo, em pala-
vras como hora, hoje, etc., ou como as letras m e n quando 
são usadas apenas para indicar a nasalização de uma vogal, 
como em canto, tinta, etc.
Classificação dos Fonemas
Os fonemas classificam-se em vogais, semivogais e con-
soantes.
Vogais: são fonemas resultantes das vibrações das 
cordas vocais e em cuja produção a corrente de ar passa 
livremente na cavidade bucal. As vogais podem ser orais e 
nasais.
Orais: quando a corrente de ar passa apenas pela cavi-
dade bucal. São elas: a, é, ê, i, ó, ô, u. Exemplos: já, pé, vê, ali, 
pó, dor, uva.
Nasais: quando a corrente de ar passa pela cavidade 
bucal e nasal. A nasalidade pode ser indicada pelo til (~) 
ou pelas letras n e m. Exemplos: mãe, venda, lindo, pomba, 
nunca.
Observação: As vogais ainda podem ser tônicas ou áto-
nas, dependendo da intensidade com que são pronuncia-
das. A vogal tônica é pronunciada com maior intensidade: 
café, bola, vidro. A vogal átona é pronunciada com menor 
intensidade: café, bola, vidro.
Semivogais: são os fonemas /i/ e /u/ quando, juntos 
de uma vogal, formam com ela uma mesma sílaba. Obser-
ve, por exemplo, a palavra papai. Ela é formada de duas 
sílabas: pa-pai. Na sílaba pai, o fonema vocálico /i/ não é 
tão forte quanto o fonema vocálico /a/; nesse caso, o /i/ é 
semivogal.
Consoantes: são os fonemas em que a corrente de ar, 
emitida para sua produção, teve de forçar passagem na 
boca, onde determinado movimento articulatório lhe criou 
embaraço. Exemplos: gato, pena, lado.
Encontro Vocálicos
- Ditongos: é o encontro de uma vogal e uma semi-
vogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba. Exemplos: pai 
(vogal + semivogal = ditongo decrescente); ginásio (semi-
vogal + vogal = ditongo crescente).
- Tritongos: é o encontro de uma semivogal com uma 
vogal e outra semivogal numa mesma sílaba. Exemplo: Pa-
raguai.
- Hiatos: é a sequência de duas vogais numa mesma 
palavra mas que pertencem a sílabas diferentes, pois nunca 
há mais de uma vogal numa sílaba. Exemplos: saída (sa-í-
da), juiz (ju-iz)
Encontro Consonantais
Ocorre quando há um grupo de consoantes sem vogal 
intermediária. Exemplos: flor, grade, digno.
Dígrafos
Grupo de duas letras que representa apenas um fone-
ma. Exemplos: passo (ss = fonema /s/), nascimento (sc = 
fonema /s/), queijo (qu = fonema /k/)
Os dígrafos podem ser consonantais e vocálicos.
- Consonantais: ch (chuva), sc (nascer), ss (osso), sç 
(desça), lh (filho), xc (excelente), qu (quente), nh (vinho), rr 
(ferro), gu (guerra)
- Vocálicos: am, an (tampa, canto), em, en (tempo, ven-
to), im, in (limpo, cinto), om, on (comprar, tonto), um, un 
(tumba, mundo)
Atenção: nos dígrafos, as duas letras representam um 
só fonema; nos encontros consonantais, cada letra repre-
senta um fonema.
Observe de acordo com os exemplos que o número 
de letras e fonemas não precisam ter a mesma quantidade.
- Chuva: tem 5 letras e 4 fonemas, já que o “ch” tem 
um único som.
- Hipopótamo: tem 10 letras e 9 fonemas, já que o “h” 
não tem som.
- Galinha: tem 7 letras e 6 fonemas, já que o “nh” tem 
um único som.
- Pássaro: tem 7 letras e 6 fonemas, já que o “ss” só tem 
um único som.
- Nascimento: 10 letras e 8 fonemas, já que não se pro-
nuncia o “s” e o “en” tem um único som.
- Exceção: 7 letras e 6 fonemas, já que não tem som o 
“x”.
- Táxi: 4 letras e 5 fonemas, já que o “x” tem som de 
“ks”.
- Guitarra: 8 letras e 6 fonemas, já que o “gu” tem um 
único som e o “rr” também tem um único som.
- Queijo: 6 letras e 5 fonemas, já que o “qu” tem um 
único som.
