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MATERIAL DE ESTUDO - Economia e Mercados Documento

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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
ECONOMIA E MERCADOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, 
 Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
APRESENTAÇÃO .................................................................................................. 5 
1. INTRODUÇÃO À ECONOMIA ......................................................................... 6 
1.1. Conceito de Economia ............................................................................ 7 
1.2. O Problema Fundamental da Economia ................................................. 8 
1.3. Quatro Perguntas Fundamentais ............................................................ 9 
1.4. A Curva de Possibilidade de Produção ................................................ 10 
1.5. Os Fatores de Produção ....................................................................... 11 
1.6. O Sistema Econômico ........................................................................... 13 
2. TEORIA ELEMENTAR DA DEMANDA .......................................................... 15 
2.1. Curva de Demanda ................................................................................ 16 
2.2. Bens complementares e substitutos .................................................... 17 
3. TEORIA ELEMENTAR DA PRODUÇÃO ....................................................... 19 
3.1. A função de Produção ........................................................................... 20 
3.2. Custo de Produção, receita e lucro ...................................................... 21 
3.3. Curva de Oferta ..................................................................................... 22 
4. O MERCADO ................................................................................................ 24 
4.1. O Preço de Equilíbrio ............................................................................ 25 
4.2. Classificação dos Mercados .................................................................. 26 
4.3. Estruturas de Mercado de Fatores de Produção .................................. 27 
5. CONTABILIDADE SOCIAL ........................................................................... 29 
5.1. Renda e Produto ................................................................................... 30 
5.2. Os principais agregados macroeconômicos ........................................ 32 
6. CONSUMO E POUPANÇA ................................................................................. 36 
6.1. Componentes do Consumo .................................................................. 37 
7. EMPREGO ................................................................................................... 39 
7.1. Mercado de Trabalho ................................................................................ 40 
7.2. Oferta e demanda de Emprego ............................................................. 40 
8. ECONOMIA MONETÁRIA ............................................................................. 41 
8.1. A moeda: sua história e suas modalidades .......................................... 42 
8.2. Funções e tipos de Moeda .................................................................... 43 
4 
 
Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, 
 Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 
 
8.3. Demanda e oferta de moeda ................................................................. 44 
8.4. A Taxa de Juros de Equilíbrio ............................................................... 46 
9. SISTEMA FINANCEIRO ................................................................................ 48 
9.1. O Sistema Financeiro ............................................................................ 49 
9.2. A organização do Sistema Financeiro Nacional ................................... 50 
10. INFLAÇÃO ................................................................................................. 51 
10.1. A defição e medida da inflação .............................................................. 52 
10.2. As Conseqüências da Inflação .............................................................. 52 
10.3. Inflação de demanda e inflação de custo ........................................... 53 
10.4. A inflação no Brasil ............................................................................. 55 
11. O SETOR EXTERNO .................................................................................. 58 
11.1. Balanço de Pagamentos ...................................................................... 59 
11.2. Taxa de Câmbio ................................................................................... 60 
11.3. Organismos Internacionais ................................................................. 61 
12. O SETOR PÚBLICO ................................................................................... 63 
12.1. As Funções Econômicas do Setor Público ........................................ 64 
12.2. Estrutura Tributária ................................................................................ 64 
12.3. Déficit Público ..................................................................................... 66 
13. CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO ............................. 67 
13.1. Crescimento e Desenvolvimento ........................................................ 68 
13.2. Fontes de Crescimento Econômico .................................................... 68 
13.3. Indicadores de Desenvolvimento ....................................................... 69 
14. POLÍTICAS MACROECONÔMICAS ........................................................... 70 
14.1. Definições ............................................................................................... 71 
14.2. Metas de Política Macroeconômica .................................................... 71 
14.3. Instrumentos de Política Macroeconômica ........................................ 71 
15. GLOBALIZAÇÃO ECONÔMICA .................................................................. 74 
15.1. O processo de globalização ................................................................ 75 
15.2. As Conseqüências da Globalização ................................................... 75 
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 77 
5 
 
Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, 
 Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
 
Uma das maneiras de estar no mundo, é através do conhecimento que você tem e 
adquire. Ele é construído de diversas formas, seja na escola, no trabalho ou em casa. O 
que se deseja e se espera daqueles envolvidos no mercado imobiliário é a consciência e 
o cumprimento da responsabilidade quanto à buscar do conhecer que, com certeza, irá 
colaborar para a realização dos seus sonhos e desejos. 
 
A economia, enquanto ciência social aplicada, se preocupa com o problema da 
escassez, oferecendo ou tentando oferecer alternativas apropriadas para a solução desse 
grave mal que assola de diversas maneiras todo o mundo. A fome, o desemprego, a inflação 
são apenas algumas das preocupações por parte daqueles que exercem a profissão de 
economista. 
 
O profissional imobiliarista não está divorciado da preocupação em se resolver o 
citado problema da escassez. Na verdade, no seu dia-a-dia, ele lida com pessoas que 
tem necessidades ilimitadas e recursos limitados. Essas pessoas confiam então os seus 
patrimônios imobiliários,que na maioria das vezes é o único bem que eles tem, a esses 
profissionais, com a intenção de que os mesmos os comercializem, tanto na venda como 
na compra, buscando assim aumentar os limites dos seus recursos. 
 
Este trabalho tem a intenção de oferecer ao profissional do ramo imobiliário um 
importante instrumento para a construção do seu conhecimento. Ele foi escrito de uma 
maneira clara e sistematizada, buscando sempre facilitar o entendimento de uma área do 
saber que é a economia. Os conceitos, leis e teorias básicas da ciência econômicas estão 
aqui apresentados, de acordo com as principais bibliografias que tratam de tais questões. 
 
Ao ler e estudar esse material, você certamente estará dando passos firmes na direção 
da construção do saber e é isso que faz a grande diferença entre o profissional preparado e 
daquele fadado ao fracasso. Invista em você mesmo, através do estudo, e tenha uma vida 
de vitórias e realizações. 
 
Boa Sorte. 
O autor 
6 
 
Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, 
 Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 
 
 
 
 
 
 
 
1 
INTRODUÇÃO À ECONOMIA 
7 
 
Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, 
 Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 
 
 
 
 
 
A economia passou a ser vista como ciência a partir da Grécia antiga, onde tivemos 
os primeiros registros de trabalhos econômicos. 
 
A economia faz parte de uma ciência maior, denominada de ciências sociais, onde a 
economia estuda a ação econômica do homem, envolvendo essencialmente o processo de 
produção, a geração e a apropriação da renda, o dispêndio (as despesas) e o processo de 
acumulação. 
 
A economia para que possa dar respostas aos problemas econômicos, procura o 
respaldo das demais áreas do conhecimento, das ciências humanas, exatas (matemáticas) 
e com outras ciências, com o fim de juntas resolver os problemas econômicos. 
 
Em outras palavras, a economia, segundo Rossetti (1997), se preocupa com todos 
os aspectos que estejam relacionados à produção, distribuição, custos e acumulação de 
bens e serviços. 
 
A economia se preocupa com grandes temas que interferem de uma ou de outra 
maneira na vida do homem. Dentre eles temos: escassez de recursos, emprego, produção, 
trocas, valor, moeda, preços, mercados, concorrência, remunerações, agregados, 
transações, crescimento, equilíbrio, organização. Tais temas fazem parte da vida do homem 
e representam o campo de estudo da ciência econômica. 
 
 
 
1.1. Conceito de Economia 
 
 
Devido à complexidade dos problemas que envolvem o comportamento do homem, 
pode haver vários conceitos diferentes para a economia, pois a cada época, devido às 
concepções políticas-ideológicas de cada sociedade, pode-se observar a economia sob um 
ângulo diferenciado. 
 
Na medida em que novas preocupações de ordem econômica vão surgindo na vida do 
homem, o seu conceito vai evoluindo. 
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No entanto, levando-se em consideração que vários podem ser os conceitos de 
economia, cada um à sua época, conforme a época, adotaremos o seguinte conceito de 
economia: 
 
“A economia é a ciência que estuda as formas de comportamento humano resultantes 
da relação existente entre as ilimitadas necessidades a satisfazer e os recursos que, embora 
escassos, se prestam a usos alternativos”. ROSSETTI (1997, p.52.) 
 
A partir deste conceito, pode-se verificar que a preocupação básica da economia se 
refere aos escassos recursos para atender as necessidades ilimitadas. Tal conceito vale-se 
do fato, de que temos necessidades ilimitadas para satisfazer, e que os recursos para tal 
fim são escassos, onde temos que escolher a melhor alocação dos mesmos para produzir 
o necessário para satisfazer nossas necessidades. 
 
