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Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Com certificado online 180 horas Atualização em Enfermagem Nice Dias Gonçalves Denise Santana Silva dos Santos Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Atualização em Enfermagem Nice Dias Gonçalves Denise Santana Silva dos Santos 180 horas Com certificado online SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 11 1.1 DEFINIÇÃO ......................................................................................................................... 11 TEMPERATURA CORPORAL .................................................................................................. 13 2.1 FATORES QUE AFETAM A TEMPERATURA CORPORAL ........................................... 13 2.2 LOCAIS DE AFERIÇÃO ..................................................................................................... 15 2.3 TIPOS DE TERMÔMETROS .............................................................................................. 15 2.4 MATERIAIS UTILIZADOS PARA VERIFICAÇÃO DA TEMPERATURA (MOZACHI, NELSON, 2011) .......................................................................................................................... 16 2.5 TÉCNICA PARA REALIZAR A AFERIÇÃO ..................................................................... 17 PULSO ........................................................................................................................................... 18 3.1 FATORES QUE INFLUENCIAM (POTTER; PERRY, 2010) ............................................. 18 3.2 CARACTERÍSTICAS DO PULSO ARTERIAL .................................................................. 19 3.2.1 Frequência e ritmo .......................................................................................................... 20 3.2.2 Amplitude e contorno ..................................................................................................... 20 3.3 TIPOS DE PULSOS .............................................................................................................. 21 3.3.1 Pulso de Pequena amplitude ........................................................................................... 22 3.3.2 Pulso de Grande Amplitude: ........................................................................................... 22 3.3.3 Pulso de Duplo Pico: ...................................................................................................... 22 3.3.4 Pulso com Variação Rítmica da Amplitude .................................................................... 23 3.4 LOCAIS DE AFERIÇÃO ..................................................................................................... 24 3.5 VARIAÇÕES ACEITÁVEIS DA FREQUÊNCIA CARDÍACA .......................................... 26 3.6 TERMINOLOGIAS .............................................................................................................. 26 3.7 MATERIAL UTILIZADO PARA VERIFICAÇÃO DO PULSO (MOZACHI, NELSON, 2011) ........................................................................................................................................... 27 3.8 TÉCNICA PARA REALIZAR A AFERIÇÃO ..................................................................... 27 RESPIRAÇÃO .............................................................................................................................. 28 4.1 RITMOS RESPIRATÓRIOS ................................................................................................ 29 PRESSÃO ARTERIAL ................................................................................................................ 33 5.1 ATORES QUE AFETAM ..................................................................................................... 34 5.2 VARIAÇÕES DA PRESSÃO ARTERIAL ........................................................................... 35 5.3 LOCAIS DE AFERIÇÃO ..................................................................................................... 35 5.4 TIPOS DE MEDIDORES DE PRESSÃO ARTERIAL ........................................................ 36 5.5 MATERIAIS UTILIZADOS PARA VERIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL (MOZACHI, NELSON, 2011) .................................................................................................... 37 5.6 TÉCNICA PARA REALIZAR A AFERIÇÃO ..................................................................... 38 DOR ............................................................................................................................................... 39 CONCLUSÃO ............................................................................................................................... 41 SUMÁRIO ........................................................................................... Erro! Indicador não definido. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 43 ETAPAS BÁSICAS DE PRIMEIROS SOCORROS ................................................................. 45 2.1 AVALIAÇÃO DO LOCAL DO ACIDENTE ....................................................................... 45 2.2 PROTEÇÃO, AVALIAÇÃO E EXAME DO ESTADO GERAL DO ACIDENTADO ....... 46 2.2.1 Coluna Dorsal Perguntar ao acidentado se sente dor. ..................................................... 47 2.3 TÓRAX E MEMBROS ......................................................................................................... 47 2.4 EXAME DO ACIDENTADO INCONSCIENTE ................................................................. 47 2.4.1 Observações ................................................................................................................... 48 FUNÇÕES, SINAIS VITAIS E DE APOIO ................................................................................ 49 3.1 FUNÇÕES VITAIS ............................................................................................................... 49 3.2 SINAIS VITAIS .................................................................................................................... 50 3.3 SINAIS DE APOIO .............................................................................................................. 51 3.3.1 Dilatação e reatividade das pupilas ................................................................................. 51 3.3.2 Cor e Umidade da Pele ................................................................................................... 51 3.3.3 Estado de Consciência .................................................................................................... 52 3.3.4 Motilidade e Sensibilidade do Corpo .............................................................................. 52 MANOBRAS EM PRIMEIROS SOCORROS ........................................................................... 53 4.1 SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV) ................................................................................. 53 4.2 AVALIAÇÃO INICIAL DA VÍTIMA..................................................................................55 4.2.1 As novas diretrizes da American Heart Association AHS preconizam a sequência: ...... 55 4.3 INICIANDO AS COMPRESSÕES TORÁCICAS ............................................................... 56 4.4 ABERTURA DE VIA AÉREA EM CASOS CLÍNICOS ..................................................... 56 4.5 ABERTURA DE VIA AÉREA EM CASOS DE TRAUMA ................................................ 57 4.6 RESPIRAÇÃO BOCA A BOCA .......................................................................................... 57 TRANSPORTE DO PACIENTE ................................................................................................. 61 PRINCÍPIOS E TÉCNICAS ENVOLVIDOS NA EXTRICAÇÃO .......................................... 64 6.1 TÉCNICAS DE ROLAMENTO (ROLAMENTO DE 90°) .................................................. 64 6.2 TÉCNICAS DE ROLAMENTO (ROLAMENTO DE 180°) ................................................ 65 6.3 TÉCNICA DE ELEVAÇÃO A CAVALEIRA ..................................................................... 65 6.4 OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS E PARADA RESPIRATÓRIA .................................... 66 FERIMENTO ................................................................................................................................ 70 7.1 QUEIMADURA ................................................................................................................... 71 7.2 AVALIAÇÃO DAS QUEIMADURAS ................................................................................ 73 7.2.1 Profundidade .................................................................................................................. 