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09/09/2018 1 Prof. Daniela Barbieri Hauschild 10 de setembro de 2018 Doenças Renais: Doença Renal Crônica Curso de Nutrição Unidade São José DISCIPLINA FISIOPATOLOGIA DA NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA II Plano Programático Contextualização: anatomia e funções do rim; avaliação função renal Doença renal crônica: definição, epidemiologia, sinais e sintomas, fisiopatologia Tratamento conservador: contextualização e dietoterapia Exercício de tratamento conservador Tratamento da fase terminal: contextualização e dietoterapia Hemodiálise Diálise Peritoneal Transplante Fisiopatologia e Dietoterapia 2 Doença Renal Crônica Contextualização Anatomia Localizam-se na região lombar, entre as vértebras L1 e L4 aproximadamente 12 cm de comprimento e pesam entre 125 e 170g nos homens, e 115 e 155 gramas nas mulheres Riella; Martins (2013) Contextualização Anatomia Riella; Martins (2013) Região cortical: Constitui-se de glomérulos, túbulo contorcido Região medular: • Alças de Henle, túbulos coletores Contextualização Néfron: unidade Funcional Cada rim: 1 milhão de néfrons formação urina Néfron = glomérulo + túbulos Túbulo contorcido distal Alça de Henle Túbulo distal Ducto coletor Ocorre destruição no segmento néfron não é mais funcional Mahan; Scott-Stump (2005); Riella; Martins (2013) Contextualização Néfron: unidade Funcional 09/09/2018 2 Contextualização Glomérulo Massa esférica de capilares circundados por uma membrana – cápsula de Bowman Função: produção de ultrafiltrado que será modificado nos segmentos seguintes Mahan; Scott-Stump (2005) O filtrado glomerular é o conteúdo plasmático sem as proteínas Contextualização Glomérulo Contextualização Glomérulo Barreira de filtração glomerular: Permite a passagem seletiva de água e pequenos solutos Parede capilar glomerular funciona como um filtro que permite a passagem de pequenas moléculas mas restringe a de moléculas maiores como albumina propriedades seletivas quanto ao tamanho e carga elétrica Composto por: Endotélio fenestrado do capilar glomerular Lâmina basal (membrana que reveste o capilar) Células epiteliais especializadas (podócitos) Mahan; Scott-Stump (2005) Contextualização Glomérulo Existem alguns fatores que influenciam a seletividade da barreira de filtração glomerular, e os principais são: Peso Molecular: compostos com um peso molecular superior a 5500Da tendem a ficar retidos Carga elétrica: estruturas na barreira de filtração tem uma certa carga negativa, possuindo afinidade por substâncias de carga oposta, positiva. Por esta razão, íons ou outros compostos de carga positiva são incluídos na composição do ultrafiltrado, ao passo que aqueles de carga negativa apresentam uma maior dificuldade, sendo mais retidos Contextualização Túbulos Reabsorvem componentes do ultrafiltrado requer ATP (energia) Produção de urina: variação nas concentrações de sódio, potássio, outros eletrólitos; osmolalidade, pH e volume Mahan; Scott-Stump (2005) Filtração, secreção e reabsorção Substâncias essências ao organismos são reabsorvidas Substâncias em excesso ou tóxicas não são reabsorvidas Essas substâncias também podem ser secretadas Diferentes partes do néfron participam dos processos de reabsorção e secreção de diferentes substâncias Contextualização Túbulos Depuração de glicose: A depuração da glicose é zero, pois (normalmente) ela é totalmente reabsorvida Glicose é reabsorvida por transporte ativo secundário com o sódio (SGLT1 e SGTl2) Na membrana basolateral a glucose sai por transporte passivo (GLUT 1 e GLUT 2) * Depuração: Remoção de impurezas ou de partes heterogéneas de um corpo ou substância 09/09/2018 3 SGLT = sódio-glicose transportador GLUT = glicose transportador 100% Contextualização Túbulos: reabsorção de glicose Contextualização Túbulos Túbulo proximal: reabsorção da maioria dos pequenos solutos: sódio, cloreto, potássio, cálcio e bicarbonato, assim como glicose Alça de Henle: importância na concentração da urina Túbulos distais + túbulos coletores = néfrons distais. Age a aldosterona – reabsorção de sódio e secreção de potássio Hormônio antidiurético – reabsorção de água Fator natriurético – inibe a reabsorção de sódio Riella; Martins (2013) Contextualização Túbulos coletores Urina produzida túbulos coletores comuns e na pelve renal ureter único por rim cada ureter leva urina para bexiga urina se acumula até eliminação Mahan; Scott-Stump (2005) Contextualização Aparelho justaglomerular Situam-se em torno da arteríola aferente e no túbulo contornado distal Percebem a pressão sanguínea da arteríola enquanto as