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LARISSA SANDY DA S. LEITE 2019 PRÓTESE BUCO-MAXILOFACIAL PRÓTESE OCULAR Modalidade da prótese facial que visa reparar aloplasicamente as perdas parciais ou totais e as deformidades do bulbo ocular. OBJETIVOS: Recuperar estética facial; Prevenir o colapso e deformidade das pálpebras; Proteger a cavidade contra agressões de corpos estranhos e /ou irritações (poeira, fumaça); Restaurar a direção da secreção lacrimal (prevenir o acúmulo deste biofluido); Manter o tônus muscular (prevenir alterações assimétricas) ETIOLOGIA: Congênita; Adiquirida: Patológica: tumores; Acidental: industriais, tráfego, guerras. INCIDÊNCIA: 63% masculino; 37% feminino Não tem prevalência de idade e/ou etnia DISTÚRBIOS: Estéticos – afundamento característico da região orbital; Funcionais – deficiência na percepção tridimensional ou até impossibilidade total da visão; Psicológicos. *O tampão do olho impede o desenvolvimento correto dos cílios que invaginam em ambiente fechado e úmido. EVISCERAÇÃO: Esvaziamento do bulbo ocular; Indicação: ferimentos penetrantes profundos. ENUCLEAÇÃO: Remoção do bulbo ocular; Indicação: olhos cegos, doloridos, deformados, grandes ferimentos penetrantes, tumores malignos intra-oculares (retinossarcoma etc) EXALTERAÇÃO: Remoção de todo o conteúdo da cavidade orbital, incluindo a ressecção das pálpebras superiores e inferiores; Indicação: neoplasias malignas. EXAME DO PACIENTE: Exame físico; Documentação: prontuário, fotografias, autorização. Moldagem da cavidade anatômica; POSIÇÃO DO PACIENTE: Ideal sentado, tronco e cabeça em relação axial normal e verticalmente dispostos (90º); Anestesia tópica: seu uso é facultativo, a aplicação da segurança ao paciente – pingar 1 a 2 gotas. MOLDAGEM: Instrumental: seringa plástica 20ml com sua extremidade modificada e sem agulha; Material: alginato manipulado nas proporções recomendadas pelo fabricante; Técnica: carregar a seringa, posiciona-se o paciente com o olhar fixo em um ponto à distancia do eixo do olho normal (horizonte). Introduz-se a ponta da seringa modificada na cavidade e o êmbolo é acionado lentamente, iniciando-se pelo fórnice inferior e após na porção posterior da cavidade, seguida para superfície até apresentar a mesma abertura e contorno externo do olho normal. Retirada do molde: após a geleificação do alginato procede-se ao afastamento das pálpebras no sentido de abertura, traciona-se o molde pela sua parte externa. OBTENÇÃO DA CEROPLASTIA: Inclusão do molde em mufla: i. preenche-se a mufla metálica nº2 com gesso, incluindo-se a porção intracavitária do molde com a face correspondente à parede posterior da cavidade voltada para baixo; Introduz até o equador protético do mesmo. ii. Isola-se o gesso e completa-se a inclusão do molde na contra-mufla com gesso Paris de modo convencional. LARISSA SANDY DA S. LEITE 2019 PRÓTESE BUCO-MAXILOFACIAL Vazamento de cera: i. verificada a presa do gesso da contra mufla, abre-se a mufla e retira-se o molde de alginato. ii. No gesso Paris da contra mufla confecciona- se um conduto de alimentação. iii. As duas partes são imersas em água para embebição. iv. Cera branca fundida é vertida no conduto de alimentação da contra mufla até seu preenchimento total. v. Aguarda-se o esfriamento total da cera. vi. Abre-se a mufla, retira-se e recorta-se com um Le Cron a peça de cera dando acabamento. CONFECÇÃO DO CORPO ESCLERAL: Com resina acrílica ativada termicamente cor nº2 clássico: inclusão em mufla e contra-mufla da ceroplastia para obetenção da esclera; O ciclo de polimerização ideal da resina acrílica termopolimerizável usada na confecção de prótese ocular é de 70ºC por 9hrs. POSICIONAMENTO E DEMARCAÇÃO DO PONTO PUPILAR: Na presença do paciente, prova-se a peça obtida em resina acrílica ativada termicamente, realizam-se ajustes necessários e demarca-se o ponto pupilar com o paciente olhando fixo ao horizonte. PINTURA DO BOTÃO DE ÍRIS: Peça acrílica em forma de botão que iremos realizar a pintura propriamente dita. CENTRALIZAÇÃO E COLAGEM DO BOTÃO: Corpo escleral com a demarcação do ponto pupilar iremos abrir cavidade um pouco que o botão de íris para realizar a união desta com o corpo escleral por meio de resina acrílica ativada quimicamente, cor 66. CARACTERIZAÇÃO DO CORPO ESCLERAL: Com uso de resina acrílica ativada quimicamente, cor 66 e fios de royon iremos caracterizar a esclera tendo como modelo o olho sadio. CONFECÇÃO DA CAMADA FINAL: i. Com ½ lamina de