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CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 1 Filosofia Filosofia geral: problemas metafísicos Aula 2 Professor Rui Valese CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 2 Conversa Inicial Bem-vindo novamente! Você está na segunda aula de Filosofia Geral: Problemas Metafísicos. Já tem alguma ideia do que vamos estudar hoje? Vou dar uma dica: Aristóteles está para a Metafísica assim como Sócrates está para a Filosofia. Conseguiu descobrir? O pensamento de Aristóteles! Ele é de fundamental importância para o estudo da metafísica! Na aula de hoje, veremos a metafísica aristotélica. Porém, abordaremos alguns dos principais aspectos de seu pensamento, que serão de fundamental importância para a compreensão de outras dimensões dele, como a ética, a política e a estética. Bons estudos! Acompanhe a primeira videoaula, no material online, com o professor Rui apresentando os conteúdos que serão discutidos hoje. Contextualizando Junto com Sócrates e Platão, Aristóteles é considerado um dos pilares da Filosofia. Apesar de ser discípulo de Platão, irá elaborar uma filosofia completamente oposta à do mestre. Opondo-se à Teoria das Ideias (vista no Mito da Caverna na aula anterior), de Platão, defenderá a importância dos sentidos no processo de conhecimento. “Nada está no intelecto sem antes ter passado pelos sentidos.” Diferente do mestre, para quem os sentidos eram uma fonte enganadora de conhecimento. Para Aristóteles, o conhecimento começa com a experiência sensível, é a partir das experiências sensíveis que a razão conhece. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 3 Entretanto, para entender isto é necessário um método; em oposição à dialética platônica apresenta-se a Lógica como instrumento para a constituição da ciência. Tendo seu pensamento sido “cristianizado” por Tomás de Aquino durante o século XIII, Aristóteles tornou-se a principal referência filosófica na Europa Medieval, principalmente durante a Baixa Idade Média (XIII ao XV), não só para a Igreja Católica, mas também para o pensamento laico. Se Platão é a referência para os racionalistas, Aristóteles o é para os empiristas. Mas, a influência de seu pensamento não se restringe somente a esse ramo da Filosofia. Conheça um pouco mais sobre a vida desse filósofo acessando: https://www.youtube.com/watch?v=kkHJce9-oLE Assista, no material online, a contextualização com o professor Rui Valese. Pesquise TEMA 1: Aplicação das quatro causas Para compreendermos a teoria das quatro causas de Aristóteles, é necessário estudarmos antes o que diz respeito ao Ser, bem como o significado do estudo da Metafísica. Para o estagirita, o objetivo da Metafísica é estudar os princípios primeiros e as primeiras causas de todas as coisas. Além disso, investigar “o Ser enquanto Ser”, isto é, procurar compreender sua essência e sua substância. Da mesma forma, dada à diversidade de seres, procura-se explicar as transformações existentes na realidade. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 4 Para alcançar esse objetivo, partiremos de dois pressupostos: Os seres materiais são “Ser” A esta ideia, podemos acrescente ar que, ao observarmos o Ser das coisas, observamos que o mundo da natureza não é uma aparência, uma ilusão – pelo contrário – esse mundo é real e se caracteriza pela multiplicidade de seres, ao mesmo tempo em que observamos os mesmos em um processo de mudança incessante. Nossos sentidos captam a realidade tal qual ela é Porém, é o intelecto responsável por compreender o Ser das coisas, dos entes. É necessário dizer que os sentidos captam casos, situações particulares. Mas é a partir da apreensão desses casos particulares, que se pode compreender que outros entes também se assemelham aos anteriores e, a partir dessas situações e seres repetitivos, chegamos à formulação de um conceito universal. Aristóteles afirma: “O Ser se exprime de muitos modos, mas nenhum modo exprime o Ser. O Ser se diz em vários sentidos.” Para entender melhor, vamos a um exemplo. Observamos, na natureza, diferentes exemplares de cavalos: pretos, brancos, marrons, malhados, grandes, pequenos, mais velozes, mais fortes, etc. Tais características se repetem em alguns, mas não em outros. Mas, existem características específicas em todos eles: quatro patas, mamíferos, cauda vertebral curta e alongada por pelos, orelhas eretas e crina pendente em cima do pescoço, casco ao final das pernas, herbívoros, etc. Estas características delimitarão o Ser do cavalo. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 5 Assim, quando ouvimos ou lemos a palavra “cavalo”, imediatamente buscamos em nossas memórias as características tanto particulares quanto outras desse animal. Na tela a seguir vamos entender o que os filósofos pensam sobre isso... Para Aristóteles, o conceito de “cavalo” está presente no mundo real e não no Mundo das Ideias, como afirmava Platão. O mesmo não é a representação de material de um modelo ideal. “Dizer que as ideias são ‘modelos’ (dos seres materiais) e que os outros seres delas ‘participam’ é jogar com palavras ocas e com metáforas poéticas” (Metafísica, Livro IX). O Ser das coisas, sua essência, não está separado das coisas, num mundo inteligível como diria Platão, o Ser está nas próprias coisas, bem como sua essência. Assim, para conhecer a essência das coisas é preciso partir das sensações captadas pelos sentidos para se chegar à intelecção, ou seja, captar as coisas pelo intelecto e não somente pelos sentidos. Agindo assim, estaremos conhecendo a essência das coisas, suas propriedades internas e necessárias. Veja: Fonte: http://vmfilosofia.blogspot.com.br/2013/02/5-o-intelecto.html CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 6 Segundo Aristóteles, compete à metafísica o estudo de três coisas do ser divino; dos primeiros princípios e causas de todos os entes; de suas propriedades ou atributos. Quanto ao ser divino, chamado por Aristóteles de Primeiro Motor Imóvel, podemos afirmar dele que é perfeito e imutável. E procurando aperfeiçoar-se a natureza busca imitá-lo, desejando-o. Dessa forma, conseguimos explicar o movimento das coisas, o devir que almeja a perfeição, não precisando mais mudar. O segundo estudo diz respeito à compreensão e explicação dos primeiros princípios, as causas primeiras de todas as coisas; que são três, conheça-as no quadro a seguir. Primeiro Princípio O primeiro princípio do Ser é o de identidade: um Ser não pode ser um Ser e outro Ser ao mesmo tempo, ou seja, não posso afirmar que Pedro é ser humano e pássaro ao mesmo tempo. Se digo que Pedro é ser humano, estou afirmando sua essência e não posso afirmar outra essência dele. Em termos lógicos: A = A, não pode ser B. Segundo Princípio O segundo princípio é o da não contradição: por este princípio, entende-se que uma proposição verdadeira não pode ser falsa e vice-versa, será verdadeira ou falsa. Se digo que determinado animal é branco – e ele é branco – não posso dizer que ele não é branco, mesmo que eu queira. Caso contrário, estaria caindo em contradição. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 7 Terceiro Princípio O terceiro princípio é do terceiro excluído: de uma proposição qualquer, só podemos afirmar se elaé falsa ou verdadeira; não existe uma terceira possibilidade. Se afirmo de determinado ser que o mesmo é uma pedra, e também afirmo que o mesmo é um vegetal, uma das duas afirmações é verdadeira e a outra é falsa. Mesmo que essa pedra tenha surgido por um processo de petrificação de um ser que antes era vegetal. Ao sofrer tal processo, perdeu suas características iniciais de vegetal. O segundo objeto de estudo da metafísica é as causas primeiras. Isto é, o que, como e porque uma coisa é o que é. Aristóteles identifica quatro causas: material, formal, eficiente e final. A causa material diz respeito àquilo de qual determinado ser é feito. As causas materiais de uma construção qualquer, por exemplo, são os tijolos, a areia, a pedra, o cimento, a cal, a madeira, as telhas e tudo o mais que foi utilizado para a construção da mesma. Já a causa formal diz respeito ao que identifica essa construção, a sua essência. Então, se tal construção for de uma casa e não de um mercado; de um hospital e não de um presídio. A terceira causa, a causa eficiente diz respeito a quem vai conceber, projetar e materializar a construção. Nesse caso, estamos falando de uma separação dos sujeitos que atuam como causa eficiente, já que quem vai materializar o que foi concebido e projetado, quase sempre não serão os mesmos sujeitos. Já no caso de um hospital, por exemplo, estamos falando de arquitetos, engenheiros, pedreiros, mestres de obra, pintores, eletricistas, azulejistas, técnicos de TI, vidraceiros, dentre muitos outros profissionais que foram necessários para tal empreendimento. Por fim, a causa final, se refere à finalidade para a qual a mesma foi concebida, o seu objetivo. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 8 A partir das expectativas de quem requisitou a construção e dos cálculos efetuados pelo engenheiro para viabilizar a obra. Se especificarmos ainda mais o tipo de construção – uma escola, por exemplo – a finalidade da mesma é o processo de produção e apropriação de conhecimento. E como Aristóteles vê isso? Avance a tela! Para Aristóteles há uma interligação entre as causas. Quando uma causa eficiente age sobre uma causa material, produzindo uma causa formal, age com um objetivo. Quando um carpinteiro (causa eficiente) age sobre a madeira (causa material), para transformá-la em uma cama (causa formal), por exemplo, sua intenção, objetivo e finalidade (causa final) é produzir um móvel que sirva de local para repouso de alguém. No entanto, há uma certa superioridade da causa final sobre as demais, na medida em que ela representaria o bem por excelência da causa material, se concretizaria pela ação da causa eficiente. Neste sentido, a