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Importância da Biossegurança e Patógenos Bacterianos

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Biossegurança
1- Qual a importância da Biossegurança? 
Prevenção de riscos visando a saude do homem, animais e meio ambiente 
2- O que são os EPIs e EPCs? Dê 3 exemplos de cada.
Capacete, máscaras, óculos, luvas, sapatos, jalecos.... EPCs - são equipamentos 
utilizados para proteção de segurança enquanto um grupo de pessoas realiza 
determinada tarefa. Chuveiro e lava olhos de emergência, Enclausuramento acustico de 
fontes de ruído, exaustores para gases e vapores, placas sinalizadoras, piso 
antiderrapante, sistema de purificação de ar, sistema de proteção de agentes químicos 
3- O que são aerossóis? 
Pequenas partículas de um líquido ou sólido que estão em suspensão no ar na forma de 
um gás. 
4- O que são as classes de risco ergonômicas e Biológicas? 
Esforço físico, levantamento de peso, estresse, trabalhos noturnos, jornada de trabalho 
prolongada, rotina intensa, repetitividade. Vírus, bactérias, parasitas, protozoários.... 
5- Qual a importância do autoclave? 
É um dos principais equipamentos utilizados para procedimentos de esterilização físico 
por vapor. Método de desnaturação de enzimas, destruição de constituintes essenciais.
6- O que significa soroconversão? 
Momento que o hiv passa a ser detectado. 
7- Como são classificados os riscos? 
Físico, químico, biológico, ergonômico, etc. 
8- Dê um exemplo dos riscos: Físico, biológico e ergonômico? 
Físico - ruído, Biológico - contaminação com amostra, Ergonômico – peso excessivo. 
9- Que parâmetros são avaliados para avaliar um risco biológico? 
Seu risco individual e coletivo e sua terapêutica.
10- Que microrganismos são considerados de “Classe de Risco II”? 
Fungos, bactérias, vírus e protozoários. 
11- Defina as fases pré-analítica, analítica e pós analítica. 
Fase pré analítica: Fase que se inicia com a solicitação da análise, passando pela 
obtenção da amostra e finda ao se iniciar a análise propriamente dita. 
Fase analítica: Conjunto de operações, com descrição específica, utilizada na realização 
das análises de acordo com determinado método. 
Fase pós-analítica: Fase que se inicia após a obtenção de resultados válidos das 
análises e finda com a emissão do laudo, para a interpretação pelo solicitante. 
Estreptcocos
1- Os 5 principais estreptococos positivo causador de doenças em humanos? 
Grupo A: S. pyogenes, grupo B – S. agalactiae, grupo Viridans, grupo D – Enterococos ou
não enterococos e S. Pneumodiae. 
2- Cite duas características gerais de estreptococos? 
São cocos gram positivos, catalase negativa, alguns tem capacidade de hemolisar 
hemácias (alfa, beta e gama hemolíticos).
3- Como os estreptococos são classificados quanto a capacidade de hemolisar o 
sangue? 
Alfa hemolítico: lisa parcialmente as hemácias 
Beta hemolítico: lisa completamente as hemácias 
Gama hemolítico: não lisa as hemácias 
4- Cite duas características do S. Pyogenes e que doenças ele pode causar? 
Antígeno de Lancefield A, catalase negativo, beta hemolítica. Pode causar febre 
reumática, glomerulonefrite, febre escarlate, etc.
5- Qual a importância da proteína M para o patógeno (S. pyogenes)? 
É o principal fator de virulência
6- Qual a importância médica do Streptococcus agalactiae? 
Sua maior relevância médica está principalmente, em casos de gestantes colonizadas, 
que podem vir a contaminar seus filhos no momento do parto e provocar quadros graves 
de septicemia e meningite nos neonatos
7- Qual desses patógenos está associado com a cárie? 
A)S. pyogenes B) S. agalactiae C) S. aureus D) S. mutans E) S. pneumoniae 
8- Nas bactérias gram positivas do grupo D, qual está associada ao câncer no 
intestino? S. bovis associado com 50% ao câncer de intestino.
Estafilococos
1- Quais as 3 espécies de estafilococos patogênicas?
S. aureus, S. epidermis e S. saprophytius.
2- Cite 2 patologias causadas por S. aureus 
Pneumonia, meningite, síndrome da pele escamada.
3- Na dúvida entre infecção por S. aureus e S. epidermidis, o que deve ser feito 
como diagnóstico?
Teste da coagulase.
