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Elaboração de roteiros turísticos

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ELABORAÇÃO DE ROTEIROS 
TURÍSTICOS 
AULA 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Daniella Pereira Barbosa 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Seja muito bem-vindo à nossa disciplina. Nesta aula iremos trabalhar o 
conceito de roteiro turístico, tendo em vista a funcionalidade de um roteiro, seus 
elementos essenciais e sua importância no contexto da atividade turística. Ao 
final deste encontro esperamos que você seja capaz de definir o que é um roteiro 
turístico, identificar alguns dos elementos essenciais para sua implantação, e 
perceber a sua relação direta com o desenvolvimento dos destinos turísticos. 
Preparado? Bons estudos! 
CONTEXTUALIZANDO 
Imagine que você acaba de ganhar uma viagem para Buenos Aires em 
um concurso, porém você terá apenas três dias para conhecer a cidade. A capital 
argentina é a oitava cidade mais populosa da América Latina, com 
aproximadamente três milhões de habitantes. O que você faria? Como 
organizaria o seu tempo durante a viagem? Quanto tempo você gostaria de 
gastar em cada um dos atrativos visitados? Você é do tipo de turista que prefere 
ver muita coisa em pouco tempo ou prefere visitar menos lugares e saber mais 
sobre a história de cada um deles? Onde pode achar mais informação sobre os 
atrativos? 
Todos esses questionamentos fazem parte da rotina de quem planeja 
uma viagem, seja de forma independente ou por intermédio de uma 
agência/operadora de viagens. E a melhor maneira para responder a essas 
perguntas de forma eficiente é elaborar um roteiro de viagem com base nas 
necessidades do viajante e nas potencialidades oferecidas pelo destino turístico. 
Mas antes de colocarmos a mão na massa e elaborarmos um roteiro 
turístico por Buenos Aires, precisamos entender alguns conceitos e elementos 
fundamentais do processo de construção de um roteiro, e qual a sua importância 
na cadeia produtiva do turismo. 
TEMA 1 – CONCEITO E FUNCIONALIDADE 
De uma maneira bem simplificada, podemos dizer que a atividade turística 
pode ser organizada na forma de roteiros turísticos, uma vez que ela se 
desenvolve por meio da articulação entre oferta e demanda. Ou seja, para 
elaborar um roteiro turístico, é preciso pensar na combinação de atrativos, 
 
 
3 
equipamentos, informações e serviços, infraestrutura oferecida no destino, 
sempre em relação com as preferências e expectativas da demanda, ou seja, de 
quem visitará o local. 
Moletta (2002) define roteiro como sendo um pequeno plano de viagem, 
em que o turista tem a descrição de todos os pontos a serem visitados, o tempo 
de permanência em cada local e a noção dos horários de parada. 
Para Petrocchi e Bona (2003), o roteiro turístico é constituído por uma ou 
mais atrações turísticas, interligadas a um percurso que deve conter instalações 
e serviços turísticos, como transporte, hospedagem, alimentação, entre outros. 
Bahl (2004) define um roteiro turístico como sendo todo o processo de 
ordenação de elementos intervenientes na efetivação de uma viagem. O roteiro 
pode estabelecer as diretrizes para desencadear a posterior circulação turística, 
seguindo determinados trajetos, criando fluxos e possibilitando um 
aproveitamento racional dos atrativos a visitar. 
Segundo o Ministério do Turismo (Brasil, 2007), entende-se roteiro 
turístico como sendo um itinerário caracterizado por um ou mais elementos que 
lhe conferem identidade, definido e estruturado para fins de planejamento, 
gestão, promoção e comercialização turística das localidades que formam o 
roteiro. 
Para Richter et al. (2016) o principal objetivo de um roteiro é oferecer aos 
turistas a maior gama de informações sucintas possível, mostrando o local a ser 
visitado, com seus principais diferenciais, estimulando no visitante o interesse 
para conhecer a região. 
Sendo assim, os roteiros turísticos podem ser tanto um instrumento de 
ordenamento de atrativos turísticos em uma determinada localidade, a fim de 
atrair visitantes, bem como um componente na criação de um produto turístico, 
que será posteriormente comercializado pelas operadoras e agências de 
viagens. 
1.1 Estudo de Caso: Estrada Real 
Nada melhor do que observarmos na prática um roteiro turístico 
consolidado para assimilarmos os conceitos acima apresentados. Vocês já 
ouviram falar na Estrada Real? Localizada na Região Sudeste, a Estrada Real é 
uma rota turística com mais de 1.630 quilômetros de extensão, e passa pelos 
estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. A sua história surge em 
 
