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A OBESIDADE INFANTIL NO BRASIL

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SUMÁRIO
31	INTRODUÇÃO	�
52	DESENVOLVIMENTO	�
	2.1 Os Principais Fatores da Obesidade na Infância e Adolescência...................6
	2.2 Disfunções Crônico-Degenerativas Resultantes Da Obesidade.....................7
	2.3 A Contribuição da educação física para redução dos Índices de Obesidade Infantil....................................................................................................................8
	2.4 O Tratamento Multidisciplinar Da Obesidade Infantil......................................9
			2.4.1 Jogos, Brinquedos e Brincadeiras...............................................10
			2.4.2 Primeiros Socorros......................................................................10
			2.4.3 Empreendedorismo......................................................................11
			2.4.4 Aptidão Física, Saúde e Esportes................................................12
			2.4.5 Atividade Física, Lazer e Saúde..................................................13
153	CONCLUSÃO	�
16REFERÊNCIAS	�
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INTRODUÇÃO
A obesidade é uma doença que deriva de um desequilíbrio entre a ingestão e o gasto energético, e que tem como decorrência um aumento de peso seguido de um aumento da quantidade de tecido adiposo. Existem inúmeros fatores de risco que podem acarretar à obesidade e que são importantes conhecer e entender para se poder atuar no cuidado e tratamento desta doença. 
Para a prevenção desta patologia é necessário educar a população para a obtenção de hábitos alimentares saudáveis e sensibilizá-la para a importância da prática regular de exercício físico. É fundamental o desenvolvimento de cada vez mais e melhores táticas de prevenção a nível nacional, regional e local, sendo essenciais as campanhas de sensibilização. 
Além das conhecidas decorrências negativas que afetam o desenvolvimento físico e emocional das crianças, existem também inúmeras doenças associadas, tais como hipertensão arterial, dislipidemia e diabetes mellitus tipo 2, entre outras, que podem colocar em risco a saúde da criança. Quando isso acontece, existe a necessidade de as combate-las com tamanha eficácia conjuntamente com a obesidade
É de conhecimento de todos que a obesidade infantil vem em números crescentes e de forma expressiva gerando várias complicações na infância e na idade adulta. Na infância, a solução pode ser ainda mais difícil do que na fase adulta, pois está diretamente relacionado a alterações nos hábitos do dia a dia da criança e também na disponibilidade dos pais, a falta de entendimento da criança quanto aos danos da obesidade gera uma complexidade ainda maior.
A obesidade infantil tem aumentado consideravelmente em níveis mundiais tornando-se uma epidemia preocupante nos últimos anos. Devido aos grandes índices de casos, vários estudos estão sendo desenvolvidos, muitos deles, focados na complexa gravidade da doença (SANTOS; RABINOVICH, 2011).
Em concordância com o autor, percebemos o grande aumento da obesidade na infância e sua permanência na vida adulta, estabelecem fatores de riscos, com grandes indícios para as doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, e diabetes mellitus. 
Outros danos também se destacam, principalmente no âmbito psicológico e social, como por exemplo, o comprometimento da autoestima, problemas de relacionamento e dificuldade de inclusão social (COSTA et al., 2011).
O âmbito familiar e social é um fator de grande influência na condição de obesidade nas crianças (...) outro fator de grande contribuição para a obesidade na infância é o fato de os pais serem obesos. Além dos componentes genéticos envolvidos, pode-se relacionar a obesidade infantil às questões de aprendizagem de hábitos alimentares e da reedição da obesidade a partir da identificação com os pais (TANSSARA; NORTON; MARQUES, 2010). 
Santos e Robinovich (2011) focalizam que as dinâmicas familiares atuais influenciadas pela cultura do consumo interferem na alimentação e na sociabilidade infantil de modo inadequado.
Muitos dados alertam para que, se a obesidade continuar em números crescente como vem se observando nas últimas décadas, em poucos anos o mundo terá uma prevalência bem maior de crianças e adolescentes obesos do que com baixo peso. 
Sem uma mudança drástica e urgente de hábitos dessas crianças e uma conscientização dos pais, em menos de uma década a obesidade pode atingir 11,3 milhões de crianças no Brasil, de acordo com um alerta divulgado pela Federação Mundial de Obesidade. (GUIMARÃES, 2017)
Compreendido desta forma, que a obesidade é um problema crescente em todo o mundo e de grande importância para o Brasil, e que especialistas de toda parte concordam que o método mais eficaz de a combater é atuando na obesidade infantil, propõem-se, neste estudo, realizar uma análise acerca dos crescentes dados publicados sobre a obesidade infantil e os diversos fatores associados.
