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Ebook-Gratuito-Recuperao-de-Créditos-Tributários

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INTRODUÇÃO
Nas minhas experiências práticas em Consultorias Tributá-
rias, uma das coisas que mais identificava principalmen-
te nas empresas optantes pelo Simples Nacional era o 
pagamento indevido de tributos, na maioria das vezes a 
maior.
Isso sempre me causou muita preocupação, pois como 
sabemos, nosso país possui uma alta carga tributária e 
pagar impostos a maior é o mesmo que jogar dinheiro fora. 
No entanto, sempre carreguei comigo a experiência de 
alguns anos trabalhando em um grande escritório de 
advocacia, lá aprendi que tributos pagos a maior são uma 
verdadeira mina de ouro, porque você pode fazer a Recupe-
ração dos Créditos Tributários.
Nesse e-book, junto com o Professor Marcos Lima e 
o Professor Felipe Texeira preparei um roteiro prático 
para te ajudar a identificar possíveis tributos pagos 
indevidamente e orienta-lo no processo de recuperação 
desses créditos.
Esse material é um verdadeiro guia que poderá alavan-
car definitivamente as receitas do seu escritório ou até 
mesmo te dar condições de começar a trabalhar com 
Consultorias Tributárias.
Domine de uma vez por todas o método e a estratégia 
que te farão ganhar de R$ 3.000,00 a R$ 30.000,00 por 
mês com a compensação de tributos.
Muitas pessoas não acreditam que é possível recuperar 
tributos pagos indevidamente, em suas mentes o fisco 
jamais devolveria valores em virtude de erros na apuração 
por parte dos contribuintes. No entanto, apesar de ser um 
tabu o assunto vem ganhando cada vez mais força, isso se 
dá porque alguns poucos profissionais, estão aproveitando 
o atual cenário tributário para prestar esse serviço e estão 
ganhando muito dinheiro.
Que o Brasil possui uma legislação tributária complexa, 
esparsa e extremamente mutável isso todos já sabem. 
Só para se ter uma noção, estudo recente do Instituto 
Brasileiro de Planejamento Tributário apontou que desde 
a Constituição Federal de 1988 até os dias de hoje já 
foram emitidas mais de 5 milhões de normas e destas, 
mais de 300 mil são normas tributárias.
1. O QUE É A RECUPERAÇÃO
DE CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS?
Esse cenário caótico se materia-
liza de maneira muito forte no 
setor fiscal e tributário, conseguir 
acompanhar todas as atualiza-
ções tributárias, entender da 
classificação fiscal de mercado-
rias, apurar corretamente os 
diversos impostos e ainda enviar 
corretamente as obrigações 
acessórias é uma missão quase 
impossível.
Diante disso o improvável acaba se tornando quase padrão, 
muitas empresas pagando impostos indevidamente, na 
MAIORIA das vezes A MAIOR. Problemas na classificação 
de NCMs, não aproveitamento de benefícios fiscais, erros 
nos cálculos dos tributos ou até mesmo na utilização de 
créditos fazem com que a carga tributária simplesmente 
exploda.
Porém, onde entra o processo de Recuperação de Crédito 
Tributário? Pois bem, quando você sabe dessas variáveis 
fica mais fácil construir um mecanismo que te permita, 
a partir de uma Revisão Fiscal dos últimos 05 (cinco) anos 
identificar as oportunidades de recuperação dos tributos 
pagos indevidamente, sejam eles tributos diretos como 
IRPJ/CSLL ou até mesmo os indiretos que incidem sobre
o consumo, como é o caso de PIS, COFINS, ICMS e IPI.
A Recuperação de Crédito Tributário então pode ser 
dividida nas etapas a seguir:
1. Estudo Tributário da Empresa;
2. Revisão Fiscal das Informações dos últimos 05 (cinco) anos;
3. Levantamento dos créditos tributários;
4. Pedido e acompanhamento da compensação ou restitui-
ção dos valores;
5. Planejamento Tributário e Correção de Erros.
De maneira geral o seu trabalho se dará, a partir do entendi-
mento correto do contexto tributário no qual a empresa está 
inserida, revisar as apurações fiscais e o envio das obrigações 
acessórias dos últimos 05 (cinco) anos e levantar os tributos 
pagos indevidamente pela empresa, seja por créditos não 
aproveitados ou tributação incorreta de produtos. Após essa 
etapa, será feito o procedimento de compensação ou restitui-
ção dos respectivos valores.