73 7.2.2 Extensão ......................................................................................................................... 74 7.2.3 Localização das queimaduras ......................................................................................... 75 7.2.4 Idade do paciente queimado ........................................................................................... 75 7.2.5 Doenças e condições associadas ..................................................................................... 75 7.3 INALAÇÃO DE PRODUTOS DE COMBUSTÃO .............................................................. 75 7.3.1 Primeiros cuidados ......................................................................................................... 76 LESÕES TRAUMÁTICAS E ORTOPÉDICAS ......................................................................... 78 8.1 FRATURAS, LUXAÇÕES E ENTORSES ........................................................................... 78 8.1.1 Fratura ............................................................................................................................ 78 8.2 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE FRATURAS DE EXTREMIDADE ......................... 79 8.2.1 Diagnóstico de fraturas de extremidade: ......................................................................... 79 8.2.2 Localizações principais .................................................................................................. 80 8.3 ABORDAGEM ..................................................................................................................... 80 8.3.1 Primeiros Socorros a fraturas ......................................................................................... 81 8.4 CONDUTA ........................................................................................................................... 81 8.4.1 Garantir a segurança do local ......................................................................................... 81 8.4.2 Avaliar permeabilidade de vias aéreas ..................................................................... 81 8.4.3 Avaliar ventilação........................................................................................................... 81 8.4.4 Avaliar estado circulatório.............................................................................................. 82 8.4.5 Avaliar estado neurológico ............................................................................................. 82 8.4.6 Expor com prevenção e controle da hipotermia .............................................................. 82 8.4.7 Avaliar sensibilidade e mobilidade ................................................................................. 82 REGRAS PARA IMOBILIZAÇÃO DE FRATURAS ............................................................... 84 9.1 LUXAÇÕES ......................................................................................................................... 85 9.2 ENTORSES .......................................................................................................................... 85 9.3 TRATAMENTO ................................................................................................................... 86 9.4 CHOQUE ELÉTRICO .......................................................................................................... 87 9.4.1 Como Proceder ............................................................................................................... 88 9.4.2 Crise Convulsiva ............................................................................................................ 89 9.4.3 Procedimento .................................................................................................................. 90 9.4.4 Após a convulsão ........................................................................................................... 90 9.5 CORPO ESTRANHO ........................................................................................................... 91 9.5.1 Corpo Estranho nos Olhos .............................................................................................. 91 9.5.2 Procedimento .................................................................................................................. 91 9.5.3 Corpo Estranho na Pele .................................................................................................. 92 9.5.4 Corpo Estranho no Ouvido ............................................................................................. 92 9.5.5 Corpo Estranho no Nariz ................................................................................................ 92 9.5.6 Corpo Estranho na Garganta ........................................................................................... 92 9.5.7 Procedimento .................................................................................................................. 92 INTOXICAÇÃO ALIMENTAR .................................................................................................. 94 10.1 TRATAMENTO ................................................................................................................. 94 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 97 DEFINIÇÕES DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA ................................................................... 99 2.1 DIFERENÇA ENTRE UBS E UPA .................................................................................... 104 SITUAÇÕES QUE MOTIVAM À PROCURA DO SERVIÇO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA ........................................................................................................................... 105 ACESSO E UTILIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA ............. 107 CLASSIFICAÇÃO DE RISCO .................................................................................................. 114 AVALIAÇÃO DAS SITUAÇÕES QUE ENVOLVEM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA ..... 117 ASSISTÊNCIA AS SITUAÇÕESDE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA ................................. 119 7.1 SIGNIFICADO DAS LETRAS ABCDE ............................................................................ 120 7.1.1 (X) – Exsanguinação .................................................................................................... 120 7.2 CHOQUE E SUAS CONSEQUENCIAS NO ORGANOSMO ........................................... 122 7.3 PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA ............................................................................. 123 7.4 ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC) ................................................................. 124 7.5 TRAUMA CRANIO ENCEFALICO (TCE) ....................................................................... 126 O TRABALHO DA ENFERMAGEM EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA ......................... 129 CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 132 APRESENTAÇÃO ...................................................................................................................... 134 1.2 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 134 1.3 PREMISSAS ....................................................................................................................... 134 O HISTÓRICO DOS CURATIVOS .......................................................................................... 136 A IMPORTÂNCIA DA ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR NO TRATAMENTO DAS FERIDAS ..................................................................................................................................... 137 A PELE ........................................................................................................................................ 138 4.1 DEFINIÇÃO ....................................................................................................................... 138 4.2 ANATOMIA DA PELE ...................................................................................................... 139 4.2.1 Camadas da Pele ........................................................................................................... 139 CARACTERIZAÇÃO DAS FERIDAS ..................................................................................... 141 5.1 DEFINIÇÃO DE FERIDA .................................................................................................. 141 5.2 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS DE ACORDO COM A ETIOLOGIA .......................... 141 5.3 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS QUANTO AO ROMPIMENTO DAS ESTRUTURAS142 5.4 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS QUANTO À PROFUNDIDADE / COMPROMETIMENTO ESTRUTURAL................................................................................ 