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Introdução à Administração

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EAGS/SAD 
Administração – Prof. Fábio Arruda 
MÓDULO I 
 
 1 
INTRODUÇÃO 
Mundo atual – Sociedade de organizações. ∆ 
 
 
 
 
 
A ADMINISTRAÇÃO NA SOCIEDADE MODERNA 
 
 
 
 
A administração é um fenômeno universal no mundo moderno. Cada 
organização requer estratégias de comportamento, definição de 
missões e objetivos, tomada de decisões, coordenação de múltiplas 
atividades, condução de pessoas, avaliação do desempenho, obtenção 
e alocação de recursos, etc. Cada organização necessita não de um 
administrador apenas, mas de uma equipe de administradores em 
vários níveis e nas várias áreas e funções para conduzir as diversas 
especialidades dentro de um conjunto integrado e harmonioso de 
esforços em direção aos objetivos da empresa. 
 
O Administrador é um profissional precisa conhecer disciplinas 
heterogêneas (como Matemática, Direito, Psicologia, Sociologia, 
Estatística, etc.); precisa lidar com pessoas (que executam tarefas ou 
que planejam, organizam, controlam, assessoram, pesquisam, etc.); 
precisa lidar com eventos externos (localizados no mercado) e internos 
(localizados dentro da empresa). Ele é um agente – não só de 
condução ou de manutenção do status quo – mas de mudança e 
transformação das empresas, levando-as a novos rumos, novos 
processos, novas metas e objetivos, novas estratégias, novas 
tecnologias e novos patamares. 
 
NÍVEIS ADMINISTRATIVOS 
 
 
 
Nível da 
Empresa 
Habilidade do 
Administrador C A R A C T E R Í S T I C A S 
Institucional Conceitual 
Consiste na capacidade de lidar com idéias 
e conceitos abstratos, que proporciona 
capacidade de diagnóstico (para resolução 
de problemas) e visão futura (para geração 
de novas idéias e inovação). Possui uma 
visão global da organização e está 
relacionada com o software. 
Intermediário Humana 
Consiste na capacidade e discernimento 
para trabalhar com pessoas, comunicar, 
compreender suas atitudes e motivações e 
desenvolver uma liderança eficaz. 
Operacional 
Executivo Técnicas 
Consiste em utilizar conhecimentos, 
métodos, técnicas e equipamentos 
necessários para a realização de tarefas 
específicas com base em sua experiência 
profissional. É a habilidade de fazer coisas 
concretas e práticas e está muito 
relacionada com o hardware disponível. 
ADMINISTRAÇÃO: CIÊNCIA, TÉCNICA E ARTE 
Na extensa bibliografia sobre Administração, nota-se que a sua 
classificação como ciência ou como técnica fica a critério de cada 
autor, não faltando aqueles que a classificam como uma arte. 
 
Definições: 
�Ciência – Investiga e busca o conhecimento e a compreensão. 
Elabora teorias, leis e hipóteses. A ciência busca primordialmente o 
conhecimento e a explicação. 
 
�Técnica – Opera e transforma uma realidade, aplica normas e 
procedimentos com rigor e sobre a base de um programa 
objetivamente definido. 
 
A ciência fornece os conhecimentos e a explicação para a técnica, que 
realimenta a ciência com informações que lhe permitem avaliar, 
confirmar ou modificar os conhecimentos científicos. 
 
�Arte – Capta e comunica uma realidade em um plano vivencial e 
espiritual de uma forma subjetiva e pessoal. 
 
A arte não busca a explicação nem a compreensão da realidade de um 
objeto (tal como a ciência) e tampouco busca transformar ou 
operacionalizar as coisas (tal como a técnica). 
 
TO – TEORIA DAS ORGANIZAÇÕES 
Estudo das organizações em geral. 
TGA – TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO 
Estudo da Administração das organizações 
 
Variáveis da TGA 
• Tarefas 
• Estrutura 
• Pessoas 
• Ambiente 
• Tecnologia 
 
Cada uma dessas cinco variáveis provocou, a seu tempo, uma 
diferente teoria administrativa, marcando um gradativo passo no 
desenvolvimento da TGA. 
 
PERSPECTIVAS FUTURAS DA ADMINISTRAÇÃO 
A tarefa da administração nas próximas décadas será incerta e 
desafiadora, pois deverá ser atingida por uma infinidade de variáveis, 
mudanças e transformações carregadas de ambigüidades e de 
incertezas. 
 
Vários fatores deverão provocar profundos impactos sobre as 
organizações e empresas, como: 
• Crescimento das organizações. 
• Concorrência mais aguda. 
• Sofisticação da tecnologia. 
• Taxas elevadas de inflação. 
• Globalização da economia e internacionalização dos negócios. 
• Visibilidade maior das organizações. 
 
AS MEGATENDÊNCIAS 
A sociedade moderna está passando por grandes transformações: as 
chamadas megatendências, cujos reflexos nas organizações e na sua 
administração são profundos e marcantes. Essas megatendências são: 
 
1. Da sociedade industrial para a sociedade de informação: 
A Era Industrial está vivendo estágio final. A mudança é 
definitiva. A sociedade pós-industrial que está surgindo não é 
uma sociedade de serviços como se imaginava, mas uma 
sociedade de informação, na qual a informação passa a ser o 
recurso estratégico, tomando o lugar do capital financeiro. 
EAGS/SAD 
Administração – Prof. Fábio Arruda 
MÓDULO I 
 
 2 
2. Da tecnologia simples para a alta tecnologia: Existe uma 
tendência para a crescente sofisticação da tecnologia. A 
tecnologia proporcionará cada vez mais uma eficiência 
maior, uma precisão mais avançada e a liberação da 
atividade humana para tarefas mais complicadas e que 
exijam planejamento, causando impacto, também, na 
estrutura organizacional das empresas. 
 
3. Da economia nacional para a economia mundial: A 
globalização está fazendo com que os países deixem de 
atuar simplesmente em ternos de mercados internos para se 
projetarem em negócios internacionais. Mais do que nunca, o 
produto ou serviço que demonstra ser superior, mais 
avançado, mais seguro, mais desejável, será o mais 
procurado. 
 
4. Do curto prazo para o longo prazo: O administrador típico 
do passado era orientado para o curto prazo: fazer o próximo 
trimestre ser melhor do que o anterior. Atualmente, é a 
orientação estratégica que norteia o dia-a-dia das operações, 
e não o contrário. Infelizmente, a profunda recessão 
econômica nos países menos avançados e a urgência na 
solução dos graves problemas desses países, têm mantido 
os administradores no caminho do imediatismo do cotidiano. 
 
5. Da democracia representativa para a democracia 
participativa: A revolução política ora em curso nos países 
mais avançados está implícita na seguinte afirmação: “As 
pessoas cujas vidas são afetadas por uma decisão devem 
fazer parte do processo de se chegar a essa decisão”. 
 
� Democracia representativa – as pessoas 
escolhem pelo voto aqueles que irão representá-
las no processo decisório da vida de um país. 
 
� Democracia participativa – as pessoas são 
consultadas a respeito de suas opiniões e pontos 
de vista, de suas convicções e expectativas. 
 
6. Das hierarquias para a comunicação lateral intensiva: A 
tradicional organização hierárquica frustra e aliena as 
pessoas, pois a autoridade única restringe a comunicação. 
Na medida em que o ambiente se torna mutável, dinâmico ou 
incerto, as empresas precisam se flexíveis, inovadoras e 
orgânicas. A comunicação lateral intensiva será a maneira de 
garantir o suprimento do recurso mais importante da 
atualidade: a informação. 
 
7. Da opção dual para a opção múltipla: As soluções para os 
problemas deixam de ser receitas únicas. A simples opção 
dual do tipo “sistema aberto ou fechado”; “burocrático ou não 
burocrático”; “Teoria X ou Teoria Y” tem mostrado o seu 
reducionismo e a sua extrema simplificação. A sociedade 
caminha para sofisticação crescente, com múltiplas opções, 
variações e alternativas intermediárias. 
 
8. Da centralização para a descentralização: As empresas 
em geral, estão passando por um processo gradativo de 
deslocamento rumo à periferia, abandonando os centros das 
cidades industriais, já congestionadas e superpovoadas. A 
agricultura,por seu lado, está se deslocando gradativamente 
para outras áreas rurais até então não exploradas. Este 
fenômeno de deslocamento e descentralização está 
provocando um espalhamento geográfico não só de 
empresas como também de negócios complicando o volume 
de variáveis e de contingências ambientais sobre as 
empresas. 
 
9. Da ajuda institucional para a auto-ajuda: No decorrer da 
década de 1970, os cidadãos americanos começaram a se 
desligar de instituições que os haviam desiludido e a 
reaprender a agir por conta própria, para resolver seus 
problemas. Se os serviços públicos não acompanham as 
novas e crescentes necessidades dos cidadãos de 
educação, saúde, segurança pública, etc., estes passam a 
lançar mão de esquemas próprios e cooperativos para 
solucionar seus problemas. 
 
Essas são as grandes transformações pelas quais a sociedade 
moderna está passando. Tudo é relativo e tudo depende da situação e 
do momento. O sucesso das organizações dependerá de sua 
capacidade de ler a realidade externa, identificar oportunidades a seu 
redor para responder adequadamente a elas, de um lado, e reconhecer 
ameaças e dificuldades para neutralizá-las ou amortecê-las, de outro 
lado. 
 
OS PRIMÓRDIOS DA ADMINISTRAÇÃO 
Administração →→→→ Constitui o resultado histórico e integrado da 
contribuição cumulativa de numerosos precursores (filósofos, físicos, 
economistas, estadistas e empresários). 
 
Exemplos históricos: 
�Hebreus →→→→ Jetro aconselhou Moisés, seu genro, a delegar poderes. 
Seus chefes julgavam as causas pequenas, só trazendo a Moisés as 
causas graves. 
�Egito/Mesopotâmia/Assíria →→→→ Já havia planejamento no sentido de 
guiar pessoas para a construção de monumentais obras. 
�China →→→→ As parábolas de Confúcio sugeriam práticas para a boa 
administração pública. 
 