A economia procura examinar as opções viáveis que se apresentam aos agentes 
econômicos, denominados estes de: unidades familiares, empresas e governo, para 
empregar os limitados recursos sob seu comando, tomando decisões racionais diante de 
várias alternativas. 
 
 
 
 
1.2. O Problema Fundamental da Economia 
 
 
Segundo Rossetti (1997), o problema fundamental da economia está relacionado 
ao conflito entre os recursos limitados e necessidades ilimitáveis. Em outras palavras, o 
problema fundamental da economia se refere à escassez dos recursos de produção. 
 
Como não temos uma abundância relativa dos recursos de produção, nossas 
necessidades não são completamente satisfeitas. Se todos os bens fossem livres, a 
disponibilidade ilimitada de recursos seria de tal ordem que a obtenção de quaisquer bens 
não seria problema. Daí, não necessitaria da ciência econômica, pois não haveria problemas 
a resolver. Não haveria conflitos de interesses. 
 
Mas são raros os bens que ainda são livres (água da chuva, por exemplo), que 
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não temos que pagar para adquiri-lo. Até mesmo o ar que respiramos, que ainda é livre, 
vai, pouco a pouco, se transformando em bem econômico. Daí surge à necessidade da 
economia, para podermos usufruir, da melhor maneira possível, destes recursos que são 
escassos. 
 
Como nenhum sistema econômico foi capaz de satisfazer plenamente todas as 
necessidades dos indivíduos (em termos de bens e serviços), temos então a importância 
da economia, para nos ajudar a alocar recursos escassos para atender as necessidades 
ilimitadas. 
 
Em todos os países, as unidades familiares exigem mais e melhores produtos. As 
empresas para produzi-los exigem equipamentos de mais alta sofisticação, mais ágeis e 
mais produtivos. E os governos, para garantirem a satisfação das necessidades dos outros 
agentes, têm de fornecer mais infra-estrutura econômica e social, melhores bens e serviços 
públicos. Ambos necessitam da economia para auxiliá-los. 
 
 
 
 
1.3. Quatro Perguntas Fundamentais 
 
 
São questões que acontecem em todas as economias, independente do grau de 
desenvolvimento que possuem. 
 
A primeira questão diz respeito ao que produzir. O que produzir com os recursos que 
são escassos para atender as necessidades ilimitadas da sociedade. Várias podem ser 
as alternativas de produção, dentre elas o que produzir para usufruir e gastar da melhor 
maneira possível os recursos que são limitados. 
 
Quanto produzir se refere à segunda questão. Se refere a quanto produzir de 
determinado produto ou produtos para atender as necessidades da sociedade, para a 
sustentação do seu bem-estar corrente e para a progressiva melhoria do seu padrão de 
vida. 
 
A terceira questão é de como produzir. Como produzir para otimizarmos os recursos 
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de produção (terra, capital, trabalho, capacidade tecnológica e capacidade empresarial) 
face à sua escassez. 
 
A última pergunta fundamental diz respeito para quem produzir. Para quem vai ser 
direcionado o produto/serviço. Tal questionamento é importante para que se produza o 
necessário para atender as necessidades da sociedade. 
 
Considerando que as respostas destas perguntas são extremamente relevantes para 
resolver os problemas econômicos que afetam as sociedades como um todo, várias são 
as possibilidades de se produzir bens/serviços, com a disponibilidade limitada de recursos, 
para atendê-las. Neste sentido, essas possibilidades de produção existentes podem ser 
destinadas a uma variedade de combinações de diferentes categorias de bens e serviços 
que podem ser destinados para a sociedade. 
 
 
 
 
1.4. A Curvade Possibilidade de Produção 
 
 
A curva de possibilidade de produção retrata quais são as alternativas para a utilização 
dos recursos, quando se compara a produção de dois ou mais produtos. Neste caso, os 
recursos não são suficientes para produzir toda a quantidade de todos os produtos para 
atender a sociedade, pois os mesmos são escassos. Daí a escolha de alternativas entre 
o que se produzir de um e de outro produto para atender as necessidades da população. 
 
Unidades Familiares, Empresas e Governo, fazem parte de diferentes grupos de 
agentes econômicos que interagem, participando direta ou indiretamente de todas as 
transações que realizam dentro de determinado sistema econômico. Ou seja, podem 
ser consumidores e/ou produtores dos bens/serviços que são destinados a eles próprios 
enquanto agentes econômicos. 
 
Por unidades familiares entende-se todos os tipos de unidades domésticas, unipessoais 
ou familiares, com ou sem laços de parentesco, segundo as quais a sociedade como um 
todo se encontra segmentada. Essas unidades familiares possuem e fornecem os recursos 
de produção (na forma de trabalho), devido a isso, se apropriam de diferentes categorias de 
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rendas (que podem ser salários, aluguéis, juros, etc.), e a partir daí decidem como, quando 
e onde e em que as rendas recebidas serão despendidas. 
 
Já as empresas, são os agentes econômicos que empregam e combinam os recursos 
de produção para a geração dos bens e serviços que atenderão às necessidades de 
consumo e de acumulação da sociedade. Essas empresas são heterogêneas, ou seja, são 
de diversos tipos e produzem diferentes produtos. 
 
O governo é o agente coletivo que contrata diretamente o trabalho das unidades 
familiares e que adquire uma parcela da produção das empresas para proporcionar bens e 
serviços úteis à sociedade como um todo. 
 
Esses agentes é que fazem parte do processo produtivo em que se tem que escolher 
entre alternativas diferentes, devido à escassez de recursos. 
 
Todos os agentes econômicos, considerados isoladamente ou em conjunto, defrontam 
com esta restrição econômica. As unidades familiares podem ter aspirações ilimitáveis, 
mas defrontam com a amarga realidade dos recursos escassos, definidos por orçamentos 
restritos proveniente de sua limitação de renda. 
 
Normalmente, alguma coisa é sacrificada em favor de outra. E as prioridades decididas, 
não importam quais sejam, traduzem sempre custos de oportunidade. Custos de se produzir 
um bem em detrimento do sacrifício de outro. Em outras palavras, se refere ao custo de se 
deixar de produzir um bem em detrimento de outro. 
 
 
 
 
1.5. Os Fatores de Produção 
 
 
Os fatores de produção representam os recursos disponíveis, que combinados, são 
direcionados para a produção de bens e/ou serviços para o atendimento das necessidades 
da população. 
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a) Fator Terra 
 
 
O Fator Terra constitui a base sobre a qual se exercem as atividades dos demais 
recursos de produção. As reservas naturais, renováveis ou não, encontram-se na base de 
todo o processo de produção. As dádivas da natureza, aproveitadas pelo homem em seus 
estados naturais ou então transformadas, são direcionadas para as outras atividades de 
produção. 
 
É a partir da interação com os demais fatores de produção que se viabiliza seu efetivo 
aproveitamento. Aqui é importante a consciência social sobre sua preservação e reposição, 
no intuito de tenha um melhor aproveitamento. 
 
 
 
b) Fator Trabalho 
 
 
É a parte da população total, considerada produtiva, que é definida por faixas etárias. 
É constituído por uma parcela da população total denominada de economicamente ativa, 
que contribui para o processo de produção. 
 
Segundo Rossetti (1994), os limites da faixa etária considerada economicamente ativa 
variam em função de dois fatores relevantes: o estágio de desenvolvimento da economia e 
o conjunto de definições institucionais, geralmente expresso através da legislação social e 
previdênciaria. 
 
Em todos os países, uma parcela da população economicamente ativa, embora apta, 
fica à margem do processo produtivo. É a porção economicamente inativa. 
 
 
 
c) Fator Capital 
 
 
Compreende o conjunto das riquezas acumuladas pela sociedade. Com o emprego 
destas riquezas é que a população ativa se equipa para o exercício das atividades de 
produção. Esse conjunto de riquezas dá suporte às operações produtivas realizadas por 
parte da sociedade. 
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O fator capital constitui-se das diferentes categorias de riqueza acumulada, empregadas 
na geração de novas riquezas. Também são chamados de bens de investimento. Podem 
ser: máquinas, equipamentos, instrumentos e ferramentas, energia, telecomunicações, 
transportes, educação e cultura, saúde e saneamento, segurança, construções e edificações 
(prédios), plantações, etc. Referem-se as riquezas utilizadas pelas empresas para efetuar 
a produção, representam os ativos das empresas, seu patrimônio. Caracteriza-se por 
aumentar a eficiência do trabalho humano, para a produção de bens e serviços. 
 
Em economia, entende-se como pleno emprego dos recursos de produção (terra, 
capital e trabalho) que toda a população está empregada, não há desemprego voluntário. 
 
