Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE ZAMBEZE FACULDADE DE ENGENAHARIA AMBIENTAL E DOS RECURSOS NATURAIS ENGENHARIA AMBIENTAL E DOS RECURSOS NATURAIS CADEIRA: POLUIÇÃO DE ÁGUA E TRATAMENTO DE EFLUENTES HELDER VICTOR INES FRANCISCO VICENTE ARMANDO GRUPO 8 DISCENTES: DOCENTE: SATAR GEMUSSE, MSc. CHIMOIO, AGOSTO DE 2019 1 4 ͦ ANO EARN POLUIÇÃO DE AGUA E TRATAMENTO DE EFLUENTES 1 Avaliação de micro e macro nutrientes em lodo de esgoto 2 POLUIÇÃO DE AGUA E TRATAMENTO DE EFLUENTES 1. Introdução O lodo de esgoto é um resíduo de composição predominantemente orgânica, obtido ao final do processo de tratamento de águas servidas à população, sua destinação racional se faz necessária diante dos problemas ambientais que podem ser causados pelo seu acúmulo, nesse aspecto surge como promissora a sua utilização em solos agrícolas uma vez que, esse material encerra em sua composição consideráveis teores de matéria orgânica e nutrientes. (DE OLIVEIRA, et al. 1995) 3 1. Introdução Segundo CARVALHO & BARRAL (1981) afirmaram que a decomposição do lodo de esgoto no solo permite um melhor aproveitamento dos nutrientes pelas plantas, em decorrência da lenta liberação dos mesmos através do processo de mineralização da matéria orgânica. Trabalhos realizados por CUNNINGHAN et al. (1975), demostram que incorporando ao solo lodo de esgoto sem tratamento prévio, obtiveram aumento na produção de grãos de milho, que se relacionou a maior disponibilidade de N, P e K. 4 1. Introdução De acordo com KHAI (2007), metade do lodo de esgoto produzido nos Estados Unidos é aplicado ao solo. Na comunidade européia, mais de 30% do lodo de esgoto produzido é utilizado como fertilizante na agricultura. Atualmente, cerca de 0,25 milhões de toneladas (peso seco) de lodo de esgoto são produzidosanualmente na Austrália, sendo que um terço do biossólido é aplicado na agricultura. (MOLLOY ET AL., 2005) Nesta onda de ideia o presente trabalho visa avaliar a disponibilidade de micro e macro nutrientes em lodos de esgoto, e as possibilidades de seu reaproveitamento para melhorar a produtividade agricola, minimizando os impactos negativos que o mesmo traria para o meio ambiente. 5 2. Objectivos 2.1 Geral Avaliar micro e macro nutrientes em lodo de esgoto e as possíveis técnicas viáveis de reutilização. 2.2 Específicos Falar da produção de lodos de esgoto sanitário em estacão de tratamento de efluentes; Descrever processos aeróbicos e anaeróbicos; Mencionar técnicas viáveis para reutilização e disposição adequada de resíduo no ambiente; Falar da reutilização como fertilização orgânica; Conhecer instrução normativa do ministério da agricultura e pecuária. 6 2.1 Geral Avaliar micro e macro nutrientes em lodo de esgoto e as possíveis técnicas viáveis de reutilização. 2.2 Específicos Falar da produção de lodos de esgoto sanitário em estacão de tratamento de efluentes; Descrever processos aeróbicos e anaeróbicos; Mencionar técnicas viáveis para reutilização e disposição adequada de resíduo no ambiente; Falar da reutilização como fertilização orgânica; Conhecer instrução normativa do ministério da agricultura e pecuária. 6 3. Metodologia Para a realização do presente trabalho a metodologia usada foi consulta bibliográfica, principalmente uso da internet para leitura de artigos científicos e algumas monografias publicadas por alguns autores abordando acerca da disponibilidade e o potencial de nutrientes em lodos de esgoto e as vantagens do uso do mesmo na agricultura. 7 2.1 Geral Avaliar micro e macro nutrientes em lodo de esgoto e as possíveis técnicas viáveis de reutilização. 2.2 Específicos Falar da produção de lodos de esgoto sanitário em estacão de tratamento de efluentes; Descrever processos aeróbicos e anaeróbicos; Mencionar técnicas viáveis para reutilização e disposição adequada de resíduo no ambiente; Falar da reutilização como fertilização orgânica; Conhecer instrução normativa do ministério da agricultura e pecuária. 