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COMPLICAÇÕES NA ESTÉTICA - LIVRO 01

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COMPLICAÇÕES NA ESTÉTICA 
LIVRO 01 
 
2 
 
Complicações na Estética 
 
 
SOBRE A FACULDADE 
 
Propósito 
 Mudar a vida das pessoas para melhor. 
 
Missão 
 Educar profissionais da saúde e negócios para fazer diferença no mercado e 
na vida. 
 
Visão 
 Proporcionar educação de qualidade segmentos da Saúde, Estética, Bem-
Estar e Negócios, tornando-se referência nos mercados regional, nacional e 
internacional. 
 
Valores 
 Liderança: porque devemos liderar pessoas, atraindo seguidores e 
influenciando mentalidades e comportamentos de formas positiva e vencedora. 
 Inovação: porque devemos ter a capacidade de agregar valor aos produtos da 
empresa, diferenciando nossos beneficiários no merca- do competitivo. 
 Ética: porque devemos tratar as coisas com seriedade e em acordo com as 
regulamentações e legislações vigentes. 
 Comprometimento: porque devemos construir e manter a confiança e os bons 
relacionamentos. 
 Transparência: porque devemos sempre ser verdadeiros, sinceros e ca- 
pazes de justificar as nossas ações e decisões. 
 
3 
 
Complicações na Estética 
SUMÁRIO 
 
COMPLICAÇÕES COM MICROAGULHAMENTO ..................................................... 6 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 7 
COMPLICAÇÕES: COMO PROCEDER..................................................................... 8 
Dor .............................................................................................................................. 8 
Hiperpigmentação Pós-Inflamatória ........................................................................ 8 
Acne ........................................................................................................................... 8 
Hematoma .................................................................................................................. 9 
Dermatite De Contato ................................................................................................ 9 
Infecções Bacterianas ............................................................................................ 10 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 11 
COMPLICAÇÕES COM TOXINA BOTULINICA (TB) .............................................. 12 
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 13 
COMPLICAÇÕES ..................................................................................................... 15 
1. As complicações decorrentes da injeção da TB ............................................ 15 
Eritema E Edema ...................................................................................................... 15 
Equimose .................................................................................................................. 15 
Cefaleia E Náuseas ................................................................................................... 16 
2. As complicações decorrentes do efeito da TB .............................................. 16 
Assimetria.................................................................................................................. 16 
Ptose Palpebral Severa ............................................................................................. 17 
Logoftalmo, Diplopia E Síndrome Do Olho Seco ....................................................... 18 
Ptose Superciliar ....................................................................................................... 18 
Elevação Excessiva Da Cauda Do Supercílio ........................................................... 19 
Acentuação Das Bolsas Gordurosas Em Pálpebras Inferiores ................................. 19 
Agravamento Das Linhas Zigomáticas E Nasais ....................................................... 20 
Ptose Do Lábio Superior ........................................................................................... 20 
Incontinência Do Músculo Orbicular Da Boca ........................................................... 20 
Alergia A Toxina Botulínica ....................................................................................... 21 
TRATAMENTOS DAS COMPLICAÇÕES ................................................................ 22 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 23 
COMPLICAÇÕES COM PREENCHEDORES .......................................................... 24 
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 25 
 
4 
 
Complicações na Estética 
PRÉ- TRATAMENTO: AVALIAÇÃO CLÍNICA E CONSENTIMENTO INFORMADO
 .................................................................................................................................. 26 
Patologias ................................................................................................................ 26 
Fármacos ................................................................................................................. 26 
Contraindicações .................................................................................................... 27 
Documentação fotográfica ..................................................................................... 27 
Termo consentimento informado .......................................................................... 27 
COMPLICAÇÕES ..................................................................................................... 27 
INFLAMAÇÃO, HIPEREMIA, SENSIBILIDADE e HEMATOMAS ........................... 28 
ERITEMA .................................................................................................................. 28 
EDEMA ..................................................................................................................... 28 
TINDALIZAÇÃO ....................................................................................................... 29 
ATIVAÇÃO DA HERPES .......................................................................................... 30 
INFECÇÃO ................................................................................................................ 31 
HIPERSENSIBILIDADE AGUDA .............................................................................. 31 
PROTUBERÂNCIAS ................................................................................................ 31 
COMPLICAÇÕES VASCULARES ........................................................................... 32 
NÓDULOS ................................................................................................................ 34 
GRANULOMA ........................................................................................................... 35 
INFECÇÃO ................................................................................................................ 36 
BIOFILMES ............................................................................................................... 36 
MIGRAÇÃO DE MATERIAL DO PREENCHIMENTO .............................................. 37 
HIALURONIDASE .................................................................................................... 37 
CONTRA-INDICAÇÕES DA HIALURONIDASE ...................................................... 38 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 39 
COMPLICAÇÕES COM PROCEDIMENTOESTÉTICO INJETÁVEL PARA 
MICROVASOS (PEIM) ..............................................................................................42 
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 43 
COMPLICAÇÕES: COMO TRATAR ........................................................................ 43 
Hiperpgmentação Pós Peim ................................................................................... 43 
Angiogênese ............................................................................................................ 45 
Necrose Cutânea ..................................................................................................... 45 
Dor ............................................................................................................................ 45 
Edema ...................................................................................................................... 46 
Tromboflebite Superficial ....................................................................................... 46 
 
5 
 
Complicações na Estética 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 47 
COMPLICAÇÕES EM MESOTERAPIA / INTRADERMOTERAPIA ......................... 48 
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 49 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 54 
 
 
 
6 
 
Complicações na Estética 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMPLICAÇÕES COM 
MICROAGULHAMENTO 
 
 
7 
 
Complicações na Estética 
INTRODUÇÃO 
 
Na década de 90, na Alemanha, surge a técnica de microagulhamento sob a 
marca Dermarroler™, somente em 2006 este procedimento começou a se difundir por 
todo o mundo. 
Trata-se de uma técnica que utiliza um rolo em forma de tambor pequeno com 
diversas agulhas finas (0,1mm de diâmetro) fixadas, feitos de aço inoxidável cirúrgico, 
em diferentes milímetros de comprimento (0,5 a 3,0 mm) posicionados paralelamente 
em várias fileiras (DODDABALLAPEER, 2009). O sistema roller provoca micro lesões 
na pele, gerando um processo inflamatório local e consequentemente aumentando a 
proliferação celular (principalmente dos fibroblastos) e o metabolismo celular deste 
tecido (derme e epiderme) (KLAYN; LIMANA; MOARES,2013). 
Esta técnica é utilizada para o tratamento de afecções dermatológicas (ex.: 
problemas de pigmentação, rugas, acne e cicatrizes), na terapia de indução de 
colágeno no rejuvenescimento facial e para veiculação de princípios ativos. Além da 
vantagem de causar poucos efeitos colaterais, a técnica tem baixo custo, cicatrização 
rápida e intervenção em áreas de difícil acesso. 
Como contra-indicações, pode-se citar a presença de lesões cancerígenas, 
cicatrizes hipertróficas e queloide, fototipos elevados, verrugas, hiperqueratose solar, 
psoríase, rosácea, herpes ou acne ativa, uso de anticoagulantes e corticoides, 
diabetes, gravidez, doença neuromuscular e distúrbios hemorrágicos (NEGRÃO, 
2015). 
Algumas complicações podem surgir, como hiperpigmentação pós-inflamatória, 
cortes e arranhões na pele (quando mal utilizado), hematomas, edema, queloide 
(quando há predisposição) e acne. A técnica utilizada de forma inadequada, pode 
ocasionar quadros infecciosos. 
 