4- Os estafilococos são resistentes a penicilina? Caso a resposta seja sim, qual o 
tratamento? 
A maioria sim, o tratamento consiste em vancomicina e glicolipídeos.
5- Explique como “ter a enzima catalase” é importante para o microrganismo 
Isso cria uma resistência contra mecanismos tóxicos dos fagócitos.
6- Por que a presença da coagulase é considerada sinônimo de potencial 
patogênico invasivo? 
Ela cria coágulos e se “esconde” evitando a ação dos fagócitos.
Neisséria
1- Cite 4 características da Neisséria sp.
São cocos gram negativos patogênicos, imóveis, não formam esporos e duas espécies 
causam doenças em humanos (Neisséria meningitidis – meningite e Neisséria 
gonorrhoeae – gonorreia).
2- Quais são os fatores de virulência da Neisséria meningitidis?
Cápsula – antifagocítica, 13 sorotipos (A, B, C, D, E, H, I, K, L, X, Y, Z e W135). 
Sorogrupos A, B e C causam a meningite.
Endotoxina (LPS) – sépsis e hemorragia
Protease IgA1 – cliva o anticorpo da classe IgA 
Pili – que permite a ligação às células da nasofaringe 
Variação antigênica. 
3- Quais os grupos de risco, os sintomas e as formas de diagnóstico de meningite?
Grupos de riscos: Crianças de 6 meses a dois anos e recrutas do exército.
A doença se dissemina através de secreções respiratórias. 
* Meningococcemia- multiplicação intravascular resulta em febre alta, calafrios, dores nas 
juntas e erupção petequial . Uma vez na corrente sanguínea, os meningococos 
disseminam-se por todo corpo e isso pode levar a meningite.
Sintomas da meningite: Cefaleia, vômitos, rigidez da nuca e pode evoluir para o coma 
em poucos dias.
Diagnóstico: Amostras: sangue, líquido cerebrospinal ou raspagem das petéquias. 
Exame direto: Coloração de GRAM – Diplococo negativo 
Cultivo: Cresce melhor em ágar chocolate. CO2 5% - 37 graus O meio clássico para o seu
cultivo é Thayer- Martin VCN (ágar chocolate com antibióticos incluídos para matar as 
bactérias competidoras. Vancomicina, colistina e nistatina). 
Apenas Neisseria cresce nesse meio 
V= vancomicina que mata os gram positivos
C = colistina que mata todos os gram negativos, exceto Neisseria
N=nistatina que elimina fungos. 
Provas bioquímicas: Oxidase positiva (parede celular contém citocromo oxidase que oxida
o corante tetrametil fenilenodiamina de incolor para rosa intenso). Usado para identificar 
colônias. Fermentação da glicose e Maltose.
Sorologia: anticorpos contra polissacarídeos capsulares.
PCR: para ácido nucleico.
**Neisseria meningitidis mataboliza a maltose, enquanto a Neisseria gonorrhoeae não 
consegue
Enterobactérias
1-Cite características da Enterobactérias.
Principal causa de infecção intestinal, representam 80% de cocos Gram negativos de 
importância clínica, responsáveis por 70% de infecções urinárias e 50% de septicemias, 
anaeróbios facultativos, podem ser cultivados em diversos meios de cultura, como 
MacConkey ou ágar sangue 
Algumas são patogênicas (Salmonella, Shigella e Yersinia) e não são comensais, 
Fermentam a glicose, catalases positivos, reduzem o nitrato a nitrito (NO3 –NO2) e são 
oxidases negativos.
2- Quais são as estruturas antigênicas?
Antígeno O – (componente mais externo do LPS). 
Antígeno K – cápsula que cobre o antígeno O. Responsável por bacteremia.
Antígeno H – Determinante antigênico presente no flagelo. Só bactérias móveis terão 
esse antígeno. 
*Ex: Shigella não tem o antígeno H e Salmonella tem! 
3- Através de quais testes descobrimos se é uma Enterobactéria?
Coloração de GRAM, fermentação da glicose, teste da oxidase.
4- Quais os principais tipos de infecções que a E. Coli causa?
É o comensal mais oportunista, quando patogênica, pode causar infecção intra e extra-
intestinal, importante causador de infecções intestinais, como diarreia intensa e disenteria,
infecções urinárias (desde cistite até pielonefrite), meningite neonatal (segunda causa, a 
primeira é estreptococos do grupo B), pneumonianos hospitais.
5- Quais as principais características da E. Coli e como ela é transmitida?
