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ISO 16001_2012

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ABNT/CEE-111 
PROJETO ABNT NBR 16001 
FEVEIRO 2012 
 
NÃO TEM VALOR NORMATIVO 
 
Responsabilidade social – Sistema de gestão – Requisitos 
APRESENTAÇÃO 
1) Este Projeto foi elaborado pela Comissão de Estudo Especial de Responsabilidade Social 
(CEE-111), nas reuniões de: 
 
 
 
2) Este Projeto de Revisão é previsto para cancelar e substituir a edição anterior 
(ABNT NBR 16001:2004), quando aprovado, sendo que nesse ínterim a referida norma 
continua em vigor; 
3) Não tem valor normativo; 
4) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta 
informação em seus comentários, com documentação comprobatória; 
5) Este Projeto de Norma será diagramado conforme as regras de editoração da ABNT 
quando de sua publicação como Norma Brasileira. 
6) Tomaram parte na elaboração deste Projeto: 
Participante Representante 
2 ALIANÇAS A.G. Celio R. N. Espindola 
APOIO BRASIL Maria Yamauchi 
CNC Tatiana Abranches 
CNI Aretha Corrêa 
COLMEIA ARQ. E ENG. Marília Viana e Souza Pereira 
CRA Vânia Marques 
CSJT Ana M. Castro Borges 
CSJT JUSTIÇA DO TRABALHO Ana Borges 
ELETRONORTE / ELETROBRÁS Anibal de Biase Martins 
ELLUX CONSULTORIA Michel Epelbaum 
EMBRAER Rita C. Soliguetti 
EMBRAER José Marcos Ferreira 
FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA/USP Regina Célia Canel 
FUNDAÇÃO CARLOS ALBERTO VANZOLINI José Salvador da Silva Filho 
FUNDAÇÃO ESPAÇO ECO Sueli Ap. de Oliveira 
05 e 06.10.2011 24.11.2011 19.01.2012 
 
ABNT/CEE-111 
PROJETO ABNT NBR 16001 
 
NÃO TEM VALOR NORMATIVO 2/2 
 
FURNAS Lisangela G. C.Reis 
GDK SA. Mônica Wagner 
HAPI CONSULTORIA Paulo Vodianitskaia 
IN.PACTO AMBIENTAL Dora A. Tschiener 
INMETRO Andréa S.Henriques 
INMETRO Leonardo Salema 
INMETRO Marina de Oliveira Frota 
INMETRO Isabel Cristina Martins dos Santos 
INMETRO Daniela V. Prata Veloso 
INMETRO Paulo Sergio Brito Silva 
INSTITUTO ETHOS Tiago T. Cocco Liberatori 
INSTITUTO PRÓ-CIDADANIA Nancy Alemany 
INSTITUTO PRÓ-CIDADANIA Sandra Baptista 
INSTITUTO VIDA REAL SAÚDE Helder Costa 
INT Maria Carolina Santos 
ITEIA Adriann Sahdo 
ITEIA Luiz F.T. Gonçalves 
ITEIA Fernando Macedo Lima 
ITEIA Sean B. Leal 
LABORATÓRIO DE CIDADANIA 
TREINAMENTOS LTDA – TEIA DA 
SUSTENTABILIDADE 
Aristóteles José Costa 
PAVIN CONSULTORIA Vladimir Ferreira 
PAVIN CONSULTORIA Iraci Pavin Ferreira 
SERPRO Dilson José dos Santos 
SESI - NACIONAL Suene Andrade 
SEXTANTE LTDA Guilherme Witte 
SUZANO PAPEL E CELULOSE Maria Catharina Araujo 
UERJ Nívia Maria Telles Lobo Mendes 
UFRJ/IPUUR RS Cristiana Menezes Maggessi 
USP/FAC. SAÚDE PÚBLICA Regina Célia Canel 
 
 
ABNT/CEE-111 
PROJETO ABNT NBR 16001 
FEVEIRO 2012 
 
NÃO TEM VALOR NORMATIVO 1/53 
 
Responsabilidade social – Sistema de gestão – Requisitos 
Social responsibility - Management system - Requirements 
Prefácio 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas 
Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos 
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são 
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas 
fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros). 
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2. 
O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte: 
Scope 
This Standard establishes the minimum requirements for a management system of social responsibility, 
allowing the organization to formulate and implement a policy and objectives which take into account its 
commitments to: 
a) accountability; 
b) transparency; 
c) ethical behavior; 
d) respect for the interests of stakeholders; 
e) compliance with legal and other requirements which the organization subscribes; 
f) respect for international norms of behavior; 
g) respect for human rights; 
h) the promotion of sustainable development. 
 
 
 
 
 
 
ABNT/CEE-111 
PROJETO ABNT NBR 16001 
FEVEIRO 2012 
 
NÃO TEM VALOR NORMATIVO 2/53 
 
Introdução 
Nas últimas décadas têm crescido a mobilização e a preocupação da sociedade com temas associados à ética, 
cidadania, direitos humanos, desenvolvimento econômico, desenvolvimento sustentável e inclusão social. 
Neste sentido, organizações de todos os tipos estão cada vez mais conscientes do seu papel na sociedade e 
preocupadas em atingir e demonstrar desempenhos ambientais, econômicos e sociais adequados, controlando os 
impactos de suas decisões e atividades na sociedade e no meio ambiente, de forma consistente com sua política 
e com seus objetivos da responsabilidade social. 
Esse comportamento se insere no contexto de legislações cada vez mais exigentes, de práticas de consumo e de 
investimentos cada vez mais conscientes, do desenvolvimento de políticas econômicas e de outras medidas 
destinadas a estimular o desenvolvimento sustentável e de uma crescente preocupação manifestada pelas partes 
interessadas em relação às questões ambientais, econômicas e sociais. 
Muitas organizações têm conduzido programas de responsabilidade social e avaliações do seu desempenho 
ambiental, econômico e social. No entanto, por si só, tais avaliações podem não ser suficientes para proporcionar 
a uma organização a garantia de que seu desempenho não apenas atende, mas continuará a atender, aos 
requisitos legais e aos de sua própria política. Para que sejam eficazes, é necessário que esses procedimentos 
sejam conduzidos dentro de um sistema de gestão estruturado que esteja integrado na organização. 
Esta Norma foi redigida de forma a aplicar-se a todos os tipos e portes de organizações e para adequar-se a 
diferentes condições geográficas, culturais e sociais brasileiras. O fundamento da abordagem é mostrado na 
Figura 1. O sucesso do sistema depende do comprometimento de todos os níveis e funções, especialmente da 
Alta Direção. 
 
Figura 1 — Modelo do sistema da gestão da responsabilidade social 
A adoção e a implementação, de forma sistemática, de um conjunto de técnicas da gestão da responsabilidade 
social podem contribuir para a obtenção de resultados ótimos para todas as partes interessadas. Contudo, a 
adoção desta Norma não garantirá, por si só, resultados ótimos. Para atingir os objetivos da responsabilidade 
 
ABNT/CEE-111 
PROJETO ABNT NBR 16001 
FEVEIRO 2012 
 
NÃO TEM VALOR NORMATIVO 3/53 
 
social, convém que o sistema de gestão da responsabilidade social estimule as organizações a considerarem a 
implementação da melhor prática
1)
 disponível, quando apropriado e economicamente exequível. 
A adoção desta Norma não elimina, engloba ou substitui o uso das normas da série ABNT NBR ISO 9000 ou 
ABNT NBR ISO 14000, cabendo às organizações a decisão de aplicá-la em conjunto ou separado, dependendo 
das suas necessidades estratégicas. 
O atendimento aos requisitos da Norma não significa que a organização é socialmente responsável, mas que 
possui um sistema da gestão da responsabilidade social. As comunicações da organização, tanto internas quanto 
externas, deverão respeitar este preceito. 
Convém ressaltar que duas organizações que desenvolvam atividades similares, mas que apresentem níveis 
diferentes de desempenho de responsabilidade social, conforme estabelecido em sua política de responsabilidade 
social, objetivos e metas, podem, ambas, atender aos seus requisitos. 
Esta Norma pretende auxiliar as organizações a contribuírem para o desenvolvimento sustentável e visa estimulá-
las a ir além da conformidade legal, posto que esta é uma obrigação fundamental de qualquer organização e parte 
essencialde sua responsabilidade social. 
Apesar de muitas pessoas usarem os termos responsabilidade social e desenvolvimento sustentável de forma 
intercambiável e de haver uma relação entre esses termos, eles são conceitos diferentes 
O desenvolvimento sustentável é um conceito e um objetivo norteador amplamente aceito, reconhecido 
internacionalmente após a publicação, em 1987, do relatório Nosso Futuro Comum, da Comissão Mundial sobre 
Meio Ambiente e Desenvolvimento, da ONU. O desenvolvimento sustentável refere-se a satisfazer as 
necessidades do presente dentro dos limites ecológicos do planeta sem comprometer a capacidade das futuras 
gerações de suprir suas próprias necessidades. O desenvolvimento sustentável tem três dimensões – econômica, 
social e ambiental – as quais são interdependentes; por exemplo, a eliminação da pobreza requer a promoção da 
justiça social e do desenvolvimento econômico e a proteção ao meio ambiente. 
A responsabilidade social tem como foco a organização e refere-se às responsabilidades da organização com a 
sociedade e o meio ambiente. A responsabilidade social está intimamente ligada ao desenvolvimento sustentável. 
Pelo fato do desenvolvimento sustentável tratar de objetivos econômicos, sociais e ambientais comuns a todas as 
pessoas, ele pode ser usado como forma de abarcar as expectativas mais amplas da sociedade a serem levadas 
em conta por organizações que buscam agir responsavelmente. Portanto, convém que um objetivo amplo de 
responsabilidade social da organização seja o de contribuir para o desenvolvimento sustentável. Neste sentido, a 
noção de que a responsabilidade social é centrada em atividades filantrópicas, como doações a instituições 
beneficentes, não é correta, apesar de serem importantes em determinados contextos. 
O objetivo do desenvolvimento sustentável é atingir um estado de sustentabilidade para a sociedade como um 
todo e para o planeta. Não diz respeito à sustentabilidade ou viabilidade permanente de uma organização 
específica. A sustentabilidade de uma determinada organização pode ou não ser compatível com a 
sustentabilidade da sociedade como um todo, a qual é obtida ao lidar-se com aspectos sociais, econômicos e 
ambientais de uma maneira integrada. Consumo sustentável, uso sustentável de recursos e meios de vida 
sustentáveis são relevantes a todas as organizações e têm a ver com a sustentabilidade da sociedade como um 
todo. 
Esta Norma está fundamentada na metodologia conhecida como PDCA (Plan-Do-Check-Act ou 
planejar, fazer, verificar e atuar). Esta pode ser brevemente descrita como: 
― Planejar (Plan): estabelecer os objetivos e processos necessários para se produzirem resultados em 
conformidade com a política da responsabilidade social da organização; 
― Fazer (Do): implementar os processos; 
― Verificar (Check): monitorar e medir os processos em relação à política de responsabilidade social e aos 
objetivos, metas, requisitos legais e outros, e reportar os resultados; 
 