 
8 
 
Complicações na Estética 
COMPLICAÇÕES: COMO PROCEDER 
 
Dor 
 
A dor é comum pós procedimento. O anti-inflamatório deve ser evitado 
para obtenção de resultados efetivos, mas se a dor for persistente, pode ser 
tratada com analgésicos. 
 Compressas frias e/ou calmantes. Se a dor persistir, utilizar anti-inflamatório 
não esteroidal. 
 
Hiperpigmentação Pós-Inflamatória 
 
O microagulhamento causa inflamação na pele, esta inflamação pode 
estimular a atividade dos melanócitos, liberando melanossomas (grânulos de 
pigmento) em abundância. Estes melanossomas contém tirosinase (uma 
enzima de pigmentação que começa a produção de melanina) e sintetizam 
melanina. Estimulados, os grânulos de pigmento em excesso escurecem e 
mudam a cor da área anteriormente tratada, permanecendo de forma 
persistente após a recuperação da ferida inicial. 
 O tratamento das desordens hiperpigmentares é realizado à base de 
substâncias despigmentantes ou clareadoras da pele. Sabe-se que o 
tratamento da pele discrômica é difícil, pois muitos compostos efetivos no 
tratamento apresentam propriedades reatogênicas e podem, em certo caso, 
promover descamação. Observa-se também que o resultado satisfatório não é 
conseguido imediatamente, pois a despigmentação é gradual 
(GONCHOROSKIet al, 2005). 
 
Acne 
 
Pele com acne ativa possuem alta probabilidade de disseminação do 
processo inflamatório e de agentes infecciosos no restante da pele após 
microagulhamento, o que deve ser evitado para ser realizado o procedimento. 
 
9 
 
Complicações na Estética 
 Na acne branda, gel de peróxido de benzoila (2%, 5% ou 10%), haja vista que 
os retinóides tópicos (tretinoína) são eficazes na acne comendônica e na 
papulopustulosa, mas exigem instruções detalhadas quanto aos aumentos 
gradativos da concentração: creme a 0,025% ou gel a 0,01%; creme a 0,05% 
ou gel a 0,025%; creme a 0,1%; solução a 0,05% menor concentração eficaz 
para manutenção. Ocorrendo uma melhora do quadro clinico após alguns 
meses (2 a 5) e pode demorar ainda mais nos pacientes com comedões não 
inflamados. Devendo-se aplicar retinóides tópicos á noite e antibióticos (sobre 
prescrição médica) e géis de peróxido de benzoíla tópicos durante o dia (UDA; 
WANCZINSKI, 2008). 
 
Hematoma 
 
Após microagulhamento mais profundo (2,0 e 2,5 mm), poderá ocorrer 
rompimento de pequenos vasos sanguíneos (capilares) e o acúmulo de sangue no 
local, podem originar hematomas. No local do hematoma observamos uma dor, um 
inchaço, além da coloração específica azulada-avermelhada-preta. 
 O primeiro tratamento é aplicar gelo no local do trauma, durante 5 minutos em 
intervalos de uma hora. A maioria dos casos o hematoma reverte-se 
espontaneamente, mas alguns cremes e pomadas podem ser utilizados, pós 
24h: cremes à base de arnica (planta), heparina ou polissulfato de 
mucopolissacarideo (Hirudoid®). 
 Antiinflamatórios (AINES) como o ibuprofeno, para limitar a inflamação e a dor. 
 
Dermatite De Contato 
 
A dermatite de contato caracteriza-se por eritema, ardência e prurido nas 
primeiras semanas. 
A superfície cutânea torna-se suscetível aos irritantes tópicos, tais como 
perfumes, propilenoglicol, lanolina, produtos de limpeza, emolientes e pomadas. 
É importante verificar a existência de automedicação pelos pacientes, 
principalmente com fitoterápicos, e lembrá-los de evitar o uso de maquiagem nas 
primeiras duas semanas do PO. 
 
10 
 
Complicações na Estética 
 Suspensão dos prováveis agentes irritantes, 
 Realização de compressas frias, 
 Administração de corticosteroides tópicos de média potência, não fluorados, 
 Anti-histamínicos orais para alívio do prurido e das erupções cutâneas. 
 
Infecções Bacterianas 
 
O risco de infecções pós procedimento é mencionado na literatura com 
relevância por seu potencial para a formação de cicatrizes. As taxas de infecção 
são maiores em procedimentos realizados em toda a face do que naqueles 
realizados localmente. 
Os sinais de infecção bacteriana desenvolvem-se entre o 2º e o 10o dia 
pós procedimento e se manifestam como dor de aparecimento súbito ou 
persistente, prurido, áreas com eritema acentuado, secreção amarelada e 
fétida, pústulas e erosões com crostas. 
 É indicado o uso de antibiótico nesses casos, mediante prescriçãomédica. 
 
 
11 
 
Complicações na Estética 
REFERÊNCIAS 
 
1. KLAYN, A. P.,LIMANA M. D., MOAREAS L. R. S. Microagulhamento como 
agente potencializador da permeação de princípios ativos corporais no 
tratamento de lipodistrofia localizada: Estudo de casos, 2013. 
 
2. NEGRÃO, M. C. P. Microagulhamento: bases fisiológicas e prática. CR8 
Editora, 2015. 
 
3. DODDABALLAPUR, Satish. Micronneding With Dermaroller. Journal of 
Cutaneus and Aesthetic Surgery. 2009; Jul-Dec; 2(2): 110–111. Disponível em: 
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2918341/?report=printable. 
Data de acesso: 24/05/2015 às 21h05min. 
 
4. GONCHOROSKI, Danieli D.; CORREA, Giane M. Tratamento de hipercromia 
pós-inflamatória com diferentes formulações clareadoras. Rev. Inframa, 
v.17, n. 3/4. 2005. 
 
5. UDA, C.F.; WANCZINSKI, B. J. Principais ativos empregados na farmácia 
Magistral para o tratamento tópico da Acne. Informa – Informativo 
Profissional do Conselho de Federal de Farmácia, Brasília, v.20, n.9/10, p.16-
25, set. 2008. 
 
 
12 
 
Complicações na Estética 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMPLICAÇÕES COM TOXINA 
BOTULINICA (TB) 
 