INFLUÊNCIA DOS FILÓSOFOS 
 
a) SÓCRATES 
Expõe a administração como uma 
habilidade pessoal separada do 
conhecimento técnico e da experiência. 
 
b) PLATÃO (discípulo de Sócrates) 
No seu livro “A República”, expõe a forma 
democrática de governo e de 
administração dos negócios públicos. 
c) ARISTÓTELES (discípulo de Platão) 
No livro “Política”, distingue três formas de administração pública: 
Monarquia – governo de um só (que pode redundar em tirania). 
Aristocracia – governo de uma elite (que pode descambar em 
 oligarquia). 
Democracia – governo do povo (que pode degenerar em anarquia) 
d) FRANCIS BACON 
Fundador da “Lógica Moderna”, baseada no método experimental e 
indutivo, mostra a preocupação prática de separar experimentalmente 
o que é essencial do é que acidental ou acessório. Antecipou-se ao 
princípio conhecido em Administração como “Princípio da prevalência 
do principal sobre o acessório”. 
RENÈ DESCARTES 
Fundador da “Filosofia Moderna”, criou as coordenadas cartesianas. 
Celebrizou-se pelo livro “O Discurso do Método”, no qual descreve seu 
método cartesiano, cujos princípios são: 
 
I. Princípio da Dúvida Sistemática ou da Evidência: Consiste em 
não aceitar como verdadeira coisa alguma enquanto não se souber 
com evidência clara e distintamente, aquilo que é realmente 
verdadeiro. 
EAGS/SAD 
Administração – Prof. Fábio Arruda 
MÓDULO I 
 
 3 
II. Princípio da Análise ou de Decomposição: Consiste em dividir 
ou decompor cada dificuldade ou problema em tantas partes quantas 
sejam possíveis e necessárias à sua adequação e solução e resolvê-
las cada uma, separadamente. 
 
III. Princípio da Síntese ou da Composição: Consiste em conduzir 
ordenadamente nossos pensamentos e nosso raciocínio, começando 
pelos objetivos e assuntos mais fáceis e simples de se conhecer, para 
passarmos gradualmente aos mais difíceis. 
 
IV. Princípio da Enumeração ou da Verificação: Consiste em fazer 
recontagens, verificações e revisões tão gerais que se fique seguro de 
nada haver omitido ou deixado à parte. 
THOMAS HOBBES 
Defendia o absolutismo e tinha uma visão pessimista da humanidade. 
Na ausência de um governo, as pessoas tendem a viver em conflito 
permanente. No livro “Leviatã”, assinala que o povo renuncia a seus 
direitos naturais em favor de um governo que, investido do poder a ele 
conferido, impõe a ordem, organiza a vida social e garante a paz. 
JEAN-JACQUES RUSSEAU 
Desenvolveu a “Teoria do Contrato Social” – O Estado surge de um 
acordo de vontades. Contrato social é um acordo entre os membros de 
uma sociedade pelo qual reconhecem a autoridade igual sobre todos 
de um regime político, governante ou de um conjunto de regras. 
 
INFLUÊNCIA DA ORGANIZAÇÃO 
DA IGREJA CATÓLICA 
Através dos séculos, as normas administrativas e os princípios de 
organização pública foram se transferindo das instituições dos Estados 
para a Igreja Católica. 
 
Ao longo dos séculos, a Igreja Católica estruturou sua organização, com... 
o ...uma hierarquia de autoridade; 
o ...um estado-maior (assessoria); 
o ...e a coordenação funcional para assegurar integração. 
 
Sua enorme organização mundial pode operar sob o comando de uma 
só cabeça: o Papa. 
 
Ávidas de experiência bem sucedidas, as organizações passaram a 
incorporar os princípios e as normas administrativas utilizadas pela 
Igreja Católica. 
INFLUÊNCIA DA ORGANIZAÇÃO MILITAR 
A organização militar influenciou o aparecimento das teorias da 
Administração: 
 
• Organização Linear – baseada em linhas formais de comunicação. 
• Princípio da Unidade de Comando: Cada subordinado só pode ter 
 um superior. 
• Escala Hierárquica – Escalões hierárquicos de comando com graus 
 de autoridade e responsabilidade. 
As guerras de maior alcance e de âmbito continental 
exigiram novos princípios de organização, conduzindo a um 
planejamento e controle centralizados em paralelo com 
operações descentralizadas. Passou-se à centralização do 
comando e à descentralização da execução. 
• Estado-Maior (staff/assessoria) - Frederico II, O Grande, para 
aumentar a eficiência do seu exército, criou um estado-maior. Os 
oficiais formados no estado-maior eram transferidos para posições 
de comando (linha) e novamente para o estado-maior (staff), o que 
assegurava experiência nas funções de gabinete, de campo e 
novamente de gabinete. 
• Princípio da direção – Todo soldado deve saber perfeitamente o 
que se espera dele e aquilo que ele deve fazer. Segundo 
Napoleão, “Uma obediência cega, jamais leva a uma execução 
inteligente de qualquer coisa.” 
• Pensamento estratégico – Carl von Clausewitz é considerado o pai 
do pensamento estratégico. Ele publicou um tratado sobre a guerra 
e seus princípios. Definiu a guerra como um jogo. Como uma 
continuação da política por outros meios. Clawsevitz considerava a 
disciplina um requisito básico para a boa organização. Para ele, a 
organização requer um cuidadoso planejamento, no qual as 
decisões devem ser científicas e não apenas intuitivas. O 
administrador deve aceitar a incerteza e planejar de maneira a 
minimizar seus efeitos. 
INFLUÊNCIA DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 
1ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 
 
� Fonte de energia: carvão 
� Material básico: ferro 
 
Quatro fases: 
1ª FASE: MECANIZAÇÃO DA INDÚSTRIA E DA AGRICULTURA 
• Máquina de fiar – Hargreaves 
• Tear hidráulico – Arkwright 
• Tear mecânico – Cartwright 
• Descaroçador de Algodão – Whitney 
 
2ª FASE: APLICAÇÃO DA FORÇA MOTRIZ À INDÚSTRIA 
• Força elástica do vapor – Dénis Papin 
• Máquina a vapor – James Watt 
• Com a aplicação do vapor às máquinas, iniciam-se grandes 
transformações nas oficinas (que se converteram em fábricas), nos 
transportes, nas comunicações e na agricultura. 
 
3ª FASE: O DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA FABRIL 
• O artesão e sua pequena oficina patronal desapareceram para 
 ceder lugar aos operários e às fábricas. 
• A migração das massas humanas das áreas agrícolas para as 
 proximidadesdas fábricas provoca a urbanização. 
 
4ª FASE: ESPETACULAR ACELERAÇÃO DOS TRANSPORTES E 
DAS COMUNICAÇÕES 
• Navegação a vapor – Robert Fulton 
• Locomotiva a vapor – aperfeiçoada por Stephenson 
• Telégrafo elétrico – Samuel Morse 
• Telefone – Graham Bell 
 
 
2ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 
� Fonte de energia: eletricidade e derivados do petróleo 
� Material básico: aço 
 
• Processo de fabricação do aço – (1856) 
• Aperfeiçoamento do Dínamo – (1873) 
• Motor de combustão interna – Daimler (1873) 
 
Características e conseqüências: 
• Substituição do ferro pelo aço como material básico. 
• Substituição do vapor pela eletricidade e derivados do petróleo 
 como fontes de energia. 
• Desenvolvimento da maquinaria automotiva e da especialização do 
 trabalhador. 
• Crescente domínio da indústria pela ciência 
EAGS/SAD 
Administração – Prof. Fábio Arruda 
MÓDULO I 
 
 4 
• Transformações radicais nos transportes e nas comunicações 
o Daimler e Benz – automóveis (1860) 
o Aperfeiçoamento do pneumático – Dunlop (1888) 
o Modelo “T” – Ford (1908) 
o Avião – Santos Dumont (1906) 
 
• Desenvolvimento de novas formas de organização capitalista: O 
capital industrial que provinha dos lucros auferidos deu lugar ao 
capital financeiro. 
 
� Dominação das indústrias por instituições financeiras e de 
 crédito. 
� Formação de acumulação de capital proveniente de trustes 
 e fusões. 
� Separação entre a propriedade particular e a direção das 
 empresas. 
� Aparecimento das “Holding Companies” para coordenar e 
 integrar negócios. 
 
• Expansão da industrialização desde a Europa até o Extremo 
 Oriente. 
• A maquinização provocou a fusão de pequenas oficinas, que 
passaram a integrar outras maiores e que aos poucos foram se 
transformando em grandes fábricas. 
• O aumento dos mercados exigiu grandes contingentes humanos 
provocando um acelerado e desordenado êxodo do campo para a 
cidade (urbanização). 
• Surgem as primeiras tensões entre trabalhadores e proprietários, 
 provocando o surgimento também as primeiras leis trabalhistas. 
 
INFLUÊNCIA DOS ECONOMISTAS LIBERAIS 
 
MACROECONOMIA MICROECONOMIA 
X 
(fenômenos sociais) (fenômenos empresariais) 
 
LIBERALISMO ECONÔMICO 
• A vida econômica deve afastar-se da influência estatal, pois o 
trabalho segue os princípios econômicos e a mão-de-obra está 
sujeita às mesmas leis da economia que regem o mercado de 
matérias-primas ou comércio internacional. 
• Livre concorrência 
 
ADAM SMITH – Fundador da Economia Clássica 
• Idéia Central → Competição: Embora os indivíduos ajam apenas 
em proveito próprio, os mercados em que vigora a competição, 
funcionam espontaneamente, de modo a garantir (por algum 
mecanismo abstrato que Smith chamava de a mão invisível que 
governa o mercado) a alocação mais eficiente dos recursos e da 
produção, sem que haja excesso de lucros. 
• O papel econômico do governo (além do básico que é garantir a lei 
e a ordem) é a intervenção na economia, quando o mercado não 
existe ou quando deixa de funcionar em condições satisfatórias, ou 
seja, quando não ocorre competição livre. 
• Em seu livro “A Riqueza das Nações”, Adam Smith preconizava 
que a riqueza das nações residia na divisão do trabalho e na 
especialização e reforçou a importância do planejamento e da 
organização na Administração. 
DAVID RICARDO 
“Princípios de Economia Política e Tributação”: aborda temas como 
trabalho (focalizado como item de custo), capital, salário, renda, 
produção, preços e mercados. 
JAMES MILL 
“Elementos de Economia Política”: série de medidas relacionadas com 
os estudos de tempos e movimentos como meio de obter incremento 
da produção nas indústrias da época. 
 
