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MÓDULO 06 – FISIOLOGIA HUMANA AULA 01 – SISTEMA DIGESTÓRIO HUMANO O sistema digestório é responsável por quebrar (digerir) os alimentos ingeridos até moléculas pequenas o suficiente para serem absorvidas e entregues ao sangue. Note que o sistema digestório é um longo tubo contínuo que inicia na boca e termina no ânus. É claro que existem válvulas que impedem o retorno do alimento, desta forma o alimento impulsionado por movimentos peristálticos anda em um único sentido, exceto em condições anormais, como o vômito. Órgãos do sistema digestório humano em sequência: BOCA – FARINGE – ESÔFAGO – ESTÔMAGO – INTESTINO DELGADO (DIVIDIDO EM DUODENO, GEJUNO E ÍLEO) – INTESTINO GROSSO – RETO - ÂNUS. Existem glândulas que embora não façam parte desse tubo digestório, estão anexadas a ele, auxiliando na digestão, são elas: GLÂNDULAS SALIVARES - PÂNCREAS - FÍGADO. A digestão pode ser dividida em dois tipos; - Digestão mecânica: ação mecânica para triturar e assim diminuir os alimentos. - Digestão química: ocorre com ação enzimática. Vamos ver o que ocorre em cada porção do sistema digestório. Boca - Ocorre digestão mecânica pela mastigação e química pela insalivação. - A mastigação ocorre graças aos dentes, diminuindo os alimentos e favorecendo a ação de enzimas. - Nossa espécie possuí dentes diferentes, com funções diferentes, como você pode ver na imagem abaixo. - A língua é um órgão muscular relacionado a algumas funções, como: sentir gosto (paladar) e textura (tato) dos alimentos. Além disso, esse órgão auxilia na produção de saliva a partir da sensação do gosto dos alimentos. É importante também na hora da deglutição (engolir). - A saliva é produzida pelas glândulas salivares (parótidas, submandibular e sublingual). - A saliva possui PH 7,0. Ela é constituída por: - Muco (glicoproteínas) – lubrifica o alimento. - Amilase salivar (ptialina) – quebra o amido em maltose. - A saliva também protege a boca contra bactérias patogênicas. Após o processo de digestão, engolimos (deglutição) o alimento. Faringe - Comunica a boca com a laringe e com o esôfago, nessa região existe uma válvula que impede que o alimento entre na laringe (sistema respiratório). Essa válvula é chamada de epiglote e é constituída por cartilagem. - Repara que se você engolir e respirar ao mesmo tempo, o alimento cai na traquéia, você se engasga. Esôfago - É um canal que liga a faringe até o estômago. Possui aproximadamente 25 centímetros. A partir daqui ocorrem movimentos ondulatórios chamados de movimentos peristálticos, que empurram o bolo alimentar em uma única direção. - A comunicação entre o esôfago e o estômago se dá pelo esfíncter cárdio (ou esfíncter esofágico inferior). Os esfíncteres são anéis musculares que relaxam para a passagem do bolo alimentar na direção correta, mas se fecham para evitar o retorno do alimento. Estômago - É um órgão oco, constituído por musculatura lisa e epitélio de revestimento simples. - Células glandulares em seu epitélio produzem três tipos de secreção: - Células parietais secretam o ácido clorídrico (HCl): torna o suco gástrico ácido (em torno de PH 2,0), o que possibilita a ação de enzimas digestivas nesse órgãos e ainda auxilia na degradação do bolo alimentar. - Células principais secretam enzimas digestivas: a principal enzima digestiva nesse órgão é a pepsina que digere inicialmente as proteínas. Perceba que a pepsina é secretada inicialmente na sua forma inativa (pepsinogênio), ela só é ativada na ação do ácido clorídrico. - Células mucosas secretam o muco: o muco protege o epitélio estomacal. - Outra enzima presente no suco gástrico é a renina, que provoca a coagulação da caseína, a principal proteína do leite, fazendo ela permanecer por mais tempo no estômago, otimizando sua digestão (essa enzima é mais abundante em bebês). - Após a digestão no estômago o bolo alimentar se transforma em uma substância branca chamada quimo (isso ocorre pela ação das enzimas), no chamado quimificação. - O quimo passa do estômago para o intestino delgado por um esfíncter chamado piloro (ou esfíncter pilórico), que o libera aos poucos. Copie no espaço abaixo o bizu na aula do professor Samuel Cunha Intestino Delgado É dividido em duodeno (primeira porção) e jejuno e íleo (segunda parte). DUODENO - É aqui que ocorre a maior parte da digestão química, pois é onde ocorre a liberação do suco entérico (enzimas produzidas pelo intestino), do suco pancreático (enzimas produzidas no pâncreas) e a bile (sais produzidos no fígado). No suco pancreático existem (principalmente) as seguintes enzimas: - Amilase pancreática: digere amido. - Tripsinogênio: é convertido em tripsina, que digere proteínas. - Quimiotripsina: que digere proteínas. - Lipase: digere lipídios. - Nucleases: digere ácidos nucléicos. Além dessas enzimas, o pâncreas libera bicarbonato de cálcio, que é básico e neutraliza a acidez do quimo, importante para ação dessas enzimas que funcionam em PH aproximadamente 8,0. O pâncreas é uma glândula mista, portanto além de secretar enzimas na luz intestinal, produz também glucagon e insulina que regulam os níveis de açúcar no sangue. A inslunina tira o açúcar do sangue e armazena ele no fígado em forma de glicogênio. O glucagon faz com que esse glicogênio seja quebrado a caia novamente na corrente sanguínea, em forma de glicose. No suco entérico existem (principalmente) as seguintes enzimas: - Maltase, sacarase e lactase: atuam na digestão de carboidratos. - Peptidases: atuam na digestão de peptídeos (proteínas). - Nucleases: atuam na digestão de ácidos nucléicos. - Enteroquinase: ativa o tripsinogênio liberado pelo pâncreas, transformando-o em tripsina que digere outras proteínas, diferentes das digeridas pela pepsina. Na bile não existem enzimas, mas também existem substâncias importantes: - Sais biliares: atuam como detergente, promovendo a emulsificação de gorduras, aumentando a superfície de contato e auxiliando a ação de lípases. - Na bile também existem colesterol e bilirrubina, resíduos da destruição de glóbulos vermelhos. O fígado é um órgão grande e muito importante. Perceba que ele produz a bile, mas não libera imediatamente, ela fica armazenada na vesícula biliar. Além disso, o fígado possui dezenas de funções, entre elas o armazenamento de glicose na forma de glicogênio, síntese de algumas proteínas e lipídios, transformação de amônia em uréia, metabolismo do álcool, venenos, drogas etc. Algumas pessoas podem adquirir cálculos biliares (pedra na vesícula biliar), tendo que remover a vesícula. Nesse caso ocorre uma maior dificuldade na digestão de lipídios, pois a bílis é liberada constantemente e em pouca quantidade no duodeno. Perceba que agora ocorreu a digestão de carboidratos, proteínas, lipídios e ácidos nucleicos. Portanto o alimento passa a ser chamado de quilo (quilificação). O quilo é composto por monossacarídeos, aminoácidos, ácidos graxos, glicerol e nucleotídeos. Além desses nutrientes que surgiram pela digestão do alimento, existem outros que não sofrem digestão: água, vitaminas, celulose e sais minerais. O quilo segue para a segunda porção do intestino. JEJUNO E ÍLEO - É a maior parte do intestino delgado (até 6 metros). - A parede intestinal é formada por uma camada de células em contato com capilares. - Essas células do epitélio possuem especializações do tipo microvilosidades, que aumentam a superfície de contato, maximizando a absorção. - Além das microvilosidades, o jejuno e íleo possuem vilosidades (vilos), que são dobras (rugas) intestinais, que também aumentam a superfície de contato. - As substâncias podem ser absorvidas por difusão simples, facilidada ou ainda transporte ativo. - O que não é absorvido segue o fluxo intestinal chegando agora no intestino grosso. Intestino Grosso - Mede aproximadamente 1,5 metro. - O ceco é a primeira região, e onde está o apêndice. - No intestino grosso existem muitas bactérias importantes, que produzem substâncias como vitaminas K e B12, riboflavina, tiamina entre outras. (A microbiota intestinal é importante, inclusive para evitar que outras bactérias patogênicas se instalem nessa região). - É no intestino grosso onde ocorre a absorção de água e sais minerais, de modo que ao final desse intestino, serão formadas as fezes, que entram agora no reto. Reto - É onde ocorre o armazenamento temporário das fezes. Ânus - Esfíncter que evita a saída indesejada das fezes. - O sorete (bolo fecal, falando bonito) sai geralmente no vaso sanitário, esse processo é chamado defecação. AULA 02 - SISTEMA RESPIRATÓRIO HUMANO Essa aula é complementar ao sistema circulatório, pois de nada adianta o sangue circular se a pessoa não inalar gás oxigênio e eliminar dióxido de carbono. - A função do sistema respiratório é realizar essas trocas gasosas. As vias respiratórias são, em ordem: CAVIDADES NASAIS – BOCA – FARINGE – LARINGE – TRAQUÉIA – PULMÕES (ONDE ESTÃO OS BRÔNQUIOS, BRONQUÍOLOS E ALVÉOLOS) Cavidades nasais: o ar entra pelo nariz, é filtrado (pelos e muco) e aquecido. Boca: o ar entra, mas não é filtrado nem aquecido. Faringe: é comum ao sistema digestório. Leva o ar até a laringe. Laringe: É onde estão as cordas (pregas) vocais, que a partir de movimentos geram sons. A laringe possui cartilagem que impedem que ela feche. Quando você tranca a respiração, você fecha as pregas vocais. Traqueia: é um tubo que carrega o ar até os brônquios. Internamente possui um tecido epitelial com células ciliadas e glândulas que produzem muco (células caliciformes), o muco e os cílios empurram impurezas para fora dos pulmões. Além disso, a traquéia possui anéis cartilaginosos, que impede seu fechamento. Brônquios: após a primeira ramificação da traquéia chamamos de brônquios, são anatomicamente iguais a traquéia. Bronquíolos: surgem após a primeira ramificação dos brônquios. Eles não possuem anéis de cartilagem. Alvéolos pulmonares: são pequenos “sacos” com parede fina onde ocorrem as trocas gasosas por difusão. Eles são revestidos por capilares sanguíneos. O nome da troca gasosa é hematose. Pulmões - São dois pulmões, o direito possui 3 lóbulos, o esquerdo apenas dois (é menor pois divide espaço com o coração) - Os pulmões são envolvidos por uma membrana chamada pleura. Como o ar entra nos pulmões? - O movimento dos músculos diafragma e intercostais permitem a entrada e saída do ar nos pulmões. - A entrada e saída do ar é chamada de ventilação pulmonar. - Na inspiração ocorre o aumento do volume da caixa torácica devido a ação dos músculos diafragma e intercostais. Isso diminui a pressão interna do ar, fazendo o ar entrar. - Na expiração os músculos relaxam, diminui o volume da caixa torácica, aumenta a pressão interna fazendo o ar sair dos pulmões. - Músculos do abdômen também auxiliam na respiração. Trocas gasosas - Ocorre nos alvéolos por difusão simples, os gases passam de onde tem mais concentração de gás para onde tem menos, isso serve para o O2 ou CO2. - Após a hematose o sangue pobre em O2 fica rico em O2, passa a ser chamado de sangue arterial. - O sangue transporta o