1)
 Existem instituições de renome que propõem conceitos, práticas e indicadores que podem contribuir para 
o planejamento do sistema de gestão da responsabilidade social.
 
 
ABNT/CEE-111 
PROJETO ABNT NBR 16001 
FEVEIRO 2012 
 
NÃO TEM VALOR NORMATIVO 4/53 
 
― Atuar (Act): tomar ações para melhorar continuamente o desempenho ambiental, econômico e social do 
sistema da gestão. 
Muitas organizações gerenciam suas operações pela aplicação de um sistema de processos e suas interações, 
que pode ser denominada de “abordagem de processos”. Como o PDCA pode ser aplicado a todos os processos, 
as duas metodologias são consideradas compatíveis. 
Embora o sistema de gestão proposto nesta Norma inclua parte de um sistema para tomada de decisões e 
implementação de ações da organização na busca dos seus objetivos, a governança organizacional foi incluída 
como um dos temas centrais da responsabilidade social, devido a sua relevância para a efetividade da integração 
da responsabilidade social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABNT/CEE-111 
PROJETO ABNT NBR 16001 
FEVEIRO 2012 
 
NÃO TEM VALOR NORMATIVO 5/53 
 
1 Escopo 
1.1 Esta Norma estabelece os requisitos mínimos relativos a um sistema de gestão da 
responsabilidade social, permitindo à organização formular e implementar uma política e objetivos que 
levem em conta seus compromissos com: 
a) a responsabilização; 
b) a transparência; 
c) o comportamento ético; 
d) o respeito pelos interesses das partes interessadas; 
e) o atendimento aos requisitos legais e outros requisitos subscritos pela organização; 
f) o respeito às normas internacionais de comportamento; 
g) o respeito aos direitos humanos; e 
h) a promoção do desenvolvimento sustentável. 
1.2 Esta Norma tem por objetivo prover às organizações os elementos de um sistema de gestão da 
responsabilidade social eficaz, passível de integração com outros requisitos de gestão, de forma a 
auxiliá-las a alcançar seus objetivos relacionados com a responsabilidade social. Não se pretende criar 
barreiras comerciais não-tarifárias, nem ampliar ou alterar as obrigações legais de uma organização. 
Esta Norma não prescreve critérios específicos de desempenho da responsabilidade social e se aplica a 
qualquer organização que deseje: 
a) implantar, manter e aprimorar um sistema de gestão da responsabilidade social; 
b) assegurar-se de sua conformidade com a legislação aplicável e com sua política da 
responsabilidade social; 
c) apoiar o engajamento efetivo das partes interessadas; 
d) demonstrar conformidade com esta Norma ao: 
 realizar uma autoavaliação e emitir autodeclaração da conformidade com esta Norma; 
 buscar confirmação de sua conformidade por partes que possuam interesse na organização; 
 buscar confirmação da sua autodeclaração por uma parte externa à organização; ou 
 buscar certificação do seu sistema de gestão da responsabilidade social por uma organização 
externa. 
Os requisitos desta Norma são genéricos para que possam ser aplicados a todas as organizações. 
1.3 A conformidade com esta Norma não implica, por si só, na conformidade com as diretrizes da 
ABNT NBR ISO 26000. Quaisquer declarações de que um certificado de conformidade com esta Norma 
 
ABNT/CEE-111 
PROJETO ABNT NBR 16001 
FEVEIRO 2012 
 
NÃO TEM VALOR NORMATIVO 6/53 
 
seria uma evidência do atendimento às diretrizes da ABNT NBR ISO 26000 são incompatíveis com os 
objetivos desta Norma. No entanto, a adoção desta Norma pode auxiliar a organização em seu 
processo de implementação de algumas das diretrizes da ABNT NBR ISO 26000. 
2 Termos e definições 
Para os efeitos de documento, aplicam-se os seguintes termos e definições: 
2.1 
avaliação de impactos 
processo abrangente e pró-ativo de identificar os impactos sociais, ambientais e econômicos negativos 
reais e potenciais das decisões e atividades de uma organização ao longo de todo o ciclo de vida de um 
projeto ou atividade organizacional, visando evitar ou mitigar esses impactos 
NOTA 1 Avaliação de impactos neste contexto corresponde ao termo due diligence em inglês. 
NOTA 2 Adaptada da ABNT NBR ISO 26000:2010. 
2.2 
cadeia de valor 
seqüência completa de atividades ou partes que fornecem ou recebem valor na forma de produtos 
(2.21) ou serviços (2.25) 
 
NOTA 1 Partes que fornecem valor incluem fornecedores, trabalhadores terceirizados (2.27), empresas 
contratadas e outros. 
NOTA 2 Partes que recebem valor incluem clientes, consumidores, conselheiros e outros usuários. 
[ABNT NBR ISO 26000:2010] 
2.3 
comportamento ético 
comportamento que esteja de acordo com os princípios aceitos de uma conduta moral e correta no 
contexto de uma situação específica e que seja consistenteas normas internacionais de 
comportamento (2.14) 
[ABNT NBR ISO 26000:2010] 
2.4 
desempenho da responsabilidade social 
resultados mensuráveis da gestão de uma organização (2.16) sobre seus impactos (2.11) 
NOTA Adaptada da ABNT NBR ISO 14001:2004. 
2.5 
desenvolvimento sustentável 
desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das futuras 
gerações de suprir suas próprias necessidades 
NOTA Desenvolvimento sustentável refere-se à integração de objetivos de alta qualidade de vida, saúde e 
prosperidade com justiça social e manutenção da capacidade da Terra de suportar a vida em toda a sua 
diversidade. Esses objetivos sociais, econômicos e ambientais são interdependentes e reforçam-se mutuamente. 
Desenvolvimento sustentável pode ser tratado como uma forma de expressar as expectativas mais amplas da 
sociedade como um todo. 
 
ABNT/CEE-111 
PROJETO ABNT NBR 16001 
FEVEIRO 2012 
 
NÃO TEM VALOR NORMATIVO 7/53 
 
[ABNT NBR ISO 26000:2010] 
2.6 
documento 
informação e o meio no qual ela está contida 
NOTA 1 O meio físico pode ser papel, magnético, disco de computador de leitura ótica ou eletrônica, fotografia ou 
amostra padrão, ou uma combinação destes. 
NOTA 2 Adaptada da ABNT NBR ISO 9000:2000, 3.7.2. 
[ABNT NBR ISO 14001:2004] 
2.7 
empregado 
toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência 
deste e mediante salário 
2.8 
engajamento de partes interessadas 
atividade realizada para criar oportunidades de diálogo entre uma organização (2.16) e uma ou mais de 
suas partes interessadas (2.17) visando fornecer uma base sólida e concreta para as decisões da 
organização 
NOTA Adaptada da ABNT NBR ISO 26000:2010. 
2.9 
força de trabalho 
conjunto de trabalhadores de uma organização 
2.10 
governança organizacional 
sistema pelo qual uma organização (2.16) toma decisões e as implementa na busca de seus objetivos 
[ABNT NBR ISO 26000:2010] 
2.11 
impacto da organização 
impacto 
mudança positiva ou negativa na sociedade, economia ou no meio ambiente (2.12), total ou 
parcialmente resultante das decisões e atividades passadas e presentes da organização 
[ABNT NBR ISO 26000:2010] 
2.12 
meio ambiente 
arredores naturais em que uma organização opera, incluindo ar, água, solo, recursos naturais, flora, 
fauna, pessoas, espaço sideral e suas inter-relações 
NOTA Neste contexto, arredores naturais estende-se do interior da organização até o sistema global. 
[ABNT NBR ISO 26000:2010] 
 