São Gram negativas, normalmente residem no cólon sem causar doença, fermenta 
glicose e a maioria a lactose também, são beta-hemolítica, produz indol a partir do 
triptofano.
Transmissão: fecal-oral, colonização em cateteres em pacientes hospitalizados e ingestão
de alimentos e água contaminados com fezes.
6- Quais são os fatores de virulência da E. Coli?
Aderência a mucosa por conta das fímbrias (fator de colonização), LPS, toxinas, 
sideróforo, adesinas, cápsula – antígeno K e flagelos - antígeno H.
7- Qual a diferença entre diarreia e disenteria?
Diarreia: aumento do numero de evacuações, normalmente acompanhadas de fezes 
amolecidas (pastosas ou líquidas). Disenteria: doença inflamatória intestinal que provoca 
diarreia, mas sempre acompanhada de muco e sangue. Pessoas com disenteria 
apresentam febre, tosse, cólicas intestinais, e diminuição do apetite (perda de peso e 
desnutrição).
8- Sabemos que a E. Coli é causadora de problemas gástricos, então diferencie 
cada umas delas.
• E. coli enterotoxigênica (ETEC) 
Causa: Ingestão de água e alimentos contaminados com fezes 
Doença: diarreia dos viajantes – que é uma gastroenterite com diarreia líquida, dor 
abdominal febre baixa, náusea e mal-estar. Mediada por exotoxinas (LT e ST) similares as
exotoxinas da cólera. Causa o desequilíbrio osmótico. Isso produz a diarreia com até 20 
litros sendo perdido em um dia!! Diagnóstico: Identificação bioquímica de E.coli nas fezes.
O método se baseia na detecção de toxinas por ensaios imunológicos ou por PCR. 
Tratamento: reposição de água, alimentação leve e reposição de eletrólitos.
• E. Coli enteropatogênica (EPEC)
Causa: Ingestão de água e alimentos contaminados com fezes. Em hospitais por via 
aérea. 
Doença: Mais importante em lactentes, adesão à mucosa do intestino e destruição das 
microvilosidades.
Sintomas: Vômito, mal estar, febre e muco nas fezes. 
Tratamento: hidratação.
• E. Coli enterehemorrágica (EHEC)
Gado é a forma de contágio principal (vivem no intestino de animais ruminantes). 
Doença: Mediada pela toxina shiga (mesmo mecanismo de ação da toxina da Shigella), 
que inibem a síntese de proteínas e com isso destroem as células epiteliais e os 
eritrócitos. 
Sintomas: Diarreia sanguinolenta, acompanhada de graves cólicas abdominais e recebe o
nome de colite hemorrágica. Podendo progredir para síndrome urêmica hemolítica com 
anemia, trombocitopenia (decréscimo nas plaquetas) e falência renal.
• E. Coli enteroinvasiva (EIEC)
Transmissão: água e alimentos contaminados.
Sintomas: febre, mal-estar, cólicas, diarreia aquosa que pode progredir para disenteria, 
fezes sanguinolentas.
Doença: Mesma doença causada por Shigella (invasiva). Elas compartilham plasmídeo 
que dá a capacidade de invadirem células epiteliais. O hospedeiro tenta se livrar das 
bactérias invasoras das células epiteliais e ATIVA UMA RESPOSTA INFLAMATÓRIA (os 
leucócitos invadem a parede do intestino). A diarreia é sanguinolenta com leucócitos do 
sangue.
Klebsiella pneumoniae 
1- Cite características da Klebsiella pneumoniae.
Entérico encapsulado antígeno O, não tem o antígeno H porque é imóvel, causa sépsis 
nos hospitais (segunda causa depois da E. coli), pneumonia caracterizada por escarro 
sanguinolento em cerca de 50% dos casos violenta e com frequência, destrói o tecido do 
pulmão, taxa de mortalidade alta mesmo com terapia de antibióticos e é lactase positivo. 
Proteus mirabilis 
1- Cite as principais características do Proteus mirabilis.
Muito móvel, degrada ureia (grandes quantidades de urease), outra causa comum de 
infecções do trato urinário e infecções adquiridas nos hospitais, exame revela pH alcalino,
forma biofilmes em cateter e é negativo para Lactase.
2- No teste da ureia em amônia, qual deve ser a cor de cada tubo?
 No tubo com E. Coli, da reação negativa (cor amarela).
 No tubo com a Proteus sp., dá reação positiva (cor rosa).
Shigella
1- Quais as principais características da Shigella?
Imóveis, não fermentam lactose, não produz H2S (Sulfeto de hidrogênio), Shigella não é 
considerada da microbiota normal. É SEMPRE patógeno. 