Repare que através do exemplo a mudança de apenas 
uma letra ou fonema gera novas palavras: C a v a l o / C a v 
a d o / C a l a d o / C o l a d o / S o l a d o.
10
LÍNGUA PORTUGUESA
Exercícios
01. A palavra que apresenta tantos fonemas quantas 
são as letras que a compõem é: 
a) importância
b) milhares
c) sequer
d) técnica
e) adolescente
02. Em qual das palavras abaixo a letra x apresenta não 
um, mas dois fonemas? 
a) exemplo 
b) complexo
c) próximos
d) executivo
e) luxo
03. Qual palavra possui dois dígrafos? 
a) fechar
b) sombra 
c) ninharia
d) correndo 
e) pêssego
04. Indique a alternativa cuja sequência de vocábulos 
apresenta, na mesma ordem, o seguinte: ditongo, hiato, 
hiato, ditongo. 
a) jamais / Deus / luar / daí 
b) joias / fluir / jesuíta / fogaréu
c) ódio / saguão / leal / poeira
d) quais / fugiu / caiu / história
05. Os vocabulários passarinho e querida possuem:
a) 6 e 8 fonemas respectivamente;
b)10 e 7 fonemas respectivamente;
c) 9 e 6 fonemas respectivamente;
d) 8 e 6 fonemas respectivamente;
e) 7 e 6 fonemas respectivamente.
06. Quantos fonemas existem na palavra paralelepípe-
do:
a) 7
b) 12
c) 11
d) 14
e) 15
07. Os vocábulos pequenino e drama apresentam, res-
pectivamente:
a) 4 e 2 fonemas
b) 9 e 5 fonemas
c) 8 e 5 fonemas
d) 7 e 7 fonemas
e) 8 e 4 fonemas
08. O “I” não é semivogal em:
a) Papai
b) Azuis
c) Médio
d) Rainha
e) Herói
09. Assinale a alternativa que apresenta apenas hiatos:
a) muito, faísca, balaústre.
b) guerreiro, gratuito, intuito.
c) fluido, fortuito, Piauí.
d) tua, lua, nua.
e) n.d.a.
10. Em qual dos itens abaixo todas as palavras apresen-
tam ditongo crescente:
a) Lei, Foice, Roubo
b) Muito, Alemão, Viu
c) Linguiça, História, Área
d) Herói, Jeito, Quilo
e) Equestre, Tênue, Ribeirão
Respostas: 
01-D (Em d, a palavra possui 7 fonemas e 7 letras. Nas 
demais alternativas, tem-se: a) 10 fonemas / 11 letras; b) 7 
fonemas / 8 letras; c) 5 fonemas / 6 letras; e) 9 fonemas / 
11 letras).
02-B (a palavra complexo, o x equivale ao fonema /ks/).
03-D (Em d, há o dígrafo “rr” e o dígrafo nasal “en”).
04-B (Observe os encontros: oi, u - i, u - í e eu).
05-D / 06-D / 07-C / 08-D / 09-D / 10-C
DIVISÃO SILÁBICA
Sílaba
A palavra amor está dividida em grupos de fonemas 
pronunciados separadamente: a - mor. A cada um des-
ses grupos pronunciados numa só emissão de voz dá-se 
o nome de sílaba. Em nossa língua, o núcleo da sílaba é 
sempre uma vogal: não existe sílaba sem vogal e nunca 
há mais do que uma vogal em cada sílaba. Dessa forma, 
para sabermos o número de sílabas de uma palavra, deve-
mos perceber quantas vogais tem essa palavra. Atenção: 
as letras i e u (mais raramente com as letras e e o) podem 
representar semivogais.