7 4. REVISÃO DA LITERATURA 4.1 Macro e micro-nutrientes em solos tratados com lodo de esgoto 8 MICRONUTRIENTES MACRONUTRIENTES nitrogênio fósforo potássio magnésio zinco, molibdênio ferro enxofre cálcio boro manganês 2.1 Geral Avaliar micro e macro nutrientes em lodo de esgoto e as possíveis técnicas viáveis de reutilização. 2.2 Específicos Falar da produção de lodos de esgoto sanitário em estacão de tratamento de efluentes; Descrever processos aeróbicos e anaeróbicos; Mencionar técnicas viáveis para reutilização e disposição adequada de resíduo no ambiente; Falar da reutilização como fertilização orgânica; Conhecer instrução normativa do ministério da agricultura e pecuária. 8 4.1 Macro e micro-nutrientes em solos tratados com lodo de esgoto 9 2.1 Geral Avaliar micro e macro nutrientes em lodo de esgoto e as possíveis técnicas viáveis de reutilização. 2.2 Específicos Falar da produção de lodos de esgoto sanitário em estacão de tratamento de efluentes; Descrever processos aeróbicos e anaeróbicos; Mencionar técnicas viáveis para reutilização e disposição adequada de resíduo no ambiente; Falar da reutilização como fertilização orgânica; Conhecer instrução normativa do ministério da agricultura e pecuária. 9 4.1 Macro e micro-nutrientes em solos tratados com lodo de esgoto Como, de maneira geral, os solos não se apresentam em condições de atender às necessidades das culturas, o homem tem que intervir por meio de um manejo adequado do sistema solo-planta, incluindo a aplicação de fertilizantes minerais, fertilizantes orgânicos, adubação verde e outras práticas de manejo, por outro lado, mesmo que o solo apresente condições ideais de fertilidade para uma determinada cultura, a intervenção do homem também se faz necessária, uma vez que sempre haverá exportação de nutrientes pelos produtos colhidos ou perdas decorrentes de processos erosivos, comuns em sistemas incorrectos de manejo. (SPARKS, 1995) 10 2.1 Geral Avaliar micro e macro nutrientes em lodo de esgoto e as possíveis técnicas viáveis de reutilização. 2.2 Específicos Falar da produção de lodos de esgoto sanitário em estacão de tratamento de efluentes; Descrever processos aeróbicos e anaeróbicos; Mencionar técnicas viáveis para reutilização e disposição adequada de resíduo no ambiente; Falar da reutilização como fertilização orgânica; Conhecer instrução normativa do ministério da agricultura e pecuária. 10 4.1 Macro e micro-nutrientes em solos tratados com lodo de esgoto O lodo de esgoto contém matéria orgânica, macro e micronutrientes que exercem um papel fundamental na produção agrícola e na manutenção da fertilidade do solo, além disso, a matéria orgânica contida no lodo de esgoto pode aumentar o conteúdo de húmus que melhora a capacidade de armazenamento e de infiltração da água no solo, aumentando a resistência dos agregados e reduzindo a erosão. (TSUTIYA, 2000) Os solos tropicais e subtropicais, por serem altamente intemperizados, a matéria orgânica desempenha papel de fundamental importância na fertilidade, esses solos possuem ainda baixa capacidade de troca de catiões (CTC) e pouco potencial de liberação de nutrientes para as plantas. 11 2.1 Geral Avaliar micro e macro nutrientes em lodo de esgoto e as possíveis técnicas viáveis de reutilização. 2.2 Específicos Falar da produção de lodos de esgoto sanitário em estacão de tratamento de efluentes; Descrever processos aeróbicos e anaeróbicos; Mencionar técnicas viáveis para reutilização e disposição adequada de resíduo no ambiente; Falar da reutilização como fertilização orgânica; Conhecer instrução normativa do ministério da agricultura e pecuária. 11 4.1 Macro e micro-nutrientes em solos tratados com lodo de esgoto Trabalhos de MELO et al. (1994) encontraramaumento de carbono orgânico com aplicação de lodo de esgoto apenas na dose mais elevada (32 t ha-1) até 230 dias após a aplicação, esses autores também verificaram aumento na CTC do solo nos tratamentos com lodo, atribuindo esse efeito ao aumento do carbono orgânico do solo. 12 2.1 Geral Avaliar micro e macro nutrientes em lodo de esgoto e as possíveis técnicas viáveis de reutilização. 