ABNT/CEE-111 
PROJETO ABNT NBR 16001 
FEVEIRO 2012 
 
NÃO TEM VALOR NORMATIVO 8/53 
 
2.13 
metas da responsabilidade social 
requisito de desempenho detalhado, sendo quantificado sempre que exeqüível, aplicável à organização 
ou à parte dela, resultante dos objetivos da responsabilidade social, que necessita ser estabelecido e 
atendido para que tais objetivos sejam atingidos 
2.14 
normas internacionais de comportamento 
expectativas de comportamento organizacional socialmente responsável oriundas do direito 
internacional consuetudinário, dos princípios geralmente aceitos de leis internacionais ou de acordos 
intergovernamentais que sejam universalmente ou praticamente universalmente reconhecidos 
NOTA 1 Acordos intergovernamentais incluem tratados e convenções. 
NOTA 2 Apesar do direito internacional consuetudinário, dos princípios geralmente aceitos de leis internacionais e 
de acordos intergovernamentais serem originalmente direcionados a governos, eles expressam objetivos e 
princípios aos quais todas as organizações podem aspirar. 
NOTA 3 As normas internacionais de comportamento evoluem com o tempo. 
[ABNT NBR ISO 26000:2010] 
2.15 
objetivos da responsabilidade social 
propósitos da responsabilidade social, decorrente da política da responsabilidade social, que uma 
organização se propõe a atingir, sendo quantificado sempre que exequível 
2.16 
organização 
entidade ou grupo de pessoas e instalações com um conjunto de responsabilidades, autoridades e 
relações e com objetivos identificáveis 
NOTA Adaptada da ABNT NBR ISO 26000:2010. 
2.17 
parte interessada 
indivíduo ou grupo que tem um interesse em quaisquer decisões ou atividades de uma organização 
(2.16) 
[ABNT NBR ISO 26000:2010] 
2.18 
política da responsabilidade social 
intenções e diretrizes globais de uma organização, relativos à responsabilidade social, formalmente 
expressas pela Alta Direção 
NOTA A política da responsabilidade social fornece uma estrutura para a definição dos objetivos e metas da 
responsabilidade social. 
2.19 
procedimento 
forma especificada de executar uma atividade ou um processo 
NOTA 1 Os procedimentos podem ser documentados ou não. 
NOTA 2 Adaptado da ABNT NBR ISO 9000:2000, 3.4.5. 
 
ABNT/CEE-111 
PROJETO ABNT NBR 16001 
FEVEIRO 2012 
 
NÃO TEM VALOR NORMATIVO 9/53 
 
[ABNT NBR ISO 14001:2004] 
2.20 
processo 
conjunto de atividades interrelacionadas ou interativas que transforma entradas (insumos) em saídas 
(produtos) 
NOTA Adaptada da ABNT NBR ISO 9000:2005. 
2.21 
produto 
artigo ou substância oferecida para venda ou que seja parte de um serviço prestado por uma 
organização (2.16) 
[ABNT NBR ISO 26000:2010] 
2.22 
registro 
documento (2.6) que apresenta resultados obtidos ou fornece evidências de atividades realizadas 
NOTA Adaptada da ABNT NBR ISO 9000:2000, 3.7.6. 
[ABNT NBR ISO 14001:2004] 
2.23 
responsabilidade social 
responsabilidade de uma organização (2.16) pelos impactos (2.11) de suas decisões e atividades na 
sociedade e no meio ambiente (2.12), por meio de um comportamento ético (2.3) e transparente que 
 contribua para o desenvolvimento sustentável (2.5), inclusive a saúde e bem-estar da sociedade; 
 leve em consideração as expectativas das partes interessadas (2.17); 
 esteja em conformidade com a legislação aplicável e seja consistente com o as normas 
internacionais de comportamento (2.14); e 
 esteja integrada em toda a organização (2.16) e seja praticada em suas relações. 
NOTA 1 Atividades incluem produtos, serviços e processos. 
NOTA 2 Relações referem-se às atividades da organização dentro do escopo do sistema de gestão da 
responsabilidade social (2.26) e da cadeia de valor (2.2) 
NOTA 3 Adaptada da ABNT NBR ISO 26000:2010. 
2.24 
responsabilização 
condição de responsabilizar-se por decisões e atividades e prestar contas destas decisões e atividades 
aos órgãos de governança de uma organização, a autoridades legais e, de modo mais amplo, às partes 
interessadas da organização 
NOTA 1 Responsabilização inclui a prestação de contas e corresponde ao termo accountability em inglês. 
NOTA 2 Adaptada da ABNT NBR ISO 26000:2010. 
 
ABNT/CEE-111 
PROJETO ABNT NBR 16001 
FEVEIRO 2012 
 
NÃO TEM VALOR NORMATIVO 10/53 
 
2.25 
serviço 
ação de uma organização (2.16) para atender a uma demanda ou necessidade 
[ABNT NBR ISO 26000:2010] 
2.26 
sistema de gestão da responsabilidade social 
conjunto de elementos interrelacionados ou interativos, voltados para estabelecer políticas e objetivos 
da responsabilidade social, bem como para atingi-los. 
2.27 
trabalhador 
toda pessoa física que realiza trabalho na condição de empregado ou em outra condição 
NOTA Além de empregado há outras modalidades de trabalhador, como por exemplo: trabalhador avulso, 
trabalhador temporário, menor aprendiz, estagiário, trabalhador autônomo, trabalhador eventual, trabalhador 
voluntário, servidor publico e agente público. 
2.28 
transparência 
franqueza sobre decisões e atividades que afetam a sociedade, a economia e o meio ambiente (2.12), 
e a disposição de comunicá-las de forma clara, precisa, tempestiva, honesta e completa 
[ABNT NBR ISO 26000:2010] 
3 Requisitosdo sistema de gestão da responsabilidade social 
3.1 Requisitos gerais 
A organização deve estabelecer, implementar, manter e continuamente aprimorar um sistema de gestão 
da responsabilidade social, de acordo com os requisitos desta Norma. Quando forem efetuadas 
exclusões de requisitos desta Norma, não poderá ser aceita reivindicação ou realizada declaração de 
conformidade com esta. 
A organização deve definir o escopo de seu sistema de gestão da responsabilidade social. 
Convém que o escopo do sistema de gestão da responsabilidade social inclua a organização como um 
todo, definindo-se claramente: 
 os locais físicos envolvidos; 
 as unidades organizacionais envolvidas, e 
 as atividades e os processos envolvidos. 
Nos casos em que não for seja possível ao escopo do sistema de gestão da responsabilidade abranger 
toda a organização, ela deve ser capaz de explicar a razão da limitação. 
NOTA Pretende-se com a definição do escopo esclarecer os limites da organização onde será aplicado o sistema 
de gestão da responsabilidade social, especialmente se a organização fizer parte de uma organização maior. A 
credibilidade do sistema de gestão da responsabilidade social irá depender da escolha dos limites organizacionais 
que irão fazer parte de seu escopo. 
 
ABNT/CEE-111 
PROJETO ABNT NBR 16001 
FEVEIRO 2012 
 
NÃO TEM VALOR NORMATIVO 11/53 
 
3.2 Política da responsabilidade social 
A Alta Direção deve definir a política da responsabilidade social da organização, assegurando que esta: 
a) seja apropriada aos objetivos estratégicos da organização; 
b) à natureza, escala e impactos da organização; 
c) inclua o comprometimento com a promoção do desenvolvimento sustentável; 
d) inclua o comprometimento com os seguintes princípios da responsabilidade social: 
 responsabilização; 
 transparência; 
 comportamento ético; 
 respeito pelos interesses das partes interessadas; 
 atendimento aos requisitos legais e outros requisitos subscritos pela organização; 
 respeito às normas internacionais de comportamento; e 
 respeito aos direitos humanos; 
e) inclua o comprometimento com a melhoria contínua e com a prevenção de impactos adversos; 
f) forneça a estrutura para o estabelecimento e revisão dos objetivos e metas da responsabilidade 
social; 
g) seja documentada, implementada e mantida; 
h) seja comunicada para todas as pessoas que trabalham para, ou em nome da organização; e 
i) esteja acessível as partes interessadas. 
3.3 Planejamento 
3.3.1 Identificação das partes interessadas 
A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos documentados para identificar e 
priorizar as partes interessadas, bem como as suas expectativas e interesses. 
A organização pode utilizar as diretrizes do Anexo A para desenvolver seu procedimento de 
identificação das partes interessadas. 
A organização deve manter essas informações documentadas e atualizadas. 
 