 
4 
meados do século 17, quando a Coroa Portuguesa decidiu oficializar os 
caminhos para o trânsito de ouro e diamantes extraídos de Minas Gerais até os 
portos do Rio de Janeiro. As trilhas que foram delegadas pela realeza ganharam 
o nome de Estrada Real. 
Em 2001, foi criado um projeto turístico para a Estrada Real, com a 
finalidade de valorizar o patrimônio histórico-cultural, estimular o turismo, além 
de garantir a preservação e revitalização das localidades no entorno dos antigos 
caminhos pelos quais as riquezas extraídas das minas percorriam até chegar ao 
litoral. Trata-se de um importante roteiro turístico planejado pelo poder público, 
com itinerários chamados de caminhos. São eles: Caminho Velho (Ouro 
Preto/Paraty), Caminho Novo (Ouro Preto/Rio), Caminho dos Diamantes 
(Diamantina/Ouro Preto) e Caminho Sabarabuçu (Glaura/Cocais). 
A Estrada Real passa por seis parques, como o Parque Estadual de 
Itacolomi e o Parque Nacional da Serra do Cipó. Ao longo dos caminhos, os 
visitantes encontraram inúmeros atrativos naturais, como cachoeiras, grutas e 
trilhas na natureza. Outro ponto forte da Estrada Real são seus atrativos 
histórico-culturais: edifícios históricos, igrejas e até mesmo pinturas rupestres. 
Figura 1 – Estrada real 
 
Crédito: Instituto Estrada Real, S.d. 
 
 
5 
Saiba mais 
Saiba mais sobre os roteiros da Estrada Real em: 
ESTRADA REAL. Disponível em: 
<http://www.institutoestradareal.com.br/estradareal>. Acesso em: 26 set. 2019. 
1.2 Estudo de Caso: Game of Thrones 
Agora vamos ver um exemplo de um roteiro turístico internacional 
bastante criativo que também partiu de uma iniciativa do poder público. O 
departamento de turismo da Irlanda do Norte lançou em 2015 um roteiro 
específico para quem deseja visitar as diversas locações da aclamada série de 
TV norte-americana Game of Thrones. O roteiro foi lançado na época da estreia 
da quinta temporada da série. 
Game of Thrones se baseia no livro de George R. R. Martin. A série foi 
filmada em diversos lugares do mundo: Canadá, Croácia, Islândia, Malta, 
Marrocos, Espanha, Irlanda do Norte, Escócia e Estados Unidos. 
A Irlanda do Norte oferece aos fãs da saga uma gama de experiências 
únicas. No roteiro Discover Westeros os turistas podem visitar o Castelo Ward, 
que serviu como cenário de Winterfell e arredores, na primeira temporada da 
série. O visitante tem a opção de fazer o tour guiado ou ainda conhecer as 
locações do filme de forma independente. Para isso, é possível baixar um 
aplicativo no celular contendo todas as informações sobre os lugares das 
filmagens. No site do departamento de turismo do país, é possível encontrar uma 
sessão inteira destinada aos visitantes interessados no roteiro Game of Thrones, 
com seus diversos passeios. 
 
Crédito: Joaquin Ossorio Castillo/Shutterstock. 
 
 
6 
Saiba mais 
Saiba mais sobre os roteiros da Estrada Real em: 
GAME OF THRONES: discover NI TV Ad. Discover Northern Ireland, 14 fev. 
2019. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=7pATXGPCpBw&fea
ture=youtu.be>. Acesso em: 26 set. 2019. 
TEMA 2 – TIPOS E CARACTERÍSTICASOs roteiros turísticos podem ser classificados de acordo com os seguintes 
critérios: 
 Local de elaboração; 
 Agente organizador; 
 Comercializados ou não; 
 Natureza do roteiro. 
2.1 Local de elaboração 
Os roteiros podem ser elaborados por agências, operadoras, publicações 
ou instituições do polo emissor, ou seja, do local de onde o turista irá partir. Os 
roteiros emissivos têm como desafio atender as expectativas dos turistas, sejam 
elas individuais ou coletivas (viagens de grupos). A escolha e apresentação dos 
atrativos são elementos centrais neste tipo de roteiro, uma vez que são fortes 
motivadoras das viagens. 
Os roteiros também podem ser elaborados no polo receptor, ou seja, no 
destino que irá receber os turistas. Os chamados roteiros receptivos têm como 
desafio alinhar as expectativas dos visitantes às possibilidades da oferta 
existente. 
2.2 Agente organizador 
Os roteiros podem ser elaborados por órgão públicos ou pela iniciativa 
privada, caso em que são chamados de roteiros organizados. Dentre os órgãos 
públicos, destaque para as secretarias de turismo municipais e estaduais. A 
elaboração de roteiro turístico é uma das suas atribuições – iremos tratar o tema 
com mais detalhes em uma aula sobre políticas de roteirização turística. Quando 
 