 
 
d) Fator capacidade tecnológica 
 
 
É constituída pelo conjunto de conhecimentos e habilidades que dão sustentação ao 
processo de produção, envolvendo desde os conhecimentos acumulados sobre as fontes 
de energia empregadas, passando pelas formas de extração de reservas naturais, pelo seu 
processamento, transformação e reciclagem, até chegar à configuração e ao desempenho 
dos produtos finais resultantes. É o elo de ligação entre o capital, a força de trabalho e o 
fator terra. 
 
 
 
e) Fator Capacidade Empresarial 
 
 
É através dela que os recursos disponíveis são reunidos, organizados e acionados 
para o exercício de atividades produtivas. O processo de produção, em seus fundamentos, 
dá-se pela mobilização combinada dos fatores terra, trabalho e capital, sob determinado 
padrão tecnológico. E o fator mobilizador é a capacidade empresarial. 
 
 
 
 
1.6. O Sistema Econômico 
 
 
Pode ser definido como sendo a forma política, social e econômica pela qual está 
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organizada uma sociedade. É um sistema que organiza a produção, a distribuição e o 
consumo de bens e serviços destinados à população. 
 
Fazem parte do sistema econômico o estoque de fatores de produção (terra, capital, 
trabalho, etc.), os agentes econômicos (unidades familiares, empresas e governo) e um 
conjunto de instituições. O estoque dos fatores de produção constitui a própria base da 
atividade econômica. 
 
Nenhum sistema econômico é possível sem que um conjunto de normas jurídicas 
discipline os deveres e as obrigações dos detentores dos recursos e das unidades que os 
empregarão. Daí o surgimento das complexas instituições. 
 
Os sistemas econômicos podem ser classificados em: 
 
 
Sistema capitalista de produção, que é aquele regido pelas leis de mercado, onde 
predomina a livre iniciativa e propriedade privada dos fatores de produção; 
Sistema socialista, que é aquele em que as questões econômicas fundamentais são 
resolvidas por um órgão central de planejamento, predominando a propriedade pública dosbens de produção. 
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2 
TEORIA ELEMENTAR DA DEMANDA 
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Como o estudo da demanda está alicerçado no conceito de utilidade, cabe-nos 
primeiramente conceituarmos utilidade. 
 
Utilidade é a qualidade que os bens econômicos possuem de satisfazer as necessidades 
humanas. Está utilidade difere de consumidor para consumidor, uma vez que está baseada 
em aspectos psicológicos ou a preferências. 
 
Como está utilidade visa satisfazer as necessidades humanas, têm que apresentar 
algum valor. É um conceito subjetivo, onde considera que o valor nasce da relação homem 
com os bens e/ou serviços. 
 
A demanda/procura pode ser definida como a quantidade de um determinado bem 
ou serviço que os consumidores desejam adquirir em determinado período de tempo a um 
determinado preço, mantidas constantes todas as outras variáveis (coeteris paribus). As 
outras variáveis que influenciam a escolha (demanda) do consumidor. São elas: o preço do 
bem ou serviço, o preço dos outros bens, a renda do consumidor e o gosto ou preferência do 
indivíduo. Então, quando o preço de uma mercadoria aumenta, tudo o mais permanecendo 
constante, o consumidor perde o que chamamos de poder de compra. 
 
Dentro do estudo da demanda, temos a chamada Lei Geral da Demanda, que mostra 
que há uma relação inversamente proporcional entre a quantidade demandada e o preço 
do bem, coeteris paribus. Esta relação pode ser vista pela Curva de Demanda. 
 
 
 
 
2.1. Curva de Demanda 
 
 
A curva de demanda revela as preferências dos consumidores, sob a hipótese de 
que estão maximizando sua utilidade, ou seja, estão maximizando o grau de satisfação no 
consumo daquele produto. No exemplo da curva abaixo podemos verificar que para cada 
nível de preços as pessoas estão dispostas a adquirir determinadas quantidades de bens, 
onde quanto menor o preço mais produtos elas estarão dispostas a adquirir. A curva de 
demanda inclina-se de cima para baixo, no sentido da esquerda para a direita, tendo uma 
inclinação negativa, devido a inversibilidade da relação preço e quantidade demandada. 
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Outras variáveis podem influenciar a demanda como: a renda dos consumidores; os 
preços dos outros bens e serviços; os hábitos e preferências dos consumidores; os gastos 
com propaganda e publicidade, etc. 
 
Em teoria da demanda preço é um conceito de extrema importância. O preço expressa 
o valor de troca entre as mercadorias. É sua expressão monetária de valor, que é utilizado 
para calcular o valor das mercadorias. A parte da economia que estuda a formação de 
preços é dita de microeconomia. Tal teoria trata além da formação de preços, da fixação de 
preços mínimos por parte do governo, dos efeitos dos impostos sobre mercados específicos 
e sobre os custos de produção, dentre outros. 
 
 
 
 
2.2. Bens complementares e substitutos 
 
 
São bens que interferem na demanda de um produto por parte do consumidor. Pois 
quanto mais substitutos houver para um bem e/ou serviço, mais opções ele terá à sua 
disposição para decidir sobre a sua demanda. Neste caso, pequenas variações em seu 
preço, para cima, por exemplo, farão com que o consumidor passe a adquirir mais de seu 
produto substituto, provocando queda em sua demanda maior do que a variação do preço. 
Por exemplo, o consumidor tem sua demanda por certa quantidade de tomate, que 
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possui vários substitutos (repolho, cenoura, vagem, pepino, abóbora, etc.), neste caso, 
qualquer variação de preço por mais pequena que seja do tomate, os consumidores estarão 
dispostos a trocar uma certa quantidade (ou toda ela) de tomate por quantidades de seus 
produtos substitutos. 
 
Já para os bens complementares, também são bens que tendem a influenciar a 
demanda de outros bens. São bens ditos de complementares, porque um está relacionado 
ao consumo do outro. Como por exemplo, o pão e a manteiga. Neste caso, quando o preço 
do pão subir isto ocasionará uma queda na demanda do próprio pão e, conseqüentemente, 
na demanda da própria manteiga, que o consumidor utiliza para passar no pão. 
 
Outra classificação que temos que ter em mente quando estamos falando de demanda, 
diz respeito se os bens são bens de consumo, daí temos os bens de consumo duráveis e 
não duráveis; dos bens de capital e dos bens intermediários. 
 
Bens de consumo são àqueles bens destinados ao consumo final dos consumidores. 
No caso específico dos bens de consumo duráveis, são por exemplo: televisores, geladeira, 
aparelho de som, carro, liquidificador, etc., pois são bens que não possuem consumo 
imediato. Já os bens de consumo não duráveis, são bens destinados ao consumo final e 
são consumidos imediatamente pelos consumidores, por exemplo: alimentos, produtos de 
higiene e limpeza, etc. 
 
No tocante aos bens de capital, são ditos como bens que servem para produzir outros 
bens, como por exemplo, uma máquina de costura, ou seja, máquinas e equipamentos que 
são utilizados para fabricar outros bens. 
 
Por último temos os bens intermediários que também são bens utilizados para produzir 
outros bens, no entanto o fator que o difere dos bens de capital, é que os bens intermediários 
são consumidos durante o processo produtivo. Por exemplo, o tecido que utilizado para 
produzir a camisa, no final do processo não existe mais tecido, mas sim camisa, enquanto 
a máquina de costura continua lá sendo utilizada para produzir outros bens. 
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TEORIA ELEMENTAR 
DA PRODUÇÃO 
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A Teoria da Produção pode ser conceituada pelo processo de transformação dos fatores 
adquiridos pela empresa (terra, capital, trabalho, capacidade tecnológica e capacidade 
empresarial) em produtos ou serviços para a venda no mercado. Vasconcellos (2000) 
 
No processo de produção, diferentes insumos ou fatores de produção são combinados, 
de forma a produzir um bem final. As formas como esses insumos são combinados constituem 
os chamados métodos de produção. A escolha do método ou processo de produção depende 
de sua eficiência. Um método é tecnicamente eficiente quando comparado com outros 
métodos, utiliza menor quantidade de insumos para produzir uma quantidade equivalente 
do produto. Um método é economicamente eficiente, quanto está associado ao método 
mais barato relativamente a outros métodos. 
 
