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ASPECTOS ANATÔMICOS DO COLO UTERINO

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ASPECTOS 
ANATÔMICOS DO 
COLO UTERINO 
 
A região do colo 
uterino está em 
comunicação com o 
canal vaginal, fazendo 
um corte longitudinal 
é possível ver as camadas musculares do útero, 
fundo, corpo e colo uterino, a parte ectocervical é a 
porção mais externa do colo (está em comunicação 
com a vagina), e a porção endocervical. 
 
Um colo saudável é liso, aspecto rosado e contém 
muco. O orifício cervical interno faz a comunicação 
entre o canal endocervical e o endométrio, nessa 
região às vezes é encontrado células chamadas de 
istmo- são células com características intermediárias 
entre as endocervicais e as endometriais, e pode dar 
certa confusão no diagnóstico quando se trata de 
malignidade. 
 As células escamosas representam o tecido de 
revestimento. 
 
O tecido que reveste o colo, precisa ser tecido muito 
resistente, porque o colo uterino está muito sujeito a 
agressão, já possui pH acido da vagina que é bem 
agressivo para as células, então é necessário um 
tecido de revestimento resistente para poder ficar 
naquela região. O tecido epitelial possui uma função 
geral muito importante que é revestir e proteger, e 
no colo uterino tem um tipo específico de tecido 
epitelial porque ele precisa de tecido resistente e 
protetor. Esse tecido possui várias camadas 
(espesso). 
Ectocervix: EPITÉLIO ESCAMOSO ESTRATIFICADO 
NÃO QUERATINIZADO 
ESCAMOSO: o termo escamoso/pavimentoso se 
refere à forma da célula da camada mais superficial 
do tecido. 
 ESTRATIFICADO: que vem de estratus é um tecido 
que tem vários estratus diferentes, várias camadas 
diferentes, 
NÃO QUERATINIZADO: porque é um epitélio em 
condições normais não produz queratina. 
É um epitélio muito semelhante ao da pele, porém na 
pele possui um epitélio escamoso estratificado 
queratinizado. 
O tecido conjuntivo (adjacente) faz a comunicação 
com o tecido epitelial. 
No canal endocervical tem um tecido bem delicado, 
possui uma única camada de célula, é um tecido de 
células colunares/cilíndricas e de camada única. Ele 
reveste a porção mais interna do colo uterino e ele é 
o responsável por produzir o muco que também é 
responsável pela lubrificação vaginal, tecido 
glandular é o tecido que reveste o canal 
endocervical. 
 
Endocervice e Ectocervice: junção escamo-colunar 
JEC 
 
Essa junção (JEC) tem um papel muito importante na 
patogênese do câncer cervical, nessa região é que 
desenvolve a maioria dos cânceres, porque 
fisiologicamente acontece um processo chamado de 
metaplasia escamosa: o termo metaplasia se refere à 
transformação de um tecido maduro em outro tipo 
de tecido maduro, é a transformação de um tecido 
glandular em um tecido escamoso, isso ocorre em 
vários momentos da vida da mulher, devido 
principalmente a alterações hormonais, e acontece 
que essa célula colunar em alguns momentos devido 
ao acumulo de hormônio que esta atuando ela se 
exterioriza e se expõe no colo uterino, como é uma 
região que tem aquelas agressões (pH ácido), e esse 
epitélio não suporta, o organismo se encarrega de 
resolver esse problema, e então começa a induzir a 
transformação dessa célula colunar em uma célula 
mais resistente, de um epitélio mais resistente. Isso 
acontece a partir de algumas células que se 
apresentam na porção mais basal do epitélio, que 
são células chamadas células de reserva, essas 
células são capazes de se transformar em qualquer 
outra célula correspondente a este tecido, são 
células pluripotentes. 
Para acontecer essa transformação, antes é preciso 
acontecer uma proliferação das células de reserva e 
pra isso precisa de um ciclo celular intenso para as 
células se replicarem e aumentando de quantidade 
para poder transformar a morfologia. O ciclo celular 
constante é um play ground para bebê, porque ele 
chega numa célula que está nessa condição deposita 
o DNA dele e começa aproveitar dessa maquinaria 
de replicação que é constante para se replicar 
também. Por isso essa região é onde acontece a 
maior parte dos casos de câncer cervical escamoso. 
A exposição das células no canal endocervical 
 
Numa mulher que está na fase da menarca (1ª 
menstruação) tem o que é chamado de junção 
escamo colunar original, tem a junção justamente no 
ponto de encontro dos dois tecidos: porção vaginal e 
a região da junção original. 
Em pacientes muito jovens- na fase da puberdade- a 
produção de hormônio começa a ficar muito intensa, 
é onde ela tem um desequilíbrio hormonal muito 
grande nessa fase. A partir do momento que esses 
hormônios- principalmente estrógeno- ele vai 
aumentando a produção e o útero também tende a ir 
aumentando de volume, porque ele está se 
expandindo porque vai crescendo com o passar do 
tempo, com isso acontece que ele se expande e as 
células do tecido do canal endocervical se 
exteriorizam, porque é como se ele estivesse se 
expandindo/abrindo espaço e dando espaço para se 
exteriorizar. Então, quando tem a exteriorização do 
tecido glandular, tem um processo chamado de 
ectrópio, toda fez que em um exame estiver escrito 
“paciente com área de ectrópio” indica que a 
paciente está com uma exposição do tecido 
glandular na região da Ectocervix, é uma ectopia ou 
ectrópio. 
 
