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CONTABILIDADE INTERMEDIARIA

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2017
Contabilidade 
intermediária
Profª. Estelamaris Reif
Copyright © UNIASSELVI 2017
Elaboração:
Profª. Me. Estelamaris Reif
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
657.044 
R361c Reif, Estelamaris
 Contabilidade intermediária / Estelamaris Reif: 
UNIASSELVI, 2017.
 
 185 p. : il.
 
 ISBN 978-85-515-0082-8
 
 1.Contabilidade Intermediária.
 I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci. 
Impresso por:
III
apresentação
Caro acadêmico, este caderno é importantíssimo para sua continuação 
no processo de formação educacional e profissional. O Livro de Estudos de 
Contabilidade Intermediária foi totalmente escrito para que seu conteúdo 
conceitual e prático atinja as principais alterações contábeis devido às normas 
internacionais. Esses conhecimentos apresentam novas possibilidades de 
contabilizações de acordo com a realidade das empresas, envolvendo outros 
elementos que permitem contabilizar operações complexas e específicas 
utilizadas pelas empresas das mais variadas atividades e tamanhos.
Conforme seus estudos sobre contabilidade avançam, torna-se 
inevitável que você tenha conhecimento de todas as ferramentas que permitem 
aprimorar os processos de registro das operações contábeis. Considerando 
que a contabilidade passou – e ainda vem passando – por evoluções, é 
necessário, cada vez, mais você estar preparado para as novas nomenclaturas 
e termos utilizados, bem como as novas ferramentas disponíveis.
Neste livro, vamos conhecer de forma mais detalhada as estruturas e 
operações contábeis no Ativo, seus critérios de classificação e a definição de 
circulante e não circulante, bem como o aprofundamento nos principais CPCs 
(Pronunciamentos Técnicos Contábeis).
Vamos compreender e trabalhar o Passivo e o Patrimônio Líquido, que 
representam obrigações para com os sócios ou com terceiros, seja de curto 
ou longo prazo. Também haverá aprofundamento nos principais CPCs que 
compreendem esta categoria.
Estudaremos assuntos emergentes na contabilidade, tais como 
essência sobre a forma, um assunto de extrema relevância e discussão e que 
impacta diretamente na qualidade da informação contábil. Novamente haverá 
aprofundamento nos principais CPCs que compreendem essa categoria.
Como comentado no primeiro parágrafo desta introdução, este 
caderno é de extrema importância para a continuação de seus estudos, pois 
tratará de assuntos relevantes do atual cenário contábil. Esses assuntos 
tornarão você um profissional qualificado para atuar no mercado de trabalho.
Ótimos estudos!
Profª. Me. Estelamaris Reif
IV
UNI
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, 
há novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é o 
material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um formato 
mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagramação 
no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir 
a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
V
VI
VII
sumário
UNIDADE 1 – ESTRUTURAS E OPERAÇÕES CONTÁBEIS NO ATIVO ................................. 1
TÓPICO 1 – ATIVOS .............................................................................................................................. 3
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 3
2 ESTRUTURA CONCEITUAL PARA ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DAS 
 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS - CPC 00 (R1) ........................................................................ 3
 2.1 CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO ............................................................................................... 5
 2.2 AGRUPAMENTO E DESTAQUE DE CONTAS .......................................................................... 8
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 9
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 10
TÓPICO 2 – CIRCULANTE .................................................................................................................. 11
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 11
2 ESTRUTURA DO ATIVO CIRCULANTE ...................................................................................... 11
 2.1 CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA........................................................................................ 13
 2.2 CRÉDITOS (CONTAS A RECEBER) ............................................................................................. 18
 2.3 ESTOQUES ........................................................................................................................................ 20
 2.3.1 CPC 16 (R1) – estoques ........................................................................................................... 22
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 24
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 25
TÓPICO 3 – NÃO CIRCULANTE ....................................................................................................... 27
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 27
2 ESTRUTURA DO ATIVO NÃO CIRCULANTE ........................................................................... 27
 2.1 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ................................................................................................ 28
 2.2 INVESTIMENTOS ........................................................................................................................... 30
 2.3 IMOBILIZADO ................................................................................................................................. 32
 2.3.1 Depreciação acumulada ......................................................................................................... 34
 2.3.2 Recursos naturais ....................................................................................................................39
 2.3.3 Exaustão acumulada ............................................................................................................... 41
 2.3.4 CPC 27 – Ativo imobilizado ................................................................................................... 42
 2.4 INTANGÍVEL ................................................................................................................................... 43
 2.4.1 Goodwill ..................................................................................................................................... 45
 2.4.2 Amortização acumulada ........................................................................................................ 45
 2.4.3 CPC 04 – Ativo intangível ...................................................................................................... 47
3 CPC 31 – ATIVO NÃO CIRCULANTE MANTIDO PARA VENDA E OPERAÇÃO 
 DESCONTINUADA ........................................................................................................................... 48
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................. 49
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 51
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 52
UNIDADE 2 – PASSIVOS E PATRIMÔNIO LÍQUIDO ................................................................. 55
TÓPICO 1 – PASSIVO CIRCULANTE ............................................................................................... 57
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 57
VIII
2 ESTRUTURA DO PASSIVO CIRCULANTE ................................................................................. 57
 2.1 OBRIGAÇÕES COM TERCEIROS DE CURTO PRAZO ............................................................ 61
 2.1.1 Obrigações com fornecedores ............................................................................................... 64
 2.1.1.1 Duplicatas descontadas .............................................................................................. 65
 2.1.2 Obrigações trabalhistas e previdenciárias ........................................................................... 68
 2.1.3 Obrigações fiscais .................................................................................................................... 71
 2.1.4 Outras obrigações ................................................................................................................... 73
 2.1.5 Obrigações financeiras ........................................................................................................... 74
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................. 75
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 78
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 79
TÓPICO 2 – PASSIVO NÃO CIRCULANTE .................................................................................... 81
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 81
2 ESTRUTURA DO PASSIVO NÃO CIRCULANTE ...................................................................... 81
 2.1 OBRIGAÇÕES FINANCEIRAS ..................................................................................................... 82
 2.2 DEBÊNTURES E OUTROS TÍTULOS DE DÍVIDA .................................................................... 85
 2.3 OBRIGAÇÕES FISCAIS .................................................................................................................. 87
 2.3.1 Imposto sobre a renda a pagar .............................................................................................. 88 
 2.3.2 Contribuição social a pagar ................................................................................................... 88
 2.3.3 IR e CS diferidos ...................................................................................................................... 89
 2.4 CPC 25 - PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ATIVOS CONTINGENTES ........... 91
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................. 93
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 97
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 98
TÓPICO 3 – PATRIMÔNIO LÍQUIDO .............................................................................................. 99
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 99
2 ESTRUTURA DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ................................................................................ 99
 2.1 CAPITAL SOCIAL ........................................................................................................................... 100
 2.1.1 Sociedade por Ações de Capital Autorizado ....................................................................... 101
 2.2 RESERVAS DE CAPITAL ................................................................................................................ 102
 2.3 AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL ................................................................................. 102
 2.4 RESERVAS DE LUCRO ................................................................................................................... 103
 2.4.1 Reserva legal ............................................................................................................................ 104
 2.4.2 Reservas estatutárias............................................................................................................... 105
 2.4.3 Reservas para contingências .................................................................................................. 106
 2.4.4 Reserva de lucros a realizar ................................................................................................... 107
 2.4.5 Reserva de lucros para expansão .......................................................................................... 108
 2.4.6 Reservas de incentivos fiscais ................................................................................................ 109
 2.4.7 Reserva especial para dividendo obrigatório não distribuído ......................................... 110
 2.5 AÇÕES EM TESOURARIA ............................................................................................................. 111
 2.6 PREJUÍZOS ACUMULADOS ......................................................................................................... 113
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................. 114
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 117
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................118
UNIDADE 3 – ASSUNTOS EMERGENTES DA CONTABILIDADE ......................................... 121
TÓPICO 1 – ESSÊNCIA SOBRE A FORMA ...................................................................................... 123
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 123
2 PRIMAZIA DA ESSÊNCIA SOBRE A FORMA ............................................................................ 123
 2.1 QUALIDADE DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL ......................................................................... 127
IX
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................. 131
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 133
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 134
TÓPICO 2 – CPC 12 – AJUSTE A VALOR PRESENTE .................................................................... 137
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 137
2 CPC 12 – AJUSTE A VALOR PRESENTE ........................................................................................ 137
 2.1 DIRETRIZES GERAIS ...................................................................................................................... 138
 2.2 DIRETRIZES ESPECÍFICAS ........................................................................................................... 139
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 145
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 146
TÓPICO 3 – CPC 46 – MENSURAÇÃO DO VALOR JUSTO ........................................................ 149
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 149
2 CPC 46 – MENSURAÇÃO DO VALOR JUSTO ............................................................................ 149
 2.1 DIRETRIZES GERAIS ...................................................................................................................... 151
3 ATIVOS NÃO FINANCEIROS ......................................................................................................... 153
4 PASSIVOS E INSTRUMENTOS PATRIMONIAIS PRÓPRIOS DA ENTIDADE ................. 154
5 ARTIGOS COMPLEMENTARES ..................................................................................................... 157
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................. 160
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 164
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 165
TÓPICO 4 – CPC 01 – REDUÇÃO DO VALOR RECUPERÁVEL DOS ATIVOS (IMPAIRMENT) 167
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 167
2 CPC 01 – REDUÇÃO DO VALOR RECUPERÁVEL DOS ATIVOS (IMPAIRMENT) ........... 167
 2.1 DIRETRIZES GERAIS ...................................................................................................................... 168
 2.2 DIRETRIZES ESPECÍFICAS ........................................................................................................... 170
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................. 172
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 177
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 178
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................................ 181
X
1
UNIDADE 1
ESTRUTURAS E OPERAÇÕES 
CONTÁBEIS NO ATIVO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir desta unidade você será capaz de:
• entender o critério de classificação e como funciona o agrupamento e des-
taque das contas do ATIVO;
• identificar e aprender a classificar as contas no circulante, bem como estu-
dar sobre o CPC 16, que aborda o Valor dos Estoques;
• identificar e aprender a classificar as contas no não circulante, bem como 
estudar sobre o CPC 27, que aborda o tratamento contábil do Ativo Imobi-
lizado e possibilita compreender o intangível de acordo com o CPC 04;
• estudar sobre o ativo não circulante mantido para venda e operação des-
continuada.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você 
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – ATIVOS
TÓPICO 2 – CIRCULANTE
TÓPICO 3 – NÃO CIRCULANTE
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
ATIVOS
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, você já aprendeu, na disciplina de Contabilidade Básica, 
que as demonstrações contábeis são demonstrações realizadas utilizando dados 
e informações extraídas da escrituração contábil da entidade. Para uma correta 
análise de todas as demonstrações elaboradas pela contabilidade, é necessário um 
bom conhecimento de todos os elementos que compõem estas demonstrações, a 
iniciar pelos grupos principais e suas subcategorias.