142 5.5 CLASSIFICAÇÃO GERAL DE FERIDAS ........................................................................ 142 5.6 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS: PRESENÇA OU AUSÊNCIA DO EXSUDATO (ASPECTO) .............................................................................................................................. 143 5.7 FORMATO E TAMANHO DA FERIDA ........................................................................... 143 5.8 LOCALIZAÇÃO DA FERIDA........................................................................................... 144 5.9 APARÊNCIA DA FERIDA ................................................................................................ 144 5.10 CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES POR PRESSÃO......................................................... 144 5.10.1 Lesão por Pressão ....................................................................................................... 144 5.10.2 Lesão por Pressão Estágio 1: Pele íntegra com eritema que não embranquece ........... 145 5.10.3 Lesão por Pressão Estágio 2: Perda da Pele em sua espessura parcial com exposição da derme .................................................................................................................................... 145 5.10.3 Lesão por Pressão Estágio 3: Perda da pele em sua espessura total ............................ 146 5.10.5 Lesão por Pressão Estágio 4: Perda da pele em sua espessura total e perda tissular ... 146 5.10.6 Lesão por Pressão Não Classificável: perda da pele em sua espessura total e perda tissular não visível ................................................................................................................. 147 5.10.7 Lesão por pressão Tissular Profunda: descoloração vermelha escura, marrom, púrpura, persistente que não embranquece .......................................................................................... 147 5.10.8 Lesão por Pressão relacionado a Dispositivo Médico ................................................. 147 5.10.9 Lesão por Pressão em Membranas Mucosas ............................................................... 147 5.10.10 Requisitos para estadiar uma lesão por pressão ........................................................ 147 FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO ....................................................................................... 149 6.1 TIPOS DE CICATRIZAÇÃO ............................................................................................. 150 TRATAMENTO DE PACIENTES COM FERIDAS ............................................................... 151 7.1 DENTRE OS CUIDADOS FÍSICOS ESTÃO .................................................................... 151 7.2 DENTRE OS CUIDADOS PSICOLÓGICOS ESTÃO ....................................................... 152 7.3 CUIDADOS ESPIRITUAIS ............................................................................................... 152 PREVENÇÃO DA ÚLCERA POR PRESSÃO ......................................................................... 153 O AMBIENTE IDEAL PARA CICATRIZAÇÃO ................................................................... 155 PRINCÍPIOS PARA REALIZAÇÃO DO CURATIVO .......................................................... 156 10.1 LIMPEZA ......................................................................................................................... 156 10.2 PELE ÍNTEGRA ............................................................................................................... 156 CURATIVOS ............................................................................................................................... 158 PRODUTOS MAIS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DAS FERIDAS ............................ 159 12.1 ALGINATOS .................................................................................................................... 159 12.2 PAPAÍNA ......................................................................................................................... 160 12.3 HIDROCOLÓIDE ............................................................................................................. 161 12.4 ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS (AGEs) ...................................................................... 162 12.5 ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS LIPÍDIOS INSATURADOS RICOS EM ÁCIDO LINOLÉICO ............................................................................................................................. 162 12.6 CURATIVO DE CARVÃO ATIVADO ........................................................................... 163 12.7 SULFADIAZINA DE PRATA ......................................................................................... 163 12.8 MEMBRANAS OU FILMES SEMIPERMEÁVEIS ........................................................ 164 12.9 HIDROGEL ...................................................................................................................... 165 12.10 PROTETORESCUTÂNEOS PARA OSTOMIAS ......................................................... 165 12.10.1 Apresentações ........................................................................................................... 165 12.11 POMADAS ENZIMÁTICAS .......................................................................................... 166 12.12 CURATIVO ADESIVO COM HIDROPOLIMEROS .................................................... 166 12.13 CURATIVOS IMPREGNADOS COM PRATA ............................................................. 167 12.14 CURATIVOS COM DRENO ......................................................................................... 168 CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES DOS CURATIVOS ................................................ 169 CUIDADOS BÁSICOS DE ASSEPSIA NO CURATIVO........................................................ 170 CURATIVOS DE CATETERES, INTRODUTORES, FIXADORES EXTERNOS .............. 171 CURATIVOS EM DRENOS ...................................................................................................... 172 CURATIVOS EM FERIDAS ..................................................................................................... 173 DESBRIDAMENTO ................................................................................................................... 174 LASERTERAPIA NO TRATAMENTO DE FERIDAS .......................................................... 176 19.1 INDICAÇÃO .................................................................................................................... 176 19.2 CONTRAINDICAÇÃO .................................................................................................... 177 19.3 EFEITOS TERAPÊUTICOS DA LASERTERAPIA ........................................................ 177 19.4 TÉCNICAS DE APLICAÇÃO ......................................................................................... 177 19.5 REGULAMENTAÇÃO DO COFEN EM RELAÇÃO AO USO DA LASERTERAPIA . 178 OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA NO TRATAMENTO DE FERIDAS ....................... 180 20.1 APLICAÇÕES CLÍNICAS ............................................................................................... 180 20.2 CARACTERÍSTICAS DO TRATAMENTO DE FERIDAS COM OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA ........................................................................................................................ 181 ATENÇÃO DO ENFERMEIRO AO PACIENTE COM VITILIGO ..................................... 183 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO AO PACIENTE COM DOENÇA FALCIFORME E PORTADOR DE ÚLCERA DE PERNA ................................................................................... 184 APRESENTAÇÃO ...................................................................................................................... 187 1.1 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 187 1.2 PREMISSAS ....................................................................................................................... 187 PELE: MAIOR ÓRGÃO DO CORPO ...................................................................................... 189 2.1 CAMADAS DA PELE ........................................................................................................ 189 2.1.1 Epiderme ...................................................................................................................... 189 2.1.2 Derme ........................................................................................................................... 190 2.1.3 Hipoderme .................................................................................................................... 