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Serotonina 5-HT (triptofano): Tanto o bloqueio de seus receptores quanto o bloqueio da sua síntese, produzem efeitos ansiolíticos. E exerce um duplo papel na regulação da ansiedade. Ela exerce um papel ansiogênico na amigdala e ansiolítico na matéria cinzenta periaquedutal dorsal ( MCPD ) - valor adaptativo - A MCPD deve ser acionada soA amigdala parece ter a função de avaliar o grau de ameaça para, em seguida, instruir estruturas executivas quanto ao tipo de reação de defesa a ser programado. - mente em casos de perigo iminente. Assim sendo, faz sentido que os sistemas neuronais serotoninérgicos inibam a MCPD, enquanto facilitam o processamento de informações relativas à defesa na amigdala. As reações de pânico se dão ao nível da MCPD, onde a 5-HT parece exercer um papel inibitório sobre os neurônios que comandam a reação de defesa. - Em termos de emoções vivenciadas a serotonina aumenta a ansiedade, atuando na amígdala, enquanto contém o pânico, com atuação na matéria cinzenta periaquedutal. - Diferentes vias serotoninérgicas e seus vários subtipos de receptores participam de forma seletiva em cada modalidade de distúrbio emocional e na sua resposta farmacológica. A função da serotonina é exercida graças a sua interação com receptores específ icos. Os receptores de serotonina são 5HT1,5HT2, 5HT3, 5HT4, 5HT5, 5HT6, e 5HT7. Podem ser pré- sinápticos ou pós-sinápticos. - O 5HT1 é o principal responsável que da efeito antidepressivo atuação pós sináptico. - Os receptores 5HT2 e 5HT3 estão presentes no trato intestinal e estão relacionados ao vomito. Sistema Noradrenérgico: noradrenalina é uma monoamina implicada na defesa e na ansiedade. - De todos os transtornos de ansiedade, o transtorno de pânico e o de estresse pós- traumático são os que apresentam evidências mais importantes de anormalidade de função noradrenérgica. - Em pacientes com transtornos de pânico, agonistas α-adrenérgicos e antagonistas α2- adrenérgicos podem provocar ataques de pânico freqüentes e severos. Sistema Gabaergico- GABA ( ácido gama- aminobutírico ): envolvido com os processos de ansiedade é o principal neurotransmissor inibitório do SNC. Ele está presente em concentrações diferente em quase todas as regiões do cérebro. • Exerce seus efeitos através da ligação de dois receptores distintos, GABA-A e GABA- B. Os receptores GABA-A formam um canal Cl-. A ligação do GABA aos receptores GABA-A aumenta a condutância de Cl- dos neurônios pré-sinápticos. Os receptores GABA-B estão acoplados a uma proteína G in t race lu lar e agem aumentando a condutância de um canal associado K+. - A relação entre o GABA e a ansiedade evidencia-se no fato de que todos os ansiolíticos conhecidos, facilitam sua ação. Seu efeito ansiolítico seria fruto de alterações provocadas em diversas estruturas do sistema límbico, inclusive a amigdala e o hipocampo. - Ao se combinar com o receptor, o neurotransmissor GABA altera-lhe a conformação e essa deformação transmite-se ao canal de Cl (Cloro), abrindo-o. Em conseqüência, íons Cl penetram na célula, onde sua concentração é menor que no exterior. Com isso ocorre uma hiperpolarização da membrana pós-sináptica que inibe os disparos do neurônio pós- sináptico por dificultar a despolarização de sua membrana, necessária à geração de impulso nervoso. - Os BZP intensificam as açõe do GABA. Transtornos de Ansiedade: atuação dos três NT ↑ serotonina, ↑ noradrenalina, ↓ GABA - A a n s i e d a d e é u m e s t a d o d e h u m o r desconfortável, sentimento de defesa, que alerta o indivíduo. - Os transtornos de ansiedade se caracterizam por respostas inadequadas a uma si tuação ansiogênica – real ou imaginaria – no que se diz respeito à intensidade e à duração do quadro. - A prevalência dos transtornos é em mulheres e em classes sociais mais baixas. - Alguns pacientes apresentam alterações no SNA, com aumento do tônus simpático. - As s índromes ans iosas são ordenadas inicialmente em dois grandes grupos: quadros em que a ansiedade é constante e permanente (ansiedade generalizada, livre e flutuante) e quadros em que há crises de ansiedade abruptas e mais ou menos intensas.São as chamadas crises de pânico, que podem configurar, se ocorrerem de modo repetitivo, o transtorno de pânico TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA (TAG): - Consiste em uma preocupação excessiva e abrangente (desproporcional), acompanhada por uma variedade de sintomas somáticos, que causa comprometimento significatico no funcionamento socioocupacional ou acentuado sofrimento por pelo menos 6 meses que causa incapacidade - crônica - A ans iedade é ‘ f l u tuan te ’ ; não ocor re necessariamente de um mesmo modo ou em uma determinada situação. não tem uma causa específica para desenvolvimento da doença - A preocupação NÃO se limita às características de outro transtorno mental ou como resultado do abuso de substâncias ou uma condição clínica geral. Epidemio: Prevalencia anual de 3-8%. O mais comum em serviços de atenção