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Livro Eletrônico Aula 02 Contabilidade Geral - Pronunciamentos Contábeis p/ CFC 2018.1 (Bacharel em Contábeis) Consulplan Professor: Gilmar Possati 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 108 Sumário 1. CPC 05 ± Divulgação sobre Partes Relacionadas 2 2. CPC 06 ± Operações de Arrendamento Mercantil 20 3. Questões comentadas 55 4. Resumo 86 5. Lista das Questões Apresentadas 89 6. Gabarito 108 AULA 2: CPC 05 (NBC TG 05) - Divulgação sobre Partes Relacionadas CPC 06 (NBC TG 06) - Operações de Arrendamento Mercantil 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 108 Pessoal, hoje vamos estudar mais dois pronunciamentos contábeis: CPC 05 (R1) ± Divulgação sobre Partes Relacionadas CPC 06 (R1) ± Operações de Arrendamento Mercantil Bons estudos! Gilmar Possati prof.possati@gmail.com Curta a nossa página e fique ligado(a) em todas as nossas atividades. www.facebook.com.br/profgilmarpossati Inscreva-se no nosso canal no YouTube: Contabilizando e fique antenado(a) com muitas dicas, análises, questões comentadas, promoções e muito mais. 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 108 Galera, diferente dos Pronunciamentos que estudamos até agora, o CPC 05 não é muito exigido em provas, porém é claro que temos que saber os principais pontos que podem frequentar as provas. Avante! DEFINIÇÃO EP�SULPHLUR�OXJDU�GHYHPRV�VDEHU�TXDO�D�GHILQLomR��R�TXH�VLJQLILFD�³SDUWHV� UHODFLRQDGDV´�� Segundo o CPC 05, parte relacionada é a pessoa ou a entidade que está relacionada com a entidade que está elaborando suas demonstrações contábeis. Nesse sentido: A - Uma pessoa, ou um membro próximo de sua família, está relacionada com a entidade que reporta a informação se: (i) tiver o controle pleno ou compartilhado da entidade que reporta a informação; (ii) tiver influência significativa sobre a entidade que reporta a informação; (iii) for membro do pessoal chave da administração da entidade que reporta a informação ou da controladora da entidade que reporta a informação. B - Uma entidade está relacionada com a entidade que reporta a informação se qualquer das condições abaixo for observada: (i) a entidade e a entidade que reporta a informação são membros do mesmo grupo econômico (o que significa dizer que a controladora e cada controlada são interrelacionadas, bem como as entidades sob controle comum são relacionadas entre si); CPC 05 (R1) ± Divulgação sobre Partes Relacionadas 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 108 (ii) a entidade é coligada ou controlada em conjunto (joint venture) de outra entidade (ou coligada ou controlada em conjunto de entidade membro de grupo econômico do qual a outra entidade é membro); (iii) ambas as entidades estão sob o controle conjunto (joint ventures) de uma terceira entidade; (iv) uma entidade está sob o controle conjunto (joint venture) de uma terceira entidade e a outra entidade for coligada dessa terceira entidade; (v) a entidade é um plano de benefício pós-emprego cujos beneficiários são os empregados de ambas as entidades, a que reporta a informação e a que está relacionada com a que reporta a informação. Se a entidade que reporta a informação for ela própria um plano de benefício pós-emprego, os empregados que contribuem com a mesma serão também considerados partes relacionadas com a entidade que reporta a informação; (vi) a entidade é controlada, de modo pleno ou sob controle conjunto, por uma pessoa identificada na letra A; (vii) uma pessoa identificada na letra A (i) tem influência significativa sobre a entidade, ou for membro do pessoal chave da administração da entidade (ou de controladora da entidade); (viii) a entidade, ou qualquer membro de grupo do qual ela faz parte, fornece serviços de pessoal-chave da administração da entidade que reporta ou à controladora da entidade que reporta. Segundo o CPC 05, não são partes relacionadas: (a) duas entidades simplesmente por terem administrador ou outro membro do pessoal chave da administração1 em comum, ou porque um membro do pessoal chave da administração da entidade exerce influência significativa sobre a outra entidade; (b) dois empreendedores em conjunto simplesmente por compartilharem o controle conjunto sobre um empreendimento controlado em conjunto (joint venture). Sei que você não absorveu quase nada dessa montanha de teoria, não é mesmo? Pois é... vida de estudante de CPCs não é fácil... 1 Pessoal chave da administração são as pessoas que têm autoridade e responsabilidade pelo planejamento, direção e controle das atividades da entidade, direta ou indiretamente, incluindo qualquer administrador (executivo ou outro) dessa entidade. 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 108 Ciente dessa realidade (será?), o próprio CPC nos deu uma mãozinha, pois trouxe alguns exemplos, os quais (obviamente) adaptamos para torná-los mais fáceis de serem compreendidos... Vamos, então, a esses exemplos que, espero, possam te ajudar a YLVXDOL]DU�PHOKRU�R�TXH�p�FRQVLGHUDGR�³3DUWHV�5HODFLRQDGDV´�H�R�TXH�QmR� é! Exemplo 1 - Coligadas e controladas A entidade controladora detém o controle das entidades A, B e C e exerce influência significativa sobre as entidades 1 e 2. A controlada C exerce influência significativa sobre a coligada 3. Conclusões: 1. Para fins das demonstrações contábeis separadas e individuais, as controladas A, B e C e as coligadas 1, 2 e 3 são consideradas partes relacionadas. Assim, temos: Para fins das demonstrações contábeis da controlada A, a controladora, as controladas B e C e as coligadas 1, 2 e 3 são consideradas partes relacionadas. Controladora Controlada A Controlada B Controlada C Coligada 2 Coligada 3 Coligada 1 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 108 Para fins das demonstrações contábeis separadas e individuais da controlada B, a controladora, as controladas A e C e as coligadas 1, 2 e 3 são consideradas partes relacionadas. Para fins das demonstrações contábeis da controlada C, a controladora, as controladas A e B e as coligadas 1, 2 e 3 são consideradas partes relacionadas. Para fins das demonstrações contábeis das coligadas 1, 2 e 3, a controladora e as controladas A, B e C são consideradas partes relacionadas. Para fins das demonstrações contábeis consolidadas da controladora, as coligadas 1, 2 e 3 são consideradas partes relacionadas com o grupo econômico. 2. As coligadas 1, 2 e 3 não são consideradas partes relacionadas entre elas. Exemplo 2 - Pessoal chave da administração A pessoa X detém 100% de investimento na entidade A e é membro do pessoal chaveda administração da entidade C. A entidade B detém 100% de investimento na entidade C. Conclusões: 1. Para fins das demonstrações contábeis da entidade C, a entidade A é parte relacionada com a entidade C em função de a pessoa X controlar a entidade A e ser membro do pessoal chave da administração da entidade C. Para fins das demonstrações contábeis da entidade A, a entidade C é parte relacionada com a entidade A em função de a pessoa X controlar a Pessoa X Entidade A Entidade B Entidade C Controle Controle 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 108 entidade A e ser membro do pessoal chave da administração da entidade C. Ilustrando, temos: 2. Para fins das demonstrações contábeis da entidade C, a entidade A também é parte relacionada com a entidade C se a pessoa X for membro do pessoal chave da administração da entidade B e não for da entidade C. Para fins das demonstrações contábeis da entidade A, a entidade C também é parte relacionada com a entidade A se a pessoa X for membro do pessoal chave da administração da entidade B e não for da entidade C. Ilustrando, temos: 3. Ademais, as possíveis situações descritas nos itens 1 e 2 acima produzem os mesmos efeitos se a pessoa X controlar de modo compartilhado (conjunto) a entidade A. Ilustrando, temos: Pessoa X Entidade A Entidade B Entidade C Controle Controle Pessoa X Entidade A Entidade B Entidade C Controle Controle Entidade A e Entidade C são partes relacionadas Entidade A e Entidade C são partes relacionadas 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 108 4. Se a pessoa X exercer tão somente influência significativa sobre a entidade A e não controlá-la de modo pleno ou em conjunto, então as entidades A e C não são consideradas partes relacionadas uma da outra. Ilustrando, temos: Pessoa X Entidade A Entidade B Entidade C Influência Significativa Pessoa X Entidade A Entidade B Entidade C Controle Compartilhado Controle Compartilhado Entidade A e Entidade C são partes relacionadas Controle Pessoa X Entidade A Entidade B Entidade C Controle Compartilhado Controle Compartilhado Entidade A e Entidade C são partes