DESENVOLVIMENTO
A obesidade pode ser determinada de maneira simples como o acúmulo exagerado de gordura corporal, sob a forma de tecido adiposo, sendo efeito de balanço energético positivo, capaz de trazer prejuízos à saúde dos indivíduos acometidos. 
Tem-se conhecimento ainda que a etiologia da obesidade é multifatorial, estando envolvidos em sua formação tanto em aspectos ambientais como genéticos. O aumento de caso de obesidade no Brasil é ainda mais preocupante quando se aceita que este problema não se apresenta de forma avulsa, mas como uma condição favorável para a ocorrência múltiplas nas fases da infância e da adolescência.
Hábitos do dia a dia e hábitos alimentares apresentam grande influência negativa na vida de uma criança propensa a obesidade, pois a mesma pode levar ao surgimento de outras patologias, como distorção da imagem corporal, sentimento de tristeza, culpa e perda da vaidade, ou mesmo uma depressão, episódios de bullyng nas escolas até que se chegue a constatação da necessidade de adequação da dieta.
Se para o indivíduo adulto já é difícil e muitas vezes constrangedor conviver com as dificuldades vivenciadas através da obesidade, para a criança portadora da doença essas dificuldades ganham parâmetros bem maiores. Quanto a isso (PIMENTA; ROCHA; MARCONE, 2015) destacaram em seu estudo que tantos desafios numa fase inicial das vidas destes indivíduos são enfrentados como um meio para o alcance da aceitação social, tendo em vista a importância deste fator como promotor da qualidade de vida do ser humano. 
De acordo com o que foi apresentado nos parágrafos acima, acreditamos que a melhor forma de se combater a obesidade infantil ainda é por meio da prevenção, conscientizando, não somente os adultos, mas educando as crianças para a prática de hábitos alimentares saudáveis e de atividades físicas.
OS PRINCIPAIS FATORES DA OBESIDADE NA INFANCIA E ADOLESCENCIA
Identificar as causas da obesidade, não é tarefa fácil, acredita-se que os fatores determinantes do excesso de peso compõem um complexo conjunto de fatores biológicos, comportamentais e ambientais que se relacionam e dão ênfase potencializando-se mutuamente entre eles. 
Para Nelson (2006). Aparecem como principais fatores relacionados ao sobrepeso e à obesidade características presentes na gestação e no início da vida, como o peso pré-gestacional materno, o fumo durante a gestação e o estado nutricional na infância. (apud SLATER, ENES, 2010).
 Entretanto, as mudanças no padrão de alimentação e a falta de uma atividade física regular, ocorridas em diversas sociedades, são reconhecidamente os determinantes que mais contribuem para o aumento do excesso de peso. 
O desenvolvimento econômico e o processo de urbanização influenciam diretamente e promovem modificações no estilo de vida da população, sendo mostrados nos padrões alimentares inadequados e nos modelos de ocupação onde predomina o sedentarismo. As comodidades oferecidas pelo mundo moderno, tais como aparelhos de televisão,telefones sem fio, videogames, computadores, controles remotos, entre outros, têm favorecido a redução do gasto energético. 
A adoção de hábitos alimentares modernos, que consistem em uma alimentação rica em fast foods e em gorduras, especialmente de origem animal, açúcar refinado, carboidratos simples, grande ingestão de refrigerantes e reduzida ingestão de carboidratos complexos e fibras, tem sido apontada como principal condição favorecedora para o estoque de gordura corporal. Além disso, a falta de informação associada à ausência de políticas de saúde que atendam adequadamente a população torna ainda mais grave e preocupante a epidemia de obesidade instalada no país.