190 2.2 FUNÇÕES VITAIS DA PELE............................................................................................ 191 CARACTERIZAÇÃO DAS FERIDAS ..................................................................................... 192 3.1 DEFINIÇÃO DE FERIDA .................................................................................................. 192 3.2 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS DE ACORDO COM A ETIOLOGIA .......................... 192 3.3 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS QUANTO AO ROMPIMENTO DAS ESTRUTURAS192 3.4 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS QUANTO À PROFUNDIDADE: COMPROMETIMENTO ESTRUTURAL................................................................................ 193 3.5 CLASSIFICAÇÃO GERAL DE FERIDAS ........................................................................ 193 3.6 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS: PRESENÇA OU AUSÊNCIA DO EXSUDATO (ASPECTO) .............................................................................................................................. 193 3.7 FORMATO E TAMANHO DA FERIDA ........................................................................... 194 3.8 LOCALIZAÇÃO DA FERIDA........................................................................................... 194 3.9 APARÊNCIADA FERIDA ................................................................................................. 194 FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO ....................................................................................... 195 4.1 TIPOS DE CICATRIZAÇÃO ............................................................................................. 196 TRATAMENTO DE PACIENTES COM FERIDAS ............................................................... 197 5.1 DENTRE OS CUIDADOS FÍSICOS ESTÃO .................................................................... 197 5.2 DENTRE OS CUIDADOS PSICOLÓGICOS ESTÃO ....................................................... 198 5.3 CUIDADOS ESPIRITUAIS ............................................................................................... 198 O AMBIENTE IDEAL PARA CICATRIZAÇÃO ................................................................... 199 CURATIVOS ............................................................................................................................... 201 PRODUTOS MAIS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DAS FERIDAS ............................ 202 8.1 ALGINATOS ...................................................................................................................... 202 8.2 PAPAÍNA ........................................................................................................................... 203 8.3 HIDROCOLÓIDE ............................................................................................................... 203 8.4 ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS (AGES) ....................................................................... 203 8.5 ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS, LIPÍDIOS INSATURADOS RICOS EM ÁCIDO LINOLÉICO ............................................................................................................................. 204 8.6 CURATIVO DE CARVÃO ATIVADO ............................................................................. 204 8.7 SULFADIAZINA DE PRATA ........................................................................................... 205 8.8 MEMBRANAS OU FILMES SEMIPERMEÁVEIS .......................................................... 205 8.9 HIDROGEL ........................................................................................................................ 206 8.10 PROTETORES CUTÂNEOS PARA OSTOMIAS ........................................................... 206 8.11 POMADAS ENZIMÁTICAS............................................................................................ 206 8.12 CURATIVO ADESIVO COM HIDROPOLIMEROS ...................................................... 207 OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA NO TRATAMENTO DE FERIDAS ....................... 208 9.1 APLICAÇÕES CLÍNICAS .................................................................................................208 ATENÇÃO DO ENFERMEIRO AO PACIENTE COM VITILIGO ..................................... 210 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO AO PACIENTE COM DOENÇA FALCIFORME E PORTADOR DE ÚLCERA DE PERNA ................................................................................... 211 CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES POR PRESSÃO ................................................................ 212 12.1 LESÃO POR PRESSÃO ................................................................................................... 212 12.2 LESÃO POR PRESSÃO ESTÁGIO 1: PELE ÍNTEGRA COM ERITEMA QUE NÃO EMBRANQUECE .................................................................................................................... 213 12.3 LESÃO POR PRESSÃO ESTÁGIO 2: PERDA DA PELE EM SUA ESPESSURA PARCIAL COM EXPOSIÇÃO DA DERME ........................................................................... 213 12.4 LESÃO POR PRESSÃO ESTÁGIO 3: PERDA DA PELE EM SUA ESPESSURA TOTAL .................................................................................................................................................. 213 12.5 LESÃO POR PRESSÃO ESTÁGIO 4: PERDA DA PELE EM SUA ESPESSURA TOTAL E PERDA TISSULAR .............................................................................................................. 213 12.6 LESÃO POR PRESSÃO NÃO CLASSIFICÁVEL: PERDA DA PELE EM SUA ESPESSURA TOTAL E PERDA TISSULAR NÃO VISÍVEL ................................................ 214 12.7 LESÃO POR PRESSÃO TISSULAR PROFUNDA: DESCOLORAÇÃO VERMELHA ESCURA, MARROM, PÚRPURA, PERSISTENTE QUE NÃO EMBRANQUECE .............. 214 12.8 DEFINIÇÕES ADICIONAIS............................................................................................ 214 12.8.1 Lesão por Pressão relacionado a Dispositivo Médico ................................................. 214 12.8.2 Lesão por Pressão em Membranas Mucosas ............................................................... 215 LASERTERAPIA NO TRATAMENTO DE FERIDAS .......................................................... 216 13.1 INDICAÇÃO .................................................................................................................... 216 13.2 CONTRAINDICAÇÃO .................................................................................................... 217 13.3 EFEITOS TERAPÊUTICOS DA LASERTERAPIA ........................................................ 217 13.4 TÉCNICAS DE APLICAÇÃO ......................................................................................... 217 13.5 REGULAMENTAÇÃO DO COFEN EM RELAÇÃO AO USO DA LASERTERAPIA . 218 AVALIAÇÃO .............................................................................................................................. 220 REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 231 Unidade 01 - Introdução 11 Este material é parte integrante do curso online “Avaliação dos Sinais Vitais” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 01 INTRODUÇÃO A atenção especial aos sinais vitais foi estabelecida, desde a antiguidade, por Hipócrates, como um dos mais importantes dados do exame físico. Essas medidas são indicadores do estado de saúde, devido a sua importância elas são referidas como sinais vitais, porém, nos dias atuais, são frequentemente tratados com negligência. Os sinais vitais permitem diagnosticar doenças como hipertensão arterial, choque, entre outras, assim como monitorizar diariamente a evolução das doenças (SOUZA e MOZACHI, 2005). 