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teorico segurança do trabalho 1

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Segurança e 
Medicina do Trabalho
Segurança do Trabalho 
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profª. Ms. Jacqueline Mazzoni
Revisão Textual:
Profª. Esp. Vera Lídia de Sá Cicaroni
5
• Evolução Histórica do Conceito de 
Segurança do Trabalho
• Definições e Considerações sobre o 
Conceito
• Fatores a serem observados na segurança 
do trabalho 
Nesta unidade, vamos tratar do tema “Segurança do Trabalho”, abordando a evolução 
histórica do conceito, desde o século XI até a origem da segurança do trabalho no Brasil, e 
as principais regulamentações sobre a área. 
A segurança do trabalho está relacionada a um conjunto de normas e técnicas aplicáveis em 
vários setores. De modo geral, é compreendida como um conjunto de medidas adotadas 
para proteger o trabalhador em sua integridade nas atividades de trabalho, evitar doenças 
ocupacionais e minimizar acidentes de trabalho.
Importante ressaltar que ela também é definida por normas e leis. Envolve identificar perigos 
e avaliar riscos, propondo medidas de intervenção, como, por exemplo, o Mapa de Riscos e 
sua aplicação prática. 
Para um bom aproveitamento desta unidade, encontrará atividades, tais como: fórum de 
discussão, para que possa refletir e interagir com colegas e o professor-tutor; atividade de 
sistematização com questões de múltipla escolha, para viver concretamente os conceitos; e, 
por fim, uma atividade de aproveitamento do conteúdo.
 · Quais são os principais marcos históricos necessários para 
se compreender o conceito de segurança e as origens da 
segurança no Brasil?
 · Como identificar perigo e avaliar riscos a partir de 
procedimentos que visam à segurança e à promoção da saúde 
do trabalhador?
 · De que forma os trabalhadores percebem os riscos a que estão 
expostos no ambiente de trabalho? 
Segurança do Trabalho 
• Mapa de Riscos 
6
Unidade: Segurança do Trabalho 
Contextualização
Para iniciarmos esta unidade, convido você a refletir acerca do tema Segurança do Trabalho, 
assistindo ao vídeo “Segurança para mim e você”, que demonstra, de forma espirituosa, as 
condições e fatores que afetam o bem-estar dos trabalhadores no local de trabalho.
www.youtube.com/watch?v=CsN7y_Pjak8
7
Evolução Histórica do Conceito de Segurança do Trabalho
Iniciaremos esta unidade falando sobre o surgimento do conceito de segurança, através de 
um resumo histórico da evolução da segurança do trabalho no mundo e da forma como surgiu 
no Brasil.
De acordo com CARDELLA (2010), podemos resumir assim: 
• Hipócrates (460 a 375 a.C.), mestre em medicina, em seu tratado “Ares, água e lugares”, 
descreveu a “intoxicação saturnina” sofrida por um minerador, porém com total omissão dos 
aspectos relacionados ao ambiente de trabalho.
• Geogius Agrícola publicou seu livro, em latim, De re Metallica (1556), que abordava os 
acidentes do trabalho e as doenças mais comuns entre os mineiros, os quais, pela descrição, 
estavam relacionados à extração de minerais e à fundição de prata e ouro. Tratava-se de 
casos de silicose, chamada, na época, de “asma dos mineiros”. 
O médico italiano Bernardino Ramazzini divulgou, 
em 1700, sua obra clássica, De morbis articum 
diatriba (As doenças dos trabalhadores), na qual 
descreveu doenças que ocorriam com trabalhadores 
em mais de 50 ocupações diferentes, fazendo, 
sempre, as perguntas: qual é a sua ocupação? O que 
você faz? Assim, relacionava a patologia encontrada 
com a ocupação do trabalhador. Hoje, poderíamos 
interpretar essas perguntas da seguinte forma: “Diga 
