Buscar

DisOrgAtiFisSau-U1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE 
FÍSICA E SAÚDE
Olá! Meu nome é David Michel de Oliveira, sou bacharel em Educação Física pela 
Universidade de Franca (2000), mestre em Promoção de Saúde (2004) pela mesma 
instituição e doutor pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho 
– Unesp (2012) no Programa de Alimentos e Nutrição, na área de concentração 
de Ciências Nutricionais. Tenho experiência como docente nas seguintes áreas e 
disciplinas: Fisiologia Humana, Bioquímica e Fisiologia do Exercício, Nutrição Aplicada à 
Educação Física, Fisiopatologia, Atividade Física na Promoção de Saúde, Exercício para 
Populações Especiais I e II, Estágio em Saúde e Lutas. Tenho como linhas de pesquisa: 
Aspectos Fisiológicos, Bioquímicos e Metabólicos do Esforço Físico e a Atividade Física 
nas Desordens Metabólicas e Cardiocirculatórias. Espero que os conteúdos desta obra 
sejam interessantes e úteis para sua formação, bem como possam ser praticados em 
sua carreira profissional! Lembre-se de que o conhecimento é irresistível!
Email: profdoliveira@gmail.com
Claretiano – Centro Universitário
Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000
cead@claretiano.edu.br
Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006
www.claretianobt.com.br
David Michel de Oliveira
Batatais
Claretiano
2016
DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE 
FÍSICA E SAÚDE
© Ação Educacional Claretiana, 2015 – Batatais (SP)
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer forma 
e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na web), ou o 
arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do autor e da Ação 
Educacional Claretiana.
CORPO TÉCNICO EDITORIAL DO MATERIAL DIDÁTICO MEDIACIONAL
Coordenador de Material Didático Mediacional: J. Alves
Preparação: Aline de Fátima Guedes • Camila Maria Nardi Matos • Carolina de Andrade Baviera • Cátia 
Aparecida Ribeiro • Dandara Louise Vieira Matavelli • Elaine Aparecida de Lima Moraes • Josiane Marchiori 
Martins • Lidiane Maria Magalini • Luciana A. Mani Adami • Luciana dos Santos Sançana de Melo • Patrícia 
Alves Veronez Montera • Raquel Baptista Meneses Frata • Simone Rodrigues de Oliveira
Revisão: Cecília Beatriz Alves Teixeira • Eduardo Henrique Marinheiro • Felipe Aleixo • Filipi Andrade de Deus 
Silveira • Juliana Biggi • Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz • Rafael Antonio Morotti • Rodrigo Ferreira Daverni 
• Sônia Galindo Melo • Talita Cristina Bartolomeu • Vanessa Vergani Machado
Projeto gráfico, diagramação e capa: Bruno do Carmo Bulgarelli • Joice Cristina Micai • Lúcia Maria de Sousa 
Ferrão • Luis Antônio Guimarães Toloi • Raphael Fantacini de Oliveira • Tamires Botta Murakami
Videoaula: Fernanda Ferreira Alves • Marilene Baviera • Renan de Omote Cardoso
Bibliotecária: Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11
DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
 
613.71 O46d
 
 Oliveira, David Michel de 
 Disfunções orgânicas, atividade física e saúde / David Michel de Oliveira – Batatais, 
 SP : Claretiano, 2016. 
 164 p. 
 
 ISBN: 978-85-8377-485-3 
 1. Atividade física. 2. Saúde. 3. Doença. 4. Tratamento. 5. Prevenção. I. Disfunções 
 orgânicas, atividade física e saúde. 
 
 
 
 
 
 CDD 613.71 
INFORMAÇÕES GERAIS
Cursos: Graduação
Título: Disfunções Orgânicas, Atividade Física e Saúde
Versão: ago./2016
Formato: 15x21 cm
Páginas: 164 páginas
SUMÁRIO
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 9
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS ............................................................................ 13
3. ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE ............................................................... 18
4. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ......................................................................... 19
5. E-REFERÊNCIA .................................................................................................. 20
UNIDADE 1 – ATIVIDADES FÍSICAS, EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 23
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 23
2.1. CONCEITOS INICIAIS: SAÚDE, PROMOÇÃO DE SAÚDE E QUALIDADE 
DE VIDA, ATIVIDADE FÍSICA E EXERCÍCIO FÍSICO E APTIDÃO FÍSICA ... 24
2.2. EPIDEMIOLOGIA APLICADA À ATIVIDADE FÍSICA ................................. 29
2.3. ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS E SUAS APLICAÇÕES PRÁTICAS ............ 33
2.4. ATIVIDADE FÍSICA, SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS ...................... 38
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 45
3.1. CONCEITOS INICIAIS: SAÚDE, PROMOÇÃO DE SAÚDE E QUALIDADE 
DE VIDA, ATIVIDADE FÍSICA E EXERCÍCIO FÍSICO E APTIDÃO FÍSICA ... 45
3.2. EPIDEMIOLOGIA APLICADA À ATIVIDADE FÍSICA ................................. 47
3.3. ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS E SUAS APLICAÇÕES PRÁTICAS ............ 48
3.4. ATIVIDADE FÍSICA, SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS ...................... 49
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 50
5. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 51
6. E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 52
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 53
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 57
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 59
2.1. OBESIDADE E ATIVIDADE FÍSICA ............................................................ 59
2.1. SÍNDROME METABÓLICA (SM) E ATIVIDADE FÍSICA ............................ 74
2.2. DIABETES E ATIVIDADE FÍSICA ............................................................... 79
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 97
3.1. ESTILO DE VIDA E PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA ................................ 97
3.2. OBESIDADE E ATIVIDADE FÍSICA ............................................................ 98
3.3. SÍNDROME METABÓLICA (SM) E ATIVIDADE FÍSICA ............................ 99
3.4. DIABETES E ATIVIDADE FÍSICA ............................................................... 100
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 101
5. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 102
6. E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 103
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 105
UNIDADE 3 – DISFUNÇÕES CARDIOCIRCULATÓRIAS E ATIVIDADE FÍSICA
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 109
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 110
2.1. DISLIPIDEMIAS E ATIVIDADE FÍSICA ...................................................... 110
2.2. DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA (DAC) E ATIVIDADE FÍSICA .......... 122
2.3. HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA(HAS) E ATIVIDADE FÍSICA ........ 134
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 141
3.1. DISLIPIDEMIAS E ATIVIDADE FÍSICA ...................................................... 141
3.2. DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA (DAC) E ATIVIDADE FÍSICA .......... 142
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 143
5. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 144
6. E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 144
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 145
UNIDADE 4 – DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS CRÔNICAS E 
ATIVIDADE FÍSICA
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 149
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 150
2.1. CARACTERÍSTICAS E CONSEQUÊNCIAS DA DOENÇA PULMONAR 
OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) ............................................................... 150
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ............................................................... 160
3.2. CARACTERÍSTICAS E CONSEQUÊNCIAS DA DOENÇA PULMONAR 
OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) ............................................................... 160
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 162
5. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 162
6. E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 163
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 164
7
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
Conteúdo
Conceitos iniciais sobre componentes e dimensões das ati-
vidades físicas e sua relação com a saúde. Epidemiologia aplicada 
à atividade física. Atividade e exercícios físicos como estratégia 
de tratamento não medicamentoso e promoção da saúde frente 
às disfunções orgânicas relacionadas ao sedentarismo.
Bibliografia Básica
NEGRÃO, C. E.; BARRETTO, A. C. P. Cardiologia do exercício: do atleta ao cardiopata. 
Barueri: Manole, 2005.
NIEMAN, D. C. Exercício e saúde: como se prevenir de doenças usando o exercício 
como seu medicamento. Barueri: Manole, 1999.
PITANGA, F. J. G. Epidemiologia da atividade física, do exercício e da saúde. 3. ed. São 
Paulo: Phorte, 2010.
Bibliografia Complementar
ACSM – AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. Pesquisas do ACSM para a 
fisiologia do exercício clínico: afecções musculoesqueléticas, neuromusculares, 
neoplásicas, imunológicas e hematológicas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
BOUCHARD, C. Atividade física e obesidade. Barueri: Manole, 2003.
LeMURA, L. M.; DUVILLARD, S. P. Fisiologia do exercício clínico. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2006.
McARDLE, W. D.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e 
desempenho humano. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
SHARKEY, B. J. Condicionamento físico e saúde. Porto Alegre: Artmed, 2006.
8 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
É importante saber
Esta obra está dividida, para fins didáticos, em duas partes:
Conteúdo Básico de Referência (CBR): é o referencial teórico e prático que deverá 
ser assimilado para aquisição das competências, habilidades e atitudes necessárias 
à prática profissional. Portanto, no CBR, estão condensados os principais conceitos, 
os princípios, os postulados, as teses, as regras, os procedimentos e o fundamento 
ontológico (o que é?) e etiológico (qual sua origem?) referentes a um campo de 
saber.
