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TRANSTORNOS DE HUMOR

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Serotonina 5-HT (triptofano): Tanto o bloqueio de 
seus receptores quanto o bloqueio da sua síntese, 
produzem efeitos ansiolíticos. E exerce um duplo 
papel na regulação da ansiedade. Ela exerce um 
papel ansiogênico na amigdala e ansiolítico na 
matéria cinzenta periaquedutal dorsal ( MCPD ) - 
valor adaptativo 
- A MCPD deve ser acionada soA amigdala parece 
ter a função de avaliar o grau de ameaça para, 
em seguida, instruir estruturas executivas quanto 
ao tipo de reação de defesa a ser programado. 
- mente em casos de perigo iminente. Assim 
sendo, faz sentido que os sistemas neuronais 
serotoninérgicos inibam a MCPD, enquanto 
facilitam o processamento de informações 
relativas à defesa na amigdala. As reações de 
pânico se dão ao nível da MCPD, onde a 5-HT 
parece exercer um papel inibitório sobre os 
neurônios que comandam a reação de defesa. 
- Em termos de emoções vivenciadas a serotonina 
aumenta a ansiedade, atuando na amígdala, 
enquanto contém o pânico, com atuação na 
matéria cinzenta periaquedutal. 
- Diferentes vias serotoninérgicas e seus vários 
subtipos de receptores participam de forma 
seletiva em cada modalidade de distúrbio 
emocional e na sua resposta farmacológica. 
A função da serotonina é exercida graças a sua 
interação com receptores específ icos. Os 
receptores de serotonina são 5HT1,5HT2, 5HT3, 
5HT4, 5HT5, 5HT6, e 5HT7. Podem ser pré-
sinápticos ou pós-sinápticos. 
- O 5HT1 é o principal responsável que da efeito 
antidepressivo atuação pós sináptico. 
- Os receptores 5HT2 e 5HT3 estão presentes no 
trato intestinal e estão relacionados ao vomito. 
Sistema Noradrenérgico: noradrenalina é uma 
monoamina implicada na defesa e na ansiedade. 
- De todos os transtornos de ansiedade, o 
transtorno de pânico e o de estresse pós-
traumático são os que apresentam evidências 
mais importantes de anormalidade de função 
noradrenérgica. 
- Em pacientes com transtornos de pânico, 
agonistas α-adrenérgicos e antagonistas α2-
adrenérgicos podem provocar ataques de pânico 
freqüentes e severos. 
Sistema Gabaergico- GABA ( ácido gama-
aminobutírico ): envolvido com os processos de 
ansiedade é o principal neurotransmissor inibitório 
do SNC. Ele está presente em concentrações 
diferente em quase todas as regiões do cérebro. 
• Exerce seus efeitos através da ligação de 
dois receptores distintos, GABA-A e GABA-
B. Os receptores GABA-A formam um canal 
Cl-. A ligação do GABA aos receptores 
GABA-A aumenta a condutância de Cl- dos 
neurônios pré-sinápticos. Os receptores 
GABA-B estão acoplados a uma proteína G 
in t race lu lar e agem aumentando a 
condutância de um canal associado K+. 
- A relação entre o GABA e a ansiedade 
evidencia-se no fato de que todos os 
ansiolíticos conhecidos, facilitam sua ação. 
Seu efeito ansiolítico seria fruto de alterações 
provocadas em diversas estruturas do sistema 
límbico, inclusive a amigdala e o hipocampo.
- Ao se combinar com o receptor, o 
neurotransmissor GABA altera-lhe a 
conformação e essa deformação transmite-se 
ao canal de Cl (Cloro), abrindo-o. Em 
conseqüência, íons Cl penetram na célula, 
onde sua concentração é menor que no 
exterior. Com isso ocorre uma 
hiperpolarização da membrana pós-sináptica 
que inibe os disparos do neurônio pós-
sináptico por dificultar a despolarização de sua 
membrana, necessária à geração de impulso 
nervoso.
- Os BZP intensificam as açõe do GABA.
Transtornos de Ansiedade: atuação dos três NT ↑ 
serotonina, ↑ noradrenalina, ↓ GABA 
- A a n s i e d a d e é u m e s t a d o d e h u m o r 
desconfortável, sentimento de defesa, que alerta 
o indivíduo. 
- Os transtornos de ansiedade se caracterizam por 
respostas inadequadas a uma si tuação 
ansiogênica – real ou imaginaria – no que se diz 
respeito à intensidade e à duração do quadro. 
- A prevalência dos transtornos é em mulheres e 
em classes sociais mais baixas. 
- Alguns pacientes apresentam alterações no SNA, 
com aumento do tônus simpático. 
- As s índromes ans iosas são ordenadas 
inicialmente em dois grandes grupos: quadros em 
que a ansiedade é constante e permanente 
(ansiedade generalizada, livre e flutuante) e 
quadros em que há crises de ansiedade abruptas 
e mais ou menos intensas.São as chamadas 
crises de pânico, que podem configurar, se 
ocorrerem de modo repetitivo, o transtorno de 
pânico 
TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA 
(TAG): 
- Consiste em uma preocupação excessiva e 
abrangente (desproporcional), acompanhada por 
uma variedade de sintomas somáticos, que causa 
comprometimento significatico no funcionamento 
socioocupacional ou acentuado sofrimento por 
pelo menos 6 meses que causa incapacidade - 
crônica 
- A ans iedade é ‘ f l u tuan te ’ ; não ocor re 
necessariamente de um mesmo modo ou em uma 
determinada situação. não tem uma causa 
específica para desenvolvimento da doença 
- A preocupação NÃO se limita às características 
de outro transtorno mental ou como resultado do 
abuso de substâncias ou uma condição clínica 
geral. 
Epidemio: Prevalencia anual de 3-8%. O mais 
comum em serviços de atenção primaria. 