JOHN STUART MILL 
“Princípios de Economia”: propõe um conceito de controle 
extremamente voltado para o problema de como evitar furtos nas 
empresas. 
 
A acumulação crescente de capitais gerou profundos desequilíbrios. A 
partir da segunda metade do Século XIX , o liberalismo econômico 
começou a perder sua enorme influência, enfraquecendo à medida que 
o capitalismo se agigantou com o despontar dos Du Pont, Rockfeller, 
Morgan, Drupp, etc. O Novo Capitalismo se iniciou com a produção em 
larga escala de grandes concentrações de maquinaria e de mão-de-
obra, criando situações problemáticas de organização de trabalho, de 
concorrência econômica, de padrão de vida, etc. 
 
KARL MARX e FRIEDRICH ENGELS – Criadores do socialismo 
científico e do materialismo histórico. 
• “Manifesto Comunista” – Afirmam que a história da humanidade é 
uma história de luta de classes. Analisam os diversos regimes 
econômicos e sociais e a sociedade capitalista, concluindo que a 
luta de classes é o motor da história. O Estado é um órgão a 
serviço da classe dominante, cabendo à classe operária lutar por 
sua conquista e implementar a ditadura do proletariado. Propõem 
uma teoria da origem econômica do Estado. O Estado é uma 
ordem coativa imposta por uma classe social exploradora. 
• “O Capital” – Em seu livro, “O Capital”, Marx propõe suas teorias a 
respeito da mais-valia, com base na teoria do valor-trabalho. Marx 
considerava que o valor de toda a mercadoria é determinado pela 
quantidade de trabalho socialmente necessário para produzi-la. Se 
ele trabalhar além de um determinado número de horas, estará 
produzindo não apenas o valor correspondente ao de sua força de 
trabalho (que lhe é pago na forma de salário, pelo capitalista), mas 
também um valor excedente sem contrapartida, denominado mais-
valia. 
 
O socialismo e o sindicalismo obrigam o capitalismo do início do século 
XX a enveredar pelo caminho do aperfeiçoamento de todos os fatores 
de produção envolvidos e sua adequada remuneração. 
 
INFLUÊNCIA DOS PIONEIROS 
E EMPREENDEDORES 
Ao redor de 1820 o maior negócio empresarial foram as estradas de 
ferro – desbravaram territórios, provocando a urbanização e a criação 
de novas necessidades de habitação, alimentação, roupa, luz, etc., o 
que se traduziu em um rápido crescimento das empresas voltadas para 
o consumo direto. 
 
Antes de 1850, poucas empresas tinham m estrutura que exigisse os 
serviços e um administrador em tempo integral, pois as empresas 
industriais eram pequenas. Em geral, eram negócios de família, em 
que dois ou três parentes conseguiam cuidar de todas as suas 
atividades principais. 
 
Em 1871, a Inglaterra era a maior potência econômica mundial. 
EAGS/SAD 
Administração – Prof. Fábio Arruda 
MÓDULO I 
 
 5 
PIONEIROS E EMPREENDEDORES: 
• John D Rockfeller - Standard Oil. (1865) 
• Carnegie - Truste do aço. (1890) 
• Swfit e Armour - Truste das conservas 
• Guggenheim – Truste do cobre 
• Mello – Truste do alumínio 
 
Os “Criadores de Império” (Empire Builders) passam a comprar e a 
integrar concorrentes, fornecedores e distribuidores para garantir seus 
interesses. Surgiram os primeiros impérios industriais, aglomerados de 
empresas que se tornaram grandes demais para serem dirigidos pelos 
pequenos grupos familiares. Logo aparecem os primeiros gerentes 
profissionais, os primeiros organizadores que se preocupavam mais 
com a fábrica do que com as vendas ou compras. 
 
Na década de 1880, a Westinghouse e a General Eletric dominavam o 
ramo de bens duráveis e criaram organizações próprias de vendas, com 
vendedores treinados, dando início que hoje denominamos “Marketing”. 
 
Ambas assumiram a organização do tipo funcional que seria adotada 
pela maioria da empresas americanas, a saber: 
I. Um departamento de produção para cuidar da manufatura de 
fábricas isoladas. 
II. Um departamento de vendas, para administrar um sistema nacional 
de escritórios distritais com vendedores. 
III. Um departamento técnico de engenharia para desenhar e 
desenvolver produtos.IV. Um departamento financeiro. 
 
Entre 1880 e 1890, as indústrias passaram a controlar as matérias-
primas através de seus departamentos de compras adquirindo firmas 
fornecedoras e controlando a distribuição para vender seus produtos 
diretamente ao varejista ou ao consumidor final. O mercado foi se 
tornando saturado, os lucros baixaram e os meios de reduzir custos 
diminuíram e as empresas passaram a procurar novos mercados por 
meio da diversificação de produtos. Surgem a empresa integrada e 
multidepartamental. 
 
A empresa integrada verticalmente se formava por meio da 
combinação: vários pequenos produtores de determinado bem se 
agregavam em uma combinação horizontal – uma federação – sob o 
controle de uma companhia holding. Essas alianças levaram a uma 
organização com escritórios centrais permitindo a economia de escala 
por meio do processo padrão, a concentração da produção em fábricas 
e investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Essas unidades 
deixaram de ser dirigidas pelos antigos donos ou famílias associadas e 
passaram a ser administradas por gerentes assalariados. 
 
Os grandes capitães da indústria não tinham condições de sistematizar 
seus vastos negócios com eficiência, pois eram empreendedores e não 
organizadores. A organização era um desafio tão ou mais difícil do que 
a criação dessas empresas. Entre 1860 e 1900 aconteceu a idade a 
“idade heróica das invenções”, que provocou um explosivo 
desenvolvimento tecnológico. O primeiro laboratório de pesquisa surgiu 
com a síntese da aspirina – a primeira droga puramente sintética -, 
realizada por Adolph von Bayer e 1899. O sucesso mundial da aspirina 
convenceu a indústria química do valor da pesquisa e da tecnologia. 
 
Na virada do século XX, grandes corporações sucumbiram 
financeiramente. É que dirigir grandes empresas não era apenas uma 
questão de habilidade pessoal, como muitos empreendedores 
pensavam. Estavam criadas as condições para o aparecimento dos 
grandes organizadores da empresa moderna. Os pioneiros e 
empreendedores cederam lugar para os organizadores. Estava 
chegando a era da competição e da concorrência como decorrência de 
fatores como: 
 
I. Desenvolvimento tecnológico, que propiciou um crescente número 
de empresas e nações concorrendo no mercado mundial. 
II. Livre-comércio. 
III. Mudança dos mercados vendedores para mercados compradores. 
IV. Aumento da capacidade de investimento de capital e elevação dos 
níveis de ponto de equilíbrio 
V. Rapidez do ritmo de mudança tecnológica que rapidamente torna 
obsoleto um produto ou reduz drasticamente seus custos de produção. 
VI. Crescimento dos negócios e das empresas. 
Todos os fatores iriam completar as condições propícias para a busca 
de bases científicas para a melhoria da prática empresarial e para o 
surgimento da teoria administrativa. 
 
ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO 
As origens da Abordagem Clássica da Administração remontam às 
conseqüências geradas pela Revolução Industrial e podem ser 
resumidas em dois fatos genéricos, a saber: 
 
A. O crescimento acelerado e desorganizado da empresas, 
ocasionando gradativamente a complexidade na sua 
administração e exigindo uma abordagem científica e mais 
apurada que substituísse o empirismo e a improvisação até 
então dominantes. 
B. A necessidade de aumentar a eficiência e a competência das 
organizações, no intuito de se obter o melhor rendimento dos 
recursos e fazer face à concorrência e à competição entre as 
empresas. 
 
A Abordagem Clássica é desdobrada em duas orientações diferentes 
e, até certo ponto, opostas entre si, mas que se complementam com 
relativa coerência: 
 
1. Escola da Administração Científica 
 (Frederick Winslow Taylor) 
*Ênfase nas tarefas dos indivíduos 
 
2. Corrente Anatômica e Fisiologista (Teoria Clássica) 
(Henri Fayol) 
*Ênfase na estrutura organizacional 
 
ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA (Taylor) 
*Ênfase nas tarefas dos indivíduos 
 
Frederick W. Taylor, o fundador da Administração Científica, nasceu na 
Filadélfia, nos Estados Unidos. Para ele, a organização do trabalho 
deve ser estudada e tratada cientificamente e não empiricamente. A 
improvisação deve ceder lugar ao planejamento e o empirismo à 
ciência: a Ciência da Administração. 
 
 
Frederick Winslow Taylor (1856-1915) 
 
Administração Científica = Sistema de Taylor = Gerência Científica 
do Trabalho = Organização Racional do Trabalho 
 
EAGS/SAD 
Administração – Prof. Fábio Arruda 
MÓDULO I 
 
 6 
O nome Administração Científica é devido à tentativa de aplicação dos 
métodos da ciência aos problemas da administração para alcançar a 
eficiência. 
� Eficiência – Correta utilização dos recursos (meios de produção) 
disponíveis. 
Essa tentativa de substituir métodos empíricos e rudimentares pelos 
métodos científicos recebeu o nome de Organização Racional do 
Trabalho (ORT). 
 
A Organização Racional do Trabalho (ORT) se fundamenta em: 
1. Análise do Trabalho e Estudo dos Tempos e Movimentos – 
Eliminação dos movimentos inúteis e simplificação dos movimentos 
necessários, para proporcionar economia de tempo e esforço ao 
operário. Com isso padronizava-se o método de trabalho e o tempo 
destinado à sua execução. 
 