gás oxigênio pela hemoglobina (principalmente), o pigmento vermelho presente nas hemácias. Quando o O2 se liga na hemoglobina a chamamosela de oxiemoglobina, que é instável. - O CO2 também pode se ligar a hemoglobina formando a carboemoglobina, mas menos de 25% do CO2 é carregado dessa forma, a maior parte está dissolvida no plasma na forma de íons bicarbonato. Esses íons são formados com a reação entre a água e o CO2, o que origina ácido carbônico, tornando o sangue ácido (quanto mais CO2, mais ácido). Perceba o bizu a seguir. Regulação da respiração - Embora a respiração seja parcialmente voluntária, é impossível trancar a respiração por tempo muito longo (antes de morrer você vai respirar). - A parte involuntária da respiração é controlada pelo bulbo, no tronco encefálico. - Quando o sangue se torna ácido pela elevação de concentração de ácido carbônico no sangue, ocorre um estímulo do bulbo para aumentar a frequência respiratória (mecanismo principal). - Outro mecanismo atua na frequência da respiração, concentrações baixas de O2 estimulam receptores presentes na artéria aorta, que mandam informações para o bulbo, gerando aumento na frequência respiratória. Efeito da altitude - Quanto maior a altitude, menor a concentração de gás oxigênio. Por isso uma pessoa exposta a grandes altitudes acabam produzindo mais hemácias para suprir a falta de O2. Aumento na freqüência respiratória também ocorre, principalmente no inicio da exposição. Asfixia por monóxido de carbono (CO): essa molécula possui grande afinidade pela hemoglobina, formando um composto estável (carboxiemoglobina) o que gera a perda dessa hemoglobina. Se a exposição a esse gás for prolongada pode causar asfixia e morte. A principal fonte do CO vem da queima dos combustíveis nos automóveis. Para manter o sistema respiratório saudável devemos fazer exercícios e principalmente evitar o tabagismo, pois ele lança partículas que comprometem as trocas gasosas e podem induzir ao câncer. O tabagismo pode provocar também o enfisema pulmonar, doença crônica que compromete as trocas gasosas nos alvéolos. A dica é: não fume e faça exercícios. AULA 3 – SISTEMA CIRCULATÓRIO (CARDIOVASCULAR) HUMANO Lembre-se que possuímos um sistema circulatório fechado, duplo e completo. É importante você rever a aula de tecido conjuntivo sanguíneo, pois agora estudaremos os órgãos e o funcionamento do sistema circulatório, no qual está presente o sangue. As funções do sistema circulatório estão associadas principalmente ao transporte de substâncias: gases (O2 e CO2), nutrientes, células de defesas, resíduos, hormônios, calor, etc. Os órgãos presentes nesse sistema são, na ordem da circulação, a partir do coração até o seu retorno a esse órgão: CORAÇÃO – ARTÉRIAS – ARTERÍOLAS – CAPILARES - VÊNULAS – VEIAS Vamos falar da função de cada um deles: Coração O coração é um órgão muscular que possui uma função principal: fazer o sangue circular. Ele é como uma bomba, que inicia a funcionar antes da gente nascer e só para quando a gente morre. - Sua localização é no centro do peito, levemente voltado para esquerda. - Internamente possui quatro cavidades: dois átrios e dois ventrículos. - A válvula tricúspide (ou valva atrioventricular direita) comunica o átrio direito com o ventrículo direito. - A válvula bicúspide (mitral ou valva atrioventricular esquerda) comunica o átrio esquerdo com o ventrículo direito. - Perceba que essas válvulas garantem o fluxo unidirecional do sangue. - As valvas que impedem que o sangue retorne das artérias para o coração são chamadas de valvas semilunares (também chamadas de valva tronco pulmonar e valva da aorta). - O coração é um órgão formado por tecido muscular estriado cardíaco. A esse músculo damos o nome de miocárdio. Internamente (nas cavidades) esse músculo é revestido por uma membrana chamada endocárdio. Por fora o coração é envolvido pelo pericárdio, constituído por três camadas membranosas: a mais interna é chamada de epicárdio, está intimamente ligado às células do coração e está separada das outras duas por uma fina camada líquida, permitindo um deslizamento do coração a cada batida, evitando o desgaste do coração. - É importante você ficar atento a seguinte informação: a parede do ventrículo esquerdo é a mais grossa, pois é dela que parte o sangue que vai para o corpo inteiro, portanto deve ter mais força. Vamos falar dos vasos sanguíneos Artérias - Recebem o sangue que sai do coração e levam aos pulmões ou ao resto do corpo. - As artérias recebem o sangue com muita pressão, e por isso possui uma parece espessa e muito elástica, formada por três camadas: endotélio (túnica interna) formada por epitélio simples; camada mediana (túnica média) formada por tecido muscular liso e conjuntivo elástico; e a camada mais externa (túnica adventícia, formada por tecido conjuntivo fibroso. - As artérias se ramificam até vasos cada vez mais finos, chamados então de arteríolas. - As arteríolas entregam o sangue para os capilares. Capilares - São vasos muito finos constituídos apenas por uma camada de células, pois é por eles que ocorre a troca gasosa, de nutrientes, excretas etc., com os tecidos do corpo. - Perceba que os capilares recebem sangue rico em oxigênio das artérias, e entregam sangue pobre em oxigênio para as veias. Veias - São os vasos sanguíneos que levam o sangue até o coração. - Como elas recebem o sangue dos capilares após ter passado por todo corpo, recebem ele com uma pressão muito pequena e, portanto, não precisam ter uma resistência tão grande como as