 
13 
 
Complicações na Estética 
INTRODUÇÃO 
 
A utilização da toxina botulínica com finalidade estética iniciou-se na década de 
90, quando Crruthers e Carruthers (1990) começaram a utilizar a toxina como 
tratamento coadjuvante das rugas glabelares, no “Meeting” da Sociedade Americana 
de Cirurgia Dermatológica realizado no Havai (20). Surgiram outros estudos clínicos 
posteriores, evidenciando a utilização da toxina botulínica tipo A como um método 
efetivo e seguro para o tratamento das rugas facias devido a hipercinese da 
musculatura facial (21,22,23). 
Sendo utilizada de forma adequada, a toxina botulínica possui várias 
propriedades farmacêuticas: inibe a liberação de acetilcolina em neurônios motores 
periféricos, diminuindo a atividade excessiva de músculos involuntários pelo bloqueio 
da liberação da liberação de acetilcolina nos neurônios motores; possui alta 
especificidade de ação e atividade em doses mínimas, apresentando alta margem de 
segurança e raros efeitos colaterais e, a prolongada durabilidade do efeito (24). 
Apesar dos efeitos adversos na utilização da toxina botulínica serem 
autolimitados, o aumento da sua aplicação nos procedimentos estéticos (93), elevou 
o número de complicações após procedimento. 
As complicações podem ser classificadas em leves ou severas, onde as leves 
incluem assimetrias, edemas, cefaleia leve, náuseas após aplicação, ptose palpebral, 
ptose das sobrancelhas, dor no sítio de aplicação, acentuação das bolsas gordurosas 
em pálpebras inferiores e leve queda de pálpebra inferior, e as severas, incluem 
diplopia, paralisia do músculo reto lateral do olho, ptose palpebral severa, logoftalmo, 
incompetência do músculo orbicular da boca, disfagia, alteração do timbre da voz, 
síndrome do olho seco, oftalmoplegia e cefaleia severa (93). 
Na maioria dos casos, o tratamento envolve intervenção dos sintomas de forma 
individualizada. Devendo ser sempre preenchido o Termo de Consentimento 
informado antes da toxina botulínica e realizada documentação fotográfica de forma 
criteriosa, como documento que lhe resguardará juridicamente. 
Algumas orientações são úteis para prevenir a ocorrência das complicações: 
 Exame físico completo, observando toda a disposição das estruturas da face 
em repouso e durante o movimento; 
 Fotografias prévias; 
 
14 
 
Complicações na Estética 
 Marcação da região a ser tratada para evitar aplicações assimétricas; 
 Técnica precisa de diluição e conservação correta; 
 Injeção de volumes pequenos e concentrados; 
 Aplicação com margem de 1cm da borda orbitária no tratamento das rugas 
próximas a essa região; 
 Respeito às doses recomendadas para cada área e músculo; 
 Técnica minuciosa de aplicação; 
 Orientação do paciente para que permaneça em posição ortostática e não 
manipule a área tratada até 4h após a aplicação; 
 Explicação detalhada e clara do procedimento e seus efeitos esperados (MAIO, 
2011). 
 Segundo revisão sistemática com meta-análise de efeitos adversos associados 
à aplicação de toxina botulínica na face, a ptose palpebral possui a maior 
ocorrência (Tabela 01) (ZAGUI, (MATAYOSHI e MOURA, 2008). 
 
Tabela 01.Frequência relativa dos efeitos adversos relacionados ao uso da toxina botulínica em 1003 
pacientes nos 13 relatos de caso. 
 
 
 
 
 
15 
 
Complicações na Estética 
COMPLICAÇÕES 
 
A aplicação da TB pode trazer consigo alguns efeitos adversos e complicações 
decorrentes da injeção ou do produto. A maioria destas adversidades são 
consideradas leves e transitórias, mas causam preocupação e desconforto ao 
paciente (SPOSITO, 2004). 
 
1. As complicações decorrentes da injeção da TB 
 
A injeção de qualquer substância na pele causa reações localizadas 
decorrentes do trauma. As mais comuns são eritema, dor e equimose (SANTOS, 
2013; DAYAN, 2013). 
 
Eritema E Edema 
 
O eritema é a vermelhidão da pele, devido à vasodilatação dos capilares 
cutâneos e o edema é o acumulo de líquido no tecido. Esses estão associados ao 
trauma da própria injeção e ao volume de líquido do injetado. Quando as diluições de 
TB são maiores, o edema tende a ser proporcionalmente maior. Essas complicações 
regridem de forma espontânea na primeira hora, não havendo necessidade de 
qualquer tratamento. Em pacientes com flacidez associada, um edema vespertino 
pode ocorrer, cedendo com o decorrer do dia (SPOSITO, 2004). 
 
Equimose 
 
Equimoses decorrem de lesão a vasos sanguíneos por ocasião da injeção que 
por sua vez provoca hematomas (Figura 1). Algumas áreas da face são ricamente 
vascularizadas, favorecendo esse tipo de complicação. São mais comuns em 
pacientes com distúrbio de coagulação ou que ingeriram anti-inflamatórios derivados 
de ácido acetilsalicílico ou vitamina E. Na ocorrência de lesão vascular, a compressão 
da área por alguns minutos, sem maquiagem, é útil para auxiliar a hemostasia. A área 
com maior risco de ocorrer equimose é a região periorbitária, pois a pele é fina e os 
vasos sanguíneos são calibrosos e superficiais (MAIO, 2011; SORENSEN & URMAN, 
2015). 
 
16 
 
Complicações na Estética 
Figura 1 – Demonstração do Hematoma periorbital. Hematoma grande na área periorbital em 
paciente usando ácido acetilsalicílico. Fonte: MAIO, 2011. 
 
 
Cefaleia E Náuseas 
 
Cefaleia e náuseas podem ser relatadas após a aplicação, mas tendem ser 
muito leves. Além do trauma da injeção, está relacionado ao estado de ansiedade 
antes e/ou durante o procedimento. Tem regressão espontânea, mas podem ser 
tratadas caso tragam muito desconforto. Em casos raros são intensas e duram dias 
(MAIO, 2011). 
 
2. As complicações decorrentes do efeito da TB 
 
Assimetria 
 
A assimetria pode surgir após a aplicação da TB em quantidades ou pontos 
assimétricos na face. A assimetria fisiológica discreta é normal em todas as pessoas, 
quando esta é muito evidente a TB age corrigindo-a, no entanto, a TB deve ser 
aplicada de maneira simétrica (MAIO, 2011). 
 Para corrigir as assimetrias decorrentes da aplicação da TB pode ser feito um 
retoque nos músculos responsáveis pela alteração depois de 30 dias (MAIO, 2011). 
 
 
17 
 
Complicações na Estética 
Ptose Palpebral Severa 
 
A ptose palpebral é a complicação mais temida e mais importante. Caracteriza-
se por queda de 1 a 2 mm na pálpebra, obscurecendo o arco superior da íris (Figura 
2). Ocorre em consequência de injeçãona glabela e fronte, pela difusão da TB ou pela 
injeção no septo orbital, paralisando o músculo levantador da pálpebra superior. 
Diluições muito altas, injeções muito próximas da borda orbital, massagens ou intensa 
manipulação da área depois da aplicação e maior difusão das preparações de TB são 
fatores que aumentam a possibilidade de ocorrência dessa complicação. Os sintomas 
aparecem após 7 a 10 dias da aplicação e tendem a ser leves. Além da queda da 
pálpebra os pacientes referem dificuldade para movimentá-las e sensação de peso 
quando os olhos estão abertos. 
 
Figura 2 – Demonstração da Ptose palpebral (b) após marcação errada (a). 
 
 
 
A
 
B
 
 
18 
 
Complicações na Estética 
Logoftalmo, Diplopia E Síndrome Do Olho Seco 
 
A dificuldade de oclusão das pálpebras (lagoftalmo) (Figura 3), em tratamentos 
de rugas periorbitárias, é causada quando se aplica doses muito altas sobre o músculo 
orbicular do olho, levando a uma difusão da TB. Outras alterações oculares também 
são relatadas como a diplopia, que se deve à paralisia dos músculos retos laterais 
caracterizando-se por visão dupla, síndrome do olho seco como consequente 
lagoftalmo e ação direta da TB na glândula lacrimal. Essas complicações podem ser 
evitadas com a aplicação da TB concentrada nos pontos marcados, respeitando a 
distância de segurança de 1cm da borda orbital durante a aplicação (SANTOS, 2013). 
 
Figura 2 – Demonstração da logoftalmo. 
 