Conteúdo Digital Integrador (CDI): são conteúdos preexistentes, previamente se-
lecionados nas Bibliotecas Virtuais Universitárias conveniadas ou disponibilizados 
em sites acadêmicos confiáveis. É chamado "Conteúdo Digital Integrador" porque é 
imprescindível para o aprofundamento do Conteúdo Básico de Referência. Juntos, 
não apenas privilegiam a convergência de mídias (vídeos complementares) e a leitu-
ra de "navegação" (hipertexto), como também garantem a abrangência, a densidade 
e a profundidade dos temas estudados. Portanto, são conteúdos de estudo obrigató-
rios, para efeito de avaliação.
9© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
1. INTRODUÇÃO
Prezado aluno, seja bem-vindo!
A atividade física vem sendo amplamente estudada e reco-
mendada como promoção à saúde e possibilidade de prevenção, 
tratamento e combate a disfunções orgânicas oriundas do seden-
tarismo, como obesidade, diabetes, hipertensão, e doenças car-
diovasculares, bem como suas consequências e comorbidades.
Já existe um consenso científico sobre a importância de um 
estilo de vida ativo e sobre como a prática regular de atividades 
físicas traz benefícios à saúde humana quando bem trabalhada 
e prescrita. Seu baixo custo, sua eficiência e eficácia são os prin-
cipais atributos para ganhos a saúde e aptidão física, auxiliando 
no combate aos fatores de risco e melhora do condicionamento 
físico, o que auxilia no controle do estresse e aumenta o vigor 
para lidar com as tarefas do dia a dia, promovendo o bem-estar 
nas populações ao longo da vida.
Na Unidade 1 desta obra, iremos estudar e esclarecer os 
conceitos iniciais a respeito de saúde, promoção de saúde, qua-
lidade de vida, atividade física, exercício físico e aptidão física, 
norteando nossas linhas de estudo e mostrando sua relação com 
as disfunções orgânicas, sendo o ponto de partida para o enten-
dimento das atividades físicas como estratégia de prevenção, 
tratamento e proteção à saúde. Entraremos no campo da Epide-
miologia e em sua relação com a atividade física, os tipos de es-
tudo, suas classificações e seu direcionamento na área de saúde.
O conteúdo de prescrição de atividades físicas e/ou exercí-
cios para saúde será proposto com foco na população aparente-
mente saudável, ou seja, que não tem nenhuma limitação orgâ-
nica ou clínica que a impeça de realizar atividades físicas.
10 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
Você perceberá que esses conceitos, quando bem defini-
dos, conseguirão auxiliá-lo na tomada de decisão quanto à pres-
crição de atividades físicas ou exercícios físicos para populações 
aparentemente saudáveis, ou até mesmo em condições espe-
ciais nos mais diversos campos de atuação da Educação Física.
Na Unidade 2, abordaremos o tema "atividade física e dis-
funções metabólicas". Nas últimas décadas, houve um aumen-
to da prevalência de doenças metabólicas como a obesidade, a 
Síndrome Metabólica e o diabetes, o que se tornou um proble-
ma de saúde pública. O crescimento da epidemia global dessas 
doenças é resultado da combinação do estilo de vida sedentário 
com alto consumo energético, associado a fatores genéticos. Es-
sas doenças têm características relacionadas ao funcionamento 
e à transferência de energia no organismo e seu estudo solicita 
um profundo conhecimento da área de Bioquímica e Fisiologia. 
Quando estudamos sua associação aos efeitos da atividade 
física, demandam-se leituras da área de Fisiologia do Exercício. 
Essa unidade propõe o estudo sobre a obesidade, suas princi-
pais causas, seus fatores determinantes e consequências para o 
organismo.
A unidade tratará também da Síndrome Metabólica, tra-
tando-a como principal fator de risco para o surgimento do dia-
betes tipo 2 e suas complicações metabólicas. Apresentará e 
diferenciará os tipos de diabetes, suas causas e consequências, 
tanto agudas quanto crônicas e tardias.
Frente a tais doenças, a Unidade 2 apontará os principaisbenefícios orgânicos da atividade física regular e apresentará 
suas principais recomendações, cuidados e protocolos de exer-
cícios acerca da prescrição no tratamento e na prevenção de tais 
doenças. Ela explicará a importância do programa de atividades 
11© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
e exercícios para o portador de diabetes, bem como os cuidados 
que devem ser tomados no tocante às sessões de treinamento.
Na Unidade 3, a proposta é conhecer algumas disfunções 
cardiocirculatórias. Iremos estudar as dislipidemias, alguns as-
pectos, funções e subclassificações dos lipídios, os benefícios da 
atividade física e sua prescrição.
Aproveitando a linha de raciocínio, e partindo da ideia de 
que as dislipidemias são consideradas o principal fator de risco 
para Doença Arterial Coronariana, desvendaremos o processo 
aterosclerótico e a interferência da atividade física como pre-
venção e reabilitação. Nessa unidade, esclareceremos a elabo-
ração de um programa de reabilitação cardiovascular, bem como 
suas fases, os profissionais envolvidos e os procedimentos que o 
profissional de Educação Física deverá adotar, contribuindo para 
uma abordagem multiprofissional.
Estudaremos, ainda, a hipertensão arterial sistêmica, en-
tendida como uma doença de forma específica e não somen-
te como fator de risco, bem como suas consequências e o que 
interfere no controle da pressão arterial, seja fatores externos 
ou até mesmo os benefícios da atividade física. Detalharemos 
as diretrizes e linhas de prescrição para evitar eventos cerebro-
vasculares e cardiovasculares para que você possa intervir com 
qualidade e segurança.
Na Unidade 4, estudaremos as doenças pulmonares obs-
trutivas crônicas, consideradas um dos principais problemas de 
saúde mundial, as quais diminuem a capacidade funcional dos 
indivíduos, aumentando o número de afastamentos. São consi-
deradas um dos tipos de doença que mais mata no mundo.
12 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
Esse conjunto de disfunções respiratórias tem diversas 
causas relacionadas ao meio ambiente, como a poluição e a 
poeira ocupacional. Entretanto, o consumo de tabaco é conside-
rado o principal fator de risco para o seu surgimento em pessoas 
adultas.
Essas doenças podem ser identificadas em uma consulta 
clínica realizada pelo médico, por meio de exames diretos para 
avaliar a capacidade funcional do indivíduo.
O tratamento das DPOCs inclui medicamentos, terapia nu-
tricional e atividades físicas. Embora o paciente "pneumopata" 
tenha limitações com relação à atividade física, esta promove 
uma série de adaptações cardiorrespiratórias e neuromuscu-
lares que melhoram sua capacidade funcional e as atividades 
da vida diária, e ainda auxiliam na diminuição do consumo de 
medicamentos.
As atividades físicas aeróbicas, o treinamento resistido e 
as atividades aquáticas são as modalidades mais indicadas para 
essa população. Portanto, entender suas recomendações para a 
prescrição de atividade física específica é de extrema relevância.
Embora a utilização das atividades físicas e exercícios seja 
importantíssima para o tratamento do pneumopata, o acompa-
nhamento por uma equipe multidisciplinar, com médicos, fisio-
terapeutas, professores de Educação Física e nutricionistas, tam-
bém é fundamental para o sucesso do tratamento.
Veremos que o conhecimento dessas disfunções orgâni-
cas, seus conceitos, características, manifestações clínicas, os 
benefícios das atividades físicas e exercícios em seu tratamento 
e prevenção, bem como as recomendações e diretrizes médicas 
relativas a essas disfunções, serão de extrema importância para 
13© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
o planejamento de um programa de condicionamento físico para 
tratamento e promoção à saúde, sendo a atividade física e os 
exercícios físicos uma estratégia terapêutica de baixo custo e 
grande eficácia.
Esta obra o capacitará a trabalhar com prescrição de ativi-
dades e exercícios físicos para populações aparentemente sau-
dáveis e especiais, exercendo a atividade em academias, clíni-
cas, estúdios de treinamento físico personalizado, em programas 
preventivos em hospitais e no Sistema Único de Saúde em equi-
pes multidisciplinares.
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS
O Glossário de Conceitos permite uma consulta rápida e 
precisa das definições conceituais, possibilitando um bom domí-
nio dos termos técnico-científicos utilizados na área de conheci-
mento dos temas tratados.
1) Assintomática: uma doença é considerada assinto-
mática se um paciente é portador de uma doença ou 
infecção, mas não exibe sintomas. A condição pode 
ser assintomática se ela falha em mostrar os sintomas 
perceptíveis aos quais a doença é normalmente asso-
ciada. Infecções assintomáticas são também chama-
das de "infecções subclínicas". O termo "clinicamen-
te silenciosa" também é usado para definir doenças 
assintomáticas.
2) Automonitoração: realização de coletas ou procedi-
mentos como o controle da frequência cardíaca e da 
pressão arterial pelo próprio indivíduo acometido pela 
doença.
14 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
3) Autonomia: capacidade de realizar suas atividades 
funcionais e sociais sem o auxílio de outro indivíduo.
4) Balanças de bioimpedância: equipamento para avaliar 
percentual de gordura de forma indireta.