qual o seu trabalho, que direi os riscos a que está 
sujeito”. Por essa obra, Ramazzini recebeu o título de 
Pai da Medicina do Trabalho. 
• No século XVIII, teve início, na Inglaterra, a Revolução Industrial, outro marco na evolução 
da legislação sobre as doenças ocupacionais, pois o homem começou a ser substituído pela 
máquina, que passou a ser operada por mulheres e crianças. Aliadas a esse fato, as tarefas a serem 
executadas pelo trabalhador eram repetitivas, o que levou a um crescente número de acidentes.
• Em 1802, na França, foi promulgada a “lei de saúde e moral dos aprendizes”, primeira lei 
de proteção aos trabalhadores, que previa jornada máxima de 12 horas de trabalho diário, 
proibia o trabalho noturno para crianças e obrigava as empresas a fazer a lavagem das 
paredes duas vezes por ano. Essas medidas foram ineficazes no que diz respeito à redução do 
número de acidentes de trabalho.
• Em 1831, Michael Sadler, apresentou à Comissão instalada para analisar a situação dos 
trabalhadores, um relatório sobre doença ocupacional, descrevendo que homens e mulheres, 
meninos e meninas encontravam-se doentes, deformados, abandonados. O impacto desse 
relatório sensibilizou tanto a opinião pública que, em 1833, surgiu a primeira legislação 
eficiente para a proteção do trabalhador, o “Factory Act”, que foi considerada como a 1ª Lei 
de Proteção ao Trabalhador.
Bernardino Ramazzini 
Fonte: http://www-esh.fnal.gov/Website_Photos/ramazzini.jpg
8
Unidade: Segurança do Trabalho 
• Nos Estados Unidos da América, onde a industrialização desenvolveu-se mais tarde, 
surgiu o primeiro ato governamental visando à prevenção de acidentes na indústria. 
Foi em 1837 que Benjamim Macredi publicou “Leis sobre a Proteção do Trabalho”, as 
quais exigiam a utilização de protetores visando amenizar os problemas aos quais os 
trabalhadores eram submetidos.
• Em 1919, após a Primeira Grande Guerra Mundial, como parte do tratado de Versalhes, 
foi criada a Organização Internacional do Trabalho (OIT), com sede em Genebra, que 
substituiu a Associação Internacional de Proteção Legal ao Trabalhador.
• No Brasil, em 1919, surgiu o primeiro decreto legislativo de proteção ao trabalho, 
sob o número 3.724, por meio do qual foi aprovada a 1ª Lei de assistência médica e 
indenização para acidentes do trabalho. Em 1º de maio de 1943, dia do Trabalhador, 
o ápice das manifestações e o início da busca por uma maior expectativa de vida foi 
marcado pelo Decreto Lei nº 5.452, assinado pelo Presidente Getúlio Vargas, aprovando 
a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Em 1970, de acordo com dados estatísticos 
internacionais, o Brasil aparecia como “campeão” mundial de acidentes do trabalho. Em 
1972, integrando o Plano de Valorização do Trabalhador, o governo federal decretou 
a portaria nº 3237, que criou o Serviço Especializado em Segurança e Medicina do 
Trabalho (SESMT), que tornou obrigatórios, além dos serviços médicos, os serviços de 
higiene e segurança em todas as empresas em que trabalham 100 ou mais pessoas. 
Em 22 de dezembro de 1977, foi sancionada a Lei nº 6.514, que altera o Capítulo V 
da CLT, que trata exclusivamente da Segurança e da Medicina do Trabalho. Em 08 de 
junho de 1978, foi editada a Portaria 3.214, que aprova as Normas Regulamentadoras 
(NR), relativas à Segurança e Medicina do Trabalho, do Capítulo V do Título II, da CLT, 
que obriga às empresas o seu cumprimento. Essas normas abordam vários problemas 
relacionados ao ambiente de trabalho e à saúde do trabalhador. Podemos considerá-las 
como a “bíblia” do profissional da área de Segurança do Trabalho.
 