primaria. Mais frequente em mulheres (2:1) e muitas vezes esta relacionado a situações da vida de estresse constante. E ocorre mais na 2ª década de vida Etiologia: bullyng ou vitimização entre pares nos jovens, trauma físico ou emocional, e fatores geneticos Psicopatogenia: - Nt de STH e GABA parecem estar envolvidos. - Lobo occipital, sistema límbico e córtex frontal estão relacionados ao transtorno. - Hiperatividade da amígdal - Buspiriona e ISRS tb podem ser usados - levando à hiperatividade do sistema nervoso au tonômico e secreção aumentada de noradrenalina e de cortisol. - Aumento crônico de cortisol leva ao aumento da absorção de serotonina, d iminuição da conectividade do córtex pré frontal e córtex cingulado anterior, diminui volume do hipocampo. ***Avaliação do paciente no cognitiva, funcional e fisiológico*** QC: Ansiedade generalizada e persistente, não restrita a uma situação ambiental ou objeto especifico, acompanhada de queixas clinicas que envolvem 3 áreas principais: - tensão motora: tremor, abalos, tensão musc, fadiga facil, inquietação, dores - hiperatividade autonômica: palpitação, sudorese, sensação de asfixia, mãos frias e úmidas, dificuldade de deglutir, sensação de no na garganta. - vigilância: impaciência, sobressaltos, sensação de incapacidade, dificuldade de concentração, insônia, irritabilidade, lapsos de memoria. - Exemplos de preocupações incluem medo que o paciente ou um parente adoeça ou sofra um a c i d e n t e e m b r e v e . O u t r o s s i n t m a s : d i s p n e i a , c e f a l e i a , s i n t o m a s gastrointestinais - Na maioria das vezes, pelo menos 3 dos seguintes sintomas somáticos, emocionais e cognitivos estão presentes: inquietação ou nervosismo (sensação de “estar no limite”), sentir facilmente fadiga, baixa concentração, irritabilidade, tensão muscular ou perturbação do sono Dx: exclusao - uso de medicamentos ou subst. e outros transt. Mentais (TOC) devem ser descartados como causa primária - Pelo menos 3 sintomas principais de 6 sintomas possíveis são necessários para o diagnóstico: inquietação ou nervosismo, sentir facilmente fadiga, baixa concentração, irritabilidade, tensão muscular ou perturbações do sono. (em crianças, basta 1), e a FADIGA é uma queixa comum. - Baseia-se na presença de ansiedade ou preocupação excessiva sobre diversas circunstancias da vida por pelo menos 6 meses. - O exame físico e os exames laboratoriais geralmente são normais, se não houver um problema clínico coexistente ou problemas de abuso de substâncias. - CID 10: Ansiedade por pelo menos 6 meses sem foco em circunstância particular. Criterios:A. Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva), ocorrendo na maioria dos dias por pelo menos seis meses, com diversos eventos ou atividades (tais como desempenho escolar ou profissional). B. O indivíduo considera difícil controlar a preocupação. C. A ansiedade e a preocupação estão associadas com três (ou mais) dos seguintes seis sintomas (com pelo menos alguns deles presentes na maioria dos dias nos últimos seis meses). Nota: Apenas um item é exigido para crianças. - Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele; Fatigabilidade; Dificuldade em concentrar-se ou sensações de “branco” na mente; I r r i tabi l idade; Tensão muscular; Perturbação do sono (dificuldade em conciliar ou manter o sono, ou sono insatisfatório e inquieto). D. A ansiedade, a preocupação ou os sintomas f ís icos causam sofr imento cl inicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. E. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a outra condição médica (p. ex., hipertireoidismo). F. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental. Tto: Curso tende a ser crônico e flutuante. • Em casos leves, só a psicoterapia pode ser eficaz; Orientações gerais como pratica de exercícios, redução da cafeína e álcool podem ser uteis. ANSIEDADE SOCIAL/ FOBIA SOCIAL: - Medo excessivo de humilhação ou embaraço em vários contextos sociais – falar ou escrever em publico, por ex. - Pode ser circunscrita, isto é, ligada ao desempenho de uma situação determinada, como comer ou escrever em publico; ou generalizada, quando os temores incluem a maioria das situações. - A ansiedade antecipatór ia, is to é, o aparecimento de ansiedade antes da presença do estímulo fóbico, é uma característica que pode atingir um grau de sofrimento altamente incapacitante e grave, afetando o sono, o apetite e a concentração. Epidemio: - Estima-se que 5-15% da população apresente sintomas, resultando em diferentes graus de incapacitação e sofrimento. - Mais frequente em mulheres entre 5 a 35 anos. Geralmente inicia na adolescência Psicopatogenia: interação de componentes biológico + geneticos (C16) + ambientais - Aspectos psicodinâmicos parece estar muito envolvidos; o sist. Fóbico estaria relacioando à e x p r e s s ã o c o n s c i e n t e d e c o n f l i t o s inconscientes. - Alguns pacientes podem ter tido inibição comportamental durante a infância. - Os parentes de 1° de pacientes com fobias sociais são 