5) Cardiopatas: doentes cardíacos.
6) Comorbidade: ocorre quando houver doenças que 
predispõem o paciente a desenvolver outras.
7) Concentração sérica: quantidade de moléculas no 
plasma.
8) Consenso: acordo geral entre os membros de um gru-
po ou comunidade científica.
9) Corpos cetônicos: são três substâncias nocivas ao sis-
tema nervoso. São solúveis em água e são produtos 
derivados da quebra dos ácidos graxos (a quebra ocor-
re no fígado).
10) Densidade: mede o grau de concentração de massa 
em determinado volume.
11) Diagnóstico: é a consulta médica, mas existe um gran-
de e crescente número de técnicas complementares.
12) Diretrizes: regras, direcionamentos de uma determina-
da linha científica para tomada de atitude profissional.
13) Doença crônico-degenerativa: é uma doença que con-
siste na alteração do funcionamento de uma célula, 
um tecido ou um órgão, excluindo-se, nesse caso, as 
alterações.
14) Doença não transmissível: doença não transmissível 
ou DNT são doenças não infecciosas, o mesmo que 
doença crônico-degenerativa.
15© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
15) Efeito colateral: efeito diferente daquele considerado 
como principal em um tratamento.
16) Enzimas: enzimas são grupos de substâncias orgâni-
cas de natureza normalmente proteica que agem no 
metabolismo. 
17) Epidemia: incidência, em curto período de tempo, de 
grande número de casos de uma doença.
18) Esteroide: hormônio produzido pelo organismo que 
tem origem no metabolismo de lipídios.
19) Fator de risco associado: é qualquer situação que au-
mente a probabilidade de ocorrência de uma doença 
ou agravo à saúde; "associado" é usado quando há vá-
rios fatores envolvidos.
20) Fator de risco isolado: é qualquer situação que au-
mente a probabilidade de ocorrência de uma doença 
ou agravo à saúde de forma única ou isolada, ou seja, 
um único fator pode desencadear a doença principal.
21) Fatores operantes: é qualquer situação que aumente a 
probabilidade de ocorrência de uma doença ou agravo 
à saúde, sendo, porém, modificável; por exemplo: a má 
alimentação, o consumo de álcool e o uso de tabaco.
22) Fisiopatologia: "estuda os distúrbios funcionais e signi-
ficado clínico. A natureza das alteraçõesmorfológicas 
e sua distribuição nos diferentes tecidos influenciam o 
funcionamento normal e determinam as característi-
cas clínicas, o curso e também o prognóstico da doen-
ça" (REDE METODISTA DE EDUCAÇÃO DO SUL, 2016).
23) Fosfolípideos: são lipídios que contêm ácido fosfórico.
16 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
24) Gangrena: é um tipo de necrose causada pela morte 
de um tecido por falta de irrigação sanguínea, e conse-
quente falta de oxigênio (hipoxia).
25) Glicogênio: molécula de ATP (energia) armazenada no 
músculo e no fígado.
26) Gordura saturada: difere da gordura não saturada no 
sentido de que não há ligação dupla, causando maior 
aderência à artéria, o que pode provocar doenças 
cardiovasculares.
27) Gordura visceral: é a gordura que envolve os ór-
gãos intra-abdominais e está relacionada a um risco 
cardiovascular.
28) HDL: colesterol bom.
29) Hemodiálise: tratamento que consiste na remoção de 
líquido e substâncias tóxicas do sangue como se fosse 
um rim artificial.
30) Hidrofóbica: molécula que não se mistura à água.
31) Hiperglicemia: excesso de glicose (açúcar no sangue).
32) Hipolipemiante: efeito de diminuição de gorduras no 
plasma (sangue).
33) Histórico familiar: casos de ocorrência de certa doen-
ça na família.
34) Idiopática: doença cuja causa exata não se sabe.
35) Lipídios: gorduras.
36) Marcha: evolução ou progressão da caminhada, exer-
cício dinâmico.
37) Metabolizado: transformado em energia.
17© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
38) Miocárdio: faz parte do músculo cardíaco e tem como 
função básica ejetar sangue que se encontra no inte-
rior do coração.
39) Moléculas: entidade eletricamente neutra que possui, 
pelo menos, dois átomos.
40) Mortalidade: número de óbitos em relação ao número 
de habitantes.
41) Multifatorial: quando há vários fatores envolvidos.
42) Oxidação: processo catabólico de ácidos graxos que 
consiste na sua degradação mitocondrial, ou seja, na 
quebra de gorduras na célula.
43) Pâncreas: glândula que libera insulina e glucagon.
44) Paradigma: "padrão" ou modelo comportamental a se 
seguir.
45) Patologia: doença.
46) Plicometria: exame para avaliar o percentual de 
gordura.
47) Preditor: é qualquer situação que aumente a probabili-
dade de ocorrência de uma doença ou agravo à saúde.
48) Prevalência: número total de casos existentes em uma 
determinada população e em um determinado perío-
do de tempo; permite compreender o quanto é co-
mum, ou rara, uma determinada doença.
49) Processo inflamatório: é uma reação do organismo a 
uma infecção ou lesão dos tecidos.
50) Reincidência: o ato de "acontecer novamente"; refere-
-se, nesta obra, ao infarto agudo do miocárdio, quando 
ocorre pela segunda vez ou em vezes posteriores.
18 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
51) Resistência insulínica: inabilidade da insulina em reali-
zar sua função devido ao diabetes.
52) Sedentarismo: falta, ausência ou diminuição de ativi-
dades físicas ou esportivas. É considerado a doença do 
século e está associado ao comportamento cotidiano 
decorrente dos confortos da vida moderna. Pessoas 
que têm um gasto calórico reduzido semanalmente 
pela ausência da prática esportiva são consideradas 
sedentárias ou com hábitos sedentários.
53) Síntese: fenômeno relativamente rápido e muito com-
plexo que ocorre em quase todos os organismos, de-
senvolve-se no interior das células. É um processo de 
construção tecidual.
54) Subfrações: pequenas partes de uma molécula de 
gordura.
55) Substratos: conversão dos alimentos em partículas 
menores.
3. ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE
O Esquema a seguir possibilita uma visão geral dos concei-
tos mais importantes deste estudo.
19© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
Figura 1 Esquema de Conceitos-chave de Disfunções Orgânicas, Atividade Física e 
Saúde.
4. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
SOUZA, D. R.; PATO, T. R.; LOGULLO, P. Termos técnicos de saúde. São Paulo: Conexão, 
2008.
20 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
5. E-REFERÊNCIA
REDE METODISTA DE EDUCAÇÃO DO SUL. Sobre a Patologia. Disponível em: <http://
www.metodistadosul.edu.br/patologia/sobre_patologia.php>. Acesso em: 7 abr. 
2016.
21
UNIDADE 1
ATIVIDADES FÍSICAS, EPIDEMIOLOGIA E 
SAÚDE
Objetivos
• Compreender a importância dos conceitos iniciais relacionados a disfun-
ções orgânicas, atividade física e saúde.
• Entender o conceito de Epidemiologia, seus tipos de estudo e suas aplica-
ções práticas na área de Educação Física e Saúde.
• Entender as diretrizes para a prescrição de atividades e exercícios físicos 
para a saúde.
Conteúdos
• Atividade física, saúde e qualidade de vida.
• Epidemiologia aplicada à atividade física.
• Estudos epidemiológicos e suas aplicações práticas.
• Atividade física, saúde e prevenção de doenças.
Orientações para o estudo da unidade
Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir:
1) Não se limite ao conteúdo deste Conteúdo Básico de Referência; busque 
outras informações em sites confiáveis e/ou nas referências bibliográficas, 
apresentadas ao final de cada unidade. Lembre-se de que, na modalidade 
EaD, o engajamento pessoal é um fator determinante para o seu cresci-
mento intelectual.
22 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 1 – ATIVIDADES FÍSICAS, EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE
2) Não deixe de recorrer aos materiais complementares descritos no Conteú-
do Digital Integrador.
23© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 1 – ATIVIDADES FÍSICAS, EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE
1. INTRODUÇÃO
Vamos iniciar nossa primeira unidade de estudo, você está 
preparado?
Nesta unidade, iremos estudar os conceitos iniciais sobre 
saúde, promoção de saúde, atividade física, exercício físico e ap-
tidão física e sua relação com as disfunções orgânicas, nortean-
do nossa linha de estudo e sendo o ponto de partida para o en-
tendimento sobre a prescrição das atividades e exercícios como 
estratégia de prevenção, tratamento e proteção à saúde. Outro 
aspecto importante a ser estudado é a aplicação da Epidemiolo-
gia à atividade física, relatando seus conceitos principais, tipos 
de estudo e aplicações práticas à área de Educação Física.
Inserimos o conteúdo de atividade física, saúde e preven-
ção de doenças com o objetivo de evitar as disfunções e enten-
der como atender a uma população aparentemente saudável. 
Usa-se este termo "aparentemente saudável" para definir indiví-
duos que não apresentam fator de risco ou estejam em um esta-
do clínico desejável, sendo, entretanto, sedentários.