 
Ptose Superciliar 
 
A ptose superciliar e a diminuição significativa da expressividade do terço 
superior da face decorrem da aplicação da TB na região frontal e superciliar. A 
movimentação e altura dos supercílios dependem de músculos depressores e 
levantadores localizados, respectivamente, na glabela e na região frontal. Em 
pacientes idosos, deve-se ter cautela no tratamento de rugas frontais pelo fato de que 
apresentam queda fisiológica da pálpebra superior e supercílio (MAIO, 2011). A ptose 
lateral do supercílio também deve ser mencionada como efeito indesejável, sendo 
mais visível, quando o paciente aciona a musculatura frontal para tentar levanta-lo. 
Para que esse efeito não aconteça, é importante aplicar a TB somente na região 
frontal de pacientes que tenham supercílio alto, também se sugere respeitar a área 
limite de 1cm acima do supercílio ou da ruga frontal mais inferior para as injeções 
(SPOSITO, 2004). 
 
19 
 
Complicações na Estética 
Elevação Excessiva Da Cauda Do Supercílio 
 
A elevação excessiva da cauda do supercílio ocorre principalmente em pessoas 
com musculatura frontal potente e supercílios naturalmente altos (Figura 3). Trata-se 
de um efeito indesejável e esteticamente desagradável principalmente em homens, 
pois atribui uma expressão afeminada. Ocorre por uma ação compensatória da porção 
lateral do músculo frontal quando toda a região central da testa e glabela estiver 
paralisada. A utilização da técnica adequadamente evita tal reação (SANTOS, 2013). 
 
Figura 3 –Elevação da cauda do supercílio. Elevação excessiva da cauda do supercílio após 
aplicação da TB. Fonte: MAIO, 2011. 
 
 
Acentuação Das Bolsas Gordurosas Em Pálpebras Inferiores 
 
Na região periorbitária as rugas não se devem apenas pela contração muscular 
excessiva, mas também pela flacidez cutânea e fotoenvelhecimento. Por essa razão, 
abolir totalmente a função muscular pode determinar apenas melhora parcial das 
rugas nessa região, além do risco de evidenciar ou agravar o aspecto flácido da pele 
da pálpebra inferior, especialmente em pessoas com grau acentuado de flacidez 
cutânea. Esses pacientes referem edema na pálpebra inferior ao amanhecer, que 
cedem espontaneamente durante o dia (SPOSITO, 2004). 
 
 
20 
 
Complicações na Estética 
Agravamento Das Linhas Zigomáticas E Nasais 
 
O agravamento das linhas zigomáticas acontece quando a aplicação na região 
periorbitária ultrapassa seus limites e atinge a musculatura zigomática, principalmente 
em pacientes com flacidez cutânea (SPOSITO, 2004). Já o agravamento das linhas 
nasais é observado após aplicação na glabela e/ou região periorbitária sendo 
conhecido como “sinal da toxina botulínica”. Pode ser facilmente corrigido com uma 
nova aplicação de TB exatamente no ponto de maior concentração das rugas, nas 
faces laterais da região nasal. Não se deve superdosar a TB pelo risco de paresia do 
músculo levantador do lábio superior que se insere nesse nível (MAIO, 2011). 
 
Ptose Do Lábio Superior 
 
A ptose do lábio superior (Figura 4) é decorrência da aplicação da TB na região 
infraorbitária ou malar para correção das rugas da pálpebra inferior, das rugas 
zigomáticas, da hipertrofia do músculo orbicular e também na região nasal para 
correção do “sinal da toxina botulínica”. Essa complicação é consequência de paresia 
ou paralisia do músculo levantador do lábio superior e/ou zigomático maior, 
principalmente quando se injeta grandes doses de TB nas áreas citadas (MAIO, 2011). 
 
Figura 4 – Demonstração de ptose do lábio superior. 
 
 
Incontinência Do Músculo Orbicular Da Boca 
 
A superdosagem no mento e nos depressores do ângulo da boca (Figura 5) 
também pode ocasionar dificuldade na movimentação do lábio inferior, além das 
alterações labiais inestéticas durante o sorriso. Essa complicação também pode 
causar prejuízo das funções da boca como mordedura involuntária da língua e a fala, 
 
21 
 
Complicações na Estética 
além de parestesia dos lábios, perda do desenho do filtro, dificuldade de 
movimentação da saliva na boca e perda de saliva durante a oratória (MAIO, 2011). 
 
Figura 5 – Demonstração de incontinência do músculo orbicular da boca. 
 
 
Alergia A Toxina Botulínica 
 
São incomuns os relatos de reação alérgica (Figura 6) relacionadas à aplicação 
incorreta de TB. Careta et al. relatam um caso de reação alérgica a toxina botulínica 
chinêsa do tipo A (CBTX-A; Prosigne, Lanzhou Institute of Produtos Biológicos, 
China), incomum, mas ainda assim evento adverso clinicamente importante associado 
ao seu uso. 
 Realizar testes intradérmicos com o mesmo produto no antebraço direito 
injetando 0,1 mL de toxina. 
 Administração de corticosteróides e anti-histamínicos para conter o efeito 
alergênico (Careta, Delgado e Patriota, 2015). 
 
Figura 6 – Fotografia do paciente feminino de 44 anos, 20 minutos após o procedimento. 
 
 
22 
 
Complicações na Estética 
TRATAMENTOS DAS COMPLICAÇÕES 
 
O edema pós aplicação da toxina botulínica pode eventualmente ser decorrente 
do volume de líquido injetado, regredindo de forma rápida e espontaneamente. Para 
o eritema, deve-se optar pela utilização de cosméticos. A ptose pode ser evitada com 
uma técnica correta e diluições adequadas do produto, diminuindo, assim, os riscos 
da ocorrência. Costuma ser leve, resolvendo-se em poucos dias e ocorrendo 
maioritariamente por erro de técnica e não de difusão do produto. 
A dificuldade de acomodação visual destaca-se em pacientes que utilizam a 
musculatura extrínseca dos olhos para a acomodação visual, especialmente 
indivíduos mais velhos e que não utilizam óculos de leitura, podendo ter dificuldades 
de acomodação e passando a necessitar do uso de lentes após a aplicação da toxina. 
Na eventualidade de aplicação no músculo errado, a antitoxina botulínica pode ser 
considerada para a injeção local, na mesma região o mais rápido possível e no 
máximo dentro de 21 horas, a fim de reduzir ou bloquear o efeito local da TBA. A 
antitoxina (Antitoxina Botulínica Trivalente (Eqüina) Tipos A, B e E) é uma proteína 
que apresenta risco significativo de efeitos colaterais sistêmicose imunizantes. Os 
riscos de seu uso devem ser considerados em relação aos resultados adversos 
esperados, quando da sua aplicação. O efeito da TBA pode ser potencializado por 
antibióticos aminoglicosídeos ou qualquer outra droga que interfira com a transmissão 
neuromuscular. Devem ser tomadas as devidas precauções quando esse produto for 
administrado em pacientes que estejam utilizando drogas dessa natureza (SPOSITO, 
2004). 
A maioria das complicações causadas por TB são consideradas leves e 
transitórias, mas causam preocupação e desconforto ao paciente (SPOSITO, 2004). 
Em caso de complicação, sendo necessária uma possível intervenção pode-se utilizar: 
 Biprofenid 150 mg (12/12h) ou prednisona 20 mg (12/12h) por 5 dias; 
 Eletroterapia (ex.: Radiofrequência); 
 Dimetilaminoetanol (DMAE) e 
 Fototerapia (ex.: LED e Laser vermelho). 
 