Mais frequente em mulheres (2:1) e muitas vezes 
esta relacionado a situações da vida de estresse 
constante. E ocorre mais na 2ª década de vida 
Etiologia: bullyng ou vitimização entre pares nos 
jovens, trauma físico ou emocional, e fatores 
geneticos 
Psicopatogenia: 
- Nt de STH e GABA parecem estar envolvidos. 
- Lobo occipital, sistema límbico e córtex frontal 
estão relacionados ao transtorno. 
- Hiperatividade da amígdal 
- Buspiriona e ISRS tb podem ser usados 
- levando à hiperatividade do sistema nervoso 
au tonômico e secreção aumentada de 
noradrenalina e de cortisol. 
- Aumento crônico de cortisol leva ao aumento da 
absorção de serotonina, d iminuição da 
conectividade do córtex pré frontal e córtex 
cingulado anterior, diminui volume do hipocampo. 
***Avaliação do paciente no cognitiva, funcional e 
fisiológico***
QC: Ansiedade generalizada e persistente, não 
restrita a uma situação ambiental ou objeto 
especifico, acompanhada de queixas clinicas que 
envolvem 3 áreas principais: 
- tensão motora: tremor, abalos, tensão musc, 
fadiga facil, inquietação, dores 
- hiperatividade autonômica: palpitação, 
sudorese, sensação de asfixia, mãos frias e 
úmidas, dificuldade de deglutir, sensação de no 
na garganta. 
- vigilância: impaciência, sobressaltos, 
sensação de incapacidade, dificuldade de 
concentração, insônia, irritabilidade, lapsos de 
memoria. 
- Exemplos de preocupações incluem medo que 
o paciente ou um parente adoeça ou sofra um 
a c i d e n t e e m b r e v e . O u t r o s 
s i n t m a s : d i s p n e i a , c e f a l e i a , s i n t o m a s 
gastrointestinais 
- Na maioria das vezes, pelo menos 3 dos 
seguintes sintomas somáticos, emocionais e 
cognitivos estão presentes: inquietação ou 
nervosismo (sensação de “estar no limite”), 
sentir facilmente fadiga, baixa concentração, 
irritabilidade, tensão muscular ou perturbação 
do sono 
Dx: exclusao - uso de medicamentos ou subst. e 
outros transt. Mentais (TOC) devem ser 
descartados como causa primária 
- Pelo menos 3 sintomas principais de 6 
sintomas possíveis são necessários para o 
diagnóstico: inquietação ou nervosismo, sentir 
facilmente fadiga, baixa concentração, 
irritabilidade, tensão muscular ou perturbações 
do sono. (em crianças, basta 1), e a FADIGA é 
uma queixa comum. 
- Baseia-se na presença de ansiedade ou 
preocupação excessiva sobre diversas 
circunstancias da vida por pelo menos 6 
meses. 
- O exame físico e os exames laboratoriais 
geralmente são normais, se não houver um 
problema clínico coexistente ou problemas de 
abuso de substâncias. 
- CID 10: Ansiedade por pelo menos 6 meses 
sem foco em circunstância particular. 
Criterios:A. Ansiedade e preocupação excessivas 
(expectativa apreensiva), ocorrendo na maioria 
dos dias por pelo menos seis meses, com 
diversos eventos ou atividades (tais como 
desempenho escolar ou profissional). 
B. O indivíduo considera difícil controlar a 
preocupação. 
C. A ansiedade e a preocupação estão 
associadas com três (ou mais) dos seguintes 
seis sintomas (com pelo menos alguns deles 
presentes na maioria dos dias nos últimos seis 
meses). 
Nota: Apenas um item é exigido para crianças.
- Inquietação ou sensação de estar com os 
nervos à flor da pele; Fatigabilidade; Dificuldade 
em concentrar-se ou sensações de “branco” na 
mente; I r r i tabi l idade; Tensão muscular; 
Perturbação do sono (dificuldade em conciliar ou 
manter o sono, ou sono insatisfatório e inquieto). 
D. A ansiedade, a preocupação ou os sintomas 
f ís icos causam sofr imento cl inicamente 
significativo ou prejuízo no funcionamento social, 
profissional ou em outras áreas importantes da 
vida do indivíduo. 
E. A perturbação não se deve aos efeitos 
fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de 
abuso, medicamento) ou a outra condição 
médica (p. ex., hipertireoidismo). 
F. A perturbação não é mais bem explicada por 
outro transtorno mental. 
Tto: Curso tende a ser crônico e flutuante. 
• Em casos leves, só a psicoterapia pode 
ser eficaz; Orientações gerais como 
pratica de exercícios, redução da cafeína 
e álcool podem ser uteis. 
ANSIEDADE SOCIAL/ FOBIA SOCIAL: 
- Medo excessivo de humilhação ou embaraço 
em vários contextos sociais – falar ou escrever 
em publico, por ex. 
- Pode ser circunscrita, isto é, ligada ao 
desempenho de uma situação determinada, 
como comer ou escrever em publico; ou 
generalizada, quando os temores incluem a 
maioria das situações. 
- A ansiedade antecipatór ia, is to é, o 
aparecimento de ansiedade antes da presença 
do estímulo fóbico, é uma característica que 
pode atingir um grau de sofrimento altamente 
incapacitante e grave, afetando o sono, o 
apetite e a concentração. 
Epidemio: 
- Estima-se que 5-15% da população apresente 
sintomas, resultando em diferentes graus de 
incapacitação e sofrimento. 
- Mais frequente em mulheres entre 5 a 35 
anos. Geralmente inicia na adolescência 
Psicopatogenia: interação de componentes 
biológico + geneticos (C16) + ambientais 
- Aspectos psicodinâmicos parece estar muito 
envolvidos; o sist. Fóbico estaria relacioando à 
e x p r e s s ã o c o n s c i e n t e d e c o n f l i t o s 
inconscientes. 