Frank B. Gilbreth – Engenheiro americano que acompanhou Taylor no 
esforço de aumentar a produtividade. 
� Método – é a maneira de se fazer alguma coisa para obter 
determinado resultado. 
� Therbligs (anagrama de Gilbreth) – movimentos elementares que 
permitem decompor e analisar qualquer tarefa. 
� O conceito de eficiência é fundamental para a Administração 
Científica. A Análise do Trabalho e o estudo de tempos e movimentos 
focalizam a melhor maneira (the one best way) de executar uma tarefa 
e elevar a eficiência do operário. 
� Eficiência – Correta utilização dos recursos (meios de produção) 
disponíveis. Pode ser definida pela equação E = P/R, onde: 
 
E=Eficiência 
P=Produtos 
R=Recursos 
 
� Eficiência – Relação entre o que é feito e o que pode ser feito. 
� Eficiência – É uma relação entre o custo e o benefício. 
 
A conseqüência direta da eficiência é a produtividade. 
2. Estudo da fadiga humana (casal Gilbreth – Frank e Lilian) – 
Gilbreth efetuou estudos sobre a fadiga na produtividade do operário. A 
fadiga predispõe o trabalhador para: diminuição da produtividade e 
qualidade do trabalho; perda de tempo; aumento da rotatividade de 
pessoal; doenças; acidentes e diminuição da capacidade de esforço. A 
Administração Científica pretendia racionalizar os movimentos, 
eliminando os que produzem fadiga e os que não estejam diretamente 
relacionados com a tarefa executada pelo trabalhador. 
 
3. Divisão do trabalho e Especialização do trabalhador – Uma das 
decorrências do estudo de tempos e movimentos. Cada operário 
passou a ser responsável por uma única operação no processo 
produtivo. A idéia predominante era a de que a eficiência aumenta com 
a especialização: quanto mais especializado for um operário, tanto 
maior será a sua eficiência. 
 
4. Desenho de Cargos e Tarefas – É a maneira pela qual um cargo 
é criado, projetado e combinado com outros cargos para a execução 
das tarefas. 
� Tarefa: se constitui na menor unidade possível dentro da divisão do 
trabalho em uma organização. 
� Cargo: é um conjunto de tarefas executadas de maneira cíclica ou 
repetitiva. 
 
5. Incentivos Salariais e Prêmios de produção – Estímulo salarial 
para operários que ultrapassassem o tempo padrão. Taylor e seus 
seguidores entendiam que a remuneração baseada no tempo (salário 
mensal, diário ou por hora) não estimula ninguém a trabalhar mais e 
deve ser substituída por uma remuneração baseada na produção de 
cada operário (salário por peça ou produção). 
� Tempo Padrão – Tempo médio necessário para o operário realizar 
a tarefa racionalizada. Constitui o nível de eficiênciaequivalente a 
100%. 
 
6. Conceito do “Homo Economicus” – O homem procura o trabalho 
não porque gosta dele, mas como meio de ganhar a vida, por meio do 
salário que o trabalho proporciona. A Administração Científica 
fundamenta-se no conceito de que o trabalhador é influenciado 
exclusivamente por recompensas salariais, econômicas e materiais. 
 
7. Condições de Trabalho – Conjunto de condições de trabalho que 
garantam o bem-estar físico do trabalhador e diminuem a fadiga. O 
conforto do operário e a melhoria do ambiente físico passam a ser 
valorizados, não porque as pessoas o merecessem, mas porque eram 
essenciais para a melhoria da eficiência do trabalhador. 
 
8. Racionalização do Trabalho – A contribuição de Taylor à 
Administração foi logo enriquecida com uma torrente de outras 
contribuições feitas por contemporâneos. Henry Lawrence Gantt , 
engenheiro americano que trabalhou com Taylor entre 1887 e 1902, 
passou a se dedicar a uma nova profissão liberal: a de engenheiro 
consultor em racionalização do trabalho. 
 
Enquanto Taylor dava ênfase à análise e à organização do trabalho em 
si, como solução para os problemas de eficiência e produtividade, 
Gantt dava maior atenção às pessoas que executam o trabalho. 
Enquanto um se preocupava com o aspecto tecnológico e 
metodológico, o outro se voltava para o aspecto psicológico e humano. 
 
As principais contribuições de Gantt para a Administração são: 
a) Sistema de Salários: Gantt apresentou um sistema de salários 
denominado plano de tarefa e bonificação (ou Sistema de Salário 
Gantt) que apresenta a vantagem de um salário mínimo diário 
acrescido de uma gratificação ou prêmio que depende de uma 
produção predeterminada a ser atingida pelo operário. 
 
b) Gráfico de Gantt: É um cronograma muito aplicado atualmente na 
metodologia administrativa, como instrumento de planejamento e 
controle. É uma tabela de dupla entrada que retrata e mede a atividade 
e o tempo necessários para seu desempenho, permitindo a 
comparação entre o desempenho real e o desempenho planejado. 
 
c) Política de instrução e treinamento: Para Gantt, a administração 
tem forte responsabilidade pela educação e adestramento dos 
operários, para que se tornem mais especializados, adquiram melhores 
hábitos de trabalho, percam menos tempo e se tornem mais idôneos. 
 
d) Responsabilidade Industrial: Para Gantt, a atividade fundamental 
do sistema empresarial é o serviço. Colocava mais ênfase no serviço 
do que nos lucros. Sua preocupação era introduzir o conceito de 
responsabilidade industrial, muito considerado na época. 
 
9. Padronização – Uniformidade de métodos, processos, 
equipamentos, matérias-primas, visando reduzir a variabilidade 
exceções, no intuito de reduzir a variabilidade e a diversidade no 
processo produtivo e, daí, eliminar o desperdício e aumentar a 
eficiência. 
 
 
Padrão é uma unidade de medida adotada e aceita comumente como 
critério. A padronização é a aplicação de normas em uma organização 
para obter uniformidade e, conseqüentemente, redução de custos. 
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 7 
10. Supervisão funcional – A especialização do operário deve ser 
acompanhada da especialização do supervisor e não de uma 
centralização da autoridade. Taylor propunha a chamada supervisão 
funcional, que nada mais é do que a existência de diversos 
supervisores, cada qual especializado em determinada área e que tem 
autoridade funcional (relativa apenas a sua especialidade) sobre os 
mesmos subordinados. Representa a aplicação da divisão do trabalho 
e da especialização no nível dos supervisores e chefes, permitindo que 
especialistas - e não mestres - transmitam a cada operário o 
conhecimento e orientação. 
 
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA 
A preocupação de racionalizar, padronizar e prescrever normas de 
conduta ao administrador levou os engenheiros da Administração 
Científica a pensar que tais princípios pudessem ser aplicados a todas 
as situações possíveis. Cada autor estabeleceu seus próprios 
princípios de administração. Um princípio é uma é uma afirmação 
válida para uma determinada situação; é uma previsão antecipada do 
que deverá ser feito quando ocorrer aquela situação. Dentre a profusão 
de princípios defendidos pelos autores da Administração Científica, os 
mais importantes são: 
 
1. PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA DE TAYLOR 
Para Taylor, a gerência deve seguir quatro princípios, a saber: 
A. Princípio de planejamento: Substituir o critério individual do 
operário, a improvisação e a atuação empírico-prática, por métodos 
baseados em procedimentos científicos. Substituir a improvisação pela 
ciência, através do planejamento do método de trabalho. 
B. Princípio de preparo: Selecionar cientificamente os trabalhadores 
de acordo com suas aptidões e prepará-los e treiná-los de acordos com 
o método planejado. Preparar também máquinas e equipamentos 
através do arranjo físico racional das ferramentas e materiais. 
C. Princípio do controle: Controlar o trabalho para se certificar de 
que este está sendo executado de acordo com os métodos 
estabelecidos e segundo o plano previsto. A gerência deve cooperar 
como os trabalhos para que a execução seja a melhor possível. 
D. Princípio da execução: Distribuir distintamente atribuições e 
responsabilidades para que a execução do trabalho seja disciplinada. 
 
 
2. PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS DE ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA 
Além dos quatro princípios explícitos acima, há outros princípios que 
Taylor enunciou dispersivamente em sua obra: 
A. Estudar o trabalho dos operários, decompondo seus movimentos 
elementares e cronometrando para, após uma análise cuidadosa, eliminar 
ou reduzir os movimentos inúteis e racionalizar os movimentos úteis. 
B. Estudar cada trabalho antes de fixar o modo como deverá se executado. 
C. Selecionar cientificamente os trabalhadores de acordo com as 
tarefas que serão atribuídas. 
D. Dar aos trabalhadores instruções técnicas sobre o modo de 
trabalhar, ou seja, treiná-los adequadamente. 
E. Separar as funções de preparo das de execução, com atribuições 
precisas e delimitadas. 
F. Especializar e treinar os trabalhadores, tanto no preparo e no 
controle do trabalho quanto em sua execução. 
G. Preparar a produção, ou seja, planejá-la e estabelecer prêmios e 
incentivos para quando forem atingidos os padrões estabelecidos e 
prêmios e incentivos maiores para quando os padrões forem ultrapassados. 
H. Padronizar utensílios, materiais, maquinário, equipamento e 
métodos e processos de trabalho a serem utilizados. 
I. Dividir proporcionalmente (entre a empresa, acionistas, 
trabalhadores e consumidores) as vantagens resultantes do aumento 
da produção proporcionado pela racionalização. 
J. Controlar a execução do trabalho, para mantê-lo nos níveis 
desejados, aperfeiçoá-lo, corrigi-lo e premia-lo. 
K. Classificar de forma prática e simples os equipamentos, processos e 
materiais a serem empregados ou produzidos, de forma a facilitar seu uso. 
3. PRINCÍPIOS DE EFICIÊNCIA DE EMERSON 
Harrington Emerson – Foi um engenheiro que simplificou os métodos 
de trabalho. Popularizou a Administração Científica e desenvolveu os 
primeiros trabalhos sobre seleção e treinamento de empregados. 
 