relacionadas 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 108 5. Para fins das demonstrações contábeis consolidadas da entidade B, a entidade A é parte relacionada como grupo econômico, se a pessoa X for membro do pessoal chave da administração do grupo. Exemplo 3 ± Pessoa como investidora A pessoa X tem investimento na entidade A e na entidade B Conclusões 1. Para fins das demonstrações contábeis da entidade A, se a pessoa X controlar, de modo pleno ou em conjunto, a entidade A, a entidade B é considerada parte relacionada da entidade A quando X controlar, de modo pleno ou em conjunto, ou exercer influência significativa sobre a entidade B. Ilustrando, temos: 2. Se a pessoa X exercer influência significativa sobre ambas as entidades A e B, as entidades A e B não são consideradas partes relacionadas uma NÃO são partes relacionadas Pessoa X Entidade A Entidade B Entidade A Entidade B Pessoa X Controle Pleno ou Conjunto Entidade A e Entidade B são partes relacionadas Controle Pleno ou Conjunto ou influência significativa 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 108 da outra. Ilustrando, temos: Exemplo 4 ± Membros próximos à família detentora de holding de investimentos A pessoa X é sócia de Y. A pessoa X tem investimento na entidade A e a pessoa Y tem investimento na entidade B. Conclusões 1. Para fins das demonstrações contábeis da entidade A, se a pessoa X controlar, de modo pleno ou em conjunto, a entidade A, a entidade B é considerada parte relacionada com a entidade A quando a pessoa Y controlar, de modo pleno ou em conjunto, ou exercer influência significativa sobre a entidade B. Para fins das demonstrações contábeis da entidade B, se a pessoa X controlar, de modo pleno ou em conjunto, a entidade A, a entidade A é considerada parte relacionada com a entidade B, quando a pessoa Y controlar, de modo pleno ou em conjunto, ou exercer influência significativa sobre a entidade B. Entidade A Entidade B Pessoa X Influência significativa Influência significativa NÃO são partes relacionadas Pessoa X Pessoa Y Entidade A Entidade B Sócia 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 108 Ilustrando, temos: 2. Se a pessoa X exercer influência significativa sobre a entidade A e a pessoa Y exercer influência significativa sobre a entidade B, as entidades A e B não são consideradas partes relacionadas uma da outra. Esse ponto já foi exigido pela FGV. 1. (FGV/Analista Legislativo/Contabilidade/CM Caruaru/2015) João possui investimentos na Cia. J enquanto Maria possui investimentos na Cia. M. João e Maria são sócios em uma empresa holding que não possui participação nas Cias. J e M. Pessoa X Pessoa Y Entidade A Entidade B Controle Pleno ou Conjunto Controle Pleno ou Conjunto ou influência significativa Entidade A e Entidade B são partes relacionadas Sócia Pessoa X Pessoa Y Entidade A Entidade B Influência significativa Sócia Influência significativa NÃO são partes relacionadas 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 108 De acordo com o pronunciamento técnico CPC 05 (R1) ± Divulgação sobre Partes Relacionadas, assinale a opção em que a Cia. M e a Cia. J não são partes relacionadas. a) João controla de modo pleno a Cia. J e Maria controla de modo pleno a Cia. M. b) João controla em conjunto a Cia. J e Maria exerce influência significativa sobre a Cia. M. c) João controla em conjunto a Cia. J e Maria controla em conjunto a Cia. M. d) João controla de modo pleno a Cia. J e Maria controla em conjunto a Cia. M. e) João exerce influência significativa sobre a Cia. J e Maria exerce influência significativa sobre a Cia. M. Segundo o CPC 05, não são partes relacionadas: (a) duas entidades simplesmente por terem administrador ou outro membro do pessoal chave da administração em comum, ou porque um membro do pessoal chave da administração da entidade exerce influência significativa sobre a outra entidade; (b) dois empreendedores em conjunto simplesmente por compartilharem o controle conjunto sobre um empreendimento controlado em conjunto (joint venture) Adaptando nossoexemplo a essa excelente questão, temos: Se a pessoa X (João) exercer influência significativa sobre a entidade A (Cia. J.) e a pessoa Y (Maria) exercer influência significativa sobre a entidade B (Cia. M.), as entidades A e B (Cias. J e M) não são consideradas partes relacionadas uma da outra. Pessoa X (João) Pessoa Y (Maria) Entidade A (Cia. J.) Entidade B (Cia. M.) Influência significativa Sócia Influência significativa NÃO são partes relacionadas 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 108 Gabarito: E Exemplo 5 ± Entidade que exerça controle compartilhado (venturer) A entidade A controla de modo conjunto a entidade B e, simultaneamente, exerce influência significativa e controla de modo conjunto a entidade C. Conclusões 1. Para fins das demonstrações contábeis da entidade B, a entidade C é considerada parte relacionada com a entidade B. Similarmente, para fins das demonstrações contábeis da entidade C, a entidade B é considerada parte relacionada com a entidade C. Galera, se mesmo com os exemplos não ficou muito claro, tenho uma dica (ufa!) que pode ser muito útil. #ficaadica Æ Sempre que se deparar com uma questão em que são exigidos exemplos de partes relacionadas, procure a opção que possua as seguintes palavras-chave: controle, influência significativa, grupo econômico, coligadas, controladas, pessoal- chave, entre outras. Já usamos essa técnica das palavras-chave em nosso curso... aqui apenas adaptamos! Vamos ver como isso é útil na prática? Entidade A Entidade B Entidade C Controle Conjunto Controle Conjunto e Influência significativa Entidade B e Entidade C são partes relacionadas 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 108 2. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/SEFAZ-SP/2009) São consideradas operações com partes relacionadas a) as compras ou as vendas de bens realizadas com fornecedores diversos. b) o pagamento de dividendos a acionistas minoritários. c) o fornecimento de garantias, avais ou fianças a empresas coligadas. d) o adiantamento a empregados e a fornecedores. e) os contratos de seguros e benefícios a empregados. Pessoal, vamos repetir aqui nossa dica: sempre que se deparar com uma questão em que são exigidos exemplos de partes relacionadas, procure a opção que possua as seguintes palavras-chave: controle, influência significativa, grupo econômico, coligadas, controladas, pessoal-chave, entre outras. Veja que somente com esse raciocínio nós podemos acertar esta questão. Observe que a única opção em que há uma palavra-chave (coligadas) OLJDGD� D� SDUWHV� UHODFLRQDGDV� p� D� ³&´�� $V� GHPDLV� RSo}HV� VmR� DSHQDV� invenções da mente fértil do examinador. Gabarito: C Vamos ver mais uma questão... 3. (FCC/Analista/CVM/2003) De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade, são consideradas partes relacionadas da companhia a) o cônjuge ou companheiro(a) de acionistas com direito a voto. b) entidades que tenham com a companhia um diretor em comum, que não possa ser capaz de afetar as diretrizes de ambas as sociedades nas transações entre si. 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 108 c) pessoas-chave de sua administração, isto é, pessoas que têm autoridade e responsabilidade de planejar, dirigir e controlar as atividades da sociedade. d) financiadores, companhias de utilidade pública, sindicatos e órgãos e agências governamentais, no curso de suas transações normais com a entidade. e) pessoas físicas ou jurídicas que ela tenha possibilidade de contratar em condições de comutatividade e independência. Vamos aplicar a nossa técnica da palavra-chave? E aí... qual a única opção que nos remete a alguma palavra-chave ligada a partes UHODFLRQDGDV"�%LQJR��2SomR�³&´�QD�YHLD��9HMD�TXH�HOD�IDOD�HP�³pessoas- chave´� Gabarito: C Meus camaradas, com essa dica superamos o primeiro grande ponto de exigência do CPC 05: saber identificar exemplos do que é considerado parte relacionada e o que não é... Vamos agora estudar outro ponto de grande exigência do CPC 05: divulgação das partes relacionadas. DIVULGAÇÃO DAS PARTES RELACIONADAS Objetivamente, devemos saber o seguinte sobre esse ponto: Segundo o CPC 05, os relacionamentos entre controladora e suas controladas devem ser divulgados independentemente de ter havido ou não transações entre essas partes relacionadas. A entidade deve divulgar o nome da sua controladora direta e, se for diferente, da controladora final. Se nem a controladora direta tampouco a controladora final elaborarem demonstrações contábeis consolidadas disponíveis para o público, o nome da controladora do nível seguinte da estrutura societária que proceder à elaboração de ditas demonstrações também deve ser divulgado. Veja como o CESPE exigiu esse ponto. 