 
7 
elaborados de forma independente pelos turistas, os roteiros são classificados 
como roteiros espontâneos. 
2.3 Comercializados ou não 
Os roteiros podem ainda ser caracterizados quanto aos aspectos 
operacionais de elaboração e comercialização. Podem ser pensados de uma 
forma genérica, quando o foco de comercialização for o público em geral, ou 
podem ainda ser elaborados com foco em públicos e nichos de mercado 
específicos. Os roteiros elaborados com base em motivações genéricas 
apresentam uma programação pouco flexível, em que os horários de chegada, 
de saída e as refeições, bem como o tempo de permanência nos atrativos, 
devem ser seguidos à risca. Ao comercializar um roteiro, é importante que os 
profissionais envolvidos na sua elaboração conheçam os locais a serem 
visitados e a infraestrutura que será ofertada ao cliente. 
Roteiros elaborados por viajantes independentes são bons exemplos de 
roteiros não comerciais. A vantagem de se elaborar um roteiro por conta própria 
certamente é a liberdade de escolha individual e a flexibilidade em relação a 
horários, tempo de permanência e atividades a serem realizadas. 
2.4 Natureza do roteiro 
Os roteiros podem ainda ser classificados de acordo com a natureza dos 
atrativos selecionados, podendo ser divididos em imateriais, materiais e 
temáticos. 
Os roteiros imateriais são elaborados, como o próprio nome diz, tendo 
com base principal bens culturais intangíveis, como gastronomia, literatura e 
tradições populares, como crenças e festas. Um exemplo de roteiro imaterial é o 
Tour Curitidoce, um passeio por cafés, sorveterias e confeitarias, que oferece ao 
visitante a experiência de degustação de guloseimas doces em diferentes 
estabelecimentos na cidade. 
Já os roteiros materiais são elaborados com base em atrativos 
monumentais, históricos, arquitetônicos, dentre outros. Se vocês visitarem o site 
da Estrada Real, no exemplo mostrado acima, verão bons exemplos de roteiros 
materiais. 
 
 
8 
Os roteiros temáticos são baseados em temas específicos. Resultam do 
agrupamento de municípios ou regiões com atrativos semelhantes, reunidos sob 
a ótica da temática escolhida. A Rota do Vinho na Serra Gaúcha é um ótimo 
exemplo de roteiro temático, assim como o Roteiro Game of Thones apresentado 
no início da aula. 
TEMA 3 – TIPOS DE VIAGENS 
Ao tratar de viagens, logo associamos o ato de viajar ao período de férias, 
bem como à atividades de lazer e descanso. Embora uma grande parcela da 
população global de fato consiga viajar apenas durante as férias, em busca 
justamente de lazer e descanso, vale destacar que nem sempre as viagens estão 
associadas a esses dois fatores motivacionais, como iremos ver nesta aula. 
Existem diferentes tipos de viagens. Bahl (2004) destaca que a programação de 
uma viagem pode ser proposta e elaborada com formatos e objetivos diferentes, 
indo além da ideia de uma viagem empreendida no período de férias, feriados e 
finais de semana. O autor traz as seguintes modalidades de viagens: 
 Viagens de estudo: estão geralmente relacionadas a atividades 
acadêmicas em que se busca observar e analisar um determinado 
assunto, localidade ou serviço específico. Em resumo, são viagens 
associadas à obtenção ou aprimoramento de conhecimento. As visitas 
são orientadas e vinculadas a uma atividade posterior, em que os 
participantes elaboram relatórios sobre o que foi percebido e visitado 
durante a viagem. 
 Viagens de incentivo: comuns no meio empresarial. São viagens 
propostas como um estímulo profissional. Em geral, uma viagem de 
incentivo é concedida pela empresa a um funcionário ou a uma equipe 
inteira por atingirem as metas propostas pela organização durante um 
determinado período. 
 Viagens de inspeção ou de experimentação: são viagens que 
antecedem o lançamento de um determinado produto ou serviço. No caso 
do turismo, podem ser anteriores ao lançamento de um novo roteiro 
turístico ou empreendimento. O principal objetivo desse tipo de viagem é 
avaliar a qualidade dos serviços e produtos que serão ofertados, 
antecipando possíveis falhas que devem ser corrigidas. 
 