Você irá perceber que esses conceitos, quando bem defi-
nidos, irão auxiliá-los na prescrição de atividades ou exercícios 
físicos para populações aparentemente saudáveis ou até mesmo 
em condições especiais nos mais diversos campos de atuação da 
Educação Física.
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA
O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de forma su-
cinta, os temas abordados nesta unidade. Para sua compreensão 
integral, é necessário o aprofundamento pelo estudo do Conteú-
do Digital Integrador.
24 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 1 – ATIVIDADES FÍSICAS, EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE
2.1. CONCEITOS INICIAIS: SAÚDE, PROMOÇÃO DE SAÚDE E 
QUALIDADE DE VIDA, ATIVIDADE FÍSICA E EXERCÍCIO FÍSICO 
E APTIDÃO FÍSICA
Definição de saúde
O termo "saúde" não significa somente ausência de doen-
ça. Conceitualmente, ele tem sido discutido de forma ampliada, 
sendo identificado como multiplicidade de vários aspectos hu-
manos voltados ao bem-estar físico, mental e social. Saúde não é 
algo estático, deve ser construída ao longo da vida, evidenciandoo fato de que ela é educável, no contexto educacional e compor-
tamental (GUEDES; GUEDES, 1995).
Antes de prosseguir seus estudos, leia o artigo indicado 
no subtópico Definição de Saúde, do tópico 3. 1.
Definição de promoção de saúde e qualidade de vida
Promoção de saúde (PS) não é somente um "incentivo à 
saúde"; pode ser definida como processo de capacitação da co-
munidade para atuar na melhoria da sua saúde, incluindo um 
conjunto de ações, intervenções, propostas, meios e movimen-
tos que combatem as causas básicas de doença e apontam para 
novas formas de condições de trabalho, de vida e de relaciona-
mento do homem consigo mesmo e com o meio ambiente. Tem 
relação direta com o desenvolvimento de hábitos saudáveis e a 
redução de comportamentos de risco, envolvendo opções, toma-
da de decisões e mudanças de comportamento (BRASIL, 2002).
25© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 1 – ATIVIDADES FÍSICAS, EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE
Esse conceito vem sendo inserido, discutido e aprimorado 
na saúde pública em conferências internacionais desde 1986 (em 
Ottawa) até recentemente, em 2005 (em Bangkok). A PS atua em 
cinco frentes: políticas públicas saudáveis, ambientes favoráveis, 
reforço da ação comunitária, desenvolvimento de habilidades 
pessoais e reorientação dos serviços (BRASIL, 2002).
As diversas manifestações de atividade física podem ser 
utilizadas para prevenção, tratamento e promoção de saúde, 
contribuindo para a adoção de um estilo de vida saudável, tendo 
uma relação direta com a promoção de saúde.
O conceito de qualidade de vida vem sendo tratado de for-
ma genérica como simples ato de alimentar-se bem e realizar 
exercícios. Entretanto, "qualidade de vida" é o método utiliza-
do para medir as condições de vida de um ser humano. Envolve 
o bem-estar espiritual, físico, mental, psicológico e emocional, 
além de relacionamentos sociais, como família e amigos, e tam-
bém saúde, educação, poder de compra, habitação, saneamento 
básico e outras circunstâncias da vida (ARAÚJO; ARAÚJO, 2000). 
Portanto, é muito mais amplo, subjetivo e pessoal do que sim-
plesmente os comportamentos anteriormente citados como 
conceito de qualidade de vida.
Para conhecer mais a respeito da promoção de saúde e 
qualidade de vida, sugerimos algumas leituras interessantes 
no tópico 3. 1.
Definição de atividade física, exercício físico e aptidão física
O estudo epidemiológico vem demonstrando que o seden-
tarismo é um fator predisponente que contribui de forma signi-
26 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 1 – ATIVIDADES FÍSICAS, EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE
ficativa para o surgimento de doenças crônico-degenerativas e 
suas comorbidades, bem como para diminuição da expectativa 
de vida. A prevalência do sedentarismo no Brasil vem crescendo 
de forma substancial, decorrente do aquecimento da economia 
e da aquisição de novas tecnologias que substituem atividades 
ocupacionais por facilidades automatizadas, diminuindo o gas-
to energético e contribuindo para o surgimento de doenças não 
transmissíveis (NEGRÃO; BARRETO, 2005).
O incremento da atividade física em uma população con-
tribui decisivamente para a saúde pública, com forte impacto na 
redução dos custos com tratamentos, inclusive hospitalares, sen-
do esta uma das razões de seus consideráveis benefícios sociais 
(CARVALHO et al., 1996).
A atividade física pode ser definida como qualquer movi-
mento corporal produzido pela musculatura esquelética que re-
sulta no gasto energético, tendo componentes e determinantes 
de ordem biopsicossocial, cultural e comportamental. Ela pode 
ser exemplificada por jogos, lutas, danças, atividades laborais e 
deslocamento, enquanto a aptidão física é adquirida em razão 
da prática regular de exercícios físicos. O exercício físico pode ser 
definido como atividade repetitiva, planejada e estruturada, que 
tem como objetivo a manutenção e a melhoria de um ou mais 
componentes da aptidão física (PITANGA, 2010).
Observe a Figura 1 a seguir, com um esquema explicativo 
sobre os conceitos estudados:
27© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 1 – ATIVIDADES FÍSICAS, EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE
Fonte: Adaptado de Pitanga (2010).
Figura 1 Esquema explicativo sobre os conceitos estudados.
Podemos afirmar que a atividade física e o exercício físico 
podem ser considerados estratégias de promoção de saúde, não 
somente pelo processo de intervenção, mas também por mo-
dificarem o comportamento humano, induzindo um estilo vida 
saudável.
Pesquisas têm comprovado que os indivíduos fisicamente 
aptos e/ou treinados tendem a apresentar menor incidência da 
maioria das doenças crônico-degenerativas, sendo esse fato ex-
plicável por uma série de benefícios fisiológicos, psicológicos e 
sociais decorrentes de sua prática.
A aptidão física relacionada à promoção de saúde está as-
sociada à capacidade de realizar as atividades do cotidiano com 
vigor e energia e de demonstrar traços e capacidades associadas 
a um baixo risco para o desenvolvimento de doenças crônico-
-degenerativas (PITANGA, 2010).
28 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 1 – ATIVIDADES FÍSICAS, EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE
Dessa forma, o conceito de aptidão física relacionada à 
saúde implica adaptações nas dimensões fisiológicas, morfoló-
gicas, funcional-motora e comportamental. A aptidão fisiológica 
(Figura 2) tem como característica a melhora dos parâmetros clí-
nicos desejáveis para a saúde, como o controle da pressão arte-
rial, a modulação do perfil bioquímico e a integridade óssea.
As dimensões morfológicas estão relacionadas à melhora 
da distribuição da composição corporal – a diminuição de gordu-
ra e o aumento de massa magra e óssea. A dimensão funcional-
-motora engloba melhora da capacidade cardiorrespiratória e 
neurofuncional (força e flexibilidade). Em relação às mudanças 
comportamentais, podemos destacar diminuição do estresse, re-
dução de problemas psicológicos (como ansiedade e depressão), 
obtenção de sono reparador, seleção de alimentos saudáveis e 
diminuição do consumo de medicamentos (PITANGA, 2010).
Fonte: Adaptado de Pitanga (2010).
Figura 2 Aptidão física relacionada à saúde.
29© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 1 – ATIVIDADES FÍSICAS, EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE
No subtópico Definição de Atividade Física, Exercício 
Físico e Aptidão Física, no tópico 3. 1, indicamos algumas 
leituras importantes a respeito do tema.
2.2. EPIDEMIOLOGIA APLICADA À ATIVIDADE FÍSICA
O sedentarismo é um dos principais fatores de risco para 
o surgimento de doenças crônico-degenerativas e disfunções 
orgânicas. Em contrapartida, a atividade física vem ganhando 
destaque como estratégia de prevenção e promoção na saúde 
coletiva. Com o aumento significativo do sedentarismo, a Epide-
miologia da Atividade Física tornou-se uma ferramenta impres-
cindível para Saúde Pública na identificação dos determinantes 
da atividade física, para, em seguida, serem propostas políticas 
públicas de incentivo à adoção e manutenção do estilo de vida 
saudável pela população (FLORINDO; HALLAL, 2011).
No presente tema, serão abordados alguns conceitos, as-
pectos históricos, evidências científicas e aplicações da Epide-
miologia da Atividade Física.
A Epidemiologia é caracterizada da seguinte forma pelos 
autores:
1) O estudo de doenças em relação a populações (Rose).
2) O estudo do processo saúde-doença em populações 
humanas (Kleinbaum).
3) Estudo dos padrões de ocorrência de doenças em po-
pulações humanas e os fatores que influenciam esses 
padrões (Lilienfeld).
