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Apostila Farmaco - 2º PROVA (SLIDES ANOTAÇÕES)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS 
Faculdade de Odontologia 
Prof.ª Mariangela Heppe Lopes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Daniela Haubman Pereira 
ATO 221 
2 
 
Classificação 
 
 
 
Duração do efeito 
Depende do tempo em que o anestésico local permanece em contato com o nervo, bloqueando a condução dos 
estímulos. 
― Curta duração: Procaína e Clorprocaína 
― Intermediária: Lidocaína, Prilocaína, Mepivacaína e Articaína 
― Longa: Bupivocaína, Tetracaína, Etidocaína e Ropivacaína 
 
· Geralmente o bloqueio de nervos periféricos duram mais que as infiltrações. 
· A anestesia de tecidos moles é mais prolongada que a anestesia pulpar. 
 
Mecanismo de Ação 
Os anestésicos locais bloqueiam a ação de canais 
iônicos na membrana celular neuronal, impedindo 
a neurotransmissão do potencial de ação. A forma 
ionizada do anestésico local liga-se de modo 
específico aos canais de sódio, inativando-os e 
impedindo a propagação da despolarização 
celular. Porém, a ligação específica ocorre no meio 
intracelular, por isso é necessária que o anestésico 
local em sua forma molecular ultrapasse a 
membrana plasmática para então bloquear os 
canais de sódio. 
Ésteres Ácido benzóico Cocaína 
 Benzocaína 
 Tetracaína 
 PABA Procaína 
 Clorprocaína 
 Propoxicaina 
Amidas Xilídina Lidocaína 
 Mepivocaína 
 Etidocaína 
 Bupivocaína 
 Ropivacaína 
 Procainamida 
 Dibucaína 
 Toluídina Prilocaína 
 Anticocaína 
3 
 
É provável que exista um segundo mecanismo de ação dos AL, que envolve a inativação dos canais de sódio pela 
incorporação de moléculas de AL na membrana plasmática (teoria da expansão da membrana plasmática). Esse 
segundo mecanismo de ação seria gerado pela forma não ionizada dos anestésicos locais, atuando de fora para 
dentro. 
 
Escolha do Fármaco 
Depende de parâmetros farmacológicos e condições clínicas. 
Início e duração de efeito são critérios importantes para escolha. 
 
― Início: deve ser o mais rápido possível (relacionado com a lipossolubilidade dos diferentes AL e doses 
empregadas) 
Sol. Bupivacaína 0,25% - início mais lento 
 
 
― Período do efeito: engloba o tempo necessário à realização do procedimento (depende da vascularidade do 
tecido a ser anestesiado) 
 
• Associação a vasoconstritor 
• Ligação do AL a proteínas plasmáticas 
• Rapidez da inativação 
• Administração em tecidos menos vascularizados ou associado a vasoconstritores prolonga o efeito 
 
→ Quando se associa anestésico local com vasoconstritor acontece efeito prolongado, é mais duradoura a 
atividade anestésica porquê retarda a absorção do anestésico. 
→ AL com alta ligação as proteínas plasmáticas (Bupivacaína), duram mais que agentes de baixa ligação, como 
Cidocaína, Prilocaínas e Mepivacaína 
→ AL inativadas rapidamente (maioria dos ésteres): apresentam melhor duração de ação 
 
Parâmetros Clínicos 
· Características inerentes ao procedimento 
· Condições do paciente 
· Domínio da técnica pelo profissional 
· Natureza, localização e duração do procedimento - determinam a técnica anestésica e a escolha do Fármaco 
 
Condições especiais do paciente 
História prévia de: 
· Hipersensibilidade ou hipertermia maligna 
· Gestação 
· Período perinatal 
· Presença de doenças que afetam a farmacocinética devem ser consideradas 
4 
 
→ Todo anestésico local é um estabilizador de membranas 
 
Lidocaína 
· Protótipo do grupo 
· Usada em diversas técnicas anestésicas 
· Usado via venosa (VV) para tratar arritmias cardíacas em serviços de urgências cardiológicas 
 
Mepivacaína 
· Empregada em anestesias infiltrativas e bloqueios periféricos 
· Sem eficácia tópica 
· Produz vasodilatação de menor intensidade que a Lidocaína, sendo usado sem vasoconstritor em 
procedimentos curtos 
· Pequena/curta duração em tecidos moles: indicado uso para pacientes pediátricos, pois limita o risco de trauma 
oral e mordedura em lábios 
· Tecidos pulpar: duração efeito inferior a lidocaína 
 
Articaína 
· Rápido início de ação (1 - 6 minutos) 
· Duração intermediária (1 hora) 
· Amplo uso na Europa 
· Seguro, em doses terapêuticas 
· Em altas doses pode produzir metahemoglobinemia 
· Bom para anestesia pulpar 
 
Prilocaína 
· Amplo uso em odontologia 
· Alternativa quando aminas simpatomiméticas são contraindicadas 
· Presente na única preparação associada à felipressina disponível no Brasil 
· Indicado para gestantes e cardiopatas que não podem com nenhum outro associado a adrenalina 
 
Bupivacaína 
· Usada em procedimentos de maior duração ou quando se deseja analgesia pós-operatória mais prolongada 
· Comparada à lidocaína apresenta latência maior, mas efeito mais prolongado 
· Demora mais para agir, porém o efeito é mais prolongado 
 
Metahemoglobinemia: nível mais alto do que o normal de 
meta-hemoglobina no sangue, o que pode levar a uma anemia 
funcional e hipóxia em tecido 
Meta-hemoglobina é uma forma de hemoglobina que não se 
liga ao oxigênio. 
BY: WIKIPÉDIA 
5 
 
Procaína, Tetracaína e Benzocaína 
· ALs do tipo éster mais usados no Brasil 
· Preparações para uso tópico 
· Não existe preparações odontológicas/não usados na odontologia 
 
Usos clínicos 
― Em anestesia procedimentos cirúrgicos e obstétricos 
― Usos: tópicos, infiltrativos, em nervos periféricos e bloqueios anestésicos (raque e peridural) 
 
· Anestesia tópica: pele, olhos, ouvidos, nariz, boca, árvore traqueobrônquica, esôfago e trato urinário 
 
Outras situações 
― Antiarritmicos: Procainamida e Lidocaína 
· Efeito estabilizador de membrana celular 
· Tratamento de arritmias cardíacas graves 
― Inflamação: AL derivados de amidas inibem etapas inicias da resposta inflamatória e cicatrização de lesões 
― Bactericida ou bacteriostáticas in vitro 
― Convulsões 
 
Mistura eutetica de anestésicos locais: EMLA 
· Lidocaína: boa absorção cutânea e mucosa. Fármaco de maior experiência de uso. 
· Bezocaína: éster pouco solúvel em água. Uso tópico. 
 