Aproveite para tirar o máximo proveito desta disciplina, pois quanto maior 
for o seu conhecimento em Contabilidade, maior será sua facilidade para trabalhar 
e analisar as informações que a contabilidade disponibiliza.
Diante disto, torna-se relevante o estudo reforçado do Ativo e sua estrutura 
conceitual para a elaboração das demonstrações contábeis.
2 ESTRUTURA CONCEITUAL PARA ELABORAÇÃO E 
APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS - CPC 
00 (R1)
As demonstrações contábeis são produzidas e expostas aos usuários 
externos devido à sua gama de finalidades e necessidades, utilizadas pelos mais 
diversos usuários externos, que são: governos, órgãos reguladores, autoridades 
tributárias, fornecedores, acionistas, entre outros. Cada usuário externo pode 
definir exigências específicas para atender seus interesses. Porém, cabe ressaltar 
que essas exigências específicas não deverão afetar as demonstrações contábeis 
elaboradas segundo esta Estrutura Conceitual, ou seja, caso necessário, essas 
exigências devem ser elaboradas à parte para o usuário externo, não prejudicando 
a estrutura conceitual inicial.
De acordo com o CPC 00 (R1), as demonstrações contábeis elaboradas de 
acordo com a Estrutura Conceitual definida por eles atendem às necessidades 
comuns da maioria dos usuários, sendo que grande parte deles utiliza essas 
demonstrações contábeis para a tomada de decisões econômicas, como:
a) quando comprar, manter ou vender instrumentos patrimoniais;
UNIDADE 1 | ESTRUTURAS E OPERAÇÕES CONTÁBEIS NO ATIVO
4
b) apreciar a administração da entidade no que diz respeito à responsabilidade 
que lhe é conferida e quanto à qualidade de sua performance e de sua prestação 
de contas;
c) analisar a capacidade de a entidade pagar seus empregados e proporcionar-lhes 
benefícios;
d) apreciar a segurança quanto à recuperação dos recursos financeiros cedidos à 
entidade;
e) definir políticas tributárias;f) definir a distribuição de lucros e dividendos;
g) efetuar e utilizar estatísticas da renda nacional; ou
h) normatizar as atividades das entidades.
Cabe salientar que a finalidade desta Estrutura Conceitual é: 
a) servir como base para o desenvolvimento de novos Pronunciamentos Técnicos, 
Interpretações e Orientações e a revisão dos já existentes, quando necessário;
b) dar sustentação à acessão da harmonização das regulações, das normas contábeis 
e dos procedimentos relacionados à apresentação das demonstrações contábeis, 
provendo uma base para a redução do número de tratamentos contábeis 
alternativos quando possível;
c) servir como suporte aos órgãos reguladores nacionais;
d) assessorar os responsáveis pela elaboração das demonstrações contábeis na 
aplicação dos Pronunciamentos Técnicos, Interpretações e Orientações e no 
tratamento de assuntos que ainda não tenham sido abordados;
e) contribuir para os auditores independentes formarem sua opinião sobre a 
conformidade das demonstrações contábeis com os Pronunciamentos Técnicos, 
Interpretações e Orientações;
f) ajudar os usuários das demonstrações contábeis na interpretação de informações 
nelas contidas, elaboradas em conformidade com os Pronunciamentos Técnicos, 
Interpretações e Orientações; e
g) facilitar aos interessados informações sobre a óptica adotada na formulação dos 
Pronunciamentos Técnicos, das Interpretações e das Orientações.
No que diz respeito ao ATIVO, o CPC 00 (R1) aborda que: “Ativo é um 
recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se 
espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade”.
O benefício econômico futuro integrado a um ativo é a sua capacidade em 
IMPORTANT
E
A Lei nº 6.404/76 das Sociedades por ações denominou as demonstrações 
contábeis de demonstrações financeiras.
TÓPICO 1 | ATIVOS
5
cooperar, de forma direta ou indireta, para o fluxo de caixa ou equivalentes de 
caixa para a entidade. 
Comumente, a entidade utiliza seus ativos na produção de bens ou 
na prestação de serviços capazes de atender os desejos e as necessidades dos 
consumidores. Intentando que esses bens ou serviços são capazes de satisfazer os 
desejos ou necessidades dos consumidores, eles se predispõem a pagar por eles, 
contribuindo dessa forma com o fluxo de caixa da entidade. O caixa por si só rende 
trabalho para a entidade, pois ele exerce um comando sobre os demais recursos 
(CPC 00 (R1)).
Continuando com o CPC 00 (R1), ele aponta que os benefícios econômicos 
futuros incorporados a um ativo podem advir para a entidade de diversas formas. 
Exemplos de como o ativo pode ser:
a) usado de forma isolada ou em conjunto com outros ativos na produção de bens 
ou na prestação de serviços;
b) substituído por outros ativos;
c) consumido para liquidar um passivo; ou
d) dividido entre os proprietários da entidade.
Quanto ao reconhecimento do ativo, o CPC 00 (R1) prevê que ele só deve 
ser reconhecido no balanço patrimonial quando for possível que benefícios 
econômicos futuros fluirão dele para a entidade, e seu custo ou valor puder ser 
mensurado com confiabilidade. 
Já um ativo não deve ser reconhecido no balanço patrimonial quando os 
gastos incorridos não possibilitarem uma probabilidade de geração de benefícios 
econômicos para a entidade além do período contábil corrente. Pelo contrário, 
nesse caso, a transação deve ser reconhecida como despesa na demonstração do 
resultado (DRE). 
2.1 CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO
Antes de entender os critérios de classificação utilizados na contabilidade, 
é necessário conhecer o conjunto de informações que são divulgadas por uma 
entidade. Iudícibus et al. (2013) escrevem que para uma sociedade por ações deverá 
Após o termo ATIVO, o próximo termo a ser utilizado é “Caixa e Equivalentes 
de caixa” e não mais “Disponibilidades”, segundo as Normas Internacionais de 
Contabilidade.
ATENCAO
UNIDADE 1 | ESTRUTURAS E OPERAÇÕES CONTÁBEIS NO ATIVO
6
haver a divulgação das seguintes informações que representam a sua prestação de 
contas: Relatório de Administração, Demonstrações Contábeis, Notas Explicativas, 
o Relatório dos Auditores Independentes (se tiver), o Parecer do Conselho Fiscal e 
o relatório do Comitê de Auditoria (se existir).
Tendo conhecimento da existência desse conjunto de informações, 
trataremos agora de entender melhor como acontece a classificação do Balanço 
Patrimonial, principal peça dentro das demonstrações contábeis.
Iudícibus et al. (2013, p. 2) destacam que “o balanço tem por finalidade 
apresentar a posição financeira e patrimonial da empresa em determinada data, 
representando, portanto, uma posição estática”.
O art. 178 da Lei nº 6.404/76 aborda que, no balanço patrimonial, as 
contas deverão ser classificadas de acordo com “os elementos do patrimônio que 
registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação 
financeira da companhia”.
