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Apostila Normas contábeis pequenas e médias empresas

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Contabilidade Avançada
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Ms. Rosana Buzian
Revisão Textual:
Profa. Dra. Selma Aparecida Cesarin
Normas Contábeis – Pequenas e Médias Empresas
• Introdução
• Pronunciamento Técnico Cpcpme
• Interpretação ITG 1000
 · A aplicabilidade das Normas Contábeis depende do porte da 
Empresa (porte esse determinado pelo valor do Ativo e da Receita 
Bruta). Sendo assim, além dos tipos de Empresa, conforme o seu 
porte, nesta Unidade, serão apresentadas as Normas Contábeis 
aplicáveis às Pequenas e Médias Empresas, no que diz respeito aos 
procedimentos contábeis e às Demonstrações Contábeis, e também, 
as orientações aplicáveis às Empresas de Pequeno Porte.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Nesta Unidade, vamos aprender um pouco mais sobre um importante tema: 
“Normas Contábeis aplicáveis às Micro, Pequenas e Médias Empresas”.
Então, procure ler, com atenção, o conteúdo disponibilizado e o material 
complementar. 
Não esqueça! A leitura é um momento oportuno para registrar suas dúvidas; 
por isso, não deixe de registrá-las e transmiti-las ao professor-tutor. 
Além disso, para que a sua aprendizagem ocorra num ambiente mais 
interativo possível, na pasta de atividades, você também encontrará as 
atividades de Avaliação, apresentação narrada e a videoaula. Cada material 
disponibilizado é mais um elemento para seu aprendizado; por favor, estude 
todos com atenção!
É importante, também, respeitar os prazos estabelecidos no cronograma.
Bom estudo!!!
ORIENTAÇÕES
Normas Contábeis – Pequenas 
e Médias Empresas
UNIDADE Normas Contábeis – Pequenas e Médias Empresas
Contextualização
Quando o Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC começou a emitir 
os Pronunciamentos Contábeis – CPC, tanto a comunidade empresarial como a 
comunidade acadêmica entenderam que eles eram direcionados para as grandes 
empresas, as empresas de grande porte.
Posteriormente, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC emitiu o 
Pronunciamento Técnico CPC-PME, totalmente direcionado às pequenas e 
médias empresas (vale lembrar que essa ação foi reconhecida e validada pelo 
CFC – Conselho Federal de Contabilidade com a emissão da Norma Brasileira de 
Contabilidade – Técnica Geral – NBC TG 1000).
Ainda assim, também se pensou nas Microempresas e Empresas de Pequeno 
Porte, quando foi emitida a Interpretação 1000. Portanto, consulte essas 
regulamentações no site do Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC para 
se familiarizar.
Comitê de Pronunciamentos Contábeis: 
www.cpc.org.brEx
pl
or
Não se esqueça que os Pronunciamentos Técnicos do CPC representam o 
nosso guia de trabalho no ambiente empresarial e, também, um agregador de 
conhecimentos para a vida profissional.
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Introdução
Os pronunciamentos técnicos gerais emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos 
Contábeis (CPC) são destinados às entidades de grande porte. Essas são, conforme 
a Lei 11.638/07, empresas que estejam dentro dos seguintes parâmetros: (a) ativo 
total igual ou superior a R$ 240 milhões ou (b) receita bruta igual ou superior a 
R$ 300 milhões.
As empresas que apresentam ativo total ou receita bruta abaixo dos limites 
estabelecidos acima são tidas como pequenas e médias empresas. Para essas, o 
CPC emitiu o Pronunciamento Técnico CPC PME (CPC, 2009), visando à maior 
objetividade e facilidade no tratamento contábil para empresas de menor porte e 
que não tenham obrigação de prestação pública de contas. Esse pronunciamento 
foi reconhecido e validado pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), por 
meio da Resolução nº 1.255/09, como NBC TG 1000 (CFC, 2009).
Outra iniciativa, por parte do CFC, foi a emissão da Resolução nº 1.418/12, que 
aprova a interpretação ITG 1000 – Modelo Contábil para Microempresa e Empresa 
de Pequeno Porte (CFC, 2012). Trata-se ainda de uma simplificação da NBC 
TG 1000. Esta interpretação aplica-se às entidades sujeitas à Lei Complementar 
nº 123/06, conhecida como Simples Nacional.