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3.3.2 Temas centrais da responsabilidade social e suas questões 
A organização deve identificar as questões pertinentes à sua responsabilidade social considerando os 
seguintes temas centrais: 
a) Governança organizacional 
b) Direitos humanos 
c) Práticas de trabalho 
d) Meio ambiente 
e) Práticas leais de operação 
f) Questões relativas ao consumidor 
g) Envolvimento e desenvolvimento da comunidade 
A organização deve periodicamente avaliar e documentar a pertinência e a significância das questões 
relacionadas a cada um dos temas centrais da responsabilidade social. 
O Anexo D descreve as principais questões relacionadas a cada tema da responsabilidade social e 
pode contribuir para a avaliação da pertinência e significância das questões relacionadas aos temas 
centrais da responsabilidade social. 
Ao avaliar a pertinência e significância de cada questão, a organização deve considerar os requisitos 
estabelecidos em 3.3.3. 
3.3.3 Avaliação de impactos 
Com o propósito de prevenir a ocorrência, evitar a sua repetição e mitigar os impactos negativos 
significativos, reais e potenciais, a organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos 
documentados para: 
a) identificar os impactos negativos, reais e potenciais, das suas decisões e atividades ao meio 
ambiente, economia, sociedade e partes interessadas; 
b) avaliar a significância desses impactos. 
Ao identificar estes impactos, a organização deve levar em conta seus contextos interno e externo, bem 
como: 
 as características das atividades (processos, produtos e serviços); 
 as características da força de trabalho da organização; 
 o potencial para violações de direitos humanos; 
 as características sociais, ambientais e econômicas das áreas de operação; 
 o histórico de desempenho em responsabilidade social; 
 
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 as preocupações relevantes das partes interessadas priorizadas; 
 a cadeia de valor; e 
 os temas centrais da responsabilidade social (ver 3.3.2). 
Ao avaliar a significância dos impactos negativos, a organização pode considerar critérios, tais como: 
 escala e abrangência do impacto; 
 probabilidade de ocorrência; 
 gravidade do impacto; 
 capacidade de detecção; 
 duração do impacto; 
 existência de requisito legal; 
 dificuldade e custo da mudança causada pelo impacto; 
 preocupações das partes interessadas; 
 implicações sobre a imagem e reputação; 
 outros. 
A organização deve manter essas informações documentadas e atualizadas. 
3.3.4 Identificação de oportunidades de melhoria e inovação 
Ao avaliar a pertinência e a significância das questões da responsabilidade social (ver 3.3.2), a 
organização deve considerar as oportunidades de reforçar as ações em curso relativas às questões da 
responsabilidade social e identificar outras oportunidades de melhoria. 
O Anexo E apresenta ações e expectativas que podem ser oportunidades de melhoria e inovações que 
gerem impactos positivos na sociedade e no meio ambiente. 
3.3.5 Requisitos legais e outros 
A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos para identificar e ter acesso à 
legislação aplicável e outros requisitos por ela subscritos. 
3.3.6 Objetivos, metas e programas 
A organização deve estabelecer, implementar e manter objetivos e metas documentados da 
responsabilidade social, em funções e níveis relevantes dentro da organização. 
Ao estabelecer e revisar seus objetivos, a organização deve considerar: 
a) os requisitos legais e outros requisitos aplicáveis; 
 
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b) suas opções tecnológicas; 
c) seus requisitos financeiros, operacionais e comerciais; 
d) os meios sociais e culturais em que a organização está inserida; e 
e) a visão das partes interessadas sobre as suas decisões e atividades e os impactos decorrentes. 
Os objetivos e metas da responsabilidade social devem ser compatíveis com a política da 
responsabilidade social, com os demais objetivos e metas da organização e com os resultados da 
avaliação de impactos. 
A organização deve estabelecer, implementar, manter e documentar programas para atingir seus 
objetivos e metas da responsabilidade social, bem como para tratar os resultados da avaliação de 
impactos. 
Esses programas devem incluir: 
a) a atribuição de responsabilidades às funções e níveis relevantes da organização para que os 
objetivos e metas sejam atingidos; e 
b) os meios e prazos nos quais estes devem ser atingidos. 
3.3.7 Recursos, funções, responsabilidades e autoridades 
A Alta Direção deve assegurar a disponibilidade de recursos essenciaispara estabelecer, implementar, 
manter e melhorar o sistema de gestão da responsabilidade social. Os recursos abrangem recursos 
humanos, qualificações específicas, tecnologia, recursos de infra-estrutura e recursos financeiros. 
As funções, responsabilidades e autoridades devem ser definidas, documentadas e comunicadas, a fim 
de facilitar uma gestão eficaz da responsabilidade social. 
A Alta Direção da organização deve nomear representante(s) específico(s) que, independentemente de 
outras atribuições, deve(m) ter funções, responsabilidades e autoridade definidas para: 
a) assegurar que os requisitos do sistema de gestão da responsabilidade social sejam estabelecidos, 
implementados e mantidos de acordo com esta Norma; e 
b) relatar à Alta Direção o desempenho do sistema de gestão da responsabilidade social, para 
análise, como base para o aprimoramento do sistema de gestão da responsabilidade social. 
3.4 Implementação e operação 
3.4.1 Competência, treinamento e conscientização 
A organização deve assegurar que qualquer pessoa que, para ela ou seu nome, realize tarefas que tenham o 
potencial de causar impactos identificados pela organização, seja competente com base em formação apropriada, 
treinamento ou experiência, devendo reter os registros associados. 
A organização deve identificar as necessidades de treinamento associadas com seus impactos, temas e questões 
da responsabilidade social e com o seu sistema de gestão da responsabilidade social. Ela deve prover 
treinamento ou tomar alguma ação para atender a essas necessidades, devendo manter os registros associados 
(ver 3.5.4). 
 
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A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimento(s) para fazer com que as pessoas que 
trabalham para ela ou em seu nome estejam conscientes: 
a) da importância de estar em conformidade com a política da responsabilidade social, procedimentos 
e requisitos do sistema de gestão da responsabilidade social; 
b) dos impactos reais ou potenciais associados com seu trabalho e dos benefícios sociais, ambientais 
e econômicos resultantes da melhoria do desempenho pessoal; 
c) de suas funções e responsabilidades em atingir a conformidade com os requisitos do sistema de 
gestão da responsabilidade social; e 
d) das potenciais consequências da inobservância de procedimento(s)especificado(s). 
3.4.2 Engajamento das partes interessadas 
A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimento para engajamento das partes 
interessadas. 
A organização pode utilizar as diretrizes do Anexo B para desenvolver seu procedimento de 
engajamento das partes interessadas. 
3.4.3 Comunicação 
A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos para: 
a) comunicação interna entre os vários níveis e funções da organização; 
b) recebimento, documentação e resposta às comunicações pertinentes das partes interessadas 
externas; e 
c) elaboração e divulgação periódica de documento, considerando o ponto de vista das partes 
interessadas, contendo no mínimo as informações relevantes sobre: 
 o perfil da empresa (por exemplo, constituição jurídica, setor de atividades, produtos, países 
de atuação, porte etc.); 
 as políticas, princípios e compromissos; 
 o desempenho da responsabilidade social, incluindo objetivos, metas, indicadores e principais 
impactos positivos e negativos econômicos, sociais e ambientais, incluindo multas, sansões e 
penalidades; 
 o processo de identificação, priorização e engajamento das partes interessadas, bem como a 
lista das categorias de partes interessadas; 
 as informações relevantes sobre a estrutura e funcionamento do sistema de gestão de 
responsabilidade social; 
 as informações sobre a abordagem dos temas centrais da responsabilidade social, incluindo 
dilemas e dificuldades enfrentados e soluções encontradas; 
 
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 o (s) mecanismo(s) de retroalimentação pelas partes interessadas em relação ao relatório. 
A organização pode utilizar as diretrizes do Anexo C para desenvolver seu procedimento para 
comunicação. 
3.4.4 Tratamento de conflitos ou desavenças 
A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimento(s) documentado(s) para 
tratamento de conflitos ou desavenças com as partes interessadas. Esse(s) procedimento(s) deve(m) 
ser adequado(s) ao tipo de conflito ou desavença e útil (eis) para as partes interessadas afetadas. 
Esses procedimentos podem incluir: 
 diálogos diretos e abertos com as partes interessadas afetadas; 
 fornecimento de informações por escrito para tratar os mal entendidos; 
 fóruns onde as partes interessadas e a organização possam apresentar seus pontos de vista e 
buscar soluções; 
 instruções para lidar com queixas formais; 
 mecanismos de mediação e/ou arbitragem; e 
 sistemas que permitam denúncia sem medo de represálias. 
A organização deve tornar acessível às suas partes interessadas, informações sobre os procedimentos 
disponíveis para a solução de conflitos e desavenças. 
Quando pertinente, a organização deve tomar as ações corretivas conforme 3.6.3. 
A organização deve manter registros dos processos de solução de conflitos e desavenças (ver 3.5.4). 
3.4.5 Controle operacional 
A organização deve identificar e planejar aquelas operações e atividades que estão associadas aos 
impactos significativos das questões da responsabilidade social aplicáveis, de forma a assegurar que 
são executadas sob condições especificadas, por intermédio de: 
a) estabelecimento, implementação e manutenção de procedimentos documentados, quando a 
ausência destes puder levar a desvios em relação à política, objetivos e metas da responsabilidade 
social; 
b) definição de critérios operacionais no(s) procedimento(s); e 
c) estabelecimento, implementação e manutenção de procedimentos para responder às situações de 
crise ou quaisquer situações especiais, bem como a análise periódica, e quando necessária a 
revisão destes procedimentos, em particular, após a ocorrência destas. 
 
