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Profª: Ticiana Nunes Moscardini Email: ticiana.moscardini@fadergs.edu.br 1 Liderança, Cultura e Comportamento Organizacional A análise da cultura organizacional de qualquer organização, em especial das grandes companhias, ou de estruturas complexas, deve ser realizada levando em consideração as diferenças existentes no ambiente interno entre os diferentes subgrupos existentes. A organização que valoriza e entende a complexidade dessa realidade, a diferença existente em seu próprio seio de valores, crenças e atitudes, poderá recorrer a qualquer desses subgrupos para superar uma fase crítica. DIAS (2013, p. 156) SUBCULTURAS ORGANIZACIONAIS • De modo geral, a cultura organizacional aparece de forma fragmentada. • As organizações não possuem uma cultura homogênea, mas sim múltiplas culturas, que compartilham da ideologia dominante. • Estão unidas, forte ou fracamente por uma cultura geral (elementos compartilhados). • As subculturas existem porque possuem valores diferentes que competem entre si e que criam um mosaico de realidades organizacionais. • Diferem bastante entre si, havendo relacionadas a grupos profissionais, de trabalho específicos, de departamentos ou setores, etc. • Há diversos modos de desenvolver: grupos sociais, étnicos, raciais ou religiosos. DIAS (2013, p. 156-158) FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A FORMAÇÃO DE SUBCULTURAS ORGANIZACIONAIS Acesso aos recursos limitados Experiências diferentes de seus integrantes Diferentes funções e tarefas realizadas pelos diferentes grupos ou departamentos Diferenças de status. Há diferentes níveis hierárquicos nas organizações Características demográficas: etnia, raça, sexo, idade, etc. Origem diferenciada e nível de formação dos membros A natureza da organização Interação social frequente Experiências compartilhadas Características pessoais similares DIAS (2013, p. 160) AS SUBCULTURAS PROFISSIONAIS E OCUPACIONAIS Advogados, engenheiros e médicos tendem a compartilhar atitudes, normas e valores de forma mais intensa com o seu campo profissional. Os indivíduos desses grupos tenderão a ter uma dupla lealdade: para com a cultura profissional e para com a organização a que pertence. DIAS (2013, p. 165) “De modo geral, a subcultura atua numa escala hierárquica dentro da organização subordinada à cultura organizacional dominante”. Muita força dentro das organizações Sem força dentro das organizações DIAS (2013, p. 167) A RELAÇÃO ENTRE A CULTURA ORGANIZACIONAL DOMINANTE E AS SUBCULTURAS INDEPENDÊNCIA: Quando a cultura tem total autonomia em relação à cultura mais geral, mantém forte coesão interna e mantém a produtividade elevada, o que a mantém com prestígio dentro da organização; não entra em conflito, mas também não apoia a ideologia predominante. APOIO: A subcultura se identifica plenamente com a cultura mais geral, embora tenha sua própria identidade. CONFLITO: Quando a cultura não apoia a ideologia da cultura mais geral e procura abalar seus alicerces questionando seus valores, crenças e normas. Trata-se de uma situação perigosa para a organização e que precisa ser resolvida com rapidez, pois pode minar a unidade interna. É comum em casos de fusões. DIAS (2013, p. 167-169) “Os departamentos das empresas tendem a gerar subculturas forte, pois os funcionários, ao serem agrupados levando em conta as funções exercidas, tendem a reunir pessoas que têm interesses ocupacionais ou profissionais semelhantes”. Dias (2013, p. 169) QUANDO A SUBCULTURA SE TORNA CONTRACULTURA CONTRACULTURA – São grupos ou subgrupos que rejeitam aquilo que a organização representa. QUANDO A SUBCULTURA SE TORNA CONTRACULTURA CONTRACULTURA – São grupos ou subgrupos que rejeitam aquilo que a organização representa. 