A lei ainda estabelece que o balanço seja composto por três elementos 
básicos:
QUADRO 1 - ESTRUTURA DO BALANÇO COMPOSTO PELOS TRÊS ELEMENTOS 
BÁSICOS
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO
PASSIVO
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
FONTE: Adaptado de Iudícibus et al. (2013)
A Lei nº 6.404/76 e suas alterações esclarecem que as contas do Ativo 
devem ser classificadas em ordem decrescente de liquidez, ou seja, a conta que 
indicar maior facilidade em se transformar em dinheiro deverá ser a primeira a ser 
classificada. A mesma lei divide o Ativo em dois grandes grupos, Ativo Circulante 
e Ativo Não Circulante (OLIVEIRA; MOREIRA, 2013).
No quadro a seguir é apresentado um modelo de balanço patrimonial por 
meio da nova estrutura e de acordo com o critério de classificação exigido pela Lei 
nº 6.404/76.
TÓPICO 1 | ATIVOS
7
QUADRO 2 - MODELO DE BALANÇO PATRIMONIAL
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE
CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA OBRIGAÇÕES COM FORNECEDORES
Caixa Duplicatas a Pagar/Fornecedores
Banco Conta Movimento OBRIGAÇÕES FINANCEIRAS
CRÉDITOS A RECEBER Empréstimos Bancários
Duplicatas a Receber/Clientes Duplicatas Descontadas
(Provisão p/ Deved. Duvidosos) OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS
Adiantamento a Fornecedor Salários a Pagar
 Férias a Pagar (PROVISÃO)
TRIBUTOS A RECUPERAR 13º Salário a Pagar ( PROVISÃO )
ICMS a Recuperar OBRIGAÇÕES FISCAIS
ESTOQUES ICMS a Recolher
Mercadorias IRRF a Recolher
 OBRIGAÇÕES COM SÓCIOS
 Dividendos a Pagar
NÃO CIRCULANTE OUTRAS OBRIGAÇÕES
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Adiantamentos de Clientes
Duplicatas a Receber/Clientes LP Aluguéis a Pagar
Adiantamentos a Diretores/Sócios NÃO CIRCULANTE
INVESTIMENTOS Duplicatas a Pagar 
Obras de Arte Fornecedores LP
Imóveis de Aluguel PATRIMÔNIO LÍQUIDO
IMOBILIZADO CAPITAL SOCIAL
Imóveis Capital Social
Veículos 
Móveis e Utensílios RESERVAS DE CAPITAL
(Depreciação Acumulada) RESERVAS DE LUCRO
INTANGÍVEL AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL
Patentes (AÇÕES EM TESOURARIA)
Direitos Autorais (PREJUÍZOS ACUMULADOS)
Fundo de Comércio 
FONTE: A autora
Iudícibus et al. (2013) escrevem que, dentro de cada grupo, a ordem de 
liquidez e exigibilidade também deve ser mantida.
Vale ressaltar que o modelo apresentado não é válido para todas as 
UNIDADE 1 | ESTRUTURAS E OPERAÇÕES CONTÁBEIS NO ATIVO
8
empresas, pois, conforme comentado anteriormente, o que define o critério de 
classificação das contas é o seu grau de liquidez, e isto pode variar de empresa 
para empresa.
2.2 AGRUPAMENTO E DESTAQUE DE CONTAS
Lei nº 6.404/76, Art. 178: “No Balanço Patrimonial, as contas serão 
classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de 
modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação patrimonial e financeira da 
companhia”.
QUADRO 3 - ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL
FONTE: Iudícibus et al. (2013)
Iudícibus et al. (2013) destacam que, quandoapresentadas as demonstrações 
contábeis e as notas explicativas, as contas com valores insignificantes não devem 
aparecer destacadamente, e sim agrupadas com outras do mesmo grupo, que 
sejam similares.
Ainda em relação ao agrupamento de contas, a Lei nº 6.404/76 impede que 
haja o agrupamento de contas semelhantes se a soma dos saldos ultrapassar 10% 
do valor do respectivo grupo de contas (exemplo de grupo: circulante). Havendo a 
possibilidade de subgrupos terem contas com valores significativos, estas deverão 
ser destacadas na demonstração contábil, para uma melhor compreensão.
O Pronunciamento Técnico 26 - Apresentação das Demonstrações Contábeis 
não estabelece ordem ou formato para a apresentação das contas do balanço 
patrimonial, mas salienta que seja observada a legislação brasileira (IUDÍCIBUS 
et al., 2013).
9
Neste tópico, você aprendeu que:
• Para uma correta análise de todas as demonstrações elaboradas pela contabilidade, 
é necessário um bom conhecimento de todos os elementos que compõem as 
demonstrações, a iniciar pelos grupos principais e suas subcategorias.
• Os conceitos do pronunciamento contábil CPC 00 (R1) abordam sobre a estrutura 
conceitual para elaboração e apresentação das demonstrações contábeis, e 
verificou-se que as demonstrações elaboradas de acordo com essa estrutura 
atendem às necessidades comuns da maioria dos usuários, sendo que grande 
parte deles utiliza essas demonstrações contábeis para a tomada de decisões 
econômicas.
• De acordo com o art. 178 da Lei nº 6.404/76, as contas do balanço patrimonial 
deverão ser classificadas de acordo com “os elementos do patrimônio que 
registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da 
situação financeira da companhia”, e essa mesma lei estruturou o balanço em 
três elementos básicos: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido.
• Em relação ao critério de classificação das contas do Ativo, foi visto que elas 
devem ser classificadas em ordem decrescente de liquidez, iniciando-se pela 
conta que indicar maior facilidade em se transformar em dinheiro. Lembrando 
que, dentro de cada grupo, a ordem de liquidez e exigibilidade também deve ser 
mantida.
• A questão do agrupamento das contas aborda que devem ser classificadas de 
acordo com os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo 
a facilitar o conhecimento e a análise da situação patrimonial e financeira 
da companhia. Ressalta-se a abordagem do Pronunciamento Técnico 26 - 
Apresentação das Demonstrações Contábeis, que escreve que não estabelece 
ordem ou formato para a apresentação das contas do balanço patrimonial, mas 
salienta que seja observada a legislação brasileira.
RESUMO DO TÓPICO 1
10
1 Qual conteúdo é abordado pelo CPC 00?
2 Cite três tomadas de decisões econômicas que podem ser realizadas 
utilizando a Estrutura Conceitual definida para a contabilidade.
3 Qual a definição de Ativo segundo o CPC 00?
4 O que você entende por posição estática apontada por Iudícibus et al. (2013) 
quando ele fala sobre o Balanço Patrimonial?
5 Como deverão ser classificadas as contas do balanço patrimonial segundo a 
Lei nº 6.404/76?
6 Quais os três elementos básicos que compõem o Balanço Patrimonial?
7 Como devem ser classificadas as contas do Ativo segundo a Lei nº 6.404/76?
8 Qual conteúdo é abordado pelo CPC 26?
9 Contas com valores insignificantes devem ser contabilizadas como?
10 A Lei nº 6.404/76 impede que haja o agrupamento de contas semelhantes em 
que casos?
AUTOATIVIDADE
11
TÓPICO 2
CIRCULANTE
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Você aprendeu, no Tópico 1, vários conceitos sobre o balanço patrimonial e 
as demonstrações contábeis, incluindo sua estrutura e classificação de contas. Tão 
importante quanto isso é entender o conceito e a definição de circulante.
Vários cuidados devem ser tomados na definição de circulante e não 
circulante, pois, como visto anteriormente, a classificação errônea das contas 
contábeis não expressará a realidade da empresa.
Por isso vamos lá! Vamos aprender de fato como são classificadas as contas 
no CIRCULANTE.
2 ESTRUTURA DO ATIVO CIRCULANTE
Segundo Ribeiro (2009a, p. 637), o Ativo Circulante é constituído pelos Bens 
e pelos Direitos que estão em contínua circulação no Patrimônio. “Basicamente, 
são valores já realizados (transformados em dinheiro) ou que serão realizados até 
o término do exercício social subsequente”.
No quadro a seguir poderemos observar melhor o que o autor quer dizer 
com término do exercício social subsequente.
 QUADRO 4 - DEFINIÇÃO DE CIRCULANTE E NÃO CIRCULANTE
FONTE: A autora
UNIDADE 1 | ESTRUTURAS E OPERAÇÕES CONTÁBEIS NO ATIVO
12
Exemplo: Suponhamos que uma empresa tenha efetuado uma venda no 
valor de 24.000,00 em 24 vezes, sendo que o recebimento da 1ª parcela está previsto 
para 01/03/2016. As parcelas deverão ser contabilizadas da seguinte forma:
Sendo que nosso circulante é até fevereiro de 2017, ou seja, 02/2017, teremos 
12 parcelas no circulante e duas parcelas no não circulante. 
Obs.: Somente 12 parcelas no C.P. de acordo com o CPC 26.