2.2 Específicos Falar da produção de lodos de esgoto sanitário em estacão de tratamento de efluentes; Descrever processos aeróbicos e anaeróbicos; Mencionar técnicas viáveis para reutilização e disposição adequada de resíduo no ambiente; Falar da reutilização como fertilização orgânica; Conhecer instrução normativa do ministério da agricultura e pecuária. 12 4.1 Macro e micro-nutrientes em solos tratados com lodo de esgoto 13 2.1 Geral Avaliar micro e macro nutrientes em lodo de esgoto e as possíveis técnicas viáveis de reutilização. 2.2 Específicos Falar da produção de lodos de esgoto sanitário em estacão de tratamento de efluentes; Descrever processos aeróbicos e anaeróbicos; Mencionar técnicas viáveis para reutilização e disposição adequada de resíduo no ambiente; Falar da reutilização como fertilização orgânica; Conhecer instrução normativa do ministério da agricultura e pecuária. 13 4.1 Macro e micro-nutrientes em solos tratados com lodo de esgoto 14 2.1 Geral Avaliar micro e macro nutrientes em lodo de esgoto e as possíveis técnicas viáveis de reutilização. 2.2 Específicos Falar da produção de lodos de esgoto sanitário em estacão de tratamento de efluentes; Descrever processos aeróbicos e anaeróbicos; Mencionar técnicas viáveis para reutilização e disposição adequada de resíduo no ambiente; Falar da reutilização como fertilização orgânica; Conhecer instrução normativa do ministério da agricultura e pecuária. 14 4.1 Macro e micro-nutrientes em solos tratados com lodo de esgoto De modo geral, quando o lodo recebe cal durante seu tratamento, sua aplicação ao solo promove aumento do pH, diminuição da acidez potencial e do alumínio trocável, aumento do pH do solo é em consequência da formação de iões amónio devido à oxidação do nitrogénio orgânico, presente em grande quantidade no lodo de esgoto (MELO & MARQUES, 2000). 15 2.1 Geral Avaliar micro e macro nutrientes em lodo de esgoto e as possíveis técnicas viáveis de reutilização. 2.2 Específicos Falar da produção de lodos de esgoto sanitário em estacão de tratamento de efluentes; Descrever processos aeróbicos e anaeróbicos; Mencionar técnicas viáveis para reutilização e disposição adequada de resíduo no ambiente; Falar da reutilização como fertilização orgânica; Conhecer instrução normativa do ministério da agricultura e pecuária. 15 4.1 Macro e micro-nutrientes em solos tratados com lodo de esgoto Fig.1 Efeito do pH na disponibilidade de nutrientes importantes para o crescimento das plantas e dos microrganismos. Fonte: SPARKS, D.L. (1995 B) 16 2.1 Geral Avaliar micro e macro nutrientes em lodo de esgoto e as possíveis técnicas viáveis de reutilização. 2.2 Específicos Falar da produção de lodos de esgoto sanitário em estacão de tratamento de efluentes; Descrever processos aeróbicos e anaeróbicos; Mencionar técnicas viáveis para reutilização e disposição adequada de resíduo no ambiente; Falar da reutilização como fertilização orgânica; Conhecer instrução normativa do ministério da agricultura e pecuária. 16 4.2 Produção de lodos de esgoto sanitário em estacão de tratamento de efluentes 4.2.1 Lodos de esgotos – conceitos e características Nas áreas urbanas os principais agentes poluidores de águas são os esgotos, que na maioria das vezes são lançados directamente nos corpos de água, frente à degradação intensa dos recursos hídricos, os esgotos de diversas cidades vêm sendo tratados em estações de tratamento de esgoto (ETEs). 17 2.1 Geral Avaliar micro e macro nutrientes em lodo de esgoto e as possíveis técnicas viáveis de reutilização. 