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JURISPRUDÊNCIA 1: culpa da administração verificada
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte TJ-RN - Apelação Cível : AC 20180001423 RN - Inteiro Teor
CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. RESPONSABILIDADE CIVIL. ABALROAMENTO DE VEÍCULOS EM CRUZAMENTO CUJO SEMÁFORO LUMINOSO ENCONTRAVA-SE DEFEITUOSO. TEORIA OBJETIVISTA DO RISCO ADMINISTRATIVO (ART. 37, § 6º, DA CF/88). OMISSÃO ESPECÍFICA DO ENTE PÚBLICO CONFIGURADA. PROVA QUANTO AO DEFEITO DO SEMÁFORO. DANOS MATERIAIS E MORAIS COMPROVADOS PELAS PROVAS ACOSTADAS AOS AUTOS. NEXO DE CAUSALIDADE. CONHECIMENTO E PROVIMENTO DO RECURSO. PRECEDENTES. - a responsabilidade objetiva do ente público, em casos omissivos, deve caracterizar-se pela omissão específica que, a par da obrigatoriedade da manutenção dos semáforos que guarnecem os cruzamentos do município, no presente caso, houve prova de tal ocorrência, gerando, portanto, a caracterização do evento danoso. 
"EMENTA: APELAÇÃO CIVIL. AÇÃO INDENIZATÓRIA POR ATO OMISSIVO DE PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO. SUBROGAÇÃO DA SEGURADORA NOS DIREITOS DO SEGURADO. PRESCRIÇÃO AFASTADA. PRAZO TRIENAL. INTELIGÊNCIA DO ART. 206, § 3º, INCISO V, DO CÓDIGO CIVIL. ACIDENTE DE TRÂNSITO. AVERIGUAÇÃO DA RESPONSABILIDADE SUBJETIVA. FALHA NO SERVIÇO, DANO E NEXO DE CAUSALIDADE COMPROVADOS. EXISTÊNCIA DE DEFEITO NA SINALIZAÇÃO. SEMÁFORO QUEBRADO. ACIDENTE CAUSADO POR OMISSÃO DO ENTE PÚBLICO. IMPOSIÇÃO DO DEVER DE INDENIZAR. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA QUE SE IMPÕEM. APELO CONHECIDO E DESPROVIDO. (AC Nº 2016.010087-3 - Rel. Des. Expedito Ferreira - Julgamento: 06/10/2016 - Órgão Julgador: 1ª Câmara Cível) 
"EMENTA: CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. APELAÇÃO CÍVEL E REMESSA NECESSÁRIA. AÇÃO INDENIZATÓRIA. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. FILHA DOS APELANTES QUE FALECEU VÍTIMA DE ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO OCASIONADO POR MAU FUNCIONAMENTO DE SEMÁFORO LUMINOSO. PROBLEMA QUE JÁ ERA DE CONHECIMENTO DA ADMINISTRAÇÃO, CONSOANTE PROVAS DOS AUTOS. CULPA EXCLUSIVA DOS ENVOLVIDOS NO ACIDENTE QUE NÃO SE COMPROVA. OMISSÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA CONFIGURADA. NEXO DE CAUSALIDADE ENTRE A OMISSÃO LESIVA DO DETRAN/RN E OS DANOS SOFRIDOS PELOS AUTORES. DEVER DE INDENIZAR. DANO MATERIAL FIXADO NA FORMA DE PENSIONAMENTO NA ORDEM DE 2/3 DO SALÁRIO MÍNIMO ATÉ A DATA EM QUE A VÍTIMA COMPLETARIA 25 ANOS, REDUZINDO-SE PARA 1/3 ATÉ A DATA EM QUE A MESMA FARIA 65 ANOS. DANO MORAL FIXADO DENTRO DE PARÂMETROS RAZOÁVEIS. CONHECIMENTO E DESPROVIMENTO DA REMESSA NECESSÁRIA E DO APELO". (AC Nº 2010.007331-0 - Rel. Des. Dilermando Mota - Julgamento: 03.04.2012 - Órgão julgador: 1ª Câmara Cível). 