Associação Liocaína 2,5% + Prilocaína 2% EMLA 
⤷ Criada para superar a irritação local, toxicidade sistêmica e inadequada analgesia associadas ao uso tópico de 
lidocaína + benzocaína 
 
EMLA 
· Pode bloquear a dor da inserção de agulha em mucosa oral 
· Útil em anestesia periodontal, permitindo melhor sondagem e raspagens de bolsas periodontais 
· Diminui o desconforto em injeções interligamentares 
 
 
 
6 
 
Anestesia Infiltrativa 
· Procedimentos cirúrgicos de menos porte – AL no sítio da cirurgia ou próximo a ele por vias: intradérmica, 
subcutânea, submucosa, intraóssea, intraseptal ou intraligamentar 
· Bloqueio de fibras nervosas livres na área que contacta o fármaco 
· Lidocaína, Prilocaína e Mepivacaína são os mais usados 
 
Anestesia Regional ou Nervos Periféricos 
Procedimentos que inibem a condução em fibras do sistema periférico. Pode ser dividida em: 
· Bloqueio nervoso menor (nervo único) 
· Bloqueio nervoso maior (dois ou mais nervos distintos ou plexos nervosos) 
Fármacos de maior emprego: Prilocaína e Mepivacaína 
 
Adjuvante em anestesia geral 
· Lidocaína: efeito supressor potente do reflexo da tosse 
· Diminui a incidência de tosse na intubação traqueal/broncoscopia 
 
Analgesia 
Perda ou ausência de sensibilidade à dor 
· AL de longa duração para alívio da dor pós-exodontia de 3º molar – especialmente quando envolve remoção 
de tecido ósseo 
· Minimiza o uso de opioides pós-operatórios 
· EMLA – tópica pré-canulação venosa 
· VV alteram o limiar da dor, podem produzir analgesia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7O sistema nervoso apresenta 2 porções que conduzem impulsos aferentes: 
― Somática: músculos esqueléticos 
― Autônomo: coração, glândulas e músculos involuntários 
 
· Geralmente os 2 sistemas são fisiologicamente antagônicos 
· A maioria das vísceras apresenta inervação dos 2 sistemas 
 
― Gânglios Simpáticos: próximos do canal medular possuem respostas difusas 
― Gânglios Parassimpáticos: próximos do órgão efetor possuem respostas localizadas 
 
Funções do SNA 
· Atividade do músculo liso e cardíaco, glândulas digestórias, sudoríparas e endócrinas (estruturas que não estão 
sob o controle o controle voluntário) 
· Manutenção do meio interno 
 
SNA Parassimpático 
· Produz descargas de forma localizada 
· Participa das funções de conservação e restauração produzindo diminuição da frequência cardíaca, miose e 
estímulo do trato digestório 
 
Transmissão química dos impulsos nervosos 
Ao chegar a sua terminação, as fibras pré-ganglionares perdem sua camada de mielina e se encontram com as fibras 
pós-ganglionares (que não possuem mielina) formando a fenda sináptica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
Etapas de transmissão sináptica 
1. Liberação de neurotransmissor – Nor ou Ach 
2. União do neurotransmissor – com receptores pós-sinápticos 
· Aumento da permeabilidade ao sódio – PPSE (potencial pós-sináptico excitatório) 
· Despolarização 
· Aumento da permeabilidade ao potássio – PPSI (potencial pós-sináptico inibitório) – hiperpolarização 
3. Aparecimento da atividade pós-sináptica 
4. Eliminação do neurotransmissor 
Ach - metabolização 
Nor – recapitação 
 
 Neurotransmissores após liberados na fenda sináptica pode sofrer exocitose e "ir embora", pode sofrer 
metabolização (acetilcolinesterase - acth; MAO/COMT - noradrenalina) ou ligar aos receptores na membrana 
pós-sináptica 
 
Neurotransmissores das fibras parassimpáticas pós-ganglionares 
― Biossíntese 
· Acetil CoA + colina colina-O-acetiltransferase Ach 
 
― Estocagem 
· Vesículas pré-sinápticas 
 
― Liberação 
· Pequenas quantidades (continua e espontânea) 
· Grandes quantidades 
 
― Destino 
· Difusão no espaço extra sináptico 
· Degradação enzimática 
Ach acetilcolinesterase colina + ácido acético 
· Receptores colinérgicos 
 
Receptores Colinérgicos 
― Nicotínicos ou N-colinérgicos 
· Placa mioneural 
· Gânglios simpáticos e parassimpáticos 
 
― Muscarínicos ou M-colinérgicos 
· SNC 
· Coração 
· Vísceras e glândulas 
 
9 
 
Fármacos Colinérgicos 
Agonistas, colinomiméticos 
 
Classificação 
― Colinérgicos de ação direta 
· Ésteres da colina: ach, metacolina, carbacol e betanecol 
· Alcalóides colinomiméticos: muscarina, arecolina e pilocarpina 
 
― Colinérgicos de ação indireta 
· Reversíveis: fisostigmina, neostigmina, edrofônio, piridostigmina, demecário, ambenônio 
· Irreversíveis: ecotiofato, sarim, tabum, somam, paraoxon, paration, fention, dimpilato, malation, tepp 
 
Acetilcolina 
É um neurotransmissor do parassimpático. Quando ocupa receptores muscarínicos nas células endoteliais, 
promove vasodilatação - libera fator de relaxamento do endotélio (óxido nítrico). No coração, diminui a frequência 
cardíaca (bradicardia), diminui a força de contração e diminui a velocidade de condução dos tecidos especializados 
(nó sino atrial e etc). 
Assim que liberada é metabolizada rapidamente. 
Caso seja administrada acetilcolina em altas doses, ela age no gânglio do simpático, liberando noradrenalina, que 
fez vasoconstrição e aumenta a frequência cardíaca. 
 