artérias. - As veias que recebem sangue dos capilares são muito finas, chamadas de vênulas. - Elas possuem as mesmas camadas das artérias, mas essas camadas são mais finas. - No interior das veias existem válvulas que impedem o retorno do sangue. Defeitos nessas válvulas podem gerar varizes (veias varicosas). - Na região das panturrilhas possuímos o chamado coração auxiliar. Cada vez que damos um passo a musculatura se contrai empurrando o sangue das veias, que só podem andar em uma direção. Isso facilita a circulação. - BIZU: te liga que nem toda artéria carrega sangue arterial (rico em O2) e nem toda veia carrega sangue venoso (pobre em O2) como único exemplo são as artérias que lavam sangue do coração aos pulmões e as veias que levam o sangue dos pulmões ao coração (veias e artérias pulmonares). Circulação sanguínea - O sangue pobre em oxigênio chega ao coração pelas veias cavas (são duas, a superior e a inferior), desembocando no átrio direito. - Veja por onde o sangue passa: átrio direito -> ventrículo direito –> pulmões –> átrio esquerdo –> ventrículo esquerdo –> artéria aorta –> corpo. - No corpo o sangue continua a circulação: artérias –> arteríolas –> capilares –> vênulas –> veias –> coração. - O sangue arterial é representado em vermelho, o sangue venoso em azul. - O que permite a circulação do sangue é o batimento do coração: a contração é chamada de sístole, o relaxamento de diástole. - Enquanto os átrios estão em sístole, os ventrículos estão em diástole. - Esse movimento somado as valvas permite a circulação em um único sentido do sangue. - Cada batida e relaxamento é chamada de ciclo cardíaco ou batimento cardíaco. - A quantidade de batimentos por minuto é chamada de freqüência cardíaca. O normal é em torno de 70 vezes por minuto para uma pessoa em repouso. - O batimento cardíaco independe do sistema nervoso, mas a sua frequência pode ser controlada por ele. - Isso porque o coração possui células que se auto-estimulam: células marca-passo, concentradas em uma região chamada de nodo sinoatrial. - Se essas células estão desreguladas pode ocorrer arritmia cardíaca, para correção existe o marca-passo artificial, que regula os batimentos artificialmente. Pressão arterial - É a pressão exercida pelo sangue nas artérias. - Para uma pessoa saudável o normal é12mmHg/8mmHg. A maior é a pressão sistólica, a menor diastólica. - A pressão elevada é chamada de hipertensão, e acarreta riscos ao sistema circulatório, uma vez que pode causar o rompimento de artérias (derrame) e até mesmo danificar os rins. Aterosclerose - É o acumulo de placas de gorduras nas artérias. Se artérias do coração ficam com placas de gorduras, pode causar o infarto agudo do miocárdio, pois interrompe o fluxo sanguíneo no órgão. - Para evitar aterosclerose devemos manter hábitos saudáveis, como exercícios e uma alimentação balanceada. Existe também o fator genético. Sistema linfático - Além do sistema circulatório que carrega o sangue, possuímos outro sistema circulatório, que carrega a linfa. Ele retira o acumulo de líquidos nos tecidos a leva para o sangue. Na linfa também existem células de defesa. - Os vasos linfáticos, assim como as veias, possuem válvulas que impedem o retorno da linfa. A movimentação depende de movimentos de músculos esqueléticos, por isso a grande importância de nosso corpo movimentar. - No sistema linfático também existem linfonodos, regiões dilatadas que produzem linfócitos. Elas ficam inchadas (ínguas) em caso de infecção, pois estão ativas produzindo essas células de defesa. AULA 4 – SISTEMA LOCOMOTOR ESQUELÉTICO E MUSCULAR Esta aula é um complemento da aula de tecido muscular e tecido ósseo. - A locomoção em nossa espécie ocorre pela interação entre ossos e músculos. - As funções do sistema locomotor são: locomoção, movimentos e proteção. Músculos - São órgãos constituídos basicamente de tecido muscular. - Possui função de contração: pode ser voluntária ou involuntário (rever aula de tecido muscular). - Em nosso corpo existem mais de 650 músculos estriados esqueléticos (voluntários). - Alguns são muito pequenos e delicados, como os que movimentam os olhos. - As extremidades dos músculos estriados esqueléticos são geralmente afilados e terminam em tendões, que se ligam aos ossos. - Quando esse músculo se contrai, diminui o seu tamanho e puxa os ossos nos quais estão ligados. - Quando você relaxa um músculo ele não possui a capacidade de empurrar novamente esse osso. Portanto existe outro músculo atuando junto, com movimento antagônico. Veja o exemplo dos músculos do bíceps: - A contração muscular esquelética se dá a partir de um estímulo nervoso, enviado por sinapse neuromuscular, o neurotransmissor liberado é a acetilcolina. - Cada célula muscular (fibra) se contrai no chamado tudo ou nada, isto é, ou se contrai completamente, ou não se contrai. - A intensidade da contração muscular ocorre de acordo com o número de células musculares ativadas. - A contração pode ser isotônica ou isométrica - Contração isotônica: o músculo contraído encurta. - Contração isométrica: embora o músculo esteja contraído, ele não encurta (imagine você tentando levar algo pesado de mais, você não consegue levantar, mas seu músculo está contraído. Manter a postura também envolve músculos com contração isométrica. Esqueleto - É constituído por ossos e cartilagens. - O esqueleto tem função de proteção e locomoção. Além disso, faz reserva de cálcio e abriga tecidos formadores de células. - Os ossos se prendem aos músculos por tendões, podem estar unidos