Classificação das palavras quanto ao número de sí-
labas
- Monossílabas: possuem apenas uma sílaba. Exemplos: 
mãe, flor, lá, meu;
- Dissílabas: possuem duas sílabas. Exemplos: ca-fé, 
i-ra, a-í, trans-por;
- Trissílabas: possuem três sílabas. Exemplos: ci-ne-ma, 
pró-xi-mo, pers-pi-caz, O-da-ir;
11
LÍNGUA PORTUGUESA
- Polissílabas: possuem quatro ou mais sílabas. Exem-
plos: a-ve-ni-da, li-te-ra-tu-ra, a-mi-ga-vel-men-te, o-tor
-ri-no-la-rin-go-lo-gis-ta.Divisão Silábica
Na divisão silábica das palavras, cumpre observar as 
seguintes normas:
- Não se separam os ditongos e tritongos. Exemplos: 
foi-ce, a-ve-ri-guou;
- Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, gu, qu. Exem-
plos: cha-ve, ba-ra-lho, ba-nha, fre-guês, quei-xa;
- Não se separam os encontros consonantais que ini-
ciam sílaba. Exemplos: psi-có-lo-go, re-fres-co;
- Separam-se as vogais dos hiatos. Exemplos: ca-a-tin-
ga, fi-el, sa-ú-de;
- Separam-se as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç xc. 
Exemplos: car-ro, pas-sa-re-la, des-cer, nas-ço, ex-ce-len-
te;
- Separam-se os encontros consonantais das sílabas 
internas, excetuando-se aqueles em que a segunda con-
soante é l ou r. Exemplos: ap-to, bis-ne-to, con-vic-ção, 
a-brir, a-pli-car.
Acento Tônico
Na emissão de uma palavra de duas ou mais sílabas, 
percebe-se que há uma sílaba de maior intensidade sonora 
do que as demais.
calor - a sílaba lor é a de maior intensidade.
faceiro - a sílaba cei é a de maior intensidade.
sólido - a sílaba só é a de maior intensidade.
Obs.: a presença da sílaba de maior intensidade nas 
palavras, em meio à sílabas de menor intensidade, é um 
dos elementos que dão melodia à frase.
Classificação da sílaba quanto a intensidade
-Tônica: é a sílaba pronunciada com maior intensidade.
- Átona: é a sílaba pronunciada com menor intensida-
de.
- Subtônica: é a sílaba de intensidade intermediária. 
Ocorre, principalmente, nas palavras derivadas, correspon-
dendo à tônica da palavra primitiva. 
Classificação das palavras quanto à posição da sí-
laba tônica
De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábu-
los da língua portuguesa que contêm duas ou mais sílabas 
são classificados em:
- Oxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a última. 
Exemplos: avó, urubu, parabéns
- Paroxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a penúl-
tima. Exemplos: dócil, suavemente, banana
- Proparoxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a an-
tepenúltima. Exemplos: máximo, parábola, íntimo
Saiba que: 
- São palavras oxítonas, entre outras: cateter, mister, 
Nobel, novel, ruim, sutil, transistor, ureter. 
- São palavras paroxítonas, entre outras: avaro, aziago, 
boêmia, caracteres, cartomancia, celtibero, circuito, decano, 
filantropo, fluido, fortuito, gratuito, Hungria, ibero, impu-
dico, inaudito, intuito, maquinaria, meteorito, misantropo, 
necropsia (alguns dicionários admitem também necrópsia), 
Normandia, pegada, policromo, pudico, quiromancia, rubri-
ca, subido(a). 
- São palavras proparoxítonas, entre outras: aerólito, 
bávaro, bímano, crisântemo, ímprobo, ínterim, lêvedo, ôme-
ga, pântano, trânsfuga. 
- As seguintes palavras, entre outras, admitem dupla 
tonicidade: acróbata/acrobata, hieróglifo/hieroglifo, Oceâ-
nia/Oceania, ortoépia/ortoepia, projétil/projetil, réptil/reptil, 
zângão/zangão.
Exercícios
1-Assinale o item em que a divisão silábica é incorreta:
a) gra-tui-to;
b) ad-vo-ga-do;
c) tran-si-tó-rio;
d) psi-co-lo-gi-a;
e) in-ter-stí-cio.
2-Assinale o item em que a separação silábica é incor-
reta:
a) psi-có-ti-co; 
b) per-mis-si-vi-da-de; 
c) as-sem-ble-ia;
d) ob-ten-ção;
e) fa-mí-lia.
3-Assinale o item em que todos os vocábulos têm as 
sílabas corretamente separadas:
a) al-dei-a, caa-tin-ga , tran-si-ção;
b) pro-sse-gui-a, cus-tó-dia, trans-ver-sal;
c) a-bsur-do, pra-ia, in-cons-ci-ên-cia;
d) o-ccip-tal, gra-tui-to, ab-di-car;
e) mis-té-rio, ap-ti-dão, sus-ce-tí-vel.