 Explore
Para saber mais sobre a Lei 6514, acesse o link www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6514.htm 
Para conhecer todas as NRs atualizadas, acesse o link http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-re-
gulamentadoras-1.htm 
 
Atenção
Um marco importante foi a nova Constituição Federal de 1988, cujo capítulo II, incisos XXII, 
XXIII, XXVIII e XXXIII, dispõe, especificamente, sobre Segurança e Saúde no Trabalho (SST).9
A partir de1990, as alterações das normas referentes às práticas de 
Segurança e Saúde no Trabalho (SST) são sensíveis, principalmente com o 
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA (NR 9) e o Programa 
de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO (NR 7). Outra 
evolução ocorre com a modificação da Comissão Interna de Prevenção 
de Acidentes – CIPA (NR 5) pela ação dos próprios trabalhadores, como 
promover a melhoria das condições do ambiente de trabalho, por exemplo, 
mediante a elaboração do Mapa de Riscos. ( CARDELLA, 2010, p. 78)
Definições e Considerações sobre o Conceito
A etimologia da palavra segurança sugere o sentido de ocupar-se a si mesmo (se + cura). Ela 
tem origem no latim e significa sem preocupações (SEGADAS, 1975).
A segurança do trabalho é a ciência que estuda as possíveis causas dos acidentes e incidentes 
originados durante a atividade laboral do trabalhador. Tem como principal objetivo a prevenção 
de acidentes, doenças ocupacionais e outras formas de agravo à saúde do profissional. 
Para Pensar
Com a valorização do capital humano pelas organizações, busca-se garantir a segurança e a saúde 
dos colaboradores no ambiente de trabalho, para que não ocorram acidentes e para propiciar um 
bom clima de trabalho. 
De fato observamos essa preocupação, mas existe a implementação de sistemas de gestão que 
possam assegurar esses resultados?
A Segurança do Trabalho é o conjunto de medidas técnicas, educacionais, 
médicas e psicológicas, empregadas para prevenir acidentes, quer 
eliminando as condições inseguras do ambiente quer instruindo ou 
convencendo as pessoas da implantação de práticas preventivas 
(CHIAVENATO, 2010, p. 381)
Na opinião de Cardella (2010, p.37), “segurança do trabalho é o conjunto de ações exercidas 
com o intuito de reduzir danos e perdas provocados por agentes agressivos”, ou seja, o seu 
principal objetivo está na redução de riscos e de suas fontes e, para tanto, determina que devam 
ser criadas metodologias para eliminação dos incidentes.
10
Unidade: Segurança do Trabalho 
Glossário
Incidentes: pode ser definido como sendo um acontecimento não desejado ou não 
programado que venha a deteriorar ou diminuir a eficiência operacional da empresa.
Além disso, envolve as responsabilidades legais e morais de garantir condições ambientais que 
evitem ocasionar prejuízos à saúde física e mental dos indivíduos. As enfermidades profissionais 
e os acidentes laborais causam enormes perdas às pessoas e às organizações em termos de 
custos humanos, sociais e financeiros (MATTOS et al., 2000).
Cabe à segurança do trabalho, junto com outros conhecimentos afins (medicina do trabalho, 
saúde ocupacional, higiene do trabalho, doenças ocupacionais, sistemas de gestão, legislação 
trabalhista), identificar os fatores de risco que levam à ocorrência de acidentes e doenças 
ocupacionais, avaliar seus efeitos na saúde do trabalhador e propor medidas de intervenção 
técnica a serem implantadas nos ambientes de trabalho (MATTOS et al., 2011).
Para executar tais atividades relativas à Segurança no Trabalho, as ações de segurança e 
saúde no trabalho devem ser baseadas em atitudes preventivas eficientes e eficazes, tendo em 
vista os recursos disponíveis e os agentes de riscos presentes, com a finalidade de atender à 
legislação e de promover a saúde e o bem-estar. Entretanto, embora a atenção ao que se refere à 
segurança e saúde do trabalhador tenha aumentado devido a legislações mais rígidas nessa área 
e ao grande número de acidentes de trabalho, é necessário entender que, mesmo com todos 
os investimentos possíveis na área de segurança (treinamentos, procedimentos, equipamentos, 
etc.), sempre existirá o risco em uma atividade.
 
