Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AVALIAÇÃO DO PACIENTE PARA PROTETIZAÇÃO Prof. Esp. Melk Antonio Mussato Órteses e Próteses Exame Físico – Força muscular – ADM – Presença de lesões – Presença de deformidades MEMBROS SUPERIORES Exame Físico • Pele: desidratada aumenta risco de infecções • Temperatura: – Diminuída – doenças obstrutivas – Aumentada – processo inflamatório MEMBRO INFERIOR OPOSTO Exame Físico • Coloração: relação com a vascularização • Sensibilidade: avalia-se a superficial e a propriocepção – risco de úlceras • Pulsos arteriais: a. femoral, poplítea e pedial; • Equilíbrio e mobilidade: testes de equilíbrio sobre esse membro e transferência de deitado e sentado para em pé. MEMBRO INFERIOR OPOSTO Exame Físico • Força muscular • ADM • Trofismo MEMBRO INFERIOR OPOSTO Exame Físico COTO DE AMPUTAÇÃO Pele Coloração Pulsos arteriais Força muscular ADM Membro contra-lateral Exame Físico Pele: lesões abertas devem ser caracterizadas – Tamanho – Edema – Forma COTO DE AMPUTAÇÃO Exame Físico • Psoríase, eczema, dermatite, cisto • Observação da sensibilidade (áreas de enxerto) COTO DE AMPUTAÇÃO Exame Físico • Edema: presentes quando ainda não houve protetização • Amputações transtibiais, transfemurais e desarticulações de joelho • Observar o uso de enfaixamento COTO DE AMPUTAÇÃO Exame Físico • Cicatrização: regularidade, aderências, trofismo, profundidade • Cicatriz aberta ou fechada • Cicatriz livre ou retraída • Cicatriz inflamada ou infectada – Com ou sem secreções • Cicatriz em local não clássico – Traumáticas COTO DE AMPUTAÇÃO Exame Físico Coxim Terminal: • Firme • Não pode ser escasso • Não pode ser volumoso COTO DE AMPUTAÇÃO Controle e suspensão da prótese Propriocepção Irrigação local Exame Físico Tônus, trofismo e força muscular: • Coto suficientemente firme e forte para suportar a prótese e controlá-la • Evitar imobilismo e repouso COTO DE AMPUTAÇÃO Exame Físico Descarga de Peso: • Observar sinais de hipersensibilidade COTO DE AMPUTAÇÃO Exame Físico Deformidades: • Joelho flexo – amputação transtibial • Flexão plantar – Lisfranc • Quadril flexo + adb – amputação transfemural COTO DE AMPUTAÇÃO Encurtamentos e contraturas musculares Exame Físico Membro Fantasma: sensação não dolorosa do membro amputado imediata à amputação • Pressão • Formigamento • Parestesia • Posição do membro COTO DE AMPUTAÇÃO Exame Físico Dor fantasma: sensação dolorosa do membro amputado Geralmente essa dor é distal • Cãibras • Queimação • Apertos COTO DE AMPUTAÇÃO Exame Físico Espículas Ósseas: radiografias • Dor à palpação ou protetização COTO DE AMPUTAÇÃO Exame Físico Neuromas ou brotamentos: crescimento desorganizado do nervo na fase de reparo Mais distal = > sensibilidade (choque) COTO DE AMPUTAÇÃO Níveis de Amputações dos Membros Superiores Prof. Melk Antonio Mussato Próteses e Órteses Níveis de Amputação • Desarticulação interescapulotorácica. • Desarticulação do ombro. • Amputação transumeral. • Desarticulação do cotovelo. • Amputação transradial. • Amputação transmetacarpica. • Amputação de dedos. Candidatos à Protese • Fatores que interferem: – Idade, – Cognitivo, – Estado clínico, – Nível da amputação, – Cobertura da pele, – Condição da pele, – Desejo de uma prótese. Tratamento http://www.ortopediafollowup.com.br/start-br/processo-de-tratamento/circulo-de-tratamento-membro-superior/ Reabilitação • Apresenta 9 fases: 1. Pré-operatória 2. Cirurgia de amputação funcional 3. Pós-operatório imediato 4. Pré-protética 5. Prescrição protética 6. Treino protético 7. Reintegração na comunidade 8. Reabilitação vocacional 9. Acompanhamento ambulatorial. Reabilitação • Fase 1 - Pré-operatória: – ADM e força muscular, – Independência nas AVD’s, – Condicionamento físico, – Suporte social. *** Informar sobre a protetização e processo de reabilitação. Reabilitação • Fase 2 – Cirurgia de amputação funcional: – Comprimento do coto, – Cuidados cirúrgicos, – Garantir melhor função residual. Reabilitação • Fase 3 – Pós-operatório Imediato: – Cuidados com sutura cirúrgica, – Controle da dor, – Manutenção da ADM proximal, – Suporte emocional. Reabilitação • Fase 4 – Pré-protética: – Conificação (preparação do coto): * Restabelecimento da ADM e