causa final é uma substância, na medida em que a mesma tem a possibilidade de produzir outras coisas, ser o princípio de modificações. Essa forma de pensar expressa uma perspectiva teleológica, isto é, um pensamento que aponta para uma solução final dos acontecimentos: todas as coisas tendem para um fim. No artigo “As quatro causas da filosofia da natureza de Aristóteles”, de Lucas Angioni, você entende melhor esse assunto. Confira: http://www.afc.ifcs.ufrj.br/2011/Angioni.pdf CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 9 O professor Rui apresenta agora uma aplicação prática das quatro causas na formação de um determinado profissional. Confira! TEMA 2: Ato, potência e catarse Para compreendermos a doutrina do ato e da potência de Aristóteles é necessário retomarmos algumas reflexões que os gregos antigos fizeram sobre a ideia de movimento, já que ato e potência são dois conceitos que servem de base para Aristóteles explicar como o movimento acontece nos seres. E assim, apresentarmos suas principais ideias sobre isso. O problema do movimento preocupou os filósofos gregos desde o primeiro momento. Enquanto Heráclito defende que as coisas estão em constante mudança, para Parmênides há uma contradição insolúvel na concepção da ideia de Ser e de movimento. Para ele, o Ser é o que é, e não o que muda. Admitir a mudança é também admitir que o não-Ser é, o que é inadmissível. Para solucionar este problema, Platão concebe a ideia de dois mundos: o das Ideias e o Sensível. Ideias: Não há mudança, já que as ideias são modelos perfeitos e imutáveis. Sensível: Admite-se a existência de movimento, uma vez que cada ser existente no Mundo Sensível é uma tentativa de representação do modelo ideal. Assim, os seres desse mundo seriam imperfeitos, caso contrário não seriam representações, e mutáveis. O maior discípulo de Platão apresentará outra solução para o problema do movimento, concordando com seu mestre, no que diz respeito à ideia de convivência de movimento e permanência. Contudo, discordando dele, na forma como ambos coexistem: não em mundos diferentes, distintos, mas no mesmo mundo, nas mesmas coisas e no mesmo Ser. Mudança e movimento encontram-se no mesmo Ser. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 10 Aristóteles também divergirá dos pré-socráticos Anaximandro de Meleto e Empédocles de Agrigento, estes defendiam a ideia de um movimento contínuo, colocando o universo como sendo animado por contínua transformação. Para Aristóteles, existem algumas coisas que mudam, enquanto outras permanecem. Àquilo que muda, chamou de acidente, e o que permanece, substância, que determinará os limites da mudança, que estará sujeita ao conteúdo em potência. Ainda, quanto à mudança, Aristóteles identifica quatro tipos de ser: 01. Seres físicos ou naturais Estão em movimento contínuo (devir), assim como vivem num movimento (no devir). 02. Seres matemáticos São seres que não nascem, nem morrem, nem existem por si mesmos, mas existem como expressões de coisas naturais, os quais abstraímos por uma operação do pensamento. Não estão em devir, nem no devir; 03. Os astros Os astros são seres cuja essência é imutável, mas, estão em movimento perfeito e eternamente (cabe aqui esclarecer que a ciência moderna tem uma outra teoria para os astros). 4. O ser divino Imutável, imperecível e que é sempre idêntico a si mesmo. Por isso mesmo, eterno. Ser por excelência, está excluído de qualquer tipo de movimento. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 11 Complemente o estudo do movimento, assistindo ao vídeo a seguir “Movimento e natureza – Aristóteles e Tomas de Aquino, por Sidney Silveira. https://www.youtube.com/watch?v=b_HH1WXQhjs Há outros 5 movimentos que Aristóteles identifica no Ser. Mas antes de conhecermos quais são, faça uma pausa e consulte o livro da disciplina sobre este assunto! Confira agora quais são os 5 tipos de movimento que Aristóteles identificou no Ser. Mudança qualitativa Quando um ser qualquer tem algum tipo de mudança em uma ou mais qualidades. Por exemplo: as plantas que com a chegada do outono e do inverno têm suas folhas mudando de verde para marrom ou caindo completamente conforme o tipo de árvore e a região do Planeta em que a mesma se encontra; essas mesmas árvores, com a chegada da primavera, passam a ter novas folhas, flores e algumas delas, frutos. Mudança quantitativa Quando um ser qualquer apresenta mudanças em seu tamanho, aumentando, diminuído ou se dividindo. Por exemplo: os corpos que se dilatam ou se comprimam diante de alguma fonte de calor ou frio, ou em presença de alterações de temperatura para cima ou para baixo; a massa de pão que é esticada e comprimida, para depois ser deixadaem repouso enquanto age elementos químicos biológicos ou químicos para fazer a mesma mudar de volume e ficar pronta para assar; o elástico que pode ser esticado e depois, quando solto, volta ao seu estado normal; alguns tipos de tecido que alargam ou estreitam com o uso e o passar do tempo, etc. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 12 Mudança de lugar Quando um ser deixa sua localização espacial e passa a ocupar outro lugar. Por exemplo: quando saio da sala e vou para a cozinha em minha residência; um projétil que sai de uma arma de fogo de um policial, um cidadão comum pacífico ou um que atinge agressivamente uma pessoa sem qualquer relação com o fato que motivou tal ação; o deslocar-se de uma bicicleta pelo esforço físico de uma criança brincando ou de um adulto indo trabalhar; a queda de um vaso de uma sacada, etc. Mudança de estado Quando um ser passa da ação à passividade ou paixão, ou o seu contrário. Por exemplo: um papel que corta minha pele e depois é cortado por mim com o auxílio de um objeto cortante ou simplesmente rasgado pelas minhas mãos; quando amo alguém ou sou amado por outrem, etc. Mudança de geração ou corrupção Quando um ser passa a existir ou deixa de existir. Por exemplo: o encontro de espermatozoides e óvulo(s) que faz surgir um novo ser, que primeiro é um embrião, depois nascerá, crescerá, viverá e, por fim, morrerá. Feitas essas considerações, agora verificaremos o que é ato e o que é potência, bem como algumas aplicações práticas destes conceitos. É graças a esses dois conceitos que Aristóteles explica como, porque e para que as coisas mudam. Para ele, o devir não é aparência (como entendia Parmênides), muito menos ilusão (como entendia Platão), mas algo necessário para que o Ser passe da condição de potência para ato. Potência pode ser entendida de duas formas: 1. Como a capacidade que determinada coisa tem e que pode provocar mudança em outra coisa. Exemplo: o fogo (causa eficiente) tem a potência de aquecer a água (causa material) e fazê-la evaporar. A água (causa eficiente) é CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 13 a possiblidade de tornar um solo úmido e fazer com que uma determinada semente (causa material) germine. O marceneiro (causa eficiente) tem a possibilidade de transformar a madeira (causa material) em um móvel (causa final); em outro sentido, potência é a possibilidade que uma coisa tem de passar de um estado para outro. Outro exemplo: a água tem as possibilidades de se tornar sólida – na forma de gelo – ou de gasosa – quando evapora. Uma semente qualquer tem a possibilidade de vir a se tornar uma planta (flor, árvore, mato, etc.), desde que tenha as condições para tal, como solo adequado, umidade, luz, etc. 2. O fato de alguma coisa ter alguma possibilidade não significa necessariamente que terá sua potência atualizada. Já o ato é a condição posterior da potência, a planta é a atualização da potência que uma determinada semente possuía. O óvulo e o espermatozoide são potencialmente seres vivos; contudo, somente poderão ser de fato se um ou mais espermatozoides encontrarem e fecundarem o óvulo e, então, o processo se desencadear. Com estes dois conceitos, Aristóteles explica o movimento nos e dos seres: a passagem contínua da condição de potência para o ato. Porém, vale lembrar mais uma vez, esse movimento não é um moto perpétuo. O ato atualizará aquilo que a substância tiver “previsto” para a potência. Uma semente de feijão não dará um pé de feijão que produzirá outras sementes, que produzirão outros pés de feijão e assim sucessivamente até que, em determinado momento, uma semente sofra um processo de mutação e produza um pé de laranja. Talvez a ciência dos transgênicos quebre essa lógica que você acabou de ler... Mas, do ponto de vista da ciência da natureza essa possibilidade não existe. Não se está aqui para falar contra o processo evolutivo dos seres, que segue uma outra lógica. Veja, ontologicamente, o ato é superior à potência. Isto porque as substâncias eternas não estão em potência, mas em ato. Ao mesmo tempo, só CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 14 é possível conhecer a potencialidade de algo por meio da atualização daquilo que se era em potência, sem o ato, a potência será mera possiblidade. Para fixar e esclarecer o que você estudou até agora, assista o vídeo “Filosofia da Educação – Aristóteles”, acessando: https://www.youtube.com/watch?v=8uru60xR54w Confira, também, o artigo de Maria Cardoso dos Santos, sobre a relação entre ato e potência na metafísica de Aristóteles: http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/revistahumus/article/downlo ad/1504/1208 O professor Rui recapitula o tema que você estudou até aqui. Acompanhe no material online. TEMA 3: Teoria dos Cinco Elementos Como está estruturada, ontologicamente, a realidade material? Esta questão incomodou não somente os pré-socráticos que buscaram um princípio originador e fundante de tudo, mas também filósofos posteriores. Um deles é Aristóteles, que também questiona pelo o que é a realidade material e como a mesma está ontologicamente estruturada. Assim, este é o objetivo principal desse estudo: compreender como a realidade material está estruturada ontologicamente, segundo Aristóteles. Para Aristóteles, assim como para Heráclito, a realidade material está em constante movimento. E esse constante movimento, na qual a mesma se encontra, tem um objetivo: imitar o ser divino que é perfeito e imutável, tornando- se, assim, também perfeita e imutável. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 15 Porém, esse processo, o qual Aristóteles chamou de devir, nunca chegará a termo porque a realidade material nunca alcançará a perfeição. O que não invalida esta tentativa. Pois, nessa busca pela imitação do imutável divino, a mesma vai se aperfeiçoando. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 16 Com a fala de Aristóteles percebemos que todos os seres da realidade são compostos de matéria (potência), e isto explica porque se transformam, já que potência é algo que determinado ser pode vir a ser. Cada ser tem uma forma que o individualiza na medida em que atualiza as suas potencialidades e suas virtualidades. Todo ser é composto de três elementos: essência, acidentes e substância. Cada ser possui uma essência, que é única e que o identifica, dando-o uma identidade. A essência é um conjunto de propriedades, de atributos que fazem com que o ser seja o que é e não outra coisa, nem outra coisa seja o que ele é. Por exemplo, o que define o ser humano como ser humano é o fato de o mesmo ser um animal racional, mortal, executar operações racionais, ser é dotado de vontade e mostrar que é capaz, senão todos, pelo menos a maioria, de gerar outros seres humanos que também possuirão as mesmas características. Já acidente refere-se a propriedades, atributos do ser que não interferem em sua essência e identidade, podendo ter ou não, deixar de ter sem deixar de ser aquilo que é. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 17 Enquanto a capacidade racional faz parte da essência humana: ser branco/negro, homem/mulher, homossexual/heterossexual/bissexual/transexual ou alto/baixo são atributos acidentais do ser humano, ou seja, ser uma coisa ou outra não o tornará ser humano ou o deixará de ser. Ainda que em alguns momentos históricos e em determinadas sociedades, tenham utilizado tais acidentes para negar a humanidadede alguns indivíduos. Por fim, a substância é o Ser, ou seja, se refere ao conjunto de essência e acidente que um Ser possui. Os atributos e propriedades, essenciais e/ou acidentais, que um ser possui constituem a sua substância. Vale ressaltar que ao fazer esse estudo, não estamos falando de um indivíduo em particular, mas do ser humano em sentido universal. Para fazer essa distinção, Aristóteles fala sobre a substância primeira e substância segunda. Vamos conhecê-las! A substância primeira é aquilo que caracteriza o indivíduo em sua particularidade. Exemplo: Maria é negra, moradora de uma comunidade de uma cidade qualquer e é microempreendedora, mas, ao entrar em determinados lugares é tratada e encarada com olhares de preconceito étnico-racial característicos de nossa sociedade. Estes são os atributos que individualizam e particularizam Maria, que a definem. Já os atributos ou propriedades que colocam a mesma Maria como um ser que pertence ao conjunto dos seres humanos, constituem a substância segunda. Quanto ao atomismo de Demócrito, Aristóteles o rejeitará, pois o considerava insustentável. Segundo ele, os atomistas não tinham como provar que o átomo (aquilo que não é divisível) tivesse um corpo. Pois, se o tivesse, significaria que tem extensão e, se tem extensão, consequentemente é divisível. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 18 Por fim, se é divisível não pode ser chamado de átomo. Para Aristóteles, há corpos que são minúsculos e, por isso mesmo, resistem à divisão. Demócrito: Foi um filósofo que viveu entre os anos de 460 a 360 a.C. Suas obras demonstram interesse em história, linguística, meteorologia, astronomia, entre outros assuntos. Uma das questões levantadas por Demócrito era se a alma seria também feita de átomos. A resposta que obteve foi que “princípios de todas as coisas são os átomos e o vazio”. Ele acredita que o átomo é o elemento que dá base a uma infinidade de especulações complexas, sendo que sua existência pressupõe a manifestação do vazio, onde os átomos se movimentam. Fonte: http://www.infoescola.com/filosofos/democrito/ Voltando ao Ser... Aristóteles chegou a algumas ideias mestras: “Do nada, nada se cria”: o ser de alguma coisa não surge do nada, mas de alguma coisa que lhe é anterior e que possuía potência de se tornar uma nova coisa. A planta surge de uma semente, que possuía a potencialidade de tornar- se planta. O ser humano surge da união de um espermatozoide com um óvulo, que possuíam a potencialidade de tornar-se um ser humano. os seres possuem um substrato comum que são eternos e, portanto, não sujeitos a transformações; aquilo que uma coisa pode ser está imanente nessa mesma coisa; diversos seres materiais têm um mesmo padrão. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 19 Ao analisar empiricamente os seres materiais, sua preocupação não é com a materialidade dos mesmos, mas com sua imaterialidade, com aquilo que não é perceptível pelos sentidos, mas pelo intelecto. Isso porque, para Aristóteles, as transformações pelas quais o mesmo está preocupado, vão muito além dos aspectos materiais do ser. O professor Rui vai recapitular este tema no material online. TEMA 4: Hilemorfismo Aristotélico Você sabe o que é HILEMORFISMO? A palavra vem do grego: hilé= matéria e morphé= forma, ou seja, todo ser que possui um corpo material é composto de matéria e forma. Para Aristóteles, não existe forma sem matéria, ela sempre existirá em uma forma que pode ser alterada e, mesmo assim, algo permanecerá: a matéria da qual foi feita. A matéria e a forma têm uma relação necessária, uma exige a presença da outra, complementando-se. Assim como existe uma correlação entre ato e potência, que logo estudaremos. A matéria diz respeito à composição de algo, do que é feito, constituído. Por exemplo: mesa de pedra; calçado de couro; roupa de algodão; espeto de alumínio, etc. Para estes casos, a matéria que tem a forma dos referidos e respectivos objetos são a pedra, o couro, o algodão e o alumínio. A matéria, qualquer que seja ela, quando transformada tomará uma nova forma, que a identificará. Como a madeira, que antes podia estar dividida em diferentes formas (retângulos, quadrados, cilíndricos, etc.), agora, unida de forma harmônica, assume nova forma – uma mesa, por exemplo. Ou o couro, que antes poderia ser um quadrado ou um círculo, agora poderá assumir a forma de um calçado. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 20 Conclui-se que é a forma do objeto, depois da matéria ter sido transformada, que define o que ele se tornou. É evidente que estamos falando aqui da passagem de algo que estava em condição de potência e foi atualizada, a partir de uma ideia concebida por um artesão ou simplesmente copiada de um modelo já existente. Percebeu que a matéria possui potência para se transformar em algo? Mas isso vai depender da atuação de uma causa eficiente para que ela atinja uma nova forma! Porém, como a forma não representa a substância, ela não poderá ser identificada como a essência de alguma coisa. A referência que a forma dá à coisa é acidental e não substancial. Por exemplo, o fato de a mesa ser quadrada, redonda, triangular ou retangular, constitui parte de sua forma, mas não são tais aparências que a definem enquanto mesa, é a sua causa eficiente e a finalidade para a qual foi fabricada. Sua forma também pode mudar, mas sua essência está na substância. Observando a mutabilidade dos seres visíveis, conclui que deve haver um elemento que permanece e outro que muda. Ou seja, a matéria permanece, mas a forma muda. Veja: quando um marceneiro trabalha a madeira, transformando-a em cama, a forma que ela tinha antes é alterada, e mesmo assim, a cama continuará sendo de madeira, ou seja, a forma mudou, mas a matéria ainda é a mesma. O objeto cama é o fim e sua forma é acidental. Outra questão importante também observada pelo estagirita é de que, na passagem de alguma coisa da condição de matéria à forma, há dois acontecimentos: geração e corrupção. Geração é pelo novo ser que aparece. A cama surge após a madeira ser trabalhada pelo marceneiro. E a corrupção refere-se ao que foi transformado, perdendo a forma anterior. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 21 Para compreender essa passagem de matéria à forma, faz-se necessário retomarmos dois conceitos aristotélicos importantíssimos – ato e potência – para que as mudanças de matéria à forma sejam mais facilmente apreendidas, veja: Ato é a condição do ser que recebeu uma nova forma, que estava em potência na forma anterior. A passagem da matéria à forma, não é automática ou espontânea. Necessita que uma causa extrínseca, uma causa eficiente aja sobre a matéria para que a mesma ocorra. “Nenhum ser passa por si mesmo da potência ao ato” (JOLIVET). Quando da passagem da condição de potência para ato implica em perda e ganho. Isso porque, o que estava em potência perdeu a forma do seu estado e adquiriu uma nova forma quando se tornou em ato. Como o alumínio, que foi retirado da natureza em estado bruto, tem uma determinada forma. Porém, ao ser industrializado e transformado em espeto, perde a forma bruta e adquiri a forma manufaturada. Da mesma forma, o ser em estado de potência, é carente de perfeição, que poderá vir a ter que se passar da condição de potência para ato. Já o ser em estado de ato, é possuidor de perfeição que estava em potência. Estamos chegando ao fim desta aula, antes, retomaremos três ideias:1. O hilemorfismo foi criado para explicar a mobilidade a que os seres estão submetidos. Os seres estão em constante modificação e esta se faz por meio da passagem da matéria para uma determinada forma. 