Buscar

Classificação penal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES
• Quanto à qualidade do Sujeito Ativo 
 
Crime comum ou geral: aqueles praticados por qualquer pessoa, não se exigindo condição especial (exemplo: homicídio)
Obs.: fala-se em crimes bi comuns quando não há nenhuma condição especial nem para o sujeito ativo nem para o sujeito passivo.
Crime próprio ou especial: são aqueles que o tipo penal exige uma situação fática ou jurídica diferenciada por parte do sujeito ativo. Admitem coautoria e participação (exemplo: peculato, somente o funcionário público)
Obs.: existem crimes bi próprios, que são aqueles que exigem condição especial do sujeito ativo e do passivo, como é o caso do infanticídio. 
Crime de mão própria: aqueles que somente podem ser praticado pela pessoa expressamente indicada no tipo penal. Apenas admite participação, não aceitando coautoria. (exemplo: falso testemunho)
 
• Quanto à estrutura da conduta delineada pelo tipo penal 
Crime simples: aquele que se amolda em um único tipo penal, ou seja, cometer uma única ação (exemplo: furto)
Crime complexo: resulta da união de dois ou mais tipos penais (exemplo: furto + ameaça = roubo)
 
• Quanto a relação entre a conduta e o resultado naturalístico
Crimes materiais ou causais: o tipo penal exige uma conduta que cause um resultado, a consumação obriga o resultado naturalístico (exemplo: homicídio)
Crimes formais: o resultado naturalístico não é necessário para a consumação (exemplo: extorsão mediante sequestro - não necessita a efetividade vantagem sobre a extorsão, apenas que ela ocorra)
Crimes de mera conduta: não há resultado, apenas a descrição de uma conduta (exemplo: ato obsceno - só de realizar a conduta ele já acontece, mesmo que não cause resultado nenhum)
 
• Quanto ao momento em que se consuma o crime
Instantâneo: a consumação se verifica em um momento determinado, não se prolonga no tempo
Permanente: a consumação se prolonga no crime, vai se consumando a todo tempo
Necessariamente permanente: exige, para a consumação, a manutenção da ação (exemplo: sequestro)
Eventualmente permanente: crime instantâneo, mas que a ofensa ao bem jurídico tutelado se prolonga no tempo
Instantâneo de efeito permanente: consumação também ocorre em momento determinado, mas os efeitos dela decorrentes são irreparáveis, como no homicídio consumado, por exemplo
Crime a prazo: consumação exige a fluência de determinado período (exemplo: sequestro em que a privação da liberdade dura mais de quinze dias)
 
• Quanto ao número de vítima
Crime de subjetiva passiva única: quando só há uma única vítima, isto é, com a ação dele só poderá atingir uma única vítima
Crimes de dupla subjetividade passiva: o tipo penal prevê a existência de duas ou mais vítimas, como é o caso de violação de correspondência, por exemplo, pois atinge o remetente e o destinatário
 
• Quanto ao grau de intensidade do resultado
Crime de dano: resultado causou algum dano, ou seja, a consumação se dá com a efetiva lesão do bem jurídica tutelado
Crime de perigo: expõe alguém a perigo, isto é, consuma-se com a mera exposição do bem jurídico tutelado
Perigo Abstrato: basta a prática da conduta 
Perigo Concreto: necessita da comprovação da exposição
Perigo Individual: atinge uma pessoa ou um determinado grupo (exemplo: perigo de contágio venéreo)
Perigo Comum ou Coletivo: o perigo já está ocorrendo (exemplo: abandono de incapaz)
Perigo Iminente: prestes a ocorrer
Perigo Futuro ou Mediato: o perigo se projeta para o futuro (exemplo: porte ilegal de arma)
 
• Quanto ao número de atos executório que integram a conduta
Unissubsistente: conduta se revela mediante UM único ato de execução, capaz por si só de produzir a consumação. Não admite tentativa. 
Plurissubsistente: conduta se exterioriza por meio de dois ou mais atos, que devem somar-se para produzir a consumação. Isto é, exige mais de um ato. 
 
• Com relação à forma como é praticado o crime 
Comissivo ou de ação: praticado mediante conduta positiva, uma ação do agente 
Omissivo ou de omissão: cometido por meio de uma conduta negativa, ou seja, deixar de fazer algo
Omissivo próprio ou puro: a omissão está contida no tipo penal, realizando uma conduta negativa como forma de praticar o crime, todavia, por não haver dever jurídico de agir, o agente não responde pelo resultado naturalístico, apenas pela sua omissão (exemplo: omissão de socorro)
Omissivo Impróprio (comissivo por omissão): tipo penal traz uma conduta positiva e o agente tem o dever se evitar o resultado, mas esquivasse de forma a cometer uma conduta negativa, responde pelo resultado naturalístico (exemplo: mãe que deixa de amamentar o filho)
Conduta Mista: é composto de duas fases distintas, uma inicial positiva e outra final, omissiva (exemplo: apropriação de coisa achada e omissão em devolvê-la) 
 
• Quanto ao modo de execução
Crime de forma livre: admite qualquer meio de execução
Crime de forma vinculada: somente pode ser praticado por meio do disposto no tipo penal
 
• Quanto ao número de bens jurídicos atingidos
Crime mono-ofensivo: ofendem a um único bem jurídico
Crime pluriofensivos: atingem dois ou mais bens jurídicos (exemplo: latrocínio)
 
• Quanto à existência autônoma do crime
Principais: possuem existência autônoma, independente da prática de crime anterior 
Acessórios, de fusão ou parasitários: depende da prática de um crime anterior para sua existência (exemplo: receptação)
Obs.: segundo o código penal, a extinção da punibilidade do crime principal NÃO se estende ao acessório
 
• Quanto à necessidade de exame de corpo de delito como prova
Crime de fato transitório - transeunte: não deixam vestígios materiais (exemplo: ameaça), logo, não se realiza perícia
Crime de fato permanente - não transeunte: deixam vestígios materiais, logo, haverá necessidade de realizar exame de corpo de delito, de maneira que sua falta acarretará nulidade da ação
 
• Quanto ao local em que o crime é praticado
Crimes à distância: conduta e resultado em países diversos (teoria da ubiquidade - legislação pátria)
Crimes plurilocais: conduta e o resultado se desenvolvem em comarcas diferente (teoria do resultado, adotada pelo CPP em seu art. 70)
Crimes em trânsito: somente uma parte da conduta ocorre em outro pais, sem lesionar ou expor a perigo jurídico das pessoas que nele vivem (exemplo: argentino envia carta com ameaça a americano, e a carta passa por território brasileiro)
 
• Quanto ao vínculo existente entre os crimes
Independente: não apresenta nenhuma ligação com outro delito
Conexo: ocorre uma ligação dos delitos entre si, pode ser processual ou penal. A penal divide-se em: 
Conexão teleológica ou ideológica: crime é praticado para assegurar a execução de outro crime
Conexão consequencial ou causal: crime é cometido na sequência de outro, passa assegurar a impunidade, ocultação ou vantagem de outro delito 
Obs.: a duas espécies de cima possuem previsão legal, servindo como agravantes do crime

Outros materiais