2- Qual a similaridade da Shigella com a E. Coli?
Shigella é similar a E. coli enteroinvasiva (EIEC) pois ambas invadem as células epiteliais 
intestinais e liberam shiga que causa destruição celular 
3- Explique o mecanismo de ação da Toxina Shiga.
Toxina Shiga – o mecanismo de ação é o mesmo de EHEC e EIEC. Ligam-se às 
membranas das microvilosidades no cólon e inativam a síntese de proteínas nas células 
epiteliais. 
Yersinia enterocolítica
1- Quais as características da Yersinia enterocolítica?
Bacilo gram negativo, móvel, não esporulado, oxidase negativo, fermenta glicose, causa 
gastroenterite, infecções adquiridas pela via fecal-oral, por ingestão de água e alimentos 
contaminados, como leite e carne contaminados, dá febre, diarreia e dor abdominal que 
confunde com a dor de apendicite, sobrevive em baixas temperaturas, habita em vários 
animais e no homem.
2- Como é feito o diagnóstico de Yersinia enterocolítica?
Isolamento desse organismo das fezes ou sangue. Principalmente em meio MacConkey, 
a 37º com posterior identificação bioquímica e sorológica da bactéria. Pacientes com 
sepsis deve ser tratado com antibiótico.
Salmonella
1- Quais as principais características da Salmonella?
NÃO fermentador de lactose, produz H2S (sulfeto de hidrogênio), móvel, antígeno Vi 
(virulência) é uma cápsula que envolve o antígeno O protegendo do ataque de anticorpos,
S. typhi (hospedeiro é humano), S. choleraesuis e S. enteritidis é por infecção por 
alimento/água contaminada de fezes de animais. Não faz parte da microbiota normal. 
Como a Shigella, ela é sempre patogênica.
2- Quais doenças a Salmonella pode causar? Fale sucintamente sobre cada.
• Febre tifoide – Após invadir as células epiteliais intestinais, ela invade os 
linfonodos e multiplos órgãos (fígado, baço e vesícula). Durante essa invasão eles 
são fagocitados pelos macrófagos e podem viver dentro deles, sendo parasita 
intracelular facultativo. 1 a 3 semanas depois da exposição, vem febre, dor de 
cabeça e dor parecida com apendicite. Diagnóstico: cultura de sangue, urina ou 
fezes.
• Estado do portador – Pessoas que se recuperaram da febre tifoide e tornaram-se 
portadores crônicos, carreando Salmonella typhi nas vesículas biliares e 
excretando as bactérias constantemente. Não estão ativamente infectadas e não 
apresentam sintomas (Alguns fazem remoção cirurgica da vesícula biliar para 
alcançar a cura).
• Sepsis – Todas as espécies de Salmonella podem causar bacteriemia. Grupos de 
risco são crianças, idosos e soro positivos.
• Gastroenterite – Ingestão de água ou alimentos contaminados. Diarreia não 
sanguinolenta, náuseas, dores abdominais tipo cólica e cefaleias. Dura de 2 dias 
até 1 semana. 
Micobactérias, Tuberculose e Hanseníase
1- Quais são as principais características das micobactérias?
Bacilos imóveis, não esporulados, aeróbios ou microaerófilos, sendo, sua principal 
característica, a capacidade de resistir à descoloração quando tratadas com álcool-ácido. 
2- A patogenicidade do bacilo da tuberculose tem sido relacionada a quais 
compostos químicos localizados em sua parede celular?
O dimicolato de trealose, um componente lipídico tóxico, conhecido como "fator 
corda".Outro composto químico seriam os sulfolipídeos que em culturas de macrófagos 
foram encontrados inibindo a função microbicida normal pela inibição da fusão do 
fagossoma-lisossoma. E os micosídeos que seriam responsáveis pela formação da "zona 
elétron transparente" ( ETZ ) ou cápsula que protegeria a bactéria contra propriedades 
microbicidas dos macrófagos dos hospedeiros. 
3-Os micosídeos são compostos por duas classes principais, quais são elas?
Peptidoglicolípidios (micosídeo C): contêm ácidomicoserósico, açucar e aminoácidos 
e estão amplamente distribuídos por todo o gênero Mycobacterium. 
Glicolípidio fenólico: foram isolados de Mycobacterium kansasii, Mycobacterium bovis e 
Mycobacterium marinum e são chamados micosídeos A, B e G respectivamente.
4- As micobactérias são divididas em 4 grupos, quais são eles e suas 
características?