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 108 4. (CESPE/Analista/Contabilidade e Finanças/FUNPRESP-EXE/2016) Não ocorrendo transações entre as partes relacionadas, a divulgação do nome da controladora direta pela empresa controlada supre a divulgação do nome da controladora final. Para fixar! Segundo o CPC 05, os relacionamentos entre controladora e suas controladas devem ser divulgados independentemente de ter havido ou não transações entre essas partes relacionadas. A entidade deve divulgar o nome da sua controladora direta e, se for diferente, da controladora final. Se nem a controladora direta tampouco a controladora final elaborarem demonstrações contábeis consolidadas disponíveis para o público, o nome da controladora do nível seguinte da estrutura societária que proceder à elaboração de ditas demonstrações também deve ser divulgado. Gabarito: Errado Para possibilitar que os usuários de demonstrações contábeis formem uma visão acerca dos efeitos dos relacionamentos entre partes relacionadas na entidade, é apropriado divulgar o relacionamento entre partes relacionadas quando existir controle, tendo havido ou não transações entre as partes relacionadas. Além disso, o CPC 05 destaca que a entidade deve divulgar a remuneração do pessoal chave da administração no total e para cada uma das seguintes categorias: (a) benefícios de curto prazo a empregados e administradores; (b) benefícios pós-emprego; (c) outros benefícios de longo prazo; (d) benefícios de rescisão de contrato de trabalho; e (e) remuneração baseada em ações. O CPC 05 ressalta, ainda, que os valores incorridos pela entidade para a prestação de serviços de pessoal-chave da administração, que são fornecidos por entidade administradora separada, também devem ser divulgados. Veja como o CESPE exigiu o assunto recentemente: 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 108 5. (CESPE/Analista/Contabilidade e Finanças/FUNPRESP-EXE/2016) A entidade que divulgar a informação contábil, caso torne público o total da remuneração do pessoal chave da administração, estará dispensadade detalhar os valores dos benefícios de curto prazo a administradores e eventual remuneração baseada em ações. Conforme estudamos, o CPC 05 destaca que a entidade deve divulgar a remuneração do pessoal chave da administração no total e para cada uma das seguintes categorias: (a) benefícios de curto prazo a empregados e administradores; (b) benefícios pós-emprego; (c) outros benefícios de longo prazo; (d) benefícios de rescisão de contrato de trabalho; e (e) remuneração baseada em ações. Não há essa ressalva disposta na questão. Mesmo que a entidade torne público o total da remuneração do pessoal chave da administração ela deve detalhar os valores dos benefícios de curto prazo a administradores e eventual remuneração baseada em ações. Gabarito: Errado Ademais, outro ponto importante que devemos saber é o seguinte: 22A. Para quaisquer transações entre partes relacionadas, faz-se necessária a divulgação das condições em que as mesmas transações foram efetuadas. Transações atípicas com partes relacionadas após o encerramento do exercício ou período também devem ser divulgadas. Esse ponto também foi recentemente exigido pelo CESPE... confira! 6. (CESPE/Analista/Contabilidade e Finanças/FUNPRESP-EXE/2016) As transações atípicas com partes relacionadas ocorridas após o encerramento do exercício em divulgação devem ser evidenciadas nas notas explicativas. 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 108 Trata-se de exigência literal do disposto no CPC 05. Para fixar! 22A. Para quaisquer transações entre partes relacionadas, faz-se necessária a divulgação das condições em que as mesmas transações foram efetuadas. Transações atípicas com partes relacionadas após o encerramento do exercício ou período também devem ser divulgadas. Gabarito: Certo Por fim, o CPC 05 ressalta que os itens de natureza similar podem ser divulgados de forma agregada, exceto quando a divulgação em separado for necessária para a compreensão dos efeitos das transações com partes relacionadas nas demonstrações contábeis da entidade. O CPC 05 expõe os seguintes exemplos de transações que devem ser divulgadas, se feitas com parte relacionada: a) compras ou vendas de bens (acabados ou não acabados); b) compras ou vendas de propriedades e outros ativos; c) prestação ou recebimento de serviços; d) arrendamentos; e) transferências de pesquisa e desenvolvimento; f) transferências mediante acordos de licença; g) transferências de natureza financeira (incluindo empréstimos e contribuições para capital em dinheiro ou equivalente); h) fornecimento de garantias, avais ou fianças; i) assunção de compromissos para fazer alguma coisa para o caso de um evento particular ocorrer ou não no futuro, incluindo contratos a executar (reconhecidos ou não); e j) liquidação de passivos em nome da entidade ou pela entidade em nome de parte relacionada. Esses exemplos já foram exigidos (para variar -) pelo CESPE! 7. (CESPE/Analista/Contabilidade e Finanças/FUNPRESP-EXE/2016) Entre as transações que devem ser divulgadas se realizadas pelas partes relacionadas incluem-se os arrendamentos, as compras de bens não acabados, as vendas de propriedades e as transferências de pesquisa e desenvolvimento. 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 108 Conforme estudamos, o CPC 05 expõe os seguintes exemplos de transações que devem ser divulgadas, se feitas com parte relacionada: a) compras ou vendas de bens (acabados ou não acabados); b) compras ou vendas de propriedades e outros ativos; c) prestação ou recebimento de serviços; d) arrendamentos; e) transferências de pesquisa e desenvolvimento; f) transferências mediante acordos de licença; g) transferências de natureza financeira (incluindo empréstimos e contribuições para capital em dinheiro ou equivalente); h) fornecimento de garantias, avais ou fianças; i) assunção de compromissos para fazer alguma coisa para o caso de um evento particular ocorrer ou não no futuro, incluindo contratos a executar (reconhecidos ou não); e j) liquidação de passivos em nome da entidade ou pela entidade em nome de parte relacionada. Gabarito: Certo Pessoal, com o que estudamos na aula estamos aptos a acertar eventuais exigências do CPC 05. Antes de você passar ao estudo do CPC 06, sugiro estudar as questões que comentamos do CPC 05 na 2ª parte da aula, ok? 05948618374 - Girlene Oliveira 2 CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 108 Pessoal, o CPC 06 é um importante Pronunciamento que vem sendo bastante explorado nos últimos anos. ALCANCE Orientação Inicial: Esse ponto do CPC ainda não foi explorado em provas de concursos, mas possui alguns detalhes que podem facilmente ser explorados pelos examinadores. Vamos, portanto, estudar esses pontos. O CPC 06 deve ser aplicado na contabilização de todas as operações de arrendamento mercantil (leasing) que não sejam (essas são as exceções): (a) arrendamentos mercantis para explorar ou usar minério, petróleo, gás natural e recursos similares não regeneráveis; e (b) acordos de licenciamento para itens tais como fitas cinematográficas, registros de vídeo, peças de teatro, manuscritos, patentes e direitos autorais (copyrights). O CPC 06 não deve ser aplicado como base de mensuração para: (a) propriedade detida por arrendatário que seja contabilizada como propriedade de investimento; (b) propriedade de investimento fornecida pelos arrendadores sob a forma de arrendamentos mercantis operacionais; (c) ativos biológicos detidos por arrendatários sob a forma de arrendamentos mercantis financeiros ou arrendamentos mercantis operacionais; ou Além disso, o CPC 06 aplica-se a acordos que transfiram o direito de usar ativos mesmo que existam serviços substanciais relativos ao funcionamento ou à manutenção de tais ativos prestados pelos arrendadores. CPC 06 (R1) ± Operações de Arrendamento Mercantil 05948618374 - Girlene Oliveira 9 CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 108 Por fim, o CPC 06 não se aplica a acordos que sejam contratos de serviço que não transfiram o direito de usar os ativos de uma parte contratante para a outra. DEFINIÇÕES Orientação Inicial: essas definições, além de importantes para o entendimento da essência das operações de arrendamento mercantil, costumam frequentar as provas, conforme veremos na sequência. Por ora, vamos apenas descrever as definições. Algumas trataremos com maiores detalhes na sequência da aula. Arrendamento mercantil é um acordo pelo qual o arrendador transmite ao arrendatário em troca de um pagamento ou série de pagamentos o direito de