Num quadro 
inverso, 
quando 
começa a 
menopausa- 
tem uma queda 
brusca de 
hormônio (principalmente do estrógeno), essa 
queda do hormônio faz com que o útero comece a se 
atrofiar, com isso a porção endocervical ela some ao 
invés de se exteriorizar ela fica mais escondida, é 
uma inversão do canal endocervical, chamado de 
entropia ou entrópio. 
A ectopia é a exteriorização do tecido glandular, e a 
entropia é quando a porção endocervical some e 
perde a de vista. 
Esses dois processos são importantes quando se 
pensa na patogênese do câncer de colo, e na 
associação dessa patogenia com a infecção pelo HPV 
e principalmente quando mulheres cada vez mais 
jovens estão tendo câncer de colo uterino. Uma vez 
que desde muito nova tem relação sexual sem o uso 
de um preservativo adequado, pode se infectar com 
o HPV por exemplo, que é de alto risco oncogênico, 
nessa fase ela tem uma região de junção escamo-
colunar JEC muito maior porque está muito exposto 
o epitélio colunar dela, e uma vez que a menina seja 
infectada pelo HPV nessa fase ele irá iniciar 
precocemente a ação de proliferação dele. 
Ao contrário, porque não tem câncer com paciente 
mais velha desde que ela não tenha contato com o 
HPV anteriormente, porque ela já tem uma proteção 
na maior no JEC. O quadro de ectopia e entropia tem 
muita relação com a patogênese do câncer. 
Na fase que tem a ectopia, que tem uma mulher na 
menarca e ela tem picos hormonais, ela tem uma 
grande descamação no tecido glandular. 
TIPOS DE REVESTIMENTO NO COLO UTERINO 
 
Epitélio escamoso não queratinizado: reveste 
Ectocervice e vagina. 
Epitélio colunar simples: reveste mucosa 
endocervical e mucosa endometrial. 
Divisão do tecido conjuntivo para o tecido epitelial, 
essa região é chamada de estroma. Quando no exame 
diz que há células malignas no estroma, indica que as 
células saíram do epitelial, atravessaram a camada 
basal e chegou ao tecido conjuntivo/adjacente. O 
estroma está logo abaixo do tecido epitelial, e da 
sustentação e possui vasos que nutrem o epitelial. 
A primeira camada que representa a camada mais 
profunda do tecido é o que é chamada de camada 
basal, é uma camada fina de células muito jovens, 
são as células responsáveis por manutenção desse 
tecido, porque esse tecido no colo, ele se descama 
naturalmente, mais ou menos de 10 - 12 dias ele vai 
se renovando, essas células são responsáveis por 
manter o tecido funcional. Porque à medida que vai 
descamando as camadas mais externas ele vai 
maturando e essa vai mantendo sempre as células 
mais jovens para começar a diferenciação. O que 
mantem otecido é sempre a camada basal. 
Camada intermediária: é a camada mais espessa do 
tecido, são várias camadas de células, e é dividida em 
dois tipos de células. 
Camada externa: é a camada que naturalmente se 
descama, chamada de camada superficial. 
 
CÉLULAS DAS CAMADAS 
Camada basal: é a camada de célula que fica apoiada 
na lâmina basal (divide o tecido epitelial do 
conjuntivo), e é a responsável pela manutenção do 
crescimento. É a fonte de regeneração epitelial. O 
tecido epitelial como tem função de proteção, ele 
desenvolve algumas especialidades de membrana 
que são especialidades responsáveis pra poder que 
ele cumpra sua função, principalmente de proteção e 
revestimento. Para ter um tecido que realmente irá 
revestir e proteger a mucosa de uma maneira ideal, 
ele precisa ser resistente e que tenha células muito 
próximas uma da outro. Uma das especialidades que 
mantem essa função no tecido é o desmossomos- 
eles lacram uma célula na outra, compactando-as, 
quando se tem um câncer a primeira coisa que 
começa a acontecer é perder a função desses 
desmossomos e então as células começam a perder a 
adesão, o tecido começa a romper e perde sua função 
de proteção. Sinais de crescimento ativo: nucléolos e 
mitoses ocasionais 
Na rotina de citologia, uma mulher que não tenha 
nenhuma alteração dificilmente irá identificar essa 
célula, porque ela é muito profunda, então quando 
aparece na lâmina tenha que ter acontecido uma 
erosão no tecido. 
Camada intermediária: formada pelas células 
parabasais e células intermediárias. Células 
parabasais são as primeiras células que formam a 
camada intermediária, e a medida que vai 
maturando vai aumentando a quantidade de 
citoplasma e diminuindo o núcleo. 
Diferença entre células basais e parabasais 
As células basais são pequenas que tem o núcleo 
muito corado, porque são células que estão em 
intensa atividade de proliferação (DNA ativo), e 
possui o núcleo muito grande e um citoplasma 
pequeno. Quase não encontra essas células na 
citologia. Tem coloração mais forte que a parabasal, 
quanto mais jovem mais capitação de luz. 
 
As células 
parabasais são 
células um pouco 
maiores, pois já 
estão num estagio 
de maturação um 
pouco mais 
avançado, elas continuam mantendo a forma mais 
arredondada/ovalada, e é possível ver mais 
citoplasma do que na basal, e ainda o núcleo grande. 
Como são células mais jovens, então elas tendem a 
ter um comportamento cianofílica (azul- 
esverdeada) 
 
Célula 
intermediária: é 
possível ver mais 
citoplasma a medida 
que ela vai se 
maturando, é 
responsável pela espessura do epitélio e está ligada 
aos desmossomos, ela quem dá sustentação para o 
tecido devido a camada ser mais espessa. Núcleo 
vesiculoso- indica que consegue ver detalhes dentro 
do núcleo. 
 