- Alguns pacientes podem ter tido inibição 
comportamental durante a infância. 
- Os parentes de 1° de pacientes com fobias 
sociais são 3x mais propensos a desenvolver. 
QC: 
*Circunscrita → situação determinada 
*Generalizada → maioria das situações 
- Severa ansiedade quando é exposto à 
situação desencadeadora ou quando prevê 
uma exposição. Geralmente pacientes tendem 
a evitar o estimulo fóbico.  medo de 
julgamento do outro 
- S i n t o m a s a u t o n o m i c o s : 
taquicardia,hipervetilação,sudorese 
- É comum ocorrerem ataques de pânico. Pode 
haver associação com outros transtornos 
ansiosos, depressão maior, e transtornos 
relacionados a substancias (principalmente 
álcool). 
- Pode ocorrer ansiedade antecipatória: antes da 
presença do estimulo; pode atingir um grau de 
sofrimento altamente incapacitante e grave, 
afetando sono, apetite e concentração. 
- Outros sintomas incluem rubor facial, 
contrações musc e ansiedade acerca do 
julgamento alheio. 
Dx: 
- É baseado na ocorrência de medo acentuado e 
persistente, revelado pela presença ou 
antecipação do obj ou situação fóbica 
relacionada ao desempenho social. A 
exposição quase invariavelmente provoca 
ansiedade q pode assumir a forma de uma 
ataque de pânico. 
- O individuo reconhece q o medo é irracional ou 
excessivo e há prejuízo social significativo. 
- Importante diferenciar: timidez normal; na fobia 
os sintomas comprometem a capacidade 
funcional; 
- Uso de substancias, tumores snc, doenças 
cerebrais devem ser descartados. 
Dxd: esquizofrenia, transtorno do pânico, toc, 
depressão; 
Tto: O curso é crônico e as fobias podem piorar 
se n tratadas. 
- Pode haver melhora com psicoterapia. 
Educação e monitoramento 
- Pode-se usar antidepressivos (iSRS e 
venlafaxina), b-bloqueadores e bdz. 
Neuro t ransmissores envo lv idos nos 
transtornos depressivos 
Serotonina: é produzida nos neurônios dos 
núcleos da rafe. Os neurônios serotoninérgicos 
se projetam para o córtex, o estriado e áreas 
límbicas. 
- Regula humor, ansiedade, sono, dor. 
- Sua disfunção está relacionada a aumento do 
afeto negativo: humor deprimido, culpa, 
aversão, medo, ansiedade, hostilidade, 
irritabilidade, solidão. 
- A ação da serotonina em nível neural é 
altamente influenciada pelo estresse. 
- Indivíduos com depressão apresentam 
menores níveis de metabólitos da serotonina 
no líquido cerebrospinal (LCS), diminuição da 
ligação ao transportador de serotonina e 
anormalidades no receptor de serotonina.
Noradrenalina: 
- Os neurônios noradrenérgicos enviam projeções 
para o lobo frontal e sistema límbico. 
- Principais funções: regula humor, estado de vigília, 
cognição, vias da dor 
- Regula a liberação de serotonina. Por isso, atua 
como (1) freio sobre a liberação de serotonina nos 
receptores alfa 2 corticais dos terminais axônicos 
e como (2) acelerador da liberação de serotonina 
nos receptores alfa 1 na área somatodendrítica. 
- Sua disfunção está relacionada a redução do afeto 
positivo: humor deprimido, perda da felicidade, 
perda de interesse/prazer, perda de energia/
entusiasmo, diminuição da vigilância e da 
autoconfiança. 
- Em pacientes que já realizaram tratamento para 
depressão e apresentaram remissão da doença, 
a queda de NE resulta em retorno dos sintomas 
depressivos. 
Dopamina: 
Os neurônios produtores de dopamina no cérebro 
estão localizados no núcleo rubro, na substância 
nigra e na área ventral tegmental. Podem seguir 1 
de 3 diferentes vias para inervação. 
○ Via Nigroestriada: atua no planejamento e 
execução de atividades motoras, mas também tem 
função na cognição. 
○ Via mesocortical: atua na concentração e 
funções executivas (memória de trabalho). 
○ Via mesolímbica: relacionada com a motivação, 
experiência de prazer e sistema de recompensa 
○ Assim como a NE, também está relacionado a 
redução do afeto positivo: humor deprimido, 
perda da felicidade, do interesse/prazer e da 
energia/entusiasmo, diminuição da vigilância e da 
autoconfiança. 
○Na depressão (severa), há queda na liberação de 
DA, que resulta em mecanismos compensatórios 
que buscam aumentar a sensibilidade dos 
receptores à DA. 
○ A dopamina é inativada pós-sinapticamente pela 
COMT e pode ser metabolizada pela MAO-A e 
pela MAO-B. Assim, Antidepressivos que atuam 
n o s i s t e m a d o p a m i n é g i c o s ã o o s 
IMAOs,bupropiona e sertralina 
○Hipótese monoaminérgica clássica da 
depressão: quando há uma quantidade normal 
de atividade neurotransmissora das monoaminas, 
não ocorre depressão. Quando há redução, 
depleção ou disfunção da quantidade normal de 
atividade neurotransmissora das monoaminas, 
pode ocorrer desenvolvimento da depressão. 
○Hipótese dos receptores monoaminérgicos 
para a depressão: a atividade deficiente dos 
neurotransmissores monoamínicos provoque a 
suprarregulação dos receptores pós-sinápticos 
de neurotransmissores monoamínicos, levando à 
depressão. 
