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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _ ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE X 
(10 Linhas)
Associação Nacional de Empresas de Transportes Urbanos¸ entidade civil, legalmente constituído em (data), estabelecidos à rua X, na cidade X, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por seu advogado infra-assinado, com fundamento no artigo 5º, LXX, LXIX da CF/88 e Art. 21, parágrafo único, da Lei nº 12.016/09, impetrar o presente:
MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO C/C PEDIDO LIMINAR
Visando proteger direito líquido e certo de seus associados, indicando como coator o Delegado da Receita do Estado Beta, com sede a Rua..., nº..., Bairro..., na cidade X, e na qualidade de interessado o Estado Beta, pessoa jurídica de direito público, com endereço X, pelos motivos que passará a expor:
Dos Fatos 
O requerido se abateu me virtude de grave crise financeira, assim a Assembleia Legislativa aprovou a lei ordinária estadual nº 12.345/18, publicada em 20/12/2018, para a arrecadação de ICMS das empresas de transporte urbano coletivo de passageiros, responsáveis pelo transporte intramunicipal. 
A lei em questão positivava em seu artigo 2º que a cobrança do tributo em questão se dará a partir do primeiro dia do exercício financeiro seguinte à sua publicação.
As empresas de transporte urbano coletivo de passageiros, indignada com nítido vício formal na lei ordinária estadual em questão, procuraram o sindicato ao qual estão vinculadas desde 2010.
 Os associados não estão recolhendo o tributo, visto que ocorre sério vício em tal, correndo risco de sofrer futuras cobranças da autoridade coatora e consequentemente a irregularidade fiscal, o que causaria diversos prejuízos ao impetrante. 
Visando a proteção de seus direitos o impetrante não vê alternativa à flagrante inconstitucionalidade, senão impetrar o presente mandado de segurança.
Do Direto
A Constituição Federal veda que os Estados cobrem os impostos sob os contribuintes e fatos geradores que não estejam definidos em lei complementar, nos termos do Art. 146, inciso III, e 155, § 2º, inciso XII, a da CF/88.
A cobrança de ICMS das empresas de transporte urbano coletivo de passageiros não foi regularizada por nenhuma lei até o presente momento, assim é evidente que houve vício formal na lei ordinária estadual que impossibilita a regularidade fiscal dos associados da impetrante.
Tal violação afronta o princípio da anterioridade tributária nonagesimal, tendo em vista que a lei busca produzir efeitos antes de decorridos 90 dias de sua publicação em 20/12/2018.
Sobre o tema, o STJ se posicionou favoravelmente à impetrante, senão vejamos:
“PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. DISCUSSÃO A RESPEITO DA IMPOSSIBILIDADE DE A LEI 9.514/1997 CONTRARIAR LEI COMPLEMENTAR. FUNDAMENTO CONSTITUCIONA. (...) Isso porque, o art. 146, inciso III, alínea 'a', da CF, dispõe que cabe à lei complementar estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados na CF, a dos (...) contribuintes" (STJ - REsp: 1749727 SP 2018/0152143-3, Relator: Ministro HERMAN BENJAMIN, Data de Julgamento: 04/10/2018, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe 12/03/2019)”
No mesmo sentido que o vimos na jurisprudência do STJ, o Tribunal de Tustiça de São Paulo (TJSP) positiva queé necessário a existência de lei complementar que regularize a legislação tributária em questão, vejamos:
 “RECURSO DA EMPRESA IMPETRANTE - Mandado de segurança - Alegação da empresa impetrante que em relação às operações interestaduais envolvendo mercadorias destinadas a consumidores finais situados no Estado de São Paulo (...) O art. 146, inciso III da Constituição Federal estabelece que cabe à lei complementar estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária e o art. 155, § 2º, inciso XII da Constituição Federal reforça o papel da lei complementar no âmbito do ICMS - (TJ-SP - APL: 10078769720188260053 SP 1007876-97.2018.8.26.0053, Relator: Marcelo L Theodósio, 11ª Câmara de Direito Público, Data de Publicação: 28/08/2018)”
 
Pelos motivos fáticos e fundamentos acima aduzidos, temos a concreta violação de direito líquido e certo do impetrante, motivo pelo qual requer a pronta intervenção do Poder Judiciário para coibi-lo.
III - DA MEDIDA LIMINAR INAUDITA ALTERA PARS:
A Constituição Federal, bem como a Lei 1.533/51 garantem a todos a proteção ao direito líquido e certo quando lesados ou na iminência de lesão por ato de autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
Dessa forma, ficam demonstrados os fundamentos jurídicos, ou seja, "fumus boni iuris", pela evidente inconstitucionalidade da lei ordinária estadual.
Presente também o "periculum in mora”, visto que a cobrança do tributo impede a regularização fiscal das empresas associadas gerando dano irreparável ou de difícil reparação ao impetrante.
Assim, a petição do mandado de Segurança deve ser recebida nos termos do inciso II, do artigo 7º da Lei 1.533/51.
IV - Dos pedidos
Diante do exposto, requer-se:
1) concessão da MEDIDA LIMINAR INAUDITA ALTERA PARS para que, de imediato, suspender-se os atos da Autoridade Coatora, garantindo a obtenção de certidão de regularidade fiscal dos associados da impetrante;
2) notificação da autoridade coatora e do representante judicial do Estado Beta para prestar as informações , no decêndio legal nos termos do Art. 22, § 2º, da Lei nº 12.016/09.
3) a concessão, ao final por ocasião do julgamento de mérito, do presente mandamus, para o fim de reconhecer a ilegalidade da lei ordinária estadual e impedir as cobranças pela Autoridade Coatora, restabelecendo as garantias constitucionais e infraconstitucionais dos associados.
Dá-se à causa o valor de R$ xxxxx (Valor) para todos os efeitos legais.
Nestes Termos
Pede deferimento
(Local, data, ano)
Advogado
OAB

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