 
 
 
3.1 A função de Produção 
 
 
É a relação que mostra a quantidade física obtida do produto a partir da quantidade 
física utilizada dos fatores de produção num determinado período de tempo. A função de 
produção admite sempre que o empresário esteja utilizando a maneira mais eficiente de 
combinar os fatores e, conseqüentemente, obter a maior quantidade produzida do produto. 
Podemos representar a função de produção, da seguinte maneira: 
 
 
 
Q = f(x1,x2,x3, ... , xn) 
Onde: 
Q é a quantidade produzida do bem ou serviço, num determinado período de tempo; 
x1,x2,x3, ... , xn identificam as quantidades utilizadas de diversos fatores de produção; 
e 
f indica que Q depende da quantidade de insumos utilizados. 
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3.2 Custo de Produção, receita e lucro 
 
 
O objetivo básico de uma empresa é a maximização de seus resultados, de seu lucro, 
quando da realização de sua atividade produtiva, da combinação dos fatores de produção. 
Assim sendo, procurará sempre obter a máxima produção possível em face da utilização de 
certa combinação de fatores. 
 
O resultado dito ótimo para empresa poderá ser obtida quando for possível alcançar um 
dos seguintes objetivos: a) maximizar a produção para um dado custo total ou b) minimizar 
o custo total para um dado nível de produção. O primeiro diz respeito que a empresa tem 
um custo que não deve ser maior, pois se não seus lucros também serão maiores, então ela 
procurará produzir cada vez mais para alcançar um patamar de produção que lhe dê àquele 
custo. A alternativa b se refere que a empresa tem uma meta de produção que estabelece 
alcançar e que para alcança-la terá que reduzir os seus custos ao mínimo possível. 
 
Quanto aos custos totais de produção, define-se como o total das despesas realizadas 
pela empresa com utilização da combinação mais econômica dos fatores, por meio da qual 
é obtida uma determinada quantidade do produto. Os custos totais de produção (CT) são 
divididos em custos variáveis totais (CVT) e custos fixos totais (CFT): 
 
 
 
CT = CVT + CFT 
 
 
 
Os custos fixos totais (CFT), correspondem à parcela dos custos totais que não 
aumentam com o aumento da produção. São decorrentes dos gastos com os fatores fixos 
de produção, como por exemplo, depreciação, aluguéis, seguros, etc. 
 
Já os custos variáveis totais (CVT), correspondem à parcela dos custos totais que 
variam com o aumento da produção. São despesas realizadas com a compra da matéria- 
prima, materiais secundários, mão-de-obra direta, etc. 
 
Os custos também podem ser classificados de curto ou longo prazo. Os custos de 
curto prazo são caracterizados por serem compostos por parcelas de custos fixos e de 
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custos variáveis e os custos de longo prazo são formados unicamente por custos variáveis, 
pois a partir de determinado momento, os próprios custos fixos que eram fixos passam a 
aumentar, pois aumentou o número de máquinas para produzir mais mercadorias. 
 
Também temos os conceitos de custos médios e marginais. Os custos médios são 
obtidos pela divisão entre o custo total e a quantidade produzida, ou seja, representa o custo 
médio para se produzir determinado produto. Já o custo marginal é dado pela variação do 
custo total em resposta a uma variação da quantidade produzida, ou seja, deseja saber 
quanto variará o custo se acrescer uma unidade na produção. 
 
As empresas têm como objetivo maior a maximização de lucros. Onde se pode definir 
o lucro total como a diferença entre as receitas de vendas da empresa e os seus custos 
totais de produção. Ou seja: 
 
LT = RT – CT 
 
 
Onde: LT = lucro total; RT= receita total e CT= custo total. 
 
 
Como receitas totais entende-se o valor das vendas totais realizadas num determinado 
período de tempo. Então como receita teremos: 
 
RT = P x Q 
 
 
Onde: RT= receita total; P= preço e Q= quantidade. 
 
 
Ou seja, receita total é igual ao preço do bem ou serviço multiplicado por sua respectiva 
quantidade vendida. 
 
Qualquer empresa, que deseje maximizar lucros, escolherá o nível de produção para 
o qual a diferença positiva entre receita total e custo total sejam a maior possível. 
 
 
 
 
3.3 Curva de Oferta 
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A oferta representa as várias quantidades que os produtores desejam oferecer ao 
mercado em determinado período de tempo. Da mesma maneira que a demanda, a oferta 
depende de vários fatores: de seu próprio preço, dos demais preços, do preço dos fatores 
de produção, das preferências do empresário e da tecnologia. 
 
A função oferta mostra uma relação direta entre quantidade ofertada e nível de preços, 
coeteris paribus. Essa representa a chamada Lei Geral da Oferta. 
 
A relação direta entre a quantidade ofertada de um bem ou serviço e seu preço deve- 
se ao fato de que, um aumento do preço no mercado estimula as empresas, os produtores 
a produzirem mais, aumentando sua receita. Podemos expressar a curva de demanda 
conforme a figura abaixo. 
 
 
 
A inclinação da curva de oferta e positivamente inclinada, uma vez que a relação entre 
quantidade ofertada e o preço é diretamente proporcional. 
 
Além do preço do bem, a oferta de bem ou serviço é afetada pelos custos dos fatores 
de produção (matérias-primas, salários, preço da terra) e por alterações tecnológicas, ou 
pelo aumento do número de empresas no mercado. 
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4 
O MERCADO 
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4.1. O Preço de Equilíbrio 
 
 
A interação das curvas de demanda e oferta determina o preço e a quantidade de 
equilíbrio de um bem ou serviço em um dado mercado. 
 
 
 
 
No encontro das curvas de oferta e demanda (ponto E) teremos o preço e a quantidade 
de equilíbrio, isto é, o preço e a quantidade que atendem os objetivos dos consumidores e 
dos produtores simultaneamente. 
 
Se a quantidade ofertada se encontrar abaixo daquela de equilíbrio E, teremos uma 
situação de escassez do produto. Haverá uma competição entre os consumidores, pois as 
quantidades procuradas serão maiores que as ofertadas. Formar-se-ão filas, o que forçará 
a elevação dos preços, até atingir-se o equilíbrio, quando as filas cessarão. 
 
Se por outro lado, a quantidade ofertada se encontrar acima do ponto de equilíbrio E, 
haverá um excesso ou excedente de produção, um acúmulo de estoques não programado 
do produto, o que provocará uma competição entre os produtores, conduzindo a uma 
redução dos preços, até que se atinja o ponto de equilíbrio. 
 
Quando há competição, tanto de consumidores quanto de ofertantes, há uma tendência 
natural no mercado para se chegar a uma situação de equilíbrio estacionário. 
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4.2. Classificação dos Mercados 
 
 
Há várias formas ou estruturas de mercado. Estas dependem fundamentalmente de 
três características básicas: a) número de empresas que compõem esse mercado; b) tipo 
de produto produzido neste mercado e c) se existem ou não barreiras, obstáculos para que 
novas empresas entrem nesse mercado. 
 
Neste sentido podemos ter as seguintes estruturas de mercado: 
 
 
Concorrência Perfeita – é um tipo de mercado em que há um grande número de 
vendedores (empresas), de tal sorte que uma empresa, isoladamente, por ser insignificante, 
não afeta os níveis de oferta do mercado e, conseqüentemente, o preço de equilíbrio. É 
um mercado “atomizado”, pois é composto de um número expressivo de empresas, como 
se fossem átomos. Esse mercado possui algumas características básicas: trabalham com 
produtos homogêneos, onde não existe diferenciação entre os produtos ofertados pelas 
empresas; não existem barreiras para o ingresso de novas empresas, ou seja, qualquer 
empresa pode entrar no mercado facilmente e há transparência no mercado, onde todas 
as informações sobre lucros, preços, etc., são conhecidas por todos os participantes do 
mercado. 
 
Na realidade, não há o mercado tipicamente de concorrência perfeita no mundo real,sendo talvez o mercado de produtos hortifrutigranjeiros (que produzem tomate, repolho, 
pepino, etc.) o exemplo mais próximo que se poderia apontar. 
 
Monopólio – Caracteriza-se por apresentar condições opostas às da concorrência 
perfeita. Nele existe, de um lado, um único empresário dominando inteiramente a oferta/ 
produção e, de outro, todos os consumidores. Não há, portanto, concorrência, nem produto 
substituto ou concorrente. Nesse caso, ou os consumidores se submetem às condições 
impostas pelo vendedor, ou deixarão de consumir o produto. 
Para a existência de monopólios, deve haver barreiras que praticamente impeçam 
a entrada de novas empresas no mercado. Essas barreiras podem advir das seguintes 
condições: controle de matérias-primas, onde o monopólio controla a fonte de matéria- 
prima para produzir o seu produto; patentes, onde o monopólio patenteou o produto e não 
há como outras empresas produzirem àquele produto; elevado volume de capital, onde a 
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empresa para entrar necessita de alto volume de capital e tecnologia. 
 