 
23 
 
Complicações na Estética 
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24 
 
Complicações na Estética 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMPLICAÇÕES COM PREENCHEDORES 
 
 
25 
 
Complicações na Estética 
INTRODUÇÃO 
 
A utilização de preenchimentos semi-permanentes e permanentes exige 
precisão e responsabilidade dos profissionais que realizam procedimentos com estes 
insumos. Deve-se planejar de forma criteriosa os níveis de injeção e as áreas de 
melhor eficácia, assim como o dominar os possíveis tratamentos em caso de 
eventuais complicações (23). 
Materiais absorvíveis (Tabela 1) como o colágeno, o ácido hialurônico, o 
dextran, o ácido polilático e a hidroxiapatita são preenchimentos não permanentes. 
Essas substâncias são metabolizadas enzimaticamente ou removidas por fagocitose, 
havendo pouca reação histológica em um período de 3 a 24 meses, dependendo da 
quantidade de volume do material utilizado na técnica (23). 
Preenchimentos permanentes (Tabela 1) como a parafina, o silicone líquido, o 
Teflon® e as partículas de metacrilato ou Polimetilmetacrilato (PMMA) possuem 
características estruturais que impedem a sua fagocitose, formando eventualmente 
granulomas. Partículas e microesferas menores que 15 μm são geralmente 
absorvidas pelos linfonodos, enquanto que microesferas maiores são encapsulados 
com tecido fibroso e escapam da fagocitose (23). 
 
Tabela 1. Comparação entre preenchedores. 23 
 
Visando a segurança das substâncias utilizadas na técnica de preenchimento 
de partes moles, empregadas para rugas e defeitos na pele, devem ser utilizados 
materiais com as seguintes características 24,25: 
 
26 
 
Complicações na Estética 
 Seguro, biocompatível, estável após a implantação, não-migratório, resistente 
à fagocitose; 
 Manter seu volume sem ser reabsorvido ou degradado; 
 Induzir mínima reação de corpo estranho; 
 Ser não-teratogênico, não-carcinogênico, não-infeccioso, não-tóxico e não-
alergênico; 
 Não requerer testes alergênicos prévios ao seu uso; 
 Preferencialmente ser autólogo, não gerar dor ou desconforto, ser de baixo 
custo e apto à estocagem em temperatura ambiente. 
 
PRÉ- TRATAMENTO: AVALIAÇÃO CLÍNICA E CONSENTIMENTO 
INFORMADO 
 
Patologias 
 
Histórico de distúrbios hemorrágicos, herpes, doenças autoimunes, 
gravidez, alergias, tendência à formação de queloides e uso de medicamentos, 
tais como anticoagulantes (incluindo coumadin e anti-inflamatórios não 
esteroides) ou vitaminas/ suplementos fitoterápicos associados a sangramento 
prolongado. 8,9 
 
Fármacos 
 
Medicamentos à base de ervas devem ser descontinuados entre sete e 
dez dias antes do procedimento visando reduzir o risco de hematomas. 
Em relação aos pacientes em uso de medicação anticoagulante, se o fármaco foi 
prescrito por período limitado de tempo, é prudente adiar o tratamento com 
preenchedores até que o primeiro possa ser interrompido. No entanto, se a 
medicação é prescrita por tempo indeterminado, a relação risco/benefício da 
interrupção desses medicamentos deve ser cuidadosamente avaliada.8,10 
Procedimentos estéticos 
Analisar tipo de procedimentos estéticos anteriores, tipo de preen-
chedores e reação alérgica prévia a preenchedores ou anestésicos. 
 
27 
 
Complicações na Estética 
Contraindicações 
 
 Infecção ativa em área próxima (intraoral, envolvendo mucosas, dental ou 
mesmo sinusite), 
 Processo inflamatório adjacente, 
 Imunossupressão, 
 Alergia aos componentes do preenchedor ou lidocaína, 
 Gravidez e amamentação, 
 A utilização de preenchedores semipermanentes ou temporários em área em 
que já há presença de preenchedores permanentes deve ser evitada devido ao 
risco de exacerbação ou estimulação da formação de nódulos, 
 
Documentação fotográfica 
 
Deve-se registrar a aparência dos pacientes antes do procedimento, para 
permitir melhor análise das áreas críticas específicas do paciente e eventuais 
assimetrias. 
 
Termo consentimento informado 
 
O paciente deve ler e assinar um termo de consentimento informado, e os 
dados contidos devem ser bem documentados. 
 
COMPLICAÇÕES 
 
1. Reações precoces (poucos a vários dias) 
 
 
28 
 
Complicações na Estética 
INFLAMAÇÃO, HIPEREMIA, SENSIBILIDADE e HEMATOMAS 
 
São relacionadas apenas com a injeção e incluem inflamação local, 
hiperemia, sensibilidade e hematomas (Figura 1). Essas reações são 
influenciadas principalmente pelo calibre da agulha, pelas propriedades físico-
químicas do próprio material e pela velocidade de injeção.14 
 A utilização de cânulas de ponta romba reduz o trauma intratecidual, podendo 
assim, diminuir o sangramento, hematomas e dor local pós procedimento. 
 
Figura 1. Evolução de reações precoces (inflmação, hiperemia, sensibilidade e hematoma) após 
preenchimento labial com AH. 
 
 
ERITEMA 
 
Pode ocorrer eritema transitório, principalmente se a massagem for 
realizada apóso procedimento. Se persistir, deve-se analisar possível 
hipersensibilidade ao material utilizado ou infecção. 
 Anti-histamínicos e esteroides tópicos podem ajudar a minimizar a vermelhidão 
transitória. No caso de eritema persistente, utiliza-se tratamentos com luz, tais 
como LED e LIP.9 
 
EDEMA 
 
Extremamente comum em preenchimentos, na grande maioria das 
vezes localizado e autolimitado. As áreas mais propensas são os lábios (Figura 
2) e a região periorbital. A escolha correta do produto para a área de tratamento, 
bem como o plano correto de tratamento, ajuda a preveni-lo. 
 
29 
 
Complicações na Estética 
 A aplicação de gelo, a elevação da cabeça, anti-histamínicos e prednisona 
orais, por curto espaço de tempo.9 
 
Figura 2. Edema após preenchimento. 
 
 
TINDALIZAÇÃO 
 
O efeito Tyndall (Figura 3, 4) pode resultar de qualquer vestígio de 
hemossiderina após lesão vascular e/ou distorção visual de refração de luz através da 
pele causada pelo material de preenchimento, causada por injeção superficial do 
material de preenchimento 25 
 Massagem local, incisão e drenagem e, no caso de AH, hialuronidase (Hial) 
(Figura 1) são opções de tratamento. O uso de laser 1.064nm Q-switched 
também foi relatado.15 
 
Figura 3. Tindalização em sulco nasojulgal direito após preenchimento com AH injetável e regressão 
completa após aplicação de hialuronidase. 9 
 
 
 
30 
 
Complicações na Estética 
Figura 4: Paciente no 15º dia pós procedimento: nodulação bilateral com tindalização infraorbitária a 
esquerda (A) após aplicação da hialuronidase (B), sem atrofia nem assimetria.8 
 
 
A hidroxiapatita de cálcio deve ser colocada na camada subcutânea e pode 
apresentar migração se o produto for colocado superficialmente ou em áreas 
altamente móveis, como os lábios. 
 Em caso de complicação com hidroxiapatita, deve-se injetar na lesão 
esteroides e soro fisiológico seguida por massagem, incisão e expressão ou 
remover cirurgicamente. 
 