Na maioria das vezes, se a paciente não estiver numa 
fase ovulatória que tem uma concentração de 
estrógeno muito acentuada a maior quantidade de 
células encontradas num esfregaço serão células 
representando células da camada intermediária, 
agora se a paciente estiver ovulando terá mais 
células representando a camada superficial. 
Resistência à agentes externos por está diferenciada, 
e possui menos desmossomos. Nucleo oval e 
vesiculoso. 
 
 
Possui um variante que se 
chama célula navicular 
(aparenta um barco). As 
células intermediárias 
produzem uma grande 
quantidade de glicogênio e 
ele serve para manter a flora vaginal, principalmente 
a flora lactobacilar, porque os lactobacillus quebram 
esse glicogênio para produzir ácido lático que irá 
fazer o pH ácido da região e vai usar esse glicogênio 
como fonte de alimentação para o lactobacillus. O 
glicogênio aparece nas lâminas com uma coloração 
amarela ou verde clara, tem uma borda do 
citoplasma mais espessa. Muito comum quando a 
paciente está numa fase progesterômica do ciclo (2ª 
fase do ciclo), pois a progesterona está ligada ao 
glicogênio. Muito comum também em paciente com 
diabetes, devido ao aumento da glicose e isso leva a 
uma grande quantidade de glicogênio. O núcleo não 
centralizado é provocado pelo acúmulo do 
glicogênio. 
 
 
 
Camada superficial: 
células num estágio de 
diferenciação mais 
avançado, são as mais 
maduras. Elas possuem 
uma fraca adesão entre as células, pois os 
desmossomos delas estão mais frouxos, devido a alta 
maturação da célula ele acaba perdendo um pouco a 
função. Quando faz raspagem dela é de fácil retirada 
porque já não estão tão aderidas ao tecido pela 
pequena quantidade de desmosssomos. Citoplasma 
poligonal (grande), e as vezes tem granulos 
responsáveis pela produção de queratina, coloração 
eosinofílica, nucléolo ausente. O núcleo vai 
diminuindo, precisa de núcleo grande quanto tem 
uma atividade intensa, ou seja, um agrande 
quantidade de DNA, conforme vai amadurecendo 
não precisa mais de divisão celular, ela irá só 
crescer. O núcleo diminu e o citoplasma cresce, 
devido a presença das organelas que são 
responsáveis pela produção de proteínas e uma série 
de coisas que essa célula precisa para se manter. 
Na fase ovulatória (estrogênica) o predomínio de 
células no esfregaço será de células intermediárias. 
Resistência à agentes externos e alta capacidade de 
descamação. 
 
TIPOS CELULARES DO EPITÉLIO ESCAMOSO 
 
Quanto maior a distância entre as fuas linhas mais 
jovem é a célula, a medida que a distância vai 
diminuindo significa que a célula está mais madura. 
 
CÉLULAS ENDOCERVICAIS- TECIDO COLUNAR 
SIMPLES 
Reveste a mucosa tanto endocervical quanto a 
endometrial. 
 
 
MUCOSA ENDOCERVICAL 
Núcleo está sempre tocando na porção basal, onde 
tem uma porção mais basal e uma porção mais 
epitelial, e nesse tecido é que aparece a célula de 
reserva (responsáveis pela produção de outros tipos 
celulares na metaplasia), ficam localizadas entre as 
células glandulares, quando o câncer se origina 
nessa célula tem um prognóstico muito pior. Não se 
descamam espontaneamente, por isso é utilizado a 
escovinha para arrancar da maneira mais delicada. 
Na citologia essas células podem aparecer de duas 
formas, isso dependerá da maneira em que ela 
estiver disposta: 
 
 
 Se ela estiver disposta 
lateralmente ela vem na 
formação chamada de 
paliçada, o núcleo está sempre 
em uma extremidade e o 
citoplasma em outra. 
 
 Se ela estiver disposta longitudinalmente ela vem 
na formação chamada de colmeia. 
 
 
 
 
Todas as duas formas são 
normais, elas podem apresentar 
cílios que são responsáveis por 
conduzir o muco e os 
espermatozoides. Núcleo: 
redondo/oval, cromatina: 
finamente granular - quando fino indica célula 
benigna, quando mais grosso é sinal de malignidade. 
Polaridade mantida: não tem sobreposição de um 
núcleo sobre o outro. Quando começa a ter uma 
lesão no epitélio endocervical, a primeira 
característica de malignidade é sobreposição 
nuclear, porque o epitélio é muito fino, começa a 
proliferar muito nas células e elas não têm espaço 
para estarem naquela região e vão se sobrepondo 
umas as outras e o tecido perde a polaridade. 
Pode ser encontrada independente do período 
menstrual. 
MUCOSA ENDOMETRIAL 
É um tecido cilíndrico colunar, também são células 
glandulares que revestem a superfície do 
endométrio. Quando ela vem na formação chamada 
de êxodo é fácil identificar, pois tem as células 
glandulares em volta da estrutura e as células do 
estroma do endométrio na parte de dentro. Quando 
vem células glandulares mais soltas às vezes é 
necessário fazer um diagnóstico diferenciado, mas 
na maioria das vezes vem na formação de êxodo. São 
agrupamentos, são menores que as células 
endocervicais, e a endometrial têm sobreposição, 
coloração do citoplasma é cianofílica, citoplasma 
muito escasso, ausência de vacúolos. 
 
 
Pode ser encontradauma formação chamada de 
papilas, são principalmente nucleares são estruturas 
que mais encontram para definir diagnóstico de um 
carcinoma endometrial. 
 