Atropina 
Bloqueador muscarínico (bloqueia os receptores). Não faz alteração no vaso e aumenta um pouquinho a velocidade 
do coração (por causa desse bloqueio). 
Caso acetilcolina seja administrada depois da atropina, a atropina ocupa o receptor e acetilcolina não consegue se 
ligar, por isso não acontece nada 
 
Neostigmina 
Inibidor da colinesterase (inibe metabolização da acetilcolina), fazendo a ACTH se acumular no organismo, fazendo-
a agir no gânglio do simpático liberando noradrenalina. Esse acumulo de ACTH pode produzir queda da pressão 
arterial. 
exemplos: venenos, agrotóxicos, usado em armas químicas, Inseticida de barata 
 
 
10 
 
Neurotransmissores das fibras simpáticas pós-ganglionares 
― Biossíntese 
Tirosina (1) tirosina hidroxilase (2) dihidroxi (dopa) 
dopadescarboxilase hidroxititramina (dopamina) 
dopaminabetahidroxilase Noradrenalina 
 
1. Ativamente transportada para neurônios adrenérgicos e células cromafins 
2. Etapa limitante – enzima presente nas vesículas sinápticas 
 
― Armazenamento 
· Vesículas sinápticas 
· Captação por transporte ativo, armazenamento, proteção da destruição 
· Pool de reserva associado ao ATP e cromogramina 
 
― Liberação 
· Propagação do impulso nervoso ao longo do neurônio adrenérgico pós-ganglionar 
· Exocitose de noradrenalina das vesículas de armazenamento 
 
― Metabolização 
Catecol-O-metiltransferase (COMT) 
(1) monoantinoxidade (MAO) 
 
― Recaptação 
― Difusão 
― Ligação a receptores adrenérgicos 
 
 
Difusão é o fato da noradrenalina se difundir para qualquer lugar fora da fenda. 
Receptação é quando ela está na fenda e da fenda volta para o neurônio. É o processo mais importante para 
diminuir o processo de ação da noradrenalina. 
Principal mecanismo que determina o fim da atividade da noradrenalina - receptação (enzimas que pegam a 
noradrenalina da fenda e levam de volta para o mesmo neurônio que o liberou) 
A metabolização não é o processo mais importante, na noradrenalina a metabolização é responsável por bem 
pouco de sua atividade. A metabolização é devido a MAO e a COMT. 
 
Receptores Adrenérgicos 
― ALFA 
Respostas estimulantes (exceto intestino) 
 
· alfa 1: pós-sináptico 
· alfa 2: pré-sináptico (regula a liberação) 
― BETA 
Respostas depressoras (exceto coração) 
 
· beta 1: estimulação cardíaca e depressão intestinal 
· beta 2: resposta depressora brônquios e vasos 
Tirosina hidroxilase regula a 
síntese em função do estoque 
de noradrenalina 
 
COMT e MAO são duas enzimas responsáveis por metabolizar 
Medula adrenal: secreta adrenalina 
 
· alfa 1: vasoconstritor 
· alfa 2: capaz de regular a liberação. Se houve muita liberação de NOR ela ocupa o receptor alfa 1, mas também 
sobra para o alfa 2 que quando estimulado bloqueia a liberação de mais NOR. 
 
· beta 1: encontramos especialmente no coração. Quando ativados produzem aumento da frequência cardíaca 
e da força de contração 
· beta 2: estão nos brônquios e nos vasos. Quando administrado substâncias que atuam no receptor beta 2 
teremos um relaxamento da musculatura lisa nos brônquios. Bombinhas de asma = agonistas B adrenérgicos, 
se administrar as bombinhas em alta dose também age no receptor beta 1, podendo causar taquicardia. 
 
 Alfa 1 e beta 1 elevam a pressão arterial 
Sempre que a pressão sobe existe uma sensibilização nos seios carotídeos e aórticos. Quando os receptores sabem 
que a pressão arterial está alta mandam uma mensagem para o centro vasomotor → Esse centro reage liberando 
acetilcolina diminuindo a frequência cardíaca, ou seja, da taquicardia fomos para a bradicardia. 
A noradrenalina manteve um nível de pressão arterial que aumentou a pressão. Agiu nos receptores alfa 1 e beta 1. 
Pressão sobe e depois desce = "um v invertido". 
Na adrenalina os receptores envolvidos foram alfa 1, beta 1 e beta 2. O alfa 1 fez vasoconstrição. No leito do vaso 
muscular teremos ação em alfa 1, mas também em beta 2 que é vasodilatadora. Também age em beta 1 aumentando 
a frequência cardíaca. A pressão arterial vaisubir. A pressão arterial que subiu uma hora ela também desce além do 
nível que estava. 
 
 
 
B2 causa uma hipotensão. Uma queda de pressão, que vai ocorrer porque a adrenalina está ligada só a receptores 
que causam vasodilatação. 
A noradrenalina administrada em altas concentrações desencadeia resposta oposta, compensatória. Sempre que 
existe muita NOR circulante ela faz grande elevação da pressão arterial. Diminui a produção de catecolamina e 
libera acetilcolina, ou seja, a função do sistema nervoso autônomo é sempre regular!!!! Quando se corta o dedo o 
SNA faz vasoconstrição na tentativa de fazer os fatores de coagulação interromperam a hemorragia. 
 
12 
 
Administrando um alfa bloqueador, o coração não sofre nenhuma alteração e a pressão arterial diminui bem pouco 
porque fisiologicamente o corpo libera noradrenalina, mas ele não consegue agir em receptores alfa porque estão 
bloqueados. 
Administrando noradrenalina, ela age só em beta 1 aumentando a frequência cardíaca. Este aumento da frequência 
cardíaca foi responsável por um leve aumento da pressão arterial, não aumentou muito porque alfa está 
bloqueado. 
Administrando adrenalina, ela age só em beta 1 e beta 2 porque o alfa está bloqueado. Só cai a pressão arterial, 
porque faz vasodilatação. Isso se chama de inversão vasomotora da adrenalina!!!!! 
 
Administrando propranolol, um beta bloqueador, bloqueia beta 2 e beta 1. 
A noradrenalina age em receptores alfa produzindo vasoconstrição, sobe a pressão e no coração ela não age porque 
beta 1 está bloqueado. Só age o alfa. 
Adm adrenalina e ela vai subir e depois vai baixar a pressão arterial. Na presença do beta bloqueador não muda a 
curva da adrenalina e a da noradrenalina 
Se o paciente está beta bloqueado tanto faz administrar NOR ou ADR a curva da PA vai ser sempre igual. 
 