30 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 1 – ATIVIDADES FÍSICAS, EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE
4) Estudo da distribuição e dos determinantes da fre-
quência de doenças no homem (MacMahon) (MENE-
ZES; SANTOS,1999, p. 163).
Algumas descobertas da Epidemiologia:
1) Forma de transmissão da Aids.
2) Relação entre colesterol e doença isquêmica do 
coração.
3) Relação entre fumo e câncer de pulmão.
4) Uso do flúor para combater cáries dentais.
5) Relação entre amamentação e mortalidade infantil.
6) Relação entre inatividade física e mortalidade 
cardiovascular.
A Epidemiologia é a ciência que estuda os fenômenos da 
saúde-doença e seus determinantes em grupos na população. 
Proporciona uma visão da frequência, distribuição e dos tipos de 
doenças da humanidade em diferentes épocas e pontos da su-
perfície da Terra, relacionando-as com o meio ambiente, a gené-
tica e o estilo de vida da população. Entre as diversas aplicações 
da Epidemiologia, podemos destacar: a descrição das condições 
de saúde da população, a investigação dos fatores determinan-
tes da situação de saúde, a avaliação do impacto e a efetividade 
das ações para alterar a situação de saúde (PITANGA, 2002).
Para melhor compreendermos a aplicação prática e a rela-
ção da Epidemiologia com a atividade física, alguns termos men-
cionados precisam ser explicados, como frequência, distribuição, 
determinante e processo saúde-doença. O termo frequência é 
a estimativa de quanto existe uma determinada doença ou um 
evento relacionado à saúde da população.
31© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 1 – ATIVIDADES FÍSICAS, EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE
Na área da Epidemiologia da Atividade Física, tais estudos 
caracterizam-se por avaliar o percentual de praticantes de ati-
vidade física em uma determinada comunidade. A palavra dis-
tribuição representa a variabilidade (variações ou mudanças) 
do evento relacionado à saúde em determinados subgrupos po-
pulacionais. Por exemplo, trabalhos que investigam a prática de 
atividade física no lazer têm encontrado frequência menor nas 
classes sociais mais baixas, em comparação com as mais altas, 
ou seja, as atividades físicas no lazer se distribuem de forma di-
ferente entre as classes sociais. Observe o esquema na Figura 3 
a seguir:
Figura 3 Epidemiologia.
O termo determinante reflete outro tipo de estudo ou 
aplicação que busca avaliar as causas do processo saúde-doença 
nas populações. Como referências, podem ser destacados estu-
dos que investigam fatores determinantes na prática de ativida-
de física ou que avaliam o efeito do sedentarismo sobre o risco 
de desenvolvimento de doenças crônico-degenerativas. Outro 
conceito, o processo saúde-doença, torna a investigação epide-
32 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 1 – ATIVIDADES FÍSICAS, EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE
miológica mais ampla, estudando, além de doenças, o compor-
tamento e os hábitos do indivíduo e sua relação com a saúde.
A Epidemiologia propõe uma visão populacional; sendo 
uma ferramenta da saúde coletiva. Não faz sentido, no seu cam-
po de estudo, investigar as condições de saúde individual sem 
interferência do grupo ou comunidade a que pertence (PITAN-
GA, 2010).
No passado, a Epidemiologia priorizava investigar doenças 
infectocontagiosas, as quais afetavam, em um curto período de 
tempo, um grande número de pessoas em áreas geográficas res-
tritas (endemias), ou se espalhavam rapidamente por diversas e 
diferentes comunidades (epidemias), ou atingiam grandes pro-
porções, em nível continental ou mundial (pandemias).
Nos últimos anos, ocorreram melhorias nas condições de 
vida, saúde e educação dos povos, além de acesso maior à tecno-
logia, o que provocou uma modificação no padrão de morbimor-
talidades, com o crescimento das doenças crônico-degenerativas 
não transmissíveis, com as doenças cardiocirculatórias ocupan-
do o primeiro lugar em mortalidade. Não se pode descartar tam-
bém o papel da hereditariedade, das desigualdades sociais e dos 
fatores ambientais, que também exercem influência nos hábitos 
de vida do indivíduo, assim como o comportamento sedentário, 
o tabagismo e o consumo excessivo de nutrientes.
A relação entre Epidemiologia e atividade física aparente-
mente tem início na "era das doenças crônico-degenerativas". 
Entre as causas multifatoriais dessas patologias, o sedentarismo 
surge como fator determinante nos agravos à saúde. Diversos 
estudos epidemiológicos vêm evidenciando que a prática re-
gular de atividade física pode ser uma estratégia de prevenção 
e promoção de saúde, e, nas últimas três décadas, numerosos 
33© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 1 – ATIVIDADES FÍSICAS, EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE
trabalhos têm demonstrado que altos índices de aptidão física 
ou atividade física estão inversamente associados ao surgimento 
de patologias como doença arterial coronariana, diabetes, hiper-
tensão, osteoporose e alguns tipos de câncer.
Na atualidade, os principais estudos sobre Epidemiologia 
da Atividade Física continuam a investigar o sedentarismo como 
fator de risco, ou o estilo de vida fisicamente ativo como fator de 
proteção à saúde. Outro aspecto que vem sendo pesquisado são 
as variáveis da atividade física (modalidade, volume, intensidade 
e frequência) e sua associação com a melhoria da saúde – entre-
tanto, ainda não existe um consenso sobre esses fatores.
Considerando que o sedentarismo já é visto como fator de 
risco primário para as doenças cardiocirculatórias, sendo identi-
ficada sua alta prevalência, a Epidemiologia da Atividade Física 
torna-se fundamental na investigação de fatores determinan-
tes da atividade física para que haja propostas estratégicas de 
promoção e intervenção para adoção e aderência de sua práti-
ca regular, contribuindo para a diminuição dos gastos públicos 
hospitalares e melhorando o impacto positivo na saúde pública, 
otimizando assim a qualidade de vida das populações.
Antes de continuar seus estudos, leia o artigo indicado 
no tópico 3. 2.
2.3. ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS E SUAS APLICAÇÕES PRÁTICAS
A epidemiologia pode ser dividida em duas grandes linhas 
de estudo: a Epidemiologia Descritiva, que permite a descri-
ção de tais eventos ou fenômenos de saúde, e a Epidemiologia 
34 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 1 – ATIVIDADES FÍSICAS, EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE
Analítica, que tem como objetivo complementar estudos obser-
vacionais, testando hipóteses investigativas. Serão abordados 
agora os conceitos, os tipos de estudo e as aplicações de Epide-
miologia Analítica, e sua relação com a área de Educação Física.
O principal fundamento da Epidemiologia Analítica é 
apontar quais subgrupos da população apresentam risco e quais 
apresentam proteção para desenvolver um determinado evento 
em saúde (FLORINDO; HALLAL, 2011).
De acordo com as referências bibliográfica específicas, os 
métodos epidemiológicos podem ser classificados de diversas 
formas; porém, a classificação mais frequente, na Epidemiologia 
aplicada à Educação Física, é a seguinte: estudos observacionais 
e experimentais ou de intervenção. Vejamos ambos em detalhes.
Estudos observacionais
Nos estudos observacionais, a postura do pesquisador é 
representada pela observação da realidade. Por exemplo: veri-
ficar o nível de atividade física de jovens universitários, ou seja, 
faz-se a escolha de um determinado grupo, aplica-se um método 
(no caso, um questionário) e tem-se os dados coletados naquele 
momento e fato.
Segundo Florindo e Hallal (2011), os estudos observacio-
nais podem ainda ser subdivididos em: transversais, coorte, ca-
so-controle e ecológicos.
O estudo transversal, também chamado de seccional ou 
pontual, investiga a ocorrência de um determinado evento em 
saúde em um período de tempo específico, tendo como objetivo 
fazer diagnósticos ou até mesmo monitoramento para que pos-
síveis ações sejam estabelecidas. Para melhor entendermos, po-
35© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 1 – ATIVIDADESFÍSICAS, EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE
demos exemplificar com um estudo realizado sobre diferenças 
de gênero na atividade física realizada no lazer. Nesse exemplo, a 
inatividade física seria o objeto principal de investigação do estu-
do e o gênero, a exposição. No resultado encontrado, verificou-
-se que as mulheres apontam maior prevalência de inatividade 
física no lazer, quando comparadas aos homens.
Os estudos de coorte ou longitudinais consistem em acom-
panhar um grupo de indivíduos ao longo do tempo, observando-
-se, a partir da exposição, o desenvolvimento dos eventos em 
saúde, verificando o surgimento de novos casos e seus fatores 
determinantes.
O termo "coorte" deriva da cultura militar e representa um 
grupo de 300 a 600 guerreiros que formavam uma unidade, e 
10 unidades que formavam uma legião de soldados. Um exem-
plo de estudo de coorte seria a investigação da ocorrência de 
novos casos de depressão em indivíduos ativos e inativos, em 
que os autores concluíram que o aparecimento de novos casos 
de depressão foi significantemente maior entre inativos, quando 
comparados aos casos de sujeitos ativos.
