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LION uma jornada pra casa

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Faculdade Nobre
Curso de Psicologia
ANDRESSA LIMA DE LUCENA
AMANDA SILVA DE JESUS
ARTUR LUCCHESE VELOZO
NICOLE DOURADO
LETICIA CARNEIRO
Análise fílmica: Lion uma jornada para casa
Relato de Caso
Feira de Santana
Novembro, 2019
Faculdade Nobre
Curso de Psicologia
Análise fílmica: Lion uma jornada para casa
Relato de Caso
Trabalho apresentado ao Curso de Psicologia da Faculdade Nobre, como parte de um dos requisitos para aprovação na disciplina de Teorias e Práticas em Sistêmica, orientado pela Profª. Larissa Lopes.
Feira de Santana
 Novembro, 2019.
 O presente trabalho é fruto da análise do filme “Lion uma jornada para casa”. O personagem escolhido para a realização da análise foi Saroo Brierley interpretado por Sunny Pawar, o filme narra a trajetória do jovem desde a sua infância vivida em Ganesh Talai no interior na Índia, em um cenário de extrema pobreza e condições subumanas de existência Saroo e Guddu, seu irmão mais velho saem em busca de trabalhos com o intuito de trazer alimentos para a casa. Em uma das viagens Saroo e seu irmão Guddu se perdem, Saroo adormece em um vagão de trem e acorda em Calcutá, no outro lado do país, iniciando assim umas das fases mais críticas do jovem de apenas cinco anos onde sobrevive há inúmeras dificuldades durante meses, resistindo à fome, sede, frio e fugindo de traficantes de pessoas, tendo como mola propulsora o reencontro com a sua família. Em uma situação específica ele é encontrado pelo órgão do governo e cadastrado em uma lista de adoção, sendo encaminhado para um abrigo de menores desaparecidos, onde foi adotado por uma família de classe média da Austrália. 
 Saroo encontra em sua nova família possibilidades de recomeçar mais uma vez, sendo cuidado, amado, protegido, alimentado e rodeado de afetos e pessoas queridas, os pais adotivos ocupam um papel de figuras substitutivas na vida de Saroo. Logo após dois anos, a família adota outra criança com comportamentos atípicos e agressivos, havendo um conflito no subsistema fraternal, em algumas cenas Saroo e seu irmão adotivo não mantém uma relação agradável, seu irmão sempre está ausente em várias ocasiões, inclusive quando ele se muda e inicia a faculdade. Em umas das cenas, Saroo se sensibiliza com sua mãe adotiva e lamenta-a não poder ter tido filhos biológicos e ter adotado crianças e também as suas histórias, Sue (Nicole Kidman,Tais) discorda do comentário, afirmando que tinha condições de ter filhos, mas, optou por adotar as crianças em estado de vulnerabilidade social ela e seu pai adotivo John (David Wenham) chegaram nesse consenso e partiu de um interesse dos dois adotar também as histórias sofridas de cada um. Segundo Oliveira, et al (2013), motivações altruístas de ser pai e mãe e hedonistas de valorizar a adoção como uma manifestação de amor, caridade, um gesto sublime de adotar um filho gerado por outros, são primordiais de adaptação da criança e do casal no novo sistema familiar. Com isso, Saroo se torna um adulto maduro, formado e privilegiado pelos cuidados de sua atual família. 
 A noção de pertencimento com a sua família biológica é tão intensa, que o mesmo é tomado por um desejo de retornar em sua cidade natal após 25 anos e compreender o paradeiro dos seus familiares. Então Saroo inicia uma busca incessante em mapas e aplicativos para reencontrar a sua família biológica, mesmo em condições subumanas em um cenário de extrema desigualdade social, a família biológica de Saroo nunca foi esquecida pelo o mesmo, pois ele sempre teve uma relação bem estabelecida com o seu sistema familiar. 
 Saroo pertence a uma conjuntura familiar monoparental, é o filho do meio de uma prole de três irmãos. Irmão mais velho é o filho parental, assim como a mãe, é o provedor de alimentos para o lar, Saroo também sente a necessidade de ajudar economicamente em casa, todos compartilham de vínculos saudáveis, protegem uns aos outros e demonstram e sentem carinho, compatíveis com o tipo de apego seguro, proposto por Jonh Bowlbly. Saroo apresenta resistência em falar sobre o seu desejo em encontrar a sua família de origem com a sua família adotiva, seus pais, principalmente a sua mãe apoiaram a sua decisão em revisitar a sua história, permitindo a diferenciação do Self, ou seja, dar espaço para que o indivíduo de afaste, pois quando mais bem diferenciado melhor será o meu sentimento de pertencimento ao sistema, o mesmo ocorreu também quando ele foi para a faculdade e se mudou para outro estado.
 Levando-se em consideração esses aspectos percebemos a influência de nossos vínculos familiares sobre toda a nossa trajetória, a exemplo do nosso personagem Saaro após vinte anos, o desejo de reencontrar sua família de origem sempre foi preservado por ele, independente das situações socioeconômicas e financeiras terem mudado após a sua adoção, seus valores e sua família de origem estava em Ganesh Talai, após o reencontro com seus familiares ele pode se sentir em casa outra vez. 
REFERÊNCIA:
DE OLIVEIRA, Márcia Luzia Silva; MAGALHÃES, Celina Maria Colino; DA SILVA PEDROSO, Janari. Família adotante: estudo de caso de adoção tardia. Revista Brasileira de História & Ciências Sociais, v. 5, n. 9, 2013.

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