usar um ativo por um período de tempo acordado. Arrendamento mercantil financeiro é aquele em que há transferência substancial dos riscos e benefícios inerentes à propriedade de um ativo. O título de propriedade pode ou não vir a ser transferido. Arrendamento mercantil operacional é um arrendamento mercantil diferente de um arrendamento mercantil financeiro. Arrendamento mercantil não cancelável é um arrendamento mercantil que é cancelável apenas: (a) após a ocorrência de alguma contingência remota; (b) com a permissão do arrendador; (c) se o arrendatário contratarum novo arrendamento mercantil para o mesmo ativo ou para um ativo equivalente com o mesmo arrendador; ou (d) após o pagamento pelo arrendatário de uma quantia adicional tal que, no início do arrendamento mercantil, a continuação do arrendamento mercantil seja razoavelmente certa. Início do arrendamento mercantil é a mais antiga entre a data do acordo de arrendamento mercantil e a data de um compromisso assumido pelas partes quanto às principais disposições do arrendamento mercantil. Nessa data: (a) um arrendamento mercantil deve ser classificado como arrendamento mercantil financeiro ou arrendamento mercantil operacional; e 05948618374 - Girlene Oliveira c CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 108 (b) no caso de arrendamento mercantil financeiro, as quantias a reconhecer no começo do prazo do arrendamento mercantil são determinadas. Começo do prazo do arrendamento mercantil é a data a partir da qual o arrendatário passa a poder exercer o seu direito de usar o ativo arrendado. É a data do reconhecimento inicial do arrendamento mercantil (isto é, o reconhecimento dos ativos, passivos, receita ou despesas resultantes do arrendamento mercantil, conforme for apropriado). Prazo do arrendamento mercantil é o período não cancelável pelo qual o arrendatário contratou o arrendamento mercantil do ativo juntamente com quaisquer prazos adicionais pelos quais o arrendatário tem a opção de continuar a arrendar o ativo, com ou sem pagamento adicional, quando no início do arrendamento mercantil for razoavelmente certo que o arrendatário exercerá a opção. Pagamentos mínimos do arrendamento mercantil são os pagamentos durante o prazo do arrendamento mercantil que o arrendatário está ou possa vir a ser obrigado a fazer, excluindo pagamento contingente, custos relativos a serviços e impostos a serem pagos pelo arrendador e a ele serem reembolsados, juntamente com: (a) para o arrendatário, quaisquer quantias garantidas pelo arrendatário ou por parte relacionada a ele; ou (b) para o arrendador, qualquer valor residual garantido ao arrendador: (i) pelo arrendatário; (ii) por parte relacionada com o arrendatário; ou (iii) por terceiro não relacionado com o arrendador que seja financeiramente capaz de dar cumprimento às obrigações segundo a garantia. Contudo, se o arrendatário tiver a opção de comprar o ativo por um preço que se espera seja suficientemente mais baixo do que o valor justo na data em que a opção se torne exercível, para que, no início do arrendamento mercantil, seja razoavelmente certo que a opção será exercida, os pagamentos mínimos do arrendamento mercantil compreendem os pagamentos mínimos a serem feitos durante o prazo do arrendamento mercantil até à data esperada do exercício dessa opção de compra e o pagamento necessário para exercê-la. Valor justo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e 05948618374 - Girlene Oliveira 4 CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 108 independentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem transação compulsória. Vida econômica é: (a) o período durante o qual se espera que um ativo seja economicamente utilizável por um ou mais usuários; ou (b) o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que um ou mais usuários esperam obter do ativo. Vida útil é o período remanescente estimado, a partir do começo do prazo do arrendamento mercantil, sem limitação pelo prazo do arrendamento mercantil, durante o qual se espera que os benefícios econômicos incorporados no ativo sejam consumidos pela entidade. Valor residual garantido é: (a) para um arrendatário, a parte do valor residual que seja garantida por ele ou por parte a ele relacionada (sendo o valor da garantia o valor máximo que possa, em qualquer caso, tornar-se pagável); e (b) para um arrendador, a parte do valor residual que seja garantida pelo arrendatário ou por terceiro não relacionado com o arrendador que seja financeiramente capaz de satisfazer as obrigações cobertas pela garantia. Valor residual não garantido é a parte do valor residual do ativo arrendado, cuja realização pelo arrendador não esteja assegurada ou esteja unicamente garantida por uma parte relacionada com o arrendador. Custos diretos iniciais são custos incrementais que são diretamente atribuíveis à negociação e estruturação de um arrendamento mercantil, exceto os custos incorridos pelos arrendadores fabricantes ou comerciantes. Investimento bruto no arrendamento mercantil é a soma: (a) dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil a receber pelo arrendador segundo um arrendamento mercantil financeiro; e (b) de qualquer valor residual não garantido atribuído ao arrendador. Investimento líquido no arrendamento mercantil é o investimento bruto no arrendamento mercantil descontado à taxa de juros implícita no arrendamento mercantil. 05948618374 - Girlene Oliveira 4 CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 108 Receita financeira não realizada é a diferença entre: (a) o investimento bruto no arrendamento mercantil; e (b) o investimento líquido no arrendamento mercantil. Taxa de juros implícita no arrendamento mercantil é a taxa de desconto que, no início do arrendamento mercantil, faz com que o valor presente agregado: a) dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil; e b) do valor residual não garantido seja igual à soma (i) do valor justo do ativo arrendado e (ii) de quaisquer custos diretos iniciais do arrendador. Taxa de juros incremental de financiamento do arrendatário é a taxa de juros que o arrendatário teria de pagar num arrendamento mercantil semelhante ou, se isso não for determinável, a taxa em que, no início do arrendamento mercantil, o arrendatário incorreria ao pedir emprestado por prazo semelhante, e com segurança semelhante, os fundos necessários para comprar o ativo. Pagamento contingente é a parcela dos pagamentos do arrendamento mercantil que não seja de quantia fixada, e sim baseada na quantia futura de um fator que se altera sem ser pela passagem do tempo (por exemplo, percentual de vendas futuras, quantidade de uso futuro, índices de preços futuros, taxas futuras de juros do mercado). Vamos ver como já foi exigido em prova essas definições acima descritas? 8. (COPS UEL/Auditor Fiscal/SEFAZ-PR/2012) A resolução que trata de operações de arrendamento mercantil define o termo arrendamento mercantil como sendo um acordo pelo qual o a) arrendador transmite ao arrendatário, mediante um contrato de comodato sem uma contraprestação de remuneração, o direito de usar um ativo por um período de tempo acordado. b) arrendador transmite ao arrendatário, em troca de um pagamento ou série de pagamentos, o direito de usar um ativo por um período de tempo acordado nunca inferior a um ano, nem superior a cinco anos. c) arrendador transmite ao arrendatário, em troca de um pagamento ou série de pagamentos, o direito de usar um ativo por um período de tempo acordado. 