 
OUTRAS CÉLULAS PRESENTES NO ESFREGAÇO 
CÉRVICO-VAGINAL 
É possível encontrar células não epiteliais e em 
números variáveis que aparecem no fundo do 
esfregaço, por exemplo, células relacionadas a 
respostas inflamatórias que são os 
polimorfonucleares (leucócitos), essas células não 
epiteliais podem estar na presença ou ausência de 
inflamação, pois na 2ª fase do ciclo, logo após a 
ovulação é uma fase que tem muito polimorfo, eles 
vêm para limpar a sujeira que ficou da ovulação, tem 
muito histiócito. 
Às vezes tem polimorfo sem ter inflamação presente, 
apesar de ser responsável por resposta inflamatória. 
Aparecem na forma muitas vezes bi ou trilobulado, 
parecido com pontinhos negros no fundo da lâmina, 
pois é possível ver mais o núcleo que o citoplasma. 
 
É possível ver linfócitos também, ele está ligado 
normalmente a um processo inflamatório crônico, 
citoplasma escasso e fracamente cianofílico bem 
delicado e dependendo do estágio de maturação em 
que estiver vai ter mais ou menos citoplasma, núcleo 
redondo e regular, bem vesiculoso. 
 
Plasmócitos às vezes aparecem porem é muito raro. 
Núcleo em forma de roda de caroça e geralmente 
associados à inflamação crônica. 
 
Histiócitos são células do 
sistema monofagocitário, 
são responsáveis por 
fazer a fagocitose da 
região, estão muito 
presente logo depois da ovulação, quando tem 
processo inflamatório crônico, e são células que as 
vezes é necessário fazer diagnóstico diferencial delas 
com outras coisas. Possuem citoplasma vesiculoso 
(cheio de vesículas dentro dele) o núcleo as vezes é 
central e as vezes é deslocado para a periferia, única 
célula benigna encontrada na citologia que a 
membrana citoplasmática toca a membrana nuclear, 
isso quando acontece nas células epiteliais é sinal de 
malignidade. O núcleo possui vários tamanhos. 
Sobreposição de membranas nuclear e 
citoplasmática (utilizado para fazer diagnostico 
diferencial). Muito presente quando a paciente 
algum tipo de procedimento como, cauterização. 
 
 
 
 
 
O histiócito pode ter um 
núcleo ou pode ter vários 
núcleos (multinucleado), 
muito comum em 
paciente menopausada. 
 
Espermatozoides 
aparecem nas lâminas, 
é bem preservado 
(cabeça e cauda) NÃO 
RELATAR NO LAUDO. 
 
 
CITOLOGIA HORMONAL 
O ciclo menstrual tem um eixo chamado hipotálamo-
hipófise ovariano, e essa tríade são responsáveis por 
controlar todo ciclo menstrual e a liberação 
hormonal. 
O hipotálamo é responsável por produzir o 
hormônio GnRH (gonadotrofina) que é responsável 
por regular o ciclo menstrual, o GnRH age sobre a 
hipófise e ela por sua vez secreta o hormônio 
luteinizante (LH) e o folículo estimulante (FSH) que 
irão agir sobre os ovários e ele quem produz 
estrógeno e progesterona. 
As características femininas secundárias são 
determinadas pela presença de estrógeno e quanto 
que a preparação do útero para a gravidez, das 
mamas para lactação está controlado pela 
progesterona. E sempre que tem um pico muito 
grande de um desses hormônios tem o que é 
chamado de feed back negativo, ou seja, paralização 
da liberação do hormônio GnRH que controla o ciclo. 
O ciclo possui uma parte onde está relacionado com 
o desenvolvimento dos folículos (ovário), tem outra 
parte com relacionada como desenvolvimento da 
parede uterina, tem os níveis de hormônio no 
plasma e também tem o nível hormonal nos ovários. 
 A 
contagem do ciclo sempre começa no 1º dia da 
menstruação, quando tem a descamação do colo e 
começa ter o sangramento é o 1º dia do ciclo e onde 
tem a queda brusca da taxa de estrógeno e 
progesterona- essa queda é quem faz acontecer a 
descamação e o sangramento- e uma vez que essa 
queda brusca ocorre o hipotálamo irá receber uma 
mensagem que é pra começar então um novo ciclo, 
ele produz o hormônio GnRH que irá estimular a 
hipófise a secretar os seus hormônios, LH e FSH, a 
partir disso começa a maturação dos folículos dentro 
dos ovários. Então, o primeiro hormônio que começa 
a ser secretado numa concentração maior é o FSH, e 
ele irá agir diretamente nos folículos em crescimento 
(lembrando que a mulher já nasce com a quantidade 
de folículos que ela terá durante a sua vida 
reprodutiva, em cada ciclo eles são selecionados). 
Após o FSH estimular os folículos será feito uma 
seleção para escolher qual folículo será secretado. A 
partir do momento que o folículo amadurece, chega 
uma mensagem na hipófise e começa a produção do 
LH. A partir da maturação do folículo tem a produção 
de estrógeno que logo começa a atuar na parede do 
endométrio aumentando a camada, pois ele precisa 
ser preparado para receber um ovócito para uma 
possível fecundação. 
No sangue, 
nessa fase 
num 1º 
momento 
tem o FSH 
numa 
concentraçã
o um pouco maior, ele atinge um limiar- atinge uma 
media e então começa a cair a produção a partir do 
momento que o LH começa a aumentar. Só é possível 
detectar no exame de sangue, quando faz dosagem 
hormonal. 
Conforme o folículo vai maturando, até que ele atinja 
o pico máximo do LH, o FSH depois que cai começa a 
subir, porém numa concentração bem menor, e o 
pico máximo de LH irá corresponder a um pico 
máximo de produção de estrógeno, porque quanto 
mais LH sintetizar mais estrógeno vai produzir. Mais 
ou menos no 14º dia é exatamente o momento da 
ovulação numa mulher que tem o ciclo de 28/28 
dias, a metade do ciclo coincide com o momento da 
ovulação. Após o pico de LH/estrógeno, ocorreu a 
ovulação com a liberação do ovócito, e pode ocorrer 
a fecundação ou não. Uma vez que o ovócito é 
liberado, o restante que fica do folículo forma uma 
estrutura amarelada chamada de corpo lúteo, 
também é responsável por sintetizar hormônio. O 
corpo lúteo por sua vez começa sintetizar uma 
quantidade grande progesterona, as ainda uma 
quantidade menor de estrógeno. 
 