ATIVAÇÃO DA HERPES 
 
Devido a resposta inflamatória após a injeção dérmica de 
preenchedores, há risco de ativação do herpes simples (Figura 5).17 
 Podem ser empregados 400mg de aciclovir três vezes ao dia durante dez dias 
ou 500mg de valaciclovir duas vezes ao dia durante sete dias, começando dois 
dias antes do procedimento.16 
 
Figura 5. Evolução (A, B) de paciente com herpes simples após preenchimento labial com AH e após 
tratamento com aciclovir (C). 
 
 
 
A B C 
 
31 
 
Complicações na Estética 
INFECÇÃO 
 
As infecções que se apresentam precocemente possuem como sintomas: 
endurecimento, eritema, sensibilidade e prurido, respostas semelhantes as reações 
pós-procedimento. Com a evolução da infecção, apresentam-se nódulos flutuantes e 
sintomas sistêmicos (febre, calafrios). Geralmente, ss infecções cutâneas são 
normalmente causadas com a microbiota residente (Staphylococcus ou Streptococcus 
spp.), introduzida pela injeção. 
 Após cultura microbiológica, deve-se introduzir antibioticoterapia adequada à 
cultura. 
 Nesses casos pode ser necessário antibiótico alternativo. 
 
HIPERSENSIBILIDADE AGUDA 
 
As injeções de preenchedores podem desencadear reações de 
hipersensibilidade podendo variar de leve vermelhidão até a anafilaxia. A incidência 
de reação de hipersensibilidade relacionada ao AH é baixa, cerca de 0,6%, sendo a 
grande maioria das vezes transitória e resolvidas em até três semanas. 
 Utiliza-se anti-histamínicos, anti-inflamatórios não esteroides (Aines), 
esteroides intralesionais ou sistêmicos, minociclina e hidroxicloroquina, assim 
como a hialuronidase para ajudar a remover o núcleo da inflamação.17 
 
PROTUBERÂNCIAS 
 
Protuberâncias (Figura 6) geralmente são causadas por excesso de AH, injeção 
superficial de produto, áreas de pele fina (por exemplo, pálpebras) ou migração devido 
a movimento múscular (por exemplo, nos lábios).18 
 As opções de tratamento compreendem a aspiração, incisão e drenagem ou, 
no caso de AH, a remoção por injeção de hialuronidase. 
 
 
 
 
32 
 
Complicações na Estética 
Figura 6. Paciente apresentando nódulos em sulco nasojugal direito após preenchimento com ácido 
hialurônico injetável e regressão completa após aplicação de hialuronidase.9 
 
 
Figura 7. Paciente apresentando sobrelevação em sulco nasolabial esuerdo após preenchimento com 
AH injetável e regressão completa após aplicação de hialuronidase.9 
 
 
COMPLICAÇÕES VASCULARES 
 
Necrose causada por oclusão ou trauma vascular associados a lesões 
vasculares por preenchimento cutâneo gera grande preocupação entre 
profissionais da área. Os principais fatores de risco para injeção intra-arterial 
estão: 
1. Áreas de alto risco (Figura 8, 9): Regiões próximas a artéria facial, a artéria 
angular ao longo do sulco nasolabial, nariz e glabela; 
2. Grande volume injetado; 
3. Material perfurocortante apropriado: pequenas agulhas cortantes são mais 
propensas a penetrar no lúmen vascular em comparação com agulhas de maior 
diâmetro e cânulas. 
 
33 
 
Complicações na Estética 
4. Cicatrizes anteriores estabilizam e fixam as artérias no lugar, tornando-as mais 
fáceis de serem penetradas com agulhas; 
5. Composição do material de preenchimento. 
A apresentação clínica típica subsequente à isquemia causada por 
preenchedores de AH é o branqueamento transitório (duração de segundos) seguido 
por hiperemia reativa (minutos), descoloração preta-azulada (dez minutos a horas), 
formação de bolhas (horas a dias), necrose e ulceração cutâneas (dias a semanas). 
19 
 
Figura 8. Complicações necrosantes após preenchimento de alto risco (nariz e glabela) com AH. 
 
 
Figura 9. Necrose por oclusão arterial. 
 
 
1. Reações de início tardio (semanas a anos) 
 
 
34 
 
Complicações na Estética 
NÓDULOS 
 
Podem ocorrer presença de nódulos devido à má distribuição do material de 
preenchimento, à reação do produto (inflamação, hipersensibilidade ou reação 
granulomatosa) ou infecção.19 Possuem como características ser palpável e não 
visível, sendo observado logo após o procedimento ou vários meses depois (início 
tardio). Os nódulos podem ser assintomáticos ou inflamatórios e apresentar eritema, 
sensibilidade e inchaço, sendo chamados por alguns autores angry red bumps.12,17 
 Nódulos causados pela má distribuição do preenchedor (não inflamatórios): 
Esses nódulos podem resolver-se espontaneamente ou tornar-se 
permanentes, sendo recomendado injeção de soro fisiológico como tentativa 
de diluir o material ou procedimento cirúrgico (realizado somente por médicos) 
(Figura 10). 13,14 
 Nódulos inflamatórios: Utiliza-se antibioticoterapia, tais como claritromicina 
500mg 12/12h e/ou tetraciclina, durante período de sete a dez dias. Se não 
houver melhora, biópsia por punchs, cultura microbiológica e antibióticos de 
uso prolongado devem ser considerados. 17 A hialuronidase também pode ser 
empregada nestes casos. 
 
Figura 10. Remoção cirúrgica de complicação tardia após preenchimento labial. 
 
 
35 
 
Complicações na Estética 
GRANULOMA 
 
O granuloma (Figura 11) possui patogênese desconhecida, sendo 
caracterizado por uma forma distinta de inflamação crônica que consiste em 
inflamação nodular ou mais prolongada, com macrófagos modificados (células 
epitelioides) e células multinucleadas. Clinicamente, os granulomas podem ser 
acompanhados por desconforto, edema persistente ou transitório, eritema e períodos 
de crises e regressões. 
 O tratamento recomendado para granulomas é o esteroide intralesional comdosagem de 5-10mg/cc, repetida de acordo com a necessidade, entre quatro e 
seis semanas depois.9,12 
 No caso do AH, a injeção de hialuronidase é geralmente a melhor opção 
terapêutica. Massagem, esteroides orais (0,5-1mg/kg/dia até 60mg/dia), 
minociclina oral (propriedades anti-inflamatórias, imunomodulantes e 
antigranulomatosas), pulsed dye laser, bleomicina e 5-fluoracil intralesionais 
podem ser utilizados como ferramentas terapêuticas adicionais. 19 
 
Figura 11. Complicações após preenchimento, sulco nasogeniano, com reação inflamatória 
granulomatosa por 1 ano. 
 
 
 
36 
 
Complicações na Estética 
INFECÇÃO 
 
A infecção tardia manifesta-se tipicamente como sensação de formigamento 
seguida de inchaço entre oito e 12 dias após a injeção. Patógenos da microbiota 
normal da pele são geralmente os responsáveis (ex.: S. Aureus), também são relatas 
na literatura infecção atípica por micobactérias. 
 Utiliza-se como tratamento a antibiotiocoterapia adequeda de acordo com 
o patógeno envolvido. 
 