 
Oligopólio – é caracterizado por um pequeno número de empresas que dominam 
a oferta de mercado. Pode caracterizar-se como um mercado em que há um pequeno 
número de empresas ou então onde há um grande número de empresas, mas poucas que 
dominam o mercado. 
No oligopólio, tanto as quantidades ofertadas quanto os preços são fixados entre as 
empresas por meio de conluios ou cartéis. O Cartel é uma organização (formal ou informal) 
de produtores dentro de um setor que determina a política de preços para todas as empresas 
que a ele pertencem. 
Nos oligopólios, normalmente as empresas discutem suas estruturas de custos. Há 
uma empresa líder que, via de regra, fixa o preço, respeitando as estruturas de custos das 
demais, e há empresas satélites que seguem as regras ditadas pelas líderes. Esse é um 
modelo chamado e liderança de preços. 
 
Concorrência Monopolista – é uma estrutura de mercado intermediária entre a 
concorrência perfeita e o monopólio, mas que não se confunde com oligopólio, pois na 
concorrência monopolista há um número relativamente grande de empresas com certo 
poder concorrencial, porém com segmentos de mercados e produtos diferenciados e com 
margem de manobra para fixação dos preços não muito ampla, uma vez que existem 
produtos substitutos no mercado. 
 
 
 
 
4.3. Estruturas de Mercado de Fatores de Produção 
 
 
Também apresenta diferentes estruturas. 
 
 
Concorrência Perfeita no mercado de fatores – é um mercado onde existe uma oferta 
abundante do fator de produção, o que torna o preço desse fator constante. Os ofertantes 
ou fornecedores, como são em grande número, não têm condições de obter preços mais 
elevados por seus serviços. 
Monopsônio – é uma forma de mercado na qual há somente um comprador para 
muitos vendedores dos serviços dos insumos e por isso tem capacidade de influenciar os 
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preços da matéria-prima que adquiri. 
Oligopsônio – é um mercado onde existem poucos compradores que dominam o 
mercado para muitos vendedores. Ex: indústria de laticínios. Em cada cidade, existem dois 
ou três laticínios que adquirem a maior parte do leite dos inúmeros produtores rurais locais. 
Monopólio Bilateral – ocorre quando um monopolista, na compra do fator de produção, 
defronta-se com um monopolista na venda desse fator. Por exemplo, só a empresa A 
compra um tipo de aço que é produzido apenas por uma empresa B. Nesses casos, a 
determinação dos preços de mercado dependerá não só de fatores econômicos, mas do 
poder de barganha de ambos. 
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CONTABILIDADE SOCIAL 
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A Teoria Macroeconômica estuda a determinação e o comportamento dos agregados 
econômicos nacionais. A parte relativa que estuda a medida desses agregados é denominada 
Contabilidade Social, que é o registro contábil das atividades produtivas de um país, ao 
longo de um dado período de tempo. 
 
A contabilidade social procura definir e medir os principais agregados a partir de 
valores já realizados ou efetivados. Contabilidade Social pode ter várias definições de 
acordo com cada autor, em sua respectiva época. 
 
Um dos conceitos mais utilizados é o abordado por Rossetti (1992) em que Contabilidade 
Social pode ser entendida como um compartimento da Ciência Econômica que se ocupa da 
preparação sistemática e compreensiva de um conjunto articulado de informações sobre os 
vários tipos de transações econômicas, verificadas entre grupos significativos de agentes 
durante determinado período; é assim, uma técnica de quantificação de um conjunto de 
variáveis que interessam à análise econômica global. 
 
Os agregados macroeconômicos são determinados a partir de um sistema contábil 
que trata o país como se fosse uma grande empresa produzindo um produto único. 
 
 
 
 
5.1 Renda e Produto 
 
 
O resultado da atividade econômica do país pode ser medido sob três óticas: pelo 
lado da produção e venda de bens e serviços finais na economia (ótica do produto e ótica 
da despesa), e também pela renda gerada no processo de produção (ótica da renda), que 
vem a ser a remuneração dos fatores de produção (salários, juros, aluguéis e lucros). As 
óticas do produto e da despesa são medidas no mercado de bens e serviços, enquanto a 
ótica da renda é medida no mercado de fatores de produção. 
 
Neste caso a empresa efetua despesas com o pagamento de salários, juros, aluguéis e 
lucros distribuídos que são destinados às famílias, que por sua vez recebe tais pagamentos 
como receitas, e as empresas pela venda dos seus bens e serviços obtém renda, onde no 
final do período considerado, faz-se a contabilidade das despesas e das receitas dessa 
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economia. 
 
 
Daí se tem o Produto Nacional (PN) que representa o valor de todos os bens e serviços 
finais, medidos a preços de mercado, produzidos num dado período de tempo, onde PN = 
Σ p.q, sendo p = preço unitário dos bens e serviços; q = quantidades produzidas de bens e 
serviços finais (tanto do setor primário, secundário e terciário da economia) e Σ símbolo de 
somatório, ou soma. 
 
O setor primário da economia se refere àquele onde são produzidos os bens e serviços 
ligados ao segmento agropecuário (agricultura e pecuária). Em outras palavras, se referem 
aos produtos produzidos pelo setor agropecuário. 
 
Já o setor secundário, se refere ao setor industrial, o setor que fabrica bens, sejam a 
partir de mercadorias oriundas do setor agropecuário ou não. 
 
O setor terciário se refere àquele setor de prestação de serviços ou de comércio. Ou 
seja, é aquele que vende os produtos provenientes da indústria ou que presta serviços de 
uma forma geral, e não fabrica produtos. 
 
Também temos o conceito de Despesa Nacional (DN) que é o gasto dos agentes 
econômicos com o produto nacional, onde revelam quais são os setores compradores do 
produto nacional. 
 
Já a Renda Nacional (RN) é a soma dos rendimentos pagos aos fatores de produção 
no período: RN = salários + juros + aluguéis + lucros, para a produção dos bens e serviços 
da economia. Quando dividimos o total desta renda pelo total da população de um País, 
temos a Renda per capita. 
 
Então, PN, DN e RN sãotrês óticas de medição do resultado da atividade econômica 
de um país num dado período. 
 
Cabe aqui, também conceituarmos Valor Adicionado, conceito importante quando 
estamos medindo toda a produção da economia. Valor adicionado pode ser entendido 
como o valor que se adiciona ao produto em cada estágio de produção. Somando o valor 
adicionado em cada estágio de produção, chegaremos ao produto final da economia. 
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Valor adicionado = valor bruto da produção (receita de vendas) – compra de bens e 
serviços intermediários 
 
 
 
 
5.2 Os principais agregados macroeconômicos 
 
 
Além dos conceitos de Produto Nacional, de Despesa Nacional e de Renda Nacional, 
tem-se outros conceitos, que fazem parte dos chamados agregados macroeconômicos. 
São eles: 
 
Poupança agregada – é a parcela da renda nacional (RN) que não é consumida no 
período, isto é, S = RN – C, onde S representa a poupança; RN a renda nacional e C o 
consumo. Poupança é o ato de não consumir no período, deixando para consumo futuro. 
 
Investimento agregado – é o gasto com bens que foram produzidos mas não foram 
consumidos no período, e que aumentaram a capacidade produtiva da economia para 
os períodos seguintes. O investimento é composto pelo investimento em bens de capital 
(máquinas e imóveis) e pela variação de estoques de produtos que não foram consumidos. 
Os bens de capital são chamados, nas contas nacionais de formação bruta de capital fixo. 
Então Investimento total = Investimentos em bens de capital + variação de estoques. 
 
Depreciação – é o desgaste do equipamento de capital da economia num dado período. 
É um gasto utilizado para repor os equipamentos que se desgastaram ou se tornaram 
obsoletos. A depreciação é o conceito que introduz uma diferenciação entre investimento 
bruto e investimento líquido. 
 
Investimento líquido = Investimento bruto – Depreciação. 
 
 
Da mesma forma, podemos distinguir o conceito de Produto Nacional Líquido (PNL) 
do conceito de Produto Nacional Bruto (PNB). 
 
Produto Nacional Líquido = Produto Nacional Bruto – Depreciação. 
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Além destes agregados temos as variáveis que incorporam o Setor Público, considerado 
suas três esferas: União, Estados e Municípios. Com sua inclusão, introduz-se o conceito 
de receita fiscal e gasto públicos, somado aos gastos e receitas já desempenhadas pelas 
empresas e famílias. 
 
Como receita fiscal do Governo, temos os impostos indiretos, que incidem sobre as 
transações com bens e serviços. Exemplo: ICMS, IPI. Impostos diretos, que incidem sobre 
a renda e a propriedade das pessoas físicas e jurídicas. Exemplo: Imposto de Renda. 
Contribuições à Previdência Social e outras receitas. 
 