Embora a televisão e a internet desempenhem um importante papel na disseminação de informações e cultura, em algumas situações elas podem ser veículos de mensagens que influenciam negativamente as preferências e escolhas alimentares de crianças e adolescentes, além de desempenharem um efeito negativo direto nos padrões de atividade física, é comum nos dias atuais que crianças e adolescentes se prendam a celulares e televisores e deixem de lados as brincadeiras que favorecem o gasto energético
DISFUNÇÕES CRÔNICO-DEGENERATIVAS RESULTANTES DA OBESIDADE
A obesidade é uma doença inflamatória, crônica, multicausal e resultante da combinação de influências do dia a dia e predisposição genética. As implicações da obesidade na infância são de grande gravidade clínica e não só podem como devem ser observadas precocemente (hipertensão arterial, hiperglicemia, além de distúrbios respiratórios e do sono). Por sua vez, observa-se índices de que crianças com obesidade ou sobrepeso são mais tendentes a terem obesidade futura e, por decorrência, ampliarem as complicações clínicas, especialmente hipertensão arterial, arritmias cardíacas, aterosclerose, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, diabete, esteatose-hepatite, cirrose, síndrome metabólica, apneia, dores musculoesqueléticas e distúrbios psicossociais
Segundo Coutinho et al. (1998) a obesidade é uma enfermidade crônica que vem acompanhada de múltiplas complicações, caracterizada pela acumulação excessiva de gordura. A etiologia da obesidade é complexa e multifatorial, resultando da interação de genes, ambiente, estilos de vida e fatores emocionais assim entende - se que as pessoas engordam também principalmente pelo fato de comerem muito, terem um gasto calórico diminuído ou acumulam gorduras mais facilmente e têm mais dificuldade de queimá-las (BRASIL, 1997)
O excesso de gordura e peso corporal é acompanhado por maior suscetibilidade de uma variedade de disfunções crônico-degenerativas que elevam extraordinariamente os índices de morbidade e mortalidade. (GUEDES& GUEDES,2003).
A realidade atual vem demonstrando que o problema tem maior índices em países em desenvolvimento como é o caso do Brasil, e onde a predominância do excesso de peso é nas classes econômicas altas demonstrando que os fatores socioeconômicos interferem nessa realidade, e podemos constatar nesse fato que as mudanças que vem ocorrendo diariamente no estilo de vida das pessoas, sobre tudo os maus hábitos alimentares e os baixos índices de atividade física.
O excesso de gordura e de peso corporal não deve ser encarado simplesmente como um problema estético. Pelo contraio, e um grande distúrbio da saúde que reduz a expectativa de vida e ameaça sua qualidade. Existe grande número de evidencias que permitem afirmar que o maior acúmulo de gordura e de peso corporal assume importante papel na variação das funções orgânicas, constituindo-se em um dos fatores de risco mais significativos associado a morbidades especificas e ao índice de mortalidade. (GUEDES, GUEDES,2003).
Para (MONTEIRO; MONDINI, RBL, 2000). Os danos para a saúde que podem decorrer do consumo insuficiente ou excessivo de alimentos são há muito tempo conhecidos pelos seres humanos, mas recentemente surgem evidências de que características qualitativas da dieta sejam importantes na definição do estado de saúde, principalmente no que diz respeito às doenças crônicas degenerativas que se iniciam na infância e são levadas a idade adulta.
Por isso é importante o conhecimento sobre as doenças secundarias mais frequentes relacionadas a obesidade para permitir o diagnóstico precoce e o tratamento destas condições, vários estudos têm demonstrado que a obesidade está fortemente associada a um risco maior de desfechos, sejam cardiovasculares, câncer ou mortalidade, ou seja ter uma doença crônica como a obesidade é um risco na redução da expectativa de vida e aumento da mortalidade podendo levar a problemas como doença renal, câncer, apneia do sono, doença hepática gordurosa não alcoólica, doenças cardiovasculares (MELO; LUFT; MEYER, 2004).
A CONTRIBUIÇÃO DA EDUCAÇÃO FÍSICA PARA REDUÇÃO DOS ÍNDCES DE OBESIDADE INFANTIL
Os assombrosos números da obesidade infantil registrados no Brasil confirmam como é imprescindível o cuidado com o sobrepeso, sendo a escola o ambiente considerado ideal para conseguir realizar ações necessárias, principalmente através da disciplina de Educação Física. Como uma disciplina que se caracteriza por promover a saúde, os professores devem ser impulsionadores, para que seus alunos aceitem aderir a um estilo de vida ativo. A prática regular de exercícios físicos durante a infância incentiva a adoção de hábitos saudáveis durante toda vida.
Conhecer o quanto a prática regular de atividades físicas é primordial para a saúde é importante, pois, sabendo que muitas crianças elegem a televisão e os jogos eletrônicos preferíveis a brincar na rua com outras crianças. A falta de atividade física durante a infância é muito danosa a saúde das crianças. Muitos fatores como a insegurança pública e a violência hoje com altos índices na sociedade moderna colaboram muito para agravar o quadro de cada dia vermos menos crianças a brincarem nas ruas e praças.