2.2 Específicos Falar da produção de lodos de esgoto sanitário em estacão de tratamento de efluentes; Descrever processos aeróbicos e anaeróbicos; Mencionar técnicas viáveis para reutilização e disposição adequada de resíduo no ambiente; Falar da reutilização como fertilização orgânica; Conhecer instrução normativa do ministério da agricultura e pecuária. 17 4.2 Produção de lodos de esgoto sanitário em estacão de tratamento de efluentes 4.2.1 Lodos de esgotos – conceitos e características A destinação deste lodo residual que é gerado nas ETEs é um grande problema ambiental para as empresas de saneamento, públicas ou privadas (METCALF e EDDY, 2002). O gerenciamento do lodo de esgoto proveniente de estações de tratamento é uma actividade de grande complexidade e alto custo, que, se for mal executada, pode comprometer os benefícios ambientais e sanitários esperados destes sistemas (LUDUVICE, 2001). 18 2.1 Geral Avaliar micro e macro nutrientes em lodo de esgoto e as possíveis técnicas viáveis de reutilização. 2.2 Específicos Falar da produção de lodos de esgoto sanitário em estacão de tratamento de efluentes; Descrever processos aeróbicos e anaeróbicos; Mencionar técnicas viáveis para reutilização e disposição adequada de resíduo no ambiente; Falar da reutilização como fertilização orgânica; Conhecer instrução normativa do ministério da agricultura e pecuária. 18 4.2 Produção de lodos de esgoto sanitário em estacão de tratamento de efluentes 4.2.1 Lodos de esgotos – conceitos e características O termo “lodo” tem sido utilizado para designar os subprodutos sólidos do tratamento de esgotos, nos processos biológicos de tratamento, parte da matéria orgânica é absorvida e convertida, fazendo parte da biomassa microbiana, denominada genericamente de lodo biológico ou secundário, composto principalmente de sólidos biológicos. (ANDREOLI et al., 2006). 19 2.1 Geral Avaliar micro e macro nutrientes em lodo de esgoto e as possíveis técnicas viáveis de reutilização. 2.2 Específicos Falar da produção de lodos de esgoto sanitário em estacão de tratamento de efluentes; Descrever processos aeróbicos e anaeróbicos; Mencionar técnicas viáveis para reutilização e disposição adequada de resíduo no ambiente; Falar da reutilização como fertilização orgânica; Conhecer instrução normativa do ministério da agricultura e pecuária. 19 4.2.2 Produção de lodo nos diversos sistemas de tratamento de esgotos Segundo HOSSAIN, STREZOV e NELSON (2009) a produção de lodo de esgoto no Reino Unido chegou a quase 1 milhão de m3/ano, 50 milhões de m3/ano na Alemanha, 4,2 milhões de m3/ano na Suíça e 170 mil m3/ano em Singapura, em Sydney a produção do biossólido atinge 190 mil toneladas/ano, actualmente. Segundo BARNETO el al., (2009), em 2005 a produção espanhola de lodo de esgoto foi de 1.120.000 toneladas de matéria seca, seu uso principal foi a disposição no solo (725.000 toneladas). Trabalhos de KHIARI et al., (2004) citam que o tratamento da fase sólida de uma ETE aeróbia representa, aproximadamente, 40 % dos custos de implantação, 50% dos custos de operação e 90% dos problemas operacionais. 20 2.1 Geral Avaliar micro e macro nutrientes em lodo de esgoto e as possíveis técnicas viáveis de reutilização. 2.2 Específicos Falar da produção de lodos de esgoto sanitário em estacão de tratamento de efluentes; Descrever processos aeróbicos e anaeróbicos; Mencionar técnicas viáveis para reutilização e disposição adequada de resíduo no ambiente; Falar da reutilização como fertilização orgânica; Conhecer instrução normativa do ministério da agricultura e pecuária. 20 4.2.3 Características dos esgotos Tabela 2: Características físico-químicas dos esgotos. Fonte: Metcalf & Eddy (1991) 21 2.1Geral Avaliar micro e macro nutrientes em lodo de esgoto e as possíveis técnicas viáveis de reutilização. 2.2 Específicos Falar da produção de lodos de esgoto sanitário em estacão de tratamento de efluentes; Descrever processos aeróbicos e anaeróbicos; Mencionar técnicas viáveis para reutilização e disposição adequada de resíduo no ambiente; Falar da reutilização como fertilização orgânica; Conhecer instrução normativa do ministério da agricultura e pecuária. 