 Atenção
As medidas de segurança do trabalho podem ser entendidas como: aplicação das NRs; 
identificação de perigo e avaliação de riscos; mapa de riscos; uso adequado de EPI (Equipamen-
tos de Proteção Individual); implementação de programas de prevenção em segurança, como 
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais-PPRA e Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional – PCMSO.
Glossário
OHSAS: Occupational Health and Safety Assessment Series (Série de Avaliação da 
Segurança e Saúde no Trabalho)
11
Fatores a serem observados na segurança do trabalho 
Conforme a OHSAS 18001:2007, o sistema de gestão da segurança e saúde no trabalho 
(SGSST) é parte integrante de um sistema de gestão de toda e qualquer organização, o qual 
proporciona um conjunto de ferramentas que potencializam a melhoria da eficiência da gestão 
dos riscos relacionados com todas as atividades da organização. 
 
Trocando Ideias
Segundo o texto original da Norma OHSAS 18001:2007, as organizações de todos os tipos 
estão cada vez mais preocupadas em atingir e demonstrar um bom desempenho em Segurança 
e Saúde no Trabalho (SST).
A Norma OHSAS para a gestão da SST tem por objetivo fornecer às organizações elementos de um 
sistema de gestão da SST eficaz, que possam ser integrados a outros requisitos de gestão, permitindo 
a uma organização desenvolver e implementar uma política e objetivos que levem em consideração 
requisitos legais e informações sobre riscos de SST. Portanto, a OHSAS é preparada para desenvolver 
e fazer cumprir os padrões de segurança e saúde no ambiente de trabalho.
A saúde no trabalho implica na promoção e manutenção do mais alto grau de saúde física e 
mental e de bem-estar dos trabalhadores em todas as ocupações. Nesse contexto, antecipação, 
reconhecimento, avaliação e o controle dos perigos que surgem no ambiente de trabalho 
são os princípios fundamentais do processo que rege a avaliação e gestão de riscos.
A organização deve delinear um sistema de gestão que englobe desde a estrutura 
operacional até a disponibilização dos recursos, passando pelo planejamento, pela definição de 
responsabilidades, práticas, procedimentos e processos, aspectos decorrentes da gestão e que 
atravesse horizontalmente toda a organização (OHASAS 18001:2007).
Identificação de perigos Avaliação de riscos Controle de riscos
Figura 1: Sistema orientado para a gestão dos riscos.
Para se compreender o que significa risco, é necessário identificar e conhecer os perigos que 
derivam das mais diversas atividades desenvolvidas.
Segundo a OHSAS 18001:2007, perigo é a fonte, situação ou ato com potencial de provocar 
danos em termos de lesões ou ferimentos para o corpo humano ou danos para a saúde, 
patrimônio e o ambiente do local de trabalho. 
A organização deve identificar os perigos associados às suas atividades, produtos 
e serviços que possuem riscos de provocar acidentes e doenças. Deve estabelecer e 
manter procedimentos para a identificação contínua de perigos, a avaliação de riscos e a 
implementação das medidas de controle necessárias.
12
Unidade: Segurança do Trabalho 
Com base na OHSAS 18001:2007, três perguntas básicas são utilizadas para realização desse 
procedimento:
• Existe uma fonte de dano?
• O que ou quem poderia sofrer com o dano?
• De que forma ou como o dano poderia ocorrer?
O(s) procedimento(s) para a identificação de perigos e para a avaliação de riscos deve(m) 
contemplar: atividades de rotina e não rotineiras; atividades de todas as pessoas que têm 
acesso aos locais de trabalho (incluindo fornecedores, prestadores de serviços, visitantes, 
etc.); comportamento humano, bem como capacidades, limites e outros fatores humanos; 
perigos identificados de origem externa ao local de trabalho (ambiental), capazes de afetar 
adversamente a segurança e a saúde das pessoas sob o controle da organização no local de 
trabalho; infraestrutura, equipamentos e materiais no local de trabalho, sejam eles fornecidos 
pela organização ou por outros; mudanças ou propostas de mudançana organização, em 
suas atividades ou materiais; o layout das áreas de trabalho, processos, instalações, máquinas/
equipamentos, procedimentos operacionais e organização do trabalho, incluindo sua adaptação 
às capacidades humanas (OHSAS 18001:2007).
Risco é a combinação da probabilidade de ocorrência de um evento perigoso ou exposição 
com a gravidade da lesão ou doença que pode ser causada pelo evento ou exposição.
Alguns critérios podem ser utilizados pelas organizações para executarem uma avaliação de 
risco eficaz, segundo a OHSAS 18001:2007:
• Caracterizar as atividades de trabalho, sugerindo-se que seja preparada uma lista das 
atividades de trabalho, contemplando os recintos, a fábrica, as pessoas e procedimentos, e 
recolher informações a seu respeito;
• Identificar os perigos, ou seja, devem ser identificados todos os perigos significativos 
relacionados com cada atividade de trabalho, devendo ser identificado quem pode ser 
prejudicado e como;
• Determinar o risco, ou seja, fazer uma estimativa do risco associado a cada perigo, 
assumindo que os controles planejados ou existentes estão a postos. Os avaliadores devem, 
também, considerar a eficácia dos controles e as consequências de suas falhas;
• Preparar um plano de ação de controle de risco (se necessário), ou seja, preparar um 
plano para lidar com quaisquer assuntos identificados na avaliação que requeiram, em 
particular, monitoramento;
• Rever a adequabilidade do plano de ação, reavaliando os riscos com base nos 
controles revistos.
13
 