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 108 d) arrendatário transmite ao arrendador, mediante um contrato de comodato sem uma contraprestação de remuneração, o direito de usar um ativo por um período de tempoacordado. e) arrendatário transmite ao arrendador, em troca de um pagamento ou série de pagamentos, o direito de usar um ativo por um período de tempo acordado. Nos termos do CPC 06, Arrendamento mercantil é um acordo pelo qual o arrendador transmite ao arrendatário em troca de um pagamento ou série de pagamentos o direito de usar um ativo por um período de tempo acordado. Veja que a questão exige conhecimento literal da definição de arrendamento mercantil disposta no CPC 06. Gabarito: C 9. (FUNCAB/Contador/CRF-RO/2015) De acordo com a NBC TG 06 ± Operações de Arrendamento Mercantil, a soma dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil a receber pelo arrendador segundo um arrendamento mercantil financeiro e de qualquer valor residual não garantido atribuído ao arrendador, é denominada: a) custos diretos iniciais. b) receita financeira não realizada. c) investimento bruto no arrendamento mercantil. d) pagamento contingente. e) investimento líquido no arrendamento mercantil. Trata-se de questão que exige conhecimentos sobre as definições descritas no item 4 do CPC 06, Investimento bruto no arrendamento mercantil é a soma: (a) dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil a receber pelo arrendador segundo um arrendamento mercantil financeiro; e (b) de qualquer valor residual não garantido atribuído ao arrendador. Gabarito: C 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 108 CLASSIFICAÇÃO DO ARRENDAMENTO MERCANTIL Orientação Inicial: Esse ponto do CPC é o mais explorado, se considerarmos as bancas como um todo. Trata-se de um conhecimento básico que frequenta provas de todos os níveis. Logo, fique alerta! Vimos nas definições acima que existem dois tipos de arrendamento mercantil: o financeiro e o operacional. Segundo o CPC 06, a classificação de arrendamentos mercantis adotada baseia-se na extensão em que os riscos e benefícios inerentes à propriedade de ativo arrendado permanecem no arrendador ou no arrendatário. Os riscos incluem as possibilidades de perdas devidas à capacidade ociosa ou obsolescência tecnológica e de variações no retorno em função de alterações nas condições econômicas. Os benefícios podem ser representados pela expectativa de operações lucrativas durante a vida econômica do ativo e de ganhos derivados de aumentos de valor ou de realização do valor residual. Um arrendamento mercantil deve ser classificado como financeiro se ele transferir substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade. Um arrendamento mercantil deve ser classificado como operacional se ele não transferir substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade. Galera, a ideia é a seguinte: no arrendamento mercantil financeiro temos em essência uma compra financiada/a prazo (financiamento). Imagine que determinada empresa esteja precisando adquirir um veículo para transportar suas mercadorias e não possui grana para tanto (o que é normal no atual cenário em que vivemos, não é mesmo?) ou, por TXHVW}HV� HVWUDWpJLFDV�� QmR� TXHU� ³WRUUDU´� D� JUDQD� FRP� R� YHtFXOR. Sendo assim, vai até uma instituição financeira e faz o seguinte negócio: a instituição financeira compra o veículo e aluga (arrenda) esse veículo para D�HPSUHVD�TXH�� SRU� VXD�YH]�� YDL� SDJDQGR�RV� ³DOXJXpLV´� �DV�SUHVWDo}HV�� mensalmente ao banco. Observe que, na essência o banco está vendendo o veículo para a empresa de maneira financiada. Trata-se de uma 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 108 aquisição disfarçada de aluguel e, por isso, veremos na sequência da aula, que esse veículo, mesmo não pertencendo à empresa, deve ser reconhecido no ativo da empresa e, em contrapartida, também reconhecemos a dívida junto ao banco no passivo da empresa. Nesse tipo de arrendamento, ao final da última prestação, a empresa possui a opção de adquirir o bem (no nosso exemplo, o veículo) geralmente por um valor, irrisório, bem próximo de zero. Assim, após esse último pagamento residual, finalmente o banco transfere a propriedade para a empresa. %HOH]D�� SURIHVVRU���� HQWHQGL� D� HVVrQFLD� GD� ³SDUDGD´�� PDV� SRUTXH� D� HPSUHVD� QmR� HIHWXD� XP� ILQDQFLDPHQWR� ³QRUPDO´"� 2EMHWLYDPHQWH�� HVVD� operação é interessante para ambas as partes: Para o arrendador (instituição financeira) Æ o bem objeto da transação é uma espécie de garantia da operação. Assim, caso a empresa não efetue o pagamento acordado, fica muito mais fácil para a instituição ILQDQFHLUD� UHDYHU� R� SUHMXt]R�� SRLV� HOD� ³SHJD´� R� EHP� GH� YROWD�� DILQDO� D� propriedade é dela. Para o arrendatário Æ tendo em vista a garantia acima comentada e o fato de que no arrendamento não há desconto por quitação antecipada total ou parcial de parcelas futuras (diferentemente do financiamento normal), as taxas de juros praticadas no arrendamento financeiro (leasing) é mais baixa. Já no arrendamento mercantil operacional, de fato, temos na essência um aluguel. Assim, a Contabilidade reconhece essa operação como despesa, conforme estudaremos oportunamente nesta aula. Esquematicamente, temos: Não há transferência dos riscos e benefícios inerentes à propriedade Há transferência dos riscos e benefícios inerentes à propriedade Possui essência de um aluguel Prestações apropriadas ao resultado como despesa Possui essência de uma compra financiada Bem é registrado no ativo (imobilizado ou intangível) Arrendamento Mercantil FINANCEIRO Arrendamento Mercantil OPERACIONAL 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 108 Professor, se no arrendamento mercantil operacional não há a transferência dos benefícios, qual a vantagem para o arrendador? E para o arrendatário? Para o arrendador a principal vantagem é de ordem tributária. De forma objetiva é o seguinte: a vantagem decorre em função da não incidência de ICMS nas remessas de Bens para locação e da não incidência do ISS nas contraprestações mensais. Assim, na comparação com uma operação de venda interestadual, em que há incidência de alíquota do ICMS média de 12%, resta evidenciada essa vantagem na operação de arrendamento mercantil operacional. Para o arrendatário a principal vantagem está atrelada ao custo de oportunidade, ou seja, com o dinheiro que a empresa deixa de aplicar na aquisição do objeto sob arrendamento, poderá aplicar em outras atividades que gerem maior retorno. Além disso, geralmente as despesas de manutenção são assumidas pelo arrendador, ou seja, a empresa não precisa se preocupar com a manutenção do objeto arrendado. Estragou, OLJD�SDUD�R�DUUHQGDGRU�H�IDOD��³&DUD��D�PiTXLQD�SDURX����Gi�WHX�MHLWR´�� Por fim, não poderia deixar de citar a questão tecnológica... com a intensa evolução tecnológica que estamos vivenciando, os produtos tornam-se obsoletos em pouco tempo, tornando-se inviável o emprego do capital de giro de uma empresa na compra desse tipo de equipamento. Vamos ver como a classificação dos arrendamentos já foi exigida... 10. (COPS UEL/Auditor Fiscal/SEFAZ-PR/2012) A classificação de arrendamentos mercantis adotada na NBC TG 06 (Operações de Arrendamento Mercantil), aprovada pela resolução CFC 1.304/2010, baseia-se na extensão dos riscos e dos benefícios, inerentes à propriedade de ativo arrendado, que permanecem para o arrendadorou para o arrendatário. Desse modo, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a classificação dos arrendamentos. a) Alto, médio e baixo risco. 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 108 b) Financeiro e operacional. c) Contabilizáveis e não contabilizáveis. d) Mercantis e não mercantis. e) Realizável e não realizável. 4XHVWmR� ³PDPmR� FRP� Do~FDU´�� Detalhe... observe que foi aplicada em uma prova para auditor fiscal... típica questão que não podemos jamais errar em uma prova da área fiscal (ou qualquer área, não é mesmo!?). Deixa para os aventureiros errarem esse tipo de questão... Conforme acabamos de estudar, o arrendamento mercantil pode ser financeiro ou operacional, a depender da transferência ou não dos riscos e benefícios inerentes à propriedade. Gabarito: B 11. (CESPE/Contador/TJ-RR/2012) Com a aplicação de critérios contábeis homogêneos advindos das normas internacionais de contabilidade e dos pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), as empresas e os contadores procuraram adequar-se ao novo arcabouço de padrões contábeis em relação ao registro e à mensuração dos eventos contábeis. A respeito desse assunto, julgue o item. O arrendamento mercantil é classificado como financeiro ou operacional. No arrendamento operacional, há transferência substancial de todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade, ao passo que, no financeiro, não há transferência substancial de riscos e benefícios inerentes à propriedade. A questão inverteu os conceitos. Corrigindo, temos: No arrendamento operacional financeiro, há transferência substancial de todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade, ao passo que, no financeiro operacional, não há transferência substancial de riscos e benefícios inerentes à propriedade. Gabarito: Errado Segundo o CPC 06, a classificação de um arrendamento mercantil como arrendamento mercantil financeiro ou arrendamento mercantil 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 108 operacional depende da essência da transação e não da forma do contrato. Trata-se de aplicação da Primazia da Essência sobre a Forma, prevista no CPC 00. Assim, por exemplo, pode acontecer uma situação em que um contrato é elaborado como arrendamento operacional, mas suas cláusulas possuem características de arrendamento financeiro. Sendo assim, o arrendamento deve ser classificado como financeiro, observando-se a essência da operação (arrendamento financeiro) em detrimento da forma (arrendamento operacional). Isso já foi alvo de exigência! 12. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/SEFAZ-SP/2009) O contador da empresa Inova S.A. conseguiu condições financeiras vantajosas para comprar dois caminhões por meio de arrendamento mercantil (leasing). Como a empresa tem a intenção de ficar com os veículos no final do prazo do contrato e a compra se enquadra dentro dos conceitos de leasing operacional, a empresa contabilizou como ativo imobilizado os dois caminhões. Referido procedimento atende ao a) conceito da essência sobre a forma. b) pressuposto da competência de períodos. c) conceito da neutralidade. d) pressuposto da relevância. e) princípio da materialidade. Observe que no caso apresentado pela questão, o arrendamento formalmente se enquadra dentro dos conceitos de leasing operacional. Porém, como a empresa tem a intenção de ficar com os veículos no final do prazo (o que é uma situação indicativa de um arrendamento mercantil financeiro, conforme veremos na sequência), de acordo com a premissa da Primazia da Essência sobre a Forma, a empresa deve contabilizar como ativo imobilizado os dois caminhões. Observe que na essência a operação envolve uma compra e venda, justamente pela intenção da entidade de adquirir os bens ao final do arrendamento. Gabarito: A 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 108 O CPC 06 destaca alguns exemplos de situações que individualmente ou em conjunto levariam normalmente um arrendamento mercantil a ser classificado como arrendamento mercantil financeiro: (a) o arrendamento mercantil transfere a propriedade do ativo para o arrendatário no fim do prazo do arrendamento mercantil; (b) o arrendatário tem a opção de comprar o ativo por um preço que se espera seja suficientemente mais baixo do que o valor justo à data em que a opção se torne exercível de forma que, no início do arrendamento mercantil, seja razoavelmente certo que a opção será exercida; (c) o prazo do arrendamento mercantil refere-se à maior parte da vida econômica do ativo mesmo que a propriedade não seja transferida; (d) no início do arrendamento mercantil, o valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil totaliza pelo menos substancialmente todo o valor justo do ativo arrendado; e (e) os ativos arrendados são de natureza especializada de tal forma que apenas o arrendatário pode usá-los sem grandes modificações. Além desses exemplos, o CPC fornece, ainda, indicadores de situação que individualmente ou em combinação também podem levar um arrendamento mercantil a ser classificado como arrendamento mercantil financeiro: (a) se o arrendatário puder cancelar o arrendamento mercantil, as perdas do arrendador associadas ao cancelamento são suportadas pelo arrendatário; (b) os ganhos ou as perdas da flutuação no valor justo do valor residual são atribuídos ao arrendatário (por exemplo, na forma de abatimento que equalize a maior parte do valor da venda no fim do arrendamento mercantil); e (c) o arrendatário tem a capacidade de continuar o arrendamento mercantil por um período adicional com pagamentos que sejam substancialmente inferiores ao valor de mercado. 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 108 O CPC 06 destaca que esses exemplos e indicadores nem sempre são conclusivos. Se for claro com base em outras características que o arrendamento mercantil não transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade, o arrendamento mercantil deve ser classificado como operacional. Isso pode acontecer se, por exemplo, a propriedade do ativo se transferir ao final do arrendamento mercantil mediante um pagamento variável igual ao valor justo no momento, ou se há pagamentos contingentes, como resultado dos quais o arrendatário não tem substancialmente todos os riscos e benefícios. Vamos ver como esse ponto já foi exigido em prova? 13. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/SEFAZ-SP/2013) O auditor externo, para certificar-se de que uma operação de leasing se enquadra na classificação de leasing operacional, deve, além de verificar se o arrendamento mercantil não transfere os riscos e benefícios inerentes à propriedade, constatar se a) o arrendamento mercantil transfere a propriedade do ativo para o arrendatário no fim do prazo do arrendamento mercantil. b) o prazo do arrendamento refere-se à maior parte da vida econômica do ativo, mesmo que a propriedade não seja transferida. c) o valor presente dos pagamentos mínimos, no início do arrendamento mercantil, totaliza pelo menos substancialmente todo o valor justo do ativo arrendado. d) os ativos arrendados são de natureza especializada, de tal forma que apenas o arrendatáriopossa usá-los sem grandes modificações. e) os ganhos ou as perdas da flutuação no valor justo do valor residual são atribuídos ao arrendador. Segundo o CPC 06, a classificação de um arrendamento mercantil como arrendamento mercantil financeiro ou arrendamento mercantil operacional depende da essência da transação e não da forma do contrato. O CPC 06 destaca alguns exemplos de situações que individualmente ou em conjunto levariam normalmente um arrendamento mercantil a ser classificado como arrendamento mercantil financeiro: 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 108 (a) o arrendamento mercantil transfere a propriedade do ativo para o arrendatário no fim do prazo do arrendamento mercantil; [opção A] (b) o arrendatário tem a opção de comprar o ativo por um preço que se espera seja suficientemente mais baixo do que o valor justo à data em que a opção se torne exercível de forma que, no início do arrendamento mercantil, seja razoavelmente certo que a opção será exercida; (c) o prazo do arrendamento mercantil refere-se à maior parte da vida econômica do ativo mesmo que a propriedade não seja transferida; [opção B] (d) no início do arrendamento mercantil, o valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil totaliza pelo menos substancialmente todo o valor justo do ativo arrendado; e [opção C] (e) os ativos arrendados são de natureza especializada de tal forma que apenas o arrendatário pode usá-los sem grandes modificações. [opção D] Além desses exemplos, o CPC fornece, ainda, indicadores de situação que individualmente ou em combinação também podem levar um arrendamento mercantil a ser classificado como arrendamento mercantil financeiro: (a) se o arrendatário puder cancelar o arrendamento mercantil, as perdas do arrendador associadas ao cancelamento são suportadas pelo arrendatário; (b) os ganhos ou as perdas da flutuação no valor justo do valor residual são atribuídos ao arrendatário (por exemplo, na forma de abatimento que equalize a maior parte do valor da venda no fim do arrendamento mercantil); e [opção E] (c) o arrendatário tem a capacidade de continuar o arrendamento mercantil por um período adicional com pagamentos que sejam substancialmente inferiores ao valor de mercado. Resta-QRV��SRUWDQWR��D�RSomR�³(´��Se os ganhos ou as perdas da flutuação no valor justo do valor residual são atribuídos ao arrendador (e não ao 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 108 arrendatário) estamos diante de um indicativo de arrendamento mercantil operacional. Gabarito: E Momento da classificação Nos termos do CPC 06, a classificação do arrendamento mercantil deve ser feita no início do arrendamento mercantil. Se em qualquer momento o arrendatário e o arrendador concordarem em modificar as disposições do arrendamento mercantil, exceto por renovação do contrato, de tal maneira que resulte numa classificação diferente do início do arrendamento mercantil, o acordo revisto é considerado como um novo acordo durante o seu prazo. Contudo, as alterações nas estimativas (por exemplo, alterações nas estimativas relativas à vida econômica ou ao valor residual da propriedade arrendada) ou as alterações nas circunstâncias (por exemplo, inadimplência por parte do arrendatário) não originam uma nova classificação de um arrendamento mercantil para fins contábeis. Classificação do arrendamento de terrenos e edifícios O CPC 06 destaca que quando o arrendamento mercantil contempla tanto terreno quanto edifícios, a entidade deve avaliar individualmente cada elemento objeto do contrato de arrendamento para fins de classificação e enquadramento como arrendamento operacional ou financeiro. Nesse sentido, o CPC informa que ao julgar se um dos elementos objeto do contrato é um arrendamento operacional ou financeiro, um aspecto importante a ser considerado é o fato de que o terreno, via de regra, apresenta uma vida útil econômica indefinida. Ainda sobre essa classificação de edifícios e terrenos, o CPC informa que para classificar e contabilizar um arrendamento mercantil