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3.5 Requisitos de documentação 
3.5.1 Generalidades 
A documentação do sistema de gestão da responsabilidade social deve incluir: 
a) declaração documentada da política da responsabilidade social e dos objetivos e metas da 
responsabilidade social; 
b) manual do sistema de gestão da responsabilidade social; 
c) procedimentos documentados, documentos e registros (ver 3.5.4) requeridos por esta Norma; 
d) procedimentos documentados, documentos e registros (ver 3.5.4), definidos pela organização 
como necessários para assegurar o planejamento, a operação e o controle eficazes de seus 
processos relacionados com a responsabilidade social. 
3.5.2 Manual do sistema de gestão da responsabilidade social 
A organização deve estabelecer e manter um manual da responsabilidade social que inclua: 
a) política da responsabilidade social, ou referência a esta; 
b) objetivos e metas da responsabilidade social, ou referência a estes; 
c) escopo do sistema de gestão da responsabilidade social; 
d) procedimentos documentados requeridos por esta Norma, ou referência a estes; e 
e) descrição e interação dos elementos principais do sistema de gestão da responsabilidade social. 
NOTA Para elaboração de um manual de gestão da responsabilidade social pode-se utilizar como referência a 
ABNT ISO/TR 10013. 
3.5.3 Controle de documentos 
Os documentos requeridos pelo sistema de gestão da responsabilidade social e por esta Norma devem 
ser controlados. Registros são um tipo especial de documento e devem ser controlados de acordo com 
os requisitos apresentadosem 3.5.4. 
A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimento(s) documentado(s) para: 
a) aprovar documentos quanto à sua adequação, antes de sua emissão; 
b) analisar, atualizar se necessário e reaprovar documentos; 
c) assegurar que as alterações e a situação da revisão atual dos documentos sejam identificadas; 
d) assegurar que as versões pertinentes de documentos aplicáveis estejam disponíveis nos locais de 
uso; 
e) assegurar que os documentos permaneçam legíveis e prontamente identificáveis; 
 
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f) assegurar que os documentos de origem externa sejam identificados e que sua distribuição seja 
controlada; e 
g) evitar o uso não intencional de documentos obsoletos e aplicar identificação adequada nos casos 
em que forem retidos por qualquer propósito. 
3.5.4 Controle de registros 
A organização deve estabelecer e manter registros para prover evidências da conformidade com os 
requisitos de seu sistema de gestão da responsabilidade social e com esta Norma. 
A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimento(s) documentado(s) para 
identificação, armazenamento, proteção, recuperação, tempo de retenção e descarte dos registros. 
3.6 Medição, análise e melhoria 
3.6.1 Monitoramento e medição 
A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos documentados para monitorar e 
medir, em base regular, as características principais de suas relações, processos, produtos e serviços 
que possam ter um impacto significativo. Tais procedimentos devem incluir o registro de informações 
para acompanhar o desempenho, controles operacionais pertinentes e a conformidade com os objetivos 
e metas da responsabilidade social da organização (ver 3.5.4). 
A organização pode utilizar as diretrizes do Anexo F para desenvolver o seu sistema de monitoramento 
e medição relativo a responsabilidade social. 
3.6.2 Avaliação do atendimento a requisitos legais e outros 
A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos para avaliação periódica do atendimento à 
legislação e demais requisitos por esta subscritos. Ações corretivas e preventivas devem ser tomadas conforme 
3.6.3, se apropriado. 
A organização deve manter registros (ver 3.5.4) destas avaliações. 
3.6.3 Não conformidade e ações corretiva e preventiva 
A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos para tratar não conformidades, 
reais e potenciais, e implementar ações corretivas e preventivas. 
Os procedimentos devem incluir: 
a) identificação e correção das não conformidades e adoção de ações para mitigar impactos; 
b) investigação das não conformidades, determinando suas causas e adotando ações para evitar a 
sua repetição; 
c) avaliação da necessidade de ações para prevenção das não conformidades e implementação das 
ações apropriadas para evitar a ocorrência destas; 
d) registro dos resultados das ações corretivas e preventivas adotadas; e 
e) avaliação critica da eficácia das ações corretivas e preventivas adotadas. 
 
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As ações adotadas devem ser adequadas à magnitude dos problemas e proporcionais ao impacto 
verificado. 
A organização deve assegurar que sejam feitas as mudanças necessárias na documentação do sistema 
de gestão. 
3.6.4 Auditoria interna 
A organização deve assegurar que as auditorias internas do sistema de gestão da responsabilidade 
social sejam conduzidas a intervalos planejados para: 
a) determinar se o sistema de gestão da responsabilidade social: 
 está em conformidade com as disposições planejadas para a gestão da responsabilidade 
social, inclusive com os requisitos desta Norma; e 
 tem sido devidamente implementado e mantido; 
b) fornecer informações à Alta Direção sobre os resultados das auditorias. 
O programa de auditoria deve ser planejado, estabelecido, implementado e mantido pela organização, 
considerando a importância das operações envolvidas e os resultados de auditorias anteriores. 
Procedimentos de auditoria devem ser estabelecidos, implementados e mantidos para: 
 definir as responsabilidades e requisitos para o planejamento e condução das auditorias, o relato 
de resultados e a manutenção de registros (ver 3.5.4); 
 consultar as partes interessadas priorizadas; e 
 determinar os critérios, escopo, freqüência e métodos de auditoria. 
NOTA Para o estabelecimento do procedimento de auditoria interna, a organização pode utilizar a 
ABNT NBR 16003. 
A seleção dos auditores e a execução de auditorias devem assegurar a objetividade e a imparcialidade 
do processo de auditoria. 
NOTA Para qualificação dos auditores internos a organização pode utilizar a ABNT NBR 16002. 
3.6.5 Análise pela Alta Direção 
A Alta Direção deve analisar o sistema de gestão da responsabilidade social, em intervalos planejados, 
para assegurar sua contínua pertinência, adequação e eficácia. Essa análise deve incluir a avaliação de 
oportunidades para melhoria e necessidade de mudanças no sistema de gestão da responsabilidade 
social, incluindo política , objetivos e metas da responsabilidade social. 
Os registros (ver 3.5.4) das análises pela Alta Direção devem ser mantidos. 
As entradas para a análise devem incluir, entre outras: 
a) resultados das auditorias do sistema de gestão da responsabilidade social, das avaliações sobre a 
conformidade legal e demais avaliações; 
 
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b) comunicação com as partes interessadas, incluindo sugestões e reclamações; 
c) resultados dos processos de identificação e engajamento das partes interessadas; 
d) situação dos processos de tratamento de conflitos ou desavenças; 
e) desempenho da responsabilidade social da organização; 
f) extensão na qual foram atendidos os objetivos e metas; 
g) situação das ações corretivas e preventivas; 
h) acompanhamento das ações oriundas de análises anteriores pela Alta Direção; e 
i) recomendações para melhoria. 
As saídas da análise pela Alta Direção devem incluir quaisquer decisões e ações relacionadas a 
necessidades de recursos e possíveis mudanças na política da responsabilidade social, nos objetivos e 
metas e em outros elementos do sistema de gestão da responsabilidade social. 
Estas saídas da análise devem ser consistentes com o compromisso de melhoria contínua. 
 
 
 
 
 
 
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Anexo A 
(informativo) 
 
Identificação das partes interessadas 
Partes interessadas são organizações ou indivíduos que têm um ou mais interesses em quaisquer 
decisões ou atividades de uma organização. Pelo fato desses interesses poderem ser afetados por uma 
organização, é criada uma relação com a organização. Essa relação não precisa ser formal. A relação 
criada por esse interesse existe quer as partes tenham consciência dela ou não. Uma organização pode 
não estar sempre consciente de todas as suas partes interessadas, apesar de se recomendar que ela 
tente identificá-las. Da mesma forma, muitas partes interessadas podem não estar conscientes do 
potencial que uma organização tem de afetar seus interesses. 
Nesse contexto, o interesse refere-se à base real ou potencial de uma reivindicação, ou seja, exigir algo 
que é devido ou exigir respeito a um direito. Essas reivindicações não necessariamente envolvem 
demandas financeiras ou direitos legais. Às vezes, uma reivindicação pode ser simplesmente o direito 
de ser ouvido. A relevância ou significância de um interesse é melhor determinada por sua relação com 
o desenvolvimento sustentável. 
A compreensão de como indivíduosou grupos são, ou podem ser afetados pelas decisões e atividades 
de uma organização irá possibilitar a identificação dos interesses que estabelecem uma relação com a 
organização. Portanto, a determinacão pela organização dos impactos de suas decisões e atividades irá 
facilitar a identificação de suas partes interessadas mais importantes. 
As organizações podem ter muitas partes interessadas. Além disso, partes interessadas diferentes têm 
interesses variados e por vezes conflitantes. Por exemplo, os interesses dos residentes da comunidade 
poderiam incluir os impactos positivos de uma organização, como emprego, e os impactos negativos da 
mesma organização, como poluição. 
Algumas partes interessadas são parte integrante da organização. Essas incluem quaisquer 
conselheiros, empregados ou proprietários da organização. Essas partes interessadas compartilham 
interesses comuns com o propósito da organização e com seu sucesso. Isso não significa, todavia, que 
todos os seus interesses em relação à organização serão os mesmos. 
O interesse da maioria das partes interessadas pode estar relacionado à responsabilidade social da 
organização e geralmente são muito semelhantes aos interesses da sociedade. Um exemplo é o 
interesse de um proprietário cujo imóvel perde valor devido a uma nova fonte de poluição. 
Nem todas as partes interessadas da organização pertencem a grupos organizados que têm o propósito 
de representar seus interesses perante organizações específicas. Muitas partes interessadas podem 
não estar organizadas de forma alguma e, por essa razão, podem ser negligenciadas ou ignoradas. 
Esse problema pode ser de especial importância no que se refere a grupos vulneráveis e gerações 
futuras. 
Grupos que defendem causas sociais ou ambientais podem ser partes interessadas de uma 
organização cujas decisões e atividades tenham um impacto relevante e significativo em suas causas. 
Convém que uma organização examine se grupos que dizem falar em nome de partes interessadas 
específicas ou que defendem causas específicas são representativos e têm credibilidade. Em alguns 
 