a cartilagens ou ligamentos. - Uma articulação óssea é o local onde dois ossos fazem contato. - Algumas articulações são móveis, outras são fixas como as do crânio. - Perceba que entre articulações existe cartilagem, permitindo um deslizamento suave entre os ossos. - Quando a articulação é móvel existe ligamento fazendo a união dos ossos. - O esqueleto pode ser dividido em dois grandes grupos: axial e apendicular - Esqueleto axial: formado pelo crânio, coluna vertebral e caixa torácica. - Esqueleto apendicular: ossos dos membros inferiores e superiores (braços e pernas). AULA 5 – SISTEMA URINÁRIO HUMANO - É responsável por retirar impurezas do sangue e eliminar juntamente com a urina. - Os órgãos do sistema urinário, em ordem, são: DOIS RINS – DOIS URETERES – BEXIGA – URETRA Rins - Fazem a filtração do sangue, formando a urina. Estão ao lado da coluna vertebral, na porção posterior do abdômen. Acima dos rins estão as glândulas supra-renais (ou adrenais). - É a artéria renal que leva o sangue até os rins. Ela se ramifica até chegar aos néfrons (cada rim pode ter 1 milhão de néfrons) - O néfron é um tubo envolto por capilares. Ele é dividido em cápsula renal (glomerular), túbulo contorcido proximal, alça de Henle (ou néfrica), túbulo contorcido distal e ducto coletor. Com os capilares - O rim possui uma estrutura central chamada de pelve renal, que coleta a urina e envia para os ureteres. - Os ureteres são canais que conduzem a urina até a bexiga. - A bexiga armazena a urina temporariamente. Após a bexiga tem a uretra. - A uretra leva a urina para o meio externo. Como ocorre a formação da urina? - A urina é formada no néfron e pode ser dividida em três etapas: filtração glomerular, reabsorção tubular e secreção tubular. Vamos entender - O sangue chega com alta pressão aos rins por arteríolas que se enrolam formando o glomérulo; - Uma grande quantidade de líquido é captada pela cápsula renal (glomerular); - O líquido passa a ser chamado de filtrado glomerular (contém sais, uréia e outras moléculas dissolvidas em grande quantidade de água); - Moléculas grandes não passam pela cápsula glomerular, mas outras pequenas como vitaminas e sais, passam; - Agora ocorre a reabsorção de partículas importantes para nosso corpo, como as vitaminas e sais minerais; - Essa reabsorção é chamada de reabsorção tubular e ocorre no túbulo contorcido proximal. - A reabsorção pode ser por transporte passivo ou ativo (glicose, aminoácidos e alguns sais); - A reabsorção torna o filtrado glomerular hipotônico em relação ao plasma sanguíneo; - Devido a isso, grande quantidade de água é reabsorvida por osmose. - A reabsorção de água vai até a alça descendente da alça de Henle (néfrica); - Na porção ascendente, a reabsorção para. Inclusive por ser uma região mais espessa e impermeável; - Porém nessa região ocorre a reabsorção de Na + e Cl - por transporte ativo. - No túbulo contorcido distal ainda ocorre reabsorção de Na + por transporte ativo; - Algumas substâncias mesmo não estando presentes no filtrado devem ser excretadas, são portanto secretadas por capilares ao longo dos túbulos renais por transporte ativo (chamamos de secreção tubular, e atua em direção oposta da reabsorção); - Nos ductos coletores ainda pode ocorrer reabsorção de água; - A urina chega à pelves renal, cai nos ureteres e segue para bexiga. Regulação da produção de urina Alguns hormônios atuam nessa regulação. - ADH (hormônio antidiurético): é liberado quando precisamos diminuir a produção de urina, por exemplo quando bebemos pouca água, evitando assim a desidratação. É liberado pela hipófise. - O ADH atua no túbulo contorcido distal e no ducto coletor, aumentando significativamente a reabsorção de água. - Álcool ou cafeína, por exemplo, diminuem a produção do ADH, por isso a pessoa acaba produzindo muita urina (isso pode gerar a ressaca, depois de tomar todas em uma festa). - Aldosterona: regula o equilíbrio osmótico no sangue, aumentando a reabsorção de sódio. É produzido nas glândulas adrenais. - Se a pessoa está com baixa pressão arterial, os rins liberam a renina, que é uma enzima que catalisa a formação da angiotensina no sangue, que por sua vez estimula a produção de aldosterona, que como dito acima, aumenta a reabsorção de sódio e aumenta a pressão arterial, por aumentar a reabsorção de água. Pode também aumentar a sensação de sede. - Se a pessoa está com pressão alta a renina não é formada. Nesse caso o ADH também não é produzido, para a pessoa eliminar mais água na urina, diminuir o volume de sangue e assim baixar a pressão arterial. Hemodiálise - É um método de filtração artificial do sangue. É para pacientes com insuficiência renal. AULA 6 – SISTEMA NERVOSO É importante você ter assistido a aula de tecido nervoso, pois as aulas são complementares. - O sistema nervoso é constituído por encéfalo (dentro do crânio) e medula (dentro da coluna vertebral) além de nervos e gânglios periféricos. - Os neurônios são as células responsáveis por traduzir os estímulos e conduzi-los em impulso nervoso. - O encéfalo possui diferentes regiões com funções diferentes (veremos em seguida). - O sistema nervoso pode ser dividido em sistema nervoso central e sistema nervoso periférico. Sistema nervoso central: - Encéfalo: integração dos estímulos sensoriais, emoções, memória, pensamento etc. - Medula espinal: condução dos impulsos nervosos entre terminações nervosas e o encéfalo, além dos atos reflexos. Sistema nervoso periférico: - Nervos e gânglios: condução dos impulsos nervosos entre órgãos