Os princípios de rendimento preconizados por Emerson são os seguintes: 
A. Traçar um plano bem definido, de acordo com os objetivos. 
B. Estabelecer o predomínio do bom senso. 
C. Oferecer orientação e supervisão competentes. 
D. Manter disciplina. 
E. Impor honestidade nos acordos, ou seja, justiça social no trabalho. 
F. Manter registros precisos, imediatos e adequados. 
G. Oferecer remuneração proporcional ao trabalho. 
H. Fixar normas padronizadas para as condições de trabalho. 
I. Fixar normas padronizadas para o trabalho em si. 
J. Fixar normas padronizadas para as operações;K. Estabelecer instruções precisas. 
L. Oferecer incentivo ao maior rendimento e à eficiência. 
 
 
Emerson antecipou-se à Administração por Objetivos, proposta por 
Peter Drucker por volta da década de 1950. 
 
4. OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DE FORD 
Henry Ford – Um dos mais conhecidos precursores da Administração 
Científica. 
 
Projetou um modelo de carro e em 1899 fundou sua primeira fábrica de 
automóveis, que logo depois foi fechada. Fundou em 1903, a Ford 
Motor CO. Sua idéia era popularizar um produto antes artesanal e 
destinado a milionários. Revolucionou a estratégia comercial da época 
vendendo carros a preços populares, com assistência técnica 
garantida. Entre 1905 e 1910, Ford promoveu a grande inovação do 
século XX: a produção em massa. 
 
 
Henry Ford (1863-1947) 
 
Os princípios básicos de Ford 
A. Princípio de intensificação - Diminuir o tempo de duração com o 
emprego imediato dos equipamentos e da matéria-prima e a rápida 
colocação do produto no mercado. É o que chamamos hoje de redução 
do ciclo de tempo. 
B. Princípio de economicidade - Reduzir ao mínimo o volume do 
estoque de matéria-prima em transformação. Ford conseguir fazer com 
que o automóvel fosse pago à empresa antes de vencido o prazo de 
pagamento da matéria-prima adquirida e dos salários. A velocidade de 
produção deve ser rápida: “o minério sai da mina no sábado e é 
entregue sob a forma de um carro, ao consumidor, na terça-feira, à 
tarde.” O atual sistema just in time utilizado na produção ou manufatura 
tem muito a ver com esse princípio. 
C. Princípio de produtividade – Aumentar a capacidade de produção 
do homem no mesmo período (produtividade) por meio da 
especialização e da linha de montagem. O operário ganha mais e a 
empresa tem maior produção. 
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 8 
5. O PRINCÍPIO DA EXCEÇÃO 
Taylor adotou um sistema de controle operacional simples e baseado 
não no desempenho médio, mas na verificação das exceções ou 
desvios dos padrões normais. O administrador deve prioritariamente 
verificar as ocorrências que se afastem dos padrões, ou seja, as 
exceções, para que sejam corrigidas. Tudo que ocorre dentro dos 
padrões normais, não deve ocupar demasiado sua atenção. 
 
O Princípio da Exceção é um sistema de informação que acusa os 
resultados concretos que divergem ou se distanciam dos resultados 
previstos. 
 
APRECIAÇÃO CRÍTICA DA 
ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA 
1. Mecanicismo da Administração Científica 
A Administração Científica restringiu-se às tarefas e aos fatores 
diretamente relacionados com o cargo e a função do operário. Muito 
embora a organização seja constituída de pessoas, deu-se pouca 
atenção ao elemento humano e concebeu-se a organização como “um 
arranjo rígido e estático de peças”, ou seja, como uma máquina. Daí a 
denominação “Teoria de Máquina” dada a essa abordagem. 
2. Superespecialização do operário 
Fragmentação das tarefas, tornando supérflua a qualificação do 
operário, levando-o à bitolação e à desmotivação. Até certo ponto, esse 
esquema será o responsável pelo alcance de altos lucros em curto 
prazo, com baixo nível salarial e à custa de tensões sociais e sindicais. 
A proposição de Taylor de que “a eficiência administrativa aumenta 
com a especialização do trabalhador” não encontrou amparo nos 
resultados de pesquisas posteriores. 
3. Visão microscópica do homem 
A utilização dos seres humanos na organização limitou-se às tarefas na 
linha de produção, abrangendo apenas as variáveis fisiológicas, tanto 
assim que a Administração Científica é chamada de teoria Fisiológica 
da organização. Taylor considerou os recursos humanos como um 
apêndice da maquinaria industrial. 
 
4. Ausência de comprovação científica 
A administração científica é criticada por pretender criar uma ciência, 
sem apresentar comprovação científica das suas proposições e 
princípios. Os engenheiros americanos utilizaram pouquíssima 
pesquisa e experimentação científica para comprovar sua tese. 
5. Abordagem incompleta da organização 
A Administração Científica é considerada incompleta, parcial e 
inacabada, por se restringir apenas aos aspectos formais da 
organização, omitindo completamente a organização informal e os 
aspectos humanos da organização. 
6. Limitação do campo de aplicação 
As idéias de Taylor e seus seguidores limitaram-se aos problemas de 
produção localizados na fábrica, não considerando os demais aspectos 
da vida da empresa (financeiras, comerciais, etc.). 
7. Abordagem Prescritiva e Normativa 
A Administração Científica se caracteriza pela preocupação em 
prescrever princípios normativos que devem ser aplicados como 
receituário em todas as circunstâncias para que o administrador possa 
ser bem sucedido. Essa perspectiva visualiza a organização como ela 
deveria funcionar, em vez de explicar seu funcionamento. 
8. Abordagem de sistema fechado 
Se caracteriza pelo fato de visualizar somente aquilo que acontece 
dentro de uma organização, sem levar em conta o meio ambiente em 
que ela está situada. O comportamento de um sistema fechado é 
mecânico, previsível e determinístico. Porém , as organizações nunca 
se comportam como um sistema fechado, nem podem ser reduzidas a 
algumas poucas variáveis ou a alguns poucos aspectos importantes. 
9. Pioneirismo na Administração 
A Escola da Administração Científica constitui o ponto de partida da 
administração contemporânea, principalmente nos seguintes aspectos. 
 
A. É o primeiro desenvolvimento científico que se propõe a analisar e 
a padronizar os processos produtivos com o objetivo de aumentar a 
produtividade e a eficiência. 
B. Obteve êxito na racionalização e eficiência dentro do contexto de 
sua época. 
C. Complementou a tecnologia de então, desenvolvendo técnicas e 
métodos que racionalizaram a produção, logrando aumento de 
produtividade. 
 
Na década de 1920, Barnes condensou as idéias principais da 
Administração Científica em seu livro “Handbook of Industrial 
Engineering”, estabelecendo as bases da chamada Engenharia 
Industrial. 
 
Apesar de todas as críticas formuladas à Administração Científica, 
há uma forte tendência atual, no intuito de reabilitar a imagem de 
Taylor. Alguns autores procuram demonstrar que Taylor foi 
realmente o pai da Teoria das Relações Humanas, considerando-o 
um cientista social interessado pelos problemas de motivação e 
de comportamento das pessoas à sua maneira de ver as coisas. O 
certo é que Taylor teve uma profunda influência na vida do século 
XX e no forte desenvolvimento industrial que suas idéias 
proporcionaram. 
 
TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO 
(Henri Fayol) 
*Ênfase na estrutura que a organização deveria possuir para ser 
eficiente. 
 
Enquanto Taylor e outros engenheiros desenvolviam a Administração 
Científica nos Estados Unidos, em 1916 surgia na França, espraiando-
se rapidamente pela Europa, A Teoria Clássica da Administração. 
Segundo a Administração Científica, a eficiência é alcançada por meio 
da racionalização do trabalho do operário e na somatória das 
eficiências individuais. Na Teoria Clássica, ao contrário, partia-se do 
todo organizacional e da sua estrutura, para garantir a eficiência de 
todas as partes envolvidas. 
 
Administração Científica Teoria Clássica 
 
Ênfase nas Tarefas 
Visão das partes para o todo 
 
Ênfase na Estrutura 
Visão do todo para as partes. 
 
Henri Fayol, o fundador da Teoria Clássica, nasceu em Constantinopla 
e faleceu em Paris, vivendo as conseqüências da Revolução Industrial 
e, mais tarde, da Primeira Guerra Mundial. Expôs sua Teoria da 
Administração no livro Administration Industrielle et Généralle, 
publicado em 1916. Seu trabalho, antes da tradução para o inglês, foi 
amplamente divulgado por Lyndall Urwick e Luther Gulick, dois autores 
clássicos.EAGS/SAD 
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MÓDULO I 
 
 9 
 
Jules Henri Fayol (1841-1925) 
 
FUNÇÕES BÁSICAS DA EMPRESA (FAYOL) 
1. Funções técnicas - produção 
2. Funções comerciais - compra e venda 
3. Funções financeiras - procura e gerência de capitais 
4. Funções de segurança - proteção e preservação de bens e pessoas 
5. Funções contábeis - inventários, registros, balanços, custos 
6. Funções administrativas - coordenam e sincronizam as demais funções 
 
 
 
FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS 
• Prever (Previsão) - Avaliação do futuro. Determinar 
antecipadamente o que deve ser feito. 
• Organizar (Organização) - Constituir o duplo organismo material e 
social da empresa. 
• Comandar (Comando) - Dirigir e orientar o pessoal 
• Coordenar (Coordenação) - Ligar, unir, harmonizar atos e esforços 
coletivos. 
• Controlar (Controle) - Verificar se tudo ocorre conforme o previsto 
e estabelecera a ação corretiva, se necessário. 
 
PROPORCIONALIDADE DAS FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS 
 
Níveis Hierárquicos 
 
 
PRINCÍPIOS GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO 
PARA FAYOL 
Como toda ciência, a Administração deve se basear em leis ou em 
princípios. Fayol tentou definir os “princípios gerais” de Administração, 
sem muita originalidade, baseado em diversos autores da época. Fayol 
adota a denominação de princípio, afastando dela qualquer idéia de 
rigidez, pois nada existe de rígido ou de absoluto em matéria de 
administração. 
 
Os 14 Princípios Gerais de Administração, segundo Fayol, são: 
1. Divisão do trabalho - Constitui a base da organização. Conduz à 
especialização e à diferenciação de tarefas (heterogeneidade). 
Pode dar-se em duas direções: 
VERTICALMENTE 
Distribuição da autoridade e responsabilidade (hierarquia ou cadeia 
escalar), definindo os diferentes escalões de autoridade. 
 