Em valores:
D – Contas a Receber de CP – 12.000,00
D – Contas a Receber de LP – 12.000,00
C – Estoque – 24.000,00
Obs.: Mensalmente, após o recebimento de uma parcela no banco/caixa, 
haverá a transferência de uma parcela do LP (Longo Prazo) para o CP (Curto 
Prazo), conforme segue:
Recebimento parcela:
D – Banco/caixa - 1.000,00
C – Contas a Receber de C.P - 1.000,00
Transferência de parcela do L.P. para o C.P.:
D– Contas a Receber de C.P. - 1.000,00
C– Contas a Receber de L.P. - 1.000,00 
A Lei nº 6.404/1976 determina que no Ativo devam figurar as Disponibilidades 
(Caixa e Equivalentes de Caixa), os direitos realizáveis no decorrer do exercício 
social seguinte e as aplicações de recursos em Despesas do Exercício Seguinte.
Na vivência empresarial, o grupo dos direitos realizáveis no decorrer do 
exercício social seguinte geralmente é subdividido em: Clientes, Outros Créditos, 
TÓPICO 2 | CIRCULANTE
13
Tributos a Recuperar, Investimentos Temporários de Curto Prazo e Estoques 
(RIBEIRO, 2009b).
Cabe destacar que, entre os valores realizáveis do Ativo Circulante, alguns 
não necessariamente serão convertidos diretamente em dinheiro. Um exemplo 
ocorre com os tributos que a empresa recolhe antecipadamente e cuja efetivação 
acontece quando ocorre a compensação com obrigações fiscais que a empresa tem 
para pagar aos governos municipal, estadual e/ou federal. Outro exemplo se dá 
com os materiais de consumo, cuja realização se dá pelo consumo dos mesmos, que 
expressa a ocorrência de despesas. Por fim, apresenta-se o exemplo das Despesas 
Pagas Antecipadamente, cuja realização também se dá pela caracterização 
das respectivas despesas, conforme for decorrendo os prazos de competência 
(RIBEIRO, 2009b).
2.1 CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
A denominação do termo “Disponibilidades” foi criada pela Lei nº 6.404/76, 
e utilizada para representar o dinheiro em caixa, em bancos e demais valores 
equivalentes (como cheques em mãos e em trânsito – ainda não depositados) 
(IUDÍCIBUS et al., 2013).
Porém, as normas internacionais trabalham com o conceito de Caixa e 
Equivalentes de Caixa, incluindo, além das disponibilidades já mencionadas, 
outros valores que possam ser transformados, no curto prazo, em dinheiro, sem 
riscos. Esses equivalentes de caixa são preservados com o intuito de atender a 
compromissos de caixa de curto prazo e não para investimento ou outros fins; 
além disso, deve-se poder converter o valor de forma imediata quando necessário. 
Isto posto, cabe ressaltar que um investimento, usualmente, é qualificado como 
equivalente de caixa quando tem vencimento de curto prazo, exemplo: três meses 
ou menos, a contar da data da contratação. 
Já os investimentos em ações de outrasentidades são exclusos dos 
equivalentes de caixa, a não ser que sua essência seja de um equivalente de caixa, 
exemplo: nos casos de ações preferenciais resgatáveis que tenham prazo definido 
de resgate e cujo prazo atenda à definição de curto prazo.
Assim, as aplicações em títulos de liquidez imediata e aplicações financeiras 
resgatáveis, com prazo médio de 90 dias da data do balanço, também serão 
classificadas como Equivalentes de Caixa (IUDÍCIBUS et al., 2013).
Essa explicação, dada por Iudícibus et al. (2013), sobre a compreensão 
de critérios de classificação das disponibilidades de acordo com CPC 03 (R2) e a 
definição de caixa e equivalentes de caixa, pode ser melhor exemplificada na figura 
a seguir.
UNIDADE 1 | ESTRUTURAS E OPERAÇÕES CONTÁBEIS NO ATIVO
14
FIGURA 1 - GRÁFICO DE DEFINIÇÃO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
FONTE: KPMG (2012)
Dessa forma, Iudícibus et al. (2013) trazem em seu Manual de Contabilidade 
Societária um modelo básico de Plano de Contas de acordo com os conceitos 
abordados até aqui.
`
Cada um desses itens será abordado de forma sucinta nos próximos 
parágrafos.
CAIXA: O saldo de caixa, usualmente, tem seu registro na empresa em uma 
ou mais contas. O que determinará a quantidade de locais em que terá registro 
depende exclusivamente das necessidades operacionais e locais de funcionamento 
da empresa. Existem, basicamente, dois tipos de controles da conta Caixa, o fundo 
fixo e o caixa flutuante (IUDÍCIBUS et al., 2013).
FUNDO FIXO: No sistema de fundo, geralmente, não há problemas de 
classificação de valores. Primeiramente, define-se uma quantia fixa que será cedida 
TÓPICO 2 | CIRCULANTE
15
ao responsável pelo fundo, esta quantia deverá ser o suficiente para arcar com o 
pagamento de contas de diversos dias, posteriormente se estabelece uma data para 
a prestação de contas do valor total desembolsado (podendo ser semanalmente, 
quinzenalmente ou mensalmente), repondo-se o valor do fundo fixo, por meio de 
cheque nominal ou crédito em conta corrente bancária (IUDÍCIBUS et al., 2013).
“A contabilização de tais desembolsos é feita a crédito de bancos e a débito 
das despesas, ou seja, depois de constituído o fundo fixo, a conta respectiva não 
recebe mais contabilizações” (a não ser por aumento ou redução do valor do 
fundo) (IUDÍCIBUS et al., 2013, p. 56). Assim, todos os pagamentos realizados 
pelo fundo fixo serão feitos por cheques creditados diretamente em bancos, bem 
como todos os recebimentos também serão em dinheiro ou cheques depositados 
diretamente nas contas bancárias, não havendo movimentação contábil na conta 
Caixa (IUDÍCIBUS et al., 2013).
Na data estabelecida para a prestação de contas, ou seja, o balanço, é 
necessário que no fundo fixo só haja dinheiro, pois os comprovantes de despesas 
já devem ter sido contabilizados.
Vejamos o exemplo a seguir:
- Constituição do Fundo Fixo de Caixa no valor de R$ 3.000,00 na data de 01/08/2016.
D – Caixa (Fundo Fixo) – Ativo Circulante
C – Bancos Conta Movimento – Ativo Circulante
No relatório de caixa constam os registros das seguintes despesas efetuadas 
com recurso do fundo fixo:
15/08/2016 - Recomposição do fundo fixo de caixa e Reconhecimento 
contábil das despesas:
UNIDADE 1 | ESTRUTURAS E OPERAÇÕES CONTÁBEIS NO ATIVO
16
Visão Sintética:
D - Despesas Administrativas (Conta Resultado) – 630,00
C - Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) – 630,00
Visão Analítica:
D – Despesa com Fotocópias (Conta Resultado) – 55,00
D – Despesa com Correios (Conta Resultado) – 135,00
D – Despesa com Autenticações (Conta Resultado) – 40,00
D – Despesa com Papelaria (Conta Resultado) – 80,00
D – Despesa com Combustível (Conta Resultado) – 200,00
D – Despesa com Produtos de Limpeza (Conta Resultado) – 120,00
C – Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) – 630,00
CAIXA FLUTUANTE: Neste sistema transitam pela conta Caixa os 
recebimentos e os pagamentos em dinheiro. É comum o saldo da conta Caixa deste 
sistema não apresentar somente o dinheiro propriamente dito, mas, também, 
vales, adiantamentos para despesas de viagens, cheques recebidos a depositar etc., 
gerando assim maiores problemas de ordem de classificação contábil de valores 
(IUDÍCIBUS et al., 2013).
Porém, para fins de Balanço, deve-se demonstrar apenas o saldo em 
dinheiro, visto que os vales e adiantamentos deverão constar no Balanço em conta 
própria de realizável, como Adiantamentos. Existem empresas que ainda realizam 
toda a contabilização por meio da conta Caixa (todos os recebimentos e pagamentos 
em cheques), o que acaba gerando um desnecessário volume de débitos e créditos 
(IUDÍCIBUS et al., 2013).
Para melhor entender o funcionamento do Caixa Flutuante, vejamos um 
exemplo aplicando os sistemas de controle de caixa no relacionamento pessoal das 
finanças de um casal:
Observe que na visão sintética temos um “agrupamento” das despesas, de forma 
que não conseguimos visualizar as despesas de forma individual, apenas um “ todo”.
Já a visão analítica é o oposto da visão sintética, ela abre de forma clara todos os componentes 
do grupo.
FIQUE ATENTO, ESTES TERMOS SERÃO MUITO UTILIZADOS EM CONTABILIDADE.
ATENCAO
TÓPICO 2 | CIRCULANTE
17
Maria e João
João e Maria controlam seu dinheiro de forma individual:
• João: Saca do banco toda semana um valor “x” para pagar suas despesas pessoais. 
Ao final de cada semana, ele calcula as notinhas de despesas para repor com um 
novo saque (esse sistema é idêntico ao fundo fixo de caixa).