1.1 DEFINIÇÃO Os sinais vitais (SSVV) são indicadores do estado de saúde e da garantia das funções circulatórias, respiratória, neural e endócrina do corpo. Podem servir como mecanismos de comunicação universal sobre o estado do paciente e da gravidade da doença. Esses parâmetros, medidos de forma seriada, contribuem para que o enfermeiro identifique os diagnósticos de enfermagem, avalie as intervenções implementadas e tome decisões sobre a resposta do paciente à terapêutica. As observações dos sinais vitais são algumas das ações mais comuns e frequentes que a equipe de enfermagem realiza em relação ao cuidado do cliente/paciente. Eles são indicadores do estado de saúde, pois revelam a eficácia das funções corporais circulatória, respiratória, renal e endócrina. São definidos como sinais vitais: Temperatura -T, Respiração –R, Pulsação –P, Pressão Arterial – PA e atualmente a Dor, que tem sido considerada como o 5º sinal vital, devido à sua importância e por seus parâmetros serem regulados por órgão vitais, revelando, assim, o estado de funcionamento deles (SANTOS e VIANA, 2008; MURTA et al., 2009). Atualização em Enfermagem 12 Este material é parte integrante do curso online “Avaliação dos Sinais Vitais” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Os sinais vitais são um modo eficiente e rápido de monitorar a condição do cliente ou de identificar problemas e avaliar a resposta do cliente a uma intervenção. Como indicadores do estado de saúde, essas medidas indicam a eficiência das funções circulatória, respiratória, neural e endócrina do corpo. Os sinais vitais devem ser medidos (POTTER; PERRY, 2010): Na admissão aos serviços de cuidados da saúde; Quando avaliar o cliente em visitas domiciliares; No hospital, em esquema de rotina conforme prescrições do prestador de cuidado ou os padrões de prática do hospital; Antes e após um procedimento cirúrgico ou um procedimento diagnóstico invasivo; Antes, durante e após uma transfusão de sangue e hemoderivados; Antes, durante e após a administração de medicamentos ou terapias que afetam as funções de controle cardiovascular, respiratório ou de temperatura; Quando as condições físicas gerais do cliente são alteradas; Antes e após intervenções de enfermagem que influenciam os sinais vitais; Quando o paciente informa sintomas inespecíficos de aflição física. Unidade 02 – Temperatura Corporal 13 Este material é parte integrante do curso online “Avaliação dos Sinais Vitais” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 02 TEMPERATURA CORPORAL O ser humano é mantido em uma temperatura constante em torno de 37ºC, sendo que as extremidades do corpo podem se apresentar em menor temperatura. Os limites de temperatura em que o metabolismo pode apresentar falhas são de menos que 21ºC e maior que 42ºC. Perda ou ganho excessivo de calor pode levar a morte. Temperatura corpórea externa refere-se ao calor produzido pelo organismo para manter a homeostase corporal, tendo como centro de regulação da temperatura o hipotálamo. A temperatura do corpo humano varia entre 35,8 e 37,2ºC. Em média, consideram-se temperaturas normais: a oral de 37ºC, a axilar de 36,4ºC e a retal de 37,6ºC. (POTTER; PERRY, 2010). A termorregulação consiste em mecanismos fisiológicos ou comportamentais que regulam o equilíbrio entre calor perdido e calor produzido, sendo o hipotálamo que controla a temperatura corporal do mesmo modo como um termostato funciona (POTTER; PERRY, 2010). 2.1FATORES QUE AFETAM A TEMPERATURA CORPORAL Recém-nascido: mecanismos de controle de temperatura são imaturos. Idoso: possui uma faixa de regulação mais estreita, temperatura oral normal em dias frios 35ºC, corporal 36ºC, deterioração dos mecanismos de controle. Atualização em Enfermagem 14 Este material é parte integrante do curso online “Avaliação dos Sinais Vitais” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Exercício: aumenta o metabolismo, atividade muscular (exercícios enérgicos de longo período) ex.: corrida delonga distância, podem elevar a temperatura corporal em até 41ºC temporariamente. Nível hormonal: variações hormonais durante o ciclo menstrual. Quando o nível de progesterona está baixo, a temperatura da mulher se encontra mais baixa do que o valor basal até que ovulação ocorra aumentando o nível de progesterona subindo a temperatura para o nível basal ou superior. Ocorrem também na menopausa (“ondas de calor”) devido à instabilidade dos controles de vasodilatação e vasoconstrição. Estresse: estresse físico ou emocional eleva a temperatura do corpo através de estímulos hormonal e neural. Aumento do metabolismo. Ambiente: ambientes muito frio ou muito quentes influenciam na nossa regulação. Lactantes e idosos são mais afetados, pois seus mecanismos reguladores estão menos eficientes. Febre ou pirexia: ocorre devido à incapacidade dos mecanismos de perda de calor acompanhar o ritmo de uma produção excessiva de calor, resultando em aumento anormal da temperatura. Geralmente, uma febre não é perigosa se permanece abaixo de 39 ºC. Uma febre verdadeira resulta da alteração do ponto de ajuste hipotalâmico. Os padrões de febre diferem dependendo do pirógeno (POTTER; PERRY, 2010): Febre sustentada: uma temperatura corporal constante, continuamente acima de 38 ºC e com pouca flutuação; Febre intermitente: picos de febre intercalados com temperatura em níveis usuais. A temperatura retorna a níveis aceitáveis pelo menos uma vez em 24h; Febre remitente: picos e quedas de febre sem retorno à temperatura normal; Recidivante: períodos de episódios febris e períodos com valores de temperatura aceitáveis. Períodos de episódios febris e períodos de normotermia muitas vezes duram mais de 24h. Hipertermia: elevação da temperatura corporal acima do ponto de regulação térmica, relacionada com a incapacidade do organismo de promover perda de calor ou de reduzir sua produção. A hipertermia maligna é uma condição hereditária em que há produção incontrolada de calor, ocorrendo quando pessoas suscetíveis recebem certas drogas anestésicas (POTTER; PERRY, 2010). Hipotermia: redução da temperatura corporal para valores ↓35°C, classificada em acidental (primária) ou devido disfunção do centro regulador hipotalâmico (secundária). A perda de calor durante a exposição prolongada ao frio sobrepuja a capacidade do organismo de produzir calor, causando hipotermia. A hipotermia é classificada por meio de mensurações da temperatura central em: (POTTER; PERRY, 2010): Leve: 36-34 ºC; Unidade 02 – Temperatura Corporal 15 Este material é parte integrante do curso online “Avaliação dos Sinais Vitais” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Moderada: 34-30 ºC; Grave:< 30 ºC. 2.2 LOCAIS DE AFERIÇÃO O local onde a temperatura é mensurada (oral, retal, axilar, membrana timpânica), é um fator que determina a temperatura do paciente (POTTER; PERRY, 2010). Oral: 37ºC - leitura lenta (cerca de 7 min.) risco de contaminação por fluidos, não indicado para pacientes que não colaboram ou inconsciente. Retal: 37,5ºC - maior precisão, método desagradável, risco de exposição a fluidos, risco de lesão, contra indicado para RN e pacientes com doenças retal. Axilar: 36.5ºC - local menos preciso, sudorese pode interferir, longo período de mensuração. Timpânica: 37ºC - aferição rápida, custo elevado, presença de cerume pode interferir na leitura, contra indicado para paciente submetidos a cirurgia auditiva (POTTER; PERRY 2009). VALORES NORMAIS E SUAS VARIAÇÕES Temperatura axilar 35.5ºC – 37.0ºC Temperatura bucal 36.0ºC – 37.4ºC Temperatura inguinal 35.5ºC – 37.0ºC Temperatura retal 36.0ºC – 38.0ºC Temperatura timpânica 36.0ºC – 38.2ºC Febrícula (Taxilar) 37.1ºC – 37.5ºC 2.3 TIPOS DE TERMÔMETROS Atualização em Enfermagem 16 Este material é parte integrante do curso online “Avaliação dos Sinais Vitais” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 2.4 MATERIAIS UTILIZADOS PARA VERIFICAÇÃO DA TEMPERATURA (MOZACHI, NELSON, 2011) Bandeja Termômetro Algodão Álcool Unidade 02 – Temperatura Corporal 17 Este material é parte integrante do curso online “Avaliação dos Sinais Vitais” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 2.5 TÉCNICA PARA REALIZAR A AFERIÇÃO 1. Higienizar as mãos antes e após o procedimento; 2. Selecionar a via e os aparatos corretos; 3. Avaliar fatores que possam interferir na determinação da T (ambiente, atividade prévia do paciente); 4. Cumprimente e explicar o procedimento ao paciente; 5. Posicionar o paciente em posição confortável e adequada; 6. Limpar o termômetro com algodão embebido em álcool (haste para bulbo) antes e após a realização do procedimento; 7. Certificar-se que a coluna de mercúrio está igual ou inferior a 35ºC; 8. Retirar o termômetro após 5 min; 9. Comparar o valor obtido com a temperatura basal e com a variação de T apresentada pelo paciente; 10. Registrar corretamente o procedimento no prontuário. O paciente/cliente que apresenta alterações na temperatura, em relação ao seu aumento ou à sua diminuição, pode indicar ao técnico de enfermagem diversas situações não fisiológicas, como por exemplo: infecções, diversos tipos de choque e outros. Ao possuir esses dados, o cuidado de enfermagem pode ser realizado mais rapidamente para que se tente reestabelecer o padrão fisiológico do paciente/cliente. A temperatura, assim como o pulso, é essencial na monitorização fisiológica do paciente/cliente. Atualização em Enfermagem 18 Este material é parte integrante do curso online “Avaliação dos Sinais Vitais” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 03 PULSO O exame do pulso arterial é muito importante na avaliação do sistema cardiocirculatório, pois pode fornecer informações valiosas sobre o estado funcional da circulação, a frequência e o ritmo cardíaco. A frequência da pulsação é numero de pulsações em 1min. De acordo com Porto e Viana (2010); Silva e Silva (2010) e Murta et al., (2009), o pulso é a contração e dilatação de uma artéria que corresponde aos batimentos cardíacos. Ele indica dados da estabilidade cardíaca do paciente epode ser controlado com frequência por esse profissional. O pulso arterial deve ser palpado de maneira sistematizada, seguindo-se a sequência: artérias radiais, braquiais, carótidas, aorta, femorais, tibiais posteriores e dorsais dos pés, sempre que possível em ambientes aquecidos, para evitar vasoconstrição. Em alguns casos, pode-se também palpar as artérias poplíteas e pesquisar pulsações e sopros em outras regiões. Desses, o que mais representa fielmente o pulso aórtico central é o carotídeo. 