células no túbulo contornado distal ( células da macula densa) percebem a concentração de Na e Cl Essas células produzem - renina Riella; Martins (2013) Contextualização Mahan; Scott-Stump (2005) Funções dos Rins Principal: manter o balanço homeostático com relação a líquidos, eletrólitos e solutos Essa tarefa é realizada pela filtração contínua do sangue Rim recebe 20% do débito cardíaco, o que permite a filtragem de aproximadamente 1600 L/dia Contextualização Funções Outras funções: Manutenção de líquido e das concentrações de eletrólitos e do estado ácido básico: variação na excreção urinária de água, NA, K, Cl, Ca, Mg e P Pressão arterial a longo prazo: produção de renina Regulação do balanço de cálcio e fósforo: metabolismo da vitamina D Maturação de eritrócitos Excreção de metabólitos: ureia, creatinina, ácido úrico ; medicamentos e toxinas 09/09/2018 4 Contextualização Função: formação da urina Contextualização Função: formação de urina Contextualização Função: Sistema renina-angiotensina Controle da pressão arterial Mahan; Scott-Stump (2005) Contextualização Função: Síntese de eritropoetina Deficiência: fator determinante para anemia grave presente em nefropatia crônica Mahan; Scott-Stump (2005) Contextualização Função: Homeostase de cálcio-fósforo Produção da forma ativa da vitamina D Mahan; Scott-Stump (2005) Contextualização Função: Homeostase de cálcio-fósforo Hiperparatireoidismo secundário (↑PTH) Riella; Martins (2013) Desenvolve-se cedo no curso da doença renal crônica como um mecanismo compensatório para controlar as concentrações séricas de cálcio, fósforo e vitamina D hiperestimulação crônica do PTH 09/09/2018 5 Contextualização Função: Hormônio antidiurético (ADH) ou vasopressina Molécula que estimula a retenção de líquido ADH regula a diurese através da reabsorção de água nos ductos coletores Desidratação ADH liberado urina de pequeno volume (< 1L/dia) e alta osmolalidade (até 1200 mOsm/kg) Mahan; Scott-Stump (2005); Riella; Martins (2013) Diabetes insipidus: poliúria e polidipsia - incapacidade de concentração do filtrado urinário, com consequente desenvolvimento de urina hipotônica e aumento de volume urinário uma das causas – deficiência de ADH Contextualização Função: Reguladores da formação da urina Contextualização Como avaliar a função renal? Contextualização Taxa de filtração glomerular (TGF): é a medida da depuração de uma substância que é filtrada livremente pelos glomérulos e não sofre reabsorção ou secreção tubular, por isso é comumente usada como a medida padrão da avaliação da função renal A medida chamada depuração ou clearence de creatinina permite uma avaliação mais precisa da função renal, entretanto, tem suas limitações devido à dificuldade associada à coleta do material Nível da TFG varia com a idade, sexo, e massa muscular Filtra 120 mL/min de sangue Avaliaçãode função renal: TGF Contextualização Avaliação de função renal: taxa de filtração estimada Diferentes fórmulas para a estimativa da FG pelo menos 46 fórmulas diferentes de estimativa da TFG foram publicadas Contextualização Avaliação de função renal: azotemia Ácido úrico + creatinina + ureia = produtos finais do metabolismo proteico Se não forem eliminados apropriadamente = acumulam no sangue azotemia Capacidade do rim de eliminar adequadamente os produtos da excreção nitrogenosa = função renal Mahan; Scott-Stump (2005) 09/09/2018 6 Alterações na micção: normal a cada 4-6 horas Polaciúria: aumento da frequência Urgência miccional Disúria: dor Nictúria: diurese no período da noite, pode ser pela perda da capacidade de concentração da urina Incontinência urinária Retenção urinária Contextualização Avaliação de função renal: dados subjetivos Brasil (2014) Alterações no volume urinário: normal entre 700 a 2000mL Oligúria: volume < 400mL/dia Poliúria: volume >2500mL/dia Anúria: volume < 100mL/dia a zero Contextualização Avaliação de função renal: dados subjetivos Doença Renal Crônica DOENÇA RENAL CRÔNICA Doença Renal Crônica Brasil (2014) Definição Termo geral para alterações heterogêneas que afetam tanto a estrutura, quanto a função renal, com múltiplas causas e múltiplos fatores de prognóstico Lesão do parênquima renal (com função renal normal) e/ou pela diminuição funcional renal presentes por um período igual ou superior a três meses Maior parte do tempo de sua evolução, é assintomática Perda lenta, progressiva e de caráter irreversível da função renal Doença Renal Crônica Definição A Sociedade Brasileira de Nefrologia referendou a definição proposta pela National Kidney Foundation American (NKF), em seu documento Kidney Disease Outcomes