Utilidades 
Medicamentos para hipertensão!!! Bloqueadores tanto alfa quanto beta, porque eles ocupam receptores e 
minimizam os efeitos do excesso de adrenalina circulante. B1 reduz o batimento cardíaco não deixando aumentar 
a pressão e bloqueia o alfa 1 que é vasoconstritor 
Os antagonistas adrenérgicos vão ser úteis especialmente no tratamento da hipertensão. Tanto no bloqueador alfa 
quanto no beta. 
 
Associação com Vasoconstritores 
AL + vasoconstritor = 2 tipos 
Existem 2 tipos que utilizamos associados com os anestésicos locais: 
1. Agentes adrenérgicos: adrenalina (o mais utilizado), noradrenalina, fenilefrina, levonordefrina (corbadrina). Ao 
utilizar um agente adrenérgico estamos esperando um estimulo alfa adrenérgico na parede dos vasos. 
2. Não adrenérgico: felipressina (vasopressina 2 fenilalanina 8 lísina): análogo sintético da vasopressina/hormônio 
antidiurético (hormônio liberado pela hipófise posterior). Único agente não adrenérgico em uso. 
 
Faz a vasoconstrição e há um bloqueio na condição nervosa nesse trecho da fibra nervosa que foi aplicado o 
anestésico local. A medida que esses anestésicos locais começam a ser absorvidos eles vão para a corrente 
sanguínea e em seguida para o organismo. Deixando de ser locais sua concentração vai diminuindo até que a fibra 
nervosa volte ao normal. Para aumentar o tempo de contato do anestésico com a fibra se aplica um vasoconstritor 
para que o anestésico fique mais tempo em contato com a fibra nervosa. 
13 
 
Agentes Adrenérgicos 
· Estímulo a adrenérgico na parede das arteríolas 
· Mimetiza resposta simpática – Nor e Adr tem diferentes ações 
 
ADR 
· α – vasoconstrição periférica 
· β2 – vasodilatação musculatura esquelética e broncodilatação 
· β1 – aumento da frequência cardíaca 
 
· β1 e α – eleva PA 
· β2 reduz PA → não há variação 
 
Adrenalina faz vasoconstrição periférica quando se liga ao α e o efeito em β2 reduz a PA. Se temos efeitos que eleva 
e diminui a pressão arterial, em termos que PA média não tem alteração. Por isso sempre preferimos a adrenalina. 
 
NOR 
· α – vasoconstrição (fenilefrina e levonordefrina) 
· β2 – pequena atividade 
· β1 – aumenta frequência cardíaca 
 
· Maior elevação da PA 
· Atividade vasoconstritora periférica: Adrenalina é 4x mais potente que noradrenalina e Fenilefrina 
 
Felipressina 
· É o vasoconstritor que se usa sem origem adrenérgica 
· Atua nos receptores da vasopressina 
· Contração da musculatura lisa vascular – vênulas, pequenas arteríolas e capilares 
· Pequenas doses – vasoconstrição apenas local, sem atividade antidiurética e vasoconstritora coronariana 
· É um vasoconstritor menos potente que a adrenalina e também é um vasoconstritor localizado 
· Por ser não adrenérgico, é a escolha quando se tem paciente com insuficiência cardíaca, hipertensão não 
controlada 
· A anestesia fica mais eficaz e duradoura associando ela a vasoconstritores 
 
Associação a Vasoconstritores 
· Aumenta a profundida e prolonga a duração do AL 
· Neutraliza o efeito vasodilatador do AL 
· Impede a rápida distribuição a outros sítios 
· Maioria dos AL – vasodilatadores 
14 
 
· Em odontologia é utilizado em tecidos muito vascularizados 
Naturalmente os anestésicos locais são vasodilatadores. Alguns tem capacidade vasodilatadoras maiores que de 
outros. Associar um vasoconstritor, às vezes, pode só neutralizar a vasoconstrição normal. Em outras a 
vasoconstrição ajuda até a deixar o campo operatório melhor por diminuir o sangramento. 
 
― Procaína, Lidocaína e Prilocaína 
· Ação curta 
· Atividade farmacológica aumentada com uso de vasoconstritores 
 
― Bupivacaína 
· Ação longa 
· Elevada ligação tecidual, ação vasodilatadora 
 
― Lidocaína 
· Produz anestesia pulpar apenas em associação com vasoconstritor 
· Lidocaína + Adr = bloqueio fibras pulpares por 60-90 minutos 
· Duração anestesia infiltrativas com vasoconstritor = pode duplicar 
A lidocaína só tem um bom efeito com a ação do vasoconstritor. Sem ele não se tem anestesia pulpar eficaz. 
Associando-o com adrenalina há bloqueio da dor por 60-80 min. 
 
→ Quanto mais curto o tempo de ação do anestésico mais se beneficia da ação do vasoconstritor 
 
Vasoconstritores reduzem quantidade de AL 
Existe redução da Cm do AL para bloqueio nervoso e melhor qualidade de anestesia e analgesia. 
 
Quando se faz associação a vasoconstritores pode-se usar apenas 50% da dose do AL (diminuindo assim a 
quantidade do mesmo e a toxicidade para o paciente), contribuindo para diminuir os efeitos adversos – reduz 30-
40% pico de concentração plasmática. Isso não prejudica a eficácia da anestesia. 
 
Vasoconstritores atuam como hemostáticos 
Reduzem o sangramento e facilitam o transcurso do procedimento 
 
Adrenalina 
· Adrenalina a vasoconstrição é sistêmica. 
· Agente vasoconstritor com melhor eficácia/segurança 
· Predomínio a adrenérgico na mucosa oral, submucosa e periodonto 
· Noradrenalina: uso odontológico, é desaconselhado por ter menor eficácia, produzir mais arritmias e maior 
aumento da pressão arterial, maior dano tecidual. A Adrenalina é mais segura que a noradrenalina 
· Não aplicar em demasiado para não produzir muita vasoconstrição e necrosar o tecido 
15 
 
Praticamente todo anestésico é vasodilatador e muitas vezes a concentração de adrenalina do anestésico não 
produz vasoconstrição, mas neutraliza a vasodilatação. 
 