ADMINISTRATIVO. APELAÇÃO CÍVEL. ACIDENTE DE TRÂNSITO EM CRUZAMENTO DE VIAS. SEMÁFORO COM PROBLEMAS DE SINCRONIZAÇÃO, SIMULTANEAMENTE ABERTO OU FECHADO PARA OS LADOS OPOSTOS DA VIA. RESPONSABILIDADE SUBJETIVA DO MUNICÍPIO. OMISSÃO NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO. NEXO DE CAUSALIDADE ENTRE O EVENTO DANOSO E OS PREJUÍZOS MATERIAIS DEMONSTRADOS AUSÊNCIA DE EXCLUDENTES DE RESPONSABILIDADE. DANOS MATERIAIS COMPROVADOS. INDENIZAÇÃO DEVIDA. DANOS MORAIS NÃO CARACTERIZADOS. MODIFICAÇÃO DA SENTENÇA NESTA PARTE. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. CONDENAÇÃO DE AMBAS AS PARTES AO PAGAMENTO DAS CUSTAS PROCESSUAIS E HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. COMPENSAÇÃO. SUSPENSÃO DO PAGAMENTO DA VERBA PELO AUTOR/RECORRIDO EM FUNÇÃO DA GRATUIDADE JUDICIÁRIA. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. (AC Nº 2011.002599-6 - Rel. Des. Amaury Moura - Julgamento: 23/05/2011 - Órgão Julgador: 3ª Câmara Cível). 
APELAÇÃO CÍVEL EM AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. COLISÃO DE VEÍCULOS EM CRUZAMENTO DE VIAS QUE RESULTOU EM INVALIDEZ DA VÍTIMA. COMPROVAÇÃO. DEFEITO NO SEMÁFORO. CAUSA PRIMÁRIA DO EVENTO DANOSO. EVIDENCIAÇÃO. RESPONSABILIDADE DO DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO EM RAZÃO DA OMISSÃO DO SERVIÇO. CONSTATAÇÃO. AUSÊNCIA DE EXCLUDENTE DA ILICITUDE. CULPA DOS CONDUTORES DO CAMINHÃO E DA MOTO NÃO EVIDENCIADAS. IDENTIFICAÇÃO DA CONDUTA, DO DANO E DO NEXO DE CAUSALIDADE. DEVER DE REPARAÇÃO QUE SE IMPÕE. DANOS MORAIS IN RE IPSA. VALOR DA COMPENSAÇÃO FIXADO DENTRO DO PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE. CORREÇÃO DA MOEDA PELO INPC. ALTERAÇÃO PARA O IGP-M. ÍNDICE APLICADO PELA CORTE. SENTENÇA MODIFICADA NESTE PONTO. CONHECIMENTO DA REMESSA E DO RECURSO. DESPROVIMENTO DA REMESSA NECESSÁRIA E PROVIMENTO PARCIAL DO APELO. (AC Nº 2010.012969-3 - Rel. Juíza Fátima Soares - Julgamento: 25/10/2012 - Órgão Julgador: 1ª Câmara Cível)
(TJ-RN - AC: 20180001423 RN, Relator: Desembargador João Rebouças, Data de Julgamento: 15/05/2018, 3ª Câmara Cível)
https://tj-rn.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/582927326/apelacao-civel-ac-20180001423-rn/inteiro-teor-582927335?ref=juris-tabs
JURISPRUDÊNCIA 2: CULPA DA ADMINISTRAÇÃO VERIFICADA
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte TJ-RN - Apelação Cível : AC 65083 RN 2010.006508-3 - Inteiro Teor
APELAÇÃO CÍVEL EM AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. COLISÃO DE VEÍCULOS EM CRUZAMENTO DE VIAS QUE RESULTOU NA MORTE DA VÍTIMA. RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA PELA OMISSÃO DO SERVIÇO. CONSTATAÇÃO. DEFEITO NO SEMÁFORO. CAUSA PRIMÁRIA DO EVENTO DANOSO. COMPROVAÇÃO. DEVER DO DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO DE CONSERVAR A SINALEIRA EM REGULAR ESTADO DE FUNCIONAMENTO. EVIDENCIADO. CULPA EXCLUSIVA DO CONDUTOR