Quality Initiative (K/DOQI), que se baseia nos seguintes critérios: Lesão presente ≥ 3 meses, definida por anormalidades estruturais ou funcionais do rim, com ou sem diminuição da TFG, evidenciada por anormalidades histopatológicas ou de marcadores de lesão renal, incluindo alterações sanguíneas ou urinárias, ou ainda de exames de imagem; TFG <60 mL/min/1,73 m² por ≥ 3 meses com ou sem lesão renal. Doença Renal Crônica Definição 09/09/2018 7 Doença Renal Crônica Bastos; Kirsztajn (2011); Marinho et al (2017) Epidemiologia Problema global de saúde pública vem ganhando atenção global Países desenvolvidos: prevalência de 10 a 13% Países em desenvolvimento: dados heterogêneos Variam de acordo com o método empregado na definição da doença Brasil: pelos critérios populacionais: • 3-6 milhões teriam a doença • Aproximadamente 100.000 fazem diálise no Brasil Doença Renal Crônica Fatores de risco Os indivíduos sob o risco de desenvolver DRC são: a) Pessoas com diabetes (quer seja do tipo 1 ou do tipo 2) b) Pessoas hipertensas c) Idosos d) Portadores de obesidade (IMC > 30 Kg/m²) e) Histórico de doença do aparelho circulatório (doença coronariana, acidente vascular cerebral, doença vascular periférica, insuficiência cardíaca) f) Histórico de DRC na família g) Tabagismo h) Uso de agentes nefrotóxicos Doença Renal Crônica Cuppari. Nutrição na doença crônica (2013) Etiologia e fatores de risco HAS e DM- principais causas deve ser feito rastreamento de doença renal crônica em indivíduos de alto risco HAS – responsável por 36% dos casos de DRC > 60 anos e doença cardiovascular também são grandes fatores etiológicos da doença renal crônica Doença Renal Crônica Etiologia e fatores de risco Doença Renal Crônica Cuppari. Nutrição na doença crônica (2013) Etiologia e fatores de risco Alimentação adequada (limitar a quantidade de sal e/ou sódio de toda procedência) Aumentar o consumo de frutas, legumes, verduras, cereais integrais e leguminosas Não tabagismo Atividade física Manter o equilíbrio energético e o peso saudável Controle da glicemia Controle da pressão arterial Doença Renal Crônica Prevenção 09/09/2018 8 Medidas para evitar a progressão da DRC: Controle rigoroso da pressão arterial Reduzir a proteinúria e albuminúria Controle da glicemia (indivíduos com Diabetes Mellitus) Adequar as concentrações séricas de fósforo Ingestão adequada de cálcio e suplementação de vit. D Manter controlado o consumo de proteínas de acordo com a situação da TFG e problemas associados (proteinúria, microalbuminúria, etc) Interromper o tabagismo (ativo ou passivo) Doença Renal Crônica Etiologia e fatores de risco Doença Renal Crônica Estágios Doença Renal Crônica Fisiopatologia Várias nefropatias progridem para DRC terminal: Insulto renais evoluem para esclerose glomerular e atrofia tubular perda da função Doença de caráter progressivo Fatores que desencadeiam a progressão: Hipertensão glomerular Hipertrofia glomerular Precipitação intrarrenal de cálcio Hiperlipidemia Hiperuricemia Acidose metabólica Riella; Martins (2013); Cuppari. Guia de nutrição clínica do adulto. Doença Renal Crônica Riella; Martins (2013); Cuppari. Guia de nutrição clínica do adulto. Fisiopatologia: progressão da doença renal Hipertensão glomerular: aumento da pressão e do fluxo glomerular Perda de néfrons leva a redução da função renal como parte adaptativa: Doença Renal Crônica Riella; Martins (2013); Cuppari. Guia de nutrição clínica do adulto. Fisiopatologia: progressão da doença renal INSULTO Aumento da filtração glomerular dos néfrons remanescentes Modificações e lesão do glomérulo que levam a passagem de macromoléculas (proteína) Essa hiperflitração é lesiva aos néfrons Redução no numero de néfrons remanescentes Aumento da filtração glomerular dos néfrons remanescentes Desencadeia resposta inflamatória redução no numero de néfrons remanescentes Doença Renal Crônica Riella; Martins (2013); Cuppari. Guia de nutrição clínica do adulto. Fisiopatologia: progressão da doença renal Hipertensão glomerular: proteína Carga proteica aumenta a taxa de filtração glomerular restrição na ingestão proteica reduz a TFG Mecanismo ainda não foi bem elucidado sugere-se que restrição de proteina leva a redução na produção de ureia e reduz a fibrose glomerular Efeito mais evidente na proteína de origem animal Proteína de origem vegetal e a clara do ovo: pouco efeito 09/09/2018 9 Doença Renal Crônica Riella; Martins (2013); Cuppari. Guia de nutrição clínica do adulto. Fisiopatologia: progressão da doença renal Hipertrofia glomerular: Hiperfiltração e hipertensão glomerular Estimulam células a produzir citocinas