2. RECUPERAÇÃO DE CRÉDITOS 
TRIBUTÁRIOS NA EMPRESAS DO 
SIMPLES NACIONAL
Vamos abordar agora a aplicação da Recuperação de Créditos 
Tributários para as empresas optantes pelo Simples Nacional. 
Como foi dito anteriormente será necessário analisar o cálculo 
da obrigação principal e as informações inseridas nas 
obrigações acessórias, dessa forma será possível observar 
se existe possibilidade de aproveitamento de créditos tributários.
Mas afinal o que são créditos tributários?
Crédito tributário é um valor que o sujeito ativo, o Estado, pode 
exigir do sujeito passivo, o contribuinte ou responsável, essa 
cobrança é decorrente de uma obrigação tributária, e é 
constituída após o lançamento. Nas empresas optantes pelo 
Simples Nacional o processo de levantamento do crédito 
tributário acaba sendo bem mais simples, pois envolve uma 
quantidade de obrigações principais e acessórias bem menor 
do que quando tratamos de empresas Não Optantes pelo 
Simples (Normais). 
Não pense que a Receita Federal será benevolente e baterá 
na porta da empresa para devolver os valores pagos 
indevidamente. Caso realmente deseje recuperar os impostos 
do Simples Nacional é preciso que você faça algo. 
A própria Receita Federal disponibiliza um sistema no 
Portal do Simples, chamado de “COMPENSAÇÃO A PEDIDO”, 
a fim de garantir o direito do contribuinte de reaver os 
impostos pagos a maior dentro do período decadencial.
O que é o Simples Nacional? Como podemos recu-
perar os impostos abrangidos pelo regime?
O Simples Nacional é um regime compartilhado de arreca-
dação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável às 
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, previsto na 
Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. 
A recuperação dos impostos para as micro e pequenas empre-
sas optantes pelo Simples Nacional é mais ágil e prática, 
porém requer bastante conhecimento técnico do profissio-
nal responsável.
No sistema de tributação pelo Simples Nacional a base de 
cálculo dos tributos é sobre a receita das vendas auferidas 
em cada mês. Caso a receita das vendas dos produtos 
sujeitos ao regime de substituição tributária do ICMS e do 
regime monofásico do PIS/COFINS componham a referida 
base de cálculo, ocorrerá a dupla tributação dos respecti-
vos impostos.
Para fins de correção dessa distorção, a Lei Complementar 
nº 147 de 2014 alterou a Lei Complementar nº 123 de 
2006, a qual instituiu o Simples Nacional, determinando que 
as receitas auferidas com as vendas dos produtos sujeitos 
ao regime de substituição tributária e do regime monofási-
co nas empresas cadastradas no Simples Nacional fossem 
excluídas da base de cálculo de ICMS e do PIS/COFINS.
Quais empresas podem se beneficiar?
As empresas que atuam no comércio atacadista ou 
varejista nas seguintes atividades:
•Bares
•Restaurantes
•Distribuidores de Bebidas
•Supermercados
•Minimercados
•Padarias
•Postos de Gasolina
•Lojas de Conveniência
•Lojas de Autopeças
•Revendedores de Pneumáticos
•Perfumarias
•Drogarias
•E outras que comercializam 
produtos sujeitos ao regime 
substituição tributária ou 
produtos sujeitos ao regime 
monofásico.
Não é incomum que as empresas dos segmentos listados 
continuem a ser tributadas de maneira incorreta.
3. PEDIDO DE RESTITUIÇÃO OU COM-
PENSAÇÃO PARA NÃO OPTANTES 
PELO SIMPLES
Analisaremos agora, o pedido de restituição ou compensa-
ções de outras empresas que não estejam enquadradas 
no regime simplificado de apuração tributária, ou seja, que 
são classificadas como empresas Normais ou Não Optantes 
pelo Simples:
 •Lucro Presumido
 •Lucro Real
 •Imunes e Isentas
 •Lucro Arbitrado
Estas empresas podem auferir créditos tributários de várias 
formas, como já foi explicado anteriormente,porém o mais 
comum de fato, são equívocos nas apurações tributárias e 
levando o empresário a efetuar pagamentos indevidos.
Após apurado o crédito tributário, vamos ao processo de 
solicitação de restituição ou compensação dos tributos, 
sobretudo, federais, que são os mais comuns, porém não 
somente, pois podemos detectar situações estaduais e, 
até municipais.