DO CAMINHÃO E DA VÍTIMA NÃO COMPROVADAS. RECONHECIMENTO DO DEVER DE INDENIZAR. DANOS MATERIAIS. COMPROVAÇÃO. DEPENDÊNCIA FINANCEIRA DOS GENITORES. ALEGAÇÃO QUE NÃO SE ADMITE PRESUNÇÃO EM CONTRÁRIO POR FORÇA DA SÚMULA 495 DO STF. ERRO NA FORMA DE PAGAMENTO DA INDENIZAÇÃO. IDENTIFICAÇÃO. ALTERAÇÃO DO JULGADO QUE SE IMPÕE. REPARAÇÃO A SER FEITA NA FORMA DE PENSIONAMENTO NA ORDEM DE 1/3 DO SALÁRIO-MÍNIMO, SENDO TAL PENSÃO LIMITADA ATÉ O MOMENTO EM QUE A VÍTIMA FARIA 65 ANOS DE IDADE. DANOS MORAIS FIXADOS DENTRO DOS PARÂMETROS DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. - Para comportamentos comissivos ou positivos do Poder Público, o ordenamento jurídico brasileiro aplica a responsabilidade objetiva, adotando-se a teoria do risco administrativo [e não a teoria do risco integral], fundada na idéia de solidariedade social, ou seja, na justa repartição dos ônus decorrentes da prestação dos serviços públicos. Já para condutas omissivas [não-funcionamento do serviço público, ou seu funcionamento inadequado ou tardio], vigora a teoria da culpa administrativa. Ao contrário do que se dá na responsabilidade baseada na teoria do risco administrativo - em que basta a relação de causalidade entre o dano e a conduta do agente, dispensada qualquer discussão sobre o elemento culpa -, na responsabilização no âmbito da teoria da culpa administrativa, cabe ao julgador perquirir a existência ou não de culpa no comportamento do agente. - O Código de Trânsito Brasileiro, no ítem 4.2 do Anexo II admite o uso da semafórica de advertência - luz amarelo pi
https://tj-rn.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/16797472/apelacao-civel-ac-65083-rn-2010006508-3/inteiro-teor-16797473?ref=juris-tabs
JURISPRUDÊNCIA 3: CULPA DA ADMINISTRAÇÃO NÃO VERIFICADA
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS GERAIS TJ-MG - APELAÇÃO CÍVEL : AC 0390698-87.2011.8.13.0702 MG
ADMINISTRATIVO - INDENIZAÇÃO - ACIDENTE DE TRÂNSITO - DANOS MATERIAIS - CRUZAMENTO - SEMÁFORO COM DEFEITO DECORRENTE DE FORTE CHUVA NO LOCAL - TRANSPOSIÇÃO - INOBSERVÂNCIA DE REGRAS BÁSICAS DE TRÂNSITO - MUNICÍPIO - RESPONSABILIDADE - AUSÊNCIA - RECURSO DESPROVIDO. Restando incontroverso que o semáforo de uma das pistas de rolamento apresentava defeito, causado em virtude de forte chuva no local, deve o condutor do veículo redobrar a precaução na direção do veículo e observar as regras previstas no Código de Trânsito Brasileiro, dando preferência ao efetuar o cruzamento àquele que se encontra à sua direta. A inobservância de regras básicas de trânsito pelo autor, fato determinante da colisão que resultou nos danos materiais em seu veículo, inviabiliza a condenação do Poder Público ao pagamento da respectiva indenização, pleiteadaao argumento de que a sinalização semafórica se encontrava defeituosa, visto inexistir nexo causal entre a omissão estatal e o evento danoso.