3x mais propensos a desenvolver. QC: *Circunscrita → situação determinada *Generalizada → maioria das situações - Severa ansiedade quando é exposto à situação desencadeadora ou quando prevê uma exposição. Geralmente pacientes tendem a evitar o estimulo fóbico. medo de julgamento do outro - S i n t o m a s a u t o n o m i c o s : taquicardia,hipervetilação,sudorese - É comum ocorrerem ataques de pânico. Pode haver associação com outros transtornos ansiosos, depressão maior, e transtornos relacionados a substancias (principalmente álcool). - Pode ocorrer ansiedade antecipatória: antes da presença do estimulo; pode atingir um grau de sofrimento altamente incapacitante e grave, afetando sono, apetite e concentração. - Outros sintomas incluem rubor facial, contrações musc e ansiedade acerca do julgamento alheio. Dx: - É baseado na ocorrência de medo acentuado e persistente, revelado pela presença ou antecipação do obj ou situação fóbica relacionada ao desempenho social. A exposição quase invariavelmente provoca ansiedade q pode assumir a forma de uma ataque de pânico. - O individuo reconhece q o medo é irracional ou excessivo e há prejuízo social significativo. - Importante diferenciar: timidez normal; na fobia os sintomas comprometem a capacidade funcional; - Uso de substancias, tumores snc, doenças cerebrais devem ser descartados. Dxd: esquizofrenia, transtorno do pânico, toc, depressão; Tto: O curso é crônico e as fobias podem piorar se n tratadas. - Pode haver melhora com psicoterapia. Educação e monitoramento - Pode-se usar antidepressivos (iSRS e venlafaxina), b-bloqueadores e bdz. Neuro t ransmissores envo lv idos nos transtornos depressivos Serotonina: é produzida nos neurônios dos núcleos da rafe. Os neurônios serotoninérgicos se projetam para o córtex, o estriado e áreas límbicas. - Regula humor, ansiedade, sono, dor. - Sua disfunção está relacionada a aumento do afeto negativo: humor deprimido, culpa, aversão, medo, ansiedade, hostilidade, irritabilidade, solidão. - A ação da serotonina em nível neural é altamente influenciada pelo estresse. - Indivíduos com depressão apresentam menores níveis de metabólitos da serotonina no líquido cerebrospinal (LCS), diminuição da ligação ao transportador de serotonina e anormalidades no receptor de serotonina. Noradrenalina: - Os neurônios noradrenérgicos enviam projeções para o lobo frontal e sistema límbico. - Principais funções: regula humor, estado de vigília, cognição, vias da dor - Regula a liberação de serotonina. Por isso, atua como (1) freio sobre a liberação de serotonina nos receptores alfa 2 corticais dos terminais axônicos e como (2) acelerador da liberação de serotonina nos receptores alfa 1 na área somatodendrítica. - Sua disfunção está relacionada a redução do afeto positivo: humor deprimido, perda da felicidade, perda de interesse/prazer, perda de energia/ entusiasmo, diminuição da vigilância e da autoconfiança. - Em pacientes que já realizaram tratamento para depressão e apresentaram remissão da doença, a queda de NE resulta em retorno dos sintomas depressivos. Dopamina: Os neurônios produtores de dopamina no cérebro estão localizados no núcleo rubro, na substância nigra e na área ventral tegmental. Podem seguir 1 de 3 diferentes vias para inervação. ○ Via Nigroestriada: atua no planejamento e execução de atividades motoras, mas também tem função na cognição. ○ Via mesocortical: atua na concentração e funções executivas (memória de trabalho). ○ Via mesolímbica: relacionada com a motivação, experiência de prazer e sistema de recompensa ○ Assim como a NE, também está relacionado a redução do afeto positivo: humor deprimido, perda da felicidade, do interesse/prazer e da energia/entusiasmo, diminuição da vigilância e da autoconfiança. ○Na depressão (severa), há queda na liberação de DA, que resulta em mecanismos compensatórios que buscam aumentar a sensibilidade dos receptores à DA. ○ A dopamina é inativada pós-sinapticamente pela COMT e pode ser metabolizada pela MAO-A e pela MAO-B. Assim, Antidepressivos que atuam n o s i s t e m a d o p a m i n é g i c o s ã o o s IMAOs,bupropiona e sertralina ○Hipótese monoaminérgica clássica da depressão: quando há uma quantidade normal de atividade neurotransmissora das monoaminas, não ocorre depressão. Quando há redução, depleção ou disfunção da quantidade normal de atividade neurotransmissora das monoaminas, pode ocorrer desenvolvimento da depressão. ○Hipótese dos receptores monoaminérgicos para a depressão: a atividade deficiente dos neurotransmissores monoamínicos provoque a suprarregulação dos receptores pós-sinápticos de neurotransmissores monoamínicos, levando à depressão. DISTIMIA Definição: depressão leve, de intensidade duradoura e inícioinsidioso. Faz parte do transtorno depressivo persistente (TDP) - irritabilidade/mau- humor crônica (pessoa chata sempre) - Distimia pura (depressão crônica de grau leve), sem todos os critérios de depressão maior durante os 2 anos anteriores. Não faz perda de funcionabilidade - Humor deprimido por ≥ 2 semanas sem explicação médica ou psiquiátrica. 