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Semana7 pratica simulada

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
FRANCISCO DAS CHAGAS GOMES – Matrícula nº 201202199216 
PRÁTICA SIMULADA III (PENAL) - CCJ0149 
SEMANA 7 
 
No dia 15/11/2016, por volta das 22 horas, Matias conduzia veículo automotor, marca 
Volkswagen, modelo Gol, placa XYX0611, pela Av. Brasil, na Comarca da Capital, na 
altura do nº YY, quando foi abordado por uma guarnição da Policia Militar, sendo certo 
que os policiais constataram que o Matias dirigia veículo produto de crime. Desta 
maneira, Matias foi preso em flagrante delito pelos PMs como incurso nas penas do art. 
180, do CP. Já em sede policial, a Sra. Miranda, proprietária do veículo, reconheceu, em 
conformidade com o art. 226 do CPP, Matias como autor do crime de roubo ocorrido 2 
dias antes, ou seja, em 13/11/2016. Observado o procedimento de lavratura do Auto de 
Prisão em Flagrante, Matias agora encontra-se preso, como autor do delito previsto no 
art. 180 do CP. Você, advogado criminalista é procurado pela família de Matias para 
tomar as medidas cabíveis nesse caso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUI Z DE DIREITO DA___VARA DA COMARCA 
DA CAPITAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MATHIAS, já qualificado nos autos do procedimento em epígrafe, vem, na presença de 
V. EXª, através de seu advogado abaixo assinado na forma do artigo 5º LXV da 
Constituição Federal, oferecer pedido de: 
 
RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAG RANTE 
 
 
I – DOS FATOS 
 
No dia 15/11/2016, por volta das 22 horas, Matias conduzia veículo 
automotor, marca Volkswagen, modelo Gol, placa XYX0611, pela Av. Brasil, na 
Comarca da Capital, na altura do nº YY, quando foi abordado por uma 
guarnição da Policia Militar, sendo certo que os policiais constataram que o Matias 
dirigia veículo produto de crime. Desta maneira, Matias foi preso em flagrante delito 
pelos PMs como incurso nas penas do art.180, do CP. 
Já em sede policial, a Sra. Miranda, proprietária do veículo, reconheceu, em 
conformidade com o art. 226 do CPP, Matias como autor do crime de roubo ocorrido 
2 dias antes, ou seja, em 13/11/2016. 
 
II – DO DIREITO 
 
Todavia, a prisão deve ser imediatamente relaxada, tendo em vista que o CPP, 
em seu artigo 302, expressamente define quem se encontra em flagrante delito: 
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: 
 
I - está cometendo a infração penal; 
 
 
II - acaba de cometê-la; 
 
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer 
pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; 
 
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis 
que façam presumir ser ele autor da infração. 
 
 Também dispõe art.5º,LXV, da Constituição Federal: 
“A prisão será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária”. 
 
 
 
 
 
 
No caso em tela se faz mister o relaxamento da prisão em flagrante, pois 
nenhuma das quatro hipóteses legais do artigo 302, do Código de Processo Penal se 
encontram presentes nesse caso, quais sejam: estar cometendo infração penal, acabá-la 
de cometê-la, ser perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer 
do povo, em situação que faça presumir ser autor da infração, ou ser encontrado, logo 
após, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele o autor da 
infração penal. 
A carta magna, em seu artigo 5º, inciso LVII, afirma que: “ ninguém será 
considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória.” 
Somado a isso há o fato de que não foram cumpridas as formalidades essenciais 
elencadas no artigo 306, §1º do Código de Processo Penal, ou seja, não foi remetida a 
lavratura e remessa do auto de prisão em flagrante ao juiz competente no prazo de 24 
horas. 
Diante de todo o exposto, pede-se, o imediato relaxamento, pois é denotadamete 
ilegal a prisão, nos termos do art. 310 , I , do Código de Processo Penal, uma vez que 
não se caracterizou a situação de flagrância nos termos do artigo 302, incisos I,II,III e 
IV, do Código de Processo Penal. 
 
III – DO PE DIDO 
 
Ante o exposto, requer à Vossa Excelência, uma vez provada a ilegalidade da prisão 
em flagrante, determinar: 
 
a) O relaxamento da prisão expedindo-se o competente alvará de soltura em favor do 
requerente, por ser medida da mais salutar justiça; 
b) Subsidiariamente, caso não seja este o entendimento deste Douto Juízo, o que só se 
admite para argumentar, requer seja concedida liberdade provisória nos termos do artigo 
350, caput, do CPP, por se tratar de pessoa pobre nos termos da lei. 
 
Por último, o Requerente se compromete a comparecer a todos os atos de 
persecução penal, ocasião que provará sua inocência. 
 
 
Nesses termos, Pede deferimento. 
 
 
 
Local e Data. 
Nome do Advogado. 
Número da OAB.

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