 Atenção
É importante esclarecer que os conceitos de perigo e risco e sua relação podem criar confusão facilmen-
te. Então, vejamos: o perigo representa uma condição com o potencial de causar danos enquanto o 
risco representa a probabilidade de que o dano ocorra e a severidade potencial do mesmo. Um perigo é 
a propriedade ou o potencial intrínseco de um produto, processo ou situação para causar danos, efeitos 
negativos na saúde de uma pessoa. Pode derivar-se de um perigo químico, trabalhar com eletricidade, 
entre outros. O risco é a probabilidade de que uma pessoa sofra danos ou de que sua saúde se encontre 
prejudicada pela exposição a um perigo. Portanto a relação entre perigo e risco é a exposição, sendo 
imediata ou em longo prazo, o que podemos ilustrar com uma simples equação:
Perigo Exposição Risco+ =
 
 
Considere o seguinte exemplo:
O benzeno é um químico cancerígeno. É um subproduto de processos comuns utilizados na 
indústria de petróleo e gás. Entretanto a exposição ao benzeno pode ser controlada. Reduzindo 
a quantidade de benzeno que é liberada pelos equipamentos para a atmosfera, essa sustância 
altamente perigosa não apresenta um risco significativo para os trabalhadores na área, pois, 
apesar do perigo estar presente, o controle no local pode reduzir ou eliminar o risco.
 