2 anos - Deve ser acompanhada de ≥ 2 sintomas: hipersonia ou insonia, comer muito ou pouco, pouca energia ou fadiga, auto estima baixa, dificuldade de concentrar e tomar decisões, desesperançoso. - A característica mais marcante é a irritabilidade, implicância e o mau humor e estes sinais com f requênc ia acabam sendo tomadas por características pessoais do indivíduo. Epidemiologia: - Mais comum em mulheres e em pessoas com história de estresse prolongado ou perdas súbitas. - é uma condição depressiva comum, com prevalência durante a vida de até 6% na população - Começa no início da vida adulta e os sintomas devem estar presentes por pelo menos dois anos. QC: pessoa chata crônica - diminuição da autoestima, fadiga, falta de apetite, problemas com sono, mau humor crônico, irritabilidade, falta de concentração e dificuldade para tomar decisões. Um episódio depressivo maior pode ocorrer após o início da distimia. - sintomas depressivos mais leves do que os da depressão maior, que persistem por pelo menos 2 anos, com um período livre de sintomatologia de apenas 2 meses em cada ano. - Pode coex is t i r com ou t ros t rans to rnos psiquiátricos, como abuso de substâncias e t. de personalidade. - Não é incapacitante, mas compromete o desempenho e o relacionamento interpessoal e traz sofrimento considerável. Dx: segundo a CID-10, é feito quando o paciente apresenta humor deprimido, perda de interesse e prazer e energia reduzida, levando a uma fatigabilidade aumentada e atividade diminuída. Outros sintomas comuns são: concentração e atenção reduzidas, autoestima reduzida, ideias de culpa e inutilidade, visões pessimistas do futuro, ideias ou atos autolesivos ou suicídio, sono perturbado e apetite diminuído TTO: A combinação de Farmacoterapia e atendimento psicoterápico parece ser o tto mais indicado nos transt. distímicos, embora as doses necessárias possam ser maiores do que para o tto de depressão maior. TRANSTORNOS DEPRESSIVOS MAIOR (depressão) Desordem caracterizada por humor deprimido persistente, falta de afeto positivo, anedonia (perda da capacidade de sentir prazer) por ≥ 2 semanas. Fator de risco: doenças clínicas (DM,AVC,IAM, hipoteoi) Conceitos Gerais: Humor: tônus afetivo do individuo, estado emocional basal que colore a percepção que a pessoa tem do mundo. Intimamente ligado ao afeto e pode ser descrito como: ansioso, deprimido, eufórico, etc. Transtornos do humor: antes chamados psicoses maníaco-depressivas; constituem um grupo de condições clinicas caracterizadas pela perda do senso de controle das expressões afetivas e pela experiência subjetiva de grande sofrimento. A perturbação é uma alteração do humor, no sentido de uma depressão (com ou sem ansiedade) ou de uma exaltação. Principais transtornos do humor: transtorno bipolar e transtorno depressivo. Epidemio: é o transtorno de humor mais comum - prevalência durante a vida de 15% em mulheres (2x maior que nos homens) - prevalência de 10% na população geral e 15% dos pctes hospitalizados - idade média de inicio: 40 anos (18-44anos) Etiologia: base causal é desconhecida, mas existem fatores causais. Fatores genéticos: é mais for te para transmissão do transtorno bipolar que para transtorno depressivo. Incidência nas famílias é maior que na população geral. Fatores biológicos: NE e serotonina são os 2 neurotransmissores mais envolvidos na Fisiopato dos transtornos de humor. Além desses, o GABA, dopamina e peptídeos neuroativos (vasopressina e opioides endógenos) também estão relacionados. Fatores neuroendócrinos: alterações dos hormônios da tireoide podem causar tanto depressão como mania - investigar a função tireoidiana em todos os pctes com transtorno de humor. - Parece haver envolvimento do sistema límbico (cingulo anterior, amígdala), gânglios basais e hipocampo (possui um menor volume) - Pode ser causada por baixos níveis de folato, testosterona, menopausa, dor crônica, traumas. - Fatores psicossociais: acontecimentos vitais estressantes precedem os 1os episódios. Hipótese inflamação e estresse oxidativo: marcadores inflamatórios e citocinas elevadas no sangue. O estresse psicossocial pode ativar o Simpático levando ao estímulo de moléculas i n f l ama tó r i as s i na l i zado res . C i t oc i nas inflamatórias infiltram o cérebro e influenciam o metabolismo de NT responsáveis pelo humor, funções neuroendócrinas e plasticidade neural. A ativação de vias inflamatórias no cérebro faz diminuição do suporte neurotrófico, glutamato alterado, stress oxidativo que leva a perda glial e excitotoxicidade. QC: humor deprimido e anedonia (aspectos fundamentais no dx). Mas os sintomas são variáveis. - Sintomas afetivos: tristeza, melancolia, choro fácil e/ou frequente, apatia, sentimento de falta de sentimento, incapacidade de sentir prazer, tédio e aborrecimento crônico, irritabilidade aumen tada , angus t i a ou ans iedade , desespero. - Alterações físicas: fadiga, cansaço fácil e constante, distúrbios do sono (insônia terminal ou