receptores e o sistema nervoso central (ida e volta). SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC) - Formado pelo encéfalo e medula espinal. - É protegido pelo crânio (encéfalo) e pelas vértebras (medula espinal). - O SNC é revestido por três membranas (meninges): - Dura-máter: mais externa, espessa e resistente. - Aracnoide: intermediária, delicada e semelhante a uma teia de aranha. - Pia-mater: é frágil, altamente vascularizada. Faz contato direto com o SNC. - O encéfalo é subdividido em cérebro (telencéfalo - hemisférios cerebrais e diencéfalo - tálamo e hipotálamo), cerebelo e tronco encefálico. Cérebro: relacionado a interpretação dos estímulos sensoriais, memória, pensamento, respostas motoras. Na porção externa estão os corpos celulares dos neurônios, o que confere a coloração típica do órgão. Na porção interna estão os axônios com a bainha de mielina. Cerebelo: relacionado ao equilíbrio e coordenação muscular (motora). Tronco encefálico: conecta o encéfalo à medula espinal. Participa de algumas funções somáticas como pressão arterial, freqüência cardíaca e respiração (bulbo). Dividido em mesencéfalo, ponte e bulbo. Medula espinal: longo tubo, contínuo ao tronco encefálico. Os neurônios passam ao longo dela conduzindo impulsos entre encéfalo e periferia. É responsável também pelo ato reflexo (logo iremos estudar). Ao longo da medula partem nervos. SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP) - É formado por gânglios e nervos. - Um nervo corresponde a um feixe de axônios envolvidos por tecido conjuntivo. Os nervos podem ser cranianos (partem do encéfalo), ou espinais (partem da medula). - Um gânglio é uma reunião de corpos celulares fora do sistema nervoso central (formam pequenas dilatações). É por onde ocorrem as sinapses. - Um neurônio pode ser sensitivo (ou aferente) quando conduz o impulso do órgão sensitivo até o SNC. Ou pode ser motor (eferente), quando conduzem do SNC até os órgãos executores. Essa classificação serve para os nervos. - Alguns nevos podem ter as duas funções, são chamados então de mistos. - As divisões do sistema nervoso periférico são: - Divisão somática: nervos e gânglios relacionados aos movimentos voluntários, ou seja, relacionados a musculatura estriada esquelética. - Divisão autônoma: nervos e gânglios relacionados com movimentos automáticos e involuntários, ou seja, relacionada a músculo cardíaco e liso. Vamos nos aprofundar: DIVISÃO AUTÔNOMA - O sistema periférico autônomo, pode enviar dois tipos de respostas: simpática ou parassimpática. - Essa divisão é anatômica e funcional. - A resposta simpática é transmitida por nervos originários da região torácica e lombar da medula espinal, com gânglios próximos a medula espinal (neurotransmissor geralmente na junção neuromuscular é a noradrenalina). Na resposta parassimpática o impulso chega aos nervos que se originam no tronco encefálico e na região sacral da medula espinal, os gânglios estão dentro ou muito perto dos órgãos inervados (na junção neuromuscular, o neurotransmissor é a acetilcolina). - Os órgãos inervados pelo sistema nervoso autônomo (na maioria) apresentam os dois tipos de nervos: simpáticos e parassimpáticos. - Cada um deles provoca uma ação antagônica, estimulando ou inibindo a atividade do órgão. - Em resumo, as respostas simpáticas estão relacionadas a preparação do corpo para alguma emergência, como o mecanismo de luta ou fuga. Ex. dilatação das pupilas, inibição da digestão, aumento da glicose no sangue, aumento da concentração, elevação da pressão arterial etc. - Em resumo as respostas parassimpáticas estão relacionadas ao relaxamento e digestão. Isso inclui o sono após uma refeição. Contrai as pupilas, ativa a digestão, reduz a glicose e concentração, diminui a pressão arterial. - Perceba que uma lesão na medula espinal pode provocar o comprometimento da movimentação voluntária dos membros. Quando mais acima for a lesão, maior o comprometimento. DIVISÃO SOMÁTICA É responsável pela interpretação das informações sensoriais enviadas pelos órgãos dos sentidos, e sua integração com memória e elaboração de respostas para cada situação. Essas respostas podem ser por atos voluntários, como aguardar o apito do juiz para cobrar um pênalti: o som do apito é captado e traduzido para impulso nervoso pelo ouvido interno. Nervos sensitivos enviam esse impulso da medula até o córtex cerebral, que interpreta o som e elabora a resposta motora, enviando o sinal para os nervos motores, que sinalizam aos músculos para ativarem seu movimento. Resposta medular: ATO REFLEXO - São respostas musculares involuntárias. É uma defesa para nosso corpo. - Se você toca em uma panela quente, retira a mão rapidamente, antes mesmo de pensar e saber o que houve. - Acompanhe a aula com a imagem abaixo. AULA 7 – SENTIDOS Os animais conseguem perceber o meio ambiente a partir dos sentidos. Isso é fundamental para regulação e controle do comportamento. Eles são: tato, paladar, olfato, audição e visão TATO - Diferente dos outros sentidos, não está concentrado em uma única região do corpo. Está presente em praticamente toda superfície do corpo apresentando mecanorreceptores, esses são capazes de perceber variações na pressão e informar ao sistema nervoso central. - Os corpúsculos de Meissner respondem a pressões suaves. - Os cospúsculos de Ruffini respondem a fortes pressões. - Os corpúsculos de Pacini são sensíveis a vibrações e pressões profundas. - Os discos de Merkel percebem toques leves. - Além desses, outras terminações estão