Importante
A chave para uma efetiva avaliação e manejo do risco é a identificação de perigos
Para melhor entendimento, acesse a galeria de imagens: http://arquivos.cruzeirodosulvirtual.com.
br/materiais/disc_graduacao/2013/2sem/3mod/seg_med_trab/un_I/galeria/galeria_seg_trab.html 
Mapa de Riscos 
De acordo com a PORTARIA N.º 25, DE 29 DE DEZEMBRO DE 1994, apresentaremos 
o conceito e as etapas de elaboração do mapa de riscos.
Implantado pela Portaria nº5, de 17 de agosto de 1992, do Ministério do Trabalho, ele é 
obrigatório nas empresas com grau de risco e número de empregados que exijam a constituição 
de uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).
O mapa de riscos deve ser elaborado pela CIPA, ouvindo os colaboradores envolvidos no 
processo produtivo e com a orientação do Serviço Especializado em Segurança e Medicina do 
Trabalho (SESMT) da empresa, quando houver.
14
Unidade: Segurança do Trabalho 
É um levantamento dos pontos de risco nos distintos setores das empresas. Trata-se de 
identificar situações e locais potencialmente perigosos. Anualmente, o mapeamento deve ser 
refeito a cada gestão da CIPA.
O mapa de riscos é a representação gráfica de como os trabalhadores percebem o seu 
ambiente de trabalho, ou seja, deve indicar onde se registram os riscos e fatores de risco a 
que os mesmos estão expostos, direta ou indiretamente. Deve ser simples e objetivo para que 
seja facilmente entendido por qualquer pessoa que o queira consultar e para que esta possa 
interpretá-lo sem auxílio técnico. Deve ser afixado em locais acessíveis e de fácil visualização 
no ambiente de trabalho, para que todos que ali atuam ou eventualmente transitem pelo local 
tenham informações e orientações quanto às principais áreas de risco. 
Vejamos um exemplo:
 
Fonte: http://www.areaseg.com/sinais/mapaderisco.html
Segundo a PORTARIA N.º 25, DE 29 DE DEZEMBRO DE 1994, ao elaborar um mapa 
de riscos, deve-se ter como objetivo reunir as informações necessárias para estabelecer o 
diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho na empresa, possibilitando, durante 
sua confecção, a troca e divulgação de informações entre os trabalhadores e estimulando a 
participação destes nas atividades de prevenção.
Na etapa de elaboração, é necessário conhecer o processo de trabalho no local analisado, 
levando-se em conta os trabalhadores em relação ao número, sexo, idade, treinamentos 
profissionais, saúde, jornada; os instrumentos e materiais de trabalho; as atividades exercidas e 
o ambiente onde são executadas. Um ponto a destacar é a identificação dos riscos existentes no 
local analisado, conforme a classificação da tabela I.
15
 
Tabela I (Anexo IV) 
Classificação dos Principais Riscos Ocupacionais em Grupos, de Acordo com sua Natureza 
e a padronização das Cores Correspondentes.
GRUPO I: 
VERDE
GRUPO II: 
VERMELHO
GRUPO III: 
MARROM
GRUPO IV: 
AMARELO
GRUPO V: 
AZUL
Riscos Físicos Riscos Químicos
Riscos 
Biológicos
Riscos 
Ergonômicos
Riscos de 
Acidentes
Ruído Poeiras Vírus Esforço Físico Intenso
Arranjo físico 
inadequado
Vibrações Fumos Bactérias
Levantamento e 
transporte manual 
de peso
Máquinas e 
equipamentos sem 
proteção
Radiações 
ionizantes Névoas Protozoários
Exigência 
de postura 
inadequada
Ferramentas 
inadequadas ou 
defeituosas
Radiações não 
ionizantes Neblinas Fungos
Controle rígido de 
produtividade
Iluminação 
inadequada
Frio Gases Parasitas Imposição de ritmos excessivos Eletricidade
Calor Vapores Bacilos Trabalho em turno e noturno
Probabilidade 
de incêndio ou 
explosão
Pressões anormais
Substâncias, 
compostos ou 
produtos químicos 
em geral
Jornada de 
Trabalho 
prolongada
Armazenamento 
Inadequado
Umidade Monotonia e repetitividade
Animais 
peçonhentos
Outras situações 
causadoras de 
stress físico e/ou 
psíquico
Outras situações 
de risco que 
poderão contribuir 
para a ocorrência 
de acidentes
 