hipersonia), perda ou aumento do apetite/ peso, constipação, indigestão, distúrbios sexuais (diminuição da libido, disfunção erétil), alterações na menstruação, cefaleia. - Distúrbios do pensamento: pessimismo, ideias de arrependimento e culpa, ideias de abandono e autopunição, ideias de morte, desejo de desaparecer, ideação negativa, planos ou tentativas suicidas. - Alterações da autovaloração: sentimento de baixa autoestima e desvalia, sentimento de vergonha, autodepreciação e autoacusação. - Alterações da psicomotricidade e volição (Escolhas): aumento da latência entre as pe rgun tas e r espos tas , l en t i f i cação psicomotora, diminuição do discurso, redução do tom de voz, fala lentificada, mutismo, negativismo (recusa alimentar e à interação pessoal), ausência de planos e perspectivas. - Alterações cognitivas: dificuldade de concentração e esquecimentos, dificuldade para tomar decisões, pseudodemência depressiva. - Sintomas psicóticos: ideias delirantes de conteúdo negativo, delírios de ruína ou miséria, alucinações, geralmente auditivas, com conteúdos depressivos, outros sintomas psicóticos incongruentes com o humor. Dx: CLÍNICO Critérios DX do DSM-V A.5 ou + dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo período de 2 semanas e representam uma alteração a partir do funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é (1) humor deprimido ou (2) perda do interesse ou prazer. - 1- humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias. 2-Interesse ou prazer acentuadamente diminuídos.3-Perda ou ganho significativo de peso sem estar em dieta. 4-Insônia ou hipersonia. 5- Agitação ou retardo psicomotor. 6-Fadiga ou perda de energia. 7-Sentimento de inutilidade ou culpa. 8- Capacidade diminuída de pensar ou se concentrar, ou indecisão. 9-Pensamentos de morte recorrentes, ideação suicida sem um plano especifico, tentativa de suicídio ou plano especifico. B.Os sintomas causam sofrimento ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional C.Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância ou de uma condição médica D.a ocorrência do episódio depressivo maior não é mais bem explicada por outro Transtono (Ex: esquizofrenia, esquizofreniforme, delirante,esquizoafetivo,psicótico especificado) E.Nuncahouve um episódio maníaco ou episódio hipomaníaco. DX pelo CID-10 - Diferencia os episódios depressivos em leve, moderado e grave (com ou sem sintomas psicóticos). - Todos os sintomas devem estar presentes há 2 semanas, a não ser que o quadro seja grave. - Segundo o CID-10, o dx é feito quando o pcte apresenta humor deprimido, perda de interesse e prazer e energia reduzida, levando a uma fatigabilidade aumentada e atividade diminuída. Outros sintomas comuns: concentração e atenção diminuídas, autoestima reduzida, ideias de culpa e inutilidade, visões pessimistas sobre o futuro, ideias ou atos autolesivos ou suicídio, sono perturbado e apetite diminuído. Depressão LEVE Episódio depressivo LEVE: requer 2 dos sintomas descritos acima + pelo menos 2 dos seguintes sintomas: - humor deprimido; perda de interesse e prazer; fatigabilidade aumentada - Nenhum sintoma deve estar presente em um grau intenso - O paciente com episódio depressivo leve pode também apresentar sintomas somáticos. - Os sintomas não o impedem de continuar fazendo suas atividades habituais. - Sintomas presentes há pelo menos duas semanas. Depressão MODERADA Episódio depressivo MODERADO: 2 dos 3 principais sintomas estão presentes (assim como na leve). A diferença é que devem estar presentes 3 ou, preferencialmente, 4 dos outros sintomas. - Vários dos sintomas estão presentes em um grau marcante, e o pcte tem dificuldade em continuar com suas atividades habituais. Também pode apresentar sintomas somáticos. - Sintomas presentes há pelo menos duas semanas. Depressão GRAVE Episódio depressivo GRAVE: angústia ou agitação consideráveis, a menos que retardo seja um aspecto importante. Há o perigo de suicídio. - Todos os 3 sintomas principais devem estar presentes e pelo menos 4 outros devem ser de intensidade grave. - No episodio depressivo com sintomas psicóticos estão presentes delírios (envolvem ideias de pecado, pobreza ou desastre iminente, pelas quais o pcte pode assumir a responsabilidade), alucinações (normalmente de vozes depreciativas) ou estupor. - Existe um tipo de delírio que o pcte acredita estar morto ou que seus órgãos não estão mais funcionando: Síndrome de Cotard. DX: Medicamentos que podem causar depressão (Depressão Secundária a Uso de Substância): diuréticos, betabloqueadores, metronidazol, antipsicóticos, hormonios tireoideanos, alcool, BZP Condições Médicas que podem causar depressão - piora o px - T. bipolar ou pós-traumático - Endocrinopatias: hiper e hipotireoidismo, DM, h i p e r e h i p o a d r e n a l i s m o , h i p e r e hipoparatireoidismo e hipopituitarismo. - Doenças CV: IAM, ICC e miocardiopatias - Doenças autoimunes: LES, AR, poliarterite nodosa, sarcoidose - Infecções: HIV, encefalite, sífilis, pneumonias - Neoplasias: SNC, pâncreas, pulmão, GI e renal - Doenças neurológicas: doença de Parkinson, demências, hidrocefalia de pressão normal, AVC, hemorragia subaracnoide, esclerose múltipla, epilepsia, trauma. - Deficiências vitamínicas: beribérie (B1), pelagra (ácido nicotínico), anemia perniciosa (B12). - Outros: alcoolismo, anormalidades eletrolíticas, envenenamento po r me ta i s pesados , hemodiálise. Prognóstico/Evolução: o curso dos transtornos de humor tende a ser longo, com inúmeros recaídas. - O px tende a ser mais benigno que o da esquizofrenia, porque os pctes retornam à sua personalidade normal, anterior ao episódio. - A medida que progridem os transtornos depressivos, os pctes tendem a ter episódios mais frequentes e de maior duração. Um episódio depressivo não tratado costuma durar de 6 a 12 meses. TTO -Indicações de hospitalização:necessidade de procedimentos diagnósticos;risco de suicídio ou homicídio ; capacidade reduzida de autocuidados básicos -Tratamento com ps icoterap ia cogni t ivo comportamental: indicada desda depressão leve -Farmacoterapia: indicada somente sem depressão moderada a severa Considerações sobre o tto antidepressivo:. - Se não houver história prévia, deve-se usar como 1a escolha um ISRS ou tricíclico e monitorar por 2 a 3 semanas. A resposta geralmente aparece dentro de 4 semanas. - Os efeitos colaterais são a principal variável relacionada à não adesão dos pctes Disfunção sexual e efeitos GI como náuseas e vômitos são comuns com ISRS - Principais efeitos colaterais dos tricíclicos são os efeitos colinérgicos - Venlafaxina nos casos de depressão ansiosa. - O tto de manutenção com antidepressivos por pelo menos 6 meses ajuda na prevenção de recaídas. O tto a longo prazo pode ser feito nos pctes com transtorno depressivo recorrente. - A retirada do antidepressivo deve ser gradual, ao longo de 1 a 2 semanas. Classificação: - Episódio depressivo ou transtorno depressivo maior: evidentes sintomas depressivos devem estar presentes por pelo menos 2 semanas. Os episódios duram entre 3 e 12 meses. O episódio é dividido pelo CID-10 em leve, moderado e grave. - Transtorno depressivo breve recorrente: risco aumentado para suicídio; segue curso diferente do da depressão maior, então pode representar um subtipo único deste transtorno. - Depressão Endógena ou melancólica: “vem de dentro da pessoa”, “consciência infeliz”, mais i n d e p e n d e n t e d e f a t o r e s p s i c o g ê n i c o s desencadeantes. Os sintomas típicos são: anedonia, culpa excessiva, piora pela manhã, insônia terminal e lentificação psicomotora. - Depressão atípica: ganho de peso, hiperfagia, aumento do apetite (principalmente por doces e chocolates), hipersonia e sensação de corpo muito pesado- melhor resposta aos IMAOs - Depressão apato-anérgica: hiperssonia,desanino,desinterese,anedonia, hipovolia, aumento do apetite/peso e diminuição da libido - tto noradrenérgica/dopaminérgica (serotonina diminui nora e dopa por isso não é dado nessa depressão) - Depressão sazonal (transtorno afetivo sazonal – TAS): depressão que ocorre durante o menor período de luz diurna, no inverno e no outono e desaparece durante a primavera e verão. Fisiopatologia enfatiza o efeito da luz. Possíveis alterações incluem desregulação melatoninérgica, ritmo circadiano interrompido, disfunção de neurotransmissor e sensibilidade visual. - Depressão pós-parto: início dentro de 4 semanas após o parto. Os sintomas variam de insônia acentuada, instabilidade e fadiga ao suicídio. Crenças delirantes e homicidas podem ocorrer com relação ao bebê. Pode ser uma emergência psiquiátrica. - Transtorno disfórico pré-menstrual: início de sintomas graves, com pelo menos um sintoma de humor, no final da fase lútea do ciclo menstrual, com remissão durante o início da fase folicular. - Depressão psicótica: depressão grave, na qual ocorrem, associados aos sintomas depressivos, um ou + sintomas psicóticos, como delírio de ruína ou culpa, delírio hipocondríaco, alucinações com conteúdos depressivos. Se os sintomas psicóticos são de conteúdo depressivo, são classificados como humor-congruentes. Caso os sintomas psicóticos não sejam de conteúdo negativo, são denominados incongruentes com o humor, como del í r ios de perseguição, autorreferentes, paranoides. - Estupor depressivo: prevalece onegativismo, com ausência de resposta às solicitações ambientais, mut ismo, recusa al imentar e permanência no leito por dias, muitas vezes imóvel. Também chamado episodio depressivo catatônico. - Depressão dupla: pctes distímicos que desenvolvem transtorno depressivo maior sobreposto. - Pseudodemência (quadro depressivo com queixas de memória de início recente): transtorno depressivo maior que se apresenta como disfunção cognitiva semelhante à demência. Ocorre mais frequentemente em idosos com historia previa de transtornos do humor, mas pode ocorrer em qqer pcte com depressão. A depressão é primária e antecede as alterações cognitivas. Algumas características clínicas que sugerem transtorno depressivo: variação diurna, aparecimento dos