DISTIMIA
Definição: depressão leve, de intensidade 
duradoura e inícioinsidioso. Faz parte do transtorno 
depressivo persistente (TDP) - irritabilidade/mau-
humor crônica (pessoa chata sempre) 
- Distimia pura (depressão crônica de grau leve), 
sem todos os critérios de depressão maior durante 
os 2 anos anteriores. Não faz perda de 
funcionabilidade
- Humor deprimido por ≥ 2 semanas sem explicação 
médica ou psiquiátrica. 2 anos
- Deve ser acompanhada de ≥ 2 sintomas: 
hipersonia ou insonia, comer muito ou pouco, 
pouca energia ou fadiga, auto estima baixa, 
dificuldade de concentrar e tomar decisões, 
desesperançoso.
- A característica mais marcante é a irritabilidade, 
implicância e o mau humor e estes sinais com 
f requênc ia acabam sendo tomadas por 
características pessoais do indivíduo.
Epidemiologia: 
- Mais comum em mulheres e em pessoas com 
história de estresse prolongado ou perdas súbitas. 
- é uma condição depressiva comum, com 
prevalência durante a vida de até 6% na 
população
- Começa no início da vida adulta e os sintomas 
devem estar presentes por pelo menos dois anos. 
QC: pessoa chata crônica
- diminuição da autoestima, fadiga, falta de apetite, 
problemas com sono, mau humor crônico, 
irritabilidade, falta de concentração e dificuldade 
para tomar decisões. Um episódio depressivo 
maior pode ocorrer após o início da distimia.
- sintomas depressivos mais leves do que os da 
depressão maior, que persistem por pelo menos 2 
anos, com um período livre de sintomatologia de 
apenas 2 meses em cada ano. 
- Pode coex is t i r com ou t ros t rans to rnos 
psiquiátricos, como abuso de substâncias e t. de 
personalidade. 
- Não é incapacitante, mas compromete o 
desempenho e o relacionamento interpessoal e 
traz sofrimento considerável.
Dx: segundo a CID-10, é feito quando o paciente 
apresenta humor deprimido, perda de interesse e 
prazer e energia reduzida, levando a uma 
fatigabilidade aumentada e atividade diminuída. 
Outros sintomas comuns são: concentração e 
atenção reduzidas, autoestima reduzida, ideias 
de culpa e inutilidade, visões pessimistas do 
futuro, ideias ou atos autolesivos ou suicídio, 
sono perturbado e apetite diminuído
TTO: A combinação de Farmacoterapia e 
atendimento psicoterápico parece ser o tto mais 
indicado nos transt. distímicos, embora as doses 
necessárias possam ser maiores do que para o 
tto de depressão maior. 
TRANSTORNOS DEPRESSIVOS MAIOR 
(depressão)
Desordem caracterizada por humor deprimido 
persistente, falta de afeto positivo, anedonia 
(perda da capacidade de sentir prazer) por ≥ 2 
semanas. Fator de risco: doenças clínicas 
(DM,AVC,IAM, hipoteoi)
Conceitos Gerais:
Humor: tônus afetivo do individuo, estado 
emocional basal que colore a percepção que a 
pessoa tem do mundo. Intimamente ligado ao 
afeto e pode ser descrito como: ansioso, 
deprimido, eufórico, etc.
Transtornos do humor: antes chamados 
psicoses maníaco-depressivas; constituem um 
grupo de condições clinicas caracterizadas pela 
perda do senso de controle das expressões 
afetivas e pela experiência subjetiva de grande 
sofrimento. A perturbação é uma alteração do 
humor, no sentido de uma depressão (com ou 
sem ansiedade) ou de uma exaltação.
Principais transtornos do humor: transtorno 
bipolar e transtorno depressivo. 
Epidemio: é o transtorno de humor mais comum 
- prevalência durante a vida de 15% em 
mulheres (2x maior que nos homens) 
- prevalência de 10% na população geral e 15% 
dos pctes hospitalizados 
- idade média de inicio: 40 anos (18-44anos) 
Etiologia: base causal é desconhecida, mas 
existem fatores causais. 
Fatores genéticos: é mais for te para 
transmissão do transtorno bipolar que para 
transtorno depressivo. Incidência nas famílias é 
maior que na população geral. 
Fatores biológicos: NE e serotonina são os 2 
neurotransmissores mais envolvidos na Fisiopato 
dos transtornos de humor. Além desses, o 
GABA, dopamina e peptídeos neuroativos 
(vasopressina e opioides endógenos) também 
estão relacionados. 
Fatores neuroendócrinos: alterações dos 
hormônios da tireoide podem causar tanto 
depressão como mania - investigar a função 
tireoidiana em todos os pctes com transtorno de 
humor. 
- Parece haver envolvimento do sistema límbico 
(cingulo anterior, amígdala), gânglios basais e 
hipocampo (possui um menor volume) 
- Pode ser causada por baixos níveis de folato, 
testosterona, menopausa, dor crônica, 
traumas. 
- Fatores psicossociais: acontecimentos vitais 
estressantes precedem os 1os episódios. 
Hipótese inflamação e estresse oxidativo: 
marcadores inflamatórios e citocinas elevadas no 
sangue. O estresse psicossocial pode ativar o 
Simpático levando ao estímulo de moléculas 
i n f l ama tó r i as s i na l i zado res . C i t oc i nas 
inflamatórias infiltram o cérebro e influenciam o 
metabolismo de NT responsáveis pelo humor, 
funções neuroendócrinas e plasticidade neural. A 
ativação de vias inflamatórias no cérebro faz 
diminuição do suporte neurotrófico, glutamato 
alterado, stress oxidativo que leva a perda glial e 
excitotoxicidade. 
QC: humor deprimido e anedonia (aspectos 
fundamentais no dx). Mas os sintomas são 
variáveis. 
- Sintomas afetivos: tristeza, melancolia, choro 
fácil e/ou frequente, apatia, sentimento de falta 
de sentimento, incapacidade de sentir prazer, 
tédio e aborrecimento crônico, irritabilidade 
aumen tada , angus t i a ou ans iedade , 
desespero. 