3.1 FATORES QUE INFLUENCIAM (POTTER; PERRY, 2010) Exercício; Temperatura; Emoções; Drogas; Unidade 03 – Pulso 19 Este material é parte integrante do curso online “Avaliação dos Sinais Vitais” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Hemorragia; Mudanças posturais; Distúrbios pulmonares. FATOR ↑ FREQ. PULSO ↓ FREQ. PULSO Exercício Curta duração Atleta condicionado Temperatura Febre e calor Hipotermia Emoções Dor aguda e ansiedade ↑ estímulo simpático Dor intensa ↑ estímulo parassimpático Drogas Medicamentos cronotrópicos + (epinefrina) Medicamentos cronotrópicos –(digitálicos) Hemorragia ↑ atividade simpática Mudanças posturais Levantar e sentar Deitar-se Distúrbios pulmonares Precária oxigenação Qualquer artéria pode ser acessada para tomar a pulsação, mas geralmente as mais escolhidas são as artérias radiais ou carótidas porque elas permitem uma palpação mais fácil (POTTER; PERRY, 2010). 3.2 CARACTERÍSTICAS DO PULSO ARTERIAL As características do pulso arterial podem ser descritas em relação à frequência, ritmo, amplitude e contorno. Atualização em Enfermagem 20 Este material é parte integrante do curso online “Avaliação dos Sinais Vitais” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 3.2.1 Frequência e ritmo Em um adulto sadio em repouso, a frequência cardíaca encontra-se na maioria das vezes, entre 70 e 80 batimentos/min. Denomina-se taquicardia quando a frequência é igual ou maior que 100 e bradicardia quando é igual ou inferior a 60. A palpação dos pulsos arteriais também permite que se façam inferências sobre o ritmo cardíaco, ou seja, se esse é regular ou se há arritmias. Porém, frequências consideradas normais e sucessão regular do pulso não excluem arritmias cardíacas, o que pode ocorrer por diversos motivos, como: distúrbios na condução intraventricular do estímulo, como os bloqueios de ramo; extra-sístoles ventriculares bigeminadas resultando em contrações miocárdicas ineficazes para produzirem uma onda de pulso detectável; ritmo idioventricular acelerado; taquicardia atrial paroxística com bloqueio atrioventricular e ritmo funcional acelerado. Da mesma forma, o achado de frequência anormal ou irregularidade na sucessão dos pulsos são dados insuficientes para esclarecer o tipo ou significado clínico de determinada arritmia cardíaca, sendo necessários exames complementares para investigação das arritmias. É possível ocorrer dissociação entre a frequência cardíaca palpada pelo examinador no pulso arterial e pela ausculta cardíaca, num fenômeno denominado dissociação pulso- frequência. Isto pode ocorrer por batimentos (pulsos) não sentidos pelo examinador, pelo fato de serem fracos, em geral consequentes à taquiarritmias de ritmo irregular (fibrilação atrial mais comumente) 3.2.2 Amplitude e contorno Os fatores que definem a amplitude e contorno do pulso arterial são: volume de ejeção do ventrículo esquerdo, velocidade de ejeção, complacência e capacidade do sistema arterial, ondas depressão que resultam do fluxo anterógrado do sangue e reflexo do pulso de pressão arterial que retorna da circulação periférica. O pulso normal pode ser representado pela figura: Unidade 03 – Pulso 21 Este material é parte integrante do curso online “Avaliação dos Sinais Vitais” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). A transmissão rápida da ejeção ventricular esquerda resulta em um pico na sístole precoce, que corresponde à onda de percussão, que é palpada. O segundo pico representa a representa a onda refletida pela periferia, chamada onda de refluxo, que normalmente não é palpada. À medida que a onda de pulso vai para a periferia, a porção ascendente torna-se mais espiculada, seguida pela onda dicrótica, mas o pulso geralmente demonstra um único pico evidente. Quando há maior rigidez dos vasos arteriais, como em idosos ou na aterosclerose, ou um aumento da resistência vascular periférica, a onda de pulso fica maior e mais rápida. Ao palpar o pulso arterial, deve-se sempre comparar o pulso de uma artéria com sua contralateral, buscando-se determinar se os pulsos são simétricos, ou seja, têm a mesma amplitude e contorno, ou são assimétricos. É possível encontrar os pulsos dos membros superiores reduzidos ou assimétricos em diversas situações: êmbolo arterial, trombose, na estenose aórtica supravalvar e na dissecção de aorta. Assimetria de pulsos poplíteos indica obstruções iliofemorais, enquanto pulsos finos em territórios radial, tibial posterior e pedioso indicam insuficiência arterial. Na coarctação de aorta os pulsos dos MMSS são amplos e os dos MMII são reduzidos. 3.3 TIPOS DE PULSOS Atualização em Enfermagem 22 Este material é parte integrante do curso online “Avaliação dos Sinais Vitais” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 3.3.1 Pulso de Pequena amplitude É percebido como uma elevação pequena, um impacto suave, pulso parvus com pico mal definido, às vezes retardado, prolongado (tardus). Quando em uma única artéria, significa processo obstrutivo nela localizado. Quando presente em todas as artérias, indica cardiopatia, como: estenose aórtica, estenose ou regurgitação mitral, comunicação interatrial ou interventricular, derrame pericárdico, pericardite constritiva, miocardiopatias restritivas e insuficiência circulatória. 3.3.2 Pulso de Grande Amplitude: Esse tipo de pulso arterial normalmente está relacionado com o aumento do volume sistólico ou redução da resistência vascular periférica ou da distensibilidade arterial. É encontrado em estados hiperdinâmicos, fisiológicos patológicos. O exemplo mais importante é o pulso de Corrigan ou pulso em martelo d’água, encontrado na regurgitação aórtica. É reconhecido pela elevação muito rápida e de grande amplitude, seguida de descida também rápida (pulso colapsante). 3.3.3 Pulso de Duplo Pico: É um tipo de pulso em que duas ondas são palpadas durante cada ciclo cardíaco. Quando essas duas ondas de pulso ocorrem na sístole, o pulso é denominado de bisferiens ou de bífido, se uma das ondas ocorre na sístole e outra na diástole, é denominado dicrótico: Pulso Bisferiens: as duas elevações acontecem antes de B2, o que pode ser percebido quando se palpa o pulso de modo simultâneo com a ausculta cardíaca. É encontrado em condições onde grande volume sistólico é ejetado rapidamente na aorta, sendo mais comum quando existeassociação de regurgitação aórtica grave e estenose aórtica discreta, mas também regurgitação aórtica grave isolada. O primeiro pico corresponde a onda de percussão, relacionada com a ejeção de sangue na aorta, a depressão que se segue é decorrente do efeito Bernoulli nas paredes da aorta ascendente, causando redução súbita da pressão lateral. Essa redução se deve a ejeção rápida de sangue na aorta, o que significa que a contratilidade do VE é normal. Após a depressão do contorno do pulso arterial que reflete a redução da pressão, observa-se o segundo pico devido a onda maré (refletida). Pulso Bífido: A onda de percussão acentuada é também causada pela rápida ejeção de sangue na aorta, imediatamente ao se iniciar a sístole. O declínio do contorno do pulso, na mesossístole, coincide com o instante em que ocorre a obstrução ao fluxo de sangue causado pela estenose subvalvar. Esse declínio é seguido pela segunda onda refletida. Pulso Anacrótico: O duplo pico sistólico causado por entalhe acentuado no ramo ascendente da onda de pulso (entalhe anacrótico). Distingue-se do pulso bisferiens por ser um pulso de pequena amplitude, de elevação lenta. É reconhecido em alguns pacientes com estenose aórtica. Unidade 03 – Pulso 23 Este material é parte integrante do curso online “Avaliação dos Sinais Vitais” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Pulso Dicrótico: Há um pico na sístole e o segundo na diástole (onda dicrótica após B2). Pode acontecer em indivíduos normais com resistência periférica reduzida por condições como a febre. É também reconhecido na insuficiência circulatória devido a insuficiência cardíaca grave, choque hipovolêmico e tamponamento cardíaco em indivíduos jovens. 