2. O fato de as coisas serem constituídas de matéria e forma. E por essa constituição, estarem sujeitas a mudanças, não acontecem espontaneamente, mas pela intervenção de uma causa extrínseca e eficiente. 3. O hilemorfismo explica a multiplicidade de seres de uma mesma espécie. Os seres humanos são constituídos das mesmas matérias. Porém, não são iguais. Podem até ter algumas semelhanças, mas possuem muitas diferenças: cor, altura, gênero, etc. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 22 A partir da matéria, pode surgir muitas formas, mas como afirmamos, a referência que a forma dá à coisa é acidental e não substancial. Ou seja, as características enumeradas acima, dentre outras, são acidentes, não constituem a substância do ser humano. O que caracteriza o ser humano é o fato de ser um animal racional, que morre, que é capa de operações racionais, que é dotado de vontade e que é capaz, senão todos, pelo menos a maioria, de gerar outros seres humanos que também possuirão as mesmas características. O professor Rui, recapitula este tema no material online, confira! TEMA 5: De Anima Um dos trabalhos mais importantes de Aristóteles foi o de sistematização do conhecimento filosófico produzido até então pelos gregos, não de todo ele, mas de boa parte. Esse trabalho tem pelo menos dois motivos pelos quais devemos considerá-los como importantes: o primeiro, porque nos permitiu conhecer muita coisa que se perdeu no original; o segundo, porque instrumentalizou o estagirita para a fundamentação de seus argumentos, apresentando inclusive um método de pesquisa e argumentação. Um desses trabalhos é sobre o conceito de alma, tratado em sua obra “Sobre a Alma”. Nela, Aristóteles não só apresenta sua definição, como retoma grande parte do pensamento filosófico grego anterior a ele sobre esse conceito. Para os comentadores, a obra “Sobre a alma” trata da alma sempre como forma, constituindo parte de seus escritos genéricos, mais especificamente do campo da Psicologia e, portanto, sendo o mais correto colocá-la dentro de seu sistema hilemórfico. Como tal, a alma sempre se apresentará, em seu pensamento, como oposição e ato em relação à matéria. Aqui, vamos compreender algumas questões do pensamento aristotélico sobre a alma, principalmente a sua natureza e substância, bem como quais são seus atributos. Tente responder às perguntas a seguir. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 23 A qual categoria de ser pertence a alma? Existe um conceito único de alma? Quantas são as suas partes ou espécies? Para Aristóteles, a alma é uma realidade física. Ao mesmo tempo, ele a define como substância e também como forma. No entanto, é possível pensarmos a alma tanto em conceitos individualizados que qualifiquem as particularidades de cada tipo, quanto àquilo que se lhes é comum. E, nesse sentido, uma primeira coisa que podemos dizer é que todas as formas viventes possuem, partilham de uma pequena forma de vida. Porém, alguns viventes, por possuírem outras manifestações de vida, também possuem uma alma superior. É o caso do ser humano, que além de possuir uma alma superior, possui também diversas potências da alma, que lhe são inerentes. Aristóteles acredita que primeiro existe a alma em geral e, depois, três tipos de alma, com seus respectivos poderes: a alma vegetativa; a alma sensitiva; a alma intelectiva. O filósofo diz que a alma é o motor imóvel do corpo. Assim, a vida (união de corpo e alma) é auto movimento. Diferente de seu mestre Platão, que defendia o dualismo corpo/alma, considerando a última prisioneira do primeiro, Aristóteles a considera seu princípio vital: aquilo que distingue o vivente do não vivente; não existe vida sem alma; como causa formal e eficiente, está na base de todas as atividades vitais; da mesma forma, como causa final, todas as operações se dirigem a ela. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 24 Aristóteles considera que os destinos da alma e do corpo estão ligados, ainda que um se oponha ao outro. O que é a alma vegetativa? Segundo Aristóteles, a alma vegetativa é o princípio das plantas. Como tal, está encarregada de nutrir e garantir a reprodução do corpo. Um ser vivo, qualquer que seja ele, deve seu crescimento ordenado e harmônico a um fator que permeia o todo, isto é, que tenha a noção e interfira nesse todo. Diferentemente de seus predecessores, para quem um princípio age sobre a matéria para movê-la, para Aristóteles, primeiro a alma age sobre tal princípio e esse, no mesmo ritmo, movido pela alma, age sobre a matéria. A nutrição, além de manter e conservar o indivíduo, participa também do eterno e do divino. No entanto, esse processo cessará quando a vida perecer. A alma sensitiva Aristóteles dá uma maior atenção do que havia dado à vegetativa. Para ele, a alma sensitiva é a forma substancial do ser vivo, que também é sensitivo. E, para cada ser vivo, há um tipo de alma sensitiva. Nos seres sensitivos, existe também atividade vegetativa, isto é, de nutrição. Porém, nos seres sensitivos, a alma vegetativa é superior à alma vegetativa das plantas, pois a mesma encontra-se em estágio mais elaborado. Nos animais, a vida vegetativa tem finalidade de formar os órgãos sensoriais. Ao mesmo tempo em que as faculdades sensitivas são responsáveis por dirigir a vida vegetativa. Nos animais, as potências vegetativas e sensitivas não estão justapostas, mas “são propriedades que determinam a alma” (p. 80). A alma dos animais é diferente da alma das plantas, pois nessas, quem determina é a alma vegetativa, enquanto naquela, é a sensitiva. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 25 E a alma intelectiva? Além das diversas operações vitais e respectivas potências, o ser humano possui intelecto. Para Aristóteles, o ser humano não possui várias almas – vegetativa, sensitiva e intelectiva – mas uma alma com as capacidades para as diversas operações das três almas. Assim, a alma intelectiva afirma a individualidade e a particularidade do ser humano. Diferentemente de seu mestre, para Aristóteles a alma intelectiva forma com seu corpo uma unidade. Segundo Aristóteles, alguns animais são perfeitos por possuírem todas as faculdades sensitivas. Já outros são imperfeitos por possuírem apenas algumas. O ser humano é perfeito, segundo ele, por possuir todas as faculdades sensitivas, além de possuir imaginação. O pensamento é diferente das sensações. Essas se restringem a que os órgãos dos sentidos podem receber/perceber. Aquele pode estender a tudo. Para ele, o pensamento é “uma potência ilimitada, que pode receber tudo” e, portanto, deve ser imaterial ou espiritual. Por essa razão, é capaz de receber os objetos como universais, separando-os ou unindo-os em seus juízos, a partir dos quais atinge a verdade. A alma é imaterial e, “a intelectiva e forma do corpo humano”. No material online, entenda mais um pouco mais sobre a alma com o professor Rui. Trocando ideias Relembre o que você estudou sobre ato e potência. Depois, acesse o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e discuta com seus colegas a proposição “O poder corrompe”, com base no que você estudou até aqui. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 26 Na Prática Pegueuma folha de papel em branco, pesquise na internet um origami para fazê-lo. Depois, identifique que conteúdos estão relacionados a cada uma das fases dessa unidade. Síntese Vamos recapitular o que aprendemos hoje? Vimos um pouco do pensamento de Aristóteles. Particularmente algumas concepções ontológicas. Iniciamos o estudo pela teoria das quatro causas, a partir das quais se explica como ocorre o movimento no mundo. Ao mesmo tempo, quando vimos a doutrina aristotélica do ato e da potência, buscamos relacioná-las com a teoria das quatro causas; se uma matéria qualquer tem a possibilidade de se tornar alguma coisa, essa passagem só ocorrerá por intermédio da atuação de uma causa eficiente, a qual atualizará, isto é, transformará a referida matéria em algo, a partir de uma concepção ou modelo. Investigamos a estrutura ontológica da realidade material e vimos que a mesma possui uma essência, na qual a atuação de um Primeiro Motor Imóvel é fundamental para a sua compreensão. Ao investigarmos sobre o hilemorfismo aristotélico, refletimos sobre a relação entre matéria e forma, quando estamos falando de uma, não necessariamente estamos falando de outra. Porém, uma não existe sem a outra. Por fim, vimos a doutrina aristotélica da alma, que distingue três tipos: vegetativa, sensitiva e intelectiva. Da mesma forma, aprendemos as principais características de cada uma, bem como a relação com a alma, o que distingue o ser humano dos demais seres vivos: é pelo mesmo possuir a alma intelectiva, além da imaginação. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 27 Antes de se despedir, confira a sintetização feita pelo professor Rui na videoaula a seguir. Referências Grandes pensadores: Aristóteles <https://www.youtube.com/watch?v=kkHJce9-oLE> O intelecto. <http://vmfilosofia.blogspot.com.br/2013/02/5-o- intelecto.html> Aristóteles, o estagirita. <http://slideplayer.com.br/slide/3138013/> Aristóteles e a teoria do ato e potência. <http://blogdoenem.com.br/aristoteles-ato-potencia-filosofia-enem/> Filosofia da educação – Aristóteles <https://www.youtube.com/watch?v=8uru60xR54w> Aristóteles, Aquino e a demonstração do Motor Imóvel I <http://oleniski.blogspot.com.br/2013/06/tudo-o-que-esta-em-movimento- deve-ser.html> Filosofia do conhecimento – Causas do devir <http://basedafilosofia.blogspot.com.br/2010/04/conhecimento-missao- 14-aristoteles.html> A substância para Aristóteles <https://cpantiguidade.wordpress.com/2011/09/19/a-substancia-para- aristoteles/> CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 28 A relação alma/corpo no De Anima de Aristóteles <https://www.academia.edu/5522433/A_rela%C3%A7%C3%A3o_alma_corpo_ no_De_anima_de_Arist%C3%B3teles> Aristóteles: Alma y Lógica <https://www.youtube.com/watch?v=kY-NmO5D0E4
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