- Alterações físicas: fadiga, cansaço fácil e 
constante, distúrbios do sono (insônia terminal 
ou hipersonia), perda ou aumento do apetite/
peso, constipação, indigestão, distúrbios 
sexuais (diminuição da libido, disfunção erétil), 
alterações na menstruação, cefaleia. 
- Distúrbios do pensamento: pessimismo, 
ideias de arrependimento e culpa, ideias de 
abandono e autopunição, ideias de morte, 
desejo de desaparecer, ideação negativa, 
planos ou tentativas suicidas. 
- Alterações da autovaloração: sentimento de 
baixa autoestima e desvalia, sentimento de 
vergonha, autodepreciação e autoacusação. 
- Alterações da psicomotricidade e volição 
(Escolhas): aumento da latência entre as 
pe rgun tas e r espos tas , l en t i f i cação 
psicomotora, diminuição do discurso, redução 
do tom de voz, fala lentificada, mutismo, 
negativismo (recusa alimentar e à interação 
pessoal), ausência de planos e perspectivas. 
- Alterações cognitivas: dificuldade de 
concentração e esquecimentos, dificuldade 
para tomar decisões, pseudodemência 
depressiva. 
- Sintomas psicóticos: ideias delirantes de 
conteúdo negativo, delírios de ruína ou 
miséria, alucinações, geralmente auditivas, 
com conteúdos depressivos, outros sintomas 
psicóticos incongruentes com o humor. 
Dx: CLÍNICO 
Critérios DX do DSM-V 
A.5 ou + dos seguintes sintomas estiveram presentes 
durante o mesmo período de 2 semanas e 
representam uma alteração a partir do funcionamento 
anterior; pelo menos um dos sintomas é (1) humor 
deprimido ou (2) perda do interesse ou prazer. 
- 1- humor deprimido na maior parte do dia, quase 
todos os dias. 2-Interesse ou prazer acentuadamente 
diminuídos.3-Perda ou ganho significativo de peso 
sem estar em dieta. 4-Insônia ou hipersonia. 5-
Agitação ou retardo psicomotor. 6-Fadiga ou perda de 
energia. 7-Sentimento de inutilidade ou culpa. 8-
Capacidade diminuída de pensar ou se concentrar, 
ou indecisão. 9-Pensamentos de morte recorrentes, 
ideação suicida sem um plano especifico, tentativa 
de suicídio ou plano especifico. 
B.Os sintomas causam sofrimento ou prejuízo no 
funcionamento social ou ocupacional 
C.Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos 
diretos de uma substância ou de uma condição 
médica 
D.a ocorrência do episódio depressivo maior não é 
mais bem explicada por outro Transtono (Ex: 
esquizofrenia, esquizofreniforme, 
delirante,esquizoafetivo,psicótico especificado) 
E.Nuncahouve um episódio maníaco ou episódio 
hipomaníaco. 
DX pelo CID-10 
- Diferencia os episódios depressivos em leve, 
moderado e grave (com ou sem sintomas 
psicóticos). 
- Todos os sintomas devem estar presentes há 2 
semanas, a não ser que o quadro seja grave. 
- Segundo o CID-10, o dx é feito quando o pcte 
apresenta humor deprimido, perda de interesse e 
prazer e energia reduzida, levando a uma 
fatigabilidade aumentada e atividade diminuída. 
Outros sintomas comuns: concentração e atenção 
diminuídas, autoestima reduzida, ideias de culpa 
e inutilidade, visões pessimistas sobre o futuro, 
ideias ou atos autolesivos ou suicídio, sono 
perturbado e apetite diminuído. 
Depressão LEVE 
Episódio depressivo LEVE: requer 2 dos 
sintomas descritos acima + pelo menos 2 dos 
seguintes sintomas: 
- humor deprimido; perda de interesse e prazer; 
fatigabilidade aumentada 
- Nenhum sintoma deve estar presente em um 
grau intenso 
- O paciente com episódio depressivo leve pode 
também apresentar sintomas somáticos. 
- Os sintomas não o impedem de continuar 
fazendo suas atividades habituais. 
- Sintomas presentes há pelo menos duas 
semanas. 
Depressão MODERADA 
Episódio depressivo MODERADO: 2 dos 3 
principais sintomas estão presentes (assim como 
na leve). A diferença é que devem estar 
presentes 3 ou, preferencialmente, 4 dos outros 
sintomas. 
- Vários dos sintomas estão presentes em um 
grau marcante, e o pcte tem dificuldade em 
continuar com suas atividades habituais. 
Também pode apresentar sintomas somáticos. 
- Sintomas presentes há pelo menos duas 
semanas. 
Depressão GRAVE 
Episódio depressivo GRAVE: angústia ou 
agitação consideráveis, a menos que retardo 
seja um aspecto importante. Há o perigo de 
suicídio. 
- Todos os 3 sintomas principais devem estar 
presentes e pelo menos 4 outros devem ser de 
intensidade grave. 
- No episodio depressivo com sintomas 
psicóticos estão presentes delírios (envolvem 
ideias de pecado, pobreza ou desastre 
iminente, pelas quais o pcte pode assumir a 
responsabilidade), alucinações (normalmente 
de vozes depreciativas) ou estupor. 
- Existe um tipo de delírio que o pcte acredita 
estar morto ou que seus órgãos não estão 
mais funcionando: Síndrome de Cotard. 
DX: Medicamentos que podem causar depressão 
(Depressão Secundária a Uso de Substância): 
diuréticos, betabloqueadores, metronidazol, 
antipsicóticos, hormonios tireoideanos, alcool, 
BZP 
Condições Médicas que podem causar 
depressão - piora o px 
- T. bipolar ou pós-traumático 
- Endocrinopatias: hiper e hipotireoidismo, DM, 
h i p e r e h i p o a d r e n a l i s m o , h i p e r e 
hipoparatireoidismo e hipopituitarismo. 