de terreno e edifícios, os pagamentos mínimos do arrendamento mercantil (incluindo qualquer pagamento inicial, antecipado), sempre que for necessário, devem ser alocados no início do período do arrendamento mercantil entre os elementos terreno e edifícios na proporção dos valores justos relativos das participações no terreno e nas edificações objeto do arrendamento no 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 108 início do arrendamento mercantil. Se os pagamentos do arrendamento mercantil não puderem ser alocados com confiabilidade entre esses dois elementos, a totalidade do arrendamento mercantil deve ser classificada como arrendamento mercantil financeiro, a não ser que esteja claro que ambos os elementos são arrendamentos mercantis operacionais, em cujo caso a totalidade do arrendamento mercantil deve ser classificada como arrendamento mercantil operacional. Por fim, o CPC 06 destaca que a mensuração separada dos elementos terreno e edifícios não é exigida quando os interesses do arrendatário tanto com o terreno quanto com os edifícios forem classificados como propriedade de investimento. Bem... com isso fechamos tudo o que devemos saber sobre a classificação dos arrendamentos. ARRENDAMENTO MERCANTIL NAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DO ARRENDATÁRIO Orientação Inicial: trata-se de um ponto bastante exigido do CPC 06 e também o mais complexo, pois envolve contabilização. A maioria das bancas não exigem a contabilização. Porém, se você estiver se preparando para provas da FCC, dê total atenção à contabilização, pois é muito (muito mesmo!) exigido. Preparado(a)? Então, segure-se, pois YDPRV�³GHWRQDU´� Arrendamento mercantil financeiro Reconhecimento inicial Segundo o CPC 06, no reconhecimento inicial de um arrendamento mercantil financeiro, deve-se no início do prazo registrá-lo como ativo e passivo, ou seja, o direito de uso do bem ficará registrado no ativo e a dívida assumida no passivo. O valor a ser registrado deve ser igual ao valor justo da propriedade arrendada ou, se inferior, ao valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil. 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 108 Observe que aqui o CPC adota o Princípio da Prudência, empregando certo grau de precaução a fim de não superestimar os ativos. Vamos ver um exemplo bem simples. Exemplo: Arrendamento Mercantil Financeiro de um veículo no valor de R$ 40.000,00 a ser pago em 60 prestações de R$ 750,00. O arrendatário possui a opção de compra ao final do contrato por R$ 3.000,00. D ± Veículo (imobilizado) ................................................... 40.000 D ± Encargos financeiros a transcorrer (retificadora passivo) ..... 8.000 C ± Leasing a pagar (passivo) ............................................. 48.000* * (750 x 60) + 3.000 = 48.000 O CPC 06 destaca que a taxa de desconto a ser utilizada no cálculo do valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil deve ser: Æ a taxa de juros implícita no arrendamento mercantil, se for praticável determinar essa taxa; Æ a taxa incremental de financiamentodo arrendatário, se não for praticável determinar a taxa de juros implícita. Quaisquer custos diretos iniciais do arrendatário devem ser adicionados à quantia reconhecida como ativo. Custos diretos iniciais são frequentemente incorridos em relação às atividades específicas de arrendamento mercantil. Tais custos, como os de negociação e os de garantia de acordos de arrendamento mercantil, se identificados como diretamente atribuíveis às atividades executadas pelo arrendatário para um arrendamento mercantil financeiro, devem ser adicionados ao montante reconhecido como ativo. Ademais, o CPC 06 alerta que não é adequado que os passivos originados da contabilização de ativos arrendados sejam apresentados nas demonstrações contábeis como dedução dos ativos arrendados. Os passivos devem ser segregados em circulante e não circulante, a depender do prazo de pagamento das parcelas. Além disso, deve-se separar no seu registro o valor dos encargos financeiros a transcorrer como conta redutora da dívida. Esses encargos devem ser reconhecidos a cada período (Princípio da Competência), durante o prazo do 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 108 arrendamento como uma despesa financeira, de forma a produzir uma taxa de juros periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo. Vamos ver como esse ponto do reconhecimento inicial dos arrendamentos mercantis financeiros já foi explorado em prova. 14. (FCC/Analista de Gestão/Contabilidade/SABESP/2014) Em uma aquisição de ativo por meio de um contrato de arrendamento mercantil financeiro, na data de início do contrato de arrendamento, a empresa arrendatária a) deve registrar um ativo pelo valor presente das obrigações assumidas ou pelo valor justo nesta data, dos dois o menor valor. b) deve registrar um ativo pelo valor presente das obrigações assumidas ou pelo valor justo nesta data, dos dois o maior valor. c) deve registrar um ativo pelo valor correspondente à soma das obrigações assumidas. d) não deve fazer qualquer registro. e) deve registrar um ativo pelo custo incorrido. Excelente questão teórica para fixarmos o conhecimento que estudamos acima. No reconhecimento inicial de um arrendamento mercantil financeiro, deve-se registrá-lo como ativo e passivo, ou seja, o direito de uso do bem ficará registrado no ativo e a dívida assumida no passivo. O valor a ser registrado deve ser igual ao valor justo da propriedade arrendada ou, se inferior, ao valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil. Gabarito: A Mensuração Subsequente Pessoal, aqui vamos transcrever toda a teoria do CPC e, posteriormente, vamos ver como as bancas exploram o assunto, ok? Vocês vão ver que na prática é bem mais fácil do que parece. 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 108 Nos termos do CPC 06, os pagamentos mínimos do arrendamento mercantil devem ser segregados entre encargo financeiro e redução do passivo em aberto, ou seja, deve-se separar no registro o valor dos encargos financeiros a transcorrer como conta redutora da dívida. O encargo financeiro deve ser apropriado a cada período durante o prazo do arrendamento mercantil (Princípio da Competência) de forma a produzir uma taxa de juros periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo. Logo, pode-se afirmar que a mensuração do encargo financeiro deve corresponder ao cálculo exponencial e pro rata, isto é, os juros são compostos e determinados em função da decorrência do tempo, conforme ensina a doutrina. No caso de haver pagamentos contingentes, estes devem ser contabilizados como despesa nos períodos em que são incorridos, não alterando, portanto, o valor do registro inicial do ativo e do passivo. Como no registro inicial do arrendamento mercantil financeiro o bem foi lançado no ativo, se este ativo for passível de depreciação ou amortização, deve-se proceder ao seu cálculo e contabilização. Nesse sentido, o CPC 06 orienta que a política de depreciação (amortização) para os ativos arrendados depreciáveis (amortizáveis) deve ser consistente com a política dos demais ativos depreciáveis (amortizáveis) sobre os quais se detenha a propriedade e a depreciação reconhecida deve ser calculada de acordo com o CPC 27 ± Ativo Imobilizado, ou para o caso de amortização, de acordo com o CPC 04 ± Ativo Intangível. Além disso, quanto ao prazo da depreciação (amortização), o CPC 06 destaca que o valor depreciável de ativo arrendado deve ser alocado a cada período contábil durante o período de uso esperado em base sistemática consistente com a política de depreciação que o arrendatário adote para os ativos depreciáveis de que seja proprietário. Se não houver certeza razoável de que o arrendatário virá a obter a propriedade no fim do prazo do arrendamento mercantil, o ativo deve ser 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 108 totalmente depreciado durante o prazo do arrendamento mercantil ou da sua vida útil, o que for menor. Se houver certeza razoável de que o arrendatário virá a obter a propriedade no fim do prazo do arrendamento mercantil, o período de uso esperado é a vida útil do ativo. O CPC 06 informa que raramente a soma da despesa de depreciação do ativo e da despesa financeira do período é igual ao pagamento da prestação do arrendamento mercantil durante o período, sendo, por isso, inadequado simplesmente reconhecer os pagamentos da prestação do arrendamento mercantil como despesa. Por conseguinte, é improvável que o ativo e o passivo relacionado sejam de valor igual após o começo do prazo do arrendamento mercantil. Por fim, o CPC 06 destaca que para determinar se um ativo arrendado está desvalorizado, a entidade deve aplicar o CPC 01 ± Redução ao Valor Recuperável de Ativos. Logo, fique alerta para o fato de que o CPC 01 é aplicável aos arrendamentos mercantis. Vamos ver um exemplo doutrinário extraído do Manual de Contabilidade Societária (FIPECAFI), o qual adaptamos para fins didáticos: $�HPSUHVD� ³'HWRQDQGR� WXGR´� (arrendatária) contratou no início do mês, na forma de arrendamento, um veículo. As características do contrato são: x Valor da contraprestação mensal, vencível no final de cada mês = R$ 1.000,00; x Prazo de arrendamento = 36 meses x Valor residual a ser pago ao final do 36º mês = R$ 120,00 x Taxa de juros implícita no contrato = 1,03679% ao mês x Vida útil do veículo = 5 anos x Valor justo = R$ 32.000,00 x Valor Presente = R$ 30.000,00 Sabe-se que o contrato transfere substancialmente os riscos e benefícios ao arrendatário. Vamos efetuar a contabilização. 