Figura 12. Infecção após preenchimento (micobactéria atípica) 
 
 
BIOFILMES 
 
O biofilme é uma matriz segregada por bactérias e que possui consistência 
firme semelhante a uma cola, resistente a antibióticos e à ação do sistema imune, 
formando um meio no qual outras bactérias se desenvolvem.13 São difíceis de tratar, 
podem ter relação com reações de início tardio da pele a materiais de preenchimento, 
tais como a inflamação granulomatosa, abcessos, infecção recorrente ou 
nódulos.10,12,13 
 A infecção ativa pode ser controlada com antibioticoterapia. O tratamento 
recomendado deve considerar associação de pelo menos dois antibióticos de 
largo espectro, tais como quinolona (ou seja, ciprofloxacinas) e macrólido de 
terceira geração (ou seja, claritromicina) durante até seis semanas.10,21 
 
37 
 
Complicações na Estética 
 Uma vez que o risco de biofilme deve ser considerado em reações de início 
tardio, o uso de esteroides orais e anti-inflamatórios não hormonais deve ser 
evitado. 
 
MIGRAÇÃO DE MATERIAL DO PREENCHIMENTO 
 
A migração do preenchedor pode ocorrer precoce ou tardiamente, 
independente do tipo do material utilizado. Existem vários mecanismos citados pela 
literatura 18, 22 : 
 Má técnica, 
 Volume demasiado de material injetado, 
 Realização da injeção sob pressão, 
 Massageamento após a injeção, 
 Atividade muscular, 
 Gravidade, 
 Deslocamento induzido por pressões (no caso de injeção de preenchimento 
adicional), 
 Propagação linfática e intravascular (mais relacionadas a preenchedores 
permanentes). 
 
HIALURONIDASE 
 
A hialuronidase é enzima presente na derme e age por despolimerização do 
ácido hialurônico, é um componente da matriz extracelular que possui como principal 
função manter a adesão celular. A vista disso, esta enzima é vastamente utilizada no 
tratamento de complicações por AH, pois é responsável por diminuir a viscosidade 
intercelular e aumentar a permeabilidade e absorção dos tecidos, além de possuir 
baixa frequência de relatos de reações adversas (Gráfico 1). 
 Em casos de complicações com injeção intra-arterial de ácido hialurônico, 
demonstra ser capaz de reduzir essa complicação, os pacientes já notam que os 
nódulos de ácido hialurônico começam a diminuir alguns minutos depois da injeção 
de hialuronidase, após uma hora e resolução total em 24 horas após evento 
isquêmico, sem ocorrer inflamação. Preenchedores injetados de forma errônea intra-
 
38 
 
Complicações na Estética 
arterialmente causam dor, alteração de cor e necrose tecidual, assim sendo de grande 
importância a reversão deste quadro 4,5,6,7. 
 O volume a ser injetado deve ser proporcional a quantidade de AH a ser 
corrigida, evitando- se altas doses numa única aplicação, pois há possibilidade de 
hidrólise do ácido hialurônico nativo, com resultado inestético e atrófico.1,3 Entretanto, 
utiliza-se quantidades equivalentes a 40U (0,1ml) por cm2 de área a ser corrigida, 
exclusivamente dentro dos nódulos do produto a ser diluído. Se ocorrer resultado 
insatisfatório, novas doses poderão ser oferecidas dentro de 10 a 15 dias. 
 
CONTRA-INDICAÇÕES DA HIALURONIDASE 
 
 Incompatibilidade: Furosemida, epinefrina, benzodiazepínicos, heparina e 
fenitoína; 
 Doses maiores de hialuronidase: Pacientes em uso de salicilatos, corticoides, 
estrogênios, hormônio adrenocorticotrópico e anti-histamínicos; 
 Não deve ser injetada em áreas infectadas ou em vigência de processo 
inflamatório; 
 Malignidade local e 
 Classificada como categoria C na gestação.2,8 
 
Gráfico 1: Frequência de eventos adversos após injeção de intradérmica de hialuronidase para 
correção de complicações de preenchedores a base de AH. 9 
 
 
 
 
39 
 
Complicações na Estética 
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42 
 
Complicações na Estética 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMPLICAÇÕES COM 
PROCEDIMENTOESTÉTICO INJETÁVEL 
PARA MICROVASOS (PEIM) 
 
 
43 
 
Complicações na Estética 
INTRODUÇÃO 
 
O princípio básico do PEIM é eliminar microvasos, com uma injeção de 
substância esclerosante no interior do vaso, provocando a destruição de sua camada 
endotelial, levando à fibrose daquele vaso, com o seu desaparecimento. 
O conhecimento das complicações é imprescindível para que o realizador do 
método possa evitá-las. Durante a anamnese deve-se investigar: 
 Alergias; 
 Tendência a hiperpigmentação (melasma gravídico, cicatrizes ou foliculites 
hiperpigmentadas, pele morena tipo III a IV ou pele amarela); 
 Distúrbios de coagulações; 
 Vasculite; 
 Uso de contraceptivos orais; 
 Reposição hormonal; 
 Gravidez; 
 Antibióticos (minociclina produz pigmentação pós escleroterapia por provável 
interferência na degradação da hemossiderina) e 
 Distúrbios do metabolismo do ferro. 
 
COMPLICAÇÕES: COMO TRATAR 
 
Hiperpgmentação Pós Peim 
 
Normalmente as vasos de até 1- 2 mm têm parede muito fina e ao serem 
esclerosadas deixam pequeno volume de tecido necrótico que não gera um processo 
inflamatório suficiente para causar hipercromia. 
Além disso, outra possível causa para a hipercromia pós-inflamatória é o 
extravasamento da solução esclerosante. Drogas menos agressivas como glicose 
75%, possuem menos risco de hipercromia quando injetadas fora do vaso. 
 Caso ocorra hiperpigmentação, pode-se utilizar as seguintes fórmulas: 
Hidroquinona 5% 
Ac. Retinóico 0,1% 
Dexametasona 0,05% 
Creme não iônico 
 
44 
 
Complicações na Estética 
Hidroquinona 4% 
Ac. Glicólico 8% 
Ac. Glicirrízico 1% (antinflamatório ) 
Creme não iônico 
 
Arbutin 1% 
Antipolon 4% 
VCPMG 4% (vitamina C ) 
Creme não iônico 
 
Ac. Kójico 4% 
Ac. Fítico 1% 
Ac. Glicólico 8% 
Creme não iônico 
 
Estas formulas devem ser usadas 1 a 2 vezes por dia e deve-se evitar 
exposição à luz solar durante cerca de dois meses (tempo usualmente necessário 
para o clareamento das lesões). 
 
Figura 1. Hiperpigmentação pós PEIM com glicose. 
 
 
 
 
45 
 
Complicações na Estética 
Angiogênese 
 
Algumas vezes ao se realizar o PEIM nos deparamos, após alguns dias, com o 
aparecimento de novos vasinhos abundantes e mais finos que as inicialmente 
tratadas. Isso acontece, após a injeção de volumes excessivos de esclerosante, com 
pressão exagerada em uma punção, pode levar a uma inflamação perivascular 
extensa estimulando todo o processo de angiogênese com seu estado 
hipermetabólico. 
 Utilizar pouco volume e menor pressão em cada punção e escolher 
criteriosamente os vasos a serem tratados. 
 
Necrose Cutânea 
 
O extravasamento da solução esclerosante também pode causar pequenas 
úlceras, mais traumáticas do que isquêmicas, sendo menos comum com o uso de 
glicoses nas diversas concentrações hipertônicas. Estas úlceras são menos severas, 
mas também podem deixar cicatrizes desagradáveis ou de lenta resolução. 
 As úlceras superficiais podem ser tratadas com cremes para regeneração 
tecidual a base de vitamina A e D; Aloe Vera; óxido de zinco. 
 