sintomas pode ser precisado, autorreprovação, agitação psicomotora, valorização dos sintomas. - depressão nos idosos apresentam outros sintomas como queixas cognitivas e somáticas, hipocondria, sentimentos de inutilidade, irritabilidade, pensamentos auto-depreciativos/ paranóides e recorrentes de suicídio. Evidências sugerem que isso ocorre devido ao efeito combinado da depressão maior com as alterações cerebrais decorrentes do envelhecimento como atrofia e doença vascular. - As principais alterações cognitivas observadas na depressão são: a redução da velocidade de processamento da informação, déficits na evocação, na memória e na linguagem - A demência compromete as funções corticais superiores como memória, enquanto que a depressão afeta as funções sub-corticais como concentração e velocidade no processamento de informação. Transtorno Afetivo Bipolar – insanidade maníaco- depressiva • Alterações graves de humor por dois ou mais episódios, que envolvem períodos de humor elevado e de depressão (polos opostos da experiência afetiva) intercalados por períodos de remissão, e estão associados a sintomas cognitivos, físicos e comportamentais específicos • De acordo com a quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM 5), o transtorno se diferencia em dois tipos principais: o Tipo I, em que a elevação do humor é grave e persiste (um episódio de mania), e o Tipo II, em que a elevação do humor é mais branda (hipomania). • A utilização do especificador com transtorno mistos se aplica aos estados em que há a ocorrência concomitante de sintomas maníacos e depressivos, embora vistos como polos opostos do humor. invariabilidade no quadro, com algumas características de um polo quadro instável/ ciclagem rápida • —> Pcte agitado,agressivo, angustiado, instabilidade afetiva - PCTE IRRACIONAL (INTERNAÇÃO) • Já o quadro de Transtorno Ciclotímico se caracteriza pela alternância entre períodos hipomaníacos e depressivos ao longo de pelo menos dois anos em adultos (ou um ano em crianças) sem, entretanto, atender os critérios para um episódio de mania, hipomania ou depressão maior. Epidemiologia: Idade média de início é 30 anos (15 e 24, mais precocemente q depressão). • No TABI (mania e depressão) há igualdade de acometimento entre os gêneros; e no II, mais mulheres. Etiologia • O TB é um transtorno complexo e multideterminado, causado pela interação de fatores genéticos (influenciado por vários genes) e ambientais. • O surgimento e a evolução do TB são possivelmente influenciados pelo trauma precoce, por eventos aversivos significativos da vida e pelo uso de álcool e drogas. • Uso de maconha: Aumenta o risco de episódio maníaco em pacientes sem transtorno bipolar preexistente. Gene COMT. • O aparecimento da doença pode ser particularmente influenciado pelo estresse sofrido no final da adolescência, mas os primeiros episódios de mania podem se manifestar ao longo de toda a vida • Maior risco de desenvolver TB II entre familiares quando convivem com parentes que tem o transtorno. Fisiopatologia: • Relacionado com o eixo HHA. • Fator genético: Alta herdabilidade. Padrão de genes semelhante à esquizofrenia e depressão maior. • Fator ambiental: Estresse crônico, abuso físico ou sexual na infância. • Hip. imunoinflamatória: Alterações na composição/concentração da microbiota i n t e s t i n a l a t i v a p r o c e s s o s imuno inflama tó r i os , a l t e rações na permeabilidade da memb. neuronal e estresse oxidativo. • Hipótese da hiperexcitabilidade neuronal. • Hipótese Alostática: propõe que o estresse neurobiológico repetido requer ajustes biológicos que aumenta a carga alostática,o risco de novos episódios e acelerando a doença progressiva. • Os padrões irregulares de processamento cortical pré-frontal e a conectividade com a resposta subcortical, comparado com indivíduos saudáveis, podem explicar melhor as dificuldades comuns com a regulação da expressão emocional e compor tamenta l ( impu ls i v idade ou comportamentos sexuais inapropriados). • E estudos têm demonstrado uma alteração no N-acetilaspartato, colina, mio-inositol, glutamato e outros substratos fundamentais envolvidos na regulação do humor. QC: polos opostos MANIAS: estado severo de humor elevado ou irritabilidade, associado ou não a sintomas ps icó t iocs que p rovocam a l te rações no comportamento e na funcionalidade do indivíduo. É fundamental também, e quase sempre presente, a aceleração das funções psíquicas (taquipsiquismo). Duraçaõ de no mínimo 1 semana. • Sintomas vegetativos: aumento da libido (hipersensualidades e promiscuidade), perda de peso, anorexia e insônia, geralmente associada à sensação de diminuição da necessidade de dormir • Irritabilidade e arrogância, Intensa satisfação pessoal e bem-estar exagerado • tentativas suicidas (20x mais chance de tentar que a população normal). • Pode haver alucinações e delírios, crises de g a r g a l h a d a s , c o n v e r s a e x c e s s i v a e pensamentos estranhos (pode mimetizar a esquizofrenia) • Ex físico: roupas não