Felipressina 
· Felipressina só age naquela região, apenas no local da aplicação 
· Reduz o pico plasmático do anestésico diminuindo a toxicidade 
· Reduz fluxo sanguíneo capilar, prolonga duração da anestesia local, reduz pico plasmático do anestésico 
· Eficácia vasoconstritora inferior às catecolameninnas 
· Pacientes com restrições às catecolaminas 
· Em doses terapêuticas, tem pouco efeito sobre pressão, frequênciaou ritmo cardíaco 
Quando não for possível o uso da Adrenalina, se faz uso dela, consciente de que o aprofundamento da anestesia 
não é tão grande. 
Grande diferença em relação a adrenalina: reduz fluxo sanguíneo local, reduz pico plasmático, assim como 
adrenalina, mas em menor efeito. 
A felipressina pode aumentar as contrações uterinas, pode ser perigoso para gravidas. Deve-se utilizar anestésico 
puro, sem vasoconstritor nessa situação. 
 
Vasoconstritores em Cardiopatas 
▪ 1964 – ADR administradas com cuidado e lentamente, com prévia aspiração para evitar injeção intravascular 
acidental 
▪ 1986 – Uso apenas quando fosse claro que o encurtaria o procedimento ou a anestesia se tornasse mais 
profunda 
▪ Atual: cuidado com pacientes hipertensos 
⤷ Hipertensos controlados: contraindicado se fazem uso de medicação que interage com adrenalina/aceitável 
quando se associa a precauções ou monitorização 
⤷ Hipertensos não controlados: controverso 
 
Adrenalina 
· Liberada pela adrenal (2,5 – 7,5 ng/kg/min) 
· Liberação aumentada: no stress – anestesia insuficiente, a liberação de adrenalina pelo fato do paciente estar 
nervoso/ansioso no consultório odontológico pode aumentar de 20 a 40x → fator de risco para complicações 
cardiovasculares 
O fato de aumentar a vasoconstricção não significa que vai produzir necessariamente alteração. Eles são 
metabolizados muito rápidos, por isso depende do paciente 
· Altera PA, FC, e níveis plasmáticos adr 
· Resposta hemodinâmica – PA média inalterada 
16 
 
· Adr: aumenta frequência cardíaca, volume de ejeção, pressão sistólica, consumo de 02 pelo miocárdio e 
automaticidade cardíaca 
· Reduz: pressão arterial diastólica → PA permanece relativamente inalterada 
· Liberada pela adrenal: t/2 de 1 a 3 minutos 
· Administrada na AL: t/2 de 10 minutos 
· São degradadas pelo MAO e COMT do sangue, fígado, pulmões e outros tecidos 
 
Estudos Clínicos 
· 2 a 3 tubetes de Lidocaína 2% com adr 1:100.000 (36 a 54 µg de adr) parecem ser tolerados pela maioria dos 
pacientes hipertensos/doença cardiovascular 
· Benefícios da vasoconstrição parecem suplantar os risos e desvantagens 
· Doses médicas são maiores que as odontológicas 
· Se respeitadas as doses máximas, os efeitos adversos são raros, mesmo em cardiopatas 
 
Contraindicações da associação 
Todos são contraindicações para aplicação de felipressina e adrenalina 
― Absolutas 
· Angina instável: vasoconstricção coronariana, se vasoconstringe mais o coração fica sem vascularização 
· Infarto do miocárdio recente (recentes são considerados procedimentos de em média 6 meses atrás) 
· Cirurgia de revascularização recente 
· Acidente vascular cerebral recente 
· Arritmias refratárias 
· Hipertensão arterial sistêmica grave não tratada, não controlada 
· Insuficiência cardíaca congestiva intratável ou não controlada 
· Hipertireoidismo não controlado 
· Diabetes melito não controlado 
· Feocromocitoma (tumor na glândula adrenal que produz adrenalina em doses excessivas. Não posso 
administrar mais adrenalina ainda, nesse caso posso aplicar bloqueador alfa e beta.) 
· Hipersensibilidade a sulfitos 
 
― Relativas 
· Antidepressivos tricíclicos 
· Inibidores da monoaminoxidase (IMAO) 
· Compostos fenotiazínicos 
· Betabloqueadores adrenérgicos não seletivos 
· Cocaína (cronicamente – inibe o processo de receptação, faz com que a adrenalina não saia da fenda causando 
taquicardia, infarto, etc) 
 
 
17 
 
Vasoconstritor como hemostático 
· AL infiltrativas com vasoconstritor – reduz perda sanguínea, melhora visualização do campo operatório 
· Adrenalina é eficaz 
· No sangramento excessivo, usa-se adrenalina pura 
· Atenção para hiperemia rebote – isquemia tecidual, acúmulo de metabólitos vasodilatadores – pode acentuar 
sangramento pós-operatório 
 
Preparações de AL 
· Comercializadas em solução 
· AL 2% - 2 g em 100 mL, 20 mg/mL 
· 1,8 mL do tubete – 36 mg de AL 
· Vasoconstritor: gramas milhares de mL 
· 1:100.000 = 1 g de adre em 100.000 de solução (10 µg/Ml) – no tubete 18 µg de adr 
 
AL com vasoconstritor 
Efeito vasoconstritor persiste por 30 – 90 minutos. A concentração local diminui gradualmente até ser incapaz de 
atingir receptores α, sobressaindo a resposta vasodilatadora β. 
Aumenta o fluxo sanguíneo local, desaparece o efeito hemostático. A hiperemia pode perdurar por 2h. 
 
AL em tecidos inflamados 
Todos os anestésicos locais são bases fracas, assim eles podem se apresentar de duas formas: não ionizado (B) ou 
ionizada (BH+). O pKa de uma base fraca define o pH no qual as duas formas coexistem em equilíbrio. Como o pH 
dos tecidos difere do pKa de uma determinada droga, haverá maior proporção de uma das formas, a ionizada ou 
não ionizada. 
Quando existe uma injuria terá toda uma cascata de eventos e a tendência é que o pH diminua. O tecido inflamado 
é mais ácido e a difusão do anestésico terá mais dificuldade de atravessar a membrana. O anestésico lipossolúvel 
para atravessar a membrana com pH ácido ele fica em sua forma iônica (sofre o processo de ionização) e terá mais 
dificuldades de atravessar a membrana. 
 