A Educação Física escolar tornou-se um dos poucos lugares para as crianças praticarem atividades físicas, tendo a oportunidade de se beneficiar das vantagens de ter uma atividade direcionada por um profissional apto, possuindo assessoramento não somente durante a atividade proposta, mas de temas relacionados à saúde em geral. (BENEDITO, 2014)
Durante as aulas de Educação Física, estimular as crianças com sobrepeso a praticar atividades deve ser potencializada dando preferência a atividades não competitivas, pois geralmente nestas as crianças obesas são excluídas pelas outras crianças mais ativas.
Ao adotar exercícios diversificados, que possam ser realizados por todos, o profissional deixa de lado apenas a técnica e utiliza o lúdico, tornando as atividades mais atraentes e proporcionando aos alunos que muitas vezes ficam excluídos dos jogos também participem. Este é o estímulo da atividade física prazerosa, sendo de suma importância para o aprendizado e o desenvolvimento de hábitos saudáveis nas crianças. (BENEDITO, 2014)
A principal meta dos programas de promoção a saúde através da educação física escolar deve ser proporcionar a prática que possa levar aos alunos o gosto pela pratica da atividade física relacionada não apenas durante a infância, mas também, futuramente na idade adulta.
O TRATAMENTO MULTIDISCIPLINAR DA OBESIDADE INFANTIL
As bases fundamentais para o tratamento da obesidade infantil são unânimes entre os especialistas. Incluem modificações no plano alimentar, no comportamento e na atividade física (Gomes, 2002; Sigulem et al., 2001; Escrivão et al., 2001; Kiess, 2000; Dietz, 1998; Fisberg, 1995; Caldarone et al., 1995).
Diversas áreas acadêmicas podem e devem ser fatores primordiais na proteção e tratamento da obesidade infantil, proporcionando assim estratégias que facilitem a manutenção da saúde.
Jogos, Brinquedos e Brincadeiras 
A atividade física lúdica que envolvam jogos e brincadeiras, além de ser muito prazerosa é também um artifício para que a criança possa chegar a adquirir um hábito de vida mais saudável. Partindo dessamesma ideia França (2003) explica: estudos revelam com clareza as diversas possibilidades de a partir de vivências corporais conscientes e consistentes no âmbito do lazer, buscar elementos para a construção da melhoria da qualidade de vida.
Para que uma criança se sinta disposta a realizar uma atividade física, esta deverá ser necessariamente prazerosa. Trombetta e Col (2002) dizem que um programa de treinamento físico deve constar de exercícios aeróbios, cíclicos e contínuos, que envolvam grandes grupos musculares, tais como caminhada, ciclismo, natação, entre outros. Dessa forma, o papel dos jogos, brinquedos e brincadeiras serão de transformar estas atividades essenciais para perda de peso, em exercícios alegres e gotosas de se executar.
É primordial lembrar, que incentivar a criança a sair da inércia é de extrema importância. Com isso, não se pode dizer que caminhar por uma hora em uma esteira possa atender as necessidades de uma criança. Muitas vezes não atende nem às necessidades do adulto. As crianças gostam de brincadeiras e jogos e esses meios são excelentes estratégias para estimular uma criança obesa a fazer atividade física, superando o prazer que assistir televisão acompanhada de guloseimas parece trazer.
Primeiros Socorros
Segundo Novaes & Novaes (1994), denomina-se Primeiros Socorros ao tratamento aplicado de imediato ao acidentado ou portador de mal súbito, antes da chegada do médico.
As atividades esportivas ou recreativas de caráter competitivo acabam aumentando os índices de acidentes dentro e fora do ambiente escolar. Essas disputas, junto com um maior contato entre os participantes, fazem aumentar o nível de lesões nas práticas esportivas (MOREIRA, 2003; SANTOS e SANTOS, 2011).
[…] o nível de conhecimento dos professores em primeiros socorros e a implementação de planos de emergência dentro do âmbito escolar é de grande importância, permitindo assim o socorro imediato aos alunos, a promoção da saúde, prevenção de doenças, acidentes entre crianças e adolescentes. Sendo assim, fica evidente a importância de pessoas capacitadas, seja nas escolas, seja em qualquer outro lugar, tendo a ciência exata à conduta correta quando em situação de emergência. (MAIA, 2012)
O professor de Educação Física, na grande maioria dos casos, é o profissional a presenciar acidentes no ambiente escolar e, como não há médicos, acaba por ser o responsável pelos primeiros socorros e esse professor precisa estar atento as crianças que apresentem sobrepeso ou mesmo obesidade, uma vez que esse grupo precisa de uma atenção diferenciada, tanto na pratica das atividades quanto no socorro em casos de acidente
Considerando que o atendimento a crianças obesas requer diferentes cuidados, exige do profissional condições mínimas, ou seja, materiais adaptados ao porte físico da criança, assim como o professor precisa estar atento aos locais onde serão desenvolvidas as atividades para que possa diminuir os riscos de acidentes.