Já quanto aos gastos do Governo, consideraram-se os gastos dos ministérios 
e autarquias, das empresas públicas e sociedades de economia mista e gastos com 
transferências e subsídios. 
 
É necessário aqui definirmos alguns conceitos básicos que também fazem parte 
das contas nacionais, são eles: 
 
 
1º) Preços de Mercado e Custo de Fatores – O preço de mercado de um produto 
normalmente está acima do valor remunerado aos fatores de produção necessários a sua 
produção. Isso porque em seu preço estão incorporados os impostos indiretos cobrados 
pelo Governo (ICMS, IPI, etc.), além disso caso o produto seja essencial à população o 
Governo, em alguns casos, subsidia o preço do produto, fazendo com que o preço pelo 
qual o produto é vendido seja inferior a seu custo de produção. Custo de Fatores é o que a 
empresa paga aos fatores de produção, salários, juros, aluguéis e lucros. Assim, partindo 
por exemplo, da Renda Nacional Líquida - RNL ou do Produto Nacional Líquido - PNL a 
custo de fatores para chegar ao PNL a preço de mercado temos: 
PNL a preços de mercado = PNL a custo de fatores + impostos indiretos – subsídios. 
Apenas os custos indiretos, e não os diretos, são relevantes nessa diferenciação. Isso 
porque os impostos diretos não representam uma diferença entre o custo de fatores e o 
preço final de venda. 
 
2º) Renda Pessoal Disponível – procura medir o quanto a renda gerada no processo 
econômico fica em poder das famílias. A renda pessoal disponível mede quanto sobra para 
as famílias decidirem gastar na compra de bens e serviços ou então poupar. 
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3º) Carga Tributária Bruta e Líquida – a carga tributária bruta é o total da arrecadação 
fiscal do Governo (impostos diretos e indiretos e outras receitas do Governo, como taxas, 
multa e aluguéis). Se deduzirmos a carga tributária bruta das transferências e dos subsídios 
que o Governo encaminha para o setor privado, daí termos a Carga Tributária Líquida. 
 
O esquema da Contabilidade Social fica completo quando consideramos que a 
economia é aberta ao exterior, que é a realidade atual.Com isso definimos os conceitos de 
exportação, importação e diferenciamos os conceitos de produto interno e produto nacional. 
 
As exportações representam as compras de mercadorias produzidas pelas empresas 
localizadas em nosso país efetuadas pelos estrangeiros. As importações representam as 
despesas que nós fazemos com produtos estrangeiros. 
 
Produto Interno Bruto (PIB) - é o somatório de todos os bens e serviços finais produzidos 
dentro do território nacional num dado período, valorizados a preços de mercado, sem levar 
em consideração se os fatores de produção são de propriedade de residentes (que estão 
dentro do país) ou não residentes (fora do país). 
 
Somando ao PIB à renda recebida do exterior e subtraindo a renda enviada ao 
exterior temos o Produto Nacional Bruto (PNB), que é a renda que efetivamente pertence 
aos nacionais, aos residentes do País. 
 
Para muitos, o PIB não mede adequadamente o bem-estar da coletividade, pois não 
reflete as condições econômicas e sociais de um país. Ele não registra a economia informal; 
não considera os custos sociais derivados do crescimento econômico, tais como poluição, 
piora do meio ambiente; e não considera diferenças na distribuição de renda entre os vários 
grupos da sociedade. 
 
As Nações Unidas calculam periodicamente um índice de desenvolvimento humano 
(IDH) que, além de um indicador econômico (PIB), inclui indicadores sociais. Segundo a 
pesquisa das Nações Unidas, há nações com diferenças entre o IDH e o PIB. Mas no geral, 
há alta relação do PIB per capita com o desenvolvimento social de um país. 
 
Pode-se concluir que, apesar de algumas limitações, a medida do PIB é 
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um indicador útil tanto para comparações internacionais como para medir o crescimento 
do País ao longo dos anos. Entretanto, é sempre oportuno considerar também outros 
indicadores, como grau de distribuição de renda, analfabetismo, mortalidade infantil, etc, 
para que tenhamos uma avaliação mais completa da real condição socioeconômica de um 
país. 
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CONSUMO E POUPANÇA 
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6.1. Componentes do Consumo 
 
 
O consumo global de um país é influenciado por uma série de fatores, tais como: renda 
nacional, estoque de riqueza ou patrimônio, taxa de juros de mercado, disponibilidadede 
crédito, expectativa sobre a renda futura, rentabilidade das aplicações financeiras, etc. 
 
No entanto, estudos estatísticos mostram que as decisões de consumo da coletividade 
são influenciadas fundamentalmente pela renda nacional disponível, ou seja, a parcela da 
renda que fica disponível para os consumidores gastarem (ou pouparem). 
 
Então: 
C = f(RND), ou seja, o consumo se dá em função da renda, onde: 
C = Consumo agregado; 
RND = renda nacional disponível. 
 
 
 
6.2. Poupança e Investimento 
 
 
A poupança é a parcela da renda nacional que não é gasta em bens de 
consumo. A poupança é a diferença entre a renda e o consumo. Em outras palavras, é o 
não consumo presente em função de um consumo futuro. 
 
Então: 
S = f(RND), ou seja, a poupança se dá em função da renda, onde: 
S = poupança agregada; 
RND = renda nacional disponível. 
 
 
 
Já o investimento (construções, máquinas, etc.) é o acréscimo ao estoque de capital 
que leva ao crescimento da capacidade produtiva. A curto prazo, é visto pelo lado dos 
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gastos necessários para a ampliação da capacidade produtiva. 
 
 
O investimento é a principal variável para explicar o crescimento da renda nacional 
de um país. Em linhas gerais, pode-se dizer que o investimento agregado é determinado 
por dois fatores: a taxa de rentabilidade esperada e a taxa de juros de mercado. A taxa 
de rentabilidade esperada ou taxa de retorno é calculada a partir da estimativa do retorno 
esperado pela aquisição do bem de capital (construções, máquinas, etc.). 
 
A taxa de juros e o investimento possuem uma relação inversamente proporcional. 
Se a empresa já dispõe de capital próprio, a taxa de juros representará quanto a empresa 
ganharia, se em vez de investir em suas instalações, aplicasse no mercado financeiro. Isto 
é o que chamamos de Custo de Oportunidade do Capital. 
 
Neste caso, um outro conceito importante é o de crédito, que regulado pela taxa 
de juros, determina o montante de investimentos. Crédito pode ser definido como sendo 
a troca de um bem disponível no momento pela promessa de um pagamento futuro. E 
quando as operações de crédito na economia são estimuladas, normalmente o consumo 
das famílias aumenta. 
 
Esse capital pode sofrer desgaste durante o processo produtivo. Para repor 
esse desgaste ou mesmo substituir os equipamentos, as máquinas durante o processo 
produtivo, a depreciação pode ser utilizada para cobrir tais custos. 
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EMPREGO 
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7.1. Mercado de Trabalho 
 
 
No mercado de trabalho temos o que chamamos de população economicamente 
ativa, que são àquelas pessoas que estão fazem parte de uma determinada faixa etária que 
tem condições de estar trabalhando. Fazem parte as pessoas efetivamente empregadas, 
recebendo salários e contribuindo para o aumento da renda e do consumo da economia. 
As pessoas desempregadas também fazem parte da população economicamente ativa, só 
que não estão trabalhando, ou estão procurando emprego. 
 
 
 
 
7.2. Oferta e demanda de Emprego 
 
 
O mercado de trabalho é constituído pela oferta e demanda de emprego. A oferta de 
emprego é determinada pelas empresas, que ao produzirem, ao aumentarem a produção 
contratam pessoas para desempenhar determinadas atividades e recebem renda por isso. 
O governo também tem papel fundamental neste processo, pois também é um grande 
contratante de mão-de-obra. 
 
O desempenho de suas políticas, que influenciam as atividades das empresas, 
também pode funcionar como um alavancador de empregos para a população. O governo 
reduzindo tributos, dando condições de maior crédito para as empresas, para que possam 
produzir mais, estas vão necessitar também de contratar mais pessoas. 
 
Políticas direcionadas para a melhoria das condições de vida da população, no intuito 
de melhorar a distribuição de renda, também funciona como um incentivo para a geração 
de empregos. 
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ECONOMIA MONETÁRIA 
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8.1 A moeda: sua história e suas modalidades 
 
 
O uso da moeda nas economias em que vivemos é de tal forma generalizada que 
se torna difícil imaginar o funcionamento de um sistema econômico em que não existam 
instrumentos monetários. Mas existiam grupos que não utilizavam moeda. Esses primeiros 
agrupamentos, em geral, nômades, teriam sobrevivido sob padrões bastante simples de 
atividade econômica. Eram grupos que não conheceram a moeda e, quando recorriam 
a atividades de troca, realizavam trocas em espécie, ou seja, trocavam mercadorias por 
mercadorias, a esta prática denomina-se escambo. 
 