Fonte: Portaria nº 25, de 29 de dezembro de 1994, Anexo IV - NR 5 CIPA (Tabela 1)
Identificar as ações preventivas existentes e sua eficácia para posterior fixação de medidas 
de proteção coletiva, individual e de organização do trabalho. Outros indicadores que devem 
ser identificados relacionam-se à saúde, tais como, queixas mais frequentes e comuns entre os 
trabalhadores expostos aos mesmos riscos, doença profissional diagnosticada, as causas mais 
frequentes de ausência ao trabalho e acidentes de trabalho. Vale ressaltar quão importante é 
saber, também, quais as medidas de higiene e conforto, como banheiro, lavatórios, vestiários, 
armários, bebedouro, refeitório e área de lazer.
16
Unidade: Segurança do Trabalho 
Devem-se conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local de trabalho para 
elaboraro Mapa de Riscos sobre o layout da empresa.
Os Riscos serão caracterizados graficamente por cores e círculos. O tamanho do círculo 
representa o grau do risco. E a cor do círculo representa o tipo de risco. Vejamos quadro 1 e 2.
Quadro 1: Cores Usadas no Mapa de Riscos
 Fonte: http://www.areaseg.com/sinais/mapaderisco.html
Quadro 2: Tabela de Gravidade
Símbolos Tipos De Riscos
Elevado
Médio
Leve
Fonte: Elaborado pela própria autora
17
O Mapa de Riscos deverá incluir, através dos círculos:
• O grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada na Tabela I;
• O número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do círculo;
• A especialização do agente (por exemplo: químico ou ergonômico), que deve ser anotada 
também dentro do círculo;
• A intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve ser 
representada por tamanhos proporcionalmente diferenciados de círculos.
 
 Atenção
No caso das empresas da indústria da construção, o Mapa de Riscos do estabelecimento deverá ser 
realizado por etapa de execução dos serviços, devendo ser revisto sempre que um fato novo e super-
veniente modificar a situação de riscos estabelecida. 
 
 Explore
No link www3.fsa.br/localuser/Producao/arquivos/mapaderisco.pdf encontrarão uma apostila sobre 
mapa de riscos. Façam a leitura. 
18
Unidade: Segurança do Trabalho 
Material Complementar
Para facilitar seus estudos, você encontrará links interessantes que podem ser acessados com 
a finalidade de aprofundamento do tema desta unidade.
www.fundacentro.gov.br - a mais importante entidade de referência governamental no Brasil, 
que atua em pesquisa científica e tecnológica relacionada à segurança e saúde dos trabalhadores.
http://www.cmqv.org/website/artigo.asp?cod=1461&idi=1&moe=212&id=19755 - instituição 
de terceiro setor provedora de informações, soluções e serviços em prol da segurança e saúde 
no trabalho.
http://normasregulamentadoras.files.wordpress.com/2008/06/riscostrabalho.pdf - apresenta 
análise de riscos segundo as normas regulamentadoras e o mapa de riscos de acordo com a CIPA.
http://www.ricardomattos.com/sites.htm - esta página apresenta uma série de endereços com 
ótimas publicações nacionais e excelentes referências bibliográficas.
19
Referências
CARDELLA, Benedito. Segurança no trabalho e prevenção de acidentes: uma abordagem 
holística. São Paulo: Atlas, 2010.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas. Rio de Janeiro: Campus, 2010.
http://portal.mte.gov.br/data/files/.../p_19941229_25.pdf
MATTOS et al. Higiene e Segurança do trabalho. Rio de Janeiro: Elsevier/Abepro, 2011.
OHSAS 18001:2007. Sistemas de gestão de segurança e saúde no trabalho: diretrizes 
para a implantação da OHSAS 18001. São Paulo: Risk Tecnologia, 2007.
SEGADAS VIANA, J. Manual de Segurança do trabalho. São Paulo: LTC, 1975.
20
Unidade: Segurança do Trabalho 
Anotações
www.cruzeirodosulvirtual.com.br
Campus Liberdade
Rua Galvão Bueno, 868
CEP 01506-000
São Paulo SP Brasil 
Tel: (55 11) 3385-3000

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