Grupo I: estão incluídas as micobactérias de crescimento lento. Produzem colônias com 
pigmentação de cor amarelada, quando expostas à luz. São, por isso, denominadas 
"fotocromógenas".
Grupo II: micobactérias de crescimento lento, que também produzem colônias com 
pigmentação de cor amarelada, porém, independente de exposição à luz. São 
denominadas "escotocromógenas".
Grupo III: micobactérias de crescimento lento, que podem produzir pequena ou nenhuma 
pigmentação, mesmo quando expostas à luz intensa. São denominadas acromógenas, 
Grupo IV: micobactérias de crescimento rápido (três a sete dias) que podem apresentar 
ou não pigmentação.
5-Atualmente, tem se proposto um esquema de classificação alternativo, baseado 
no potencial patogênico da espécie. De acordo com o grau de patogenicidade, as 
micobactérias são divididas em três grupos, quais são? 
Estritamente patogênicas ou patógenos estritos, potencialmente patogênicas e raramente 
patogênicas.
6- Como é feito o diagnóstico de Micobactéria e como é sua identificação?
Exame Microscópico: A baciloscopia é considerada o procedimento mais rápido e fácil 
permitindo ao laboratório detectar a presença de bacilos álcool- ácido resistentes (BAAR).
Cultura: O diagnóstico laboratorial da tuberculose pulmonar e outras micobacterioses 
depende da detecção e isolamento de BAAR a partir de espécimes clínicos de origem 
pulmonar e extrapulmonar, podendo ser contaminados (escarro, lavado gástrico, urina) ou
estéreis (liquor, sangue, líquido pleural, medula óssea). 0 meio mais utilizado para o 
isolamento de micobactérias é o Lowenstein-Jensen.
Identificação das Micobactérias: As micobactérias são identificadas por suas 
características morfológicas, velocidade de crescimento em meios de cultura apropriados,
capacidade de crescimento em meios de cultura contendo inibidores, morfologia colonial, 
pigmentação e reações bioquímicas e enzimáticas. 
7- O que é a hanseníase e como é transmitida?
É infecção granulomatosa crônica, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae. Apresenta 
alta contagiosidade e baixa morbidade. A transmissão ocorre pelo contato íntimo e 
prolongado de indivíduo suscetível com paciente bacilífero, através da inalação de 
bacilos. A melhor forma de cessar a transmissão é o diagnóstico e tratamento precoce. 
8-Como é feito o diagnostico laboratorial para Hanseníase?
Nenhum exame laboratorial é suficiente para diagnosticar ou classificar a hanseníase. 
Ultrassonografia e ressonância magnética auxiliam no diagnóstico da forma neural pura e 
neurite. Eletroneuromiografia é util no acompanhamento das reações. Intradermorreação 
de Mitsuda, baciloscopia e histopatologia, geralmente, permitem diagnosticar e classificar 
a forma clínica. Sorologia, inoculação, reação de imunoistoquímica e reação em cadeia da
polimerase (PCR) são técnicas utilizadas principalmente em pesquisas. 
9- Fale sobre a Tuberculose.
A tuberculose é uma doença infecciosa, causada pelo Mycobacterium tuberculosis, que 
compromete principalmente os pulmões, podendo, entretanto, manifestar-se clinicamente 
de inumeras maneiras e em diversos órgãos. Constituído por bacilos imóveis, não 
capsulados, não esporulados, e não formadores de colônias. Formam agrupamentos 
característicos de ramos alongados e tortuosos, conhecidos como cordas, característica 
importante para a visualização e diferenciação do bacilo em análises microscópicas. M. 
tuberculosis não é encontrado livre na natureza, sendo transmitido principalmente por via 
aerógena. Sua infecção possui baixa morbidade, o que, aliado a seu crescimento lento, 
proporciona uma manifestação patológica de curso lento e crônico em indivíduos de baixa
imunidade. Tem preferência pela colonização dos pulmões, já que sendo um aeróbico 
estrito encontra neste órgão melhores condições de crescimento e transmissão. A vacina 
BCG dada em recém-nascidos é para prevenir a tuberculose.
10- Quais os principais sintomas de tuberculose? E quais tipos de exame são solicitados?
Dor torácica, tosse, hemoptise, dispneia, e rouquidão. Os exames utilizados na 
investigação diagnóstica da tuberculose podem ser: bacteriológicos, bioquímicos, 
citológicos, radiológicos, histopatológicos, imunológicos e àqueles baseados na biologia 
molecular.

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