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casos, não será possível que interesses importantes sejam representados diretamente. Por exemplo, as 
crianças raramente possuem ou controlam grupos organizados e os animais selvagens estão 
impossibilitados de fazê-lo. Nesse caso, convém que uma organização dê atenção aos pontos de vista 
de grupos confiáveis que buscam proteger tais interesses. 
Para identificar as partes interessadas, convém que uma organização faça as seguintes perguntas: 
 Com quem a organização tem obrigações legais? 
 Quem poderia ser positivamente ou negativamente afetado pelas atividades ou decisões da 
organização? 
 Quem provavelmente expressará preocupação com as decisões e atividades da organização? 
 Quem se envolveu no passado quando preocupações semelhantes precisaram ser tratadas? 
 Quem pode ajudar a organização a cuidar de impactos específicos? 
 Quem pode afetar a capacidade da organização de arcar com suas responsabilidades? 
 Quem seria desfavorecido se fosse excluído do engajamento? 
 Quem da cadeia de valor é afetado? 
Como forma de facilitar a gestão, a organização pode organizar as partes interessadas em categorias 
ou grupos, conforme a similaridade dos interesses, considerando que em uma determinada categoria 
podem haver partes com interesses distintos. Desta forma, a categoria fornecedores pode ser usada 
para referir-se aos fornecedores locais e regionais, de material ou de serviço e etc. 
 
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Anexo B 
(informativo) 
 
Engajamento das partes interessadas 
O engajamento das partes interessadas envolve diálogo entre a organização e uma ou mais de suas 
partes interessadas. Ele ajuda a organização a abordar sua responsabilidade social ao fornecer uma 
base sólida para suas decisões. 
O engajamento das partes interessadas pode assumir várias formas. Pode ser iniciado por uma 
organização ou como uma resposta de uma organização a uma ou mais partes interessadas. Pode 
ocorrer em reuniões informais ou formais e pode adotar uma grande variedade de formatos, como 
reuniões individuais, conferências, workshops, audiências públicas, mesas-redondas, comitês 
consultivos, procedimentos regulares e estruturados de informação e consulta, negociação coletiva e 
fóruns na internet. Convém que o engajamento das partes interessadas seja interativo. Ele visa dar 
oportunidade para que as opiniões das partes interessadas sejam ouvidas e sua característica principal 
é a comunicação de via dupla. 
Há várias razões para uma organização engajar suas partes interessadas. O engajamento das partes 
interessadas pode ser usado para: 
 aumentar a compreensão de uma organização sobre os prováveis efeitos de suas decisões e 
atividades em partes interessadas específicas; 
 determinar como melhor aumentar os impactos benéficos das decisões e atividades da 
organização e como diminuir os impactos negativos; 
 determinar se as alegações da organização acerca de sua responsabilidade social são vistas como 
confiáveis; 
 ajudar uma organização a analisar seu desempenho para melhorá-lo; 
 conciliar conflitos envolvendo seus interesses, os de suas partes interessadas e as expectativas da 
sociedade como um todo; 
 abordar a relação entre os interesses das partes interessadas e as responsabilidades da 
organização com a sociedade como um todo; 
 contribuir para a aprendizagem contínua da organização; 
 cumprir obrigações legais (por exemplo, com os empregados); 
 tratar de interesses conflitantes, tanto entre a organização e a parte interessada, como entre partes 
interessadas; 
 proporcionar para a organização os benefícios da obtenção de diferentes perspectivas; 
 aumentar a transparência de suas decisões e atividades; e 
 
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 formar parcerias para atingir objetivos mutuamente benéficos. 
Na maioria das situações, a organização já saberá, ou pode facilmente saber, quais são as expectativas 
da sociedade sobre a forma como convém que a organização cuide de seus impactos. Nessas 
circunstâncias, ela não precisa depender do engajamento das partes interessadas específicas para 
compreender essas expectativas, apesar do processo de engajamento das partes interessadas trazer 
outros benefícios. As expectativas da sociedade também são encontradas em leis e regulamentos, 
expectativas sociais ou culturais amplamente aceitas e em normas ou melhores práticas estabelecidas 
relativas a assuntos específicos. Convém que as expectativas criadas pelo engajamento das partes 
interessadas venham se somar em vez de substituir as expectativas criadas sobre o comportamento da 
organização. 
Convém que seja criado um processo justo e adequado, baseado no engajamento das partes 
interessadas mais importantes. Convém que o(s) interesse(s) das organizações ou indivíduos 
identificados como partes interessdas seja(m) genuíno(s). Convém que o processo de identificação 
busque se certificar de que elas tenham sido ou podem ser impactadas por qualquer decisão ou 
atividade. Quando for possível e prático, convém que o engajamento ocorra com as organizações mais 
representativas desse(s) interesse(s). O engajamento eficaz das partes interessadas é baseado em boa 
fé e vai além das relações públicas. 
Ao engajar as partes interessadas, convém que uma organização não dê preferência a um grupo 
organizado, porque é mais “amigável” ou porque apoia seus objetivos mais do que outro grupo. Convém 
que uma organização não negligencie o engajamento das partes interessadas meramente, porque são 
silenciosas. Convém que uma organizaçãonão crie ou apóie grupos específicos para dar a impressão 
de que tem um parceiro de diálogo quando, na verdade, esse suposto parceiro não é independente. O 
verdadeiro diálogo com as partes interessadas envolve independência e a divulgação transparente de 
qualquer suporte financeiro ou apoio similar. 
Convém que uma organização esteja ciente do efeito de suas decisões e atividades nos interesses e 
necessidades de suas partes interessadas. Convém que ela tenha a devida consideração por suas 
partes interessadas, assim como por suas diversas capacidades e necessidades de estabelecer contato 
e se engajar com a organização. 
O engajamento das partes interessadas terá mais chances de ser significativo quando os seguintes 
elementos estiverem presentes: o motivo do engajamento for claramente compreendido; os interesses 
das partes interessadas tiverem sido identificados; a relação que esses interesses estabelecem entre a 
organização e a parte interessada for direta ou importante; os interesses das partes interessadas forem 
relevantes e significativos para o desenvolvimento sustentável; e as partes interessadas tiverem as 
informações e o conhecimento necessários para tomar suas decisões. 
 
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Anexo C 
(informativo) 
 
Comunicação sobre responsabilidade social 
C.1 O papel da comunicação na responsabilidade social 
Muitas práticas relacionadas à responsabilidade social irão envolver algumas formas de comunicação 
interna e externa. A comunicação é vital em várias funções da responsabilidade social, entre as quais: 
 conscientização sobre suas estratégias e objetivos, planos, desempenho e desafios de 
responsabilidade social, tanto dentro como fora da organização; 
 demonstrar respeito pelos princípios da responsabilidade social; 
 ajudar a engajar e estabelecer o diálogo com as partes interessadas; 
 abordar requisitos legais e outros para a divulgação de informações relacionados à 
responsabilidade social; 
 mostrar como a organização está cumprindo seus compromissos de responsabilidade social e 
respondendo aos interesses das partes interessadas e às expectativas da sociedade em geral; 
 fornecer informações sobre os impactos das atividades, produtos e serviços da organização, 
inclusive detalhes de como os impactos mudam ao longo do tempo; 
 ajudar a engajar e movimentar empregados e outros para apoiar as atividades de responsabilidade 
social da organização; 
 facilitar a comparação com organizações pares, o que pode estimular melhoria de desempenho em 
responsabilidade social; e 
 fortalecer a reputação da organização no que se refere à ação responsável, franqueza, integridade 
e responsabilização, para fortalecer a confiança das partes interessadas na organização. 
C.2 Características das informações relacionadas à responsabilidade social 
Convém que a informações relacionadas à responsabilidade social sejam: 
 completas Convém que as informações abordem todas as atividades e impactos significativos 
relacionados à responsabilidade social; 
 compreensíveis Convém que as informações sejam fornecidas considerando-se o conhecimento e 
nível cultural, social, educacional e econômico daqueles envolvidos na comunicação. Convém que 
tanto a linguagem usada como a maneira de apresentar o material, inclusive sua organização, 
sejam acessíveis às partes interessadas a quem as informações são destinadas; 
 responsivas Convém que as informações respondam aos interesses das partes interessadas; 
 