• Maria: Também saca valores no banco, porém, nem sempre é o suficiente para 
bancar as despesas do período, então ela acaba utilizando o cartão de crédito, 
cartão de débito e até cheque (esse é o sistema do caixa flutuante).
Veja que o sistema que Maria utiliza é bem mais complexo, pois exige um 
controle maior das receitas e despesas, o que acaba aumentando a probabilidade 
de erros.
DEPÓSITOS BANCÁRIOS À VISTA
CONTAS DE LIVRE MOVIMENTAÇÃO: Constituem este grupo 
basicamente três tipos de contas (IUDÍCIBUS et al., 2013):
1) conta movimento ou depósitos sem limite;
2) contas especiais para pagamentos específicos (folha de pagamento, dividendos a 
pagar aos acionistas etc.). Essas contas normalmente são mantidas para facilitar 
operações e controle internos. Ao final dos períodos seus saldos geralmente 
devem estar zerados; e
3) contas especiais de cobrança: abertas para ampliar a rede de cobrança bancária 
de suas duplicatas ou contas, devido à área geográfica de atuação, tendo em 
vista facilitar o pagamento para seus clientes. Em muitos casos, essas contas só 
são movimentadas por transferências de seu saldo para a conta movimento da 
respectiva empresa (sendo apenas uma conta transitória). 
NUMERÁRIOS EM TRÂNSITO
Iudícibus et al. (2013) descrevem que essa disponibilidade decorre de:
a) remessas para filiais, depósitos ou semelhantes, por meio de cheques, alguma 
forma de ordem de pagamento etc.;
b) recebimentos dessa mesma espécie, ou ainda de clientes ou terceiros, quando 
UNIDADE 1 | ESTRUTURAS E OPERAÇÕES CONTÁBEIS NO ATIVO
18
conhecidos até a data do balanço.
Esse disponível poderia ser classificável junto aos saldos em bancos ou, 
ainda, de acordo com as necessidades da empresa, poderia ser criado um Plano 
de Contas específico para registrar o Numerário em Trânsito dentro do subgrupo 
Disponível.
APLICAÇÕES DE LIQUIDEZ IMEDIATA
De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 03 (R2), as aplicações 
financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são prontamente 
conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitas 
a um insignificante risco de mudança de valor, são consideradas 
equivalentes de caixa, as quais são mantidas com a finalidade de atender 
a compromissos de caixa de curto prazo e não para investimento ou 
outros fins (IUDÍCIBUS et al., 2013,p. 58).
2.2 CRÉDITOS (CONTAS A RECEBER)
Contas a receber são direitos adquiridos quando ocorre a venda a prazo de 
bens (produtos acabados) e/ou serviços.
Exemplo: Comércio de roupas – Vende Roupas
Prestador de Serviços – Presta Serviços
FIGURA 2 – FLUXO DA GERAÇÃO DAS CONTAS A RECEBER
FONTE: A autora
A contrapartida do débito no contas a receber é um crédito na conta de 
Receita Bruta na demonstração do resultado do exercício. Além disso, as contas 
TÓPICO 2 | CIRCULANTE
19
a receber serão reduzidas pela Provisão para Devedores Duvidosos (PDD), que 
é uma conta com natureza credora, que diminui as contas a receber. O saldo da 
conta PDD configura o montante de expectativa de perdas no recebimento das 
contas a receber (ALMEIDA, 2010).
Lançamento Contábil das contas a receber:
D – Contas a Receber (Ativo Circulante)
C – Receita de vendas (Conta de Resultado)
Visão da conta Provisão para Devedores Duvidosos (PDD) no Balanço 
Patrimonial.
QUADRO 4 – POSIÇÃO DA CONTA PROVISÃO PARA DEVEDORES DUVIDOSOS
FONTE: A autora
Iudícibus et al. (2013) afirmam que as contas a receber constituem, 
geralmente, um dos mais importantes ativos da empresa, pois representa os 
valores a receber advindos de vendas a prazo de mercadorias e/ou serviços a 
clientes, podendo também serem oriundos de outras transações. Essas outras 
transações não estão ligadas diretamente à atividade principal da empresa, mas 
são consideradas normais.
Devido a isso, é necessário que haja a segregação dos valores a receber, 
em relação ao que se refere a seu objeto principal, das demais contas. As contas a 
receber são separadas por:
• a receber de clientes comerciais;
• contas a receber de partes relacionadas;
• pagamentos antecipados; e
• outros montantes, também denominado de outros créditos. 
Essas contas normalmente são realizáveis no decurso do exercício seguinte 
à data do balanço, e por isso fazem parte do ATIVO CIRCULANTE. Porém, 
também podem ter vencimentos de longo prazo (quando as parcelas recebíveis 
caírem após o final do exercício seguinte) devendo ser classificadas no ATIVO 
NÃO CIRCULANTE.
UNIDADE 1 | ESTRUTURAS E OPERAÇÕES CONTÁBEIS NO ATIVO
20
2.3 ESTOQUES
“Os estoques representam bens destinados à venda ou à fabricação, 
relacionados com objetivos e atividades da Sociedade” (ALMEIDA, 2010, p. 62).
O mesmo autor escreve também sobre as principais classes de estoques, 
que compreendem:
• matérias-primas;
• produtos em processo;
• produtos acabados ou mercadorias.
Existe ainda uma 4ª classe de estoques pouco mencionada na literatura, o 
estoque de peças de manutenção.
Na figura a seguir apresenta-se o conceito de cada tipo.
FIGURA 3 – TIPOS DE ESTOQUE
^
FONTE: Disponível em: <http://slideplayer.com.br/slide/10104085/>. Acesso em: 23 ago. 2016.
TÓPICO 2 | CIRCULANTE
21
Devido ao prazo de realização dos estoques ser considerado rápido, eles 
são classificados no ativo circulante. Porém, se existirem bens com prazo de 
realização superior a um ano, deverão ser classificados no realizável a longo prazo 
(ALMEIDA, 2010).
Iudícibus et al. (2013) complementam escrevendo que os estoques estão 
ligados diretamente às áreas de operação da empresa, e acarretam problemas de 
administração, controle, contabilização e avaliação. Em se tratando de empresas 
industriais e comerciais, afirmam que os estoques são um dos ativos mais 
importantes do capital circulante, exigindo assim sua correta determinação no 
início e no fim do período contábil, além de ser fundamental para a apuração do 
lucro líquido do exercício.
Devido às mudanças estruturais ocorridas nas organizações, bem como 
uma maior participação das empresas de serviços na economia (que possuem 
particularidades na conta estoque), a nova estrutura do balanço patrimonial 
instituiu a conta “Intangível”.
Assim, os estoques são bens considerados tangíveis ou intangíveis, 
adquiridos ou produzidos pela empresa com a intenção de venda ou utilização 
própria. Vejamos a seguir exemplos de bens tangíveis e intangíveis.
 FIGURA 4 – BENS TANGÍVEIS
FONTE: Disponível em: <http://proseiroconcurseiro.blogspot.com.
br/2015/05/direito-civil-bens.html>. Acesso em: 23 ago. 2016.
UNIDADE 1 | ESTRUTURAS E OPERAÇÕES CONTÁBEIS NO ATIVO
22
FIGURA 5 – BENS INTANGÍVEIS
FONTE: Disponível em: <http://soumaisenem.com.br/geografia/globalizacao/
globalizacao-parte1>. Acesso em: 23 ago. 2016.
No próximo tópico continuaremos abordando o tema estoque via 
Pronunciamento Técnico 16, que visa estabelecer o tratamento contábil para os 
estoques.
É importante ressaltar que o CPC 16 se aplica a todos os estoques, com 
exceção dos seguintes:
• produção em andamento proveniente de contratos de construção, incluindo 
contratos de serviços diretamente relacionados (Vide CPC 17);
• instrumentos financeiros (Vide CPC 38 e CPC 39);
• ativos biológicos relacionados com a atividade agrícola e o produto agrícola no 
ponto da colheita (Vide CPC 29).
2.3.1 CPC 16 (R1) – estoques
Estoques são ativos:
a) mantidos para venda no curso normal dos negócios;
b) em processo de produção para venda; ou
c) na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou transformados no 
processo de produção ou na prestação de serviços.
Mensuração de estoque: deverão ser mensurados pelo valor de custo ou 
pelo valor realizável líquido, devendo sempre optar pelo menor.
TÓPICO 2 | CIRCULANTE
23
VALOR DO CUSTO: são todos os custos de aquisição e de transformação, 
assim como os custos necessários para conduzir os estoques à sua condição 
e localização atual. Isto é: preço de compra + impostos de importação e outros 
tributos (não recuperáveis pela Entidade) + transporte + seguro + manuseio + 
outros custos diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais 
e serviços (EL KHATIB, 2012).
VALOR REALIZÁVEL LÍQUIDO: é o preço de venda aferido no curso 
normal dos negócios, descontando-se os custos estimados para sua conclusão e os 
gastos necessários para a concretização da venda (CPC 16 (R1)).