21 4.2.3 Características dos esgotos Tabela 3: Concentrações de sólidos em esgotos. Fonte: Metcalf & Eddy (1991) 22 2.1 Geral Avaliar micro e macro nutrientes em lodo de esgoto e as possíveis técnicas viáveis de reutilização. 2.2 Específicos Falar da produção de lodos de esgoto sanitário em estacão de tratamento de efluentes; Descrever processos aeróbicos e anaeróbicos; Mencionar técnicas viáveis para reutilização e disposição adequada de resíduo no ambiente; Falar da reutilização como fertilização orgânica; Conhecer instrução normativa do ministério da agricultura e pecuária. 22 4.2.3 Características dos esgotos Tabela 4: Concentrações de organismos em esgotos. Fonte: Metcalf & Eddy (1991) 23 2.1 Geral Avaliar micro e macro nutrientes em lodo de esgoto e as possíveis técnicas viáveis de reutilização. 2.2 Específicos Falar da produção de lodos de esgoto sanitário em estacão de tratamento de efluentes; Descrever processos aeróbicos e anaeróbicos; Mencionar técnicas viáveis para reutilização e disposição adequada de resíduo no ambiente; Falar da reutilização como fertilização orgânica; Conhecer instrução normativa do ministério da agricultura e pecuária. 23 Tratamento do lodo Os lodos podem exibir características indesejáveis, como instabilidade biológica, possibilidade de transmissão de patógenos e grandes volumes, o principal objetivo do tratamento do lodo de esgoto é gerar um produto mais estável e com menor volume para facilitar seu manuseio e, consequentemente, reduzir os custos nos processos subsequentes, esse tratamento se dá através de processos físicos, químicos e biológicos. 24 2.1 Geral Avaliar micro e macro nutrientes em lodo de esgoto e as possíveis técnicas viáveis de reutilização. 2.2 Específicos Falar da produção de lodos de esgoto sanitário em estacão de tratamento de efluentes; Descrever processos aeróbicos e anaeróbicos; Mencionar técnicas viáveis para reutilização e disposição adequada de resíduo no ambiente; Falar da reutilização como fertilização orgânica; Conhecer instrução normativa do ministério da agricultura e pecuária. 24 Tratamento do lodo Por imperativos ambientais e de saúde pública, as águas residuais, provenientes nomeadamente de usos domésticos, industriais e agrícolas, não podem ser descarregadas directamente para o meio receptor. As águas residuais urbanas são submetidas a um conjunto de tratamentos físicos, químicos e biológicos realizados nas ETAR, esquematizados genericamente na Figura asseguir, que visam separar os materiais sólidos, reduzir a carga de matéria orgânica, de nutrientes (azoto e fósforo) e de metais pesados, e reduzir/inactivar os microrganismos patogénicos contidos no afluente, permitindo a sua reutilização ou descarga em condições ambientalmente seguras. 25 2.1 Geral Avaliar micro e macro nutrientes em lodo de esgoto e as possíveis técnicas viáveis de reutilização. 2.2 Específicos Falar da produção de lodos de esgoto sanitário em estacão de tratamento de efluentes; Descrever processos aeróbicos e anaeróbicos; Mencionar técnicas viáveis para reutilização e disposição adequada de resíduo no ambiente; Falar da reutilização como fertilização orgânica; Conhecer instrução normativa do ministério da agricultura e pecuária. 25 Tratamento do lodo 26 2.1 Geral Avaliar micro e macro nutrientes em lodo de esgoto e as possíveis técnicas viáveis de reutilização. 2.2 Específicos Falar da produção de lodos de esgoto sanitário em estacão de tratamento de efluentes; Descrever processos aeróbicos e anaeróbicos; Mencionar técnicas viáveis para reutilização e disposição adequada de resíduo no ambiente; Falar da reutilização como fertilização orgânica; Conhecer instrução normativa do ministério da agricultura e pecuária. 