Resumidamente, podemos elencar as empresas e as respectivas normas a serem 
seguidas, conforme as exigências estabelecidas:
Quadro 1 – Porte da Empresa e Norma a ser seguida
Porte da Empresa Classifi cação Norma a aer Seguida
Grande porte Ativo ≥ R$ 240 milhões
Receita bruta ≥ R$ 300 milhões
CPCs de forma integral
Pequeno e médio porte Inferior aos limites de 
sociedades de grande porte
CPC PME
NBC TG 1000
Micro e pequenas Conforme limites LC 123/06 ITG 1000
Estudaremos, nos próximos tópicos, o conteúdo geral das normas aplicadas às 
empresas classificadas como de pequeno e médio porte e também de microempresas. 
Vamos observar que, de modo geral, a prática contábil é bastante similar, mas 
para essas empresas, a norma é mais objetiva e direta. É importante ressaltar que 
prevalece a primazia da essência econômica dos fatos, ao invés da norma jurídica.
Todo o conteúdo dessa atividade está em conformidade com as normatizações 
descritas. O pronunciamento, em sua forma original, contém 244 páginas. Nessa 
atividade, vamos apresentar, resumidamente, os pontos mais relevantes. Para 
maior aprofundamento, recomendamos ao aluno a consulta à norma.
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UNIDADE Normas Contábeis – Pequenas e Médias Empresas
Pronunciamento Técnico CPCPME
Este pronunciamento técnico trata-se de uma simplificação (sem perder as 
características qualitativas) das práticas contábeis. A necessidade de simplificação e 
objetividade reside na relação custo x benefício. É natural que empresas menores 
não tenham forte necessidade de prestação de contas a uma ampla gama de usuários 
e, tampouco publiquem demonstrações financeiras. O próprio pronunciamento 
reconhece que as PMEs (Pequenas e Médias Empresas) podem produzir 
demonstrações contábeis apenas para o uso de proprietários ou autoridades fiscais.
Como as empresas de pequeno e médio porte geralmente não tem, normalmente, 
operações complexas e necessidade de prestação de contas a vários usuários, a 
elas é facultada a utilização de critérios contábeis simplificados, que é o caso deste 
pronunciamento.
Empresas de “pequeno e médio porte” referem-se àquelas que: (1) estejam 
abaixo dos limites estabelecidos na legislação societária para empresas de grande 
porte; ou (2) companhias que não sejam requeridas a fazer prestação pública de 
contas, para as quais fica dispensada a publicação de demonstrações contábeis.
Mais uma vez, é preciso chamar atenção para as diferenças contábeis apuradas 
em âmbito societário e fiscal. O resultado contábil apurado no seguimento dessa 
norma pode ser diferente daquele apurado para fins fiscais; assim, deve a empresa 
manter controles fiscais para os ajustes, sendo efetuados no FCont e no Lalur.
O objetivo das demonstrações contábeis de pequenas e médias empresas é 
oferecer informação sobre a posição financeira, desempenho e fluxos de caixa. 
Respectivamente, estas informações podem ser obtidas no balanço patrimonial, 
na demonstração do resultado, na demonstração do resultado abrangente, e na 
demonstração dos fluxos de caixa.
A estrutura das demonstrações contábeis não sofre alteração, conforme as já 
conhecidas e praticadas pelas demais sociedades. Para o Balanço Patrimonial, o 
pronunciamento define ativo, passivo e patrimônio líquido da seguinte maneira:
• Ativo é um recurso controlado pela Entidade como resultado de eventos 
passados e do qual se espera que benefícios econômicos futuros fluam para 
a Entidade; 
• Passivo é uma obrigação atual da Entidade como resultado de eventos já 
ocorridos, cuja liquidação se espera resulte na saída de recursos econômicos;
• Patrimônio líquido é o valor residual dos ativos da Entidade após a dedução 
de todos os seus passivos.