e matriz extracelular Estreitamento de dos lumens capilares Reduz perfusão e filtração glomerular Doença Renal Crônica Fisiopatologia Cuppari. Nutrição na doença crônica (2013) Doença Renal Crônica Sinais e sintomas Cuppari. Nutrição na doença crônica (2013) Doença Renal Crônica Cuppari. Nutrição na doença crônica (2013) Sinais e sintomas Doença Renal Crônica Tratamento Doença Renal Crônica Tratamento Tratamento conservador Tratamento dialítico: Hemodiálise Diálise Peritoneal Transplante renal Riella; Martins (2013) 09/09/2018 10 Tratamento conservador Consiste em controlar os fatores de risco para a progressão da DRC, bem como para os eventos cardiovasculares e mortalidade, com o objetivo de conservar a TFG pelo maior tempo de evolução possível. Pré dialítico: Tratamento pré-diálitico: consiste na manutenção do tratamento conservador, bem como no preparo adequado para o início da terapia renal substitutiva em paciente com DRC em estágios mais avançados. Fasenão-dialítica da DRC compreende usualmente os estágios 2 a 5, com taxas de filtração glomerular (TFG) entre 90 e 15 mL/min/1, 73 m2. Doença Renal Crônica: Tratamento Conservador e Dietoterapia Terapia Nutricional Referências: DITEN. Terapia Nutricional para Pacientes na Fase Não-Dialítica da Doença Renal Crônica. 2011 DITEN. Terapia Nutricional para Pacientes em Hemodiálise Crônica. 2011 DITEN. Terapia Nutricional no Paciente com Insuficiência Renal Crônica em Diálise Peritoneal. 2011 ADA. Chronic Kidney Disease (CKD) Medical Nutrition Therapy (Non- Dialysis). 2010 NATIONAL KIDNEY FOUNDATION - K/DOQI Nutrition and Chronic Renal Failure. American Journal of Kidney Diseases, Vol 35, No 6, Suppl 2 (June), 2000: pp S9-S10 Doença Renal Crônica: Tratamento Conservador e Dietoterapia KDOQI Doença Renal Crônica: Tratamento Conservador e Dietoterapia Terapia Nutricional A DRC, particularmente nas fases mais avançadas (estágios 4 e 5), pode levar a alterações importantes no estado nutricional e no metabolismo Acúmulo de metabólitos tóxicos + perda, ainda que parcial, da função reguladora do equilíbrio hidroeletrolítico redução do apetite, distúrbios gastrintestinais, acidose metabólica, resistência à insulina e inflamação Resultam em diminuição da ingestão alimentar e ao hipercatabolismo DITEN (2011) Doença Renal Crônica: Tratamento Conservador e Dietoterapia Tratamento Conservador DITEN (2011) Doença Renal Crônica: Tratamento Conservador e Dietoterapia Tratamento Conservador DITEN (2011) Objetivos da terapia nutricional: Manter ou reestabelecer o estado nutricional Retardar a progressão da doença e minimizar o acúmulo de compostos nitrogenados Prevenir ou minimizar distúrbios hidroeletrolíticos Doença Renal Crônica: Tratamento Conservador e Dietoterapia 09/09/2018 11 Tratamento Conservador Riella; Martins (2013); KDOQI (2000); DITEN (2011) Energia (kcal/kg) - Peso atual ou ideal, em caso de obesidade ou muito baixo peso Ganho de peso 35-45 Manutenção 30-35 Redução 25 a 30 Proteína (g/kg) - Peso atual Desnutrição 0,8 a 1,0 Manutenção 0,6 a 0,8 (alto valor biológico) 0,3 + aminoácidos essenciais (0,3) ou cetoácidos (0,3) Carboidrato 50 a 65% Lipídios 25 a 35% Necessidades nutricionais: Doença Renal Crônica: Tratamento Conservador e Dietoterapia Tratamento Conservador Riella; Martins (2013); KDOQI (2000); DITEN (2011) Sódio 1 a 3 g * Ideal < 2,4 g/dia Potássio Individualizado – avaliar necessidade de restrição: 1 a 3 g * Ideal < 2,4 g/dia Líquidos Normalmente sem necessidade de restrição Fósforo 800 ou < 1000 mg/kg/dia Cálcio 1000 a 1500 mg * Não mais que 2000 mg/dia Fibras 20 a 30 g Necessidades nutricionais: Doença Renal Crônica: Tratamento Conservador e Dietoterapia Wang et al. (2018) Tratamento Conservador Doença Renal Crônica: Tratamento Conservador e Dietoterapia Tratamento Conservador DITEN (2011) Terapia nutricional: Caso de desnutrição – avaliar a possibilidade de iniciar com suplementação Terapia nutricional via sonda pode ser considerada para pacientes hipercatabólicos Formulas padrão podem ser utilizadas caso seja por < 30 dias Formulas especializadas são necessárias caso seja utilizado por > 30 dias ou atenda a mais que 25% das necessidades Doença Renal Crônica: Tratamento Conservador e Dietoterapia Dieta muito restrita em proteínas (0,3g/kg/d) suplementada com aminoácidos essenciais/cetoácidos: Benefícios: melhora dos sintomas urêmicos, controle da pressão arterial, da acidose metabólica, da sensibilidade à insulina e dos distúrbios do metabolismo mineral ósseo Limitações: dificuldade de adesão à longo prazo - dieta vegetariana controlada, e custo elevado dos suplementos de