No caso federal, temos algumas ferramentas que corrobo-
ram com o alinhamento da informação acessória, que são:
• PER/DCOMP (Pedido Eletrônico de Ressarcimento ou 
Restituição e Declaração de Compensação);
• DCTF (Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais);
• SPED Fiscal (ICMS/IPI)
• SPED Contribuições (PIS/COFINS/CPRB)
• SPED ECF (Escrituração Contábil e Fiscal)
• SPED Contábil (Escrituração Contábil Digital)
• Dentre outras obrigações acessórias
Conforme O artigo 156, inciso II, do Código Tributário Nacio-
nal a compensação é uma das modalidades de extinção 
do crédito tributário.O Código Civil, no artigo 368, demons-
tra que: "Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor 
e devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se, 
até onde se compensarem."
Em matéria tributária, são requisitos essenciais da compen-
sação: 
a) autorização legal; 
b) obrigações recíprocas e específicas entre 
o Fisco e o contribuinte;
c) dívidas líquidas e certas.
De acordo com a Receita Federal do Brasil, o contribuinte 
que apurar crédito relativo a tributo ou contribuição admi-
nistrado pelo Órgão Fazendário, passível de restituição ou 
de ressarcimento, poderá utilizá-lo na compensação de 
débitos próprios, vencidos ou vincendos, observando-se o 
disposto na lei 9.430/96 e na IN RFB 1.717/17.
A compensação extingue o crédito tributário, sob condição 
resolutória da ulterior homologação do procedimento.
Vamos a um exemplo prático, e muito comum:
• Imagine que a Empresa Marcos Lima Produtos Farmacêuti-
cos LTDA, apura o IRPJ e CSLL pela Lucro Presumido, e 
consequentemente apura o PIS e a COFINS pela cumulativi-
dade, e, o segmento que atua é a revenda de medicamentos;
• 90% das receitas auferidas pela empresa é monofásica para 
PIS e COFINS, o cadastro dos produtos está confuso, porém 
é possível fazer um estudo para adequação;
• Média de faturamento mensal da empresa é R$ 220.000,00;
• Há mais de 5 (cinco) anos a empresa paga indevidamente 
os tributos;
• O empresário somente percebeu a importância agora, pois 
a situação financeira da empresa está em déficit, e necessita 
de caixa para equilibrar seu negócio;
O que fazer para recuperar créditos tributários?
Agora iremos relembrar todas as informações ditas anterior-
mente e praticar com os dados expostos, vamos lá!
Com as informações acima conseguiremos delimitar o trabalho 
de recuperação de crédito, e inicialmente, faremos o levanta-
mento dos créditos tributários de PIS e COFINS dos últimos 
60 (sessenta) meses, ou, 5 (cinco) anos.
Inicialmente teremos que refazer as apurações de PIS-CO-
FINS considerando os produtos monofásicos e temos acesso 
a uma informação fundamental: 90% das receitas auferidas 
são monofásicas. Assim teremos o seguinte:
• Faturamento mensal médio = R$ 220.000,00
• Calculando PIS e COFINS, como se normal ocorresse, 
mensalmente teremos: 
• PIS = Receita x 0,65%, assim, teremos: R$ 1.430,00
• COFINS = Receita x 3%, assim, teremos: R$ 6.600,00
Iremos adotar agora o procedimento operacional para refazer as 
apurações dos últimos 5 (cinco) anos e se considerarmos 
números médios, teremos a recuperar, aproximadamente, 
R$ 77.220,00 relativamente ao PIS, e R$ 356.400,00 relativa-
mente a COFINS; total de R$ 433.620,00 a recuperar das 
contribuições. Este valor levantado poderemos solicitar 
restituição, que infelizmente, é bastante demorado, na prática. 
Porém, o que geralmente sugerimos é a compensação 
diretamente junto a outros tributos federais, tais como IRPJ e CSLL.
Então, considerando as projeções mensais, temos 
que:
• A empresa paga, mensalmente, a mais do que deveria referente 
ao PIS, R$ 1.287,00, ou seja, deveria pagar somente R$ 143,00;
• A empresa paga, mensalmente, a mais do que deveria referente 
a COFINS, R$ 5.940,00, ou seja, deveria pagar somente R$ 660,00;
• Note que há pagamentos indevidos, a maior.