força muscular, * Alongamento global e controle motor, * Métodos e técnicas de dessensibilização, * Redução do neuroma doloroso. Reabilitação • Fase 5 – Prescrição-protética: – Contato visual com a prótese (foto e peças), – Informar vantagens e desvantagens de cada prótese para membro superior. Reabilitação • Fase 6 – Treino protético: – Iniciar passivamente (propriocepção cinestésica), – AVD’s – TO: • Higiene pessoal, • Alimentação, • Vestuário. Reabilitação • Fase 7 – Reintegração na comunidade: Reabilitação • Fase 8 – Reabilitação vocacional: – Readequação funcional, – Nova realidade, – Aptidões laborais. Reabilitação • Fase 9 – Acompanhamento ambulatorial: – Verificar o uso da prótese, – Orientações, – Ajustes. Classificação das Próteses para Membros Superiores Classificação de Próteses • Mecânica: Também chamadas de “próteses ativas”. Fonte de energia interna, movimento realizado por propulsão muscular. Classificação de Próteses • Elétrica: Controlada por chave ou sinais mioelétricos. Classificação de Próteses • Mioelétrica: “prótese ativa”, controlada por eletrodos, responsáveis pela captação da contração muscular. Classificação de Próteses • Híbrida: “prótese mais funcional”, pois combina força mecânica com força mioelétrica. Mais indicada para amputações acima do cotovelo ou desarticulação deste. Classificação de Próteses • Estética: não funcionais, complementam a cosmese. Tipos de Próteses para Membros Superiores DynamicArm *DynamicArm com VariPlus Speed - Amputação acima do cotovelo - Movimentos próximos ao fisiológico - Motor elétrico (controle neuromuscular) Axon-Bus com mão Michelangelo - Desarticulação do cotovelo - Movimentos fisiológicos da mão: agarrar, apanhar, fechar, soltar, pinça... - Motor elétrico (controle neuromuscular) Encaixe SiOCX TR - Amputação do antebraço - Revestida internamente por silicone HTV - Secções flexíveis dos encaixes interno e externo - Grande liberdade de movimento - Fácil limpeza SensorHand Speed e VariPlus - Desarticulação do punho - Semelhante à mão natural - Miolétrica - Alta performance Níveis de Amputações dos Membros Inferiores Disciplina: Próteses e Órteses Níveis de Amputações • 1. Amputação interfalangiana • 2. Amputação Metatarsofalangiana • 3. Amputação Transmetatarsiana • 4. Amputação de Lisfranc • 5. Amputação de Chopart • 6. Amputação de Syme • 7. Amputação de Pirogoff• 8. Amputação Transtibial • 9. Desarticulação de Joelho • 10. Amputação Transfemoral • 11. Desarticulação de Quadril • 12. Hemipelvectomia Amputação Interfalangiana • Problemas estéticos e funcionais menores • Causas: processos traumáticos e vasculares (amputações espontâneas) • Uso de sapatos específicos para indústria metalúrgicas • Calçados diferenciados neuropatia diabética Amputação Metatarsofalangiana • Mesmas causas • Impossibilidade de suturar a pele sem tensão nas interfalangianas metatarsofalangiana • 2º-5º dedo sem alterações significativas na marcha • 2º-3º dedo deformidade em hálux-valgo • Amputação podálicos médios desvio podálicos laterais • Hálux compromete marcha • Artelhos sobrecarga na cabeça dos metatarsos maior pressão local ulceras plantares. Amputação Metatarsofalangiana • Causas: vasculares e traumáticas • Nervos e tendões tracionados e seccionados • Descarga contínua distalmente prejudicando marcha. Amputação Transmetatarsiana Amputação Transmetatarsiana Amputação de Lisfranc • Desarticulação dos metatarsos com cuboide e cuneiforme • Causas: predomínio vasculares • Desvantagem deformidades em flexão plantar difícil protetização limitam descarga distal total revisão cirúrgica Amputação de Chopart • Causas: vasculares, infecciosas, traumáticas e tumorais • Desarticulação entre osso navicular e cuboide com tálus e calcâneo respectivamente • Curto braço de alavanca equino diminui área de apoio • Reinserção do tibial anterior ao redor do colo da tálus junto com alongamento do tendão do calcâneo nem sempre resultado bom amputação não funcional • Mesmos cuidados com nervos e suturas Lisfranc • Se paciente tolerar descarga de peso distal Amputação de Chopart Amputação de Chopart Amputação de Syme • Causas: vasculares, traumas, anomalias, deformidades adquiridas, impossibilidade de