Critérios de valoração de estoque: o custo dos estoques de itens específicos 
(normalmente não intercambiáveis) deve ser imposto de acordo com seus custos 
individuais. Já no caso de produtos com grandes quantidades de itens de estoque e 
que sejam intercambiáveis, deve-se utilizar o critério Primeiro a Entrar, Primeiro a 
Sair (PEPS) ou o critério do custo médio ponderado. Deve-se usar o mesmo critério 
de custeio para todos os estoques com mesma natureza e utilidade.
Reconhecimento como despesa no resultado: no momento em que os 
estoques são vendidos, seus custos devem ser contabilizados como despesa do 
período em que a respectiva receita é reconhecida. Havendo a redução dos estoques 
em qualquer quantia para o valor realizável líquido, bem como perdas de estoques, 
também deverão ser reconhecidas como despesa do período em que a redução 
ou a perda acontecerem. O montante correspondente à reversão de redução de 
estoques, advindo do aumento no valor realizável líquido, será registrado como 
redução do item em que for reconhecida a despesa ou a perda, no período em que 
a reversão ocorrer.
24
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você apendeu que:
• O Ativo Circulante é constituído por Bens e Direitos que estão em contínua 
circulação no Patrimônio.
• A denominação do termo “Disponibilidades” foi criada pela Lei nº 6.404/76, 
e utilizada para representar o dinheiro em caixa, em bancos e demais valores 
equivalentes. Porém, as normas internacionais trabalham com o conceito 
de Caixa e Equivalentes de Caixa, incluindo, além das disponibilidades já 
mencionadas, outros valores que possam ser transformados, no curto prazo, em 
dinheiro, sem riscos.
• Sobre a conta Caixa, apresentou-se que o saldo de caixa usualmente tem seu 
registrona empresa em uma ou mais contas. O que determinará a quantidade 
de locais em que terá registro depende exclusivamente das necessidades 
operacionais e locais de funcionamento da empresa. E que existem, basicamente, 
dois tipos de controles da conta Caixa, o fundo fixo e o caixa flutuante.
• Na conta créditos (contas a receber), estudou-se que são direitos adquiridos 
quando ocorre a venda a prazo de bens (produtos acabados) e/ou serviços. 
Sua contrapartida é um crédito na conta de Receita Bruta na demonstração do 
resultado do exercício. Além disso, as contas a receber serão reduzidas pela 
Provisão para Devedores Duvidosos (PDD), que é uma conta com natureza 
credora, que diminui as contas a receber.
• Em relação aos estoques, foi visto que eles representam os bens destinados à 
venda ou à fabricação, relacionados com objetivos e atividades da Sociedade. Os 
estoques classificam-se em: matérias-primas, produtos em processo, produtos 
acabados ou mercadorias e peças de manutenção.
• Por fim, estudou-se que devido às mudanças estruturais ocorridas nas 
organizações, bem como uma maior participação das empresas de serviços na 
economia, se instituiu uma nova conta no balanço patrimonial “Intangível”. 
Dessa forma, os estoques agora são bens considerados tangíveis ou intangíveis.
• Ressalta-se a abordagem do CPC 16 (R1) – ESTOQUES – que aborda sobre: 
definição, mensuração, critérios de valoração e reconhecimento como despesa 
no resultado.
25
1 Uma empresa efetuou uma venda de R$ 30.000,00 em 01/04/2016 em 20 vezes, 
sendo a 1ª parcela para 01/05/2016. 
Quantas parcelas cairão no curto prazo e quantas cairão no longo prazo?
Curto Prazo: _______
Longo Prazo: _______
 Efetue os lançamentos contábeis com seus respectivos valores:
D – _______________________R$ _________________
D - ________________________R$ _________________
C - ________________________R$ _________________ 
2 Como as normas internacionais tratam o termo “Disponibilidades”?
3 Qual a diferença entre fundo fixo e caixa flutuante?
4 A seguinte apresentação das despesas pagas é denominada Analítica ou 
Sintética? Qual a diferença entre elas?
AUTOATIVIDADE
5 O que são Créditos (contas a Receber)?
6 Para que serve a conta Provisão para Devedores Duvidosos (PDD)? Cite suas 
características (natureza e classificação).
7 Quais as principais classes de estoque? O que significa cada classe?
8 Sobre a mensuração de estoques abordada pelo CPC 16 (R1) – ESTOQUES, 
qual a orientação?
26
27
TÓPICO 3
NÃO CIRCULANTE
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
No Tópico 2, vimos a diferença entre circulante e não circulante por meio 
do Quadro 4. Porém, dada a importância e a necessidade do entendimento da 
classificação desses dois itens, o Tópico 3 abordará de forma mais ampla e detalhada 
o NÃO CIRCULANTE.
Lembre-se: a classificação errônea das contas contábeis não expressará a 
realidade da empresa, além de não contribuir com uma de suas funcionalidades, 
que é a geração de informações para o bom gerenciamento do negócio.
2 ESTRUTURA DO ATIVO NÃO CIRCULANTE
Ribeiro (2009b) escreve que este grupo é o contrário do Ativo Circulante, 
pois no Ativo Circulante são relacionadas as contas que retratam bens e direitos 
que estão em circulação constante na empresa, ou seja, que transitam com prazo 
inferior a um ano. Já no Ativo Não Circulante são apresentadas as contas de bens e 
direitos com pequena ou nenhuma circulação.
A Lei nº 11.638/07 divide o Ativo Não Circulante em quatro partes:
• ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
• INVESTIMENTOS
• IMOBILIZADO
• INTANGÍVEL
Estas estruturas foram apresentadas no Tópico 1, e agora serão apresentadas 
De acordo com o que já estudamos, no novo critério para definição de circulante 
e não circulante, de acordo com as normas internacionais de contabilidade, Não Circulante 
refere-se a valores realizados (transformados em dinheiro) após o término do exercício social 
subsequente.
ATENCAO
UNIDADE 1 | ESTRUTURAS E OPERAÇÕES CONTÁBEIS NO ATIVO
28
com mais detalhes nos próximos itens.
2.1 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
São contabilizadas no grupo do Ativo Realizável a Longo Prazo as contas 
com mesma natureza das do Ativo Circulante, entretanto, devem ter sua realização 
“certa ou provável”, após o término do exercício seguinte, o que costumeiramente 
acontece em um prazo superior a um ano a partir do próprio balanço (IUDÍCIBUS 
et al., 2013).
Na Lei das Sociedades por Ações, em seu art. 179, tem-se a definição do 
conteúdo, ao referir que no Ativo as contas serão classificadas da seguinte maneira:
No ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o 
término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, 
adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas 
(art. 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, 
que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da 
companhia.
A Lei das Sociedades por Ações estabelece que, independentemente do 
prazo de vencimento, os créditos de “coligadas ou controladas, diretores, acionistas 
ou participantes no lucro”, advindos de negócios não regulares da atividade 
principal da entidade, serão contabilizados no longo prazo, mesmo que possuam 
seus vencimentos ou suas previsões de recebimento de curto prazo. Exemplos de 
contas que se enquadram nesta situação:
a) venda de bens do ativo imobilizado ou outros do ativo;
b) adiantamentos ou empréstimos para amparar necessidades de caixa de empresas 
coligadas ou controladas;
c) empréstimos ou adiantamentos (a diretores/acionistas e/ou demais participantes 
no lucro), quando isso não for seu objeto social.
Outras informações importantes apontadas por Iudícibus et al. (2013) são 
em relação aos tributos diferidos sobre o resultado (IR e CSLL). Estes tributos 
nunca poderão ser classificados no ativo circulante, devem estar em sua totalidade 
classificados dentro do subgrupo Realizável a Longo Prazo.
A seguir, apresenta-se um modelo de plano de contas para o realizável a 
longo prazo indicado pelo manual de Contabilidade Societária (IUDÍCIBUS et al., 
2013). Este modelo é dividido em três subgrupos:
TÓPICO 3 | NÃO CIRCULANTE
29
QUADRO 6 - MODELO DE PLANO DE CONTAS DO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
1. CRÉDITOS E VALORES
2. INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS A LONGO PRAZO
3. DESPESAS ANTECIPADAS
FONTE: Iudícibus et al. (2013)
Esta divisão é feita julgando ser necessária a segregação de contas por 
natureza. Analisemos agora cada subgrupo:
1. CRÉDITOS E VALORES: Relacionam-se aqui: créditos a receber de terceiros; 
títulos a receber; adiantamentos; valores oriundos de depósitos e empréstimos 
compulsórios; imposto e contribuições a recuperar etc. Todos obrigatoriamente 
com prazo de recebimento superior ao exercício seguinte à data da contabilização.