Farmacocinética 
Absorção 
· AL devem ser infiltrados em áreas próximas aos nervos que devem ser bloqueados – incluindo pele, tecido 
subcutâneo e espaços intratecal e epidural 
· Parte será absorvida para a circulação sistêmica: a quantidade dependera do fluxo sanguíneo no tecido onde 
foi administrado o anestésico e dos efeitos do fármaco ou seus aditivos podem desencadear na circulação local 
18 
 
· Alguns AL possuem ação vasodilatadora aumentando a absorção 
 
· Ésteres (exceto a cocaína) são rapidamente metabolizados por esterases plasmáticas em metabólitos inativos, 
e consequentemente apresentam curta meia vida. Os metabólitos dos ésteres são excretados pelos rins. 
· A cocaína é hidrolisada no fígado 
· Os ésteres possuem mínimos efeitos sobre feto, pois são metabolizados de modo tão acelerado que não 
existem concentrações suficientes na circulação sistêmica para ultrapassar a barreira placentária 
 
· As amidas são metabolizadas pelos amidases hepáticas. Esse processo é mais lento, o que determina uma meia 
vida mais longa, podendo apresentar efeito cumulativo em caso de doses repetidas 
· A prilocaína apresenta metabolização extra-hepática 
· As amidas apresentam maior tendência à passagem transplacentária. Nesse grupo, as amidas com menor grau 
de ligação proteica, como a lidocaína, atravessam em maior quantidade a barreira placentária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Analgésicos anti-inflamatórios não esteroidais 
 
Analgésicos dividem-se em dois grupos: 
• De ação central: agem no centro da percepção dolorosa. Ex: morfina e congêneres 
• De ação periférica: inibem mediadores químicos tanto da dor quanto da inflamação 
Os anti-inflamatórios são divididos em não esteroidais (que estão dentro dos periféricos) e os anti-inflamatórios 
esteroidais (derivados do colesterol), os glicocorticoides. 
 
Dor 
Sensação desagradável, que varia desde desconforto leve a situação que gera aflição e sentimentos desagradáveis 
associada a um processo destrutivo atual ou potencial dos tecidos que se expressa através de uma reação orgânica 
e/ou emocional. 
A dor é um sinal de alerta que algo está mal no organismo. 
 
Controle da dor – rotina CD 
· Anestésicos Locais: bloqueiam a propagação dos impulsos nervosos originados por impulsos nociceptivos em 
um ponto periférico. Bloqueia propagação do estímulo doloroso temporariamente 
· Analgésicos Opióides: afetam a percepção e reação dos impulsos que atingemo sistema nervoso central. Não 
possuem efeito analgésico provado no local de ação ou sobre a condução nervosa. É uma substância do grupo 
da morfina, altera o centro da percepção dolorosa. Combate a percepção da dor. 
 
⤷ Nociceptivos são receptores da percepção dolorosa 
 
Analgésicos anti-inflamatórios não esteroides antipiréticos 
· Analgésico de ação periférica 
· Bloqueiam uma importante via no processo que promove a ativação das terminações nervosas livres 
nociceptivas no tecido lesado 
 
⤷ Antipirético: combate à febre 
⤷ Analgésicos de ação periféricas: analgesia, antipirético, anti-inflamatório 
⤷ A maioria dos fármacos tem três características: analgésico, anti-inflamatório e antipirético 
 
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Analgésico 
Substância que combate a dor, independente da causa. Se divide em dois grupos principais: 
· Analgésicos de ação central: analgésicos fortes. Ex: morfina e congêneres 
· Analgésicos de ação periférica: também conhecidos como AINES 
 
AINES 
Fármacos muito usados em odontologia – são usados em VO, não causam depressão respiratória (ao contrário da 
morfina) ou do SNC em doses terapêuticas e aliviam de forma eficaz a dor. 
 
Glicocorticoides 
São anti-inflamatórios potentes 
 
Etiologia da dor 
Lesão ou destruição tecidual. 
Em dores muito fortes são utilizados analgésicos de ação central, mas a maioria das vezes no ambiente 
odontológico pode ser usado os analgésicos anti-inflamatórios não esteroidais 
O trauma pode ser iniciado por processos patológicos – abcesso apical, intervenção cirúrgica (extração dentária). 
· Destruição celular: liberação ou síntese de vários mediadores bioquímicos envolvidos no processo álgico (ex: 
histamina, bradicinina e outras substâncias de ação curta) 
As proteínas lisossômicas das células rompidas liberam histamina dos locais de depósito nos mastócitos 
· Histamina: exerce importante papel nos estágios iniciais da lesão tecidual, é rapidamente metabolizada e não 
se acredita que participem nos estágios finais e mais prolongados da resposta à dor. 
· Bradicinina: existe na forma de sua precursora (cininogênio) e na lesão tecidual ocorre ativação da calicreína 
que transforma cininogênio em bradicinina 
Os períodos mais prolongados da dor e da inflamação parecem ser integralmente envolvidos nas reações que levam 
à formação das prostaglandinas. 
Quando as células são rompidas, o ácido aracdônico – (e outros ácidos de cadeia longa) – é liberado pelas 
membranas celulares e exposto às fosfolipases plasmáticas → O ácido aracdônico livre sofre rapidamente a ação 
da enzima ciclo-oxigenase ou prostaglandina sintetase biotransformando-se em ácidos graxos cíclicos conhecidos 
como endoperóxidos → Os endoperóxidos são instáveis e através de uma cascata de reações, formam 
eventualmente as prostaglandinas 
 
 
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Prostaglandinas patológicas: liberadas em reações inflamatórias. Formam por exemplo os edemas. 
Prostaglandinas fisiológicas: participam de reações fisiológicas. Ex: participação no muco que reveste a mucosa 
gástrica, tornando-a resistente ao ataque do ácido clorídrico. 
 