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O ativo será reconhecido quando (a) for provável que gere benefícios econô-
micos futuros à empresa que o controla e (b) que seu custopossa ser determinado 
com segurança. A geração de benefícios futuros precisa ser observada por ser, 
segundo vários autores, a principal característica de ativo. A determinação do 
custo com segurança deve ocorrer para evitar excesso de subjetivismo.
Quanto aos requisitos para reconhecimento de um passivo, a norma estabe-
lece que (a) seja uma obrigação proveniente de evento passado, (b) seja provável 
que a Entidade transfira recursos para sua liquidação, e (c) seu valor seja mensu-
rado com segurança.
Ao estudar as referidas normatizações, percebe-se, em vários aspectos, a primazia 
da essência econômica sob a forma jurídica. Por exemplo, o pronunciamento 
ressalta que ao determinar a existência do ativo, o direito de propriedade não 
é essencial. Como é o caso de imóveis mantidos em regime de arrendamento 
mercantil, que podem ser classificados como ativo se a entidade o controla e usufrui 
dos benefícios gerados por este (condições para classificação de ativos). Também 
reforça a existência e contabilização de ativos tangíveis e intangíveis.
Para a demonstração do resultado, o pronunciamento utiliza os seguintes conceitos:
• Receitas são aumentos de benefícios econômicos durante o período contábil, 
sob a forma de entradas ou aumentos de ativos ou diminuições de passivos, 
que resultam em aumento do patrimônio líquido e que não sejam provenientes 
de aportes dos proprietários da entidade;
• Despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período 
contábil, sob a forma de saída de recursos ou redução de ativos ou incrementos 
em passivos, que resultam em decréscimos no patrimônio líquido e que não 
sejam provenientes de distribuição aos proprietários da entidade.
O reconhecimento de receitas e despesas resultam diretamente do reconhecimento 
e mensuração de ativos e passivos. A norma também reforça que ambos sejam 
reconhecidos se forem avaliados de modo confiável.
Além do balanço patrimonial, demonstração do resultado e demonstração do re-
sultado abrangente, as seguintes demonstrações também fazem parte do conjunto 
de demonstrações contábeis a serem elaboradas pelas pequenas e médias empresas:
• Demonstração das Mutações no Patrimônio Líquido (DMPL) – Trata-se 
da demonstração de fatos que provocam alteração em saldos de contas do 
patrimônio líquido, que podem ser motivos de: apuração de resultado, distribuição 
de dividendos e constituição de reservas, entre outras. Se as únicas alterações no 
patrimônio líquido ocorrerem apenas na conta de Lucros Acumulados (apuração 
de resultado, distribuição de dividendos etc.), a DMPL pode ser substituída pela 
Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados – DLPA;
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UNIDADE Normas Contábeis – Pequenas e Médias Empresas
• Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) – Apresenta os fluxos de caixa 
gerados pelas atividades operacionais, de investimento e de financiamento. 
Quanto às atividades operacionais, podem ser apuradas pelo método direto 
ou indireto, sendo que é incentivada a apresentação da conciliação entre o 
resultado líquido e o fluxo de caixa dessas atividades;
• Notas explicativas – Descrição de informações adicionais para o melhor 
entendimento dos itens contidos nas demonstrações apresentadas, bem como 
itens que não foram registrados nas demonstrações. O conteúdo geral deve 
abranger: declaração de conformidade com essa norma, resumo das principais 
práticas contábeis, informações auxiliares acerca dos itens apresentados nas 
demonstrações obedecendo a ordem de apresentação das contas, e outras 
informações que julgar relevante.
Sobre as práticas contábeis específicas, esse pronunciamento determina, de 
modo geral, que as mesmas aplicações e filosofia (essência econômica) que são 
exigidas pelos demais pronunciamentos (aplicados às grandes empresas), sejam 
também aplicadas às pequenas e médias empresas, porém, de modo simplificado. 