 
 O 
estrógeno 
sobe mais 
ou menos 
ate o 14º 
dia, e a progesterona vai se mantendo. Uma vez 
passada a ovulação não tem mais o ovócito para 
produzir tanto estrógeno, tem o corpo lúteo que 
produz mais progesterona, nesse momento a 
progesterona começa a subir e recebe o nome de 
fase progesterônica e a fase anterior é chamada de 
estrogênica. 
Na fase 
progesterônica tem a maior ação da progesterona na 
parede uterina, a espessura muda porque se ocorrer 
uma fecundação o útero tem que está preparado 
para implantar um óvulo, portanto começa a ter uma 
camada maior. 
O corpo lúteo vai se mantendo por alguns dias, se 
acontecer a ovulação, o corpo lúteo irá se manter por 
mais ou menos 3 meses, porque ele vai manter a 
produção da progesterona até que a placenta esteja 
pronta para assumir a função, pois do segundo 
semestre em diante quem produz progesterona é a 
placenta. Se a fecundação não acontecer, mais ou 
menos com 14 dias o corpo lúteo irá se 
atrofiar/degenerar e isso leva a uma queda brusca 
na produção de progesterona e estrógeno e nesse 
momento se tem uma nova descamação, uma nova 
menstruação. 
 
A 1ª fase é a fase proliferativa, que ocorre na parede 
uterina ou pode ser chamada de fase estrogênica, 
porque ela vai até o pico máximo de produção de 
estrógeno (primeiros 14 dias antes da ovulação). 
O estrógeno é um marcador de maturação e 
diferenciação no exame hormonal, porque ele é o 
responsável por esse processo de proliferar a parede 
uterina e maturar as células que estão na mucosa 
cervical. Quando uma paciente está em fase 
ovulatória, a lâmina dela praticamente terá só célula 
superficial, porque o epitélio está sob o efeito 
máximo da estimulação estrogênica. 
A 2ª fase é a fase secretora (após ovulação), aprogesterona faz com que o epitélio secrete muito 
muco, as células glandulares passam a ter uma 
secreção muito grande, porque se houver uma 
fecundação o muco irá ajudar o espermatozoide 
chegar ate o óvulo e ajuda a empurrar o óvulo 
fecundado até que consiga se implantar na parede 
uterina. 
INDICAÇÕES DA CITOLOGIA HORMONAL 
 Estudo diferencial das precocidades sexuais 
o Para saber se tem maturação no momento 
incorreto 
 Propedêutica da ovulação/anovulação 
o Paciente com problemas de fertilidade 
 Estudo da atividade estrogênica na pós-
menopausa 
o Paciente com algum tipo de sangramento 
após menopausa 
 Uso prolongado de anovulatórios 
o Dificuldade de engravidar 
 Vigilância nos tratamentos com hormônios 
o Principalmente para mulheres que fazem 
tratamento para engravidar 
COLETA 
A) Local: parede lateral vaginal (mais sensível à ação 
hormonal), terço posterior; 
B) Período: coleta seriada, 3/3 dias 
- Deve-se iniciar no primeiro dia após terminar a 
menstruação e acabar no último dia de sangramento 
subsequente. 
C) Orientações à paciente 
A atuação desses hormônios no colo uterino e na 
parede vaginal tem o que é chamado de trofismo 
vaginal, isso tem a ver com a resposta do epitélio 
com o hormônio que está atuando. 
TIPOS DE EPITELIOS ENCONTRADOS NO COLO 
UTERINO E PAREDE VAGINAL 
 
Trófico: epitélio maduro possui 
todas as camadas que chega até a 
camada superficial, ou seja, epitélio 
que tem o número máximo de 
diferenciação. 
Produção de estrógeno normal. 
Encontrado em condições 
menacme- paciente que ainda tem o 
ciclo reprodutivo acontecendo, ciclo menstrual 
normal, e estimulação hormonal exógena 
(medicação), é um indicador citológico de maturação 
epitelial, pela presença das células superficiais. 
 
 Hipotrófico/intermediário: não 
atingiu o trofismo total necessário, 
ou seja, não maturou até o final do 
processo. É um epitélio mais fino, 
células não conseguem maturar até o 
nível superficial, porque já tem uma 
redução do nível de estrógeno, que 
impossibilita o epitélio de maturar 
até a camada superficial, e encontra mais células da 
camada parabasal e células intermediárias no 
esfregaço. Produção de estrógeno moderado. Possui 
uma estimulação estrogênica fraca, a fase 
luteínica/plena (2º semestre de gravidez),pois a 
placenta já está desenvolvida o suficiente e está 
produzindo mais a progesterona e ela impede que a 
maturação chegue até o nível máximo/células 
superficiais. Consegue maturar até as células 
intermediárias. E quem faz uso de anovulatórios 
também costuma ter esse tipo de célula. 
 