4-Assinale o item em que todas as sílabas estão corre-
tamente separadas:
a) a-p-ti-dão;
b) so-li-tá-ri-o; 
c) col-me-ia;
d) ar-mis-tí-cio;
e) trans-a-tlân-ti-co.
5- Assinale o item em que a divisão silábica está errada:
a) tran-sa-tlân-ti-co / de-sin-fe-tar; 
b) subs-ta-be-le-cer / de-su-ma-no; 
c) cis-an-di-no / sub-es-ti-mar;
d) ab-di-ca-ção / a-bla-ti-vo;
e) fri-is-si-mo / ma-ci-is-si-mo.
12
LÍNGUA PORTUGUESA
6- Existe erro de divisão silábica no item:
a) mei-a / pa-ra-noi-a / ba-lai-o;
b) oc-ci-pi-tal / ex-ces-so / pneu-má-ti-co;
c) subs-tân-cia / pers-pec-ti-va / felds-pa-to;
d) su-bli-nhar / su-blin-gual / a-brup-to;
e) tran-sa-tlân-ti-co / trans-cen-der / tran-so-ce-â-ni-
co.
7- A única alternativa correta quanto à divisão silábica 
é:
a) ma-qui-na-ri-a / for-tui-to;
b) tun-gs-tê-nio / ri-tmo; ;
c) an-do-rin-ha / sub-o-fi-ci-al;
d) bo-ê-mi-a / ab-scis-sa;
e) coe-são / si-len-cio-so.
8- Indique a alternativa em que as palavras “sussurro”, 
”iguaizinhos” e “gnomo”, estão corretamente divididas em 
sílabas:
a) sus - su - rro, igu - ai - zi - nhos, g - no - mo;
b) su - ssu - rro, i - guai - zi - nhos, gno - mo;
c) sus - su - rro, i - guai - zi - nhos, gno - mo;
d) su - ssur - ro, i - gu - ai - zi - nhos, gn - omo;
e) sus - sur - ro, i - guai - zi - nhos, gno - mo.
9- Na expressão “A icterícia nada tem a ver com he-
modiálise ou disenteria”, as palavras grifadas apresentam-
se corretamente divididas em sílabas na alternativa:
a) i-cte-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ria;
b) ic-te-rí-ci-a, he-mo-diá-li-se, dis-en-te-ria;
c) i-c-te-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ria;
d) ic-te-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ri-a;
e) ic-te-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ria.
10- Assinale a única opção em que há, um vocábulo 
cuja separação silábica não esta feita de acordo com a nor-
ma ortográfica vigente:
a) es-cor-re-gou / in-crí-veis;
b) in-fân-cia / cres-ci-a;
c) i-dei-a / lé-guas;
d) des-o-be-de-ceu / cons-tru-í-da;
e) vo-ou / sor-ri-em.
Respostas: 1-E / 2-C / 3-E / 4-D / 5-C / 6-D / 7-A / 
8-E / 9-E / 10-D
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
A acentuação é um dos requisitos que perfazem as re-
gras estabelecidas pela Gramática Normativa. Esta se com-
põe de algumas particularidades, às quais devemos estar 
atentos, procurando estabelecer uma relação de familia-
ridade e, consequentemente, colocando-as em prática na 
linguagem escrita. 
À medida que desenvolvemos o hábito da leitura e a 
prática de redigir, automaticamente aprimoramos essas 
competências, e logo nos adequamos à forma padrão.
Regras básicas – Acentuação tônica 
A acentuação tônica implica na intensidade com que 
são pronunciadas as sílabas das palavras. Aquela que se dá 
de forma mais acentuada, conceitua-se como sílaba tônica. 
As demais, como são pronunciadas com menos intensida-
de, são denominadas de átonas. 
De acordo com a tonicidade, as palavras são classifi-
cadas como:
Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a 
última sílaba. Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel 
Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica recai 
na penúltima sílaba. Ex.: útil – tórax – táxi – leque – retrato 
– passível 
Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica 
está na antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada – câmara – tím-
pano – médico – ônibus
Como podemos observar, os vocábulos possuem mais 
de uma sílaba, mas em nossa língua existem aqueles com 
uma sílaba somente: são os chamados monossílabos que, 
quando pronunciados, apresentam certa diferenciação 
quanto à intensidade.
Tal diferenciação só é percebida quando os pronun-
ciamos em uma dada sequência de palavras. Assim como 
podemos observar no exemplo a seguir:
“Sei que não vai dar em nada,
Seus segredos sei de cor”. 