Empreendedorismo
O empreendedorismo é a arte de fazer acontecer de forma criativa e com motivação. Consiste no prazer de realizar de forma inovadora projetos sejam eles de cunho pessoal ou organizacional, em desafio constante às oportunidades e riscos. 
O ser empreendedor assume um comportamento proativo diante das questões que precisam de solução. O empreendedorismo é o despertar do indivíduo para o aproveitamento integral de suas potencialidades racionais e intuitivas.
Pessoa (2005) define em três os principais tipos de empreendedores: O empreendedor corporativo (intra-empreendedor ou empreendedor interno), o empreendedor start-up (que cria novos negócios/empresas) e o empreendedor social (que cria empreendimentos com missão social), são pessoas que se destacam onde quer que trabalhem.
Em se tratando da relação empreendedorismo e a obesidade infantil, vemos no perfil do empreendedor social, a forma mais eficaz da promoção de eventos esportivos, como jogos e/ou gincanas que levem o nosso público alvo (crianças obesas) a estarem inseridas no contexto do evento sem que se sinta excluída dos demais participantes.
O profissional de educação física assim como a escola é primordial uma visão empreendedora , para que possa promover eventos onde possa apresentar a crianças com obesidade a competição como uma chance de conhecer novos amigos, de aprender com outras crianças ou de ensiná-las, o que diminui a importância da vencer ou não, quebrando o paradigma de que a competição é uma forma de exclusão, pois se uma criança obesa começa a fazer natação e o foco dos pais e professores é na perda de peso, essa atividade tem uma grande chance de ser chata e frustrante. A criança precisa brincar na água, descobrir seus limites e possibilidades, desenvolver habilidades e se sentir competente. Esse sentimento é que vai ser determinante para a continuidade da prática e de quebra, ela pode, inclusive, começar a perder peso.  
Em outras palavras, com uma visão empreendedora que leve a eventos e atividades que promovam atividades físicas são grande contribuição das práticas corporais para o combate à obesidade infantil é despertar o prazer e o interesse das crianças. Qual é a melhor atividade para que uma criança perca peso? Aquela que ela mais gosta. É mais importante fazer algo que a criança goste e que vai fazer por mais tempo do que algo que gaste muitas calorias e que não cause um envolvimento a longo prazo.
Aptidão Física, Saúde e Esportes
Conforme diz Bracht (1989), o esporte foi introduzido dentro da instituição escolar imbuído de todos os princípios de rendimento atlético/desportivo, de competição acrítica, de comparação de rendimento, de regulamentação rígida, de racionalização de meios e técnicas, agravando-se ainda mais nas décadas de 1960 e 1970, quando, segundo Betti (1991), o professor, em detrimento de seu papel de educador, passou a ser um treinador, e o aluno, quase um atleta, surgindo a assim denominada linha mecanicista.
Já a infância é um período de grande importância para o desenvolvimento motor, porque é nesta fase que ocorre o desenvolvimento de capacidades motoras essenciais, que servirão de base para o aumento das capacidades na vida adulta.
Toda criança gosta de correr, pular, saltar, enfim, praticar esportes. Nestas atividades em que a criança se diverte, ela também melhora sua qualidade de vida. Cada criança possui um repertório motor variado. E cada criança pode ter esse repertório mais ou menos desenvolvido.
Para Damaso (2010). Crianças obesas apresentam padrões diferenciados em relação aos não obesos, tais como: menor eficiência mecânica, maior gasto energético em tarefas que exigem deslocamento ou projeção da massa corporal e diferentes respostas metabólicas e hormonais.
 Deforche (2012). Mostrou em um estudo com 100 crianças, sendo elas 50 com quadro de obesidade, essas tinham piores desempenhos em todos os parâmetros de aptidão física em comparação com os seus pares. 
Este atraso motor pode ser causado pela inatividade ligada ao estado de obesidade, dificuldade para realização de atividades, vergonha da exposição de sua aparência corporal.