Atrófico: epitélio típico das pacientes 
menospausada, porque tem uma 
queda brusca da produção de 
estrógeno, epitélio muito fino, não 
consegue mais maturar e ficam 
basicamente somente as células 
parabasais. Possui muita alteração 
degenerativa, porque as células 
estão mais envelhecidas. 
Nas pacientes menospausadas costumam ter um 
processo inflamatório crônico natural, porque as 
células quase não tem resistência nenhuma a 
agressões externas, então aparece muito histiócitos 
multinucleados e mononucleado, e infiltrado muito 
grande dos neutrófilos/polimorfos nucleados, 
devido ao processo inflamatório crônico, o que é 
normal devido as condições da paciente. Além da 
menopausa é encontrado também quando se tem 
uma insuficiência ovariana fisiológica: infância, pós-
menopausa, pós-parto, lactação- a prolactina tem 
efeito antagônico da progesterona, ela impede a 
maturação. E tem também as insuficiências 
ovarianas patológicas que é quando tem algum tipo 
alteração na produção de hormônio por um processo 
patológico. 
É possível classificar a atrofia: 
Atrofia leve: menos de 30% de CP 
Atrofia moderada: =30-50% de CP 
Atrofia acentuada: mais de 50% de CP 
As células parabasais podem ser isoladas ou se 
agrupar em arranjos que lembram sincícios. São 
comuns as alterações inflamatórias. Frequente 
encontro de núcleos desnudos devido à fragilidade 
do citoplasma das células parabasais. Comum o 
aparecimento de artefatos celulares de dessecação. 
Quando está muito atrófico pede-se ao medico uma 
administração local de estrógeno por curto período 
de tempo, e faz a repetição do exame em 3 meses 
porque consegue maturar ao menos a superfície e 
consegue ver se tem alguma alteração. 
 
PADRÃO TRÓFICO 
 
PADRÃO ATRÓFICO 
 
AÇÃO DOS HORMONIOS SOB O EPITÉLIO VAGINAL 
 
ESTRÓGENO 
 
• Diferenciação do epitélio 
o Matura até o nível máximo 
• Aumento volume água no muco cervical 
o Deixa o muco mais fluido 
• Lubridificação (Ato sexual) 
o Leva o espermatozoide ate o óvulo 
• Proliferação mucosa (endocérvice e endométrio) 
 
Hipotrofia 
PROGESTERONA 
• Amadurecimento até as células intermediárias, 
inibindo, contudo a diferenciação em células 
superficiais. 
• Aumento fluxo sanguíneo (aumenta leucócitos) 
• Aumento viscosidade do muco 
• Aumenta a flora bacteriana 
 
CITOLOGIA NORMAL NAS DIFERENTES IDADES 
Citologia na menina impúbere 
RECÉM-NASCIDA: 
•RN - 1 dia - padrão citológico igual ao da mãe, 
porque ela está exposta aos hormônios da mãe, ele 
não está em funcionamento próprio, então tem 
descamação de células intermediárias com variantes 
do tipo navicular e raríssimas células superficiais 
•RN - 3-7 dias - início da metabolização dos 
hormônios da mãe, e então não tem mais produção. 
•RN- 7-8 dias - predomínio de células parabasais, 
porque a menina tem epitélio atrófico devido ao 
hiperestrogenismo dela. 
•RN - 15 dia - o epitélio completamente atrófico 
 
PUBERDADE 
8-10 anos: instabilidade hormonal: O eixo 
hipotálamo-hipófise-ovariano após um longo 
período de repouso desperta hipófise gônadas e 
começa a estimular os ovários. 
12-15 anos: muitos ciclos são anovulatórios, porque 
ainda não está preparado para o funcionamento 
correto 
 
MENACME 
Fase menstrual: Fase menstrual - 1- 5 dias 
Fase proliferativa: Fase pré-ovulatória – 6 -13 dia 
Fase ovulatória: Fase ovulatória – 14 -16 dia 
Fase secretora (luteínica): Fase pós-ovulatória - 17- 
23 dia- Fase pré-menstrual – 24 -28 dia 
 
CICLO 
 
FASE MENSTRUAL 
Tipo celular mais frequente: célula intermediária, 
célula endometrial. O hormônio que estava em maior 
ação era a progesterona por isso as células 
encontradas serão as intermediárias. 
Descamação celular: agrupada (efeito da 
progesterona) 
Leucócitos: histiócitos 
Muco: muito muco 
Flora vaginal: baixa 
Hemácias: sempre presente por causa da 
descamação 
 
 
PRÉ OVULATÓRIA 6-13 dias 
estrógeno 
Tipo celular mais frequente: 
cai intermediária e aumenta 
superficial e pode aparecer 
endometrial. 
Descamação celular: isolada 
Leucócitos: diminuem 
Muco: pouco 
Flora vaginal: bacilos pequenos 
Hemácias: pouco ou ausente 
 
OVULATÓRIA 14-16 
dias 
Tipo celular mais 
frequente: cai células 
intermediárias e 
aumenta células 
superficiais 
Descamação celular: isolada 
Leucócitos: pouco 
Muco: pouco 
Flora vaginal: baixa 
Hemácias: baixa 
 
PÓS OVULATÓRIA 17-23 dias 
Tipo celular mais frequente: caem células 
superficiais e aumenta células intermediárias 
Descamação celular: agrupada 
Leucócitos: aumento 
Muco: aumenta 
Flora vaginal: BD citólise 
Hemácias: ausente 
 
PRÉ-MENSTRUAL 24-28 dias 
Tipo celular mais frequente: muita célula 
intermediária 
Descamação celular: agrupada 
Leucócitos: muito 
Muco: muito 
Flora vaginal: BD citólise 
Hemácias: ausente 
 