⤷ Aines: capacidade de inibir a cicloxigenase, o que inibe as prostaglandinas tanto patológicas quanto fisiológicas 
(pacientes com uso prolongado do aines podem aparecer com sangramento no digestivo) 
⤷ Lipoxigenase: é uma enzima que dá origem a mediadores químicos onde temos os leucotrienos (importantes 
na reação asmática) 
⤷ Ácido araquidônico: é substrato para lipoxigenase e para cicloxigenase 
⤷ Glicocorticoides inibem na formação do ácido araquidônico não tendo substrato para lipoxigenase e para 
cicloxigenase. Porque eles agem antes da formação do ácido araquidônico, o que o torna forte e efetivo apesar 
de todos os efeitos colaterais desse fármaco 
⤷ Aines inibe clicoxinegase, nesse ponto, o ácido araquidônico já tá formado, sendo então utilizado como 
substrato 
 
Vários intermediários, assim como os produtores das PGs – prostaglandinas PGE1, PGE2 são potentes mediadores 
da dor e inflamação. 
As PGs causam hiperalgesia por sensibilização dos receptores nociceptivos na periferia a outros mediadores álgicos, 
como a bradicinina, e as forças físicas. 
Fosfolipideos 
Ácido araquidônico 
Lipoxigenase Ciclooxigenase 
Leucotrienos Tromboxano Prostaglandinas 
*Prostaglandina 
fisiológica* 
(COX-1 constitutiva) 
*Prostaglandina 
patológica* 
(COX-2 indutiva) 
Mecanismo de ação dos anti-inflamatórios não-hormonais 
22 
 
Febre 
Ocorre quando os macrófagos liberam substâncias pirogênicas (interleucinas 1 e 6) liberando prostaglandinas que 
atuam no centro termo regulador hipotalâmico, no hipotálamo anterior, ocorre ajuste no centro termo regulador 
– tremores para produção de calor e vasoconstrição – para diminuir a perda de calor. 
 
⤷ Pirogenicos endógenos regulam o termostato pra mais 
⤷ Os analgésicos anti-inflamatórios antipiréticos inibem a síntese de prostaglandinas, fazendo o centro termo 
regulador se ajustar ao normal (o que dá o calorão, vasodilatação intensa pra perder calor pro meio ambiente) 
 
Vários produtos intermediários e finais da cascata do ácido aracdônico interagem com outros mediadores locais 
como bradicina, histamina, e 5-hidroxitriptamina para promover: eritema, edema e dor. 
A atividade analgésica de alguns fármacos se deve a efeitos secundários de inibição da cicloxigenase no SNC. 
As diferenças entre os fármacos resultam de variações na sua lipossolubilidade, ligação proteica, penetração na 
barreira hematoencefálica e metabolismo hepático. (Todos não esteroidais) 
 
Classificação quanto ao mecanismo de ação 
 
Inibidor irreversível não- seletivo da COX 
Ácido acetilsalicílico 
 
Inibidores reversíveis seletivos da COX2 
Paracetamol* 
Meloxicam 
Nimesulida 
 
Inibidores reversíveis altamente seletivos da COX 
Celecoxib 
Etoricaxib 
Lumiracoxib 
 
Inibidor não-seletivo reversível da COX 
Dipirona 
Fenilbutazona 
Cetoralaco 
Indometacina 
Piroxicam 
Tenoxicam 
Diciofenaco 
Ibuprofeno 
Naproxena 
Cetoprofena 
Ácido mefenômico 
· Não seletivos: fisiológica e patológica 
· Seletivos da cox2: patológica 
23 
 
Salicilatos 
Ácido acetil salicílico 
· Analgésico, anti-inflamatório, antipirético 
· Antiagregante plaquetário e uricosúrico 
· Tratamento da cefaleia, neuralgia, mialgia, dismenorreia, artralgia e outras dores de origem tegumentar ou 
inflamatória 
· Dores moderadas de origem pós-operatória 
· Eficaz em quase todas as situações odontológicas 
· Diminuem a temperatura febril, geralmente associada a sudorese 
· São úteis no tratamento de artrite reumatoide ou alterações músculos esqueléticos com inflamação – artrite, 
bursite, tendinite 
· Não são fármacos de escolha no tratamento da gota 
· Ação antiagregante plaquetária – prevenção do tromboembolismo 
 
Farmacocinética 
· Absorção: VO – estômago e duodeno 
· Ligam-se (80-90%) às proteínas plasmáticas 
· Alcançam: líquor, liquido sinovial, peritoneal, saliva, leite e suor. Atravessam a placenta 
· Sofrem conjugação hepática 
· São excretados por via renal – filtração glomerular e secreção tubular 
 
Toxicidade 
· Aparelho gastrointestinal – tratamentos prolongados: dor, desconforto epigástrico, náusea, vômitos e anorexia 
· Ulceração: mucosa com sangramento 
· Perda de sangue nas fezes e anemia por deficiência de ferro 
· Ingestão de etanol agrava processo 
· Aspirina inibe as 2 cicloxigenases, fazendo perder o revestimento da mucosa gástrica, o que causa dor, 
desconforto gástrico e pode causar sangramentos a longo prazo 
· Hepatotoxicidade:em altas doses, é reversível 
· Nefrotoxicidade: uso crônico associado a fenacetina ou paracetamol 
· Hipersensibilidade: geralmente envolvendo pele e aparelho respiratório. Síndrome de Reye – encefalopatia e 
dano hepático 
Pode ser tóxica para o fígado (importante em crianças, porque faz com o organismo perca a capacidade de excretar 
o ácido acetilsalicílico, o que produz encefalopatia - desaconselhável em crianças) 
· Salicismo: zumbidos, surdez, úlceras gástricas, comprometimento renal, hematológico e hepático 
· Duplica o tempo médio de sangramento por 4 – 7 dias – inibição da cicloxigenase plaquetária 
· Não se conhecem efeitos teratogênicos, mas uso prolongado está relacionado ao baixo peso ao nascer 
 
 
Uricosúrica: aumenta a 
excreção de ácido úrico 
24 
 
Classificação 
― Inibidores irreversíveis da COx 2 
Salicilatos e derivados: 
· Ácido acetil salicílico 
· Salicilato de sódio 
· Salicilato de metila 
· Diflunisal 
· Flufenisal 
― Inibidores reversíveis e não seletivos da COx 2: 
não seletivos, seletivos e altamente seletivos 
 
· Dipirona 
· Fenilbutzona 
· Indometacina 
· Piroxican 
· Diclofenaco 
· Ibuprofeno 
 
Dipirona 
Proibido em vários países – discrasias sanguíneas: agranulocitose fatal, púrpura trombocitopênica, anemia 
aplástica, anemia hemolítica. 
Geralmente eficazes no tratamento da artrite reumatoide, gota aguda, osteoartrite 
 
Indometacina 
· Primeira do grupo 
· Anti-inflamatório, analgésico e antipirético, semelhante aos salicilatos 
· Potente inibidor da cicloxigenase 
· Inibe a motilidade dos leucócitos polimorfonucleares 
Efeitos tóxicos: SNC – cefaleia, vertigem, tonturas, alucinações e distúrbios psiquiátricos – depressão e psicose. Não 
usada como antipirético 
Efeitos gastrointestinais: dor, epigástrica, anorexia, dispepsia, náuseas, vômitos, ulcera péptica, sangramento 
gastrointestinal, elevação reversível das transaminases 
São contraindicados em pacientes psiquiátricos, epilepsia, Parkison, gestantes, lactantes, doenças renais, lesões 
ulcerativas do estomago ou duodeno, anormalidades na coagulação sanguínea. 
Sem seletividade para cicloxigenase, inibe prostaglandinas e pode causa problemas no sistema digestivo. 
 