- Doenças CV: IAM, ICC e miocardiopatias 
- Doenças autoimunes: LES, AR, poliarterite 
nodosa, sarcoidose 
- Infecções: HIV, encefalite, sífilis, pneumonias 
- Neoplasias: SNC, pâncreas, pulmão, GI e renal 
- Doenças neurológicas: doença de Parkinson, 
demências, hidrocefalia de pressão normal, 
AVC, hemorragia subaracnoide, esclerose 
múltipla, epilepsia, trauma. 
- Deficiências vitamínicas: beribérie (B1), 
pelagra (ácido nicotínico), anemia perniciosa 
(B12). 
- Outros: alcoolismo, anormalidades eletrolíticas, 
envenenamento po r me ta i s pesados , 
hemodiálise. 
Prognóstico/Evolução: o curso dos transtornos 
de humor tende a ser longo, com inúmeros 
recaídas. 
- O px tende a ser mais benigno que o da 
esquizofrenia, porque os pctes retornam à sua 
personalidade normal, anterior ao episódio. 
- A medida que progridem os transtornos 
depressivos, os pctes tendem a ter episódios 
mais frequentes e de maior duração.  Um 
episódio depressivo não tratado costuma durar 
de 6 a 12 meses. 
TTO 
-Indicações de hospitalização:necessidade de 
procedimentos diagnósticos;risco de suicídio ou 
homicídio ; capacidade reduzida de autocuidados 
básicos 
-Tratamento com ps icoterap ia cogni t ivo 
comportamental: indicada desda depressão leve 
-Farmacoterapia: indicada somente sem 
depressão moderada a severa 
Considerações sobre o tto antidepressivo:. 
- Se não houver história prévia, deve-se usar 
como 1a escolha um ISRS ou tricíclico e 
monitorar por 2 a 3 semanas. A resposta 
geralmente aparece dentro de 4 semanas. 
- Os efeitos colaterais são a principal variável 
relacionada à não adesão dos pctes  
Disfunção sexual e efeitos GI como náuseas e 
vômitos são comuns com ISRS 
- Principais efeitos colaterais dos tricíclicos são 
os efeitos colinérgicos 
- Venlafaxina nos casos de depressão ansiosa. 
- O tto de manutenção com antidepressivos por 
pelo menos 6 meses ajuda na prevenção de 
recaídas. O tto a longo prazo pode ser feito nos 
pctes com transtorno depressivo recorrente. 
- A retirada do antidepressivo deve ser gradual, 
ao longo de 1 a 2 semanas.
Classificação: 
- Episódio depressivo ou transtorno depressivo 
maior: evidentes sintomas depressivos devem 
estar presentes por pelo menos 2 semanas. Os 
episódios duram entre 3 e 12 meses. O episódio é 
dividido pelo CID-10 em leve, moderado e grave. 
- Transtorno depressivo breve recorrente: risco 
aumentado para suicídio; segue curso diferente do 
da depressão maior, então pode representar um 
subtipo único deste transtorno. 
- Depressão Endógena ou melancólica: “vem de 
dentro da pessoa”, “consciência infeliz”, mais 
i n d e p e n d e n t e d e f a t o r e s p s i c o g ê n i c o s 
desencadeantes. Os sintomas típicos são: 
anedonia, culpa excessiva, piora pela manhã, 
insônia terminal e lentificação psicomotora. 
- Depressão atípica: ganho de peso, hiperfagia, 
aumento do apetite (principalmente por doces e 
chocolates), hipersonia e sensação de corpo muito 
pesado- melhor resposta aos IMAOs 
- Depressão apato-anérgica: 
hiperssonia,desanino,desinterese,anedonia, 
hipovolia, aumento do apetite/peso e diminuição da 
libido - tto noradrenérgica/dopaminérgica 
(serotonina diminui nora e dopa por isso não é dado 
nessa depressão) 
- Depressão sazonal (transtorno afetivo sazonal – 
TAS): depressão que ocorre durante o menor 
período de luz diurna, no inverno e no outono e 
desaparece durante a primavera e verão. 
Fisiopatologia enfatiza o efeito da luz. Possíveis 
alterações incluem desregulação melatoninérgica, 
ritmo circadiano interrompido, disfunção de 
neurotransmissor e sensibilidade visual. 
- Depressão pós-parto: início dentro de 4 semanas 
após o parto. Os sintomas variam de insônia 
acentuada, instabilidade e fadiga ao suicídio. 
Crenças delirantes e homicidas podem ocorrer com 
relação ao bebê. Pode ser uma emergência 
psiquiátrica. 
- Transtorno disfórico pré-menstrual: início de 
sintomas graves, com pelo menos um sintoma de 
humor, no final da fase lútea do ciclo menstrual, 
com remissão durante o início da fase folicular.
- Depressão psicótica: depressão grave, na qual 
ocorrem, associados aos sintomas depressivos, um 
ou + sintomas psicóticos, como delírio de ruína ou 
culpa, delírio hipocondríaco, alucinações com 
conteúdos depressivos. Se os sintomas psicóticos 
são de conteúdo depressivo, são classificados 
como humor-congruentes. Caso os sintomas 
psicóticos não sejam de conteúdo negativo, são 
denominados incongruentes com o humor, como 
del í r ios de perseguição, autorreferentes, 
paranoides. 
- Estupor depressivo: prevalece onegativismo, 
com ausência de resposta às solicitações 
ambientais, mut ismo, recusa al imentar e 
permanência no leito por dias, muitas vezes imóvel. 
Também chamado episodio depressivo catatônico. 
- Depressão dupla: pctes distímicos que desenvolvem 
transtorno depressivo maior sobreposto. 
