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UNIVERSIDADE DO CONTESTADO – UnC
CURSO: PEDAGOGIA – EAD
Disciplina: Didática: Organização Do Trabalho Pedagógico 
 As Tendências Pedagógicas
As tendências pedagógicas definem o papel do homem e da educação no mundo, na sociedade e na escola, o que repercute na prática docente em sala de aula graças a elementos constitutivos que envolvem o ato de ensinar e de aprender.
Embora se reconheçam as dificuldades do estabelecimento de uma síntese dessas diferentes tendências pedagógicas, cujas influências se refletem no ecletismo do ensino atual, emprega-se, neste estudo, a teoria de José Carlos Libâneo, que as classifica em dois grupos: liberais e progressistas. Estão incluídas a tendência tradicional, a renovada progressivista, a renovada não- diretiva e a tecnicista; a tendência libertadora, a libertária e a crítico-social dos conteúdos. 
A pedagogia liberal acredita que a escola tem a função de preparar os indivíduos para desempenhar papéis sociais, baseadas nas aptidões individuais. Dessa forma, o indivíduo deve adaptar-se aos valores e normas da sociedade de classe, desenvolvendo sua cultura individual. Com isso as diferenças entre as classes sociais não são consideradas, já que, a escola não leva em consideração as desigualdades sociais. Existem quatro tendências pedagógicas liberais:
Tradicional:  tem como objetivo a transmissão dos padrões, normas e modelos dominantes. Os conteúdos escolares são separados da realidade social e da capacidade cognitiva dos alunos, sendo impostos como verdade absoluta em que apenas o professor tem razão. Sua metodologia é baseada na memorização, o que contribui para uma aprendizagem mecânica, passiva e repetitiva.
Renovada:  a educação escolar assume o propósito de levar o aluno a aprender e construir conhecimento, considerando as fases do seu desenvolvimento. Os conteúdos escolares passam a adequar-se aos interesses, ritmos e fases de raciocínio do aluno. Sua proposta metodológica tem como característica os experimentos e as pesquisas. O professor deixa de ser um mero expositor e assume o papel de elaborar situações desafiadoras da aprendizagem. A aprendizagem é construída através de planejamentos e testes. O professor passa a respeitar e a atender as necessidades individuais dos alunos.
Renovada não- diretiva:  há uma maior preocupação com o desenvolvimento da personalidade do aluno, com o autoconhecimento e com a realização pessoal. Os conteúdos escolares passam a ter significação pessoal, indo de encontro aos interesses e motivação do aluno. São incluídas atividades de sensibilidade, expressão e comunicação interpessoal, acentuando-se a importância dos trabalhos em grupos. Aprender torna-se um ato interno e intransferível. A relação professor-aluno passa a ser marcada pela afetividade.
Tecnicista: enfatiza a profissionalização e modela o individuo para integrá-lo ao modelo social vigente, tecnicista. Os conteúdos que ganham destaque são os objetivos e neutros. O professor administra os procedimentos didáticos, enquanto o aluno recebe as informações. O educador tem uma relação profissional e interpessoal com o aluno.
As tendências pedagógicas progressistas analisam de forma critica as realidades sociais, cuja educação possibilita a compreensão da realidade histórico-social, explicando o papel do sujeito como um ser que constrói sua realidade. Ela assume um caráter pedagógico e político ao mesmo tempo. É divida em três tendências:
Libertadora: o papel da educação é conscientizar para transformar a realidade e os conteúdos são extraídos da pratica social e cotidiana dos alunos. Os conteúdos pré-selecionados são vistos como uma invasão cultural. A metodologia é caracterizada pela problematizarão da experiência social em grupos de discussão. A relação do professor com o aluno é tida como horizontal em que ambos passam a fazer parte do ato de educar.
Libertaria: a escola propicia praticas democráticas, pois acredita que a consciência política em conquistas sócias. Os conteúdos dão ênfase nas lutas sociais, cuja metodologia é está relacionada com a vivência grupal. O professor torna-se um orientador do grupo sem impor suas ideias e convicções.