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 108 Observe que há transferência substancial dos riscos e benefícios ao arrendatário. Logo, estamos diante de um arrendamento mercantil financeiro. Além disso, no arrendamento mercantil financeiro, o reconhecimento inicial é feito pelo valor justo ou pelo valor presente dos pagamentos, dos dois o menor. Assim, vamos usar o valor de 30.000 e não 32.000. Usando-se os dados do exemplo temos o seguinte cenário (não se preocupe... na hora da prova você não vai precisar ter esse trabalho, ok?): Data Dívida de ArrendamentoPagamento Mensal Despesa de Juros Redução da Dívida A B C D E Na contratação 30.000,00 1 29.311,04 1.000,00 311,04 688,96 2 28.614,93 1.000,00 303,89 696,11 3 27.911,61 1.000,00 296,68 703,32 4 27.200,99 1.000,00 289,38 710,62 5 26.483,01 1.000,00 282,02 717,98 6 25.757,58 1.000,00 274,57 725,43 7 25.024,63 1.000,00 267,05 732,95 8 24.284,09 1.000,00 259,45 740,55 9 23.535,86 1.000,00 251,78 748,22 10 22.779,88 1.000,00 244,02 755,98 11 22.016,06 1.000,00 236,18 763,82 12 21.244,32 1.000,00 228,26 771,74 13 20.464,58 1.000,00 220,26 779,74 14 19.676,75 1.000,00 212,17 787,83 15 18.880,76 1.000,00 204,01 795,99 16 18.076,51 1.000,00 195,75 804,25 17 17.263,93 1.000,00 187,42 812,58 18 16.442,92 1.000,00 178,99 821,01 19 15.613,40 1.000,00 170,48 829,52 20 14.775,28 1.000,00 161,88 838,12 21 13.928,47 1.000,00 153,19 846,81 22 13.072,87 1.000,00 144,41 855,59 23 12.208,41 1.000,00 135,54 864,81 24 11.334,99 1.000,00 126,58 873,42 25 10.452,51 1.000,00 117,52 882,48 26 9.560,88 1.000,00 108,37 891,63 27 8.660,01 1.000,00 99,13 900,87 28 7.749,79 1.000,00 89,79 910,21 29 6.830,14 1.000,00 80,35 919,65 30 5.900,95 1.000,00 70,81 929,19 31 4.962,14 1.000,00 61,18 938,82 32 4.013,58 1.000,00 51,45 948,55 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 108 33 3.055,19 1.000,00 41,61 958,39 34 2.086,87 1.000,00 31,68 968,32 35 1.108,51 1.000,00 21,64 978,36 36 0,00 1.120,00 11,49 1.108,51 Somatório 36.120,00 6.120,00 30.000,00 Legenda: B = B - E C = valor definido no contrato de arrendamento D = dívida x a taxa E = Pagamento efetuado (coluna C) - despesa de juros (coluna D) O lançamento da operação é o seguinte: D ± Ativo Imobilizado (veículos arrendados) ... 30.000,00 D ± Encargos Financeiros a Transcorrer (passivo circulante) ... 3.244,32 D ± Encargos Financeiros a Transcorrer (passivo não circulante) ... 2.875,68 C ± Arrendamento financeiro a pagar (passivo circulante) ... 12.000,00 C ± Arrendamento financeiro a pagar (passivo não circulante) ... 24.120,00 Observe que o Imobilizado fica mensurado pelo valor presente calculado da mesma forma que o Passivo. Entretanto, nele é evidenciado o valor do compromisso total assumido pela arrendatária (R$ 36.120,00) menos o valor dos juros contabilizados na conta retificadora - Encargos Financeiros a Transcorrer (R$ 6.120,00 = R$ 36.120,00 - R$ 30.000,00) lançada no passivo. A segregação dos juros (R$ 6.120,00) em circulante (R$ 3.244,32) e não circulante (R$ 2.875,68) deve corresponder à despesa financeira a ser reconhecida pelo Regime de Competência, cuja mensuração deve ser feita com utilização do cálculo exponencial e pro rata, isto é, os juros são compostos e determinados em função da decorrência do tempo. Nesse exemplo foram considerados como curto prazo os primeiros 12 meses do contrato, portanto, de acordo com o quadro anterior, a soma dos juros das primeiras doze parcelas totaliza R$ 3.244,32 ficando o restante registrado no longo prazo. Vamos ver como fica a contabilização subsequente ao final do 1º mês: D ± Arrendamento financeiro a pagar (passivo circulante) C ± Disponibilidades ... 1.000,00 (pelo pagamento da primeira prestação) D ± Arrendamento financeiro a pagar (passivo não circulante) 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 108 C ± Arrendamento financeiro a pagar (passivo circulante) ... 1.000,00 (pelo decurso do tempo) D ± Despesa Financeira C ± Encargos Financeiros a Transcorrer (passivo circulante) ... 311,04 (pelo reconhecimento da despesa financeira) D ± Encargos Financeiros a Transcorrer (passivo circulante) C ± Encargos Financeiros a Transcorrer (passivo não circulante) ... 220,26 (pelo decurso do tempo) D ± Despesa de Depreciação C ± Depreciação acumulada (veículos arrendados) ... 500,00 (pela depreciação do bem) Observações: a) Para o cálculo da depreciação, assumiu-se que o valor residual, após a vida útil de 5 anos, será igual a zero, porque esse veículo terá um uso totalmente fora do comum. Se, por exemplo, o valor residual do veículo tivesse sido fixado em R$ 5.000,00 a depreciação mensal seria de R$ 416,67, ou seja, R$ 25.000,00 divididos por 60, que é a quantidade de meses prevista como vida útil desse veículo. b) Adicionalmente, a despesa financeira foi efetivamente reconhecida pro rata e pelo cálculo exponencial, daí por que se transferiram do longo para o curto prazo R$ 220,26 correspondentes aos juros relativos ao décimo terceiro mês. Bem... agora vamos ver como essa contabilização já foi explorada em provas. Conforme comentamos inicialmente, a FCC é a banca que mais explora o assunto, geralmente seguindo esse mesmo padrão abaixo. 15. (FCC/Analista de Gestão/Contabilidade/SABESP/2014) Em 01/01/2013, a empresa Full S.A. adquiriu um caminhão pipa por meio de arrendamento mercantil financeiro. O caminhão será pago em 4 prestações anuais, iguais e consecutivas de R$ 50.000 cada, vencendo a primeira em 31/12/2013. Na data da aquisição o valor justo era R$ 170.000 e o valor presente das prestações era R$ 173.000. 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 108 Sabendo que a taxa efetiva de juros era de 6,83% ao ano, que a vida útil do caminhão pipa era 10 anos e que a empresa pretende ficar com o bem no final do contrato, a empresa Full S.A. reconheceu, no ano de 2013, uma despesa a) financeira de R$ 13.660. b) financeira de R$ 11.611. c) financeira de R$ 11.816. d) de depreciação de R$ 17.300. e) financeira de R$ 7.500. Excelente questão para estudarmos a contabilização dos arrendamentos mercantis financeiros. Primeiramente, devemos saber que no arrendamento mercantil financeiro, o reconhecimento inicial é feito pelo valor justo ou pelo valor presente dos pagamentos, dos dois o menor. Assim, vamos usar o valor de 170.000 e não 173.000. Sendo 4 prestações x 50.000,00 = 200.000,00 devemos efetuar o seguinte registro: D ± Ativo imobilizado (veículos arrendados)........................... 170.000,00 D ± Encargos Financeiros a transcorrer (redutora passivo)....... 30.000,00 C ± Arrendamento financeiro a pagar (passivo) ................... 200.000,00 Observe que reconhecemos um ativo em 01/01/2013 no valor de 170.000,00 e um passivo de igual valor, conforme determina o CPC 06. Para calcular a despesa financeira, devemos multiplicar o valor inicial (nesse caso o valor justo) pela taxa efetiva fornecida pela questão: 170.000,00 x 6,83% = 11.611,00 Para o cálculo da depreciação, sabemos que a vida útil do caminhão é de 10 anos. Sendo assim, a depreciação anual será de: 170.000/10 = 17.000 ao ano. Dúvida de aluno: 05948618374 - Girlene Oliveira CONTABILIDADE GERAL: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS p/ EXAME CFC 2018.1 Aula 02 www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 108 Não consigo entender os lançamentos anuais referentes as despesas financeiras, no valor de R$ 11.611,00, pois se eu creditar encargos financeiros (passivo) e debitar despesa financeira (no resultado) em R$ 11.611,00 no primeiro ano, quais serão os lançamentos nos anos seguintes? Questiono isso, pois o valor que tenho em encargos financeiros a transcorrer (passivo - R$ 30.000,00) é menor que o valor das minhas despesas financeiras anuais (R$ 11.611,00 X 4 = R$
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