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 exatas Convém que as informações sejam factualmente corretas e que forneçam detalhes 
suficientes para que sejam úteis e adequados aos seus propósitos; 
 equilibradas Convém que as informações sejam equilibradas e justas e que não omitam 
informações negativas relevantes referentes aos impactos das atividades de uma organização; 
 tempestivas Informações desatualizadas podem ser enganosas. Quando as informações 
descrevem atividades durante um período de tempo específico, a identificação do período coberto 
permitirá que as partes interessadas comparem o desempenho da organização com seu 
desempenho anterior e com o desempenho de outras organizações; e 
 acessíveis Convém que as informações sobre questões específicas estejam disponíveis para as 
partes interessadas envolvidas. 
C.3 Tipos de comunicação sobre responsabilidade social 
Há muitos tipos diferentes de comunicação sobre responsabilidade social. Alguns exemplos incluem: 
 reuniões ou conversas com partes interessadas; 
 comunicação com partes interessadas sobre questões ou projetos específicos de responsabilidade 
social. Convém que, quando possível e apropriado, essa comunicação envolva diálogo com partes 
interessadas; 
 comunicação entre direção e empregados ou membros da organização para conscientização geral 
e apoio à responsabilidade social e atividades relacionadas. Essa comunicação é normalmente 
mais eficaz quando envolve diálogo; 
 atividades em equipe focadas na integração da responsabilidades social por toda a organização; 
 comunicação com partes interessadas sobre reivindicações relativas a responsabilidade social 
relacionadas às atividades da organização. Essas reivindicações podem ser avaliadas por meio de 
análise e verificação interna. Para fortalecimento da credibilidade, essas reivindicações podem ser 
avaliadas por verificação externa. Convém que quando adequado, a comunicação forneça 
oportunidades para retorno das partes interessadas; 
 comunicação com fornecedores sobre exigências das práticas de compra relacionadas à 
responsabilidade social; 
 comunicação com o público sobre emergência que tenham consequências sobre a 
responsabilidade social. Antes das emergências ocorrerem, é recomendado que a comunicação 
vise aumentar a conscientização e a preparação. Durante as emergências, é recomendado que a 
comunicação mantenha as partes interessadas informadas e forneça dados sobre ações 
adequadas; 
 comunicação relacionada a produtos, como rotulagem de produtos, informações sobre produtos e 
outras informações ao consumidor. Oportunidades para retroalimentação podem melhorar essa 
forma de comunicação; 
 artigos sobre aspectos da responsabilidade social em revista ou newsletters destinados a 
organizações pares; 
 
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 propagandas ou outras declarações públicas para promover algum aspecto da responsabilidade 
social; 
 apresentação para apreciação por órgão do governo ou disponibilização para consulta pública; 
 relatórios públicos periódicos com oportunidade para retorno das partes interessadas. 
Há muitos métodos e meios diferentes que podem ser usados para comunicação, entre os quais 
reuniões, eventos públicos, fóruns, relatórios, newsletters, revistas, pôsteres, publicações, publicidade, 
cartas, correio de voz, performances ao vivo, vídeos, sites na internet, podcasts (transmissão de áudio 
pela internet), blogs (fóruns de discussão na internet), encartes em produtos e rótulos. A comunicação 
também pode ser feita pela mídia por meio de press release, entrevistas, editoriais e artigos. 
C.4 Diálogo com partes interessadas na comunicação sobre responsabilidade 
social 
Por meio do diálogo com suas partes interessadas, uma organização pode se beneficiar com a 
obtenção e troca direta de informações sobre as visões das partes interessadas. Convém que uma 
organização busque o diálogo com suas partes interessadas para: 
 avaliar a adequação e eficácia do conteúdo, meio, frequência e escopo da comunicação, para que 
possam ser aprimorados conforme necessário; 
 estabelecer prioridades para o conteúdo da futura comunicação; 
 assegurara verificação das informações relatadas pelas partes interessadas, caso essa 
abordagem de verificação seja usada; e 
 identificar melhores práticas. 
 
 
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Anexo D 
(informativo) 
 
Questões da responsabilidade social 
D.1 Geral 
Todos os temas centrais contêm várias questões e é responsabilidade de cada organização identificar 
quais questões são relevantes e significativas para ela abordar, por meio de suas considerações e por 
meio do diálogo com as partes interessadas. 
Convém que a organização tenha uma visão holística dos temas centrais, ou seja, considere todos os 
temas e questões centrais e sua interdependência, em vez de concentrar-se somente em uma única 
questão. É importante que ela esteja ciente de que esforços para abordar uma questão podem envolver 
uma escolha em detrimento de outras questões. Não convém que melhorias que visem especificamente 
uma questão afetem negativamente outras questões ou criem impactos negativos no ciclo de vida de 
seus produtos e serviços, em suas partes interessadas ou na cadeia de valor. 
NOTA A organização pode utilizar as diretrizes da ABNT NBR ISO 26000 para tratar determinadas questões da 
responsabilidade social. 
D.2 Governança organizacional 
Os sistemas de governança variam, dependendo do porte e tipo da organização e do contexto 
ambiental, econômico, político, cultural e social em que opera. Eles são dirigidos por uma pessoa ou 
grupo de pessoas (proprietários, conselheiros, sócios ou acionistas, associados ou outros) e têm 
autoridade e responsabilidade na busca dos objetivos da organização. 
A liderança é fundamental para uma governança organizacional eficaz. Não somente para o processo 
decisório, mas também para a motivação do empregado para praticar responsabilidade social e integrar 
a responsabilidade social na cultura organizacional. 
Adicionalmente aos requisitos desta Norma, convém que os processos e estruturas de tomada de 
decisões de uma organização a habilitem a: 
 criar e manter um ambiente e uma cultura em que os princípios da responsabilidade social sejam 
praticados; 
 criar um sistema de incentivos econômicos e não econômicos relativos ao desempenho em 
responsabilidade social; 
 usar os recursos financeiros, naturais e humanos de forma eficiente; 
 promover uma oportunidade justa para que grupos sub-representados (entre os quais mulheres e 
grupos raciais e étnicos) ocupem cargos de chefia na organização; 
 equilibrar as necessidades da organização e de suas partes interessadas, levando em conta tanto 
as necessidades imediatas como as das gerações futuras; 
 
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 estabelecer processos de comunicação de via dupla com suas partes interessadas, identificando 
áreas de concordância e discordância e negociando para resolver possíveis conflitos; 
 estimular a efetiva participação da força de trabalho nas atividades de responsabilidade social da 
organização; 
 equilibrar o nível de autoridade, responsabilidade e capacidade das pessoas que tomam decisões 
em nome da organização; 
 acompanhar a implementação das decisões para assegurar que sejam seguidas de forma 
socialmente responsável e determinar a responsabilização dos resultados das decisões e 
atividades da organização, sejam eles positivos ou negativos; e 
 periodicamente analisar e avaliar os processos de governança da organização; ajustar os 
processos de acordo com o resultado das análises e comunicar as mudanças em toda a 
organização. 
D.3 Direitos humanos 
D.3.1 Situações de risco para os direitos humanos 
Há algumas circunstâncias e ambientes em que as organizações tendem a enfrentar desafios e dilemas 
referentes aos direitos humanos e em que o risco de violações dos direitos humanos pode ser 
aumentado. Podem ser citados os seguintes: 
 conflito ou extrema instabilidade política, falência do sistema democrático ou judiciário, ausência de 
direitos políticos e outros direitos civis; 
 pobreza, seca, graves desafios à saúde ou desastres naturais; 
 envolvimento com atividades extrativas ou outras atividades que possam afetar significativamente 
recursos naturais, como água, florestas ou a atmosfera, ou conturbar comunidades; 
 proximidade das operações com comunidades de povos indígenas; 
 atividades que possam afetar ou envolver crianças; 
 uma cultura de corrupção; 
 cadeias de valor complexas que envolvam trabalho sem proteção legal; e 
 necessidade de medidas intensivas para garantir a segurança das instalações ou de outros 
patrimônios. 
D.3.2 Evitar cumplicidade 
Cumplicidade tem sentido jurídico e não jurídico. 
No contexto jurídico, cumplicidade é definida em algumas jurisdições como um ato ou omissão com 
efeito substancial no cometimento de um ato ilegal, como um crime, quando há conhecimento ou 
intenção de contribuir para esse ato ilegal. 
 