 
9 
 Viagens de familiarização: direcionadas para alguns segmentos 
específicos de profissionais, como jornalistas e agentes de viagens (mais 
recentemente, incluem-se neste grupo os especialistas digitais, como 
bloggers e youtubers). Tem como propósito apresentar um determinado 
produto, serviço ou destino turístico para que os profissionais obtenham 
informações detalhadas e possam avaliar ou comercializar os produtos 
demonstrados. 
 Viagens individualizadas ou especiais: assemelham-se às viagens de 
familiarização, porém, como o próprio nome propõe, são pensadas para 
atender um determinado profissional, que posteriormente pode divulgar e 
promover a localidade turística visitada. 
 Viagens especializadas: são viagens organizadas com a intenção de 
que, ao seu término, o participante tenha aprendido algo específico. 
Exemplo: degustação de vinhos, cervejas, cafés, cursos de idiomas, aulas 
de culinária, dentre outras. 
 Viagens para eventos: viagens cuja finalidade principal é a participação 
em um evento. Atualmente, um bom exemplo no mercado brasileiro são 
os pacotes e excursões organizados para grandes festivais de música, 
como o Rock in Rio e o Lollapalooza. 
 Viagens de observação: organizadas para observação da fauna e da 
flora de determinada localidade ou região. 
 Viagens surpresas: nelas, os participantes adquirem o pacote sem saber 
o destino da viagem, o que geralmente é relevado na véspera ou até 
mesmo no dia da viagem. Pode parecer um tanto excêntrico, mais é uma 
modalidade que tem ganhado espaço no mercado brasileiro. 
 Viagens turísticas: vínculo maior com a ocupação do tempo livre das 
pessoas. 
 Profissional tour: programação de viagem cujo objetivo principal é 
atender o interesse específico de um grupo de profissionais em viagem a 
trabalho e negócios. 
Saiba mais 
Saiba mais sobre as viagens surpresas: 
EMPRESAS ganham espaço no negócio de produtos surpresa. Época 
Negócios, 19 mar. 2018. Disponível em: <https://epocanegocios.globo.com/Em
 
 
10 
presa/noticia/2018/03/empresas-ganham-espaco-no-negocio-de-produtos-
surpresa.html>. Acesso em: 26 set. 2019. 
 
3.1 Bleasure 
Além da tradicional classificação de viagens apresentada,precisamos 
ficar atentos às movimentações e tendências do mercado global de viagens. Já 
ouviram falar no termo “bleasure”? O conceito é uma combinação dos termos em 
inglês: business + pleasure, cuja tradução literal é negócios e prazer. Bleasure é 
um conceito que reflete as mudanças na maneira de se viajar a negócios, 
marcada por maior flexibilidade de horários e estilos de trabalho. Os profissionais 
e empresas passaram a ver as viagens de negócio com um olhar diferente; além 
dos compromissos formais de trabalho agendados, são viagens que possibilitam 
que os profissionais façam atividades de lazer, lhes permitindo conhecer o 
destino, visitando para além do aeroporto e das salas de reunião, como acontece 
nas tradicionais viagens de negócios. Em resumo, as empresas permitem que 
seus executivos em viagem deem aquela esticadinha de um ou dois dias para 
conhecerem o destino em que estão. 
Saiba mais 
Ficou curioso? Leia mais em: 
 CARVALHO, R. Bleasure: entenda a nova tendência de mercado. FlyTour, 
19 jul. 2018. Disponível em: <https://viagensanegocios.com.br/bleasure-
entenda-a-nova-tendencia-de-mercado/>. Acesso em: 26 set. 2019. 
 TALA, M. L.; SCHIOPU, A.; MÜLLER, C. N. Bleisure: a new trend in tourism 
industry. Reserch Gate, fev. 2011. Disponível em: 
<https://www.researchgate.net/publication/232747813_Bleisure_-
_a_new_trend_in_tourism_industry>. Acesso em: 26 set. 2019. 
TEMA 4 – MOTIVAÇÕES DAS VIAGENS TURÍSTICAS 
Para o profissional do turismo, tão importante quanto conhecer os 
diferentes tipos de viagens, é entender quais motivações podem levar a tomada 
de decisão sobre a realização de uma viagem. Ao entender o que leva uma 
pessoa a querer viajar, o profissional tem a possibilidade de trabalhar um produto 
turístico que se encaixe no perfil de seu futuro cliente, caso trabalhe em uma 
agência de viagens. Ou ainda, ajudar esse profissional a planejar com maior 
 