A especialização vertical é responsável pelo aumento de níveis 
hierárquicos na organização. 
 
HORIZONTALMENTE 
� Em um mesmo nível hierárquico, cada departamento passa a ser 
responsável por uma atividade específica: "Departamentalização”. 
 
 
A departamentalização pode ser, por exemplo, “por processo”, “por 
clientela”, “por localização geográfica”. 
� O Princípio que rege a departamentalização é o princípio da 
*homogeneidade. 
� Homogeneidade – significa agrupar em departamentos específicos, 
funções de mesma natureza, comuns, semelhantes, enfim, funções 
homogêneas. 
 
2. Autoridade e responsabilidade 
Autoridade - Poder de mandar e se fazer obedecer 
Responsabilidade - Dever de fazer e prestar contas do que foi feito. 
 
 
A autoridade deve ser acompanhada da responsabilidade 
correspondente. Ambas devem estar equilibradas entre si. 
 
3. Disciplina – É essencial para que a organização funcione bem e 
depende da obediência, aplicação, energia e respeito aos acordos 
estabelecidos. 
 
4. Unidade de comando - Cada empregado deve receber ordens de 
um único superior. É o princípio da autoridade única. 
 
5. Unidade de direção – Todas as atividades direcionadas a um 
único objetivo, devem ser coordenadas por único plano e por um único 
responsável. 
 
6. Subordinação dos interesses individuais aos gerais – Os 
interesses gerais da empresa devem sobrepor-se aos interesses 
particulares das pessoas. 
 
7. Remuneração do pessoal – Deve haver justa e garantida 
satisfação para os empregados e para a organização em termos de 
retribuição. 
 
8. Centralização - Concentração ou dispersão de poder dentro da 
organização. 
*Delegação → processo pelo qual a autoridade é distribuída pelos 
níveis mais baixos da organização (descentralização). 
 
9. Hierarquia ou cadeia escalar - É a linha de autoridade que vai do 
escalão mais alto ao escalão mais baixo em função do princípio de 
comando. 
 
10. Ordem - Um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. É a 
ordem material e humana. 
 
11. Equidade - Justiça para alcançar a lealdade do pessoal. 
 
12. Estabilidade - A rotatividade do pessoal é prejudicial para a 
eficiência da empresa. Quanto mais tempo uma pessoa permanecer no 
cargo, tanto melhor para a empresa. 
 
FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS 
Técnicas Comerciais Financeiras Contábeis Segurança 
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Administração – Prof. Fábio Arruda 
MÓDULO I 
 
 10 
13. Iniciativa – Todas as pessoas devem ser encorajadas a ter 
iniciativa dentro dos limites impostos pela necessidade de autoridade e 
disciplina. 
 
14. Espírito de equipe - A harmonia e a união entre as pessoas são 
fundamentais para a organização. 
 
ELEMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO 
Ao definir Administração, Fayol implicitamente definiu os elementos 
que a compõem: Previsão, Organização, Comando, Coordenação e 
Controle. Esses cinco elementos constituem as chamadas funções do 
administrador. 
 
Contudo, os seguidores de Fayol definiram, a seu modo, os seus 
elementos da administração, mas não se afastaram muito da 
concepção fayoliana. 
 
ELEMENTOS DE ADMINISTRAÇÃO 
(FUNÇÕES DO ADMINISTRADOR) 
Fayol Urwick Gulick 
Previsão 
Organização 
Comando 
Coordenação 
Controle 
Investigação 
Previsão 
Planejamento 
Organização 
Coordenação 
Comando 
Controle 
Planejamento 
(Planning) 
Organização 
(Organizing) 
Assessoria 
(Staffing) 
Direção 
(Directing) 
Coordenação 
(Coordinating) 
Informação 
(Reporting) 
Orçamento 
(Budgeting) 
 
As palavras Planning, Organizing, Sttafing, Directing, Coordinating, 
Reporting e Budgeting, que compõem os elementos de administração 
para Gulick formam o acróstico POSDCORB, que facilitam sua 
memorização. 
 
PRINCÍPIOS DE ADMINISTRAÇÃO 
Para os autores clássicos, não basta enunciar elementos da 
Administração que servem como base para as funções do 
administrador. É preciso ir além e estabelecer as condições e normas 
dentro das quais as funções do administrador devem ser aplicadas e 
desenvolvidas. Daí os princípios gerais de Administração 
desenvolvidos pelos autores clássicos. Fayol chegou a coletar cerca de 
14 princípios. 
 
PRINCÍPIOS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO PARA URWICK 
 
1. Princípio da especialização: cada pessoa deve preencher uma só 
função, o que determina uma divisão especializada do trabalho. 
 
2. Princípio da autoridade: deve haver uma linha de autoridade 
claramente definida, conhecida e reconhecida por todos, desde o topo 
até a base da organização. 
 
3. Princípio da amplitude administrativa (span of control): cada 
superior teve ter um certo número de subordinados. O número ótimo 
de subordinados varia segundo o nível e a natureza dos cargos, 
complexidade do trabalho e preparo dos subordinados. 
 
4. Princípio da definição: os deveres, autoridade e responsabilidade 
de cada cargo e suas relações com os outros cargos devem ser 
definidos por escrito e comunicados a todos. 
APRECIAÇÃO CRÍTICA DA TEORIA CLÁSSICA 
1. Abordagem simplificada da organização 
Os autores clássicos partem do pressuposto de que a simples adoção 
dos princípios gerais de administração - como a divisão do trabalho, a 
especialização, a unidade de comando - permite uma organização 
formal da empresa, capaz de proporcionar-lhe a máxima eficiência 
possível. Daí, a crítica quanto a essa visão simplória e reducionista da 
atividade organizacional. 
 
2. Abordagem incompleta da organização - Tal como aconteceu 
com a Administração Científica, também a Teoria Clássica, somente 
se preocupou com a organização formal, descuidando-se da 
organização informal. 
 
3. Ausência de trabalhos experimentais 
O fato de denominarem de princípios a muitas de suas proposições é 
criticado como um procedimento presunçoso, pois um princípio 
utilizado como sinônimo de lei, deve envolver um alto grau de 
regularidade e consistência, permitindo razoável em sua aplicação. 
Porém, como Taylor, Fayol fundamenta seus conceitos na observação 
e no sensocomum. Seus princípios carecem de apresentação 
metódica. Seu método é empírico e concreto, baseado na experiência 
direta e no pragmatismo. 
 
4. Extremo racionalismo na concepção da administração 
A insistência sobre a concepção da Administração como um conjunto 
de princípios universalmente aplicáveis, provocou a denominação 
Escola Universalista. O abstracionismo e o formalismo são criticados 
por levarem a análise da Administração à superficialidade, à 
supersimplificação e à falta de realismo. 
 
� Princípios Universais – Únicos; válidos para quaisquer situações; 
quaisquer empresas. 
 
Alguns autores preferem, pelo espírito pragmático e utilitarista, a 
denominação de Teoria Pragmática 
 
� Pragmatismo (do grego pragmata = atos ou negócios) – Doutrina 
ou atitude de conformidade com a qual a verdade nasce da relação 
existente entre a experiência humana e seus efeitos práticos. 
 
5. Teoria de máquina 
A organização deve ser arranjada como uma máquina: a determinadas 
causas, decorrerão determinados efeitos ou conseqüências, dentro de 
uma correlação determinística. O parcelamento das tarefas é a mola do 
sistema. 
 
6. Abordagem de sistema fechado 
Da mesma maneira como ocorreu com a Administração Científica, a 
Teoria Clássica trata a organização como se ela fosse um sistema 
fechado, composto de poucas variáveis, perfeitamente conhecidas e 
previsíveis que podem ser manipuladas pelos princípios gerais da 
administração. 
 
ABORDAGEM HUMANÍSTICA 
DA ORGANIZAÇÃO 
*Ênfase nas pessoas 
 
Com a Abordagem Humanística, a Teoria Administrativa passa por 
uma revolução conceitual: a transferência da ênfase antes colocada na 
tarefa (pela Administração Científica) e na estrutura organizacional 
(pela Teoria Clássica) para a ênfase das pessoas que trabalham ou 
que participam nas organizações. 
 
A Abordagem Humanística ocorre com o aparecimento da Teoria das 
Relações Humanas, nos Estados Unidos, a partir da década de 1930. 
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MÓDULO I 
 
 11 
Ela surgiu graças ao desenvolvimento das ciências sociais, 
notadamente a Psicologia e, em particular, a Psicologia do Trabalho. 
Esta passou por duas etapas em seu desenvolvimento. 
 
A. Análise do trabalho e adaptação do trabalhador ao trabalho: 
Nessa primeira etapa, domina o aspecto meramente produtivo. O 
objetivo da Psicologia do Trabalho – ou Psicologia Industrial – era a 
análise das características humanas que cada tarefa exige do seu 
executante e a seleção científica dos empregados, baseada nessas 
características através de testes psicológicos. Os temas predominantes 
são a seleção de pessoal, orientação profissional, treinamento e 
métodos de aprendizagem, fisiologia do trabalho e o estudo dos 
acidentes e da fadiga. 
 
B. A adaptação do trabalho ao trabalhador: Nessa etapa, a 
Psicologia Industrial está voltada para os aspectos individuais e sociais 
do trabalho, que predominam sobre os aspectos produtivos. Pelo 
menos em teoria. Os temas predominantes são o estudo da 
personalidade do trabalhador e do gerente, a motivação e incentivos do 
trabalho, liderança, comunicações e as relações interpessoais e sociais 
dentro da organização. 
 
A Abordagem Humanística da Administração começou logo após a 
morte de Taylor, mas foi somente a partir da década de 1930 que 
encontrou enorme aceitação nos Estados Unidos, principalmente por 
suas características democráticas. Sua divulgação fora dos Estados 
somente ocorre bem depois do final da Segunda Guerra Mundial. 
 
TEORIAS TRANSITIVAS DA ADMINISTRAÇÃO 
Em meio à Teoria Clássica e antecipando-se de certo modo, à Teoria 
das Relações Humanas, surgiram autores que, apesar de defenderem 
alguns dos princípios clássicos, iniciaram um trabalho pioneiro de 
revisão, de crítica e de reformulação das bases da Teoria da 
Administração. 
 