- Pseudodemência (quadro depressivo com queixas 
de memória de início recente): transtorno depressivo 
maior que se apresenta como disfunção cognitiva 
semelhante à demência. Ocorre mais frequentemente 
em idosos com historia previa de transtornos do humor, 
mas pode ocorrer em qqer pcte com depressão. A 
depressão é primária e antecede as alterações 
cognitivas. Algumas características clínicas que 
sugerem transtorno depressivo: variação diurna, 
aparecimento dos sintomas pode ser precisado, 
autorreprovação, agitação psicomotora, valorização dos 
sintomas. 
- depressão nos idosos apresentam outros sintomas como queixas cognitivas e somáticas, 
hipocondria, sentimentos de inutilidade, irritabilidade, pensamentos auto-depreciativos/
paranóides e recorrentes de suicídio. Evidências sugerem que isso ocorre devido ao efeito 
combinado da depressão maior com as alterações cerebrais decorrentes do envelhecimento 
como atrofia e doença vascular.
- As principais alterações cognitivas observadas na depressão são: a redução da velocidade de 
processamento da informação, déficits na evocação, na memória e na linguagem
- A demência compromete as funções corticais superiores como memória, enquanto que a 
depressão afeta as funções sub-corticais como concentração e velocidade no processamento 
de informação.
 Transtorno Afetivo Bipolar – insanidade maníaco-
depressiva 
• Alterações graves de humor por dois ou mais 
episódios, que envolvem períodos de humor 
elevado e de depressão (polos opostos da 
experiência afetiva) intercalados por períodos de 
remissão, e estão associados a sintomas 
cognitivos, físicos e comportamentais específicos 
• De acordo com a quinta edição do Manual 
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 
(DSM 5), o transtorno se diferencia em dois tipos 
principais: o Tipo I, em que a elevação do humor 
é grave e persiste (um episódio de mania), e o 
Tipo II, em que a elevação do humor é mais 
branda (hipomania). 
• A utilização do especificador com transtorno 
mistos se aplica aos estados em que há a 
ocorrência concomitante de sintomas maníacos e 
depressivos, embora vistos como polos opostos 
do humor. invariabilidade no quadro, com 
algumas características de um polo  quadro 
instável/ ciclagem rápida 
• —> Pcte agitado,agressivo, angustiado, 
instabilidade afetiva - PCTE IRRACIONAL 
(INTERNAÇÃO) 
• Já o quadro de Transtorno Ciclotímico se 
caracteriza pela alternância entre períodos 
hipomaníacos e depressivos ao longo de pelo 
menos dois anos em adultos (ou um ano em 
crianças) sem, entretanto, atender os critérios 
para um episódio de mania, hipomania ou 
depressão maior.
Epidemiologia: Idade média de início é 30 anos (15 
e 24, mais precocemente q depressão).
• No TABI (mania e depressão) há igualdade de 
acometimento entre os gêneros; e no II, mais 
mulheres. 
Etiologia
• O TB é um transtorno complexo e 
multideterminado, causado pela interação de 
fatores genéticos (influenciado por vários 
genes) e ambientais. 
• O surgimento e a evolução do TB são 
possivelmente influenciados pelo trauma 
precoce, por eventos aversivos significativos 
da vida e pelo uso de álcool e drogas. 
• Uso de maconha: Aumenta o risco de episódio 
maníaco em pacientes sem transtorno bipolar 
preexistente. Gene COMT.
• O aparecimento da doença pode ser 
particularmente influenciado pelo estresse 
sofrido no final da adolescência, mas os 
primeiros episódios de mania podem se 
manifestar ao longo de toda a vida
• Maior risco de desenvolver TB II entre 
familiares quando convivem com parentes que 
tem o transtorno. 
 Fisiopatologia: 
• Relacionado com o eixo HHA. 
• Fator genético: Alta herdabilidade. Padrão 
de genes semelhante à esquizofrenia e 
depressão maior. 
• Fator ambiental: Estresse crônico, abuso 
físico ou sexual na infância. 
• Hip. imunoinflamatória: Alterações na 
composição/concentração da microbiota 
i n t e s t i n a l a t i v a p r o c e s s o s 
imuno inflama tó r i os , a l t e rações na 
permeabilidade da memb. neuronal e 
estresse oxidativo. 
• Hipótese da hiperexcitabilidade neuronal. 
• Hipótese Alostática: propõe que o estresse 
neurobiológico repetido requer ajustes 
biológicos que aumenta a carga alostática,o 
risco de novos episódios e acelerando a 
doença progressiva. 
• Os padrões irregulares de processamento 
cortical pré-frontal e a conectividade com a 
resposta subcortical, comparado com 
indivíduos saudáveis, podem explicar 
melhor as dificuldades comuns com a 
regulação da expressão emocional e 
compor tamenta l ( impu ls i v idade ou 
comportamentos sexuais inapropriados). 
• E estudos têm demonstrado uma alteração 
no N-acetilaspartato, colina, mio-inositol, 
glutamato e outros substratos fundamentais 
envolvidos na regulação do humor.
QC: polos opostos 
MANIAS: estado severo de humor elevado ou 
irritabilidade, associado ou não a sintomas 
ps icó t iocs que p rovocam a l te rações no 
comportamento e na funcionalidade do indivíduo. É 
fundamental também, e quase sempre presente, a 
aceleração das funções psíquicas (taquipsiquismo). 
Duraçaõ de no mínimo 1 semana. 
• Sintomas vegetativos: aumento da libido 
(hipersensualidades e promiscuidade), perda 
de peso, anorexia e insônia, geralmente 
associada à sensação de diminuição da 
necessidade de dormir 
• Irritabilidade e arrogância, Intensa satisfação 
pessoal e bem-estar exagerado 
• tentativas suicidas (20x mais chance de tentar 
que a população normal). 