 O cuidado em não se expor leva a criança com quadro de obesidade a estar escolhendo atividades com abaixo gasto calórico, muitos não sabem lidar o sentimento de exclusão decorrente de outras crianças, por eles não apresentarem um desempenho satisfatório em suas atividades diárias e acabam muitas vezes se isolando socialmente.
Atividade Física, Lazer e Saúde
Um dos fundamentais fatores que levam à obesidade é o sedentarismo: a inatividade aumenta e a possibilidade de as crianças virem a ganhar peso também, existindo diferenças entre os dois sexos: elas mais sedentárias e eles com níveis superiores de atividade física, embora até à segunda infância essas diferenças entre os géneros não sejam tão notórias, acentuam-se com a entrada na adolescência.
 Atualmente, a maioria das atividades de lazer das crianças não envolve exercício físico, pois passam muito pelo computador, a televisão e osjogos de consolas. Esta inatividade aumenta a potencialidade das crianças virem a ganhar peso. 
Também a Educação Física escolar pode ser reorientada, de modo a proporcionar aos jovens meios de poderem tornar-se autónomos na prática de atividade física, evidenciando os objetivos de melhorar a sua aptidão física, perder peso e prevenirem diversas doenças. Em suma, a escola no espaço dedicado à atividade física deve apostar na formação dos seus alunos, induzindo estilos de vida saudável, os quais devem fazer parte do currículo, numa perspectiva transversal.
A preocupação com o aumento da obesidade infantil se justifica pelo aumento de sua permanência na vida adulta, por ser um fator de risco para doenças crônico-degenerativas e pelo desenvolvimento precoce de doenças como hipertensão arterial e diabetes mellitus não insulinodependente, já em adolescentes obesos (LEÃO et al., 2003; BALABAN; SILVA, 2004). 
As maiores prevalências de obesidade têm sido observadas na faixa de 4 a 8 anos, porém acredita-se que quanto mais precoce o surgimento da obesidade maior a chance de o problema perdurar até a vida adulta (OLIVEIRA et al., 2003).
Balaban e Silva (2004) verificaram que cerca de um terço dos pré-escolares e metade dos escolares obesos tornaram-se obesos na idade adulta.
CONCLUSÃO
Apesar das causas da obesidade seja resultante de diversos fatores, tem-se conhecimento de que as mudanças ambien​tais se formam nos principais fatores que favorecem o aumento da obesidade, pois a medida em que estimulam o consumo excessivo de energia combinado a um gasto energético reduzido. 
As mudanças nos hábitos e costumes devem ser iniciadas o mais rápido possível, já que no período da adolescência se apresentam mudanças na personalidade do indivíduo sendo assim, considerada uma fase favorável para a concretização de hábi​tos que poderão trazer decorrências diretas para a saúde na vida adulta.
Por se tratar de fatores passíveis de intervenção, recomenda-se que estratégias de caráter educativo sejam adotadas, tanto em nível coletivo quanto individual, como for​ma de incentivar o consumo de alimentos saudáveis e estimular a prática de atividade física regular.
O Profissional de Educação Física é o profissional mais indicado para atender a esse público que vem crescendo de forma desacerbada e tornando-se um problema de saúde pública. Esse profissional através do seu conhecimento na atividade física contribui para o desenvolvimento de uma sociedade saudável. Os benefícios da atividade física no controle da obesidade infantil são inúmeros, sendo eles a prevenção de alterações metabólicas, prevenção de doenças crônicas cardiovasculares, a melhora na qualidade do sono, desenvolvimento intelectual, controle de estresse e bem-estar com a estética corporal.
REFERÊNCIAS
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BENEDITO, Leandro de Souza; et al. Educação Física escolar: no combate à obesidade infantil. 12p. 2014.  Disponível em: <https://www.inesul.edu.br/revista/arquivos/arq-idvol_31_1412631799.pdf>. Acesso em: 22 de abril. 2019.
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Sistema de Ensino Presencial Conectado
BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
aLISSON ALVES LIMA
ARTHUR SATIRO DE ARAUJO MARQUES
DANIELE GOMES MONTENEGRO
ISRAEL AFONSO DE LUCENA
LETÍCIA MATIAS LEITE
LUIZ EDUARDO LUCENA
RAMON DA SILVA MENEZES
A OBESIDADE INFANTIL NO BRASIL 
E FATORES ASSOCIADOS
Patos
2019.1

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