Sulindaco 
Surgiu através de pesquisas que buscavam compostos com potente ação anti-inflamatória e baixa atividade 
ulcerogênica. 
 
 
 
25 
 
Ibuprofeno, Naproxeno e Cetoprofeno 
· Diferem na potência 
· Inibem as Cox 1 e 2: atividade analgésica e anti-inflamatória 
· Maior atividade antipirética, comparada a aspirina – maior potência e duração 
São usados em processos inflamatórios odontológicos e outras situações como: osteoartrite, artrite gotosa aguda, 
tendinites, bursites e etc. 
 
Ibuprofeno 
· Atua também sobre o sistema de cininas e histamina, substância de reação lenta na anafilaxia 
· Leve efeito estabilizador das membranas lisossômicos – amplificadoras do processo inflamatório 
· Inibem a agregação plaquetária alivio da dor pós-operatória odontológica moderada, cefaleia 
 
Naproxeno 
Ação analgésica na dor pós-operatória odontológica, efeito comparável ou a: 
· Aspirina 
· Aspirina +codeína, acetaminofeno ou pentazocina 
· Toxicidade desconhecida durante gestação e lactação 
Uso cuidadoso em pacientes com histórico de ulcera péptica, doença renal ou em uso de cumarínicos 
(anticoagulantes orais). 
 
Inibidores seletivos reversíveis COx 2 
Não atua na cicloxigenase 1, ou seja, não causa problema na mucosa gástrica, indicado para quem tem problema 
de úlcera, gastrite etc. 
 
― Derivados do Para-aminofenol: 
Fenacetina – acetaminofeno (paracetamol): efeitos analgésicos e antipiréticos e fraca atividade anti-inflamatória 
Pouca ação sobre a COx 1 e 2. 
Parece inibir a COx 3 – variante do gene da COx 1. 
Paracetamol não possui efeitos anti-inflamatórios, a sua atividade é apenas a nível central e não periférico. Ele inibe 
a ação das interleucinas no centro termorregulador e impede a ação das Prostaglandinas no centro doloroso. 
Fraco efeito sobre as plaquetas – não causa sangramento, não produzem erosão ou sangramento gástrico, não 
exercem efeitos sobre os sistemas cardiovascular e respiratório 
Usos como analgésico e antipirético – eficácia semelhante a aspirina. 
 
 
 
26 
 
Paracetamol 
· Alternativa para pacientes que não toleram aspirina – portadores de coagulopatias, histórico de ulceras péptica 
· Uso pediátrico – mais seguro que AAS 
· Indicado no tratamento da dor pós-operatória leve e cefaleia, mialgia moderada e febre 
· Contraindicação: insuficiência renal crônica e insuficiência hepática 
 
― Derivados do Ácido Enólico 
· Derivados do ácido enólico: piroxican, meloxicam 
· Ação analgésica e anti-inflamatória superior a indometacina, naproxeno e fenilbutazona 
· Ação antipirética 
· Inibem a ativação dos neutrófilos 
Meloxican: estudos sugerem seletividade moderada para COx 2. 
Toxicidade: ulcera péptica, cefaleia, mal-estar zumbidos, edema, prurido, vertigem, insônia, elevação das 
transaminases. 
Contraindicados: pacientes com úlceras gastrointestinais, alterações na coagulação sanguínea. Faltam estudos que 
asseguram o uso na: infância, gravidez e lactação. 
 
― Derivados da Sulfonanilida 
Nimesulida 
Inibe seletivamente COx 2 e neutraliza a formação de radicais livres produzidos durante o processo inflamatório – 
analgésica, anti-inflamatória e antipirética 
A inibição seletiva da COx 2 apresenta menor incidência de efeitos colaterais gastrintestinais 
Usado: estados febris, inflamação associada a liberação de prostaglandinas, especialmente em: dor pós-operatório, 
processo osteoarticulares e analgésico em odontoalgias, cefaleias, mialgias 
Contraindicada em pacientes com hemorragias gastrointestinais, ulcera duodenal ou gástrica, patologias hepáticas 
ou renais 
 
― Derivados do ácido indolacético 
· Etodolaco 
· Pertence ao mesmo grupo da indometacina, porém apresenta seletividade para COx 2 
· Apresenta menor toxicidade que a indometacina e o AAS 
· Efeitos colaterais em 5% dos pacientes – exantemas e efeitos centrais 
 
 
 
 
27 
 
Inibidores seletivos altamente reversíveis COx 2 
― Coxibes 
Celecoxib, Etoricoxib, Rofecoxib 
Seletividade para COx 2 – não apresentam maior eficácia terapêutica e menor toxicidade 
Estudos clínicos avaliando: eficácia x complicações gastrintestinais 
· Naproxeno x Rofecoxib – redução de 54% 
· Diciofenaco ou Ibuprofeno x Celecoxib: sem alteração na incidência de úlcera gástrica, obstrução ou 
sangramento gastrintestinal alta 
Menor incidência: alterações gastrintestinais – náuseas, dor abdominal e dispepsia 
Maior incidência: urticaria, cefaleia, alergia, edema de língua, angioedema, insuficiência renal, eventos 
cardiovasculares trombóticos – infarto do miocárdio, angina instável, trombos cardíacos, morte súbita, ataques 
isquêmicos transitórios. 
 
― Rofecoxib 
· Em doses terapêuticas, não inibe COx 1 nem agregação plaquetária 
· Ação anti-inflamatória, antipirética e analgésica 
· Ibuprofeno x Rofecoxib – menor incidência de ulceração gástrica 
· Uso de doses elevadas associado a edema e hipertensão 
 
― Celecoxib 
· Cerca de 10x mais seletivo para COx 2 
· Ação analgésica de 12-24 horas 
· Apresentam desconforto gastrointestinal moderado – dispepsia, diarreia e dor abdominal 
 
― Etoricoxib 
· Inibidor altamente seletivo para COx 2 
· Naproxeno x etoricoxib – eficácia superior no tratamento da artrite reumatoide

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