Crítico-social dos conteúdos: a escola tem a tarefa de garantir a apropriação critica do conhecimento cientifico e universal, tornando-se uma arma de luta importante. A classe trabalhadora deve apropriar-se do saber. Adota o método dialético, esse que é visto como o responsável pelo confronto entre as experiências pessoais e o conteúdo transmitido na escola. O educando participa com suas experiências e o professor com sua visão da realidade.
Justifica-se, também, este trabalho pelo fato de que novos avanços no campo da Psicologia da Aprendizagem, bem como a revalorização das ideias de psicólogos interacionistas, como Piaget, Vygotsky e Wallon, e a autonomia da escola na construção de sua Proposta Pedagógica, a partir da LDB 9.394/96, exigem uma atualização constante do professor. Através do conhecimento dessas tendências pedagógicas e dos seus pressupostos de aprendizagem, o professor terá condições de avaliar os fundamentos teóricos empregados na sua prática em sala de aula.
Uma tendência que trabalharei em sala de aula é a Renovada Progressivista, aonde a escola e o professor deve – se, organizar e adequar com as necessidades dos alunos, valorizando mais os processos mentais e as habilidades cognitivas para um aprendizado melhor, passando conteúdos conhecimentos com mais objetividade de forma que os alunos participem mais e possam expor suas ideias. Promovendo a satisfação dos alunos em relação aos interesses por eles apresentados, mas também de atender as exigências da sociedade, tudo isso num processo onde todos participam ativamente da construção do conhecimento.
Melhorando o relacionamento entre professores e alunos, o professor deixa de ser o núcleo do processo de ensino-aprendizagem, a peça mais importante de todo esse processo é a união entre escola, família, alunos e professores, todos junto por uma educação de qualidade, onde todos se sintam bem podendo expor seus pensamentos e ideias.
Percebe-se na Tendência Liberal Renovada Progressivista o enfoque no aluno, a possibilidade natural no seu aprendizado, mas também no seu momento de ensinar, de testar, de tentar, de experimentar, de aprender fazendo inferências, modificando o meio, transformando-o. Essas ofertas ao aluno surgem como necessidade que ele apresentava quando ainda sem voz. Com toda certeza não se impõe o aprendizado, constrói-se ele. E essa construção deverá ser feita por todos, professores, alunos e comunidade escolar, através da prática alicerçada na teoria.
Assim a educação, tem como objetivo principal preparar os alunos para exercerem o seu devido papel na sociedade, ou seja, a educação facilita o entendimento do que é a convivência social e as regras necessárias para essa convivência. Para que essa aprendizagem aconteça, destaca- se a importância do fazer para aprender. Valorizando a pesquisa, os experimentos, o estudo do meio social e natural, a descoberta.
O aluno passa a ter a autonomia da sua aprendizagem. Ele passa a proporcionar a sua própria aprendizagem, atribuindo maior responsabilidade ao seu atual papel de promotor-receptor do conhecimento. Das suas atividades nasce aquilo que será incorporado na sua estrutura cognitiva, tornando-o consciente.
Cabe ao papel da escola nessa tendência progressivista a finalidade de adequar as necessidades individuais ao meio social e para isso, ela deve se organizar de forma a retratar, o quanto possível a vida. Todo ser dispõe dentro de si mesmo o mecanismo de adaptação progressiva ao meio de uma consequentemente integração dessas formas de adaptação no comportamento. Tal integração se dá por meio de experiências que devem satisfazer, ao mesmo tempo, os interesses do aluno e as exigências sociais que permitam ao aluno educar-se num processo ativo de construção e reconstrução do objeto, numa interação entre estruturas do ambiente.
Os conteúdos de ensino da tendência progressivistaparte do conhecimento que resulta da ação a partir dos interesses e necessidades, os conteúdos de ensino são estabelecidos em função de experiências que o sujeito vivencia frente a desafios cognitivos e situações problemáticas. Dá-se, portanto, muito mais valor aos processos mentais e habilidades cognitivas do que os conteúdos organizados racionalmente. Trata-se de aprender, ou seja, é mais importante o processo de aquisição do saber do que propriamente dito.
 
Referências: 
LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola pública: a pedagogia crítica-social dos conteúdos. São Paulo: Loyola, 1989.
COSTA, Walkíria Perez. Proposta de Trabalho em Didática. Rio Grande: Furg, 1999.
Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1997.

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