3.3.4 Pulso com Variação Rítmica da Amplitude Existem três tipos de pulso arterial em que esse fenômeno acontece, são denominados pulso paradoxal, alternante e bigeminal. Pulso Paradoxal: constitui um exagero da redução fisiológica da diminuição da pressão arterial sistólica durante a inspiração. É característico de tamponamento cardíaco, mas também pode ser detectado em pacientes com enfisema, asma, pericardite constritiva, embolia pulmonar, ICC, cardiopatias entre outros. Pulso alternante: os batimentos ocorrem a intervalos constantes mas com uma alternância regular do pico depressão de pulso. Ocorre em função de uma contração ventricular prematura e indica depressão grave da função do ventrículo. Pulso Bigeminal: é provocado por batimentos prematuros ventriculares, ocorrendo uma vez a cada dois batimentos. Após o batimento prematuro vem uma pausa compensatória, a qual é seguida por um pulso mais forte. O primeiro batimento, mais forte, se deve à contração ventricular em resposta ao ritmo sinusal e o segundo, mais fraco, ao ritmo ectópico. Atualização em Enfermagem 24 Este material é parte integrante do curso online “Avaliação dos Sinais Vitais” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 3.4 LOCAIS DE AFERIÇÃO Os locais utilizados para mensuração da frequência de pulso são: (POTTER; PERRY, 2010). Temporal: acima do osso temporal da cabeça, acima do e lateral ao olho; Carótida: ao longo da extremidade medial do músculo esternocleido mastoideo no pescoço; Apical: 4º a 5º espaços intercostais na linha clavicular média esquerda (com estetoscópio); Braquial: sulco entre os músculos bíceps e tríceps na fossa antecubital; Radial: no pulso do antebraço, na lateral radial ou no lado do polegar; Ulnar: no lado ulnar do pulso do antebraço; Femoral: abaixo do ligamento inguinal, a meio caminho entre a sínfise púbica e a espinha ilíaca anterossuperior; Poplíteo: atrás do joelho na fossa poplítea; Tibial posterior: lado interno do tornozelo, abaixo do maléolo medial; Artéria dorsal do pé: ao longo da parte de cima do pé, entre a extensão dos tendões do dedo maior. Uma avaliação do pulso radial inclui a medida de sua frequência, ritmo, força e igualdade. Ao auscultar o pulso apical, avalia-se apenas a frequência e o ritmo (POTTER; PERRY, 2010). Normalmente ocorre um intervalo regular entre cada pulso ou batimento cardíaco. Um intervalo interrompido por um batimento precoce ou tardio, ou por um batimento perdido, indica um ritmo anormal ou disritmia (POTTER; PERRY, 2010). A força ou amplitude de um pulso reflete o volume de sangue ejetado contra a parede arterial a cada contração cardíaca e a condição do sistema vascular arterial levando ao local de pulsação. Pode ser fraca, forte, imperceptível ou limitada (POTTER; PERRY, 2010). O pulso de ambos os lados do sistema vascular periférico devem ser acessados para avaliar a sua igualdade, onde se comparam as suas características (POTTER; PERRY, 2010). Unidade 03 – Pulso 25 Este material é parte integrante do curso online “Avaliação dos Sinais Vitais” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). O técnico de enfermagem deve possuir conhecimentos sobre os limites de normalidade do pulso para cada idade, pois assim saberá intervir em cada procedimento que o paciente/cliente necessitar. Para uma correta palpação dos pulsos, pode-se seguir tal roteiro: a. Usar a polpa digital do 2º e 3º dedo de uma das mãos. b. Evitar usar a polpa do polegar pela possibilidade da percepção do próprio pulso oriundo das artérias que irrigam esta extremidade. c. De início, deve-se procurar o pulso radial, pela maior facilidade e praticidade. Avaliar: Frequência cardíaca – em 1 minu t o cons ecu t ivo ( ev i t a r pa lpa r po r poucos segundos e fazer multiplicações para estimativa em 1 minuto) Regularidade – regular, irregularmente regular, irregularmente irregular Formato da onda de pulso d. Avaliar simetria dos pulsos, palpando-os bilateralmente simultaneamente. e. Palpar os pulsos periféricos: temporal, braquial, radial, ulnar, poplíteo, tibial posterior e pedioso. f. Palpar os pulsos centrais: carotídeo e femoral. g. O pulso carotídeo é o que mais representa o pulso aórtico. Atualização em Enfermagem 26 Este material é parte integrante do curso online “Avaliação dos Sinais Vitais” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). h. Atentar para o formato do pulso normal: i. O pico é facilmente sentido, a incisura dicrótica raramente é percebida. j. Palpar simultaneamente pulso radial e femoral k. Palpar pulso simultaneamente à avaliação de pulso venoso jugular, ictuse ausculta cardíaca. 3.5 VARIAÇÕES ACEITÁVEIS DA FREQUÊNCIA CARDÍACA VARIAÇÕES ACEITÁVEIS DA FREQUÊNCIA CARDÍACA Idade Frequência cardíaca (bpm) Lactente Infante (Toddler) Pré-escolar Escolar Adolescente Adulto 120 - 160 90 - 140 80 - 110 75 - 100 60 - 90 60 - 100 3.6 TERMINOLOGIAS Normocardia: frequência cardíaca normal; Bradicardia: frequência cardíaca abaixo do normal; Taquicardia: frequência cardíaca acima do normal; Bradisfigmia: pulso fino e bradicárdico; Raquisfigmia: pulsofino e taquicárdico. Unidade 03 – Pulso 27 Este material é parte integrante do curso online “Avaliação dos Sinais Vitais” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 3.7 MATERIAL UTILIZADO PARA VERIFICAÇÃO DO PULSO (MOZACHI, NELSON, 2011) Relógio 3.8 TÉCNICA PARA REALIZAR A AFERIÇÃO Mãos previamente lavadas; Cumprimente e explique o procedimento ao paciente; Colocar o paciente em posição confortável, sentado ou deitado, porém sempre com o braço apoiado e com a palma da mão voltada para baixo; Com os dois dedos (indicador e médio) da mão, localizar a artéria radial na face interna do punho, do lado do polegar; Quando sentir a artéria, pressionar levemente contra o osso (rádio) e contar os batimentos durante um minuto inteiro; Registrar os valores no prontuário. De acordo com estudos, a frequência cardíaca é avaliada pela sensação ondular palpada em artérias periféricas, produzida pelas contrações ventriculares em um minuto. No adulto, encontra-se normalmente na faixa de 60-100 batimentos por minuto. Conforme proposto, a observação, pelo enfermeiro, de aspectos comportamentais e fisiológicos é imprescindível para a identificação de alterações patológicas. Mesmo diante dos empecilhos verbais para uma ampla interpretação dos sintomas relatados pelo paciente, a análise de sinais fisiológicos associados, na forma de taquicardia, aumento da pressão arterial, taquipneia, palidez, sudorese ou alterações da tensão muscular pode ser sugestiva de respostas pós-operatórias inadequadas. Atualização em Enfermagem 28 Este material é parte integrante do curso online “Avaliação dos Sinais Vitais” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 04 RESPIRAÇÃO Outro sinal vital relevante é a respiração, mecanismo que o corpo utiliza para trocar gases entre a atmosfera e o sangue e entre o sangue e as células, definida como a troca gasosa (oxigênio e gás carbônico) efetuada entre o organismo e o meio externo, verificada pelos movimentos respiratórios de inspiração e expiração (PORTO e VIANA, 2010; SANTOS e VIANA, 2008). Ao se verificar a respiração de qualquer cliente/paciente, o técnico de enfermagem consegue realizar assistência quando ocorre qualquer alteração, com cuidados simples, como a elevação da cabeceira do paciente em posição de Fowle (posição semi-sentada, 45º), com o objetivo de proporcionar uma melhor ventilação ao paciente, facilitando a realização da troca gasosa. Este mecanismo envolve (POTTER; PERRY, 2010): Ventilação: a movimentação de gases para dentro e para fora dos pulmões; Difusão: a movimentação do oxigênio e do dióxido de carbono entre os alvéolos e as hemácias; Perfusão: a distribuição das hemácias para os capilares sanguíneos e a partir deles. Durante a avaliação da frequência respiratória, não se deve permitir que o paciente saiba, pois a consciência da avaliação pode alterar a frequência e profundidade deste parâmetro. Alguns fatores influenciam a característica da respiração (POTTER; PERRY, 2010): Exercício; Dor aguda; Ansiedade; Tabagismo; Unidade 04 – Respiração 29 Este material é parte integrante do curso online “Avaliação dos Sinais Vitais” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Posição corporal; Medicações; Lesão neurológica; Função da hemoglobina. A avaliação dos valores de frequência respiratória é baseada na quantidade de ventilações apresentadas na pessoa durante um minuto. Tais valores são aceitáveis quando, no adulto, esses resultados se mostram na faixa de 14-18 movimentos respiratórios por minuto (mrpm) para homens e 16-20 (mrpm) para mulheres. 