aminoácidos essenciais ou cetoácidos Tratamento Conservador Doença Renal Crônica: Tratamento Conservador e Dietoterapia CETOÁCIDOS: análogos de aminoácidos essenciais sem o nitrogênio. Fígado nitrogênio disponível é incorporado à cadeia do aminoácido formação do aminoácido essencial equivalente e reduz formação de compostos nitrogenados tóxicos Tratamento Conservador Doença Renal Crônica: Tratamento Conservador e Dietoterapia 09/09/2018 12 Tratamento Conservador Soja: proteína vegetal de alta qualidade Contém um perfil único de aminoácidos podem ter efeitos benéficos sobre a pressão arterual elevada e hiperlipidemia portanto, peptídeos de soja podem afetar a função renal Arginina e glicina - ambos poderiam estar diretamente envolvidos nos processos vasodilatadores Concentração mais baixa de fósforo e sódio na proteína de soja Rafieian-Kopaei et al. (2018) Doença Renal Crônica: Tratamento Conservador e Dietoterapia Tratamento Conservador 7 estudos de coorte Consumo de produtos do leite, especialmente de baixo teor de gordura, pode ter efeitos protetores contra a incidência de DRC/ou sobre o declínio da função renal. No entanto, essa associação pode ser influenciada pelo conteúdo e subtipos dos produtos, o que demanda mais pesquisas de alta qualidade. Doença Renal Crônica: Tratamento Conservador e Dietoterapia Tratamento Conservador 197 pacientes com DRC estagio 3 a 5 0,5 a 0,6 g/kg + cetoácidos – 30 a 35 kcal/kg Melhora na uremia e glicemia sem efeitos deletérios na massa muscular Doença Renal Crônica: Tratamento Conservador e Dietoterapia Tratamento Conservador: Exercício Dados Gerais: Ambulatório Motivo: Insuficiência Renal Crônica – estágio 4 Sexo: Feminino Idade: 55 anos Diagnóstico: Insuficiência Renal Crônica em tratamento conservador Dislipidemia Diabetes tipo 2 Hipertensão arterial sistêmica Histórico pregresso de sobrepeso Doença Renal Crônica: Tratamento Conservador e Dietoterapia História Alimentar: Alteração de apetite recentemente: Não Consumo de água: 3 – 3,5 L/dia Consumo de sal: 1kg/mês + temperos prontos Consumo de açúcar: 3 kg/mês Uso no café Consumo de adoçante: Sim Suco Consumo de óleo: 1 garrafa/mês Local das refeições: em casa Quem prepara: Paciente Utiliza temperos? Sim, industrializados Data Resultado Valores de referência K (mEq/L) 3,3 3,3 a 5,1 Ureia (mg/dL) 142 15 a 39 Creatinina (mg /dL) 2,9 0,6 a 1,0 TGO 16 12 a 38 U/l TGP 24 7 a 41 U/l Colesterol Total 210 Desejável (< 190 mg/dl) Albumina 3,6 3,5 a 5,0g/dl Exames Bioquímicos 09/09/2018 13 Medicamento Função Atenolol Beta-bloqueador / hipertensão Hidroclorotiazida Diurético Atorvastatina Hipercolesterolemia e/ou hipertrigliceridemia e/ou redução HDL Fluoxetina Antidepressivo Omeprazol Úlcera / Esofagite Carbonato de cálcio Impede a absorção de fósforo no intestino Vitamina D Melhora a absorção de Cálcio Medicamentos: Tratamento Conservador: Exercício Avaliação Nutricional: Peso: 61 kg Estatura: 1,58 m Circunferência abdominal: 79 cm Nega alterações da ingestão alimentar Nega alteração de peso Nega redução das atividades diárias Ao exame físico: sem sinais de depleção de massa muscular e adiposa 1 - Elabore um plano nutricional para essa paciente! 2 – Elabore um esquema fisiopatológico Doença Renal Crônica: Tratamento Conservador e Dietoterapia Tratamento: fase terminal Terapia renal substitutiva: hemodiálise e diálise peritoneal Doença Renal Crônica: Tratamento Dialítico e Dietoterapia Cuppari. Nutrição na doença crônica (2013) Tratamento: fase terminal Doença Renal Crônica: Tratamento Dialítico e Dietoterapia Tratamento: fase terminal Doença Renal Crônica: Tratamento Dialítico e Dietoterapia Tratamento: fase terminal Doença Renal Crônica: Tratamento Dialítico e Dietoterapia 09/09/2018 14 Tratamento: fase terminal Doença Renal Crônica: Tratamento Dialítico e Dietoterapia Tratamento: hemodiáliseProcesso no qual um rim artificial (hemodialisador) é usado para depurar o sangue Capaz de remover o excesso de líquido e metabólitos IMPORTANTE: não é capaz de substituir as funções endócrinas dos rins Fístula arteriovenosa Riella; Martins (2013) Doença Renal Crônica: Tratamento Dialítico e Dietoterapia Hemodialisador ou filtro: principio de osmose e difusão Função importante: remoção de líquidos e manutenção de peso seco Cuidado: Excesso de ganho de peso entre as diálises: edema, sobrecarga do coração Remoção de glicose: hipoglicemia Programa: várias vezes na semana: duração de 4h - 3x/semana Riella; Martins (2013) Tratamento: hemodiálise Doença Renal Crônica: Tratamento Dialítico e Dietoterapia Método que usa membrana peritoneal como filtro semipermeável Modalidades: CAPD: diálise peritoneal ambulatorial contínua APD: diálise peritoneal automatizada Riella; Martins (2013) Tratamento: diálise peritoneal Doença Renal Crônica: Tratamento Dialítico e Dietoterapia CAPD: mais comum Realizada em domicilio, após treinamento São feitas interrupções 20 a 30 minutos somente para drenagem e instalação de novo dialisato O dialisato permanece na cavidade peritoneal por aproximadamente 4h durante o dia e cerca de 8h durante à noite Bolsas de dialisato contém cerca de 1, 2 e 2,5L e as concentrações de glicose variam de 1,5; 2,5 e 4,25% Características do dialisato: grande parte da glicose infundida na cavidade peritoneal é absorvida Riella; Martins (2013) Tratamento: diálise peritoneal Doença Renal Crônica: Tratamento Dialítico e Dietoterapia Tratamento: fase terminal Terapia renal substitutiva: transplante Doença Renal Crônica: Tratamento Dialítico e Dietoterapia 09/09/2018 15 Estado Nutricional na DRC Desnutrição na DRC: multifatorial Fase pré-dialítica: desnutrição reflete-se no aumento da mortalidade após início da diálise Hemodiálise: desnutrição proteico-calórica é ainda mais evidente e aumenta significativamente a morbidade e mortalidade Diálise peritoneal: deficiência proteica é mais prevalente Riella; Martins (2013) Doença Renal Crônica: Tratamento Dialítico e Dietoterapia Estado Nutricional na DRC Cuppari; Kamimura (2009) Doença Renal Crônica: Tratamento Dialítico e Dietoterapia Causas de Desnutrição Ingestão alimentar insuficiente Anorexia: - DP – absorção intraperitoneal de glicose e desconforto abdominal - Uremia - Sobrecarga hídrica - Comorbidade - Medicamentos - Infecções - Alteração no paladar: deficiência de zinci - Dietas impalatáveis Riella; Martins (2013) Doença Renal Crônica: Tratamento Dialítico e Dietoterapia Causas de Desnutrição Hipercatabolismo Perdas na diálise Alterações metabólicas - Inflamação - Acidose metabólica - Uremia - Peritonite - Doenças intercorrentes: sepse Estilo de vida sedentário Limitações físicas e psicológicas: depressão, anemia, amputações Riella; Martins (2013) Doença Renal Crônica: Tratamento Dialítico e Dietoterapia Os especialistas em nutrição renal recomendam o termo protein- energy wasting (PEW) para referir-se ao comprometimento do estado nutricional de pacientes com DRC redução nos estoques corporais de proteína e gordura Não pode ser solucionada unicamente por meio da dieta Desnutrição energético- proteica nesses pacientes não refere-se apenas a anormalidades induzidas por uma alimentação inadequada, podendo resultar, também, de processos inflamatórios, doenças intercorrentes, perdas de nutrientes no dialisato e acidemia Desnutrição Doença Renal Crônica: Tratamento Dialítico e Dietoterapia Obesidade: diálise peritoneal Tendência ao ganho de peso, porém com redução de massa magra Ocorre deposição de tecido adiposo na região abdominal glicose pelo dialisato risco de mortalidade cardiovascular Epidemiologia reversa: Pacientes com DRC e maior IMC – menor mortalidade Sobrepeso parece ser protetor em pacientes em hemodiálise Riella; Martins (2013) Doença Renal Crônica: Tratamento Dialítico e Dietoterapia 09/09/2018 16 Avaliação do Estado Nutricional Detectar deficiências de nutrientes Identificar depleção e excesso de massa corporal Investigar principais causas do problema Não há um método único e eficaz devem ser utilizados vários marcadores História Exame físico Medidas corporais Exames laboratoriais Medidas subjetivas Medidas objetivas Riella; Martins (2013) Doença Renal Crônica: Tratamento Dialítico e Dietoterapia Avaliação do Estado Nutricional: história História global: Tipo e estágio da DRC; tipo de diálise Aspectos socioeconômicos Comorbidades: presença e tratamento Presença de infecção e inflamação Atividades diárias Riella; Martins (2013) Doença Renal Crônica: Tratamento Dialítico e Dietoterapia Avaliação do Estado Nutricional: história História nutricional e alimentar: Riella; Martins (2013) Doença Renal Crônica: Tratamento Dialítico e Dietoterapia Apetite, saúde oral, mastigação e deglutição Ingestão alimentar prévia e atual Suplementos alimentos prescritos ou não Uso prévio de suporte nutricional Peso usual, padrão ponderal, histórico de ganho de peso interdialítico, edema Função gastrointestinal Avaliação do Estado Nutricional: exame físico Condição dos cabelos, olhos, lábios, unhas, ossos Reserva de tecido muscular e adiposo Condição funcional Sinais de hidratação e retenção hídrica Condição dos aparatos em caso de suporte nutricional: sonda, cateter Riella; Martins (2013) Doença Renal Crônica: Tratamento Dialítico e Dietoterapia Avaliação do Estado