 
11 
assertividade um novo roteiro turístico para um município ou região, com foco 
voltado a turistas com motivações específicas, como aqueles que viajam em 
busca por aventura e contato com a natureza. Nas próximas aulas, vamos ver 
alguns roteiros temáticos pensados para turistas com motivações específicas. 
De Stefani (2015) lembra que, diferentemente dos produtos tangíveis, o 
consumo do produto turístico acontece ao mesmo tempo em que é produzido. 
Portanto, o produto turístico requer que a demanda (o turista) tenha vontade de 
viajar, condições financeiras para tal, além de tempo disponível para a viagem. 
A partir da reflexão da autora, já podemos identificar três fatores que 
motivam ou não uma pessoa a realizar uma viagem: tempo, dinheiro e vontade 
de viajar. A ausência de um deles pode levar à tomada de decisão pela não 
realização da viagem. 
Swarbrooke e Horner (2002) afirmam que um amplo leque de fatores 
motiva os consumidores a comprar um produto turístico; portanto, as 
possibilidades são muitas. Vamos trazer aqui um esboço feito pelos autores 
sobre a série de motivações tidas como fatores que influenciam os turistas. 
Segundo os autores, os fatores motivacionais em turismo podem ser divididos 
em dois grupos: os que motivam uma pessoa a tirar férias e os que motivam uma 
pessoa a tirar determinadas férias em determinada destinação e determinado 
período. 
Vamos refletir juntos sobre essa divisão. No primeiro grupo, estão aquelas 
pessoas que simplesmente decidem tirar férias porque estão cansadas, porque 
têm férias vencidas no trabalho, ou porque querem usar as férias para fazer um 
curso que lhes trará novas habilidades, como culinária ou fotografia, por 
exemplo. As motivações podem ser as mais diversas possíveis, mas a decisão 
das férias não depende de outras variáveis. 
Já o segundo grupo decide tirar férias tendo em mente motivações bem 
específicas, que dependem de outras variáveis além do puro desejo de férias, e 
que tornam o planejamento das viagens bem menos flexível. Por exemplo, 
famílias com filhos em idade escolar que só podem tirar férias durante o recesso 
de aulas, pessoas interessadas em eventos específicos, como festivais de 
música, que acontecem anualmente no mesmo período do ano, ou ainda 
pessoas que querem observar fenômenos da natureza sazonais, ou seja, que só 
acontecem em determinadas épocas do ano, como a colheita das uvas em uma 
vinícola ou os campos floridos de tulipa na Holanda. Em resumo, localização 
 
 
12 
geográfica e períodos específicos do ano são fatores motivacionais importantes 
para esse grupo na decisão de tirar férias. 
A partir da identificação desses dois grupos, Swarbrooke e Horner (2002) 
propuseram uma categorização sobre os principais fatores que motivam uma 
pessoa a realizar uma viagem. 
Figura 3 – Categorização 
 
Fonte: Swarbrooke; Horner, 2002, p. 86. 
Em sua pesquisa, os autores fazem mais algumas considerações sobre 
os fatores motivacionais que merecem destaque. Swarbrooke e Horner (2002) 
afirmam que os turistas são diferentes entre si; portanto, os fatores que os 
motivam também são diferentes. Ao analisar as motivações individuais de cada 
turista, é importante considerar fatores como personalidade, estilo de vida (um 
contexto relevante no processo de decisão de compra), experiências passadas 
na condição de turista, histórico de vida (experiências vivenciadas pelo turista no 
passado que podem gerar nostalgia, um fator motivacional a ser considerado), 
percepção de suas próprias forças e fraqueza, e por fim imagem pessoal (como 
deseja ser vista por outras pessoas). 
Os autores reconhecem ainda que as motivações individuais podem 
mudar com o tempo em reposta a mudanças na trajetória pessoal de cada 
indivíduo, como ter filhos, aumento ou redução de renda, problemas de saúde, 
entre outros aspectos. 
 