26 Linha sólida Uma lama pode ser definida como uma mistura de água e de sólidos separados de diversos tipos de águas, como resultado de processos naturais ou artificiais. As lamas resultantes dos tratamentos à linha líquida possuem uma quantidade elevada de humidade e de matéria orgânica. Características das lamas primárias e secundárias, adaptado de (Kiely, 1999) . Parâmetro Lamas primárias Lamas secundárias Sólidos Secos 2-6% 0,5-2% Sólidos Voláteis 60-80% 50-70% Coliformes Fecais 106-107 107-109 27 2.1 Geral Avaliar micro e macro nutrientes em lodo de esgoto e as possíveis técnicas viáveis de reutilização. 2.2 Específicos Falar da produção de lodos de esgoto sanitário em estacão de tratamento de efluentes; Descrever processos aeróbicos e anaeróbicos; Mencionar técnicas viáveis para reutilização e disposição adequada de resíduo no ambiente; Falar da reutilização como fertilização orgânica; Conhecer instrução normativa do ministério da agricultura e pecuária. 27 Tratamento do lodo Tabela 5 Teor de sólidos no resíduo do tratamento de esgoto de acordo com o tipo de estabilização e equipamento utilizado para o deságue. Fonte: Além sobrinho (2001) 28 2.1 Geral Avaliar micro e macro nutrientes em lodo de esgoto e as possíveis técnicas viáveis de reutilização. 2.2 Específicos Falar da produção de lodos de esgoto sanitário em estacão de tratamento de efluentes; Descrever processos aeróbicos e anaeróbicos; Mencionar técnicas viáveis para reutilização e disposição adequada de resíduo no ambiente; Falar da reutilização como fertilização orgânica; Conhecer instrução normativa do ministério da agricultura e pecuária. 28 4.3 Processos aeróbicos e anaeróbicos Os processos de estabilização do lodo de esgoto foram desenvolvidos com o objetivo de mineralizar a fração biodegradável da matéria orgânica presente no lodo, reduzindo os riscos de putrefação e diminuindo a concentração de organismos patogênicos (METCALF E EDDY, 2002). A estabilização do lodo se dá através dos seguintes processos: digestão aeróbica, digestão anaeróbica, compostagem, estabilização química e estabilização térmica. (LUDUVICE, 2001) 29 2.1 Geral Avaliar micro e macro nutrientes em lodo de esgoto e as possíveis técnicas viáveis de reutilização. 2.2 Específicos Falar da produção de lodos de esgoto sanitário em estacão de tratamento de efluentes; Descrever processos aeróbicos e anaeróbicos; Mencionar técnicas viáveis para reutilização e disposição adequada de resíduo no ambiente; Falar da reutilização como fertilização orgânica; Conhecer instrução normativa do ministério da agricultura e pecuária. 29 4.3.1 Digestao aerobica A digestão aeróbica consiste na adição de ar ou oxigênio ao lodo contido em tanques abertos de 3 a 6 metros de profundidade, a concentração de oxigênio no reator é mantida em torno de 1mg/L para se evitar a liberação de gases fétidos, o tempo de detenção pode variar entre 12 e 30 dias, dependendo da temperatura local. (METCALF E EDDY, 2002) Nesse tipo de digestão ocorre a estabilização de cerca de 70% da matéria orgânica biodegradável presente no lodo em apenas três dias. (LUDUVICE, 2001) 30 2.1 Geral Avaliar micro e macro nutrientes em lodo de esgoto e as possíveis técnicas viáveis de reutilização. 2.2 Específicos Falar da produção de lodos de esgoto sanitário em estacão de tratamento de efluentes; Descreverprocessos aeróbicos e anaeróbicos; Mencionar técnicas viáveis para reutilização e disposição adequada de resíduo no ambiente; Falar da reutilização como fertilização orgânica; Conhecer instrução normativa do ministério da agricultura e pecuária. 30 4.3.2 Digestao anerobica A digestão anaeróbica pode ser considerada como um ecossistema onde diversos grupos de microrganismos degradam a matéria orgânica complexa com produção de metano, gás carbônico, água, gás sulfídrico e amônia, além de novas células (CHERNICHARO, 1997). Segundo TSUTYA ET Al., (2001), a digestão anaeróbia pode promover redução da concentração de sólidos voláteis na faixa de 35 a 60 %, dependendo da natureza do lodo de esgoto e das condições de operação do sistema. 