Contas que pertencem a este subgrupo:
• Bancos (Contas Vinculadas)
• Contas a Receber
• Títulos a Receber
• Créditos de acionistas, diretores, coligadas e controladas (transações não 
recorrentes)
• Adiantamento a Terceiros
• Perdas estimadas com créditos de liquidação duvidosa (conta credora)
• Impostos e Contribuições a Recuperar
• Empréstimos Compulsórios à Eletrobrás
• Depósitos Restituíveis e Valores vinculados
• Perdas Estimadas (conta credora)
2. INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS A LONGO PRAZO: Classificam-se nesse 
grupo:
a) aplicações de caixa em título (na conta Títulos e Valores Mobiliários). Estas 
aplicações podem ser melhor analisadas no CPC 14, que trata sobre os 
Instrumentos Financeiros;
b) investimentos em outras sociedades (sem caráter permanente, até mesmo os 
feitos com incentivos fiscais). 
IMPORTANT
E
Contas Credoras lançadas no ativo têm a função de reduzir o ATIVO.
São as chamadas contas RETIFICADORAS ou REDUTORAS. 
30
UNIDADE 1 | ESTRUTURAS E OPERAÇÕES CONTÁBEIS NOATIVO
3. DESPESAS ANTECIPADAS: Compõem este grupo: pagamentos antecipados de 
elementos que se transformarão em despesa após o exercício seguinte à data do 
balanço. Exemplo: prêmios de seguro a apropriar a longo prazo.
Para finalizar o item de realizável a Longo Prazo, apresenta-se um modelo 
analítico das contas pertencentes a esse subgrupo:
 QUADRO 7 – MODELO ANALÍTICO DAS CONTAS PERTENCENTES AO GRUPO 
 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
FONTE: Oliveira e Moreira (2013)
2.2 INVESTIMENTOS
Ribeiro (2009b) escreve que o Investimento alcança as contas que 
representam participações no Capital de outras sociedades (participações essas 
que normalmente geram rendimentos para a empresa em forma de dividendos). 
Geralmente, esses investimentos são realizados em empresas controladas, 
coligadas, equiparadas a coligadas ou em outras sociedades.
FIGURA 6 – REPRESENTAÇÃO DO FUNCIONAMENTO DAS PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS
FONTE: Disponível em: <http://cosif.com.br/imgs/contabil/nbc-tg-05b.gif>. Acesso em: 29 ago. 
2016.
TÓPICO 3 | NÃO CIRCULANTE
31
SOCIEDADES CONTROLADAS: abordam esta temática o CPC 18 - 
Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em 
Conjunto, e o CPC 36 - Demonstrações Consolidadas.
Conceito de sociedades controladas, segundo Almeida (2010, p. 64): 
“Controle é definido como a possibilidade de dirigir as políticas financeiras 
e operacionais de uma empresa, a fim de obter os benefícios e riscos de suas 
atividades”.
SOCIEDADES COLIGADAS: aborda esta temática o CPC 18 - Investimento 
em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em Conjunto.
Conceito de sociedades coligadas, segundo Almeida (2010, p. 64): “Uma 
sociedade é considerada coligada quando a investidora possui influência 
significativa”. Evidencia-se a influência significativa por meio de uma ou mais das 
seguintes formas:
• Representação no conselho de administração ou órgão equivalente da 
investida.
• Participação nos processos de criação de políticas.
• Transações relevantes entre o investidor e a investida.
• Intercâmbio de pessoal administrativo.
• Fornecimento de informações técnicas essenciais (ALMEIDA, 2010, 
p. 64).
SOCIEDADES CONTROLADAS EM CONJUNTO: aborda esta temática 
o CPC 19 - Negócios em Conjunto.
Conceito de sociedades controladas em conjunto, segundo Almeida (2010, 
p. 64):
Dois ou mais empreendedores vinculados por um acordo contratual. A 
existência de um acordo contratual distingue interesses que envolvem o 
controle conjunto de investimentos em coligadas nas quais o investidor 
possui influência significativa.
O acordo contratual estabelece o controle conjunto. Nenhum 
empreendedor isolado está em posição de controlar a atividade 
unilateralmente. 
Considera-se ainda para classificação no grupo investimentos as contas 
com características de direitos de qualquer natureza que não são classificáveis 
no Ativo Circulante e/ou no Realizável a Longo Prazo, e que não se destinem à 
manutenção da atividade principal da organização, exemplo: investimentos em 
obras de arte e bens que gerem receitas para a empresa independentemente das 
suas atividades operacionais (Imóveis de Renda, aplicações etc.) (RIBEIRO, 2009b).
O mesmo autor escreve que este grupo é integrado também pelas contas 
redutoras, como: Provisão para Perdas Prováveis (Investimentos) e Depreciação 
Acumulada (bens de renda).
32
UNIDADE 1 | ESTRUTURAS E OPERAÇÕES CONTÁBEIS NO ATIVO
Para finalizar o item de Investimentos, apresentamos um modelo analítico 
das contas pertencentes a este subgrupo.
 QUADRO 8 – MODELO ANALÍTICO DAS CONTAS 
 PERTENCENTES AO GRUPO INVESTIMENTOS
FONTE: Oliveira e Moreira (2013)
2.3 IMOBILIZADO
A Lei nº 6.404/76, em seu art. 179, inciso IV, conceitua como contas do Ativo 
Imobilizado:
Os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à 
manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos 
com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que 
transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens.
Nesse grupo de contas do balanço são classificados “todos os ativos 
tangíveis ou corpóreos de permanência duradoura, destinados ao funcionamento 
normal da sociedade e de seu empreendimento, assim como os direitos exercidos 
com essa finalidade” (IUDÍCIBUS et al., 2013, p. 275).
Outra característica importante do conceito de Ativo Imobilizado abordado 
pela Lei nº 6.404/76 é que “este não precisa necessariamente pertencer à entidade 
do ponto de vista jurídico para ser reconhecido”. Se uma empresa exercer 
controle sobre um Ativo Imobilizado, usufruir de seus benefícios e assumir os 
riscos causados por ele em suas operações, terá que reconhecê-lo no seu balanço 
patrimonial, mesmo não possuindo sua propriedade jurídica. 
IMPORTANT
E
Os ativos incorpóreos, que antes eram classificados no Imobilizado, agora deverão 
ser classificados no Ativo Intangível.
TÓPICO 3 | NÃO CIRCULANTE
33
No caso acima, a propriedade jurídica é só um detalhe, e não uma condição 
necessária, ou seja, não é necessário que o ativo seja da entidade que o controla para 
utilizar de seus benefícios econômicos. Ainda segundo a Lei nº 6.404/76, deverá a 
entidade reconhecer como ativo imobilizado em seu balanço quando:
(i) ser provável que futuros benefícios econômicos relacionados ao item 
resultarão para a entidade; e 
(ii) havendo a capacidade de mensurar confiavelmente o custo do item.
Ribeiro (2009b) subdivide o imobilizado em:
Operacional Corpóreo (Tangível): capital investido nos bens de uso da 
empresa. São bens materiais que a empresa usa no desenvolvimento das suas 
atividades operacionais normais, como os Móveis e Utensílios, os Computadores, 
os Veículos etc.
Operacional Recursos Naturais: constituído por contas que representam 
capitais aplicados em recursos naturais (minerais ou florestais) de exploração da 
empresa. Este item será melhor abordado futuramente.
Objeto de Arrendamento Mercantil: constituído por contas que 
representam bens que estão sendo utilizados pela empresa, mas que não são de 
sua propriedade. São bens arrendados de Terceiros, podendo ser adquiridos pela 
empresa no final do prazo de arrendamento.
Imobilizado em Andamento (bens para futura operação): constituído 
por contas que representam recursos aplicados em construções ou aquisições em 
andamento. Caracterizam os bens que quando se encontrarem concluídos ou em 
circunstâncias favoráveis para sua operação, serão empregados no desenvolvimento 
das atividades operacionais da empresa.
Vejamos a seguir contas pertencentes a este grupo.
34
UNIDADE 1 | ESTRUTURAS E OPERAÇÕES CONTÁBEIS NO ATIVO
QUADRO 9 – MODELO ANALÍTICO DAS CONTAS PERTENCENTES AO 
GRUPO IMOBILIZADO
FONTE: Oliveira e Moreira (2013)
2.3.1 Depreciação acumulada
“Com exceção de terrenos e de alguns outros itens, os elementos que 
integram o Ativo Imobilizado têm um período limitado de vida útil econômica” 
(IUDÍCIBUS et al., 2013, p. 301). Assim, o custo/despesa destes ativos deve ser 
contabilizado de maneira regular, ou seja, de acordo com os exercícios (anos) 
beneficiados por seu uso enquanto existir vida útil econômica.
A Lei nº 6.404/76, em seu art. 183, § 2º, estendendo-se também ao intangível, 
aborda que a redução do valor dos elementos do ativo imobilizado e do ativo 
intangível deverá ser registrada periodicamente nas seguintes contas.
QUADRO 10 – DEPRECIAÇÃO/AMORTIZAÇÃO/EXAUSTÃO
DEPRECIAÇÃO AMORTIZAÇÃO EXAUSTÃO
Quando corresponder à perda 
do valor dos direitos que 
têm por objeto bens físicos 
sujeitos a desgastes ou perda 
de utilidade por uso, ação da 
natureza ou obsolescência.