 
13 
Outro ponto destacado por Swarbrooke e Horner (2002) é que raramente 
um turista será movido apenas por um fator motivacional isolado. A tomada de 
decisão por uma viagem geralmente acontece pelo que chamam de motivações 
múltiplas, ou seja, o turista é movido por um conjunto de motivações em um dado 
momento. 
Portanto, a questão da motivação não é tão simples quanto parece à 
primeira vista. Trata-se de um campo de estudo que ainda precisa ser melhor 
explorado dentro do universo do turismo. Podemos concluir com base nas 
pesquisas existentes que a motivação de um turista depende de um casamento 
de fatores: sua personalidade e estilo de vida, suas experiências passadas, a 
pessoa com quem está planejando tirar férias (vai viajar sozinho, com a família, 
com amigos etc.), suas características demográficas (jovens tem motivações 
diferentes de pessoas mais velhas; pais planejam as férias se preocupando com 
a satisfação dos desejos dos filhos; pessoas solteiras buscam destinos 
diferentes de casais etc.), e o tempo de antecedência em que se planeja uma 
viagem. 
TEMA 5 – TIPOLOGIA DE ROTEIROS TURÍSTICOS 
Quando falamos em tipologia de roteiros turísticos, vale ressaltar que a 
literatura acadêmica apresenta diversas formas de se classificar um roteiro 
turístico, que variam de acordo com o critério adotado por cada autor. 
A Organização Mundial do Turismo sugere a definição de roteiros de 
acordo com o tipo de deslocamento das pessoas, classificando-os em doméstico 
e internacional. 
Os roteiros domésticos, também chamados de roteiros internos, são 
aqueles realizados pelos moradores de determinado país dentro dos limites do 
seu próprio território. O turismo doméstico dá suporte ao turismo internacional, 
uma vez que é responsável pela consolidação de atrativos e regiões turísticas, 
que passam a ser conhecidos para além das fronteiras nacionais.A vocação 
turística de cada região varia de acordo com suas características específicas; a 
ênfase pode ser cultura, arquitetura, culinária, natureza, dentre outros aspectos. 
No Brasil, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) 
registrou em 2017 mais de 92 milhões de desembarques nacionais de 
passageiros nos aeroportos brasileiros. Segundo dados do Ministério do 
Turismo, o PIB Turístico cresceu 3,1% em 2018 (Sebrae, 2018). 
 
 
14 
Já os roteiros internacionais, como o próprio nome sugere, são os 
roteiros realizados por turistas para outros países, que não o de sua residência. 
Podem ser subdivididos ainda entre emissivo e receptivo. 
Segundo o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC, na sigla em 
inglês), em 2018, o turismo mundial injetou 8,8 trilhões de dólares na economia 
e registrou um crescimento de 3,9%, maior do que o crescimento do PIB global 
que foi de 3,2% (Sebrae, 2018). 
Bahl (2004) sugere a definição de roteiro a partir do critério da dimensão, 
referente à abrangência espacial e geográfica de um roteiro. A Figura 4 mostra 
a tipologia de roteiros quanto à dimensão. 
Figura 4 – Dimensões 
 
Fonte: Elaborado com base em Bahl, 2004. 
Além da classificação por dimensão, De Stefani (2015) sugere ainda que 
os roteiros podem ser classificados quanto aos modais de transporte 
utilizados, ou levando em consideração fatores como a comercialização e a 
exclusividade. 
Ao falar de modais de transporte, a autora se refere à força motriz 
empregada pelo respectivo meio de transporte. De Stefani lembra que, no 
turismo, temos quatro modais: rodoviário, aeroviário, hidroviário e ferroviário. 
Sob a perspectiva dos modais de transportes, os roteiros podem ser 
classificados em isolados (quando utilizam apenas um modal) ou conjugados 
(quando utilizam mais de modal). 
Quanto à comercialização, a autora classifica os roteiros turísticos em 
institucionais e comercializáveis. Os institucionais são elaborados com a 
finalidade de promover uma localidade turística, e os comercializáveis, como o 
 