Nutricional: medidas Medidas antropométricas e de composição IMPORTANTE: monitoramento longitudinal Peso: parâmetro importante % de perda ou ganho de peso Peso seco: referência para retirada de líquidos na diálise – usualmente é avaliado ao final de uma sessão de diálise, quando a pressão arterial alcança valores normais Ganho de peso interdialítico: 2 a 4,5% entre as sessões parece ser seguro Riella; Martins (2013) Doença Renal Crônica: Tratamento Dialítico e Dietoterapia Avaliação do Estado Nutricional: métodos compostos ASG Escore de desnutrição-inflamação: MIS Escore para cada item: 0 a 3 Escore total: 0 a 30 Classificação: ≥ 6 Desnutridos < 6 Nutridos Riella; Martins (2013) Doença Renal Crônica: Tratamento Dialítico e Dietoterapia 09/09/2018 17 Hemodiálise e Diálise Peritoneal Estado catabólico por até 2h após a sessão Inflamação, perda de nutrientes, redução na ingestão alimenta favorecem a desnutrição Objetivos da terapia nutricional: Manter ou reestabelecer o estado nutricional Minimizar catabolismo proteico Prevenir ou minimizar distúrbios hidroeletrolíticos DP: minimizar efeitos metabólicos da absorção contínua de glicose DITEN (2011) Doença Renal Crônica: Tratamento Dialítico e Dietoterapia Hemodiálise e Diálise Peritoneal Riella; Martins (2013); KDOQI (2000) Hemodiálise Diálise Peritoneal Energia (kcal/kg) Peso atual ou ideal em caso de obesidade ou muito baixo peso 30 a 35 Inclui a glicose dialisato Manutenção: 25 a 30 Redução: 20 a 25 Ganho: 35 a 40 Proteína (g/kg) 1,1 a 1,2 1,2 a 1,3 Desnutrição/peritonite 1,4 a 1,5 Sódio (g) 1 a 3 1 a 4 (individualizado PA e edema) Potássio (g) 1 a 3 Usualmente não restringe – 2 a 4 Fósforo (mg) 800 a 1000 1000 a 1200 Cálcio (mg) 1000 < 2000 Líquidos 500 a 700 mL + volume urinário em 24h Anúria <1000 mL 1000 a 3000 mL Usualmente não restringe Necessidades nutricionais: Doença Renal Crônica: Tratamento Dialítico e Dietoterapia Hemodiálise e Diálise Peritoneal Terapia nutricional viasonda: indicada para pacientes hipercatabólicos ou inconscientes Fórmulas especializadas: 1,5 a 2,0 kcal/mL – alta densidade energética Baixas em potássio e fósforo Hiperproteica Caso de peritoneal: controle de carboidratos DITEN (2011) Doença Renal Crônica: Tratamento Dialítico e Dietoterapia Hemodiálise e Diálise Peritoneal Carnitina: sintetizada no organismo a partir de dois aminoácidos essenciais, lisina e metionina, exigindo para sua síntese a presença de ferro, ácido ascórbico, niacina e vitamina B6 produção reduzida na DRC e é perdida na diálise Transporta ácidos graxos de cadeia longa para dentro da mitocôndria para sofrerem β-oxidação e fornecer energia Suplementação com L-carnitina- parece reduzi inflamação, melhora síntese proteica melhora na fadiga Suplementação somente após todas as tentativas convencionais – intravenosa 10 a 20 mg/kg ao final de cada sessão Riella; Martins (2013) Doença Renal Crônica: Tratamento Dialítico e Dietoterapia 09/09/2018 18 Hemodiálise e Diálise Peritoneal 14 artigos incluídos até outubro 2017 Resultados: ↑ albumina Nenhum resultado no IMC e peso corporal Conclusão: existem consideráveis evidências úteis sobre o efeito da carnitina sobre os fatores nutricionais; no entanto, ainda há dúvidas sobre algumas evidências a esse respeito Doença Renal Crônica: Tratamento Dialítico e Dietoterapia Líquidos – orientações prática: Lembrar aos pacientes que, além de água, gelo, café, chás e leite, gelatina, sucos, sopas, melão e melancia, contêm líquidos que contribuem para o ganho de peso interdialítico Evitar consumo de sucos e refrigerantes adoçados (não saciam a sede) Tomar água bem gelada ou chupar pequenas pedras de gelo Diminuir o tamanho dos copos e das xícaras Hemodiálise e Diálise Peritoneal Doença Renal Crônica: Tratamento Dialítico e Dietoterapia Hemodiálise e Diálise Peritoneal Deixar ao alimentos submersos em água por 2 horas Escorrer e enxaguá-los em água corrente Cozinhá-los e descartar a água do cozimento Antes de preparar hortaliças refogadas ou fritas deve-se cozê-las conforme descrito Para sopas, as hortaliças devem ser cozidas em água, que será descartada, e uma nova água deverá ser acrescentada para finalizar a preparação Doença Renal Crônica: Tratamento Dialítico e Dietoterapia Hemodiálise e Diálise Peritoneal Potássio Riella; Martins (2013); Cuppari. Guia de nutrição clínica do adulto. Doença Renal Crônica: Tratamento Dialítico e Dietoterapia Hemodiálise e Diálise Peritoneal Potássio Riella; Martins (2013); Cuppari. Guia de nutrição clínica do adulto. Doença Renal Crônica: Tratamento Dialítico e Dietoterapia Hemodiálise e Diálise Peritoneal Potássio