presentes como as terminações nervosas livres que podem ser estimuladas e funcionam como receptores de dor. PALADAR (GUSTAÇÃO) - Na língua existem pequenas saliências, chamadas de papilas linguais (ou gustativas), onde estão presentes quimiorreceptores responsáveis por receber o “gosto” e a partir de neurônios sensitivos enviarem ao SNC. - Para isso alguma substância química deve estimular essa região. - Após chegar ao SNC essa informação é interpretada em gosto: doce, salgado, amargo, azedo (ácido) e umami. OLFATO - São quimiorreceptores localizados no epitélio inferior das cavidades nasais. Eles percebem substâncias voláteis presentes no ar inalado. - Depois de estimulado o nervo olfatório envia sinais para o cérebro, que interpreta o estímulo e gera a sensação do odor. - O olfato se une ao paladar para dar o gosto completo do alimento. AUDIÇÃO - Formado pela orelhas externa, média e interna. - Orelha externa: capta as vibrações sonoras e leva até o meato acústico, que vaio até a membrana do tímpano. O meato possui células que secretam cera, importante para a proteção da orelha. - Orelha média: uma pequena cavidade óssea que se comunica com a faringe através da tuba auditiva. Isso mantém equilibrada a pressão interna e externa do ouvido. A orelha média possui três ossículos (martelo, bigorna e estribo) que atuam como amplificadores da vibração entre o tímpano e a orelha interna. - Orelha interna: é formada pela cóclea, estrutura óssea em forma de espiral e por ductos semicirculares, responsável pelo equilíbrio da postura. Na cóclea existem mecanorreceptores que capturam vibrações do meio externo e encaminham os impulsos nervosos até o cérebro, que interpreta o estímulo. VISÃO - Os olhos são especializados em captar estímulos luminosos, eles ficam alojados nas órbitas, estruturas ósseas, e protegidos pelas pálpebras (pele). Existem glândulas lacrimais que possuem função de lubrificação e bactericida. - O olho é formado por duas membranas: esclera e corioide (oi coróide). E pela retina (onde estão as células fotorreceptoras). - Esclera (esclerótica) é a camada mais externa, de cor branca e muito resistente. É formada por tecido conjuntivo, onde estão ligados três pares de músculos responsáveis pelos movimentos do olho. Na porção anterior da esclera está a córnea, membrana transparente que permite a passagem da luz. Atrás da córnea está a íris, estrutura circular e colorida, formada por músculos, que regulam a passagem da intensidade luminosa através da pupila, o orifício central. Atrás da íris existe uma lente biconvexa (cristalino), que é formada por pequenos músculos que se adaptam para auxiliar no foco da imagem sobre a retina. - A corioide está interna à esclera, é bastante vascularizada. O bulbo do olho é formado por um líquido gelatinoso chamado humor vítreo. O espaço formado entre a córnea e a lente é preenchido pelo humor aquoso. - Os raios luminosos passam pela córnea, pelo humor aquoso e pela lente, onde sofrem refração. São então direcionados a retina. - Na retina existem dois tipos de células fotorreceptoras: os cones, que percebem as diferentes cores e os bastonetes, que percebem intensidade luminosa. - Quando estimuladas essas células fotorreceptores enviam o estímulo para o cérebro a partir do nervo óptico. AULA 8 – SISTEMA ENDÓCRINO Além do sistema nervoso, nosso corpo pode se comunicar por mensageiros químicos que viajam pelo sangue: são os hormônios. Hormônios são substâncias químicas produzidas e liberadas por determinadas células, atuando sobre outras células, modificando o seu funcionamento. - As células que produzem hormônios geralmente estão reunidas formando órgãos: as glândulas endócrinas. Perceba que são apenas as glândulas endócrinas, pois elas não possuem dutos (como as exócrinas), liberam a secreção diretamente no sangue (rever aula de tecido epitelial). - Os hormônios são específicos, atuando nas células-alvo, pois essas possuem receptores hormonais em sua membrana plasmática ou citoplasma. - Os hormônios podem ser de natureza lipídica ou proteica. - Além de atuarem em órgãos não endócrinos, alguns hormônios podem atuar sobre outras glândulas endócrinas, comandando a secreção de outros hormônios. Hormônios que atuam sobre outras glândulas endócrinas são chamados de hormônios trópicos. Esses hormônios são produzidos pela adenoipófise, são eles: tireoideotrópico, adrenocorticotrópico e gonadotrópico. - Alguns órgãos atuam secundariamente como endócrinos, não são glândulas propriamente ditas. É o caso do coração, estômago, intestino delgado e rins. - O hipotálamo, região do encéfalo também produz hormônios. - Um hormônio pode atuar estimulando ou inibindo outra secreção, veja o esquema na aula e copie no espaço abaixo. A seguir falaremos das principais glândulas endócrinas e sua principal função. Hipófise (ou pituitária) Localizada no centro da cabeça, na base do crânio. Possui o tamanho de uma ervilha, está ligada ao hipotálamo. Apresenta dois lobos, o anterior (adenoipófise) e o posterior (neuroipófise). Apenas a adenoipófise produz hormônios. Hormônios: - Adrenocorticotrópico (ACTH) – atua sobre as adrenais no controle hídrico do corpo. - Tireoideotrópico (TSH) – atua sobre a glândula tireóidea, aumenta o metabolismo. - Folículo estimulante (FSH) – no homem contribui para a espermatogênese. Na mulher estimula os folículos ovarianos. - Luteinizante (LH) – atua sobre as gônadas, estimulando seu desenvolvimento. No homem estimula a produção de andrógenos, sobretudo a testosterona. Nas mulheres está