•Bares
•Restaurantes
•Distribuidores de Bebidas
•Supermercados
•Minimercados
•Padarias
•Postos de Gasolina
•Lojas de Conveniência
•Lojas de Autopeças
•Revendedores de Pneumáticos
•Perfumarias
•Drogarias
•E outras que comercializam 
produtos sujeitos ao regime 
substituição tributária ou 
produtos sujeitos ao regime 
monofásico.
Vamos seguir um passo-a-passo operacional para 
solicitação da compensação:
• Analisar os cadastros dos produtos e definir as 
mascarás tributárias devidamente alinhada com a 
legislação;
• Refazer todas as apurações tributárias;
• Retificar todos os SPED’s Contribuições do período 
em questão;
• Retificar todas as DCTF’s do período em questão;
• Elaborar PER/DCOMP’s de pagamentos “indevidos 
ou a maior”;
• Levantar o IRPJ e CSLL que poderemos efetuar a 
compensação;
• Acompanhar as PER/DCOMP’s, relativamente ao 
andamento da homologação;
4. TESES TRIBUTÁRIAS EM EVIDÊNCIA
Além da Recuperação de Créditos Tributários pela via 
administrativa, muitas empresas acabam optando por 
ingressar com ações judiciais para discutir teses tributárias 
em favor do contribuinte em virtude de cobrança indevida 
de tributos. Com a complexidade da nossa legislação 
tributária não é incomum que várias situações envolvendo 
a cobrança de tributos vá parar nos tribunais. 
Para ilustrar algumas dessas questões elencamos abaixo 
as quatro principais teses tributárias em evidência:
EXCLUSÃO DO ICMS/ISSQN DA BASE DE CÁLCULO 
DO PIS E DA COFINS
As contribuições ao PIS e à COFINS incidem sobre a 
"receita" ou o "faturamento", termos expressos no artigo 
195, inciso I, alínea "b" da Constituição Federal, que diz: 
“a seguridade social será financiada por toda a socieda-
de, de forma direta e indireta, nos termos da lei, median-
te recursos provenientes (...) das seguintes contribuições 
sociais (...) da empresa, incidentes sobre (...) a receita 
ou o faturamento.”
Foi exatamente sobre esse conceito de receita ou fatura-
mento que o STF se debruçou em 2017, ao ju lgar o 
Recurso Extraordinário 574.706/PR. O Tribunal decidiu, 
na ocasião, que o ICMS não pode ser considerado fatura-
mento ou receita da empresa, pois o tributo estadual 
representa apenas ingresso de caixa ou trânsito contábil, 
que será totalmente repassado ao fisco estadual. A decisão 
se deu com repercussão geral, guiando todas as demais 
instâncias do judiciário.
Os contribuintes prestadores de serviço, atentos à oportu-
nidade, também recorreram ao Judiciário para que a tese 
da exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e da 
COFINS fosse aplicada, por lógica, ao ISSQN. Entende-se 
que, da mesma forma que o ICMS, o ISSQN seria mero 
trânsito contábil a ser inteiramente repassado aos cofres 
municipais, não podendo, portanto, compor a base de cálculo 
das referidas contribuições sociais.
NÃO INCIDÊNCIA DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁ-
RIA SOBRE VERBAS TRABALHISTAS DE NATUREZA 
INDENIZATÓRIA.
O art. 195, I, “a” da Constituição Brasileira de 1988 estabe-
lece que os empregadores, as empresas e entidades a 
elas equiparadas devem contribuir para o financiamento da 
Seguridade Social, recolhendo Contribuição Social inciden-
te sobre “folha de salários e demais rendimentos do trabalho 
pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que 
lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício”.
Neste sentido, tais contribuições, incidentes sobre a FOLHA 
DE SALÁRIOS, devem incidir apenas e tão somente sobre 
as verbas retributivas ou contra-prestacionais pelo trabalho 
efetivamente realizado, e não devem incidir sobre verbas 
de naturezaindenizatória.
É esse o entendimento pacificado pelo Superior Tribunal 
de Justiça, que decidiu, em sede de Recurso Repetitivo 
(Resp 1230957/RS), que as verbas pagas a título de aviso 
prévio indenizado, o terço constitucional de férias e a impor-
tância paga nos 15 (quinze) primeiros dias que antecedem 
o auxílio-doença e auxílio acidente, por terem nature-
za indenizatória, não compõem a base de cálculo da 
Contribuição Previdenciária Patronal, prevista no art. 22, I, 
da lei 8.212/91.