Lisfranc, Chopart. • Desarticulação tibiotarsica e secção óssea logo abaixo dos maléolos lateral e medial • Nível muito indicado Razões: Procedimento fácil, coto longo e durável, possibilita descarga • Permite reabilitação e protetização precoce • Permite descarga distal sobre o coto espaço entre o coto e o solo permite pé protético • Desvantagem: cosmética grande volume encontrado na região distal Amputação de Syme Amputação de Pirogoff • Similar a de Syme mais difícil e demorada • Calcâneo é seccionado verticalmente necessita artrodese entre tíbia e calcâneo eliminando sua parte anterior e promovendo contato entre calcâneo e tíbia menor espaço entre coto e solo • Entre articulação tibiotársica e a do joelho • Subdividida em 3 níveis: terço proximal, médio e distal considerar importância joelho para reabilitação e deambulação de amputados • Causas: vasculares, traumáticas, infecciosas, neoplásicas e anomalias congênitas • Descarga de peso: sempre sobre tensão patelar e tecidos moles Amputação Transtibial Desarticulação do Joelho • Indicações: Trauma ortopédico irreversível, anomalias da tíbia/fíbula, tumores mais distais • Preconiza: preservar patela • Sutura: póstero/inferior do coto Amputação Transfemoral Envolve amputação entre a desarticulação do joelho e quadril Divisão: proximal, média e distal Quanto mais proximal o nível maior risco de deformidade por desequilíbrio de forças entre abdutores e adutores Glúteo médio permanece íntegro (principal abdutor do quadril) músculos adutores seccionados Cotos mais distais maior alavanca e maior controle da prótese Amputação Transfemoral Desarticulação do Quadril • Retirada de todo M.I, inclusive cabeça do fêmur • Causas: Traumas complexos e tumores • Não apresenta coto ósseo apenas pele e músculos • Sutura: lateral • Descarga de peso: tuberosidade isquiática quando paciente está sentado Hemipelvectomia • Retirada da metade da pelve e todo M.I homolateral • Indicações: neoplasias ósseas, de tecidos moles com invasão pra região pélvica, metástases regionais • Descarga de peso: ísquio contralateral e tórax TIPOS DE PRÓTESES MMII - PRESCRIÇÃO • Resistência (durabilidade) – Vida útil, estresse mecânico, qualidade e correta manutenção • Conforto – Boa adaptação encaixe/coto, material de interface e peso da prótese • Características do paciente – Nível de atividade, peso e condições clínicas • Custo • Estética Próteses Funcionais (Ativas) Passivas Exoesqueléticas Endoesqueléticas Endoenergéticas Exoenergéticas Exoesqueléticas Endoesqueléticas ESTRUTURA DA PRÓTESE • Laminadas ou Exoesqueléticas – Fabricadas em resina – Vantagem: Menor custo – Desvantagem: Dificuldade para pequenos ajustes – Não devem ser molhadas – Pesadas, idêntica a prótese tubular em aço ESTRUTURA DA PRÓTESE • Tubular ou Endoesquelética – Aço, alumínio, titânio ou fibra de carbono – Vantagem: Menor custo – Doada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) – Alumínio: leve, não suporta muito peso, até 75 Kg. – Idosos e crianças. ESTRUTURA DA PRÓTESE • Tubular ou Endoesquelética – Titânio e Fibra de carbono: • Leve • Resistente • Alto custo • Pacientes ativos e atletas Questões Pós-Aula 1. Quais são os níveis de amputação para os membros superiores? 2. Cite todos os ossos dos membros superiores. 3. Entre os níveis de amputação interescapular e desarticulação do cotovelo, qual destes apresenta melhor prognóstico? E o de maior funcionalidade? 4. Aponte 3 causas para as amputações de MMSS. 5. O que é cosmese? 6. Qual é o papel do fisioterapeuta na reabilitação do paciente amputado? E do terapeuta ocupacional? 7. Como são classificadas as próteses? 8. Aborde e descreva as fases de tratamento – reabilitação do paciente amputado. Questões Pós-Aula 9. Quais aspectos caracterizam um bom coto de amputação para reabilitação? 10. Diferencie mioplastia e miodese. 11. Como é possível prevenir as amputações interfalangeanas em pacientes com neuropatias diabéticas? 12. Quais fatores devem ser considerados na amputação interfalangeana do hálux? 13. Qual deformidade pode ocorrer na amputação metatarsoalangiana no 2º e 3ª dedo? 14. Como a amputação transmetatarsiana pode prejudicar a marcha? 15. Diferencie amputação de Syme e Pirogoff.
Compartilhar