Os estudos de caso-controle ou retrospectivos são usa-
dos para investigar eventos em saúde, como doenças de baixa 
incidência ou período de exposição prolongado. Dentro de um 
período, formam-se 2 grupos, com indivíduos com dada doença 
(casos) e outros com pessoas sem determinada doença (contro-
les). Eles são selecionados e expostos aos fatores de risco, e de-
pois os grupos são comparados. Esse tipo de estudo tem como 
vantagem o baixo custo, a facilidade para estudar doenças raras 
e a eficiência estatística.
Realizou-se pesquisa de caso-controle em 52 países, in-
vestigando diversos fatores de risco na atividade física e sua as-
36 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 1 – ATIVIDADES FÍSICAS, EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE
sociação com o desenvolvimento de infarto agudo do miocár-
dio (IAM). O estudo partiu da definição dos casos existentes da 
doença; depois, os controles foram definidos e separados por 
gênero e faixa etária. Com a aplicação de questionários padro-
nizados, concluiu-se que ocorria um maior número de casos de 
IAM em sujeitos inativos.
Já os estudos ecológicos são usados quando se quer ava-
liar a associação entre variáveis contextuais, que afetam grandes 
grupos populacionais ao mesmo tempo. Subdivide-se em inves-
tigações de base territorial (referências geográficas, bairros, mu-
nicípios, estados, países) e estudos de agregados institucionais 
coletivos (escolas, empresas, hospitais, prisões). Verificou-se a 
prevalência de casos de obesidade juvenil em escolas públicas e 
privadas, e foi constatado que, nas escolas particulares, o núme-
ro de casos seria maior devido ao alto poder econômico dos pais 
e maior acesso a alimentos industrializados.
Estudos experimentais ou de intervenção
Nos estudos experimentais ou de intervenção, o pesqui-
sador intervém, atuando com técnica específica, o que resulta no 
que se chama "experimentação". Um exemplo seria a verificação 
do efeito de protocolo de exercícios resistidos frente ao percen-
tual de gordura em idosos fisicamente ativos.
Esses estudos visam avaliar a eficácia ou o efeito de proce-
dimentos diagnósticos, preventivos e terapêuticos. Eles trabalham 
com dois grupos (intervenção e controle) e dividem-se em estudos 
randomizados e não randomizados. Entre os estudos randomiza-
dos, encontram-se os ensaios clínicos, estudos de intervenção e 
ensaios preventivos comunitários. A lógica metodológica é a mes-
ma: um dos grupos receberá a intervenção e outro, não.
37© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 1 – ATIVIDADES FÍSICAS, EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE
Nos ensaios não randomizados, a intervenção é realizada 
em indivíduos da mesma população nos períodos anterior e pos-
terior, avaliando eficácia, efetividade e eficiência.
De forma geral, os estudos experimentais são largamente 
utilizados na área de Educação Física, na verificação de efeitos do 
treinamento físico frente a patologias e suas respostas agudas e 
crônicas, com o intuito de verificar a atividade física como estra-
tégia de prevenção ou terapêutica.
Atualmente, os estudos epidemiológicos na área de ativi-
dade física centram-se nos seguintes temas: níveis de atividade 
física em diferentes grupos, riscos associados à inatividade física, 
benefícios biopsicossociais da prática regular de atividade física, 
estudos de aderência aos programas de atividade física e exer-
cício, relação de taxas de mortalidade e longevidade associadas 
à atividade física, impacto da atividade física na saúde pública, 
entre outros.
Considerando todas essas informações, a Epidemiologia 
pode ser compreendida como um processo contínuo de acúmu-
lo de conhecimentos, com o objetivo de prover evidências, cada 
vez mais consistentes, de associação entre saúde e fatores de 
risco e protetores, e vem ganhando notoriedade na área de Edu-
cação Física, podendo ser aplicada na atuação profissional, tanto 
na área de educação, saúde, fitness como no âmbito esportivo.
No tópico 3. 3, indicamos algumas leituras a respeito dos 
estudos epidemiológicos e suas aplicações práticas.
38 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 1 – ATIVIDADES FÍSICAS, EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE
2.4. ATIVIDADE FÍSICA, SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS
A prescrição de exercícios físicos para a saúde busca a pre-
venção de doenças e o aumento do vigor para a realização das 
atividades da vida diária (AVD), a superação de tarefas do dia a 
dia e o controle do estresse. Esse conjunto de fatores pode con-
tribuir de forma significativa para a melhoria do bem-estar e a 
aderência de um estilo de vida saudável de trabalhos e exercícios 
físicos (NILMAN, 2000).
Os programas de condicionamento físico podem contem-
plar: atividades físicas, exercícios físicos, modalidades esporti-
vas individuais e coletivas e até mesmo prática corporal, como 
ginástica, dança, jogos, lutas e brincadeiras, desde que tenham 
objetivos propostos.
O American College Sport Medicine (2011) recomenda, 
em suas diretrizes, um programa de exercícios físicos que in-
clua aquisição de aptidão cardiorrespiratória, força e flexibilida-
de, em volumes e intensidades suficientes para a prevenção de 
doenças crônico-degenerativas em indivíduos aparentemente 
saudáveis de todas as idades. Além disso, esses programas po-
dem ser adaptados de acordo com as condições ou necessidades 
específicas do indivíduo.
As capacidades físicas, ou objetivos propostos, que devem 
ser trabalhadas em um programa de aptidão física à saúde são:
1) Aptidão cardiorrespiratória: capacidade de continuar 
ou persistir em tarefas extenuantes por longo período 
de tempo.
2) Melhora da composição corporal: redistribuição dos 
tecidos corporais, caracterizada pelo aumento de mas-
sa magra e diminuição de tecido gorduroso.
39© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 1 – ATIVIDADES FÍSICAS, EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE
3) Força: capacidade de resistir a um esforço contrário 
por determinado período de tempo, auxiliando na 
postura, no equilíbrio muscular e nas tarefas conside-
radas funcionais.
4) Flexibilidade: melhoria na amplitude de movimento, 
caracterizando facilidade na mobilidade articular.
5) Resistência Muscular Localizada (RML): capacidade 
de suprir a força submáxima repetidamente em curtos 
intervalos.
Para elaboração dos programas de condicionamento físico, 
devem ser considerados diversos fatores para poder atingir os 
objetivos:
1) Interesse individual: para que tenha resultados dese-
jáveis, o programa deve ir ao encontro do objetivo tra-
çado entre professor e aluno.
2) Necessidade de saúde: verificar fatores de risco ou 
estado clínico do indivíduo por meio da avaliação físi-
ca e até mesmo médica tem grande importânciapara 
classificá-lo se está apto ou não a iniciar um programa.
3) Modalidade apropriada: identificar as atividades físi-
cas com que o indivíduo tem familiaridade ou tenha 
afinidade é de suma importância para a aderência ao 
programa. Outro aspecto importante é selecionar a 
modalidade que irá promover melhores resultados em 
menor tempo e causar o mínimo de efeito colateral.
4) Frequência: é de extrema importância determinar cor-
retamente o número de vezes por semana em que se 
dá a prática.
5) Duração: o tempo de execução da sessão deve ser mo-
nitorado para evitar excessos e causar lesões.
40 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 1 – ATIVIDADES FÍSICAS, EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE
6) Progressão: a continuidade e aderência ao programa 
é fundamental para adoção de estilo de vida saudável.
7) Intensidade: é a qualidade com que é executada a 
atividade ou exercício, portanto, deve ser mensurada 
para que se possa chegar ao objetivo proposto. Exis-
tem diversas metodologias para mensuração da inten-
sidade; entretanto, a escolha dependerá da modali-
dade de atividade física proposta e da adequação do 
método para que se consiga atingir o objetivo.
Veja, a seguir, na Figura 4, o quadro ilustrativo sobre os 
fatores a serem considerados para prescrição dos exercícios ou 
atividades físicas:
Figura 4 Fatores importantes para a prescrição dos exercícios.
41© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 1 – ATIVIDADES FÍSICAS, EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE
A intensidade do exercício físico é um ponto-chave que 
deve ser destacado para alcançar os objetivos relacionados à ap-
tidão física voltada para a saúde. Em programas de condiciona-
mento físico voltados para a diminuição de fatores de risco e a 
melhora da aptidão física visando à promoção da saúde, a inten-
sidade deve ser de leve a moderada (ARAÚJO; ARAÚJO, 2000). 
Observe o gráfico na Figura 5:
Figura 5 Gráfico com a relação entre intensidade de exercícios e objetivos relacionados 
à aptidão física e saúde. 
Ainda não existe um consenso científico exato para alcan-
çar os resultados desejáveis à saúde; entretanto, sabe-se que 
existe o mínimo de atividade física que o indivíduo deve praticar 
para ter melhora da aptidão física e ganhos paralelos à saúde. Na 
atualidade, existem várias definições e recomendações mundiais 
sobre a prática de atividade física. A tabela a seguir apresenta 
uma síntese dessas recomendações.
42 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 1 – ATIVIDADES FÍSICAS, EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE
Tabela 1 Síntese das definições das principais recomendações 
mundiais para atividade física.