4.1 RITMOS RESPIRATÓRIOS Taquipnéia: respiração rápida e superficial. Diversas condições podem cursar com taquipnéia, tais como síndromes restritivas pulmonares (derrames pleurais, doenças intersticiais, edema pulmonar), febre, ansiedade, etc. Hiperpnéia: aumento da frequência respiratória com ao aumento da amplitude dos movimentos respiratórios. Pode estar presente em diferentes situações tais como acidose metabólica, febre, ansiedade. Bradipnéia: redução do número dos movimentos respiratórios, geralmente abaixo de oito incursões por minuto. Pode surgir em inúmeras situações, tais como presença de lesões neurológicas, depressão dos centros respiratórios por drogas. Pode preceder a parada respiratória. Atualização em Enfermagem 30 Este material é parte integrante do curso online “Avaliação dos Sinais Vitais” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Apnéia: interrupção dos movimentos respiratórios por um período de tempo prolongado. Pacientes com síndrome da apnéia do sono podem permanecer sem respirar durante minutos, cursando com hipoxemia acentuada e riscos de arritmias cardíacas e morte. Indivíduos em apnéia necessitam de suporte respiratório ou progredirão para óbito. Respiração suspirosa: entrecortada por suspiros freqüentes, promovendo desconforto e fadiga ao paciente. Origem relacionada a conflitos emocionais. As mensurações objetivas do estado respiratório incluem a frequência e a profundidade da respiração e o ritmo dos movimentos ventilatórios (POTTER; PERRY, 2010). VARIAÇÕES ACEITÁVEIS DA FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA Idade Frequência (irpm) Recém-nascido Lactente Criança pequena (2 anos) Criança Adolescente Adulto 30-60 30-50 25-32 20-30 16-19 12-20 Unidade 04 – Respiração 31 Este material é parte integrante do curso online “Avaliação dos Sinais Vitais” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Alterações no padrão respiratório (POTTER; PERRY, 2010) Alteração Descrição Bradipneia FR é regular, porém anormalmente lenta (< 12 irpm). Taquipneia FR é regular, porém anormalmente rápida (> 20 irpm). Hiperpneia A respiração é difícil, com profundidade e frequência aumentadas (> 20 irpm). Normalmente ocorre com o exercício. Apneia A respiração cessa durante vários segundos. Quando está para é persistente, resulta em retardo respiratório. Hiperventilação A frequência e a profundidade respiratórias aumentam. Algumas vezes ocorre hipocapnia. Hipoventilação FR é anormalmente lenta e a profundidade da ventilação está deprimida. Algumas vezes ocorre hipercapnia. Respiração de Cheyne-Stokes A frequência e a profundidade respiratórias são irregulares, caracterizadas pelas alternações de períodos de apneia e hiperventilação. O ciclo respiratório começa com respiração lenta e superficial que aumenta gradualmente a um frequência e profundidade anormais. O padrão se reverte, a respiração se torna lenta e superficial, chegando ao clímax com uma apneia antesdo recomeço da respiração. Respiração de Kussmaul A respiração é anormalmente profunda, regular e de alta frequência. Respiração de Biot A respiração é anormalmente superficial para duas ou três respirações seguidas de um período irregular de apneia. Atualização em Enfermagem 32 Este material é parte integrante do curso online “Avaliação dos Sinais Vitais” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Material utilizado para verificação da Frequência Respiração (MOZACHI, Nelson, 2011): 1. Relógio 2. Técnica: 3. Mãos previamente lavadas; 4. Reunir o material; 5. Não deixar o paciente perceber que está observando seu movimento respiratório. Contar visualmente ou colocando-se a mão sobre o tórax (pegue o pulso do paciente como uma maneira de simular a tomada de pulso, mas na realidade olhe para o tórax do paciente para contar o numero de respirações durante um minuto); 6. Contar quantas incursões respiratórias por minuto (irpm); 7. Lavar as mãos; 8. Registrar os valores no prontuário. Unidade 05 – Pressão Arterial 33 Este material é parte integrante do curso online “Avaliação dos Sinais Vitais” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 05 PRESSÃO ARTERIAL A temperatura, o pulso e a respiração são essenciais, assim como a pressão arterial, para a verificação dos sinais vitais. Denominam-se pressão arterial a força exercida pelo sangue circulante sobre as paredes das artérias, que depende da força de contração do coração, da quantidade de sangue circulante e da resistência das paredes dos vasos sanguíneos. O pico máximo de pressão no momento em que a ejeção ocorre é a pressão sistólica. Quando os ventrículos relaxam, o sangue que permanece nas artérias exerce uma pressão mínima ou pressão diastólica. A diferença entre as pressões sistólica e diastólica é a pressão de pulso. A unidade padrão para medir a PA é dada em milímetros de mercúrio (mmHg) (POTTER; PERRY, 2010). Os valores da pressão arterial podem ser tecnicamente mensuráveis com o auxílio de esfignomanômetros e estetoscópios. Conforme consta na VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, as medidas de PA, em pessoas a partir de 18 anos, são satisfatórias quando a pressão arterial sistólica (PAS), que demonstra a contração miocárdica, apresenta- se em valores entre 130-139 mmHg e a pressão arterial diastólica (PAD), que representa o relaxamento cardíaco no enchimento de sangue pelo coração, oscila em até 85-89 mmHg. Segundo Portela e Correa (2007); Santos e Viana (2008), Porto e Viana (2010) e Silva e Silva (2010), essa pressão é obtida por meio de valores, como a pressão sistólica ou máxima (é o pico máximo da pressão devido à ejeção sanguínea), e pressão diastólica ou mínima (quando os ventrículos relaxam, o sangue permanece nas artérias exercendo uma pressão mínima contra as paredes arteriais em todos os momentos). Ao se realizar a aferição da pressão arterial, podem-se observar alterações fisiológicas correspondentes a cada situação que o individuo apresente. Algumas alterações levam ao aumento da pressão arterial e são comuns conforme o hábito de vida de cada pessoa, como o sedentarismo, o fumo, o uso contínuo do álcool, má alimentação, ansiedade, dor, entre outros. Ocorre com menor frequência, a sua diminuição como, por exemplo, em casos de desnutrição, de jejum prolongado, de calor excessivo, entre outros. Outro dado importante para o técnico de enfermagem, ao se verificar esse parâmetro, é perceber se o paciente/cliente está realizando a autoadministração de anti-hipertensivos, ou se necessita Atualização em Enfermagem 34 Este material é parte integrante do curso online “Avaliação dos Sinais Vitais” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). iniciar o tratamento para hipertensão arterial, devendo, assim ser orientado a procurar um médico. A alteração mais comum da PA é a hipertensão, que muitas vezes é assintomática, sendo a principal fator por trás das mortes por acidente vascular encefálico e é um fator contribuinte para o infarto agudo do miocárdio (POTTER; PERRY, 2010). Ocorre hipotensão quando a pressão sistólica cai para 90 mmHg ou menos. Apesar de alguns adultos terem PA normalmente baixa, para a maioria das pessoas pode ser um achado anormal associado à doença. A hipotensão ortostática ou postural ocorre quando uma pessoa normotensa apresenta sintomas e pressão baixa ao se mover para uma posição mais elevada (POTTER; PERRY, 2010). 5.1 ATORES QUE AFETAM A pressão arterial não é constante e muitos fatores influenciam-na como, por exemplo (POTTER; PERRY, 2010): Idade; Estresse; Etnia; Sexo; Ritmo circadiano; Medicações; Atividade e peso; Tabagismo. Os procedimentos de medida da pressão são simples e de fácil realização, contudo, nem sempre são realizados de forma adequada. Pode ser realizada pelo método indireto com técnica auscultatória com uso de esfigmomanômetro de coluna de mercúrio ou aneroide devidamente calibrados, ou com técnica oscilométrica pelos aparelhos semiautomáticos digitais de braço validados estando também calibrados (POTTER; PERRY, 2010). Unidade 05 – Pressão Arterial 35 Este material é parte integrante do curso online “Avaliação dos Sinais Vitais” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 5.2 VARIAÇÕES DA PRESSÃO ARTERIAL CLASSIFICAÇÃO DA PA (> 18 anos) V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2006 (SBC, SBN, SBH) CLASSIFICAÇÃO PAS (mmHg) PAD (mmHg) Ótima 120 80 Normal 130 < 85 Limítrofe 130 – 139 85 – 89 HIPERTENSÃO Estágio I (leve) 140 – 159 90 – 99 Estágio II (moderado) 160 – 179 100 – 109 Estágio II (grave) ≥ 180 ≥ 110 Sistólica isolada 140 90 O valor mais alto de sistólica ou diastólica estabelece o quadro hipertensivo. Quando as pressões sistólicas situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação do estágio. 5.3 LOCAIS DE AFERIÇÃO Atualização em Enfermagem 36 Este material é parte integrante do curso online “Avaliação dos Sinais Vitais” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 5.4 TIPOS DE MEDIDORES DE PRESSÃO ARTERIAL (ESFIGMOMANOMETRO) MISSOURI ANEROIDE - COM APOIO PARA MESA, INSTALAÇÃO EM PAREDES OU COM PEDESTAL SOBRE BASE COM RODÍZIOS DESLIZANTES DE BAIXO RUIDO. Unidade 05 – Pressão Arterial 37 Este material é parte integrante do curso online “Avaliação dos Sinais Vitais” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29).
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