11 P ri n ci p ai s si n to m as d o su rg im en to d e co n tr ac u lt u ra s Inexistência de intercâmbio, comunicação formal ou informal entre as subculturas Os valores fundamentais da subcultura está acima dos valores compartilhados pela organização As subculturas manifestam traços de exclusão Tensão existente entre as subculturas DIAS (2013, p. 171) 12 “A permanência de contraculturas organizacionais constitui uma fonte de problemas para os gestores, pois se trata de grupos contrários à cultura dominante que procuram de todas as maneiras desacreditar os membros de outras subculturas e sabotar o desenvolvimento de iniciativas que visam fortalecer a missão e os valores que predominam. Não há meio- termo nessa questão, deve-se enfrentar o problema o mais breve possível, identificar suas raízes, quando do seu surgimento, e avaliar a forma de eliminá-los”. DIAS (2013, p. 171) 13 A FORMAÇÃO DE GUETOS NAS CULTURAS ORGANIZACIONAIS GUETO ORGANIZACIONAL Subculturas isoladas intencionalmente pelos membros da cultura dominante, numa atitude discriminatória que envolve concepções de trabalho e preconceitos em relação a novas propostas. 14 A FORMAÇÃO DE GUETOS NAS CULTURAS ORGANIZACIONAIS 16 A DIVERSIDADE CULTURAL NAS ORGANIZAÇÕES • O aumento do interesse pela diversidade cultural no ambiente organizacional pode ter várias razões: • Aumento da participação das mulheres; • A globalização; • Intensificação da migração da “mão-de-obra”; • Aumento do número de idosos; • A incorporação de diversos grupos com necessidades especiais; • Gênero, idade, cultura e área funcional. DIAS (2013, p. 173) 17 A DIVERSIDADE CULTURAL NAS ORGANIZAÇÕES • Exige novos métodos de gestão que respondam de modo mais eficaz; • A diversidade de culturas e subculturas dificultam enormemente a possibilidade de uma unidade na definição de diferentes políticas e conceitos; • Exige administração (gestão) de problemas como: conflitos de interesses intergrupais, discriminação, diminuição do ritmo de trabalho, falta de objetividade, dificuldade nas tomadas de decisão; • A diversidade deve ser gerenciada para se transformar em impulsionadora de produtividade e competividade; • Quanto maior, maior a probabilidade de encontrar diferentes visões de mundo e de problemas específicos – exige atenção; • Exige mudança de estilo de tradição tradicionais em que os empregados eram em um perfil único e uniforme. DIAS (2013, p. 173-175) 18 A DIVERSIDADE CULTURAL NAS ORGANIZAÇÕES • Exige uma política de recursos humanos; • Deve proporcionar às pessoas um ambiente onde possa crescer, sem discriminação, preconceito ou parcialidade; • Uma política de RH que facilite o entendimento, a comunicação intercultural e a mobilidade tanto social quanto organizacional; • A empresa deve formar líderes capazes de entender a riqueza da diversidade; • Não deve estar relacionado a melhoria de imagem; • É preciso trabalhar a resistência dos demais em relação as “cotas”; • Que haja um espaço que permita que os potenciais possam ser explorados e evidenciados DIAS (2013, p. 173-175) 19 20 FONTES PRINCIPAIS DE VANTAGEM COMPETITIVA LIGADAS À DIVERSIDADE CULTURAL AS VANTAGENS DE MARKETING: aumenta a legitimidade da organização entre os clientes potenciais de diversos contextos, além de facilitar o acesso a esses clientes. ESTIMULAR A INOVAÇÃO E A CRIATIVIDADE: a criatividade aumenta quando se reúnem pessoas de diferentes contextos. Um conjunto diferente de indivíduos pode criar, através de sinergias, ideias que superem as que um indivíduo sozinho possa desenvolver. A criatividade está mais presente em equipes heterogêneas, o que confirma a importância da diversidade. UTILIZAR O POTENCIAL AO MÁXIMO:há uma falta de pessoal qualificado em muitos setores. Atrair e conservar os empregados que possuem as habilidades, os conhecimentos e a experiência necessários é o desafio fundamental do século XXI. Isso exige lidar com inúmeros obstáculos da sociedade. DIAS (2013, p. 176-178) 21 “A situação ótima de uma organização que trata corretamente a questão da diversidade cultural é atingir o status de ‘organização multicultural’. [...] A organização multicultural procura ser livre de preconceitos, porque esses criam a discriminação”. DIAS (2013, 184-185) DIVERSIDADE – O CASE DA IBM 22 POR QUE A DIVERSIDADE É TÃO IMPORTANTE PARA O GOOGLE? 23 25 • 1: Qual a importância da gestão da diversidade nas organizações? • 2: Quais as barreiras que impedem as organizações de ampliar e lidar com a diversidade e de incorporar grupos da diversidade (PCD´s, Mulheres, Idosos e Gerações, LGBT´s, Raças e Etnias, Áreas de Trabalho)? • 3: Quais os desafios e oportunidades da diversidade no ambiente organizacional? VAMOS REFLETIR SOBRE.....
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