Quando corresponderà perda 
do valor do capital aplicado 
na aquisição de direitos da 
propriedade industrial ou 
comercial e quaisquer outros 
com existência ou exercício 
de duração limitada, ou 
cujo objeto sejam bens de 
utilização por prazo legal ou 
contratualmente limitado.
Quando corresponder à 
perda do valor, decorrente 
de sua exploração, de 
direitos cujo objeto sejam 
recursos minerais ou 
florestais, ou bens aplicados 
nessa exploração.
FONTE: Adaptado de Iudícibus et al. (2013)
TÓPICO 3 | NÃO CIRCULANTE
35
Em relação às taxas de depreciação, sempre houve uma tendência de 
grande parte das empresas adotar somente as taxas admitidas pela legislação 
fiscal. Porém, essa prática não é mais permitida. As taxas disponibilizadas pelo 
fisco devem ser utilizadas exclusivamente para apuração de impostos, sendo que 
os valores da depreciação devem ser controlados em registros auxiliares. 
As taxas anuais de depreciação, normalmente admitidas pelo Fisco para 
uso normal dos bens (um turno de oito horas diárias), são as mencionadas no 
quadro a seguir:
QUADRO 11 – TABELA DE DEPRECIAÇÃO DA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
TAXA ANUAL ANOS DE VIDA ÚTIL
Edifícios
Máquinas e Equipamentos
Instalações
Móveis e Utensílios
Veículos
Sistema de Proc. Dados
4%
10%
10%
10%
20%
20%
25
10
10
10
5
5
FONTE: Iudícibus et al. (2013)
Admite-se que a empresa adote taxas diferentes das estabelecidas pelo 
Fisco para fins de depreciação, desde que amparadas por laudo pericial do Instituto 
Nacional de Tecnologia, ou de outra entidade oficial de pesquisa científica ou 
tecnológica. Para o Fisco não haverá problemas se a empresa optar em adotar taxas 
menores de depreciação das que as admitidas (IUDÍCIBUS et al., 2013). Também é 
aceita uma aceleração na depreciação dos bens móveis, tendo em vista o número 
de horas diárias de operação.
IMPORTANT
E
A relação completa de bens, com seus respectivos prazos “normais” de vida útil 
e suas taxas de depreciação, pode ser obtida por meio da Instrução Normativa SRF nº 130, de 
10/11/1999.
36
UNIDADE 1 | ESTRUTURAS E OPERAÇÕES CONTÁBEIS NO ATIVO
QUADRO 12 – TAXA DE DEPRECIAÇÃO DE ACORDO COM O NÚMERO DE HORAS 
DIÁRIAS DE OPERAÇÃO
COEFICIENTE
Um turno de 8 horas
Dois turnos de 8 horas
Três turnos de 8 horas
1,0
1,5
2,0
FONTE: Iudícibus et al. (2013)
Exemplo: Máquinas e Equipamentos
Se a empresa trabalha normalmente oito horas diárias, a taxa de depreciação 
será de 10% ao ano. Se trabalhar dois turnos (16 horas), poderá usar a taxa de 15% 
a.a. E se trabalha em três turnos (24 horas), a taxa admitida será de 20% a.a.
CÁLCULO DA DEPRECIAÇÃO
Ribeiro (2009b) escreve que existem vários métodos de depreciação que 
podem ser utilizados:
Método Linear: mais utilizado no Brasil, resume-se na aplicação de taxas 
constantes durante o tempo de vida útil estimado para o bem.
Exemplo: Um determinado bem teve sua via útil estimada em 10 anos.
Fórmula:
100% = taxa de depreciação
 Tempo de vida útil
Temos: 100% /10 anos = 10% a.a., assim, a taxa de depreciação será de 10% a.a.
Método da Soma dos algarismos dos anos: estipulam-se taxas variáveis 
durante o tempo de vida útil do bem. Somam-se os algarismos que formam o 
tempo de vida útil, chegando assim ao denominador da fração que determinará o 
valor da depreciação.
Exemplo: Um determinado bem teve sua via útil estimada em quatro anos.
TÓPICO 3 | NÃO CIRCULANTE
37
Agora, calculemos a taxa de depreciação.
Taxa de Depreciação do 1º ano pela taxa crescente:
1 de 100% = 10% (taxa de depreciação)
10
Taxa de Depreciação do 4º ano pela taxa decrescente:
4 de 100% = 40% (taxa de depreciação)
10
Método das horas de trabalho: estipula-se a taxa de depreciação com base 
no número de horas trabalhadas. Estima-se em horas o tempo de vida útil do bem 
(a taxa de depreciação irá variar de acordo com o número de horas trabalhadas).
Exemplo: Uma máquina de produção industrial teve sua via útil estimada 
em 1.920 horas. Porém, no seu primeiro mês de atividade ela esteve em uso apenas 
96 horas, calculemos a taxa de depreciação.
Fórmula: Regra de três simples
1.920 horas = 100%
96 horas = x
Resultado:
96 x 100 = 5%
1.920
Método das unidades produzidas: estipula-se a taxa de depreciação com 
base no número de unidades produzidas. Estima-se a quantidade de unidades que 
o bem produzirá durante sua vida útil (a taxa de depreciação irá variar de acordo 
com a quantidade produzida em um respectivo período).
38
UNIDADE 1 | ESTRUTURAS E OPERAÇÕES CONTÁBEIS NO ATIVO
Exemplo: Uma máquina de produção industrial teve estipulada sua 
capacidade de produção em 50.000 unidades. Porém, no seu primeiro mês de 
atividade ela produziu apenas 200 unidades, calculemos a taxa de depreciação.
Fórmula: Regra de três simples
50.000 unidades = 100%
200 unidades = x
Resultado:
200 x 100 = 0,4%
 50.000
Após escolhido o método que será utilizado para o cálculo de depreciação, 
basta aplicar a taxa sobre o valor do bem para encontrar a quota de depreciação do 
período (RIBEIRO, 2009a). O autor ressalta ainda dois pontos importantes: 
• A depreciação somente inicia-se quando o bem começar a operar (bens que 
estejam parados não terão cálculo de depreciação).
• Alcançada a taxa de depreciação acumulada de 100% do valor do bem (custo 
de aquisição), não haverá mais cálculo nem contabilização de depreciação. 
O valor do bem e da depreciação acumulada deste bem devem permanecer 
contabilizados pelo seu valor original, aguardando apenas sua baixa.
Vejamos agora os lançamentos contábeis:
1º Aquisição de um veículo no valor de 25.000,00 no dia 02/01/X16. 
Pagamento à vista (via banco).
D - Veículo (ANC) – 25.000,00
C - Banco (AC) – 25.000,00
2º Cálculo e Contabilização da Depreciação do 1º ano de uso do veículo. 
Teve sua via útil estimada em 10 anos e será utilizado o método linear para cálculo 
da taxa de depreciação.
Cálculo da taxa de depreciação: 100%/10 anos = 10% a.a., assim, a taxa de 
depreciação de 10% a.a.
IMPORTANT
E
A depreciação pode ser calculada e contabilizada mensalmente ou anualmente.
TÓPICO 3 | NÃO CIRCULANTE
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Cálculo do valor da depreciação: 25.000,00 x 10% = R$ 2.500,00 a.a.
Despesa de depreciação
D – Depreciação de Veículo (R) – 2.500,00
C – Depreciação Acumulada (ANC) – 2.500,00
2.500,00 a.a. x 10 anos = 25.000,00
3º Após calculado e contabilizado 100% da depreciação do respectivo bem, 
efetuaremos a baixa.
D – Depreciação Acumulada (ANC) – 25.000,00
C – Veículo (ANC) – 25.000,00
2.3.2 Recursos naturais
Os recursos naturais são os elementos que a natureza oferece, que por sua 
vez são utilizados pelo homem na construção e desenvolvimento das sociedades e, 
portanto, para sua sobrevivência. Assim, existe sua exploração para o fornecimento 
de matéria ou energia aos seres humanos (GOMES, 2006). Na figura a seguir 
apresentamos os tipos e exemplos de recursos naturais.
IMPORTANT
E
A baixa de bens do Ativo Não Circulante se dá por: alienação (venda), doação, 
troca, perecimento, sinistro e furto (RIBEIRO, 2009b).
40
UNIDADE 1 | ESTRUTURAS E OPERAÇÕES CONTÁBEIS NO ATIVO
FIGURA 7 - TIPOS E EXEMPLOS DE RECURSOS NATURAIS
FONTE: Disponível em: <http://visual.ly/recursos-naturais-tipos-e-exemplos>. Acesso em: 29 
ago. 2016.
Assim como existe a depreciação, apresentada no tópico anterior, a 
exploração de recursos naturais ou de seus direitos sobre a exploração também 
deve ser contabilizada e ter seus valores correspondentes à perda, lançada como 
exaustão, que é o que abordaremos a seguir.
TÓPICO 3 | NÃO CIRCULANTE
41
2.3.3 Exaustão acumulada
Iudícibus et al. (2013) escrevem que a exaustão tem como objetivo dividir o 
custo dos recursos naturais durante o período em

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