relacionado à ovulação. - Hormônio do crescimento (GSH) ou Somatotropina – Estimula o crescimento. O excesso pode ocasionar gigantismo, a falta o nanismo. Em adultos, o excesso pode causar crescimento anormal em algumas regiões, como mandíbula, mãos e pés (condição conhecida como acromegalia). - Prolactina – estimula a produção e secreção de leite. Promove a secreção de progesterona. Hipotálamo É uma região do cérebro que produz hormônios, esses ou ficam armazenados na neuroipofise ou atuam sobre a adenoipofise, estimulando ou inibindo sua secreção. Perceba que ele faz uma interação entre sistema nervoso e endócrino. Hormônios: - Ocitocina – estimula a contração uterina durante o parto (inclusive médicos aplicam esse hormônio para na mãe, durante o parto, como auxilio). Esse hormônio também atua na contração da musculatura lisa das glândulas mamárias, auxiliando na amamentação. É armazenado na neuroipófise. - Hormônio antidiurético (ADH ou vasopressina) – estimula a reabsorção de água pelos ductos coletores dos rins, deixando a urina mais concentrada. A falta desse hormônio causa a diabetes insípido, quando a pessoa produz uma grande quantidade de urina, o que provoca muita sede, podendo causar também muito apetite e até perda de força muscular. Glândula tireóidea Está localizada na porção anterior do pescoço, é estimulada pelo hormônio tireoideotrópico (TSH) produzido pela hipófise. Hormônios - Tiroxina (T4) e triiodotironina (T3) – para que ocorra a produção desses hormônios é necessária a ingestão de iodo (rever a aula de sais minerais), a carência de iodo pode causar um aumento dessas glândulas, condição conhecida por bócio. A função desses hormônios é atuar no metabolismo, se em excesso causam hipertireoidismo (a pessoa fica muito ativa). Se são insuficientes a pessoa fica com hipotireoidismo (muito cansada). Para evitar o bócio é adicionado iodo ao sal de cozinha. O Hipotireoidismo na infância pode causar o cretinismo, uma rara deficiência mental, e nanismo. - Calcitonina – estimulando a deposição de cálcio nos ossos, se esse está abundante no sangue. Glândula paratireóideas Dois pares de glândulas pequenas localizadas na face posterior da tireóide. Hormônios - Paratormônio (hormônio paratireoideano) – aumenta o teor de cálcio no sangue, quando ele está em baixa concentração. É antagônico a calcitonina. Adrenais São duas, uma sobre cada um dos rins. São formadas por duas regiões: cortical (periférica) e medular (central). Hormônios No córtex - Glicocorticoides – está relacionado ao metabolismo de carboidratos, aumentando o nível de glicose no sangue, e atuam como anti-inflamatórios. - Mineralocorticoides (principal é a aldosterona) – atuam na concentração dos níveis de sódio e potássio no sangue, interferindo na retenção ou perda de água no corpo. Na medula - Adrenalina – acelera os batimentos cardíacos, aumenta a taxa de glicose no sangue. Aumenta a atenção, diminui atividades digestivas. - Noradrenalina – causa a vasoconstrição generalizada do corpo. Pâncreas É uma glândula mista, a região endócrina equivale as ilhas pancreáticas (ilhotas de Langerhans). Hormônios - Insulina – reduz a concentração de glicose no sangue, estimulando seu armazenamento no fígado, em forma de glicogênio. Sua falta causa diabetes melito (I ou II). - Glucagon – faz o efeito contrário da insulina. Glândula pineal (epífise) É uma pequena glândula situada na base do cérebro. Hormônios - Melatonina – regula o ciclo circadiano, regulando o sono. Interfere também no sistema imunitário, hormonal e nervoso. Timo Órgão linfóide, importante na defesa. No adulto é vestigial. Hormônios - Timosina e timopoietina – atuam na maturação de linfócitos T. Fígado Glândula anexa ao sistema digestório com diversas funções. Hormônios - Somatomedina – atua sobre o hormônio do crescimento. Estimula o crescimento. Rim Órgão do sistema urinário. Hormônios - Renina e Diidroxicolecalciferol – estimulam o córtex adrenal, aumentam a pressão arterial, interferem na absorção de cálcio e na calcificação óssea. Coração Órgão do sistema cardiovascular. Hormônios - Fator natriurético (ANF) – atuam sobre os rins, aumentando a excreção de sódio e o volume de água na urina. Estômago Órgão do sistema digestório Hormônios - Gastrina – estimula a secreção do suco gástrico. Duodeno Região do intestino delgado. Hormônios - Secretina – estimula a secreção do suco pancreático e inibe a motilidade do estômago. - Colecistocinina – estimula a secreção da bile e secreção de enzimas pancreáticas. Também inibe a motilidade do estômago. - Enterogastronas – inibe a motilidade gástrica. Testículos Gônadas masculinas Hormônios - Testosterona – hormônio sexual masculino. Na puberdade regula os caracteres sexuais secundários e estimula a espermatogênese. Aumento da musculatura por aumentar a síntese de proteínas nesse órgão. Ovários Gônadas femininas. Interagem com hormônios gonadotrópicos dando origem ao ciclo menstrual. Hormônios - Estrógeno – hormônio sexual feminino. Na puberdade dá origem aos caracteres sexuais secundarias femininos. Durante o ciclo menstrual estimula o crescimento do útero (endométrio). - Progesterona – hormônio sexual feminino. Mantém o endométrio desenvolvido, quando em baixa ocorre a menstruação. Placenta Hormônios - Gonadotropina coriônica (HCG) – estimula a produção de progesterona, que mantém a gravidez. Ele começa a ser formado logo no inicio da formação da placenta. Pessoal, na aula vamos discutir um pouco sobre drogas.
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