 
15 
próprio nome sugere, são elaborados pelas operadoras e agência de turismo 
para serem vendidos ao público. 
A exclusividade é a última variável apresentada por De Stefani (2015), 
segundo a qual os roteiros podem ser separados em dois tipos: excursões e 
forfaits. São chamados de excursões os roteiros elaborados pelas operadoras 
de turismo para atender a demanda de grupos. Já os forfaits são os roteiros 
elaborados sob encomenda de acordo com o interesse e a necessidade do 
cliente. Podem ser tanto individuais quanto destinados aos interesses de um 
grupo específico. Vamos falar em maiores detalhes sobre esses dois tipos de 
roteiros, bastante populares no mercado. 
Segundo Silva e Novo (2010), os roteiros turísticos apresentam 
características diversas, e a combinação de seus componentes determina a 
nomenclatura utilizada para identificá-los. Por uma razão meramente didática, 
vamos destacar a tipologia utilizada por Tavares (2002) na classificação dos 
roteiros turísticos. A tipologia apresentada pelo o autor é muito usual no mercado 
de turismo, quando se fala em elaboração de roteiros, e retoma com mais 
detalhes alguns dos conceitos apresentados. Acompanhe. 
5.1 Pacotes 
Os pacotes são provavelmente o tipo de roteiro mais popular entre o 
grande público, uma vez que sua comercialização é promovida pelas agências 
de turismo por diversos canais de comunicação. Inclusive, aparecem 
constantemente em propagandas na internet e na televisão. Pacotes podem ser 
elaborados por agências ou operadoras de turismo. Um pacote básico é 
composto por transporte (geralmente aéreo), translado e hospedagem. 
Alimentação e programação de lazer também podem compor um pacote. De 
modo geral, a programação de um pacote não permite alteração e raramente 
ultrapassa duas localidades, o que torna o produto mais barato e acessível. 
5.2 Forfait 
Forfait são roteiros personalizados. São elaborados com base nas 
expectativas e interesses do consumidor final, sendo importante considerar as 
motivações do cliente, seu tempo disponível de viagem, a disponibilidade 
financeira para aquela viagem, tipos de serviços desejados, número de pessoas 
 
 
16 
que irão viajar, dentre outros aspectos. Diferentemente de um pacote, o forfait 
não permite a comercialização generalizada, uma vez que é delineado com base 
nas necessidades de clientes específicos. 
5.3 Excursões 
As excursões são roteiros elaborados para viagens em grupo. Em geral, 
incluem a visitação a diversos atrativos no destino, além de atrativos menores 
ao longo do percurso. É bastante comum terem como principal meio de 
deslocamento o transporte terrestre, ou o casamento de aéreo e terrestre em 
viagens internacionais. As excursões são compostas por transporte, 
hospedagem, programação de lazer e alimentação, bem como roteiros menores 
chamados de city tours. 
Dentro da terminologia turística, excursão pode ainda se referir a passeios 
curtos de ida e volta no mesmo dia. Nesse caso, o roteiro é realizado em ônibus 
fretados para grupos de pessoas que geralmente já se conhecem: grupos 
escolares, empresas ou grupos de amigos, por exemplo. 
5.4 City tour 
City tour é uma modalidade de roteiro menor criado para apresentar os 
atrativos de uma cidade, geralmente com foco em história, cultura e fatos 
curiosos sobre a localidade. Também chamados de sightseeing, são passeios 
com explicações contextualizadas que ajudam os turistas a se localizarem 
melhor no espaço urbano, facilitando o consumo do produto turístico e 
estimulando a permanência dos turistas tempo na cidade. Podem ser realizados 
a pé ou em veículos motorizados, como ônibus com vista panorâmica. Podem 
ser acompanhados por um guia de turismo profissional ou ainda fornecer 
informações previamente gravadas em audioguias. Um city tour pode ainda ser 
aquele básico, com os principais atrativos da cidade, ou temático. 
No Brasil, um exemplo interessante de city tour é a Linha Turismo da 
cidade de Curitiba. Trata-se de uma linha de ônibus especial que passa por 24 
pontos turísticos da cidade. Para embarcar, o passageiro adquire um cartão 
individual, que dá direito a um número ilimitado de embarques na linha em um 
período de 24 horas após o primeiro embarque. 
 