(TJ-MG - AC: 10702110390698001 MG, Relator: Edilson Fernandes, Data de Julgamento: 19/11/2013, Câmaras Cíveis / 6ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 03/12/2013)
https://tj-mg.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/118553011/apelacao-civel-ac-10702110390698001-mg?ref=serp
DIREITO ADMINISTRATIVO – MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO
13.8 RE S PO N SAB I LI DADE
O servidor público sujeita-se à responsabilidade civil, penal e administrativa decorrente do exercício do cargo, emprego ou função . Por outras palavras, ele pode praticar atos ilícitos no âmbito civil, penal e administrativo.
13.8.1 RES PO N SAB I L I DADE C IVI L
A responsabilidade civil é de ordem patrimonial e decorre do artigo 1 8 6 do Código Civil, que consagra a regra, aceita universalmente, segundo a qual todo aquele que causa dano a outrem é obrigado a repará-lo.
Analisando-se aquele dispositivo, verifica-se que, para configurar-se o ilícito civil, exige-se:
1 . ação ou omissão antijurídica;
2 . culpa o u dolo; com relação a este elemento, à s vezes de difícil comprovação, a lei admite alguns casos de responsabilidade objetiva (sem culpa) e também de culpa presumida; uma e outra constituem exceções à regra geral de responsabilidade subjetiva, somente sendo cabíveis diante de norma legal expressa;
3. relação de causalidade entre a ação ou omissão e o dano verificado;
4. ocorrência de um dano material ou moral.
Quando o dano é causado por servidor público, é necessário distinguir duas
hipóteses:
1 . dano causado ao Estado;
2. dano causado a terceiros.
No primeiro caso, a sua responsabilidade é apurada pela própria Administração, por meio de processo administrativo cercado de todas as garantias de defesa do servidor, conforme artigo SQ, inciso LV, da Constituição. As leis estatutárias em geral estabelecem procedimentos autoexecutórios (não dependentes de autorização judicial) , pelos quais a Administração desconta dos vencimentos do servidor a importância necessária ao ressarcimento dos prejuízos, respeitado o limite mensal fixado em lei, com vistas à preservação do caráter alimentar dos estipêndios .
Quando o servidor é contratado pela legislação trabalhista, o artigo 462, § 1 º, d a CLT s ó permite o desconto com a concordância d o empregado o u em caso d e dolo.
O desconto dos vencimentos, desde que previsto em lei, é perfeitamente válido e independe do consentimento do servidor, inserindo-se entre as hipóteses de autoexecutoriedade dos atos administrativos. Isto não subtrai a medida ao controle judicial, que sempre pode ser exercido mediante provocação do interessado, quer como medida cautelar que suste a decisão administrativa, quer a título de indenização, quando o desconto já se concretizou.
Em caso de crime de que resulte prejuízo para a Fazenda Pública ou enriquecimento
ilícito do servidor, ele ficará sujeito a sequestro e perdimento de bens, porém com intervenção do Poder Judiciário, na forma do Decreto-lei nº 3 . 240, de 8-5-41, e Lei nº 8 . 429, de 2-6-92 (arts. 1 6 a 18) . Esta última lei dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício do mandato, cargo, emprego ou função na Administração Pública Direta, Indireta ou Fundacional. É a chamada lei de improbidade administrativa, que disciplina o artigo 37, § 4º, da Constituição (v. Cap. 1 8 ) . 
Quando se trata de dano causado a terceiros, aplica-se a norma do artigo 37, § 6º, da Constituição Federal, em decorrência da qual o Estado responde objetivamente, ou seja, independentemente de culpa ou dolo, mas fica com o direito de regresso contra o servidor que causou o dano, desde que este tenha agido com culpa ou dolo.

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