Os monossílabos classificam-se como tônicos; os de-
mais, como átonos (que, em, de).
Os acentos 
acento agudo (´) – Colocado sobre as letras «a», «i», 
«u» e sobre o «e» do grupo “em” - indica que estas letras 
representam as vogais tônicas de palavras como Amapá, 
caí, público, parabéns. Sobre as letras “e” e “o” indica, além 
da tonicidade, timbre aberto.Ex.: herói – médico – céu (di-
tongos abertos)
acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”, 
“e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre fechado: Ex.: 
tâmara – Atlântico – pêssego – supôs 
acento grave (`) – indica a fusão da preposição“a” com 
artigos e pronomes. Ex.: à – às – àquelas – àqueles 
trema ( ¨ ) – De acordo com a nova regra, foi total-
mente abolido das palavras. Há uma exceção: é utilizado 
em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros. Ex.: 
mülleriano (de Müller) 
til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vo-
gais nasais. Ex.: coração – melão – órgão – ímã 
13
LÍNGUA PORTUGUESA
Regras fundamentais: 
Palavras oxítonas:
Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”, 
“o”, “em”, seguidas ou não do plural(s): Pará – café(s) – ci-
pó(s) – armazém(s) 
Essa regra também é aplicada aos seguintes casos:
Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, se-
guidos ou não de “s”. Ex.: pá – pé – dó – há 
Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, se-
guidas de lo, la, los, las. Ex. respeitá-lo – percebê-lo – com-
pô-lo 
Paroxítonas: 
Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em: 
- i, is : táxi – lápis – júri 
- us, um, uns : vírus – álbuns – fórum 
- l, n, r, x, ps : automóvel – elétron - cadáver – tórax – 
fórceps 
- ã, ãs, ão, ãos : ímã – ímãs – órfão – órgãos 
-- Dica da Zê!: Memorize a palavra LINURXÃO. Para 
quê? Repare que essa palavra apresenta as terminações 
das paroxítonas que são acentuadas: L, I N, U (aqui inclua 
UM = fórum), R, X, Ã, ÃO. Assim ficará mais fácil a memo-
rização!
-ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou 
não de “s”: água – pônei – mágoa – jóquei 
Regras especiais: 
Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (ditongos 
abertos), que antes eram acentuados, perderam o acento 
de acordo com a nova regra, mas desde que estejam em 
palavras paroxítonas. 
* Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma 
palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são 
acentuados. Ex.: herói, céu, dói, escarcéu.
Antes Agora
assembléia assembleia
idéia ideia
geléia geleia
jibóia jiboia
apóia (verbo apoiar) apoia
paranóico paranoico
 
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, acom-
panhados ou não de “s”, haverá acento. Ex.: saída – faísca 
– baú – país – Luís 
Observação importante:
Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando 
hiato quando vierem depois de ditongo: Ex.:
 Antes Agora
bocaiúva bocaiuva
feiúra feiura
Sauípe Sauipe
O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi 
abolido. Ex.:
Antes Agora
crêem creem
lêem leem
vôo voo
enjôo enjoo
- Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos 
que, no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais 
acento como antes: CRER, DAR, LER e VER.
Repare:
1-) O menino crê em você
Os meninos creem em você.
2-) Elza lê bem!
Todas leem bem!
3-) Espero que ele dê o recado à sala.
Esperamos que os garotos deem o recado!
4-) Rubens vê tudo!
Eles veem tudo!
* Cuidado! Há o verbo vir:
Ele vem à tarde!
Eles vêm à tarde!
Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quan-
do seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z. Ra-ul, ru
-im, con-tri-bu-in-te, sa-ir, ju-iz 
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se esti-
verem seguidas do dígrafo nh. Ex: ra-i-nha, ven-to-i-nha. 