congruentes, com ideia tangenciais (pensamento acelerado) • D: Distrabil idade (atenção voluntaria diminuída e espontânea esta aumentada) • I: Insonia • G: grandiosidade/grandeza (delirios) - Aumento da autoestima (sente superior, melhor, mais potente) • F: fugas de ideias - aceleração dos pensamentos • A: aumento de atividades - Agitação psicomotora e heteroagressividade • S: discurso - Logorreia (produção verbal rápida, fluente e persistente), pressão para falar • T: negligência(thoughtlessness) - comportamento de risco, Impulsividade,exagero a gastos excessivos HIPOMANIAS: elevações de humor e os distúrbios comportamentais/funcionais são menos graves e com duração mais breve que a mania (quatro dias consecutivos). • Pcte apresenta aumentado da disposição, e da energia, sensação subjetiva de q o fluxo de ideias é mais amplo e acelerado, e bom humor excessivo. • Pode haver diminuição da necessidade de sono e maior energia sexual. Discurso com loquacidade, sarcasmo, com ideias abundantes; Irritação, autoritarismo, excesso de gastos e imprudência. • A hipomania, em geral, não produz disfunção social grave, mas pode haver indiscrições sociais e financeiras, discussões e endividamentos (convivência difícil). • Pcte tendem a ser confiantes, otimistas, mt ativos, com múltiplos interesses e objetivos. • B: brevidade dos episódios • I: impulsividade •P: personalidade pré-mórbida hipertímica ou mudança de polaridade com o antidepressivo •O: comer e dormir em excesso (over) • L: labilidade do humor •A: transtornode ansiedade e transtornos de abuso de substâncias (comorbidade associada) •R: relativamente resistente ao tratamento •F: hx familiar de esquizofrenia ou transtorno bipolar •A: início abrupto, agitação e anormalidades comportamentais •M: episódios mistos: no mín 3sintomas maníacos no intervalo de 1 semana mais chance suicidio • I: instabilidade de emprego e casamento • L: lítio ou lamotrigina como possíveis tto • Y: pouca idade. Comorbidades relacionadas: obesidades, DM, TDAH, T. alimentares e busca por situações extremas Diagnóstico Diferencial: (podem causar mania): • Endocrinopatias: hipertireoidismo. • Infecções: encefalite, influenza e sífilis. • Doenças neurológicas: epilepsia, trauma cerebral, esclerose múltipla, AVC e doença de Wilson. • Neoplasias: gliomas, meningiomas e metástases talâmicas. • Outros: anemia, hemodiálise e deficiência de (B12), cocaína, alucinógenos. • Medicamentos: álcool , alprazolam, Inibidores da Monoaminoxidase (IMAO), antidepressivos tricíclicos, anfetaminas, bromocript ina, captopri l , cort icoides, isoniazida, levodopa, metoclopramida, simpaticomiméticos, hormônios da tireoide. TIPO I: obrigatório ter um episódio maniaco com ou sem episódio depressivo maior • Elevação de humor é mais grave e persiste (mania). • Ocorrência de pelo menos um episódio maníaco que pode ter sido precedido ou sucedido de episódios hipomaníacos ou depressivos. com ou sem episódio depressivo • Episódios depressivos leves a graves, intercalados com fases de normalidade e fases maníacas bem caracterizadas. TIPO II: um episódio depressivo maior com ou sem episódio hipomaniaco • Elevação de humor mais branda (hipomania). O paciente não apresenta episódios maníacos. • Mais diagnosticado em mulheres. • Distúrbio de humor recorrente, constituído por um ou mais episódios depressivos maiores e pelo menos um episódio hipomaníaco. • Episódios depressivos leves a graves, intercalados com períodos de normalidade e seguidos de fases hipomaníacas. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO: visa restaurar o comportamento, controlar os sintomas agudos e prevenir a ocorrência de novos episódios. Lítio + anticonvulsivantes (gabapentina,valproato,carbazepina) • Qualquer que seja a fase, usar sempre agentes antimaníacos/estabilizadores do humor(principal: lítio). • Na depressão bipolar, nunca usar monoterapia com antidepressivos, sempre acrescentar agentes antimaníacos/estabilizadores do humor. A hipomania deve ser tratada do mesmo modo que a mania. • 1ª linha: Lítio, valproato,lamotrigina e antipsicóticos atípicos (lanzapina) são mais efetivos no tratamento e na prevenção de mania e em menor grau na intervenção da depressão. (isolado) ➢ Lítio(pode ser associado ou isolado): interfere no metabolismo do inositol trifosfato, responsável pela liberação do cálcio de seus depósitos intracelulares, possivelmente através da inibição de enzimas na rota de formação do inositol. (age em todas as fase-neuroproteror) ➢ inibe a adenilatociclase e inositol-1-fosfatase, ocasionando redução da neurotransmissão noradrenérgica ➢ por sua similaridade com outros elementos (sódio, potássio, cálcio e magnésio), eleva os níveis de serotonina e diminui os níveis de norepinefrina, alterando, ainda, as concentrações de dopamina, ácido g-aminobutírico (GABA) e de acetilcolina • 2ª linha: carbamazepina e haloperiol, Gabapentina e topiramato • Podem ser associados com antidepressivos (ISRS), bupropiona - quadro depressivo
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