Dor 
 
A tolerância à dor da escleroterapia é absolutamente variável de pessoa para 
pessoa. Naturalmente, por ser um processo invasivo, todo paciente acabará 
experimentando algum nível de dor. 
 Esta dor pode ser reduzida escolhendo-se um esclerosante menos irritante, 
escolhendo-se agulhas mais finas (lembrar que soluções hipertônicas passam 
com mais dificuldade em agulhas muito finas– ex. glicose 75% com agulha 30G 
½), resfriamento da pele com gelo, uso de analgésicos orais uma hora antes 
do tratamento (pouca valia). O uso de anestésicos tópicos como Emla e 
AneStop tem sido pouco útil devido às dificuldades técnicas (aplicar com 1 hora 
de antecedência, manter com curativo fechado, qual área a ser tratada) e pela 
 
46 
 
Complicações na Estética 
vasoconstricção que dificulta a punção e a escolha do vaso ideal a ser 
puncionado. 
 
Edema 
 
Uma das possíveis complicações pós PEIM é o edema dos membros inferiores 
que duram cerca de 2 a 7 dias. Pode ser causado por o grande número de microvasos 
numa mesma sessão e o uso de anestésico junto ao esclerosante (Figura 2). 
 O tratamento do edema pode ser feito através de repouso, antinflamatórios, 
meia elástica. 
 
Figura 2. Edema após aplicação de glicose 70% com lidocaína. 
 
 
Tromboflebite Superficial 
 
A Tromboflebite pode estar relacionada com a técnica utilizada e a má 
avaliação em relação a indicação do vaso a ser esclerosado, não devemos tentar 
esclerose de vasos de grande calibre ou próximo com comunicação a vasos 
tronculares ou ainda a predisposição do paciente a trombose, flebite (vasculite; 
trombofilias; estado de hipercoabilidade em geral). 
Ocorre em média de 1 – 3 semanas após a injeção, ocorrendo um 
endurecimento, eriteme e uma maior sensibilidade dolorosa neste local. Podendo ser 
simples ou gerar complicações maiores com migração de coágulos até o sistema 
profundo ou até mesmo a veia perfuro-comunicante e com consequentemente 
embolia venosa pulmonar. 
 Este tipo de intercorrência só deve ser tratada por médico. 
 
47 
 
Complicações na Estética 
REFERÊNCIAS 
 
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guia ilustrado. 
 
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48 
 
Complicações na EstéticaCOMPLICAÇÕES EM MESOTERAPIA / 
INTRADERMOTERAPIA 
 
 
49 
 
Complicações na Estética 
INTRODUÇÃO 
 
A técnica de intradermoterapia e um procedimento introduzido por Pistor, em 
1958,1 e consiste na aplicação, diretamente na região a ser tratada, de injeções 
intradérmicas ou subcutâneas de substâncias farmacológicas muito diluídas. Esse 
método e capaz de estimular o tecido que recebe os medicamentos tanto pela ação 
da punctura quanto pela ação dos fármacos, e apregoa-se que sua vantagem é evitar 
o uso de medicação sistêmica. 1-3 
Os pacientes que são selecionados para serem tratados com esta técnica, 
devem estar cientes dos complicadores esperados, mas que são transitórios, e que 
devem desaparecer nos dias seguintes, que são: 3, 4 
 Hematomas, 
 Eritema, 
 Dor local; 
 Sensibilidade local; 
 Ardor 
 Edema; 
 Nodulações. 
 
Figura 1: Eritema, edema, hematoma após aplicação de ativos. 
 
 
 
 
 
 
50 
 
Complicações na Estética 
 Nas regiões com hematomas é indicado pomada de arnica ou pomadas 
à base de Heparina sódica, como Trombofob, Traumeel e Herudoid, 
pois são ótimas opções para remover o acúmulo de sangue da pele. 
 
Figura 2: Em A observa-se edema intenso e eritema após 90 minutos da aplicação de ativos na 
região abdominal. Em B nota-se região com hematoma intenso. 
 
 
A escolha da via de administração dos fármacos, e a execução 
correta da técnica, são essenciais para o sucesso do tratamento, e para evitar 
complicações. A deposição do ativo na camada errada do tecido ou grandes 
quantidades e concentrações erradas, poderão causar, em alguns casos, 
necrose tecidual. 5,6 
 
Figura 3: Necrose tecidual em vários pontos após aplicação de dexosicolato de sódio. 
 
 
 
51 
 
Complicações na Estética 
A região necrosada consiste em células que sofreram lesões irreversíveis e 
representa um importante fator de risco para contaminação e proliferação bacteriana, 
além de servir como barreira ao processo de cicatrização. Assim, se houver crosta na 
região do tecido necrosado, é importante remove-la. 5,6 
 No tecido necrosado com feridas abertas, é importante que a higienização se 
dê com: Prontosan® Gel, seguido do uso de Dersani Hidrogel; 
 É indicado o uso de antibióticos. 
 
Figura 4: Necrose tecidual após aplicação de ativos farmacológicos. 
 
 
Figura 5: Necrose tecidual após aplicação errada de dexosicolato de sódio. 
 
 
 
 
52 
 
Complicações na Estética 
 
Um dos relato sobre a técnica de intradermoterapia refere-se à infecção 
por Mycobacterium fortuitum, uma micobactéria atípica de crescimento 
rápido, que ocorre com mais frequência em complicações de lesão pós 
cirúrgica ou no local de uma lesão penetrante na pele, pequenos traumas por 
fragmentos ou prurido também podem induzir essas micobacterias na pele. 7,8 
 Este tipo de complicação se dá por mal higienização antes da aplicação 
injetável, ou ainda substâncias não estéreis. 
 Os pacientes nestas condições deverão ser encaminhados à um médico 
especialista na área, já que o manejo clínico para as infecções exige meses de 
tratamento com drogas múltiplas e, geralmente, resulta em cicatrizes 
inestéticas. 7-12 
 
Figura 6: Em A observa-se várias lesões de aparência nodular envolvendo os locais de injeção, 
distribuídas na porção superior das coxas. No corte histológico de biópsia de pele de pápula isolada 
em B, apresenta infiltrado granulomatoso da derme profunda e tecido subcutâneo, com diversos 
neutrófilos e necrose liquefativa. 
 
 
Uma outra característica relacionada à intradermoterapia refere-se não 
à técnica em si, mas aos ativos farmacológicos que compõe a mescla, que é a 
alergia ou reação de hipersensibilidade à algum componente da solução. 13,14 
O processo alérgico é uma resposta imunológica exagerada, que se desenvolve após 
a exposição a um determinado antígeno (substância estranha ao nosso organismo) e 
que ocorre em indivíduos susceptíveis (geneticamente) e previamente sensibilizados. 
3,6 
Os sintomas neste tipo de reação são: edema intenso, rubor, eritema, 
coceira. 1-6 
 
53 
 
Complicações na Estética 
Como se usa concentração baixas dos compostos farmacológicos nas mesclas, 
a reação é branda, e reversível. Seu manejo clínico se dá: 
 Uso oral de corticoides, ex: dexametasona, 
 Antialérgicos, ex: Diprospan, Allegra D, prednisona. 
 
Figura 7: Resposta alérgica na face após intradermoterapia facial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
54 
 
Complicações na Estética 
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