EXCLUSÃO DA TUSD/TUST DA BASE DE CÁLCULO DO 
ICMS NA ENERGIA ELÉTRICA
Os consumidores de energia elétrica (pessoas físicas ou jurídicas) 
que consomem energia em quantidade inferior a 10.000 Kw, em 
tensão igual ou superior a 69kv, não podem contratar energia 
livremente, estando vinculados às distribuidoras concessionárias 
que atendem a região de seus domicílios. O distribuidor fica, 
portanto, responsável por cobrar todos os custos e encargos da 
cadeia produtiva anterior (geração, distribuição e transmissão).
Dentre os encargos cobradas pelo distribuidores de energia, 
estão a TUSD (Tarifa de Uso de Sistema de Distribuição) e a 
TUST (Tarifa de Uso de Sistema de Transmissão) 
O judiciário tem entendido que os encargos de distribuição (TUSD) 
e de transmissão (TUST) de energia elétrica não podem ser 
incluídos na base de cálculo do ICMS, pois essas tarifas (TUSD e 
TUST) remuneram o exercício de uma atividade meio de “transporte 
de energia elétrica”, fugindo da hipótese de incidência do tributo 
estadual. (AgRg nos EDcl no REsp 1.267.162/MG, AgRg no 
REsp 1.278.024/MG).
CONCEITO DE INSUMO PARA CRÉDITO DE PIS/COFINS 
SEGUNDO ENTENDIMENTO DO STJ
O Superior Tribunal de Justiça, decidiu, em sede de Recurso 
Repetitivo (Resp 1.221.170/PR) que, para fins de crédito de PIS 
e COFINS, as empresas podem considerar insumo tudo o 
que for essencial para o “exercício da sua atividade econômi-
ca”. Com isso, declarou ilegais as duas instruções normativas da 
Receita Federal sobre o assunto (247/2002 e 404/2004), por 
entender que, ao restringir o conceito de insumo, o Fisco acabou 
violando o princípio da não cumulatividade.
O conceito de insumo deve ser aferido à luz dos critérios da 
essencialidade ou relevância, vale dizer, considerando-se a 
imprescindibilidade ou a importância de determinado item – bem 
ou serviço – para o desenvolvimento da atividade econômica 
desempenhada pelo contribuinte. Assim, a possibilidade de 
tomada de crédito de PIS e COFINS deve ser analisada caso
a caso, considerando-se a essencialidade do bem.
O entendimento do STJ fez nascer, para os contribuintes, a 
possibilidade de revisar toda a apuração dos últimos 05 (cinco) 
anos, podendo ser revisto o critério para tomada de crédito de 
PIS/COFINS. 
5. CHECKLIST DE DOCUMENTOS PARA 
VERIFICAÇÃO
Vamos apresentar agora um checklist prático da documenta-
ção necessária para levantamento do crédito tributário, 
compensação, restituição e adequação do cenário tributário.
Seguiremos a ordem lógica do processo, 
conforme a listagem a baixo:
 
1. Cadastros dos produtos que contenha os seguintes 
elementos, no mínimo:
a. Código utilizado no processo operacional
b. NCM’s dos produtos
c. Unidade de medida
2. Certificado digital da empresa em questão;
3. Apurações fiscais, memórias de cálculo da apura-
ções dos tributos, podem ser planilhas ou relatórios 
do sistema;
4. Todos os SPED’s Fiscais;
5. Todos os SPED’s Contribuições;
6. Todas as DCTF’s;
7. Todos os DARF’s pagos do período;
8. SPED’s ECF’s;
9. SPED’s Contábil;
E AÍ, GOSTOU DESSE CONTEÚDO?
Se você tem interesse em saber mais sobre Recuperação de 
Créditos Tributários fica ligado pois estamos preparando um 
evento 100% online e gratuito sobre o tema.
Nesse evento nós vamos compartilhar conteúdos sobre 
nossas experiências práticas desde o fechamento com novos 
clientes até a operacionalização dos pedidos de restituição e 
compensação.
Estarei divulgando mais informações em minhas redes sociais.
Até mais!
Professor Fellipe Guerra
PROF.FELLIPEGUERRA@COMPLIANCE-CE.COM.BR
WWW.PROFESSORFELLIPEGUERRA.COM.BR

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