Vejamos algumas considerações e as principais diferenças:
a) Ajuste ao valor presente: por mais que esse pronunciamento não contenha 
seção específica para esse assunto, ele determina, em outros momentos, a 
sua prática. As disposições sobre estoques, imobilizado e receita, determinam 
que os juros envolvidos não façam parte da operação, sendo transferidos ao 
resultado;
b) Instrumentos financeiros: são permitidas apenas duas classificações, 
sendo empréstimos e recebíveis, e mensurados pelo valor justo por meio do 
resultado; 
c) Imobilizado: informações a respeito do valor residual, vida útil e método 
de depreciação não precisam ser revistos anualmente, mas apenas quando 
existir uma indicação relevante de alteração;
d) Intangíveis: todos devem ser considerados com vida útil finita sendo, 
por consequência, amortizados. Na incerteza da estimação da vida útil, 
presume-se o período de dez anos. Não se aplica a ativação de gastos com 
desenvolvimento, sendo estes considerados como despesa. Valor residual, 
vida útil e método de amortização necessitam ser revistos apenas quando 
existir uma indicação relevante de alteração;
e) Demonstração do Valor Adicionado (DVA): o CPCPME não tem 
disposições sobre esse assunto, já que ela é dispensada a essas empresas 
pela legislação societária;
f) Notas explicativas: as exigências são menores devido a dois fatores: (1) 
a simplificação de exigências reduz, logicamente, o rol de informações a 
serem prestadas e necessidades de esclarecimentos, e (2) alguns assuntos 
exigidos por outros Pronunciamentos não entraram no escopo do CPCPME, 
reduzindo a necessidade de nota explicativa.
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Interpretação ITG 1000
O CFC aprovou, pela Resolução nº 1.418/12, a Interpretação ITG 1000 – 
Modelo Contábil para Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, sendo este 
simplificado. Essa interpretação estabelece critérios e procedimentos simplificados 
para as entidades enquadradas como Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, 
conforme os critérios estabelecidos pela Lei Complementar nº 123/06, o Simples 
Nacional. Vamos recordar o enquadramento determinado por esta Lei:
O Supersimples é o Regime Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições 
devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, instituído pela Lei 
Complementar nº 123/2006 e posteriormente alterada pelas leis complementares 
128/2008 e 139/2011. As disposições normativas deste sistema têm praticado a 
seguinte classificação, conforme nível de faturamento, desde 1º de janeiro de 2012:
I. Microempresas – ME: receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00;
II. Empresas de Pequeno Porte – EPP: receita bruta superior a R$ 360.000,00 e 
igual ou inferior a R$ 3.600.000,00;
III. Microempreendedores Individuais – MEI: receita bruta máxima de R$ 60.000,00.
Assim, todas as empresas que se enquadram como Microempresas (ME), 
Empresas de Pequeno Porte (EPP) ou Microempreendedores Individuais (MEI) 
podem optar pelo cumprimento da ITG 1000. Caso essas entidades não optem 
pela adoção dessa interpretação, ficam sujeitas ao cumprimento da NBC TG 
1000 (CPCPME).
A interpretação ITG 1000 também exige o cumprimento dos princípios de 
Contabilidade, regime de competência e primazia da essência econômica, entre 
outros fundamentos, quando da contabilização de seus fatos. Transações ou eventos 
materiais que não estejam esclarecidos nesta interpretação devem ser registrados 
conforme as exigências da NBC TG 1000.
A interpretação IGT1000 estabelece que o contador deve obter uma carta de 
responsabilidade da administração da Empresa na qual presta serviço, com o objetivo 
de salvaguardar o profissional contábil no que se refere à sua responsabilidade 
pela realização da escrituração contábil, segregando-a e a distinguindo das 
responsabilidades e decisões administrativas da Empresa.
Alguns detalhes referentes à contabilizações podem ser aqui descritos.
a) Quanto às exigências em relação a estoques, permanecem os critérios gerais. 