 
 
INDICES CELULARES 
Índice de maturação ou de Frost 
• É a relação existente entre N° de CPB/CI/CS (da 
célula mais jovem para a mais madura) 
• Ex.: 0/60/40 (% 0 de PB, 60% de CI e 40% de CS) 
• Muito usado 
• Contar pelo menos 300 células 
 
Valor de Maturação ou Índice de Meisels 
• Multiplicação do % de cada tipo celular,encontrado no IM, por um determinado valor 
numérico. 
• CS: x 1,0 CI: x 0,5 CPB x 0 
• Soma-se e tem-se o valor de maturação: 
• Entre 0 e 100 
• Pouco usado 
 
 
 
CITOLOGIA NO CICLO GRAVÍDICO-PUERPERAL 
NORMAL 
Primeiro trimestre gestacional (corpo lúteo 
gravídico): tem uma ação moderada e prolongada do 
binômio estrógeno-progesterona (progesterona vai 
aumentando progressivamente). 
IP (índice picnótico) menos de 30% (representa a 
célula superficial)- Moderada quantidade de células 
naviculares. 
Segundo e Terceiro trimestre gestacional: (placenta 
já está atuando, intensa atividade da progesterona) – 
padrão gravídico típico: IP menos de 10% 
Células naviculares: muito, pois precisa de muito 
glicogênio. 
Células profundas: presença associada à 
insuficiência placentária. 
 
Citologia no pós-
parto: ocorre a 
diminuição da 
progesterona, pois 
não tem mais o 
estimulo da placenta. 
Insuficiência ovariana 
fisiológica (ausência da placenta) 
↓ FSH, ↓LH ↑ prolactina (inibe o FSH e LH) 
Pós-parto imediato: até 10 dias - hipoestrogenismo – 
atrofia 
 
Pós-parto tardio: 
- Com amamentação: 
aumenta a prolactina 
(estimulada pela sucção 
da criança)- 
hipoestrogenismo- 
padrão atrófico - cel. pós-
parto ou da lactação 
-Sem amamentação: 
↓prolactina ↑FSH ↑LH - padrão cíclico- se a mulher 
não estiver amamentando a prolactina irá cair e o 
FSH e LH irão aumentar novamente. 
 
CLIMATÉRIO E MENOPAUSA 
Desaparecimento dos folículos (atresia)- quando a 
mulher começa a ficar mais velha, e desses folículos 
alguns são mais resistentes, então acontece um 
processo natural de seleção e esses resistentes tem 
uma sensibilidade ao FSH e LH, eles precisam de 
uma quantidade maior de FSH para se estimularem e 
então tem uma resistência a estimulação hipofisária, 
porque precisa muito mais de FSH e a hipófise não 
consegue mandar a quantidade de hormônio 
suficiente, e então tem o amadurecimento 
incompleto- baixa produção de estrógeno. 
 
Citologia no climatério e menopausa 
• Período pré-menopausa: hipotrofia- 
hipoestrogenismo moderado 
• Período pós-menopausa (2-3 anos): sinais de 
atrofia 
 
 
ALTERAÇÕES BENIGNAS REATIVAS PROTETORAS E 
INFLAMATÓRIAS 
Existem 3 tipos de alterações benignas no tecido 
cérvico vaginal: 
 Reações protetoras 
o O epitélio está sofrendo algum tipo de 
agressão e estão passando por processos 
benignos para proteger o tecido. 
 Reações reparativas 
o Às vezes as protetoras não dão conta de 
fazer o que precisa, então vêm as reações 
reparativas significando que teve um dano 
benigno e o tecido precisou de uma 
cicatrização/reparação. 
 Reações destrutivas 
o São reações que irão destruir de alguma 
forma a célula, ou serão reações 
degenerativas- ligadas ao processo de 
envelhecimento- ou então as alterações 
inflamatórias propriamente ditas, que 
causam algumas destruições em nível de 
núcleo e/ou citoplasma. 
Reações protetoras: 
 Metaplasia escamosa: é um processo onde há 
transformação do tecido colunar glandular em 
tecido escamoso. Recebe o nome de escamosa 
porque o tecido que está se formando é 
escamoso. É uma alteração adaptativa do 
epitélio, muito comum em casos de ectopia 
(ocorre porque o tecido glandular não suporta a 
região em que está - pH ácido). Ocorre através 
das células de reserva localizadas entre as células 
glandulares. 
passo a passo: 
1. Há exposição das células glandulares na 
porção externa do colo (ectopia) 
2. Quando o ambiente (o pH ácido) começa a 
agredir as células glandulares, as células de 
reserva começam a proliferar e vão formando 
várias camadas de reserva. 
3. Ocorre uma hiperplasia de células de 
reserva (aumento do tecido) devido à 
proliferação das células de reserva. A partir 
do momento que elas estão aumentando, elas 
vão exteriorizando as células do tecido 
glandular. 
4. Em certo momento, as células de reserva 
começam a maturar, se diferenciando e 
aumentando o citoplasma, começando a 
lembrar as células parabasais. Chamamos 
esse momento de metaplasia 
imatura/jovem 
5. O processo vai continuando, sendo que a 
partir desse momento não há mais um 
proliferação das células, somente sua 
diferenciação. Ao fim temos uma metaplasia 
escamosa em diferenciação, e ao fim de 
todo o processo temos uma metaplasia 
madura e essas células já se transformaram 
em um tecido escamoso completamente e que 
suporta a região. 
 