31 2.1 Geral Avaliar micro e macro nutrientes em lodo de esgoto e as possíveis técnicas viáveis de reutilização. 2.2 Específicos Falar da produção de lodos de esgoto sanitário em estacão de tratamento de efluentes; Descrever processos aeróbicos e anaeróbicos; Mencionar técnicas viáveis para reutilização e disposição adequada de resíduo no ambiente; Falar da reutilização como fertilização orgânica; Conhecer instrução normativa do ministério da agricultura e pecuária. 31 4.4 Técnicas viáveis para reutilização e disposição adequada de resíduo no ambiente Gestão de lamas, vias alternativas. 32 32 4.4 Técnicas viáveis para reutilização e disposição adequada de resíduo no ambiente As principais formas de reaproveitamentos descritos no item “Agricultura Sustentável” da Agenda 21 Reaproveitamento Industrial Fabricação de tijolos e cerâmicas; Produção de agregado leve para construção civil; Produção de cimento. Reutilização como fertilização orgânica Fertilizante orgânico e compostagem; Recuperação de solos degradados. 33 4.4.1 Uso agrícola do lodo de esgoto Segundo TSUTIYA (2001), descreve o uso de lodo de esgoto como forma de adubação orgânica, favorecendo a formação de agregados, facilitando a penetração das raízes e a vida microbiana, aumentando a resistência do solo à erosão, já que estabiliza a estrutura do solo e aumenta a capacidade de retenção de água, tornando as culturas mais resistentes à seca, além de fornecer nutrientes para as plantas, propiciando maior rendimento de matéria verde e seca. 34 2.1 Geral Avaliar micro e macro nutrientes em lodo de esgoto e as possíveis técnicas viáveis de reutilização. 2.2 Específicos Falar da produção de lodos de esgoto sanitário em estacão de tratamento de efluentes; Descrever processos aeróbicos e anaeróbicos; Mencionar técnicas viáveis para reutilização e disposição adequada de resíduo no ambiente; Falar da reutilização como fertilização orgânica; Conhecer instrução normativa do ministério da agricultura e pecuária. 33 Incineração A incineração de lamas é uma das opções de gestão praticada a nível europeu. Pode ser realizada em instalações dedicadas ou em co-incineração. Se sujeitas a uma pré-secagem podem ser introduzidas em fornos de cimento, contribuindo com o seu poder calorífico2 para o aquecimento do forno, opção esta que permite incorporar os metais pesados no clinker. Deposição em aterro A deposição indiscriminada de lamas é uma prática absurda, tendo em conta o não aproveitamento do conteúdo material e energético contido nas lamas. Ocupa desnecessariamente espaço em aterro e é uma opção que envolve custos que não podem ser desprezados. 35 2.1 Geral Avaliar micro e macro nutrientes em lodo de esgoto e as possíveis técnicas viáveis de reutilização. 2.2 Específicos Falar da produção de lodos de esgoto sanitário em estacão de tratamento de efluentes; Descrever processos aeróbicos e anaeróbicos; Mencionar técnicas viáveis para reutilização e disposição adequada de resíduo no ambiente; Falar da reutilização como fertilização orgânica; Conhecer instrução normativa do ministério da agricultura e pecuária. 34 Novas tecnologias Novas tecnologias Algumas opções têm vindo a ser testadas e aplicadas e podem, no futuro, ter importância, nomeadamente a gaseificação3 (ISQ, 2008), a oxidação húmida (Khan, 1997) e a vermicompostagem (Foster, 2006). Existem ainda outros destinos para lamas, que foram pontualmente utilizados, nomeadamente na recuperação de taludes (Robles, 2006) ou no encerramento de pedreiras (Eltiempo.com, 2008). 