Porexemplo, o custo deve compreender todos os gastos incorridos para 
colocar o produto em condição de consumo ou venda. A contabilização deve 
ocorrer considerando os custos individuais dos estoques ou utilizando um dos 
métodos: “Primeiro que Entra, Primeiro que Sai” (PEPS); ou custo médio 
ponderado. Vale também a regra “custo ou mercado, dos dois o menor”;
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UNIDADE Normas Contábeis – Pequenas e Médias Empresas
b) O ativo imobilizado deve ser contabilizado pelo custo, sendo esse todos os 
gastos necessários para colocá-lo em condições de uso. Recomenda-se, pela 
maior simplicidade, a utilização do método linear para cálculo da depreciação 
do imobilizado. Caso haja evidências de desvalorização nos ativos, tornando-
se improvável a geração de benefícios futuros que supere seu custo, o valor 
contábil deve ser reduzido ao valor recuperável, mediante reconhecimento 
de perda na recuperação (teste de impairment). A interpretação lista os 
seguintes exemplos de indicadores de redução do valor recuperável: forte 
declínio no valor de mercado, obsolescência e quebra;
c) A receita de prestação de serviço deve ser reconhecida na proporção em que 
o serviço for prestado;
d) Fica mantida a constituição de perda com crédito de liquidação duvidosa, 
reconhecida quando houver incerteza sobre o recebimento de valor a receber 
de clientes;
e) Para essa interpretação, as demonstrações contábeis obrigatórias são o 
balanço patrimonial, a demonstração do resultado e as notas explicativas, 
ao final do exercício social. Mas quando houver necessidade, podem ser 
apresentadas em períodos intermediários. A elaboração do conjunto 
completo de demonstrações contábeis, sendo, além daquelas descritas 
acima, a demonstração dos fluxos de caixa, a demonstração do resultado 
abrangente e a demonstração das mutações do patrimônio líquido, apesar 
de não serem obrigatórias para as entidades alcançadas pela interpretação, é 
estimulada pelo Conselho Federal de Contabilidade.
A ITG 1000 exige, ainda, a apresentação das notas explicativas, contendo pelo 
menos as seguintes informações: declaração de conformidade com a ITG 1000, 
contexto operacional, práticas e políticas contábeis, contingências passivas, quando 
houver, e demais informações relevantes.
12
13
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Resolução nº 1.255/09
CONSELHO Federal de Contabilidade. Resolução nº 1.255/09. Aprova a NBC TG 
1000 – Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas. Brasília, 2009;
Resolução nº 1.418/12
CONSELHO Federal de Contabilidade. Resolução nº 1.418/12. Aprova a ITG 1000 
– Modelo Contábil para Microempresa e Empresa de Pequeno Porte. Brasília, 2012;
A Adoção do CPC PME – Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas
ARAÚJO, C. T. de A.; SILVA, D. M. de. A Adoção do CPC PME – Contabilidade para 
Pequenas e Médias Empresas. Revista Contábil UFBA, Salvador-Ba, v. 8, n. 3, p. 
75 - 91, set./dez. 2014
A institucionalização do CPC PME nas Empresas Contábeis e sua Utilidade para as Empresas
SOUZA, L. R. B. de. A institucionalização do CPC PME nas Empresas Contábeis 
e sua Utilidade para as Empresas. 2015. 154p. Dissertação (Mestrado em 
Contabilidade) Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2015.
13
UNIDADE Normas Contábeis – Pequenas e Médias Empresas
Referências
BRASIL. Lei nº 11.638. Altera e revoga dispositivos da Lei nº 6.404, de 15 de 
dezembro de 1976, e da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende 
às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de 
demonstrações financeiras. Brasília, 2007.
________. Lei Complementar nº 123/06. Institui o Estatuto Nacional da 
Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. Brasília, 2006.
________. Lei Complementar nº 128/08. Altera a Lei Complementar nº 123, de 
14 de dezembro de 2006 e dá outras previdências. Brasília, 2008.
________. Lei Complementar nº 139/11. Altera a Lei Complementar nº 123, de 
14 de dezembro de 2006 e dá outras previdências. Brasília, 2011.
COMITÊ de Pronunciamentos Contábeis. Pronunciamento técnico CPC PME – 
Contabilidade para pequenas e médias empresas. Brasília, 2009.
CONSELHO Federal de Contabilidade. Resolução nº 1.255/09 – Aprova a NBC 
TG 1000 – Contabilidade para pequenas e médias empresas. Brasília, 2009.
CONSELHO Federal de Contabilidade. Resolução nº 1.418/12 – Aprova a 
ITG 1000 – Modelo Contábil para Microempresa e Empresa de Pequeno Porte. 
Brasília, 2012.
14

Outros materiais