Fonte: Lima, Levy e Luiz (2014).
Para a prescrição de exercícios físicos com o intuito de pro-
mover a saúde, temos que nos ater à periodicidade, ao número 
de vezes por semana, à duração e à intensidade, conforme já foi 
estudado. Além disso, o praticante deverá ter a liberação de um 
médico, após passar por uma série de exames, e, se possível, ser 
submetido a testes cardiológicos, ortopédicos e até mesmo ser 
orientado por uma profissional da área de nutrição (PITANGA, 
2010).
A duração e a intensidade de exercícios devem ter as "do-
ses certas" – trabalhar em baixas intensidades não promove 
adaptações e trabalhar em altas intensidades pode provocar da-
nos ao organismo. Encontrar a intensidade "certa" ou adequada 
é a grande chave para o sucesso do programa de condiciona-
mento físico.
43© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 1 – ATIVIDADES FÍSICAS, EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE
A composição ou organização das sessões de exercícios 
deverá levar em consideração a disponibilidade de tempo do 
indivíduo.
Vejamos o exemplo a seguir.
Considerando um aluno com disponibilidade para praticar 
três vezes por semana, contemple o trabalho das três capacida-
des físicas (Força, Resistência Aeróbia e Flexibilidade) na mesma 
sessão.
Observe, a seguir, a Figura 6 – um quadro explicativo com 
uma sugestão de distribuição das sessões de treinamento em 
três vezes por semana:
 
Figura 6 Distribuição das sessões de treinamento. 
Entretanto, se a disponibilidade for de cinco vezes por se-
mana, seria interessante e motivador, para a realização das ses-
sões, intercalar o trabalho de modalidades ou capacidades físi-
cas em dias alternados.
44 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 1 – ATIVIDADES FÍSICAS, EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE
Quadro 1 Organização de sessões de treinamento semanal.
ORGANIZAÇÃO DE SESSÕES DE TREINAMENTO SEMANAL
Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira
Treinamento 
de Força
Treinamento
Cardiorrespiratório 
e Flexibilidade
Treinamento 
de Força
Treinamento
Cardiorrespiratório 
e Flexibilidade
Treinamento 
de Força
Esses exemplos são apenas sugestões e pontos de partida 
para a prescrição de atividade física com o intuito de prevenir 
doenças e promover a saúde. O mais importante é o encoraja-
mento e a adoção de um estilo de vida saudável, que contemple 
hábitos de vida preventivos, com a prática regular de atividade 
física, alimentação equilibrada, controle do estresse e bons rela-
cionamentos pessoais.
Antes de finalizarmos os estudos desta unidade, sugeri-
mos que você leia os artigos indicados no tópico 3. 4.
Vídeo complementar –––––––––––––––––––––––––––––––
Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar 1.
•	 Para assistir ao vídeo pela Sala de Aula Virtual, clique na aba Videoaula, 
localizado na barra superior. Em seguida, busque pelo nome da disciplina 
para abrir a lista de vídeos.
•	 Caso você adquira o material, por meio da loja virtual, receberá também um 
CD contendo os vídeos complementares, os quais fazem parte integrante 
do material. 
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
45© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 1 – ATIVIDADES FÍSICAS, EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR
O Conteúdo Digital Integrador representa uma condição 
necessária e indispensável para você compreender integralmen-
te os conteúdos apresentados nesta unidade.
3.1. CONCEITOS INICIAIS: SAÚDE, PROMOÇÃO DE SAÚDE E 
QUALIDADE DE VIDA, ATIVIDADE FÍSICA E EXERCÍCIO FÍSICO 
E APTIDÃO FÍSICA
Definição de saúde
No artigo indicado a seguir, Guedes e Guedes (1995) reali-
zaram uma revisão de literatura referente aos conceitos e pres-
supostos que são utilizados como referências nas ações direcio-
nadas à saúde mediante a prática de atividade física. Discutem 
o conceito de saúde de uma forma ampliada, retificando a con-
cepção antiquada de "saúde", que se refere apenas a ausência 
de doença.
• GUEDES, D. P., GUEDES, J. R. P. Atividade, aptidão física e 
saúde. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, Pe-
lotas, v. 1, n. 1, p. 18-35, 1995. Disponível em: <http://
periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/RBAFS/article/
viewFile/451/495>. Acesso em: 6 abr. 2016.
Definição de promoção de saúde e qualidade de vida
A leitura indicada a seguir reúne os documentos de refe-
rência resultantes do processo de discussão e construção cole-
tiva sobre os conceitos fundamentais abordados no contexto 
da promoção de saúde, realizado em várias partes do mundo. A 
46 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 1 – ATIVIDADES FÍSICAS, EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE
Carta de Ottawa e a Declaração do México são publicações ori-
ginais. Já os demais documentos (Declaração de Alma-Ata, De-
claração de Adelaide, Declaração de Sundswall, Declaração de 
Santafé de Bogotá, Declaração de Jacarta, Rede de Megapaíses) 
foram compilados. O conteúdo abordado constitui instrumento 
de fundamental referência para gestores, gerentes, profissionais 
de saúde, pesquisadores e demais atores interessados nas ques-
tões pertinentes ao tema.
• BRASIL. Ministérioda Saúde. Secretaria de Políticas de 
Saúde. Projeto promoção da saúde. As cartas da promo-
ção da saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. (Sé-
rie Textos Básicos em Saúde). Disponível em: <http://
bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartas_promo-
cao.pdf>. Acesso em: 6 abr. 2016.
O livro indicado a seguir traz as informações de estudos 
que nortearam a padronização de protocolos de avaliação fun-
cional e de treinamento físico para indivíduos com diferentes ti-
pos de disfunções orgânicas, aprofundando-se em vários temas, 
o que faz dele um grande referencial para área de Atividade Físi-
ca e saúde. Destacamos a leitura do capítulo 1, páginas de 2 a 24, 
que relata os principais estudos de prevalência do sedentarismo 
em diferentes populações brasileiras e seus riscos à saúde.
• NEGRÃO, C. E.; BARRETTO, A. C. P. Cardiologia do exer-
cício: do atleta ao cardiopata. Barueri: Manole, 2005. 
(Disponível na Biblioteca Digital Universitária).
Definição de atividade física, exercício físico e aptidão física
O artigo indicado a seguir aborda a relação da saúde e da 
qualidade de vida do homem, que podem ambas ser preservadas 
e aprimoradas pela prática regular de atividade física. Apresenta 
47© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 1 – ATIVIDADES FÍSICAS, EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE
o sedentarismo como condição desfavorável para a saúde. Trata-
-se de um documento elaborado por especialistas em exercício e 
esporte, que se baseia em conceitos científicos e na prática clíni-
ca, destinado à população de indivíduos aparentemente sadios. 
O texto objetiva instrumentalizar os profissionais de saúde para 
o uso eficiente da atividade física.
• CARVALHO, T. et al. Posição oficial da Sociedade Brasi-
leira de Medicina do Esporte: atividade física e saúde. 
Revista Brasileira de Medicina do Esporte, São Paulo, v. 
2, n. 4, p. 79-81, out./dez. 1996. Disponível em: <http://
www.medicinadoesporte.com/SBME_Posicionamen-
toOficial_1997_AtividadeFisicaeSaude.pdf>. Acesso 
em: 6 abr. 2016.
A obra Epidemiologia, atividade física, do exercício físico e 
da saúde é considerada referência na área de Epidemiologia apli-
cada à Educação Física. A obra é construída com uma linguagem 
de fácil acesso, com conceitos bem definidos e colocados. Procu-
ra identificar os fatores determinantes do estilo de vida saudável 
e a redução das principais disfunções orgânicas e do desenvol-
vimento de doenças. Trabalha o princípio e os pressupostos da 
prescrição de atividade física para o tratamento e a prevenção de 
doenças crônico-degenerativas.
• PITANGA, F. J. G. Epidemiologia, atividade física, do exer-
cício físico e da saúde. 3. ed. São Paulo: Phorte, 2010. 
(Disponível na Biblioteca Virtual Universitária).
3.2. EPIDEMIOLOGIA APLICADA À ATIVIDADE FÍSICA
O artigo indicado neste tópico teve como principal objetivo 
realizar um estudo sobre os principais paradigmas de conceitos 
48 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 1 – ATIVIDADES FÍSICAS, EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE
sobre atividade física, saúde e Epidemiologia, bem como seus as-
pectos históricos e as transições seculares dos tipos de doenças. 
Ao seu final, indica os modelos e tipos de estudos mais relevan-
tes para a realidade brasileira.
•	 PITANGA, F. J. G. Epidemiologia, atividade física e 
saúde. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, 
Brasília, v. 10, n. 3, p. 49-54, jul. 2002. Disponível 
em: <http://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/article/
viewFile/463/489>. Acesso em: 10 dez. 2015.