Embora, a rigor, não houvessem consolidado uma corrente e não 
permitam uma conexão teórica entre si, vários autores podem ser 
colocados nessa zona de transição, em que nem a Teoria Clássica 
nem a Teoria das Relações Humanas são completamente aceitas. A 
única coisa que esses autores têm em comum, é a tentativa de 
aplicação pioneira de certos princípios da Psicologia – como Tead e 
Miss Follet – ou da Sociologia – como Barnard -, na teoria 
administrativa, até então relutante e talvez indiferente quanto à 
aplicação de conceitos baseados nas ciências humanas. 
 
PSICÓLOGOS 
ORDWAY TEAD – Procurou desvendar a psicologia do operário ao 
mostrar a relação existente entre as ambições e os temores dos 
operários e a sua realidade com o trabalho. A seguir, tentou mostrar 
que a compreensão do comportamento administrativo deve partir do 
conhecimento da natureza humana. 
 
Administração como uma Arte – Para Tead, a administração é o 
conjunto de atividades próprias de certos indivíduos – chefes 
executivos – que têm a missão de ordenar, encaminhar e facilitar os 
esforços coletivos de um grupo de pessoas, reunidas em uma 
entidade, para a realização de objetivos previamente definidos. 
 
Liderança em Administração – Cada chefe deve ser um líder. Tead 
preocupou-se em conceituar a liderança, bem como em analisar os 
processos de influencia do líder sobre os subordinados. Para Tead, o 
líder é um agente moral e, principalmente, o símbolo da democracia 
dentro da organização. 
 
Objetivos da Organização – Para Tead, os objetivos que a 
organização geralmente pretende alcançar, são: 
a) Legais, estatutários ou regulamentos. 
b) Funcionais, como fornecimento de produto ou serviço ao 
 consumidor. 
c) Técnicos, isto é, relacionados com os processos e equipamentos. 
d) Lucrativos. 
e) Pessoais. 
f) Públicos. 
 
O sucesso da organização depende de que os subordinados aceitem 
os objetivos a serem alcançados e lutem por eles. A aceitação dos 
objetivos depende da maneira como eles são apresentados e 
explicados, isto é, depende do processo de influência utilizado pelo 
administrador. 
 
MARY PARKER FOLLETT – Principal expoente dessa abordagem 
transitiva – que constitui uma terceira via alternativa – foi, sem dúvida, 
Mary Parker Follett. Graças à originalidade de seus pontos de vista, ela 
forçou a separação desse grupo dos psicólogos da organização do 
grupo dos sociólogos da organização. 
 
O Papel dos Gerentes 
Mary Parker Follett, cientista política americana, defendia que a 
principal tarefa da gerência era criar uma situação na qual as pessoas 
contribuíssem espontaneamente e por vontade própria. 
 
Conceito de Organização 
Para Miss Follett, a organização constitui o resultado global de uma 
série de intransigências em um número infinito de possibilidades em 
torno de uma situação específica ou única. Toda organização tem as 
seguintes características: 
 
a) Não é estática, mas uma força viva e fluida. 
b) Representa pessoas que reagem e respondem a estímulos que 
não podem ser definidos com precisão. 
 
Assim, todos os problemas de uma organização, onde quer que ocorram, 
constituem fundamentalmente, problemas de relações humanas. 
 
Necessidade de Aplicação da Psicologia à Administração 
A psicologia administrativa, segundo Miss Follett, deve ser utilizada no 
intuito de reconciliar os indivíduos com a organização. O objetivo 
básico da ação administrativa é obter a integração das pessoas e a 
coordenação das suas atividades. 
 
Conceito de Liderança 
O líder, para ela, existe em função do grupo em que trabalha, no qual 
deve obter a melhor contribuição de cada um dos membros. Ele deve 
buscar mais a coesão do grupo do que procurar expressar o seu poder 
pessoal. Para ela, a liderança repousa mais no grupo do que nas 
características pessoais do líder. 
 
Lei da Situação 
Miss Follett rejeita qualquer fórmula universal ou única para a solução 
dos problemas da organização. Sua lei da situação ébastante 
conhecida: é a situação concreta que deve governar as ordens a serem 
dadas e o empenho das pessoas em executar essas ordens. 
 
 
SOCIÓLOGOS 
CHESTER BARNARD – Em 1938, um executivo americano, Chester 
Barnard, antecipando-se à sua época e ao próprio behaviorismo, 
propôs-se a elaborar uma teoria da cooperação na organização formal. 
Suas principais idéias são: 
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 12 
Participação e Cooperação 
Para Barnard, os seres humanos não são simplesmente entidades 
discretas e isoladas que possuem um poder de ajustamento ao meio, 
mantendo um equilíbrio interno, apesar de submetidos a constantes 
mudanças do ambiente. Mais do que isso, eles possuem capacidade 
de mudar o caráter dos ajustamentos em função de suas experiências 
anteriores. Os seres humanos não atuam isoladamente e sim por 
interações com outros seres semelhantes, cada qual influenciado a 
atitude que a outra irá tomar e vice-versa. Esse tipo particular de 
interações, Barnard chama de relações sociais. 
 
Todavia, as pessoas têm limitações pessoais que podem ser de 
natureza biológica, física, psicológica ou de natureza social. Essas 
limitações impedem que cada pessoa possa sozinha alcançar vários 
objetivos. Além dessas limitações pessoais, existem limitações físicas 
do ambiente em que cada pessoa está situada. Assim, surge a 
necessidade de cooperação entre elas para sobrepujar as limitações 
pessoais e a ação isolada de cada uma. 
 
A ORGANIZAÇÃO COMO UM SISTEMA COOPERATIVO RACIONAL 
A organização é um sistema de atividades conscientemente 
coordenadas de duas ou mais pessoas. A cooperação é essencial para 
a organização. Uma organização somente existe quando: 
 
• Há pessoas capazes de se comunicar entres si (interação) 
• Elas estão dispostas a contribuir com ação (cooperação) 
• Elas cumprem um propósito comum (objetivos) 
 
A cooperação não se baseia unicamente nas relações entre as 
pessoas, mas depende também de outras variáveis, a saber: 
a) Variáveis relacionadas com o ambiente físico da organização. 
b) Variáveis relacionadas com o ambiente social. 
c) Variáveis relacionadas com os indivíduos. 
d) Variáveis relacionadas com outras variáveis. 
 
Quanto ao desejo de cooperar, Barnard vê nele uma 
despersonalização da ação individual, sem o que não é possível a 
manutenção da cooperação. 
 
A organização influi no comportamento individual por meio de induções 
objetivas, como: 
a) Incentivos materiais como bens ou dinheiro. 
b) Oportunidades de consideração, prestígio ou poder pessoal. 
c) Condições físicas convenientes ao trabalho como um ambiente 
 limpo, tranqüilo e agradável. 
d) Orgulho do próprio trabalho, sentimento de que se está servindo à 
 família, à pátria ou à religião. 
e) Satisfação pessoal dentro do sistema de relações sociais na 
 instituição. 
f) Conformidade com as práticas e atitudes habituais, familiarização 
com os costumes e as normas de conduta vigentes na 
organização. 
g) Sentimento de que se está tomando parte em grandes e 
 importantes acontecimentos. 
 
TEORIA DE ACEITAÇÃO DA AUTORIDADE 
Barnard também desenvolveu uma teoria da autoridade completamente 
em desacordo com os ensinamentos da Escola Clássica. Em 
determinadas ocasiões e circunstâncias, a autoridade é inefetiva e a 
sua violação é aceita como uma questão de fato. A decisão sobre a 
autoridade de uma determinada ordem é da pessoa a quem é dirigida, 
e não da que a emite. “A autoridade repousa mais na aceitação ou no 
consentimento dos indivíduos”. 
 
A teoria de aceitação da autoridade de Barnard parte da suposição de 
que um subordinado somente pode aceitar e aceita uma ordem como 
tendo autoridade, quando quatro fatos ocorrem simultaneamente: 
1. O subordinado pode compreender e compreende a ordem. 
2. No momento da aceitá-la, não a julga incompatível com os 
propósitos da organização. 
3. No momento de aceitá-la, julga a ordem compatível com seus 
propósitos e interesses em geral. 
4. O subordinado é mental e fisicamente apto para cumprir a ordem. 
 
AS FUNÇÕES DO EXECUTIVO 
Além da função de planejar, organizar, motivar e controlar, os 
executivos estão diante de um novo desafia: desenvolver sua eficiência 
como planejadores sociais. 
 
De acordo com Barnard, a administração pode ser definida como um 
processo pelo qual se criam oportunidades, removem-se obstáculos, 
liberta-se o potencial do indivíduo, motiva-se o desenvolvimento e 
durante o qual a organização age como um guia mentor. Assim, a 
função básica do executivo é a de manter um sistema de esforços 
cooperativos. 
 
Barnard definiu os conceitos de estrutura e dinâmica da organização. 
 
Conceitos estruturais: o indivíduo, o sistema cooperativo, a 
organização formal e a organização informal. 
 
Conceitos dinâmicos: a vontade, a cooperação, a comunicação, a 
autoridade, o processo decisório e o equilíbrio dinâmico. 
 
TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS 
(Escola Humanística da Administração) 
A Teoria das Relações Humanas - ou Escola Humanística da 
Administração – surgiu nos Estados Unidos como conseqüência 
imediata das conclusões da Experiência de Hawthorne, desenvolvida 
por Elton Mayo e seus colaboradores. A Teoria Clássica e A 
Administração Científica nunca foram pacificamente aceitas num país 
democrático com os Estados Unidos, onde trabalhadores e sindicatos 
passaram a considerá-las um meio sofisticado de exploração dos 
empregados em favor dos interesses patronais. A Teoria das Relações 
Humanas nasceu da necessidade de corrigir a forte tendência à 
desumanização do trabalho com a aplicação de métodos rigorosos, 
científicos e precisos, aos quais os trabalhadores tinham de se 
submeter. 
 