*É um processo importante para a carcinogênese de 
câncer de colo. Como o processo tem intensa 
proliferação celular, as células têm um ciclo celular 
muito ativo, se dividindo rapidamente pra conseguir 
concluir o processo. Se o HPV infecta uma dessas 
células com ciclo ativo, ele vai se desenvolver 
juntamente com as células e as chances de ter uma 
lesão é muito grande. 
Como identificar se houve metaplasia: na 
histologia se há células glandulares logo abaixo do 
tecido escamoso, pois o normal é ter só o tecido 
conjuntivo. Isso indica uma zona de transformação 
(região onde houve o processo de metaplasia). 
 
 
 
Na citologia 
metaplasia 
jovem: identifi
camos células 
de núcleo oval, 
nucléolo 
evidente e 
citoplasma com 
algumas transformações (começa a apagar as 
bordas, pode ter algumas projeções), vacúolos 
presentes no citoplasma , descamação em grupos de 
células. 
 
 
Em uma fase 
mais 
avançada, a 
metaplasia 
madura, as 
células tem o 
tamanho das 
parabasais, 
bordas do citoplasma arredondadas, com retificação 
de bordas(bordas bem marcadas) e projeções do 
citoplasma. As células tem o citoplasma denso, 
pegando muito corante. A célula é cianofílica (muito 
verde) 
 
 Relacionadas a produção de queratina 
 Hiperceratose: é o desenvolvimento de uma 
camada mais granular, a partir dos quais se 
forma a queratina. (Hiperdiferenciação: 
Quando o tecido está sofrendo alguma agressão 
mais intensa, ele tende a formar queratina.). 
Nesses casos, o médico vê uma placa branca no 
colo do útero; então ele joga uma solução de iodo 
no colo para confirmar: em situações normais o 
colo cora de preto (quando há a queratina a 
região afetada não colore) na histologia vemos a 
formação da camada granulosa. Na citologia 
vemos a escama córnea (célula superficial 
anucleada - núcleo coberto pela queratina) *só 
dizemos que é um processo de hiperceratose 
se encontramos a escama córnea no 
esfregaço. Situação presente em irritação 
crônica, inflamação, prolapsos uterinos (útero 
desce e toca a vulva) e traumatismo. 
 
 
 Paraceratose: É um processo abortivo de 
queratinização (a célula vai tentar produzir 
queratina, não consegue e com isso diminui de 
tamanho). No exame clínico, também vê a 
mancha branca no colo. Na citologia: são células 
pequenas (miniaturas de célula superficial), são 
Orangeofílico e podem formar pérolas córneas- 
estruturas mais arredondadas cobertas de 
queratina (processo benigno). 
 
 
 Diagnóstico diferencial: pseudo-paraceratose 
 
Reações reparativas 
Reconstituição do tecido após a lesão (inflamatórios 
crônicos, trauma físico, pacientes radiadas, usuárias 
de DIU) 
Trata-se de uma cicatrização. Quando há perda de 
tecido, tem proliferação de vasos e células para 
reconstituir o tecido. Ciclo celular muito ativo. 
Característica: agrupamento frouxo, com distâncias 
relativas entre as células, núcleos grandes e 
macronucléolo evidente - pontinhos vermelho 
dentro do núcleo (características altamente 
relacionada ao reparo), os núcleos “seguem “ a 
mesma direção. Pode ter leucócitos dentro do 
citoplasma 
 Reparo atípico: relacionado à processo maligno 
 
 Alterações inflamatórias 
 Muito presentes quando tem algum agente 
específico causando inflamação. 
 Qualquer componente do trato genital podeser 
afetado, e a partir da inflamação pode ter uma 
doença inflamatória pélvica (processo 
inflamatório no colo do útero > agente não 
tratado > subir pelo canal endocervical > atinge 
endométrio.) 
 Normalmente estão associadas a informes 
clínicos passados pelo médico. 
ex: secreção esverdeada(ligada a Trichomonas); 
secreção em nata de leite (ligada a cândida). 
Podem-se ter algumas outras características 
também como coceira. Achados vistos a olho nu: 
podem estar com o colo do útero mais vermelho, 
ou com dificuldade em captação do iodo. 
 Em reações inflamatórias as células podem ter 
sua atividade biológica reduzida, o que altera a 
captação de água e pode ocasionar em um 
aumento ou diminuição do volume, ou 
problemas com a coloração no esfregaço. 
ALTERAÇÕESINFLAMATÓRIAS CITOPLASMÁTICAS: 
 Perda de definição do núcleo; 
 Núcleo mais corado, 
 Aumento do tamanho- hipocromasia: 
 Vacúolos pálidos no citoplasma (devido a alta 
captação de água das células) 
 Pseudoeosinofilias: processo onde as células 
que deveriam ser cianofílicas ficam eosinofilicas. 
Às vezes aparece um halo (porção em volta do 
núcleo que não se cora ou cora fracamente) 
 Megacromasia: quando a célula cora das duas 
cores (núcleo de uma cor e citoplasma de outra) 
 
ALTERAÇÕES INFLAMATÓRIAS NUCLEARES: 
 Alteração na absorção de água que deixam o 
núcleo mais claro 
 Desnaturação da proteína - gelificação da 
cromatina no núcleo 
 Núcleo aumenta de tamanho mas sem alteração 
no contorno e seu conteúdo 
 Bio multinucleação 
 
 
Em casos de inflamação muito crônica, ocorre uma 
Degeneração: 
 Bordas do citoplasma mais indefinidas 
 Vacúolos – perda controle entrada e saída de 
água 
 Cariorrexe: quebra nuclear (núcleo é 
fragmentado) 
 Membrana nuclear opaca, borrada – cariólise 
(dissolução nuclear).

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