3.3. ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS E SUAS APLICAÇÕES PRÁTICAS
A obra indicada neste tópico trata da Epidemiologia apli-
cada à atividade física, tendo como interesse o campo da saúde 
pública. Devido ao crescimento das doenças crônico-degenera-
tivas, principalmente no tocante às epidemias de sobrepeso e 
obesidade, o autor contextualiza a intervenção da atividade físi-
ca em parâmetros epidemiológicos. Sugerimos a leitura do capí-
tulo 1, que traz a terminologia, a conceituação e o histórico da 
atividade física do ponto de vista populacional, e do capítulo 2, 
que traça um histórico da atividade física e saúde e sua origem 
até o século 20.
• FLORINDO A. A., HALLAL P. C. Epidemiologia da ativida-
de física. Rio de Janeiro: Atheneu 2011.
O artigo indicado a seguir apresenta, além dos conceitos 
básicos da Epidemiologia, o delineamento dos tipos de estudo 
observacionais e sua aplicação na área de envelhecimento. Em-
bora seja um artigo de abrangência na área da saúde, nele são 
discutidos os principais estudos sobre envelhecimento.
49© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 1 – ATIVIDADES FÍSICAS, EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE
• LIMA-COSTA, M. F.; BARRETO, S. M. Tipos de estudos 
epidemiológicos: conceitos básicos e aplicações na área 
do envelhecimento. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 
Brasília, v. 12, n. 4, p. 189-201, out./dez. 2003. Dispo-
nível em: <http://scielo.iec.pa.gov.br/pdf/ess/v12n4/
v12n4a03.pdf>. Acesso em: 6 abr. 2016.
3.4. ATIVIDADE FÍSICA, SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS
O artigo aqui indicado trata das relações entre aptidão físi-
ca, saúde e qualidade de vida. Fixa os conteúdos do texto e leva 
em consideração a problematização da prática de atividade física 
regular. Começa com a definição desses conceitos e, posterior-
mente, analisa a relação entre qualidade de vida no tocante a 
saúde e aptidão física.
• ARAÚJO, D. S. M. S.; ARAÚJO, C. G. S. Aptidão física, saú-
de e qualidade de vida relacionada à saúde em adultos. 
Revista Brasileira de Medicina do Esporte, São Paulo, 
v. 6, n. 5, p. 194-203, set./out. 2000. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/rbme/v6n5/v6n5a05.pdf>. 
Acesso em: 6 abr. 2016.
O próximo artigo indicado faz um estudo comparativo de 
metanálise, comparando os resultados de diversas diretrizes so-
bre a prescrição da atividade física voltada à saúde. Em linhas 
gerais, o artigo conclui que há falta de definição de dose mínima 
de atividade física, o que interfere na implantação de políticas 
públicas de saúde e incentivo à sua prática regular.
• LIMA, D. F.; LEVY, R. B.; LUIZ, O. C. Recomendações para 
atividade física e saúde: consensos, controvérsias e 
ambiguidades. Revista Panamericana de Salud Pública, 
50 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 1 – ATIVIDADES FÍSICAS, EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE
Washington, v. 36, n. 3, p. 164-70, 2014. Disponível em: 
<http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext
&pid=S1020-49892014000800004>. Acesso em: 6 abr. 
2016.
O artigo do Prof. Alexandre Palma, indicado a seguir, nos 
traz o questionamento sobre a relação entre conjuntura socioe-
conômica e estado de saúde, saindo um pouco do consenso so-
bre os benefícios da atividade física do ponto de vista biológico e 
trazendo à tona a questão social na saúde.
• PALMA. A. Atividade física, processo saúde-doença e 
condições sócio-econômicas: uma revisão da literatu-
ra. Revista Paulista de Educação Física, São Paulo, v. 14, 
n. 1, p. 97-106, jan./jun. 2000. Disponível em: <http://
www.esefap.edu.br/downloads/biblioteca/atividade-
-fisica-processo-saudedoenca-e-condicoes-socioeco-
nomicas-uma-revisao-da-literatura-1254240452.pdf>. 
Acesso em: 6 abr. 2016.
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para 
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em 
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteú-
dos estudados para sanar as suas dúvidas.
1) Após estudar os conteúdos desta unidade, como você definiria o conceito 
de saúde?
2) Qual a diferença entre atividade física e exercício físico?
3) Qual a relação entre promoção de saúde e atividade física?
51© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 1 – ATIVIDADES FÍSICAS, EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE
4) Qual é o conceito de Epidemiologia e suas aplicaçõespráticas na área da 
Educação Física?
5) Qual são os três tipos de estudos epidemiológicos? Defina cada um deles.
6) Quais capacidades físicas devem ser trabalhadas em um programa de ati-
vidade física voltado para a prevenção de doenças?
5. CONSIDERAÇÕES
Nesta unidade, tivemos contato com os primeiros concei-
tos sobre atividade física, saúde, exercício físico e sua relação 
com a prevenção de disfunções orgânicas. Ao longo da unidade, 
você pôde perceber a importância de entendimento desses con-
ceitos e de suas aplicações práticas.
Você viu que o universo da Epidemiologia é fantástico, pois 
nos esclarece a relação de fatores que interferem na saúde e nos 
mostra os tipos de estudo que nos fornecem informações acerca 
das populações.
Agora você sabe diferenciar atividade física e exercício físi-
co, e isso o ajudará na tomada de decisão na prescrição de ati-
vidades motoras, seja para a manutenção da saúde, seja para a 
prevenção e o tratamento de disfunções orgânicas.
Você, como um futuro profissional de Educação Física, pas-
sa a saber a importância da atividade física para a saúde humana 
e os principais fatores que devem ser levados em consideração 
na elaboração de programas de atividade física.
Na próxima unidade, iremos estudar a influência da ativi-
dade física na prevenção e no tratamento de doenças conhecidas 
como metabólicas, como a obesidade, a síndrome metabólica, o 
diabetes e a dislipidemia.
52 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 1 – ATIVIDADES FÍSICAS, EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE
6. E-REFERÊNCIAS
Figura
Figura 4 Fatores importantes para a prescrição dos exercícios. Disponível em: <http://
pt.slideshare.net/VieiraPersonal/prescrio-de-atividade-fsica>. Acesso em: 20 abr. 2016.
Sites pesquisados
ARAÚJO, D. S. M. S.; ARAÚJO, C. G. S. Aptidão física, saúde e qualidade de vida 
relacionada à saúde em adultos. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, São Paulo, 
v. 6, n. 5, p. 194-203, set./out. 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbme/
v6n5/v6n5a05.pdf>. Acesso em: 6 abr. 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Projeto Promoção da 
Saúde. As cartas da promoção da saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. (Série 
Textos Básicos em Saúde). Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
publicacoes/cartas_promocao.pdf>. Acesso em: 6 abr. 2016.
CARVALHO, T. et al. Posição oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte: 
atividade física e saúde. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, São Paulo, v. 2, n. 4, 
p. 79-81, out./dez. 1996. Disponível em: <http://www.medicinadoesporte.com/
SBME_PosicionamentoOficial_1997_AtividadeFisicaeSaude.pdf>. Acesso em: 6 
abr. 2016.
GUEDES, D. P.; GUEDES, J. E. R. P. Atividade física, aptidão física e saúde. Revista 
Brasileira de Atividade Física e Saúde, Pelotas, v. 1, n. 1, p. 18-35, 1995. Disponível em: 
<http://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/RBAFS/article/viewFile/451/495>. 
Acesso em: 6 abr. 2016.
LIMA, D. F.; LEVY, R. B.; LUIZ, O. C. Recomendações para atividade física e saúde: 
consensos, controvérsias e ambiguidades. Revista Panamericana de Salud Pública, 
Washington, v. 36, n. 3, p. 164-70, 2014. Disponível em: <http://www.scielosp.org/
scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1020-49892014000800004>. Acesso em: 6 abr. 
2016.
MENEZES, A. M. B; SANTOS, I. da S. dos. Curso de epidemiologia básica para 
pneumologistas. Jornal Brasileiro de Pneumologia. Mai-Jun, 1999. Disponível em: < 
https://books.google.com.br/books?id=C2ovvwGDX3oC&printsec=frontcover&hl=pt-
BR&rview=1&lr=#v=onepage&q&f=false>. Acesso em: 20 abr. 2016.
53© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 1 – ATIVIDADES FÍSICAS, EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE
PITANGA, F. J. G. Epidemiologia, atividade física e saúde. Revista Brasileira de Ciência 
e Movimento, Brasília, v. 10, n. 3, p. 49-54, jul. 2002. Disponível em: <http://
portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/article/viewFile/463/489>. Acesso em: 
6 abr. 2016.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FLORINDO, A. A.; HALLAL, P. C. Epidemiologia da atividade física. Rio de Janeiro: 
Atheneu, 2011.
NEGRÃO, C. E.; BARRETTO, A. C. P. (Eds.). Cardiologia do exercício: do atleta ao 
cardiopata. Barueri: Manole, 2005.
PITANGA, F. J. G. Epidemiologia, atividade física, do exercício físico e da saúde. 3. ed. 
São Paulo: Phorte, 2010.
© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE

Outros materiais