36 4.5 Instrução normativa do ministério da agricultura e pecuária Legislação europeia. A legislação europeia neste campo está em revisão, sendo provável que a curto prazo sejam alterados alguns dos itens base, nomeadamente os valores limite para os metais pesados e a introdução de valores limite para poluentes orgânicos e microrganismos patogénicos (Salmonela e Escherichia Coli); a regulamentação da aplicação das lamas na silvicultura, na recuperação de solos degradados e em zonas verdes; a proibição da aplicação de lamas não tratadas Segundo determinados processos que visem uma maior estabilização e higienização das lamas, restringindo a sua aplicação em função do tratamento; e a proposta de responsabilização do produtor das lamas na análise das lamas e do solo. 37 2.1 Geral Avaliar micro e macro nutrientes em lodo de esgoto e as possíveis técnicas viáveis de reutilização. 2.2 Específicos Falar da produção de lodos de esgoto sanitário em estacão de tratamento de efluentes; Descrever processos aeróbicos e anaeróbicos; Mencionar técnicas viáveis para reutilização e disposição adequada de resíduo no ambiente; Falar da reutilização como fertilização orgânica; Conhecer instrução normativa do ministério da agricultura e pecuária. 36 4.5 Instrução normativa do ministério da agricultura e pecuária 4.5.1 Uso agrícola de efluentes tratados em Moçambique Em Moçambique desde que se garanta uma desinfecção eficiente dos efluentes nos sistemas de tratamento, as águas residuais tratadas podem ser usadas para usos compatíveis, seja para limpeza de espaços públicos, seja para rega de jardins e para produção agrícola. (MONTEIRO ET AL. 2017) 38 2.1 Geral Avaliar micro e macro nutrientes em lodo de esgoto e as possíveis técnicas viáveis de reutilização. 2.2 Específicos Falar da produção de lodos de esgoto sanitário em estacão de tratamento de efluentes; Descrever processos aeróbicos e anaeróbicos; Mencionar técnicas viáveis para reutilização e disposição adequada de resíduo no ambiente; Falar da reutilização como fertilização orgânica; Conhecer instrução normativa do ministério da agricultura e pecuária. 37 4.5.2 Culturas aptas a receberem lodo de esgoto ou produto derivado É proibida a utilização de qualquer classe de lodo de esgoto ou produto derivado em pastagens e cultivo, tubérculos e raízes e culturas inundadas, bem como as demais culturas cuja parte comestível entre em contacto com o solo. (RESOLUÇÃO CONAMA 375) 39 2.1 Geral Avaliar micro e macro nutrientes em lodo de esgoto e as possíveis técnicas viáveis de reutilização. 2.2 Específicos Falar da produção de lodos de esgoto sanitário em estacão de tratamento de efluentes; Descrever processos aeróbicos e anaeróbicos; Mencionar técnicas viáveis para reutilização e disposição adequada de resíduo no ambiente; Falar da reutilização como fertilização orgânica; Conhecer instrução normativa do ministério da agricultura e pecuária. 38 5. Conclusão Após diversas literaturas se pode concluir que, em função de sua composição e de seu comportamento no solo, o lodo de esgoto libera nutrientes que são absorvidos pelas plantas. Visando-se atender às necessidades das culturas, faz-se necessária a complementação do lodo de esgoto com o potássio. A aplicação de lodo de esgoto em doses superiores a 20 t/ha podem proporcionar melhores resultados no desenvolvimento das culturas. O lodo de esgoto possui uma gama de micro e macronutrientes, em Moçambique poucas pessoas sabem da aplicabilidade deste dejecto na agricultura, contudo, espera-se que este estudopossa despertar atenção dos moçambicanos no que diz respeito ao aproveitamento deste resíduo líquido. 40 2.1 Geral Avaliar micro e macro nutrientes em lodo de esgoto e as possíveis técnicas viáveis de reutilização. 2.2 Específicos Falar da produção de lodos de esgoto sanitário em estacão de tratamento de efluentes; Descrever processos aeróbicos e anaeróbicos; Mencionar técnicas viáveis para reutilização e disposição adequada de resíduo no ambiente; Falar da reutilização como fertilização orgânica; Conhecer instrução normativa do ministério da agricultura e pecuária. 39 Fim Gratos pela atenção dispensada! ‘’O conhecimento cultiva-se’’ 41
Compartilhar