Antes da existência da moeda, o fluxo de trocas de bens e serviços na economia dava- 
se através do escambo, com trocas diretas de mercadoria por mercadoria. No entanto, 
vários eram os transtornos causados pela falta da moeda, como por exemplo a questão da 
divisibilidade do bem para a troca por outro. Quando se tinha que dividir uma mercadoria 
para comprar uma unidade inteira de outra. Então, na medida que a economia foi se 
desenvolvendo, aumentando as trocas, isto trouxe a necessidade do aperfeiçoamento dos 
instrumentos de troca. 
 
Com a evolução da sociedade, certas mercadorias passaram a ser aceitas por todos, 
por suas características peculiares ou pelo próprio fato de serem escassas. Por exemplo, 
o sal, que por ser escasso era aceito na Roma Antiga como moeda. Em diversas épocas 
e locais diferentes, outros bens assumiram idêntica função. Portanto, a moeda mercadoria 
constitui a forma mais primitiva de moeda na economia. 
 
Logo após, os metais preciosos passaram a assumir a função de moeda por diversas 
razões: são limitados na natureza, possuem durabilidade e resistência, são divisíveis em 
peso. Tiveram esse papel de moeda por várias épocas. 
 
Nosso atual papel-moeda teve origem na moeda-papel. As pessoas de posse de ouro, 
por questões de segurança, o guardavam em casas especializadas, onde os ourives – 
pessoas que trabalhavam com ouro e prata, emitiam certificados de depósitos dos metais. 
Ao adquirir bens e serviços, as pessoas podiam então fazer os pagamentos com esses 
certificados, já que, por serem transferíveis, o novo detentor do título poderia retirar o 
montante correspondente de metal junto ao ourives. 
 
 
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Mais tarde, com a criação dos Estados nacionais aparece o papel-moeda. Cada Estado 
passou a emitir seu papel-moeda, sendo este lastreado em ouro (padrão ouro). O ouro, 
contudo, era um metal com reservas limitadas na natureza, e como a capacidade de emitir 
moeda estava vinculada à quantidade de ouro existente, o padrão-ouro passou a apresentar 
um obstáculo à expansão das economias nacionais e do comércio internacional, ao impor 
um limite a oferta monetária. Dessa forma, a partir de 1920, o padrão-ouro foi abandonado, 
e a emissão de moeda passou a ser livre, ou a critério das autoridades monetárias de cada 
país. Assim, a moeda possa a ser aceita por força de lei, denominando-se moeda de curso 
forçado ou moeda fiduciária. 
 
Pode-se conceituar moeda como um instrumento ou objeto que é aceito pela 
coletividade para intermediaras transações econômicas, para pagamento dos bens, 
serviços e fatores de produção. Essa aceitação é garantida por Lei, ou seja, a moeda tem 
“curso forçado”. Representa liquidez imediata para quem a possui, pois pode ser trocada por 
outras mercadorias e/ou serviços. É a única forma irrecusável para quitação de obrigações. 
 
 
 
 
8.2 Funções e tipos de Moeda 
 
 
As principais funções da moeda são: 
 
 
Instrumento ou meio de troca – serve para intermediar a troca de bens, serviços e 
fatores de produção da economia. 
Denominador comum monetário – possibilita que sejam expressos em unidades 
monetárias os valores de todos os bens e serviços produzidos pelo sistema econômico. É 
um padrão de medida. 
Reserva de Valor – a moeda representa liquidez imediata. Pode ser acumulada para 
a aquisição de um bem ou serviço no futuro. Ou seja, pode ser guardada para render valor 
no futuro. 
Padrão para pagamento diferido – a moeda pode ser utilizada para pagamentos de 
contas em períodos diferentes. 
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Tipos de Moeda 
 
 
Moedas metálicas: são emitidas pelo Banco Central, constituem pequena parcela da 
oferta monetária e visam facilitar as operações de pequeno valor. 
Papel-moeda: são emitidas pelo Banco Central, representa parcela significativa da 
quantidade de dinheiro em poder do público. Quando juntamos as moedas metálicas e o 
papel-moeda em poder do público denominamos de moeda manual. 
Moeda escritural: é representada pelos depósitos a vista nos bancos comerciais. 
 
 
 
 
 
8.3 Demanda e oferta de moeda 
 
 
A criação da moeda depende da sua respectiva demanda e oferta por parte da 
população e das autoridades monetárias (governo). 
 
 
 
Oferta de Moeda 
 
 
A moeda é ofertada pelas autoridades monetárias e pelos bancos comerciais (Itaú, 
Bradesco, Safra, etc.), sendo está dita como exógena, ou seja, criada e ofertada pelo 
governo e não pelo mercado. 
 
Oferta de moeda é o suprimento de moeda para atender às necessidades da 
coletividade. Pode ser ofertada pelas autoridades monetárias e pelos Bancos Comerciais. 
 
Aoferta de moeda pode também ser chamada de meios de pagamento. Estes constituem 
o total de moeda à disposição do setor privado não bancário, de liquidez imediata, ou seja, 
que pode ser utilizada imediatamente para efetuar transações econômicas. A liquidez da 
moeda é a capacidade que ela tem de ser um ativo prontamente disponível e aceito para 
as mais diversas transações. 
 
Os meios de pagamento em sua forma tradicional são dados pela soma da moeda em 
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poder do público mais os depósitos a vista nos bancos comerciais. Representam, então, 
quanto a coletividade tem de moeda física (metálica e papel) com o público ou no cofre das 
empresas somados a quanto ela tem em conta corrente nos bancos. 
 
Uma das formas mais tradicionais de se aumentar rapidamente os meios de pagamento 
pode ser observada a partir da ampliação dos empréstimos pelos bancos comerciais ao 
setor privado. À medida que os bancos comerciais têm possibilidade de Ter mais recursos, 
estes possuem um efeito multiplicador, de dobrar, triplicar, a moeda através de empréstimos. 
 
O conceito econômico de moeda é representado apenas pela moeda que está com o 
setor privado não bancário, ou seja, excluem-se os próprios bancos comerciais, e a moeda 
que está com as autoridades monetárias. 
 
Esse dinheiro que pertence aos bancos é denominado de encaixe monetário, que o 
mesmo tem que manter junto ao Banco Central. Representa a porcentagem dos depósitos 
de um banco que não pode ser emprestada ou empregada em qualquer negócio, devendo 
ficar como garantia ou lastro do mesmo. 
 
Também são considerados, na definição tradicional de meios de pagamento, as 
cadernetas de poupança e os depósitos a prazo nos bancos comerciais. Os meios de 
pagamento também podem ser chamados de M1, ou seja, ativos ou haveres monetários. 
Os demais ativos financeiros, que rendem juros, são chamados de ativos ou haveres não 
monetários. São os chamados M2, M3, M4, conforme a rapidez com que podem ter liquidez, 
ou seja, podem ser transformados em moeda. 
 
Ocorre criação de moeda quando há um aumento do volume dos meios de pagamento, 
e destruição de moeda quando ocorre uma redução dos meios de pagamento. O aumento 
dos empréstimos ao setor privado se refere a criação de moeda e o resgate de um 
empréstimo no banco se refere a destruição de moeda. 
 
 
 
Demanda de Moeda 
 
 
Corresponde à quantidade de moeda que o setor privado não bancário retém, em 
média, seja com o público, seja no cofre das empresas, e em depósitos a vista nos bancos 
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comerciais. Há três razões pelas quais se retém moeda, em vez de utilizá-la na compra de 
títulos, imóveis, etc. 
 
1ª) As pessoas e empresas precisam de dinheiro para suas transações do dia-a-dia, 
para alimentação, transporte, aluguel, etc.(demanda de moeda para transações); 
2ª) O público e as empresas precisam ter uma certa reserva monetária para fazer face 
a pagamentos imprevistos ou atrasos em recebimentos esperados (demanda de moeda por 
precaução); e 
3ª) Os investidores devem deixar uma “cesta” para a moeda, observando o 
comportamento da rentabilidade dos vários títulos, para fazer algum novo negócio (demanda 
de moeda por especulação). 
 
As duas primeiras razões dependem diretamente do nível de renda. Quanto maior a 
renda maior a necessidade de moeda para transações e por precaução. A terceira depende 
da taxa de juros, onde há uma relação inversa entre demanda de moeda por especulação 
e taxa de juros. Quanto maior o rendimento dos títulos, menor a quantidade de moeda que 
o aplicador retém em sua carteira, já que é melhor utiliza-la na compra de ativos rentáveis. 
 