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A cumplicidade está associada ao conceito de favorecimento de um ato ilegal ou omissão. 
Fora do contexto jurídico, cumplicidade advém de amplas expectativas sociais de comportamento. 
Nesse contexto, uma organização pode ser considerada cúmplice quando colaborar com o cometimento 
de atos indevidos por outros que desrespeitem ou não sejam consistentes com normas internacionais 
de comportamento que a organização, por meio do exercício da avaliação de impactos, saiba ou 
convém que saiba que provocariam impactos negativos substanciais na sociedade, na economia ou no 
meio ambiente. Uma organização também pode ser considerada cúmplice quando silenciar sobre tais 
atos indevidos ou se beneficiar deles. 
Dessa forma, apesar de seus limites serem imprecisos e mutáveis, três formas de cumplicidade podem 
ser descritas: 
 Cumplicidade direta Ocorre quando uma organização deliberadamente colabora com a violação 
dos direitos humanos. 
 Cumplicidade vantajosa Ocorre quando uma organização ou qualquer uma de suas subsidiárias 
obtém vantagem diretamente da violação dos direitos humanos cometida por terceiros. Por 
exemplo, quando uma organização tolera a repressão por forças de segurança de um protesto 
pacífico contra suas decisões e atividades, ou o uso de medidas repressivas na vigilância de suas 
instalações, ou beneficia-se economicamente da violação de direitos fundamentais no trabalho por 
parte de fornecedores. 
 Cumplicidade silenciosa Ocorre quando uma organização deixa de levar ao conhecimento das 
autoridades competentes violações sistemáticas ou contínuas dos direitos humanos, como não se 
pronunciar contra a discriminação sistemática na legislação trabalhista contra determinados grupos. 
D.3.3 Discriminação e grupos vulneráveis 
A discriminação envolve qualquer distinção, exclusão ou preferência que tenha o efeito de anular a 
igualdade de tratamento ou oportunidades, quando essa consideração se baseia em preconceito em 
vez de ter uma base legítima. Entre as bases ilegítimas de discriminação, podem ser mencionadas as 
seguintes: raça, cor, gênero, idade, idioma, propriedade, nacionalidade ou região, religião, origem étnica 
ou social, situação econômica, deficiência, gravidez, pertencimento a um povo indígena, filiação 
sindical, filiação política, opiniões políticas ou outras opiniões. As mais recentes bases de discriminação 
proibidas incluem estado civil ou situação familiar, relacionamentos pessoais, incluindo a orientação 
sexual, e estado de saúde, como ser portador de HIV/AIDS. A proibição da discriminação é um dos 
mais fundamentais princípios da legislação internacional dos direitos humanos. 
A participação total e efetiva e a inclusão social de todos os grupos, inclusive daqueles que são 
vulneráveis,dá e aumenta as oportunidades para todas as organizações e pessoas envolvidas. A 
organização tem muito a ganhar ao adotar uma abordagem ativa para assegurar igualdade de 
oportunidades e respeito a todos os indivíduos. 
A discriminação também pode ser indireta. Isso ocorre quando um dispositivo, prática ou critério 
aparentemente neutro, coloca pessoas com um determinado atributo em desvantagem em comparação 
a outras pessoas. 
D.3.4 Direitos civis e políticos 
Os direitos civis e políticos incluem direitos absolutos, como o direito à vida, direito à vida com 
dignidade, direito de não ser submetido a tortura, direito à segurança pessoal, direito à propriedade, à 
 
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liberdade e à integridade da pessoa e direito ao devido processo legal e a uma audiência justa ao 
enfrentar acusações de caráter penal. Incluem, ainda, liberdade de opinião e expressão, liberdade de 
reunião pacífica e de associação, liberdade para adotar e praticar uma religião ou crença, liberdade 
contra a ingerência arbitrária na privacidade, família, domicílio ou correspondência, liberdade contra 
ataques à honra ou à reputação, direito ao acesso a serviços públicos e a participar de eleições. 
D.3.5 Direitos econômicos, sociais e culturais 
Toda pessoa, como membro da sociedade, tem direitos econômicos, sociais e culturais necessários 
para sua dignidade e desenvolvimento pessoal, entre os quais os direitos a: educação; trabalho em 
condições dignas e favoráveis; liberdade de associação; um padrão adequado de saúde; padrão de vida 
adequado para sua saúde física e mental e bem-estar seu e de sua família; alimentação, vestuário, 
moradia, assistência médica e proteção social necessária, como segurança no caso de desemprego, 
doença, deficiência, viuvez, velhice ou outra falta de meio de vida em circunstâncias além do seu 
controle; prática de uma religião e cultura; e oportunidades genuínas para participar sem discriminação 
da tomada de decisões que apóiem práticas positivas e desencorajem práticas negativas em relação a 
esses direitos. 
D.3.6 Princípios e direitos fundamentais no trabalho 
Os direitos fundamentais no trabalho foram adotados pela comunidade internacional como direitos 
humanos básicos. 
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) identificou os direitos fundamentais no trabalho. Eles 
incluem: 
 a liberdade de associação e o reconhecimento efetivo do direito à negociação coletiva; 
 a eliminação de todas as formas de trabalho forçado ou compulsório; 
 a efetiva abolição do trabalho infantil; e 
 a eliminação da discriminação relativa ao emprego e à ocupação. 
D.4 Práticas de trabalho 
D.4.1 Emprego e relações de trabalho 
Nem todo trabalho é realizado dentro de um vínculo empregatício. Trabalhos e serviços são também 
realizados por homens e mulheres que são autônomos. Nessas situações, as partes são consideradas 
independentes entre si e têm uma relação mais igual e comercial. A distinção entre vínculo empregatício 
e relação comercial não é sempre clara e é, às vezes, erroneamente classificada, com a consequência 
de que os trabalhadores nem sempre recebem as proteções e direitos devidos. É importante, tanto para 
a sociedade quanto para o indivíduo que realiza o trabalho, que seja reconhecida e aplicada uma 
estrutura legal e institucional apropriada. Seja o trabalho realizado nos termos de um contrato de 
trabalho ou de um contrato comercial, todas as partes do contrato têm direito a compreender seus 
direitos e responsabilidades e a ter acesso a um recurso adequado caso os termos do contrato não 
sejam respeitados. 
Nesse contexto, o trabalho é entendido como o trabalho realizado em troca de uma remuneração e não 
inclui atividades desempenhadas em bases genuinamente voluntárias. Entretanto, convém que as 
 
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organizações adotem políticas e medidas para contemplar sua responsabilidade legal e o cuidado 
devido para com voluntários. 
D.4.2 Condições de trabalho e proteção social 
As condições de trabalho incluem salário e outras formas de remuneração, jornada de trabalho, 
períodos de descanso, férias, práticas disciplinares e de demissão, proteção à maternidade e questões 
relativas ao bem-estar, como acesso a água potável, instalações sanitárias, refeitórios e serviços 
médicos. Muitas das condições de trabalho são definidas na legislação ou por acordos legalmente 
obrigatórios entre aqueles para quem o trabalho é realizado e aqueles que o realizam. O empregador 
determina muitas das condições de trabalho, as quais podem afetar de forma significativa a qualidade 
de vida dos trabalhadores e de suas famílias, assim como o desenvolvimento social e econômico. 
A proteção social se refere a todas as garantias legais e às políticas e práticas organizacionais para 
mitigar a redução ou perda de renda em caso de lesões por acidente de trabalho, doença, maternidade, 
paternidade, velhice, desemprego, deficiência ou dificuldade financeira e para oferecer cuidados para a 
saúde e benefícios para a família. A proteção social desempenha um papel importante na preservação 
da dignidade humana e no estabelecimento de um senso de equidade e justiça social. Geralmente, a 
principal responsabilidade pela proteção social cabe ao Estado. 
D.4.3 Diálogo social 
O diálogo social inclui todos os tipos de negociação, consulta ou troca de informações entre 
representantes de governos, empregadores e trabalhadores em assuntos de interesse comum relativos 
às áreas econômica e social. O diálogo pode ocorrer entre representantes dos empregadores e dos 
trabalhadores, sobre assuntos que afetem seus interesses, e pode também incluir governos quando 
fatores mais abrangentes, como legislação e políticas sociais, estiverem em jogo. 
Sindicatos e entidades patronais, na qualidade de representantes escolhidos pelas respectivas partes, 
desempenham um papel particularmente importante no diálogo social. 
O diálogo social se baseia no reconhecimento de que empregadores e trabalhadores têm entre si tanto 
interesses divergentes quanto convergentes, e em muitos países o diálogo desempenha um papel 
importante nas relações industriais, na formulação de políticas e na governança. 
D.4.4 Saúde e segurança no trabalho 
Saúde e segurança no trabalho referem-se à promoção e manutenção do mais alto nível de bem-estar 
físico, mental e social dos trabalhadores e prevenção de perigos à saúde causados pelas condições de 
trabalho. Referem-se também à proteção dos trabalhadores de riscos à saúde e à adaptação do 
ambiente de trabalho às necessidades fisiológicas e psicológicas dos trabalhadores. 
O ônus financeiro e social de doenças ocupacionais, lesões e óbitos relacionados ao trabalho é 
elevado. Poluição acidental e crônica e outros perigos no local de trabalho que afetam os trabalhadores 
podem também causar impactos nas comunidades e no meio ambiente. As questões de saúde e 
segurança surgem a partir de equipamentos, processos, práticas e substâncias perigosas (químicas, 
físicas e biológicas). 
D.4.5 Desenvolvimento humano e treinamento no local de trabalho 
O desenvolvimento humano inclui o processo de aumento das escolhas das pessoas por meio da 
expansão das capacidades e funcionalidades humanas, permitindo que mulheres e homens vivam vidas 
 
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longas e saudáveis, acumulem conhecimentos e tenham um padrão de vida digno. O desenvolvimento 
humano também inclui o acesso a oportunidades políticas, econômicas e sociais para ser criativo e 
produtivo, para desfrutar de respeito próprio e do senso de pertencer a uma comunidade e contribuir 
para a sociedade. 
As organizações podem

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