Riella; Martins (2013); Cuppari. Guia de nutrição clínica do adulto. Doença Renal Crônica: Tratamento Dialítico e Dietoterapia 09/09/2018 19 Hemodiálise e Diálise Peritoneal Riella; Martins (2013); Cuppari. Guia de nutrição clínica do adulto. Potássio Doença Renal Crônica: Tratamento Dialítico e Dietoterapia Hemodiálise e Diálise Peritoneal Riella; Martins (2013); Cuppari. Guia de nutrição clínica do adulto. Fósforo Doença Renal Crônica: Tratamento Dialítico e Dietoterapia Hemodiálise e Diálise Peritoneal Riella; Martins (2013); Cuppari. Guia de nutrição clínica do adulto. Fósforo Doença Renal Crônica: Tratamento Dialítico e Dietoterapia Carambola (Averrhoa carambola) A ingestão de carambola pode provocar neurotoxicidade em todos os estágios da doença Presença de uma toxina (caramboxina) normalmente depurada pelos rins Manifestações clínicas: soluços persistentes, vômitos, confusão mental, insônia, agitação psicomotora, redução da força muscular, parestesias, convulsões e em alguns casos, óbito Orientar os pacientes a não consumir: o Qualquer tipo de preparação (sucos, doces, sorvetes) o Fruta in natura Hemodiálise e Diálise Peritoneal Doença Renal Crônica: Tratamento Dialítico e Dietoterapia Hemodiálise e Diálise Peritoneal 12 artigos incluídos 487 pacientes Conclusão: dados insuficientes para determinar efeitos do ômega 3 sobre parâmetros inflamatórios Doença Renal Crônica: Tratamento Dialítico e Dietoterapia Terapia Nutricional Tratamento conservador Tratamento dialítico: Hemodiálise Diálise Peritoneal Transplante renal Doença Renal Crônica: Transplante renal e Dietoterapia 09/09/2018 20 Transplante renal Tipo de doador: vivo ou cadáver Cadáver: histórico de hipertensão descontrolada, doença renal, câncer, uso de drogas ilícitas, risco de HIV+, ou que faleceram por causas desconhecidas – contraindicados como doadores Sistema ABO e compatibilidade: essenciais Diabetes e doença cardiovascular avançada: considerado um contra indicado devido alta taxa de complicação Intercorrências: infecção oportunista, neoplasia, rejeição crônica Uso de medicamentos imunossupressores: indução e manutenção Fases: pré tx, pós tx imediado e pós tx tardio Riella; Martins (2013) Doença Renal Crônica: Transplante renal e Dietoterapia Transplante renal: imediato Catabolismo intenso – estresse da cirurgia e altas doses de imunossupressores Efeitos exacerbado pela desnutrição – frequente nesses pacientes Rejeição aguda: piora do catabolismo Principais preocupações: infecção e rejeição Riella; Martins (2013) Doença Renal Crônica: Transplante renal e Dietoterapia Transplante renal: tardio Marcador por vários problemas nutricionais: Desnutrição: relacionada principalmente com função renal Obesidade: sedentarismo e excesso de energia Hiperglicemia, hiperlipidemia e hipertensão: hábitos alimentares Doença óssea e anemia Rejeição crônica: patogênese pouco conhecida – causa mais comum de perda tardia do enxerto hiperlipidemia fator importante pois excesso de lipoproteinas pode levar a glomeruloesclerose Pode ser necessário restrição proteica Riella; Martins (2013) Doença Renal Crônica: Transplante renal e Dietoterapia Transplante renal Riella; Martins (2013) Pós imediato Pós tardio Energia (kcal/kg) Peso atual ou ajustado no caso de obesidade 30 a 35 25 a 30 Proteína (g/kg) 1,3 a 1,5 0,8 Lipídios 30 a 35% < 30% (<10% saturada) Outros Zinco – cicatrização Líquidos Normal Sódio (g) 1 a 3 Potássio (g) Restrição somente se houver hiperpotassemia e/ou oligúria Fósforo (mg) 1200 a 1500; 800 mg na rejeição crônica Cálcio (mg) 1200 a 1500 Fibras (g) 25 a 30 Necessidades nutricionais: Doença Renal Crônica: Transplante renal e Dietoterapia Transplante renal: imediato Riella; Martins (2013) Classe Efeitos nutricionais Terapia Nutricional Corticoides (Prednisona, hidrocortisona) * Aceleram gliconeogenese hepática • Hiperglicemia e síndrome de Cushing • Hiperlipidemia • Perda de massa muscular • Retenção de sódio e líquidos • Excreção urinária de cálcio • 50% de carboidrato • Fibras e↓ saturado • Proteína e atividade física • Restrição de sódio • Se necessário, suplementar Azatioprina (Imuran) Anemia, leucopenia, inflamação, ulcerações, náuseas, vômitos, diarreia, disgeusia Adaptar conforme tolerância e suplementar caso necessário Ciclosporina e tacrolimo • Nefrotoxicidade • Hiperlipidemia • Hipertensão • Hiperpotassemia • hipomagnesinemia • Restrições conservadoras • Fibras e↓ saturado • ↓ sódio • ↓ potássio • Se necessário, suplementar Doença Renal Crônica: Transplante renal e Dietoterapia Obrigada! danielahauschild@yahoo.com.br
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