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem 
precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba 
As formas verbais que possuíam o acento tônico na 
raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de 
“e” ou “i” não serão mais acentuadas. Ex.:
Antes Depois
apazigúe (apaziguar) apazigue
averigúe (averiguar) averigue
argúi (arguir) argui
Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa 
do plural de: ele tem – eles têm / ele vem – eles vêm (verbo 
vir)
A regra prevalece também para os verbos conter, ob-
ter, reter, deter, abster. 
ele contém – eles contêm
ele obtém – eles obtêm
ele retém – eles retêm
ele convém – eles convêm 
Não se acentuam mais as palavras homógrafas que 
antes eram acentuadas para diferenciá-las de outras seme-
lhantes (regra do acento diferencial). Apenas em algumas 
exceções, como: 
14
LÍNGUA PORTUGUESA
A forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do 
pretérito perfeito do modo indicativo) ainda continua sen-
do acentuada para diferenciar-se de pode (terceira pessoa 
do singular do presente do indicativo). Ex: 
Ela pode fazer isso agora.
Elvis não pôde participar porque sua mão não deixou...
O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da 
preposição por. 
- Quando, na frase, der para substituir o “por” por “co-
locar”, estaremos trabalhando com um verbo, portanto: 
“pôr”; nos outros casos, “por” preposição. Ex:
Faço isso por você.
Posso pôr (colocar) meus livros aqui?
Questões sobre Acentuação Gráfica
01. (TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO JUDICIÁRIA – 
VUNESP/2010) Assinale a alternativa em que as palavras 
são acentuadas graficamente pelos mesmos motivos que 
justificam, respectivamente, as acentuações de: década, 
relógios, suíços.
(A) flexíveis, cartório, tênis.
(B) inferência, provável, saída.
(C) óbvio, após, países.
(D) islâmico, cenário, propôs.
(E) república, empresária, graúda.
02. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) 
Assinale a alternativa com as palavras acentuadas segundo 
as regras de acentuação, respectivamente, de intercâmbio 
e antropológico.
(A) Distúrbio e acórdão.
(B) Máquina e jiló.
(C) Alvará e Vândalo.
(D) Consciência e características.
(E) Órgão e órfãs.
03. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ACRE – 
TÉCNICO EM MICROINFORMÁTICA - CESPE/2012) As pa-
lavras “conteúdo”, “calúnia” e “injúria” são acentuadas de 
acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.
( ) CERTO ( ) ERRADO
04. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS 
GERAIS – OFICIAL JUDICIÁRIO – FUNDEP/2010) Assinale a 
afirmativa em que se aplica a mesma regra de acentuação. 
A) tevê – pôde – vê 
B) únicas – histórias – saudáveis 
C) indivíduo – séria – noticiários 
D) diário – máximo – satélite
05. (ANATEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
PE/2012) Nas palavras “análise” e “mínimos”, o emprego 
do acento gráfico tem justificativas gramaticais diferentes.
(...) CERTO ( ) ERRADO
06. (ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
PE/2012) Os vocábulos “indivíduo”, “diária” e “paciência” 
recebem acento gráfico com base na mesma regra de 
acentuação gráfica.
(...) CERTO ( ) ERRADO
07. (BACEN – TÉCNICO DO BANCO CENTRAL – CES-
GRANRIO/2010) As palavras que se acentuam pelas mes-
mas regras de “conferência”, “razoável”, “países” e “será”, 
respectivamente, são
a) trajetória, inútil, café e baú.
b) exercício, balaústre, níveis e sofá.
c) necessário, túnel, infindáveis e só.
d) médio, nível, raízes e você.
e) éter, hífen, propôs e saída.
08. (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011) São acen-
tuados graficamente de acordo com a mesma regra de 
acentuação gráfica os vocábulos
A) também e coincidência.
B) quilômetros e tivéssemos.
C) jogá-la e incrível.
D) Escócia e nós.
E) correspondência e três.
09. (IBAMA – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
PE/2012) As palavras “pó”, “só” e “céu” são acentuadas de 
acordo com a mesma regra de acentuação gráfica. 
(...) CERTO ( ) ERRADO
GABARITO
01. E 02. D 03. E 04. C 05. E 
06. C 07. D 08. B 09. E 
 RESOLUÇÃO
1-) Década = proparoxítona / relógios = paroxítona 
terminada em ditongo / suíços = regra do hiato
(A) flexíveis e cartório = paroxítonas terminadas em 
ditongo / tênis = paroxítona terminada em “i” (seguida 
de “s”) 
(B) inferência = paroxítona terminada em ditongo / 
provável = paroxítona terminada em “l” / saída = regra do 
hiato
(C) óbvio = paroxítona terminada em ditongo / após 
= oxítona terminada em “o” + “s” / países = regra do hiato
(D) islâmico = proparoxítona /

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