cera rosa nº7, iremos aquecer com lamparina e envolver toda a parte anterior da prótese ocular, formando camada fina envolvendo toda a caracterização; ii. Após iremos incluir em mufla e contra mufla com gesso pedra devidamente isolados; iii. Depois da presa do gesso da contra-mufla, abre-se a mesma com agua fervente e remove-se a cera depositada da camada final; iv. Prepara-se resina acrílica ativada termicamente incolor; v. Entulha-se e pratica-se prensagem e polimerização. DESMUFLAGEM E ACABAMENTO FINAL: Após a polimerização da resina acrílica da camada final, pratica-se a desmuflagem da peça; Utiliza-se pedras montadas, lixa, polimento com pedra pomes e branco de Espanha para o acabamento final. COLOCAÇÃO NO PACIENTE: Após lavagem com água e sabão. RECOMENDAÇÕES AO PACIENTE: Quanto à cavidade: Lavar 2 a 3 vezes por dia com água filtrada; Em casos de alteração da mucosa da cavidade, procurar um oftalmologista; Consultas médicas constantes a cada 6 meses. Quanto à prótese: Lavagem 2 a 3 vezes por dia com água filtrada e sabão neutro; Voltar ao protesiólogo a cada 3 meses para novo polimento da peça. LARISSA SANDY DA S. LEITE 2019 PRÓTESE BUCO-MAXILOFACIAL MODELO DA FACE Documentação do caso e do modelo de estudo para planejamento e cirurgia; Modelo de estudo para restauração protética facial correto da proporção, relação e posição da prótese com toda a face. PREPARO PSICOLÓGICO DO PACIENTE: Avisar o paciente do procedimento e de tudo que ele vai sentir: Sensação de escuro; Tempo de presa do material de moldagem; Aumento da sensação do barulho; Diminuição da luminosidade. POSIÇÃO DO PACIENTE NA CADEIRA: Ligeiramente encostado 120º na cadeira odontológica – por que essa posição as forças exercidas do material sobre a face são menores, levando consequentemente à menores deformidades. OBTENÇÃO DO ANTEPARO: Necessário por que o material de moldagem escoa. Com arame grosso, tira-se o molde do contorno da face; Passo esse círculo (molde) para um papelão grosso, riscando seu contorno com um lápis; Recorta-se o papelão acompanhando o traço do lápis, de maneira a obter nele o contorno da face; Passo vaselina primeiro em sentido contrário, depois no sentido do pelo. Coloco a touca; Para o alginato não entrar no nariz, colocamos um algodão pequeno (senão também deforma a aleta); O paciente respira por um canudo colocado em sua boca. *O alginato, aumenta-se a proporção da água para dar mais tempo para trabalha (58g pó/ 228ml água) MOLDAGEM: Verte-se o material lentamente sobre a deformidade; Espalha o material do centro para periferia; Quando o alginato geleifica, ele fica liso. Então como não tenho uma moldeira, eu dou uma estrutura rígida antes dele geleificar. Então eu posso usar o algodão ou a gaze; Coloco um pouco de gessopara dar estrutura à peça para remoção; Para remover, faço no sentido de menor retenção para o de maior. Geralmente é feito de cima para baixo; Observo erros que preciso reparar; Coloco gesso pedra na espessura de mais ou menos 1cm, para que eu fique com uma camada mais fiel à já colocada, e depois preencho com gesso comum sem problemas; *Um pouco de sal no gesso ajuda à acelerar o processo. LARISSA SANDY DA S. LEITE 2019 PRÓTESE BUCO-MAXILOFACIAL PRÓTESE NASAL Modalidade que se propõe restaurar artificialmente ou aloplasicamente as perdas de substâncias do apêndice nasal. É UM PROBLEMA: Estético; Funcional: a pessoa tem muitos problemas respiratórios; Social: por que o curativo chama a atenção, mas andar sem assusta muito mais. * o ideal seria que o nariz fosse refeito através da própria pele do paciente, mas é difícil conseguir uma quantidade de tecido e irrigação após o enxerto necessários. Reparação cirúrgica x prótese: há chances de provocar um nova iatrogenia, principalmente em defeitos grandes, a melhor opção é a prótese. Restauração plástica cirúrgica x prótese: também a chance de fazer um defeito é muito grande, por isso mais uma vez a prótese acaba sendo a melhor opção. A PRÓTESE: Ajuda na recuperação psicológica desses pacientes; Ajuda a proteger o tecido na maioria das vezes; Em pessoas que não fizeram uso de radioterapia: Pode-se pensar em fazer um implante barra-clip para que ela fique na posição e não saia. Costumamos usar um adesivo na área externa da prótese, mas se a pessoa mora em locais mais quentes, ele não segura a prótese por tanto tempo. Por isso precisamos pensar em qual tipo material vamos usar para fazer. ETIOLOGIA: Congênita: paciente nasce sem. Adquirida: Acidentes Patologias: câncer (exemplo) APÊNDICE NASAL Orgão nasal de via adequada para a respiração; Protege os pulmões pelo aquecimento, umidificação e purificação do ar; Elimina os materiais estranhos contidos no ar. REPAROS ANATÔMICOS Parte interna: cavidade nasal é dividida em 2 segmentos pelo septo mediano. Parte externa: tem o formato piramidal, estendendo-se para baixo e frente da glabela. Raiz: extremidade superior, forma um ângulo (a superfície externa do osso frontal abaixo de glabela (onde apoiamos o óculos, local de osso do nosso nariz). Dorso: parte mediada, arredondada, móvel e cartilaginosa. Base: constitui a base da pirâmide nasal. Tem forma triangular e forma um ângulo com o plano do lábio superior. Narinas: abertura na base. Geralmente de forma elíptica no adulto e circular na criança. Subsepto: parte inferior do septo nasal. Separa as duas narinas. Ponta: formada pela junção do subsepto e segmento das cartilagens alares. Asas: faces laterais do dorso nasal, mais ou menor simétricos. Se continuam com a face, formando o ângulo obtuso. TÉCNICA DE CONFECÇÃO: Coletar os dados do paciente; Preparação e palpação da lesão; Avaliação da indicação; Oportunidade de restauração protética; Moldagem parcial da face; Abranger a deformidade e áreas vizinhas. Método direto ou escultura: Artístico; Mais fácil para perdas faciais; Exige conhecimento de anatomia artística. *Imitação de poros: xilol + escova de dentes, para deixar o nariz opaco. *Mistura de cores para chegar ao tom LARISSA SANDY DA S. LEITE 2019 PRÓTESE BUCO-MAXILOFACIAL Método indireto Técnica Realizado à partir de modelo com dimensões e morfologias aproximadas às características do paciente. *Pode-se usar por exemplo, um familiar próximo para se fazer o molde do nariz. CUIDADOS: Recobrir cotos remanescentes; Dissumular limite prótese-face; Prótese com rugas ou sulcos naturais e bordas infinitas; Cuidado ao limpar para não rasgar, já que é muito fino; Analisar os métodos de retenção e as condições de uso do paciente e do clima e etc. Podem-se usar: implantes, óculos e adesivos. *Inclusão do material de eleição: obtido molde e contra- molde CONDIÇÕES QUE DEVEM SER SATISFEITAS Estética agradável; Confortável; Funcional; De Fácil limpeza; Forte e durável; Com método de fixação simples; Que ela dissimule bem os contornos. CONDIÇÕES PARA ESCOLHA DO MATERIAL: Tolerância dos tecidos ao contato íntimo e permanente; Inalterabilidade; Leveza; Fácil obtenção; Facilidade de coloração; Conservação da coloração; Ausência de cheiro; Durabilidade; Baixo custo. LARISSA SANDY DA S. LEITE 2019 PRÓTESE BUCO-MAXILOFACIAL PRÓTESE AURICULAR Restaurar artificial ou aloplasticamente as lesões totais ou parciais do pavilhão da orelha. ETIOLOGIA Congênita: Agenesia (falta do estimula celular à formar a orelha) ou; Aplasia (má formação). Adquirida: Acidentes; Patologias: câncer (exemplo). FISIOLOGIA DO PAVILHÃO AURICULAR: Capta as ondas sonoras para que elas possam alcançar melhor o conduto auditivo; É uma estrutura cartilaginosa revestida por pele, fixada na parte anterior; Situada atrás da ATM, recobre face anterior do mastoide; Forma Oval, sendo a maior curvatura dirigida para cima. PADRÕES NORMAIS: Máxima distancia face posterior orelha-crânio é de 1cm; Face anterior da orelha-crânio, ângulo nunca maior que 30º; Tamanho: Adulto: 6,5cm de comprimento x 3,5cm de largura; Em mulheres, o tamanho é sempre menor. Borda superior da orelha: altura da borda livre da pálpebra superior; Borda inferior: altura da base do nariz, um pouco mais pra baixo. *Dividimos a face em terços para medir. *Com a idade, o tamanho aumenta, e o uso de brincos pesados pode auxiliar para aumentar. *Cotos podem dificultar o correto assentamento e disfarce da prótese MOLDAGEM Paciente em decúbito lateral com a face a ser moldada paralela ao solo; Coloca-se algodão no conduto auditivo externo o mais fundo possível; Faz-se isolamento dos pelos/cabelos; Alginato na proporção dada pelo fabricante; Inicia-se pela parte retro-auricular, indo em direção à anterior (de trás para frente); Introduz o material em todas as reentranças; Retenção é feita com gaze ou algodão; Gesso Paris é colocado sobre o alginato; Após a presa do gesso, retira-se o conjunto no sentido de menor retenção para o de maior. *Moldar dos dois lados para facilitar a escultura. ESCULTURA Modelagem direta: escultura artística; Modelagem indireta: moldagem de um outro indivíduo.
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