 
Georges Elton Mayo (1880-1949) 
 
ORIGENS DA TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS 
1. A necessidade de humanizar e democratizar a Administração, 
libertando-a dos conceitos rígidos e mecanicistas da Teoria Clássica e 
adequando-a aos novos padrões de vida do povo americano. 
2. O desenvolvimento das ciências humanas – principalmente a 
psicologia e a sociologia – sua crescente influência intelectual e suas 
primeiras aplicações à organização industrial. 
3. As idéias da filosofia pragmática de John Dewey e da Psicologia de 
Kurt Lewin foram capitais para o humanismo da Administração. A 
sociologia de Vilfredo Pareto foi fundamental. 
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4. As conclusões da Experiência de Hawthorne, realizada entre 1927 
e 1932, sob a coordenação de Elton Mayo, pondo em xeque os 
principais postulados da Teoria Clássica da Administração. 
 
Administração Científica Teoria das Relações Humanas 
Exploração do operário em 
favor da classe patronal 
Necessidade de se humanizar e 
democratizar a administração 
 
A EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE 
Realizada na fábrica da Western Eletric Company, para verificar a 
correlação entre a produtividade e a iluminação do local de trabalho, 
dentro dos pressupostos da Administração Científica. A experiência foi 
coordenada por Elton Mayo e estendeu-se à fadiga, acidentes de 
trabalho, rotatividade do pessoal (turnover) e ao efeito das condições 
de trabalho sobre a produtividade do pessoal. 
 
Fator fisiológico x Fator psicológico - Os observadores não 
encontraram nenhuma relação entre produtividade e iluminação e 
ainda perceberam e preponderância do fator psicológico sobre o fator 
fisiológico porque os operários que trabalhavam sob iluminação mais 
intensa se julgavam na obrigação de produzir mais. 
 
Grupo experimental – grupo de pesquisa criado para determinar o 
efeito de certas mudanças nas condições de trabalho. 
 
Grupo experimental (sala de provas) x Grupo de Controle 
(produção normal) - As pessoas envolvidas na pesquisa preferiam 
trabalhar na sala de provas(grupo experimental) porque: era mais 
divertido; havia um ambiente amistoso; não havia temor pelo 
supervisor, que funcionava mais como um orientador; as pessoas 
faziam amizades. 
 
 
Foi observado que, durante a experiência, a produtividade do grupo 
experimental aumentou. 
 
Preocupados com a diferença de atitude entre as moças do grupo 
experimental e as do grupo de controle, os pesquisadores foram 
gradativamente se afastando do objetivo inicial de verificar as 
condições FÍSICAS de trabalho e passaram a se fixar no estudo das 
relações HUMANAS no trabalho. 
 
 CONCLUSÕES DA EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE 
A Experiência de Hawthorne proporcionou o delineamento dos 
princípios básicos da Escola das Relações Humanas. Suas principais 
conclusões são as seguintes: 
 
a) Nível de produção resultante da integração social 
O que determina o nível de competência e eficiência do trabalhador é a 
capacidade social e não sua capacidade de executar movimentos 
eficientes dentro do tempo estabelecido. 
 
b) Comportamento social dos empregados 
Grupo Social - reunião de pessoas que possuem as mesmas idéias, 
desejos, necessidades. 
 
O administrador precisa tratar os empregados como membros de um 
grupo, porque suas decisões sofrem influências sociais desses grupos. 
Os trabalhadores não agem ou reagem isoladamente como indivíduos, 
mas como membros de grupos. 
 
c) Recompensas e sanções sociais 
Cada grupo social tem suas normas ou padrões de comportamento. 
 
As pessoas são avaliadas por essas normas e recebem, 
simbolicamente, recompensas ou sanções sociais, de acordo com o 
caso. 
HOMO ECONOMICUS HOMEM SOCIAL 
Motivação 
- Estímulos salariais 
 
Motivação 
- Reconhecimento 
- Aprovação social 
- Participação nas atividades 
dos grupos sociais 
 
d) Grupos informais 
A empresa passou a ser visualizada como uma organização social, 
composta de grupos informais. 
 
Os grupos informais constituem a organização informal da empresa, 
muitas vezes em contraposição à organização formal estabelecida pela 
direção. 
 
Os grupos informais definem suas regras de comportamento, formas 
de recompensa ou sanções sociais, objetivos, escala de valores 
sociais, crenças e expectativas que cada participante vai assimilando e 
integrando em suas atividades e comportamento. 
 
ORGANIZAÇÃO FORMAL ORGANIZAÇÃO INFORMAL 
- Oficial 
- Determinada pelos 
administradores 
- Baseada em aspectos formais 
como: autoridade, 
responsabilidade, especialização, 
padronização 
- Invisível 
- Determinada pelo interesse e 
conveniência de um grupo de 
pessoas 
- Baseadas em aspectos como: 
expectativas, grupos informais, 
motivação 
- Sua estrutura nem sempre 
coincide com a organização da 
empresa 
 
e) Relações Humanas 
Cada pessoa possui uma personalidade própria e diferenciada que 
influi no comportamento das outras pessoas e é, igualmente 
influenciada pelas outras. 
 
O comportamento humano é influenciado pelas atitudes e normas 
informais existentes nos grupos sociais. 
 
 
Compreender as Relações Humanas é fundamental para o 
administrador. 
 
f) Importância do conteúdo do cargo 
Mayo e seus colaboradores verificaram que a especialização defendida 
pela Teoria Clássica não cria a organização mais eficiente. 
Observaram que os operários trocavam de posição para variar e evitar 
a monotonia, contrariando a política da empresa. 
 
Trabalhos simples e repetitivos tendem a se tornar monótonos e 
maçantes, afetando negativamente a atitude do trabalhador e 
reduzindo a sua satisfação e eficiência. 
 
g) Ênfase nos aspectos emocionais 
Os elementos emocionais e irracionais do comportamento humano 
merecem atenção especial da Teoria das Relações Humanas. Daí, a 
denominação de “Sociólogos da Organização” aos autores 
humanistas. 
 
A CIVILIZAÇÃO INDUSTRIALIZADA E O HOMEM 
A Teoria das Relações Humanas preocupou-se com o esmagamento 
do homem pelo imenso desenvolvimento da civilização industrializada. 
Elton Mayo salienta que enquanto a eficiência material aumentou 
vigorosamente nos últimos duzentos anos, a capacidade humana para 
o trabalho coletivo não manteve esse ritmo de desenvolvimento. 
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O progresso industrial provocou um profundo desgaste no sentimento 
espontâneo de cooperação. Há um conflito social na sociedade 
industrial: a incompatibilidade entre os objetivos organizacionais da 
empresa e os objetivos individuais dos empregados. 
 
Nova concepção das relações humanas no trabalho: Integração entre a 
organização e o trabalhador. O conflito social deve ser evitado por meio 
de uma administração humanizada que faça um tratamento preventivo. 
As relações humanas e a cooperação constituem a chave para evitar o 
conflito social. Para Elton Mayo, o conflito social é o germe da 
destruição da própria sociedade. 
 
FUNÇÕES BÁSICAS DA ORGANIZAÇÃO SOCIAL 
A Experiência de Hawthorne permitiu o aparecimento de novos 
conceitos sobre a Administração. Roethlisberger e Dickson, dois 
relatores da pesquisa, concebem a fábrica como um sistema social. 
Para eles, a organização industrial tem duas funções principais: 
 
1. Função Econômica: Produzir bens ou serviços. Busca o equilíbrio 
externo. 
2. Função Social: Proporcionar satisfações a seus participantes. 
Busca o equilíbrio interno. 
 
DECORRÊNCIAS DA TEORIA DAS 
RELAÇÕES HUMANAS 
Com o advento da Teoria das Relações Humanas, uma nova 
linguagem passa a dominar o repertório administrativo: fala-se agora 
em motivação, liderança, comunicação, organização, dinâmica de 
grupo, etc. O engenheiro e o técnico cedem lugar ao psicólogo e ao 
sociólogo e o conceito de homo economicus cede lugar para o homem 
social. 
MOTIVAÇÃO 
A motivação procura explicar por que as pessoas se comportam. Vimos 
que a Administração Científica de Taylor e de seus seguidores 
baseava-se na concepção do homo economicus, segundo a qual o 
comportamento do homem é motivado exclusivamente pela busca do 
dinheiro e pelas recompensas salariais e materiais do trabalho. Assim 
sendo, toda a Abordagem Clássica da Administração se alicerçava 
nessa teoria da motivação. 
 
A Experiência de Hawthorne teve o mérito de demonstrar que o 
pagamento ou recompensa salarial – mesmo quando efetuado em 
bases justas ou generosas – não é o único fator decisivo na satisfação 
do trabalhador dentro da situação de trabalho. Elton Mayo e sua equipe 
passaram a chamar a atenção para uma nova teoria da motivação, 
antagônica à do homo economicus: o ser humano é motivado, não por 
estímulos econômicos e salariais, mas por recompensas sociais, 
simbólicas e não materiais. Com a Teoria das Relações Humanas 
passou-se a estudar a influência da motivação no comportamento das 
pessoas. 
TEORIA DE CAMPO DE LEWIN 
Kurt Lewin já se referia em suas pesquisas sobre o comportamento 
social, ao importante papel da motivação. Para explicar a motivação do 
comportamento, elaborou a “Teoria de Campo”, que se baseia em duas 
suposições fundamentais: 
a) o comportamento humano é derivado da totalidade de fatos 
coexistentes; 
b) esses fatos coexistentes têm o caráter de um campo dinâmico, no 
qual cada parte do campo depende de uma inter-relação com as 
demais outras partes. 
 
O comportamento humano não depende somente do passado, ou do 
futuro, mas do campo dinâmico atual e presente. Esse campo dinâmico 
é “o espaço de vida que contém a pessoa e seu ambiente psicológico”. 
Lewin propõe a seguinte equação para explicar o comportamento 
humano: 
 
C = f(P,M) – Onde o comportamento (C) é função (f) ou resultado da 
interação entre a pessoa (P) e o meio ambiente (M) que a rodeia. 
NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS 
Para os autores da Escola das Relações Humanas, ao longo de sua 
vida, o homem evolui por três níveis ou estágios de

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