• Pode haver alucinações e delírios, crises de 
g a r g a l h a d a s , c o n v e r s a e x c e s s i v a e 
pensamentos estranhos (pode mimetizar a 
esquizofrenia) 
• Ex físico: roupas não congruentes, com ideia 
tangenciais (pensamento acelerado) 
• D: Distrabil idade (atenção voluntaria 
diminuída e espontânea esta aumentada) 
• I: Insonia 
• G: grandiosidade/grandeza (delirios) - 
Aumento da autoestima (sente superior, 
melhor, mais potente) 
• F: fugas de ideias - aceleração dos 
pensamentos 
• A: aumento de atividades - Agitação 
psicomotora e heteroagressividade 
• S: discurso - Logorreia (produção verbal 
rápida, fluente e persistente), pressão para 
falar 
• T: negligência(thoughtlessness) - 
comportamento de risco, 
Impulsividade,exagero a gastos excessivos 
HIPOMANIAS: elevações de humor e os distúrbios 
comportamentais/funcionais são menos graves e 
com duração mais breve que a mania (quatro dias 
consecutivos). 
• Pcte apresenta aumentado da disposição, e 
da energia, sensação subjetiva de q o fluxo 
de ideias é mais amplo e acelerado, e bom 
humor excessivo. 
• Pode haver diminuição da necessidade de 
sono e maior energia sexual. Discurso com 
loquacidade, sarcasmo, com ideias 
abundantes; Irritação, autoritarismo, excesso 
de gastos e imprudência. 
• A hipomania, em geral, não produz 
disfunção social grave, mas pode haver 
indiscrições sociais e financeiras, discussões 
e endividamentos (convivência difícil). 
• Pcte tendem a ser confiantes, otimistas, mt 
ativos, com múltiplos interesses e objetivos. 
• B: brevidade dos episódios
• I: impulsividade
•P: personalidade pré-mórbida hipertímica ou 
mudança de polaridade com o antidepressivo
•O: comer e dormir em excesso (over)
• L: labilidade do humor
•A: transtornode ansiedade e transtornos de abuso 
de substâncias (comorbidade associada)
•R: relativamente resistente ao tratamento
•F: hx familiar de esquizofrenia ou transtorno bipolar 
•A: início abrupto, agitação e anormalidades 
comportamentais
•M: episódios mistos: no mín 3sintomas maníacos
no intervalo de 1 semana  mais chance suicidio
• I: instabilidade de emprego e casamento
• L: lítio ou lamotrigina como possíveis tto
• Y: pouca idade.
Comorbidades relacionadas: obesidades, DM, 
TDAH, T. alimentares e busca por situações 
extremas 
Diagnóstico Diferencial: (podem causar mania): 
• Endocrinopatias: hipertireoidismo. 
• Infecções: encefalite, influenza e sífilis. 
• Doenças neurológicas: epilepsia, trauma 
cerebral, esclerose múltipla, AVC e doença 
de Wilson. 
• Neoplasias: gliomas, meningiomas e 
metástases talâmicas. 
• Outros: anemia, hemodiálise e deficiência de 
(B12), cocaína, alucinógenos. 
• Medicamentos: álcool , alprazolam, 
Inibidores da Monoaminoxidase (IMAO), 
antidepressivos tricíclicos, anfetaminas, 
bromocript ina, captopri l , cort icoides, 
isoniazida, levodopa, metoclopramida, 
simpaticomiméticos, hormônios da tireoide. 
TIPO I: obrigatório ter um episódio maniaco com 
ou sem episódio depressivo maior
• Elevação de humor é mais grave e persiste 
(mania). 
• Ocorrência de pelo menos um episódio 
maníaco que pode ter sido precedido ou 
sucedido de episódios hipomaníacos ou 
depressivos. com ou sem episódio 
depressivo
• Episódios depressivos leves a graves, 
intercalados com fases de normalidade e 
fases maníacas bem caracterizadas. 
TIPO II: um episódio depressivo maior com ou sem episódio hipomaniaco
• Elevação de humor mais branda (hipomania). O paciente não apresenta episódios 
maníacos.
• Mais diagnosticado em mulheres. 
• Distúrbio de humor recorrente, constituído por um ou mais episódios depressivos maiores 
e pelo menos um episódio hipomaníaco. 
• Episódios depressivos leves a graves, intercalados com períodos de normalidade e 
seguidos de fases hipomaníacas. 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO: visa restaurar o comportamento, controlar os sintomas 
agudos e prevenir a ocorrência de novos episódios. Lítio + anticonvulsivantes 
(gabapentina,valproato,carbazepina)
• Qualquer que seja a fase, usar sempre agentes antimaníacos/estabilizadores do 
humor(principal: lítio). 
• Na depressão bipolar, nunca usar monoterapia com antidepressivos, sempre acrescentar 
agentes antimaníacos/estabilizadores do humor. A hipomania deve ser tratada do mesmo 
modo que a mania.
• 1ª linha: Lítio, valproato,lamotrigina e antipsicóticos atípicos (lanzapina) são mais efetivos 
no tratamento e na prevenção de mania e em menor grau na intervenção da depressão. 
(isolado)
➢ Lítio(pode ser associado ou isolado): interfere no metabolismo do inositol trifosfato, 
responsável pela liberação do cálcio de seus depósitos intracelulares, 
possivelmente através da inibição de enzimas na rota de formação do inositol. (age 
em todas as fase-neuroproteror)
➢ inibe a adenilatociclase e inositol-1-fosfatase, ocasionando redução da 
neurotransmissão noradrenérgica
➢ por sua similaridade com outros elementos (sódio, potássio, cálcio e magnésio), 
eleva os níveis de serotonina e diminui os níveis de norepinefrina, alterando, ainda, 
as concentrações de dopamina, ácido g-aminobutírico (GABA) e de acetilcolina
• 2ª linha: carbamazepina e haloperiol, Gabapentina e topiramato 
• Podem ser associados com antidepressivos (ISRS), bupropiona - quadro depressivo

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