 
 
 
8.4 A Taxa de Juros de Equilíbrio 
 
 
A taxa de juros tem um papel estratégico nas decisões dos mais variados agentes 
econômicos. Para as empresas, as decisões quanto à compra de máquinas, equipamentos, 
aumentos ou diminuição de estoques, de matérias-primas ou de bens finais serão 
determinadas não só pelo nível atual, mas também pelas expectativas quanto aos níveis 
futuros das taxas de juros. Se as expectativas quanto à trajetória das taxas de juros se 
tornarem pessimistas, os empresários deverão manter níveis baixos de estoques e mesmo 
de capital de giro no presente, uma vez que o custo de manutenção desses ativos poderá 
ser extremamente caro no futuro. 
 
Os consumidores exercerão um maior poder de compra à medida que as taxas de 
juros diminuírem, e o contrário, e as taxas de juros aumentarem. 
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A taxa de juros tem um importante papel, pois a determinação de seu patamar acabará 
por influenciar o volume de consumo, notadamente de bens de consumo duráveis, por parte 
das famílias. Essa diminuição do consumo ocorre porque as pessoas passam a preferir 
poupança a consumo, e dirigem sua renda não gasta para os bancos, com o intuito de 
auferirem receitas financeiras. 
 
Muito se indaga sobre as diferenças das taxas de juros praticadas no mercado. Entre 
a taxa de juros que é determinada pelo Conselho Monetário Nacional e as taxas de juros 
cobradas pelos bancos comerciais. A essa diferença entre taxas de juros, no sistema 
bancário, dar-se o nome de spread. 
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SISTEMA FINANCEIRO 
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Podemos entender o sistema financeiro como sendo um fundo no qual as unidades 
deficitárias (investidores) retiram recursos, enquanto as superavitárias (poupadores) os 
depositam. 
 
 
 
 
9.1. O Sistema Financeiro 
 
 
Em um sistema financeiro podemos ter diversas modalidades de créditos para 
investimentos, podendo estar ligados aos seguintes mercados: 
 
 
Mercado monetário: neste são realizadas a operações de curtíssimo prazo com a 
finalidade de suprir as necessidades de caixa dos diversos agentes econômicos, como os 
empréstimos para as pessoas físicas. 
 
Mercado de crédito: neste caso são atendidas as necessidades de recursos de curto, 
médio e longo prazos, principalmente oriundas da demanda de crédito para aquisição de 
bens de consumo durável e da demanda de capital de giro das empresas. Ex: crédito 
rápido; desconto de duplicatas, etc. Também engloba os financiamentos de longo prazo, 
como o Finame, FCO, etc. As pessoas envolvidas no mercado de crédito são chamadas de 
credores e devedores. 
 
Mercado de Capitais: procuram suprir as exigências de recursos de médio e de longo 
prazos, principalmente com vistas à realização de investimentos em capital. Ex: compra e 
venda de ações, debêntures, etc. 
 
Mercado Cambial: nele são realizadas a compra e a venda de moeda estrangeira, 
para atender a diversas finalidades, como a compra de câmbio, para importação; a venda 
por parte dos exportadores; e venda/compra, para viagens de turismo. 
 
Mercados Primários e Secundários: Os primeiros são aqueles em que se realiza a 
primeira compra/venda de algum ativo recém-emitido; os secundários caracterizam-se por 
negociarem ativos financeiros já negociados anteriormente. 
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Mercados à vista, futuros e opções: Os mercados à vista negociam apenas ativos com 
preços a vista; os mercados futuros negociam os preços esperados de certos ativos e de 
mercadorias para determinada data futura e os mercados de opções negociam opções de 
compra/venda de determinados ativos em data futura. 
 
 
 
9.2. A organização do Sistema Financeiro Nacional 
 
 
O sistema financeiro pode-se subdividir da seguinte maneira: 
 
Subsistema Normativo – são aqueles que ditam a normas que tem que serem seguidas 
pelas outras instituições. São eles: Conselho Monetário Nacional - CMN, Banco Central 
do Brasil - Bacen e Comissão de Valores Mobiliários – CVM. O Banco Central do Brasil é 
o órgão executor da política monetária, exercendo a regulamentação e a fiscalização de 
todas as atividades de intermediação financeira no País. Já o Conselho Monetário Nacional 
representa o órgão normativo. É quem determina as normas a serem cumpridas pelo Banco 
Central. É o órgão máximo do Sistema Financeiro Nacional brasileiro. Já a Comissão de 
Valores Mobiliários possui a função de fiscalizar as atividades das bolsas de valores e de 
mercados futuros. 
 
Subsistema Operativo – Seguem diretamente as normas do subsistema normativo. 
São eles: Instituições Bancárias (públicas ou privadas) - Bancos comerciais e Caixas 
econômicas (está última que é responsável por executar operações de crédito habitacional 
no país); Instituições não bancárias (públicas ou privadas) – Bancos de investimento (a 
exemplo do BNDES, que é responsável pelo financiamento da expansão de investimentos 
no país), bancos de desenvolvimento, companhias de desenvolvimento, sociedade de 
crédito de financiamento e investimento, sociedade de crédito imobiliário, associações de 
poupança e empréstimo e companhias seguradoras; Instituições auxiliares (públicas ou 
privadas) – Bolsas de valores, sociedades corretoras, sociedades distribuidoras, agentes 
autônomos de investimento e outros (leasing, factoring cobrança, etc.); e os Agentes 
Especiais – Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. 
 
Podemos citar como os principais instrumentos de política monetária: O controle do 
crédito e dos juros; as operações de redesconto; o controle das taxas de reservas e dos 
compulsórios e as operações de open market, ou de títulos públicos. 
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INFLAÇÃO 
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10.1. A definição e medida da inflação 
 
 
A inflação ou instabilidade de preços é definida como um aumento persistente e 
generalizado no índice de preços, ou seja, são aumentos contínuos de preços. As fontes 
de inflação diferem em função das condições de cada país, em virtude de alguns aspectos, 
como: 
 
tipo de estrutura de mercado – se concorrencial, monopolista ou oligopolista, 
dependendo do mercado há um condicionamento da capacidade dos vários setores 
repassarem aumentos de custos aos preços dos produtos; 
grau de abertura da economia ao exterior – quanto mais aberta a economia à 
competição externa, maior a concorrência interna entre fabricantes, e menores os preços 
dos produtos; e 
estrutura das organizações trabalhistas – onde quanto maior o poder de barganha 
dos sindicatos, maior a capacidade de obter reajustes de salários acima dos índices de 
produtividade, e maior a pressão sobre os preços. 
 
 
 
 
10.2. As Conseqüências da Inflação 
 
 
Variam com a intensidade e com a velocidade do processo de alta dos preços. Baixa 
variação de preços dita discreta, produzem efeitos econômicos assimiláveis, em alguns 
casos até despercebidos pelos consumidores. Esse quadro de relativo conforto começa a 
alterar-se à medida que o processo de alta de preços se torna mais intenso, atingindo os 
fatores de produção, os produtos, as categorias de renda e os estratos socioeconômicos. 
A inflação corrói o poder de compra do salário nominal recebido pelo trabalhador, pela 
população. 
 
Dependendo da intensidade do processo e dos mecanismos de defesa acionados, as 
inflações intensas podem produzir graves efeitos redistributivos sobre a renda agregada e 
as riquezas acumuladas; no limite, poderão destruir as bases do ordenamento econômico, 
ao atingirem as funções monetárias ou a confiança do público em quaisquer formas de 
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haveres financeiros (moeda, títulos, cadernetas de poupança, etc.). 
 
 
Algumas das suas conseqüências podem ser: 
 
 
Destruição da moeda, com sua capacidade de reserva de valor e de sua utilidade 
como meio de pagamento; 
Destruição da estrutura e da logicidade do sistema de trocas; 
Desarticulação de suprimentos nas cadeias produtivas; 
Regressão das atividades produtivas à linha de subsistência; 
Queda vertiginosa do nível de emprego; 
Ruptura do tecido social; e 
Ruptura político-institucional, onde o governo perde o controle da situação. 
 
 
Não há uma única teoria que seja capaz de explicar todos os tipos de inflação. Eles 
são muitos e, geralmente são diferenciados por qualificativos que remetem às causas, às 
magnitudes dos processos de alta e suas características visíveis. Os principais troncos 
teóricos que procuram explicar a inflação podem ser agrupados em: A inflação de demanda; 
A inflação de custos e Inflação Inercial. 
 
 
 
 
10.3. Inflação de demanda e inflação de custo 
 
 
Neste caso uma das principais explicações teóricas da inflação sustenta que as altas 
generalizadas

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