 
17 
Outro exemplo de city tour interessante são os walking tours em Berlim. 
São city tours temáticos realizados a pé na companhia de um guia de turismo, e 
podem ser gratuitos ou pagos. É uma ótima maneira de conhecer uma cidade e 
saber mais sobre a sua história. 
Saiba mais 
Conheça os detalhes sobre a Linha Turismo e alguns exemplos de walking 
tours em Berlim: 
 CURITIBA. Linha Turismo. URBS. Disponível em: 
<https://www.urbs.curitiba.pr.gov.br/transporte/linha-turismo/>. Acesso em: 
26 set. 2019. 
 WALKING TOURS and activities in Berlin. NewEurope. Disponível em: 
<https://www.neweuropetours.eu/berlin-walking-tours/>. Acesso em: 26 set. 
2019. 
TROCANDO IDEIAS 
Ao longo da aula, estudamos conceitos referentes aos roteiros turísticos 
e tivemos contato com alguns exemplos. Para que possamos refletir sobre o 
impacto de um roteiro no destino, trago como sugestão de leitura o artigo 
acadêmico “Espaços turísticos construídos no Complexo do Alemão por roteiros 
comerciais”. Acesse o link e leia o texto para que possamos discutir suas 
características e sua importância para a comunidade onde foi desenvolvido. 
Durante a leitura, tente identificar em que classificações esse roteiro poderia se 
encaixar. Vamos compartilhar as impressões sobre o texto em um fórum. 
 MEES, L. A. L. Espaços turísticos construídosno Complexo do Alemão por 
roteiros comerciais. Revista Iberoamericana de Turismo, v. 5, 2015. 
Disponível em: <http://www.seer.ufal.br/index.php/ritur/article/view/1672/122
6>. Acesso em: 26 set. 2019. 
NA PRÁTICA 
Agora que você já sabe as características e classificações de um roteiro 
turístico, está na hora de colocar os novos conhecimentos em prática. Vamos 
retornar a ideia da viagem para Buenos Aires apresentada no início da aula? 
Considerando que você foi o sortudo que ganhou a viagem de três dias para a 
capital argentina, agora está na hora de planejar o roteiro turístico da viagem. 
 
 
18 
Descreva o roteiro turístico que você pretende fazer com base nas 
seguintes perguntas: 
 Qual a sua motivação ou motivações para a realização dessa viagem? 
 O que você pretende ver em Buenos Aires? 
 Quais as principais características do seu roteiro de acordo com o 
conteúdo estudado? 
 Como você classificaria o seu roteiro? Justifique suas escolhas por meio 
dos conceitos apresentados. 
FINALIZANDO 
Esperamos que agora você seja capaz de conceituar o que é um roteiro 
turístico e quais suas principais características. Vimos que os roteiros podem 
variar muito de acordo com público-alvo, objetivos e temas. Saber a motivação 
de quem vai viajar e quais os atrativos que um destino pode oferecer são 
importantes aspectos na hora de elaborar um roteiro turístico, seja ele comercial 
ou institucional. 
Vale ressaltar que um roteiro turístico tem como principais objetivos: 
promover um destino turístico; divulgar atrativos turísticos consolidados, bem 
como aqueles menos conhecidos; incentivar a permanência do turista no destino 
por mais dias, contribuindo consequentemente para que ele gere renda para a 
localidade visitada, uma vez que seus gastos aumentam; além de atrair novos 
turistas e contribuir para a sustentabilidade do produto turístico. 
 
 
 
 
19 
REFERÊNCIAS 
BAHL, M. Viagens e roteiros turísticos. Curitiba: Protexto, 2004. 
BRASIL. Ministério do Turismo. Programa de regionalização do turismo: 
roteiros do Brasil. Módulo Operacional 7: Roteirização Turística. Brasília: 
Ministério do Turismo, 2007. 
DE STEFANI, C. Elaboração de roteiros turísticos: do planejamento a 
precificação. Curitiba: InterSaberes, 2015. 
MOLETTA, V. F. Comercializando um destino turístico. Porto Alegre: 
Mercado Aberto, 2002. 
PETROCCHI, M.; BONA, A. Agências de turismo: planejamento e gestão. São 
Paulo: Futura, 2003. 
RICHTER, M. et al. Elaboração de roteiros. Rio de Janeiro: Fundação Cecierj, 
2016. 
SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. 
Turismo: relatório de inteligência. Brasília: Sebrae, 2018. 
SILVA, G. T.; NOVO, C. B. M. C. Roteiro turístico. Manaus: Cetam, 2010. 
SWARBROOKE, J.; HORNER, S. O comportamento do consumidor no 
turismo. São Paulo: Aleph, 2002. 
TAVARES, A. M. City tour. São Paulo: Aleph, 2002.

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